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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários”

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃOPRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA – PDE/2013

Título: O uso das tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes TotalitáriosAutor: Orlando Marcelo Nalin Busignani

Área/Disciplina (ingresso no PDE): História

NRE: Campo Mourão – PR.

Escola de Implementação do Projeto e sua Localização: Colégio Estadual do Campo Gabriel Segundo Scipione – Ensino Fundamental e Médio. Engenheiro Beltrão.Professor Orientador: Bruno Flávio Lontra Fagundes

Instituição de Ensino Superior: UNESPAR/Campo Mourão

Relação Interdisciplinar: Este material estabelece relação disciplinar com as disciplinas da Sociologia: As razões pelas quais eclodiu a Primeira Guerra Mundial; Artes: Análise das Imagens; Geografia: Territórios abordados nas discussões propostas – Localização, espaço, etc.Resumo: O presente Material Didático-Pedagógico tem como objetivo apresentar um estudo do contexto dos seguintes fatos históricos: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, Crise Econômica de 1929 e Regimes Totalitários. A proposta inicial desse estudo é trabalhar os respectivos conteúdos com o apoio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) presentes nos ambientes escolares. Considerando que o Ensino de História se apresenta no meio escolar enquanto disciplina baseada em fatos escritos e documentais, o ensino vem se tornando cansativo e teórico. Pensando nessa problemática, desenvolveu-se esse caderno apresentando os conteúdos e as atividades de modo dinâmico e mais próximo da realidade com a qual a maioria dos alunos se depara cotidianamente: a mídia como possibilidade de informar e formar o aluno para a vida.Para desenvolver o trabalho aqui proposto desenvolve-se a pesquisa bibliográfica onde se buscam livros, revistas, sites, jornais e fotografias que aborda os temas propostos. Estes materiais possibilitam o enriquecimento e a viabilidade dos fatos históricos tratados neste Material Didático-Pedagógico.

Palavras-Chave: TICs, Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, Crise Econômica, Totalitarismo.Formato do Material Pedagógico: Caderno Pedagógico

Público Alvo: Este material foi produzido especificamente para alunos(as) do Ensino Médio da Rede Pública do Ensino do Paraná. Sendo necessário, este material pode ser utilizado como material de apoio pedagógico para contribuir com o trabalho dos professores de História, considerando que os conteúdos fazem parte do currículo e que o tema História e TICs é pouco lançado para pesquisas no meio acadêmico e científico.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁCAMPUS DE CAMPO MOURÃO

PDE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

O USO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA HISTÓRIA:

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL, REVOLUÇÃO RUSSA E CRISE DO

CAPITALISMO E REGIMES TOTALITÁRIOS

PDE/2013

Fonte: http://historiaon.files.wordpress.com/2012/01/5110 .jpg?w=700&h=

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-Gh0hEjMgLvI/TZtlWzeYYSI/ AAAAAAAAAd4/4vcVtdRsbto/s1600/Bolcheviques+Moscou.jpg

Fonte: http://www.fottus.com/wp-content/uploads/post_191 _nazismo/nazismo %20(6).jpg

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APRESENTAÇÃO AO PROFESSOR (A)

“O conhecimento nos faz responsáveis”. (Che Guevara)

Este Material Didático-Pedagógico corresponde às sugestões do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE – Turma 2013, abordando o tema “O uso das

Tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do

Capitalismo e Regimes Totalitários”. Esta produção caracteriza-se como instrumento para a

prática da proposta de Intervenção na Escola, na terceira fase do PDE.

Como forma de organização e desenvolvimento do tema, valer-se-á de pesquisas e

produções de estudiosos que realizam suas produções na área da História. Estes documentos

subsidiam no aprofundamento dos conteúdos. A proposta desse trabalho considera as

orientações da Diretriz Curricular de História da Secretaria Estadual de Educação do Paraná,

que considera que o aprender história deve acontecer a partir da perspectiva da formação da

consciência histórica. Segundo este documento:

Entende-se que a consciência histórica seja uma condição da existência do pensamento humano, pois sob essa perspectiva os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a consciência histórica é inerente à condição humana em sua diversidade. Em outras palavras, as experiências históricas dos sujeitos se expressam em suas consciências (THOMPSON, 1978 apud SEED, 2009, p. 57).

O uso das mídias na educação possibilita a interação e a comunicação

potencializadas com recursos como a internet, computador, TV, materiais impressos, rádios,

programas de televisão, teleconferências, vídeo conferências, entre outros. Estes podem ser

utilizados em atividades de sala de aula, a partir de um encaminhamento e planejamento

diferenciados, dependendo da disponibilidade dos equipamentos ou dos objetivos que se

pretendem atingir em determinado conteúdo. A inclusão das tecnologias representa um

desafio aos educadores, considerando que muitos alunos fazem uso das mesmas

especialmente para fins de entretenimento e, muitas vezes, os professores ainda não têm o

domínio desses recursos. Assim sendo, torna-se relevante que os educadores passem a utilizar

cada vez mais as tecnologias voltadas para o ensino e aprendizagem. Para Brisoetal (2009),

citado por Santinello et al (2010, p. 8):

A entrada de novas tecnologias digitais na sala de aula criou um paradigma na educação: como tais ferramentas, que os alunos, não raro, já dominam, podem ser aproveitados por professores que, frequentemente, mal as conhecem? As escolas

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têm, pela frente, um desafio e uma oportunidade. O desafio: formular um projeto pedagógico que contemple as inovações tecnológicas e promova a interatividade dos alunos. A oportunidade: deixar para trás um modelo de ensino que se tornou obsoleto no século XXI.

A proposta com esse Material Didático-Pedagógico é contribuir com o aprendizado

de História, perpassando essa prática pelo viés da tecnologia presente no ambiente escolar,

assim este documento apresenta novas possibilidades de ensino de História com o apoio da

tecnologia. Dentre as Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs – que serão

utilizadas nessa proposta de trabalho, podem ser destacados: A TV/PENDRIVE, o Pendrive, o

Computador/Laboratório de Informática e a Internet.

Este Material Didático-Pedagógico foi elaborado de modo especial para os

professores do Ensino Médio da Rede Pública do Estado do Paraná, na disciplina de História.

O objetivo desse material é contribuir no processo de ensino e aprendizagem sobre o Contexto

da Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise Econômica de 1929 e os Regimes

Totalitários. A abordagem desses conteúdos propostos possibilita maior compreensão da

História Mundial, pois as tecnologias de informação presentes no âmbito escolar são

utilizadas como recursos pedagógicos. Os estudos propostos nesse Material Didático-

Pedagógico sugerem um ensino mediado pelas Tecnologias, porém é importante destacar que

o objetivo desse ensino não é ressaltar as ferramentas tecnológicas, pois o foco desse estudo

são os conteúdos programados. As TICs são mecanismos que apoiam tanto o ensino, como a

aprendizagem, mas são materiais de apoio e não o conteúdo propriamente dito.

É importante destacar que nem todos os alunos recebem livro didático na escola

escolhida para a aplicação desse material de apoio ao professor, por isso os textos que

fundamentam essa pesquisa foram produzidos com base em autores que tratam do tema e com

linguagem acessível ao aluno. Destaca-se que o Programa Nacional do Livro Didático envia

os livros com base no Censo do anterior, por isso nem sempre todos os alunos recebem um

exemplar, pois geralmente o número de alunos matriculados não bate com o

número informado no Censo Escolar. Estes textos poderão ser apresentados por meio de

aparelho de projeção de imagem e/ou poderão ser impressos. As atividades que envolvem as

TICs possibilitam um contato mais expressivo com estas ferramentas na disciplina de História

e os professores podem perceber que esses mecanismos são importantes no processo de

pesquisa de fatos históricos. As TICs oferecem recursos que vão além do texto impresso dos

livros didáticos, elas contam com sons, imagens e textos que despertam o interesse e

curiosidade pelos assuntos propostos. Espera-se que as atividades propostas nesse Material

Didático-Pedagógico possam contribuir com a produção de conhecimento na disciplina de

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História do Ensino Médio. O Material Didático-Pedagógico está dividido em Unidades

Temáticas, assim distribuídas: Unidade I – Primeira Guerra Mundial; Unidade II –

Revolução Russa; Unidade III – Crise Econômica de 1929 e Regimes Totalitários.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................07

UNIDADE I.............................................................................................................................09

1. A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL...............................................................................09

UNIDADE II............................................................................................................................17

2. REVOLUÇÃO SOCIALISTA NA RÚSSIA....................................................................17

UNIDADE III..........................................................................................................................27

3. CRISE DO CAPITALISMO E REGIMES TOTALITÁRIOS......................................27

REFERÊNCIAS.....................................................................................................................41

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1 INTRODUÇÃO

A presente proposta de trabalho no Ensino de História se caracteriza como requisito

do Programa de Desenvolvimento – PDE e aborda o tema “O uso das tecnologias no ensino

de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes

Totalitários”.

Este trabalho contempla a disciplina de História e será desenvolvido junto aos alunos

do 3º Ano do Ensino Médio, no Distrito de Ivailândia, município de Engenheiro Beltrão,

numa escola pública da Rede Estadual de Educação, classificada como escola do campo por

estar localizada a 14 km da sede do município e por atender alunos dessa localidade e da zona

rural.

A inserção tecnológica no âmbito escolar vem acontecendo há poucas décadas e

inicialmente, os computadores que chegavam à escola tinham a finalidade de contribuir com a

parte administrativa da escola, mais especificamente na secretaria como ferramenta

administrativa, voltado à elaboração de documentos escolares. Posteriormente, chegaram os

televisores com pendrive representando uma nova possibilidade tecnológica, pois os

professores se depararam com novo recurso em sala de aula, que exigiu de muitos o acesso à

internet, pois os vídeos eram baixados e gravados em pendrive. Avançando no tempo, os

laboratórios de informática foram instalados nas escolas da rede estadual promovendo mais

revoluções metodológicas e representava uma nova realidade no âmbito escolar, um avanço

sem volta, pois essa era apenas o início de muitas possibilidades tecnológicas que vem se

apresentando nas escolas nos dias atuais.

Essas fases evolutivas dos recursos tecnológicos inseridos na Rede Estadual de

Educação do Paraná exigem do professor adaptação visando à integração com as novas

possibilidades de ensino que as TICs oferecem à prática de ensino e de aprendizagem.

É importante destacar que no Ensino tradicional, a disciplina de História era

expositiva e teórica, com fatos a serem memorizados e, quase sempre, o livro didático era o

único apoio para pesquisa, tanto para o professor, como para o aluno. O Ensino de História é

marcado por características como: predominância de aspecto factual, tendências narrativas e

positivistas. Para os alunos, o ensino de História torna-se desestimulante, cansativo e confuso.

Destaca-se que o ensino de História é bibliográfico o que leva muito alunos a se

desinteressarem. Neste contexto, os recursos tecnológicos contribuem com o processo de

ensino-aprendizagem, apresentando os fatos históricos de modo mais dinâmico, motivando os

alunos a participar e se inteirar das atividades propostas.

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A proposta de trabalho apresentada nesse material será composta por três unidades

distribuídas entre atividades teóricas sobre os assuntos abordados e atividades práticas

desenvolvidas no laboratório de informática e em sala de aula. Na parte teórica, o assunto será

apresentado por meio de textos e atividades impressas, por vídeos baixados em pendrive e

apresentados na TV e por filmes e/ou documentários.

Considerando que as tecnologias estão presentes no cotidiano escolar e que devem

ser concebidas enquanto facilitadoras de aprendizagem, é preciso que o professor compreenda

e analise o processo de sistematização e articulação de todas as informações que estão a sua

volta, de forma a construir e reconstruir seu conhecimento, cotidianamente. Para Godoy

(2009), o uso das TICs na educação traz grandes benefícios e elenca seis formas de

organização e utilização como: ferramenta institucional, recurso para o desenvolvimento

cognitivo do aluno, forma de preparação para o trabalho e para as necessidades da vida

cotidiana, fator de motivação e envolvimento lúdico, elemento de inclusão social e elemento

da cultura atual.

Como ferramenta pedagógica, os professores podem utilizar as tecnologias – do

laboratório de informática - para ensinar por meio de livros didáticos eletrônicos, tutoriais

multimídias, propiciando o alcance dos conhecimentos. Na educação, o uso das TICs pode

levar o aluno a vivenciar situações que possibilitem construções e desenvolvimento de

competências que contribuem na resolução de problemas e raciocínio crítico, facilitando,

assim, seu desenvolvimento crítico.

A escolha da série para o desenvolvimento desse trabalho aconteceu de modo

intencional, com o objetivo de desenvolver práticas de pesquisas e de preparação do aluno

para futuros estudos, pois o 3º Ano representa o término da Educação Básica e a preparação

para o Ensino Superior. Finalmente, apresenta-se a proposta de trabalho.

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Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea /primeira-guerra-mundial.htm

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UNIDADE I: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Para o trabalho do professor em sala

de aula, os textos e as imagens que

seguem devem ser reproduzidos para

os alunos, contribuindo para o

acompanhamento das leituras, estudo

e, posteriormente, servirá como

material de pesquisa dando suporte

para os próximos assuntos a serem

trabalhados. Algumas imagens serão

baixadas em pendrive e apresentadas

na TV pendrive. As atividades de

pesquisa, leitura de textos online e simulados acontecerão no laboratório de informática.

1. A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

A Belle Époque é a expressão utilizada para representar o clima de entusiasmo do

período de 1870 até o início da Primeira Guerra Mundial, quando aconteceram profundas

mudanças no pensamento e na cultura. Os principais avanços tecnológicos foram “o

automóvel, o telefone, o cinema, a bicicleta, o telégrafo sem fio” (BRAICK; MOTA, 2010, p.

45). Nesse período, Paris era considerada a capital do mundo, o centro da modernidade e da

cultura boêmia por “seus cafés-concertos, balés, óperas, livrarias, teatros, a cidade francesa

reunia artistas, escritores, atores e inventores” (BRAICK; MOTA, p 2010, p. 45).

A forte influência dos valores da Belle Époque foi percebida nos países da América e

no Brasil alcançou por meio da modernização das principais cidades brasileiras. Esse

desenvolvimento aconteceu entre o final do Século XIX e início do século XX.

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Arte Viva Arte. Belle ÉpoqueFonte: http://3.bp.blogspot.com/-Zfm6_i-baXQ/TdKZq-nqK-I/AA

Mapa das AliançasFonte:http://4.bp.blogspot.com/-iyO3PKkEze4/Twu8glw8WRI/AAAAAAAAGPA/j4-iPnu1Cpk/s1600/mapa3.jpg

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No período da Belle Époque acontece

a florescência da arte e da inovação e na

política ocorre a ascensão dos militares

operários e socialistas organizados, é

considerado como o período da efervescência

cultural, bem como a harmonia, porém esse

quadro social se desfaz como o início da

Primeira Guerra Mundial.

Entre 1871 e 1914 não houve

conflitos que envolvessem as potências

europeias de modo direto. Após 1880 os governos da Grã-Bretanha, França, Alemanha,

Áustria, Hungria, Itália e Russa passaram à corrida armamentista, processo que acelerou no

início do século XX.

A Alemanha e a Itália estabeleceram unificação política tardia, ocorrida somente na

segunda metade do século XIX. Estes países se atrasaram na corrida imperialista e

controlavam territórios menos e mais pobres e estavam determinados a alcançar os países

rivais e isso era essencial que possuíssem armamento bélico moderno.

Nesse contexto de modernização de exércitos, os países integrantes da potência

europeia firmavam acordos políticos militares, sendo denominados de política de aliança. Em

1882, a Tríplice Aliança era formada pelas potências centrais: Império Alemão, Império

Austro-Húngaro e a Itália. Por outro lado, a aliança entre a Alemanha e a Áustria-Hungria se

deu pela necessidade de se estabelecer o equilíbrio interno do novo império alemão.

A Tríplice Entente, esta

era formada pela Inglaterra,

França e Rússia, sendo

constituída no período entre 1893

e 1907. A participação da França

nesse bloco anti-germânico

aconteceu pela derrota desse país

na Guerra Franco-Prussiana de

1870 e posteriormente a anexação

ao Império Alemão das

províncias francesas de Alsácia e de Lorena. Já a participação da Rússia aconteceu como

equilíbrio ao envolvimento da Áustria-Hungria (aliada da Alemanha) no Bálcãs, região de

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Atentado de SarajevoFonte: http://www.historianet.com.br/imagens/ conteudo/a-grande-guerra-1.jpg

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interesse do Império Russo habitada por vários povos eslavos. Foi séculos de adversidades

que se intensificaram no século XIX, período em que competiam pela liderança na corrida

imperialista.

As rivalidades entre os países eram fortalecidas pelo desenvolvimento do

capitalismo, pois no início do século XIX, a economia mundial não girava mais em torno da

Grã-Bretanha. Outros países industrializados disputavam com os britânicos os mercados

consumidores e nenhum concorrente era tão agressivo quanto os alemães. (BRAICK; MOTA,

2010, p. 46).

Glossário

Fonte:http://1.bp.blogspot.com/dUvw9L7HDD0/TExKyrPcCYI/AAAAAAAAADI/1OstoPRcxNw/s200/glossario2.gif

Entente: do francês “entente, entendimento, acordo”. (COTRIM, 2010, p. 35).

Após o episódio, a Áustria-Hungria pediu reparações da Sérvia pelo atentado

ocorrido, mas o pedido não foi atendido, isso favoreceu a eclosão do conflito onde o Império

Russo-Húngaro declarou guerra a Sérvia.

Aos poucos esse conflito foi se tornando

mundial, pois o sistema de alianças foi trazendo

outros países para a luta. No período entre 1914 e

1916 a Alemanha, Áustria, Rússia, França e Grã-

Bretanha trouxeram para o confronto suas colônias,

assim como as áreas de influência da África e da

Ásia.

O continente americano se envolveu na

guerra somente em abril de 1917 com a entrada dos

Estados Unidos que se aderiu à Entente. A entrada

dos Estados Unidos foi impulsionada por interesses

comerciais norte-americanos na França e Inglaterra.

Ainda em 1917, a Rússia deixou a guerra, pois sofrera derrotas militares e teve sérios

problemas interno. Em sua saída, a Rússia firmou um acordo armístico com a Alemanha que,

por sua vez, contava com a vitória somada à Áustria-Hungria.

Francisco Ferdinando era herdeiro do trono austro-húngaro e no dia 28 de Julho de 1914 foi assassinado por um ativista sérvio em Sarajevo. Esse episódio ficou mundialmente conhecido como “Atentado de Sarajevo” o que aumentou a tensão entre os dois blocos de países.

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Guerra das trincheirasFonte: http://historiaon.files.wordpress.com/2012/ 01/ 5410.jpg?w=1000&h=

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Com a derrota e afastamento da Rússia, os alemães levaram suas tropas para frente

ocidental, “elas foram utilizadas em um grande ofensiva lançada em março de 1918, antes da

chegada da maior parte dos efetivos dos Estados Unidos” (BRAICK; MOTA, 2010, p. 47).

A Primeira Guerra Mundial durou quatro anos e três meses, forçando os beligerantes

a mudar seus planos e estratégias. O avanço tecnológico bélico favoreceu o uso de novos

elementos nos combates da Primeira Guerra Mundial. As ferrovias possibilitaram mobilizar e

transportar um número cada vez maior de homens de diversas regiões do país aos campos de

batalhas. A locomoção dos soldados e suprimentos nos locais de conflito ainda era feita por

meio de cavalos. Nesse período de guerra, os novos armamentos eram mais rápidos e potentes

em relação aos anteriores, avanços acontecidos na metalúrgica e na química. Além disso

“bombas, minas, torpedos e armas de longo alcance traziam a possibilidade de conter um

ataque inimigo antes que ele chegasse perto demais das tropas dos soldados (BRAICK;

MOTA, 2010, p. 47)”.

Houve avanços nos transportes

marítimos, um exemplo foram os navios de guerra

que receberam blindagem protetora eficaz, feita

de ferro, com capacidade de carregar um maior

número de armas e com mais velocidade de

movimentação. Os tanques de guerra surgiram

nos anos finais de guerra, somente a partir de

1916.

A Primeira Guerra Mundial foi por excelência a guerra das trincheiras. A partir do

primeiro ano de guerra marcado pela movimentação inicial das tropas, o conflito se

consolidou como a guerra das posições, isso compreendia que cada território ocupado devia

ser mantido e defendido.

As trincheiras formavam uma rede de valas cavadas na terra, de aproximadamente 2 metros de profundidade, construídas em ziguezague. Elas eram cercadas por fileiras de sacos de areia que ajudavam na proteção dos soldados. Havia trincheiras dispostas à frente das linhas inimigas e também aquelas que ficavam na retaguarda, mas afastadas e tranquilas (BRAICK; MOTA, 2010, p. 48)

Os soldados se revezavam ocupando ora uma, ora outra posição. Nesses territórios de

guerra havia espaços entre as trincheiras dos aliados e as da Entente sendo conhecidos como

“terra de ninguém”. Nesses espaços havia crateras de bombas e rolos de arame farpado,

colocados próximo às linhas de combate para dificultar a mobilidade do exército inimigo.

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Considerando que na guerra era impossível avançar ou recuar, as trincheiras

transformaram-se em lares temporários para muitos combatentes. Nesses espaços apertados,

os soldados manuseavam suas armas, descansavam, faziam as refeições e cuidavam da

higiene pessoal. Mesmo tentando uma melhor acomodação, não era fácil a vida dos soldados

nas trincheiras, pois os soldados passavam fome, sede e frio. O local vivia constantemente

encharcado por causa das chuvas e as doenças disseminavam com facilidade. Para minimizar

a umidade, as paredes das trincheiras eram revestidas de madeira. Somando-se a todas as

adversidades, o medo constante afetava o aspecto psicológico dos soldados. Por isso, muitos

dos que sobreviveram à guerra além das mutilações físicas, carregariam sérias consequências

mentais para o resto da vida (BRAICK; MOTA, p. 48).

No final do ano de 1918, o presidente dos Estados Unidos – Woodrow Wilson –

apresentou ao Congresso Americano um plano de paz, conhecido como “Os 14 pontos de

Wilson”. O programa foi considerado por alguns países como “admirável, mas muito

abstrato”, pois não punia a Alemanha pela responsabilidade no conflito.

Em 1919, os principais representantes dos países

vencedores se reuniram em Versalhes para a elaboração do

tratado de paz. Essa tarefa foi muito complexa, devido os

interesses que deveriam ser harmonizados.

Para as autoridades alemãs, havia a convicção de que a

nação seria tratada de acordo com os princípios defendidos pelo

presidente dos Estados Unidos. Porém, isso não aconteceu e em

28 de Junho de 1919, a Alemanha foi obrigada a assinar o

Tratado de Versalhes e seus termos frustravam as expectativas

alemãs.

A Alemanha perdeu alguns de seus territórios na Europa

e suas colônias foram cedidas à Grã-Bretanha e à França. O Tratado de Versalhes obrigou que

os alemães reduzissem seu exército para 100 mil soldados e não poderiam usar forças aéreas e

navais; os navios alemães mercantes passariam a pertencer aos países que compunham a

Tríplice Entente, assim como também os vagões das locomotivas, os vagões e o gado; e como

indenização, a Alemanha deveria pagar 269 milhões de marcos-ouro aos governos dos países

perdedores. Mesmo sendo considerado como um tratado humilhante, a Alemanha foi

obrigada a assinar e concordar com os termos impostos. É importante destacar que para a

Itália, membro do bloco vitorioso, as condições impostas pelo Tratado de Versalhes também

não foram satisfatórias, pois não atenderam suas pretensões imperialistas.

Tratado de VersalhesFonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b8/Treaty_of_Versailles,_English_version.jpg

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Mortes na Primeira Guerra MundialFonte: http://www.fottus.com/wp-content /uploads/post_189_segunda_guerra/segunda% 20guerra%20(51).jpg

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Para evitar uma nova guerra, foi criada a Liga das Nações, porém a entidade nasceu

falida, pois não contou com a participação da Alemanha, Rússia e nem dos Estados Unidos.

A Primeira Guerra Mundial foi travada nas terras, nos mares e nos céus da Europa,

trouxe amplas consequências para o continente, sendo a principal causa do declínio mundial.

Esse contexto foi favorável para a ascensão dos Estados Unidos para a maior potência

econômica. O número de mortos na Primeira Guerra Mundial alcançou mais de 20 milhões de

pessoas, sendo que a maioria era de pessoas jovens em pela idade produtiva.

No contexto político, instalou-se o clima de

descrença ao neoliberalismo, surgindo os regimes e

partidos com tendência autoritária, com inspiração

socialista e fascista.

A Primeira Guerra Mundial interrompeu o

processo de transformação de valores, de aspiração e de

comportamentos inspirados no final do século XIX.

Resumidamente, a Primeira Guerra Mundial rompeu com

a expansão do movimento trabalhista europeu, os sonhos

dos jovens, das mulheres e das vanguardas intelectuais e

artísticas.

Por outro lado, a Guerra incentivou o

desenvolvimento da ciência e foi responsável por grandes avanços tecnológicos. Contribuiu

com o desenvolvimento da química, física e metalúrgica, graças à Revolução Industrial. Esses

avanços contribuíram com a indústria militar. É importante considerar que os avanços

advindos da guerra não se restringiram apenas no campo bélico. Vale destacar a importante

participação de Marei Curie, com seu trabalho na França administrando um novo setor da

medicina: a radiologia.

ATIVIDADES:

1) Vídeo: Ampliando as discussões:

Para esta atividade de sala de aula, o professor deverá baixar o vídeo em pendrive, passar em

sala de aula para sua turma por meio da TV pendrive. A proposta é que os alunos assistam o

vídeo, retomando o assunto: Belle Époque, complementando a aula dada pelo professor.

Depois do vídeo, os alunos em grupos farão um relato escrito, esse relato será lido e debatido

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em sala de aula, entregue para o professor que analisará as disposições das ideias, conceitos e

na devolução fará as discussões que achar conveniente para os grupos.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_HCgzX40gy 9c/S0m2h8peaAI/AAAAAAAAHKI/QQn1ap9OxRg/s320/Como+baixar+v%C3%ADdeos+do+youtube.jpg

Assista ao vídeo:La Belle Époque – Época douradahttp://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=fC1YHPGwHS8

Proposta de Atividade:- Relate as principais mudanças acontecidas na sociedade no período da Belle Époque (1870 – 1914):

Atividade 3: Leitura de Texto.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-7WJshM94dvw/TjyL7RcChiI/AAAAAAAAAO4/0wGBzu12Vbs/s1600/leitura2.jpg

Proposta de Atividade

1) Leia o texto impresso: Atentado de Sarajevo deflagra Primeira Guerra Mundial: (Fonte: http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=11366)2) Elabore, por meio de pesquisa em livros, internet ou revistas à biografia de Francisco Ferdinando (Fernando) e faça um resumo sobre sua vida política e as causas de seu assassinato. 3) Em sala de aula o professor deverá organizar o trabalho no sentido de ampliar os conhecimentos sobre esse fato histórico e para isso sorteará dois grupos, o primeiro deverá relatar para a sala como aconteceu o atentado de Sarajevo. O segundo grupo irá relatar a biografia de Francisco Ferdinando, citando os principais fatos de sua vida pessoal e política.4) Após as apresentações, os dois grupos não sorteados deverão complementar os dados citados, a participação nessa discussão é essencial.

Atividade 4: Pesquisando na Internet: Navegando!

Esta atividade deve acontecer em sala de aula, para isso o professor deve ter trabalhado a

questão da Guerra nas trincheiras. Esse vídeo deve ser baixado em Pendrive e apresentado na

TV Pendrive. Essa aula deve ser comandada pelo professor que promoverá os recortes e as

paradas necessárias para as discussões com a turma. Essa é a primeira parte da atividade,

seguida pelo relato escrito.

Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/ images?q=tbn:ANd9GcQdCSo7QjnJMVrQofv2JTTUgOjBFbzoAeNUVqlys_u2j5wRjg7n6w

Proposta de Atividade

1. Assista ao vídeo Guerra das Trincheiras disponível em: Fonte: http://www.youtube.com/watch?feature=player_ detailpage &v=a2WGqh1_Xxg

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16

RELATO:

Depois de assistir ao vídeo: As trincheiras, analisar as fotos abaixo apresentadas na TV

Pendrive e, se colocando no lugar de um soldado, escreva uma carta para seus familiares.

Procure relatar como era sua vida nas trincheiras em plena primeira guerra mundial:

Fonte: http://historiaon.files.wordpress.com/2012/01/17100.jpg?w=700&h=

Fonte: http://historiaon.files.wordpress.com/2012/01/2210.jpg?w=700&h=

Fonte: http://historiaon.files.wordpress.com/2012/01/4910.jpg?w=700&h=

Avaliação: A atividade será corrigida oralmente em sala de aula e será avaliado o texto escrito, considerando as ideias condizentes com as informações apresentadas no decorrer das aulas. Os alunos apresentarão seus relatos, devendo ser condizente com as informações apresentadas nos estudos dos textos, vídeo e leitura das imagens.

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Fonte: http://robertgraham.files.wordpress.com/2012/01/1905-russian-revolution.jpg

17

UNIDADE II: REVOLUÇÃO RUSSA

2. REVOLUÇÃO SOCIALISTA NA RÚSSIAA Rússia foi um dos maiores impérios

do mundo em extensão territorial. Seu

processo de extensão em direção à

Ásia e até o oceano Pacífico iniciou

no século XVII – no período do

governo de czar Pedro I – ou Pedro, o

grande, essa expansão alcançou o

apogeu durante o século XIX. De

1721 – 1917, sendo denominada de

Império Russo.

Durante a permanência dos principais países potenciais na guerra, a Rússia se afastou

na guerra e assinou um acordo de paz com a Alemanha. O país estava internacionalmente

abalado com os efeitos sofridos no conflito mundial – em 1917, quando 5,5 milhões de

soldados russos morreram, feriram, desapareceram ou se tornaram prisioneiros nos campos de

guerra.

Nesse período, pós-guerra, a Rússia sofria com muitas agitações populares lideradas

por operários e camponeses. Deu-se o abandono da guerra e explodiu-se a revolução. No ano

de 1917, revolucionários socialistas liderados por Lênin Trotsky e Stalin tomaram o poder e

começaram a construção de um Estado pautado nas doutrinas marxistas.

A Revolução Russa foi um dos principais acontecimentos do século XX, ele

impulsionou diversos desenvolvimentos num país de vasta extensão territorial, cuja população

da época era predominantemente agrária. Essa revolução influenciou os países em nível

mundial, principalmente na criação dos partidos socialistas.

As Repúblicas Socialistas estabelecidas na Rússia, Ucrânia e demais países sobre

domínio dos czares deram origem, no ano de 1922, à União das Repúblicas Socialistas.

No período que antecedia a Revolução Russa, a população de cerca de 160 milhões de

pessoas era governada pelo czar, monarca absoluto que detinha o apoio da Igreja Ortodoxa

Russa, da burocracia civil e da nobreza proprietária de terras. Apenas duas estruturas podiam

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com muitas limitações contestar seu poder autoritário: as assembleias e provinciais

(Zemstvos) e as municipais (Dumas), instituídas nas últimas décadas do Século XIX.

Uma parte dos povos russos vivia sob o domínio desse Estado predominantemente

agrário – sendo que aproximadamente 85% da população residiam no campo, no final do

século XIX. A economia russa se baseava na agricultura e a maior parte das terras pertencia à

nobreza e à Igreja. A população russa era formada, em sua maioria, pelos camponeses

(mujiks), que se organizavam em pequenas aldeias.

Nesta época, a vida no campo era precária e a produtividade era baixa. A maior parte

dos trabalhadores não possuía lote de terra suficiente para garantir a sobrevivência no campo.

Até o ano de 1861, a maioria dos trabalhos agrícolas era composta por servos,

camponeses pobres a serviço dos nobres. É possível afirmar que para parte da sociedade

russa, a servidão representava um empecilho para o desenvolvimento econômico e social do

país. A abolição, mesmo que gradual, foi uma das realizações do czar Alexandre II,

conquistando terras aos mujiks, mas isso não foi suficiente e satisfatória às necessidades da

população camponesa.

Durante o governo do czar Alexandre II, ele promoveu uma série de reformas, com o

objetivo de modernizar e instrumentalizar o país. O processo de industrialização da Rússia

iniciou na metade do século XIX impulsionado por um grande afluxo de capitais estrangeiros

(ingleses, franceses, belgas e alemães) e estatais. As principais indústrias da Rússia se

concentravam nas grandes cidades ocidentais do Império, como Moscou e São Petesburgo.

Nessas cidades, surgiu um grande número de operários que viviam submetidos a condições de

jornadas de trabalhos estressantes – entre 12 a 16 horas, recebiam baixos salários, conviviam

com a falta de segurança e a inexistência de legislação trabalhista. Essa situação contribuiu

para que o operariado mantivesse em confronto com o czarismo e para a difusão do

pensamento marxista no meio urbano.

Com a divulgação dos conceitos marxistas no Império Russo surgiu diversos grupos

e organizações de esquerda que possibilitaram a criação do primeiro partido político de

caráter marxista do país, no ano de 1898, nomeado de Partido Operário Socialdemocrata

Russo (POSDR).

Um episódio determinante para acontecer à revolução na Rússia foi o Domingo

Sangrento, acontecido no ano 1905. Em dezembro de 1904, um grupo de trabalhadores da

usina de Putilov, situada em São Petersburgo, capital da Rússia, elaborou um boletim de

reivindicações trabalhistas que foi apresentado à direção da empresa. Os dirigentes da

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Foto: Domingo SangrentoFONTE: http://www.culturamix.com/wp-content/uploads /2013/04/O-Que-Foi-o-Domingo-Sangrento-De-1905. gif

19

empresa ignoraram as exigências como também demitiram em massa todos os funcionários

que aderiram à greve.

Como atitude solidária, as Seções

Operárias promoveram em janeiro de 1906 uma

manifestação pública, quando os operários e

populares marcharam rumo ao palácio de

Inverno, para entregar uma petição ao czar

solicitando reformas sociais, políticas, religiosas

e fiscais, além da convocação de uma

Assembleia Nacional Constituinte. Como

respostas, centenas de trabalhadores foram

metralhadas pelos soldados de czar.

Indignados com o Domingo Sangrento,

eclodiram greves e manifestações por toda Rússia, tanto na cidade como no campo.

Começaram os motins militares, entre eles a rebelião dos marinheiros do encouraçado

Potemkin, o maior navio de guerra do império, contra o abuso praticado pelos seus

comandantes. No decorrer dos confrontos de 1905, surgiram os sovietes e os partidos liberais

russos.

A repressão czarista resultou em milhares de mortos e prisioneiros, além do exílio de

várias lideranças socialistas. Para evitar novos conflitos e atrair os liberais, o czar Nicolau II

garantiu que realizaria reforma agrária e respeitaria as liberdades civis. Convocou a Duma –

assembleia com representantes do povo, composta em sua maioria pela burguesia, com função

consultiva e que podia ser dissolvida a qualquer momento.

Posteriormente, no ano de 1919, a Rússia experimentou um simulacro de democracia

com a convocação de Duma em 1906, 1907, 1909 e 1912. Após a convocação da quarta

Duma, o governo decidiu impedir todos os debates de ordem pública e constitucional. A

Rússia e boa parte da Europa entraram no clima de autoritarismo, exaltação nacional e

militarismo que culminou na Primeira Guerra Mundial.

Do mesmo modo que a derrota russa na guerra com o Japão contribuiu para o levante

de 1905, o fracasso do exército czarista na Primeira Guerra Mundial favoreceu a explosão

revolucionária de 1917.

Um clima de revolução efervescente abrangeu toda sociedade e manifestações

espontâneas de rua, greves operárias e atos de insubordinação dos soldados contra os

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comandos militares culminaram na Revolução de Fevereiro que, na ocasião, derrubou o

regime czarista.

Destaca-se que até o ano de 1917, os russos ainda utilizavam o calendário Juliano,

que era atrasado em 13 dias em relação ao calendário gregoriano ocidental. A Revolução de

Fevereiro ocorreu em março, pelo calendário do Ocidente. Em 23 de Fevereiro (8 de março de

1917 do calendário gregoriano) aconteceu uma passeata em comemoração ao Dia

Internacional da Mulher que chamou os operários à greve quando, em diversos pontos da

capital russa, milhares de manifestantes saíram às ruas. No dia 26 de Fevereiro, uma multidão

se dirigiu à Duma cantando hinos revolucionários e gritando com bravor: “Abaixo a

autocracia”, “Abaixo a guerra!”. Como era prática do governo, este respondeu ao manifesto

com repressão (BRAICK; MOTA, 2010, p. 53).

Os grupamentos revolucionários bolcheviques, mencheviques, socialista-

revolucionários e anarquistas intensificaram suas ações, quando o presidente da Duma pediu

inutilmente ao czar que atendesse algumas reivindicações populares e formasse um novo

governo. Assim, Nicolau II ordenou que os soldados atirassem nos manifestantes, mas os

oficiais se negaram e se uniram à multidão. No dia 27, os soldados e operários ocuparam o

Palácio de Inverno e em poucas horas a capital do império caiu nas mãos dos revolucionários.

A revolução começou em São Petersburgo e se propagou por toda Rússia. As

autoridades imperiais foram exoneradas de seus cargos e substituídas por pessoas nomeadas

pelos sovietes. A maioria dos novos dirigentes eram mencheviques, pois a participação dos

bolcheviques no movimento tinha sido limitada, atingindo apenas o operariado da capital de

Moscou.

Um novo acordo entre a Duma e o soviete de Petrogado foi firmado em 02 de março

de 1917, denominado de São Petersburgo possibilitou a formação de um governo provisório

de maioria liberal. Georg Lvov, político tradicional e rico proprietário de terras foram

nomeados como chefe de governo e seus ministros pertenciam a diversas frações.

A dualidade de poderes aconteceu com a abdicação do czar, estabelecendo uma

aliança entre o governo provisório, de caráter liberal e controlado pela burguesia e o soviete

de Petrogrado, eleito pelos operários e soldados. O soviete permaneceu inicialmente como

órgão à parte do governo com a missão de fiscalizaria sua atuação.

Inicialmente, os setores populares foram representados pelos sovietes que tiveram

ilusões quanto à aliança com os liberais. Porém, em curto prazo, o governo de alianças cedeu

lugar a uma situação de dualidade de poderes: de um lado estava o governo provisório – com

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decisões que não correspondiam às aspirações populares; e do outro lado, estava o soviete que

detinha uma representação local mais direta e efetiva.

Os operários reivindicaram uma legislação trabalhista e a gestão das empresas,

camponeses clamavam por uma reforma agrária e grande parte da nação solicitava a

convocação de uma Assembleia Constituinte, que os governos insistiam em adiar até o fim da

guerra.

Em abril de 1917, Lênin apresentou ao Partido Bolchevique suas propostas chamadas

de Teses de Abril. Nessas propostas, Lênin propôs a paz imediata; a dissolução do Governo

Provisório e todo poder dos sovietes, a supressão da polícia, do exército e do conjunto de

funcionários do Estado; o confisco das grandes propriedades rurais e a nacionalização da

terra; a criação de um banco nacional único; o controle da produção social e da distribuição

dos produtos pelos sovietes. Em junho do mesmo ano, diversos levantes puseram em xeque a

autoridade do Governo Provisório, que aproveitou o fato para por o Partido de Bolchevique

na ilegalidade e prender vários líderes. Fugindo da possível prisão, Lênin refugiou-se na

Finlândia.

De março a outubro de 1917, a Rússia assistiu a sucessivas mobilizações populares

em defesa da paz e de mudanças políticas e econômicas profundas, que influenciaram no

fortalecimento dos partidos revolucionários.

De setembro a outubro, a crise se agrava criando condições para que as palavras de

ordem bolcheviques “Paz, Pão e Terra” encontrassem garantia entre a população. No mês de

outubro, Lênin volta do exílio da Finlândia e propõe o desencadeamento imediato da

insurreição para derrubar o Governo Provisório por meio de uma reunião do Comitê Central

do Partido Bolchevique.

As bases bolcheviques foram lideradas por Lênin e Trotsky que colocaram em

marcha a insurreição. Com a criação do Comitê Militar Revolucionário do Soviete de

Petrogrado e a preparação da Guarda Vermelha para debelar os contrarrevolucionários

concorreram para os insurretos o poder em nome dos sovietes, em 25 de outubro de 1917 (7

de novembro no nosso calendário).

Com a tomada do poder, os revolucionários tomaram medidas nos mais diversos

campos para que a velha ordem fosse destruída. Entre elas destacavam-se: alterações nas leis

referentes aos direitos civis; anulação dos títulos de nobreza; separação entre Igreja e Estado;

simplificação da língua escrita russa; autogoverno local; liberdade de expressão, de imprensa,

de greve e de associação; eleição de juízes pela população; substituição da polícia e do

exército permanente pelo armamento geral do povo; controle das empresas pelos operários

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por meio de instituição eleitas; igualdade e soberania dos povos da Rússia e o direito desses

povos a disporem de si próprios, inclusive o direito à separação e constituição de um Estado

independente.

Um problema grave enfrentado pelo governo revolucionário bolchevique se referia à

saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial. As negociações que aconteceram em separado

com a Alemanha possibilitaram a assinatura do Tratado de Brest-Litovsk, firmado em 3 de

março de 1918. Nesse dia, a Rússia teve que ceder ao inimigo vasta regiões férteis, renunciar

às pretensões territoriais e reconhecer a independência da Ucrânia e da Finlândia.

Além do mais, a Rússia teve que abrir mão do controle sobre a Estônia, Letônia,

Lituânia, Polônia e parte da Bielorrússia, cedendo territórios à Turquia.

Com apoio de potências vitoriosas no conflito mundial, antigos oficiais monarquistas

e políticos conservadores formaram uma força militar contrarrevolucionária chamada de

Exército Branco que se lançaram contra o Exército Vermelho que era representante do

governo soviético. Nesse contexto incidiu a guerra civil na Rússia.

Objetivando derrotar o Exército Branco, o poder soviético estabeleceu um rígido

controle sobre a produção e o consumo, chamado de consumismo de guerra, assim institui-se

a economia de troca, com a proibição do comércio privado e o pagamento do salário em

gêneros, também houve o confisco da produção agrícola para abastecer a população. Houve

imposição de disciplina rigorosa ao Exército Vermelho comandado por Trotsky. No fim de

1920, foram eliminados praticamente todos os focos de contrarrevolução.

Nos debates ocorridos para derrotar os Brancos, o Exército Vermelho anexou

territórios que formaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Os adeptos de Lênin passavam à ofensiva no plano político: em 1919, foi fundada em

Moscou a Terceira Internacional ou Internacional Comunista, com o objetivo de levar as

propostas e os exemplos da Revolução Russa às massas populares de outros países europeus.

Depois da guerra civil, a Rússia encontrava-se uma situação extremamente

desfavorável: a indústria e a produção agrícola declinaram do mesmo modo a população das

cidades e o nível das exportações. O país vivia uma crise generalizada.

Diante dessa situação o governo soviético adotou a Nova Política Econômica (NEP),

em março de 1921, recuando em alguns aspectos do comunismo de guerra. O NEP permitiu a

existência de um setor privado que se encarregaria do comércio varejista e possibilitou a

criação de cooperativas de comércio. As grandes indústrias, os bancos e o comércio atacadista

continuavam controlados pelo governo. Os camponeses passaram a pagar imposto em série e

o excedente de sua produção poderia ser comercializado a preço de mercado. As pequenas e

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médias indústrias receberiam estímulo para fomentar seu crescimento. As posses de terras

foram reafirmadas e o governo continuou coma formação de cooperativas agrícolas.

Nas cidades foi proibida a nacionalização das fábricas sem liberação de órgãos

administradores de nível superior, desaparecendo a prestação de serviços obrigatórios. Foi

autorizada a livre circulação da mão de obra e suprimiu-se a remuneração igualitária do

trabalho, visando à correlação entre o salário e a produtividade.

Aconteceram outras reformas da NEP que afetaram o cotidiano da população

introduzido no início do processo revolucionário ou no decorrer da guerra civil: abolição da

gratuidade dos serviços de moradia, água, eletricidade, gás; uso de recursos essenciais postos

à disposição da coletividade como transportes, correio e jornais. Nesse período, o governo

soviético buscou atrair capitais estrangeiros em forma de concessões ou de empréstimos.

Essa abertura econômica não foi acompanhada de abertura política, pois a

centralização do Estado substituiu o poder da classe operária pelo poder do Partido

Comunista, reforça pela ascensão de Joseph Stalin ao posto de secretário geral em 1922.

Após a morte de Lênin, em 1924, iniciou uma disputa pelo poder entre Trotsky e

Stalin. Dentre as principais divergências entre os dois líderes bolcheviques estavam o como

viam a União Soviética. Para Trotsky, a União Soviética era uma conquista revolucionária,

um Estado sob o controle dos operários. Por outro lado, Stalin admitia a possibilidade da

construção do socialismo primeiramente na União Soviética. Stalin foi derrotado no XIII

Congresso do Partido Comunista em 1924.

Trotsky foi derrotado no XIII Congresso do Partido Comunista (1924) numa aliança

entre Stalin e importantes dirigentes bolcheviques. No XIV Congresso do Partido Comunista,

em 1925, foi aprovada a tese de consolidar primeiro o socialismo na União Soviética e, deste

modo, Stalin tornou-se o principal líder soviético. Opostamente, Trotsky se empenhou na luta

sem trégua contra o regime stalinista, pois o centralismo colocava em perigo a revolução.

Como fundador do Exército Vermelho e principal líder do Soviete de Petrogrado no período

de revoluções de 1905 e 1917, Trotsky foi expulso do partido e exilado em 1927.

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Atividade 1: CRUZADINHA

a) Os confrontos entre operários e o czarismo contribuiu para difundir o pensamento marxista

no meio URBANO (6).

b) A ABOLIÇÃO (7) foi uma das grandes realizações de czar Alexandre II, conquistando

terras aos MUJIKS (11).

c) Até o ano de 1861, a maioria dos trabalhos agrícolas era feito por servos, camponeses

pobres a serviço dos NOBRES (10).

d) Para parte da sociedade russa, a SERVIDÃO (8) representava um empecilho para o

desenvolvimento econômico e social do país.

e) Antes da Revolução Russa, a população era governada pelo czar, monarca absoluto que

detinha o apoio da IGREJA (14) ORTODOXA (9) Russa, da burocracia civil e da nobreza

proprietária de terras.

f) A Rússia se afastou na guerra e assinou um acordo de paz com a Alemanha, porém 5,5

milhões de soldados russos morreram, feriram, desapareceram ou se tornaram

PRISIONEIROS (12) nos campos de guerra.

g) Com a divulgação dos conceitos marxistas no Império Russo surgiu diversos grupos e

organizações de esquerda que possibilitaram a criação do primeiro partido político de caráter

marxista do país, no ano de 1898, nomeado de Partido Operário Socialdemocrata Russo

(POSDR) (13).

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Orientações: Essa cruzadinha é específica sobre a primeira parte desse capítulo, como os

textos deverão ser reproduzidos pelo professor, o aluno terá material em mãos para resolver

essa atividade. É importante que o professor conduza o trabalho e oriente os alunos sobre os

procedimentos de pesquisa e de preenchimento da cruzadinha. Essa atividade deve ser

impressa para a resolução dos alunos. Em seguida o professor deve fazer a correção coletiva e

os alunos anexarem sem seus materiais de estudo. É uma atividade de pesquisa em seus

próprios materiais, é reflexiva e leva os alunos a pensar sobre o fato histórico estudado.

Atividade 2

A turma será dividida em três grupos que receberão os temas para o desenvolvimento dos

trabalhos.

Grupo 1: Revolução Russa

Grupo 2: Domingo Sangrento

Grupo 3: O fim de Czarismo

Orientação: Os vídeos devem ser assistidos pelos grupos no Laboratório de Informática e as

demais atividades devem ser realizadas em sala de aula.

1 R

2 E

3 V

4 O

5 L

6 U

7 Ç

8 Ã

9 O

10 R

11 U

12 S

13 S

14 A

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26

ATIVIDADE GRUPO 1: Vídeo: Ampliando as discussões:

Fonte:http://1.bp.blogspot.com/_HCgzX40gy9c/S0m2h8peaAI/AAAAAAAAHKI /QQn1ap9OxRg/s320/Como+baixar+v%C3%ADdeos+do+youtube.jpg

Assista ao Documentário: Revolução Russa. Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=ptjDbhlp9CQ>

Proposta de Atividade- Resumir em tópicos as principais informações sobre a Revolução Russa e refletir para o debate final.

ATIVIDADE GRUPO 2: Vídeo: Ampliando a Discussão:

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_HC gzX40gy9c/S0m2h8peaAI/AAAAA AAAHKI/QQn1ap9OxRg/s320/Como +baixar+v%C3%ADdeos+do+youtube.jpg

Assista ao vídeo: Revolução Russa - Sociedade, industrialização, domingo sangrento.

Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=1EvUXBHszwU>

Assista ao vídeo: Domingo Sangrento - Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=7KCD--0LghM >

Proposta de Atividade:Compare os dois vídeos e escreva um relato sobre o episódio: Domingo Sangrento.

ATIVIDADE GRUPO 3: Pesquisando na Internet: Navegando!

Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic. com/ images?q=tbn:ANd9GcQdCSo7QjnJMVrQofv2JTTUgOjBFbzoAeNUVqlys_u2j5wRjg7n6w

Pesquisando:

Proposta de AtividadeLeia o texto: O fim do Czarismo<http://www.conhecerarussia.bnx.com.br/czares-da-russia/o-fim-do-czarismo>

Construam um cartaz sobre o fim do Czarismo, contendo imagens e legendas explicativas, se o grupo achar necessário pode estar colocando algumas frases informativas sobre esse fato histórico.

MOMENTO DE DISCUSSÃO: Cada grupo apresentará o trabalho realizado, buscando

destacar o fato histórico e levar a informação para a sala sobre o tema abordado. A sala deve

interagir com os grupos. Essa atividade será avaliada pela parte escrita e pela apresentação,

buscando uma nota para os grupos, para isso a participação de todos é fundamental para que

os grupos alcancem os objetivos. Para o professor, sua meta deve ser analisar como os alunos

compreenderam os fatos históricos e a realização da atividade proposta.

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Fonte: http://www.constelar.com.br/constelar 119_maio08/imagens119/desempregados.jpg

27

UNIDADE 3: CRISE DO CAPITALISMO E REGIMES TOTALITÁRIOS

Uma grande crise econômica atingiu

diversos países de todo mundo durante a década

de 1930. Com esta crise os centros econômicos

foram abalados, nesse período surgiram e

desenvolveram os regimes políticos autoritários

que se estenderam por diversos países. Dentre os

principais regimes políticos autoritários,

destacam-se o fascismo e o nazismo.

Com o término da Primeira Guerra

Mundial os Estados Unidos possuíam a economia mais poderosa do mundo. No ano de 1920,

a indústria desse país era responsável por aproximadamente 50% da produção industrial do

planeta. Houve um crescimento significativo da agricultura, fato esse impulsionado pela

mecanização e pela instalação da rede elétrica no espaço rural.

Por causa desse crescimento econômico, a sociedade estadonidense vivia em clima

de euforia: chamados de anos felizes. Nesse período de glória da sociedade industrial

moderna surgiu a expressão American way of life, ou seja, estilo de vida americano, marcado

pelo consumismo de automóveis e eletrodomésticos. Assim, viver bem era sinônimo de

consumir mais.

O clima de euforia surgido com o crescimento econômico continuou durante quase

toda a década de 1920. No entanto, no ano de 1929, os Estados Unidos enfrentaram uma forte

recessão econômica que afetou diversos países do mundo que ficou conhecida como a Grande

Depressão ou Crise de 1929. Para os estudiosos e economistas essa foram a pior crise

econômica do século XX, por sua amplitude, seus efeitos e sua duração, pois a mesma

perpassou toda década de 30.

Glossário

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_dUvw9L7 HDD0/TExKyrPcCYI/AAAAAAAAADI/1OstoPRcxNw/s200/glossario2.gif

Recessão: redução da atividade econômica durante certo período, com efeitos negativos em vários indicadores da economia de um país, como: emprego, produção e investimentos.Depressão: recessão econômica prolongada e de maior gravidade; crise econômica.

(COTRIM, 2010, p. 35).

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As sociedades europeias lutavam com limitações e dificuldade para se recuperar dos

prejuízos causados pela Primeira Guerra Mundial, isso até por volta de 1925. Por outro lado,

nesse período, os Estados Unidos vinha num crescimento econômico estupendo e exportava

para os europeus a maior parte dos elementos necessários: alimentos, máquinas, combustíveis,

armas, etc.

Conforme os países europeus se recuperavam, a estrutura produtiva também se

reorganizava. Tanto os governos como os empresários franceses, alemães e ingleses

buscavam a modernização rápida de seu parque industrial, para isso adotavam várias medidas

protecionistas visando à redução das importações de produtos estadunidenses.

Mas, nos Estados Unidos, o ritmo de produção Industrial e agrícola continuou em

crescimento, alcançando e ultrapassando os limites de compra do mercado interno e externo.

Dá-se então uma superprodução de mercadorias, ou seja, havia mais produtos do que

compradores, com isso ocasionou a queda de preços dos produtos. Considerando que os

preços baixaram de modo drástico, do mesmo modo ocorreu com a margem de lucro dos

empresários e agricultores. Mesmo com produção excedente o comércio não conseguir

conquistar consumidores.

O segundo problema foi à redução da atividade econômica, onde os produtores

agrícolas e industriais foram obrigados a reduzir as atividades e produzir menos.

O terceiro problema foi o desemprego em massa, pois com redução das atividades,

houve demissão de milhões de trabalhadores. Mesmo aqueles que não foram dispensados,

sofreram com reduções de trabalho e de salários. Durante a crise econômica, os Estados

Unidos chegou à marca de 15 milhões de pessoas desempregadas.

Com a constante redução da atividade econômica, os acionistas e investidores

começaram a vender as ações que possuíam. Eles vendiam pela necessidade do dinheiro ou

porque as ações estavam em baixa. Com o aumento de oferta de ações, seus preços caíram

progressivamente aumentando o pânico no mercado financeiro.

O dia 29 de Outubro de 1929 ficou conhecido como Quinta-Feira Negra, com a

queda vertiginosa do valor de milhões de ações que eram negociadas nas bolsas de valores de

Nova York. Essa foi a grande queda do mercado financeiro, principal marco da crise

econômica que assolava o país, levando inúmeras empresas e bancos à falência. Essa

depressão econômica se estendeu até 1932 e nesse período a produção industrial dos Estados

Unidos foi reduzida em 54%. O Crash (falência, quebra econômica) da Bolsa de Valores de

Nova York abalou grande parte do mundo capitalista, nessa época os Estados Unidos era a

maior potência industrial e financeira do planeta.

Page 30: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários”

Quinta-feira NegraFonte: http://blogs.estadao.com.br/arquivo/files/2011/10 /Diante_bolsaNY.jpg

29

Com a grande crise econômica,

muitas empresas e investidores direcionaram

seus recursos para outros países,

principalmente para a Europa. Os Estados

Unidos diminuíram suas importações,

gerando problema para outros países

parceiros no comércio. Dentre eles, podem

ser destacados os países latino-americanos

que apoiavam a economia agroexportadora.

Essa crise afetou o Brasil,

principalmente os cafeicultores, que vendia

parte de suas safras ao mercado americano e perderam grandes vendas para os Estados Unidos

e os estoques de café chegaram a tão elevada quantidade que parte foi queimada pelo governo

brasileiro, como tentativa desesperada de estabilizar os preços.

No início da grande crise econômica, o governo dos Estados Unidos pouco fez para

controlar a situação, seguindo a política liberal adotada até então de não intervenção do

governo na economia. Porém, as mudanças vieram com a eleição de Franklin Delano

Roosevelt para presidência do país. Este presidente ficou no poder de 1933 a 1945 e nos

primeiros anos foi o principal defensor de um conjunto de medidas adotadas pelo país para

superar a crise, que ficou conhecida como New Deal (Novo Acordo). Esse programa

socioeconômico foi inspirado nas ideias do economista inglês John Maynard Keynes (1983-

1946).

Keynes foi um defensor de doutrinas intervencionistas na economia e o impacto de

seu pensamento sobre as teorias e as práticas econômicas do século XX representou uma

verdadeira revolução.

Esse economista considerava a existência de forças de reequilíbrio no campo

econômico e defendia a ideia de que esses mecanismos não são automáticos para longo prazo.

Keynes não confiava na teoria laissez-faire (deixai fazer) e em sua naturalidade na economia.

Para Keynes, os impulsos dos empresários iam contra ao que era natural e até que

houvesse um reequilíbrio da situação, muitas vidas poderiam ser destruídas. Para ele, o Estado

deveria intervir na economia, visando o equilíbrio e a maior eficiência do sistema produtivo.

Dentre as ideias defendidas por Keynes, uma das principais é que cabia aos governos

implantar políticas econômicas que garantissem o emprego da maioria dos trabalhadores.

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Defendia, ainda, a redistribuição dos lucros para elevar o poder aquisitivo dos consumidores

de modo proporcional ao desenvolvimento da produção.

De acordo com as ideias de New Deal rompiam com os princípios tradicionais do

liberalismo econômico. O New Deal constituía-se como um programa misto que buscava

conciliar as leis do mercado e o respeito pela iniciativa privada com a intervenção do Estado

em vários setores da economia. As principais medidas econômicas adotadas no New Deal

foram:

- Controle governamental dos preços sobre diversos produtos agrícolas e industriais;

- Concessão de empréstimos aos fazendeiros que se encontravam arruinados,

possibilitando aos mesmos que pagassem suas dívidas e reorganizassem suas produções;

- Realização de diversas obras públicas visando à criação de novos postos de trabalho

para atender milhões de desempregados;

- Criação de um salário-desemprego para amenizar a situação de miséria dos

desempregados;

- Limitações dos preços e da produção conforme as exigências do mercado,

garantindo os interesses dos industriais;

- Fixação de salários mínimos e limitação das jornadas de trabalho, em benefício dos

trabalhadores.

Os resultados da política estabelecida no New Deal não alcançou todo o sucesso

esperado, mas controlou relativamente à crise econômica, bem como os violentos conflitos

social que a crise gerava.

Após 1935, a econômica dos Estados Unidos começou a crescer e se fortalecer e,

paulatinamente, as consequências forma sendo superada. As ideias keynesianas e seus

programas de apoio aos desempregados, como a instituição do salário mínimo, concedeu-lhe

o título de precursora do Estado de bem-estar social (welfare state), que se desenvolveu

plenamente após a Segunda Guerra Mundial em determinados países da Europa Ocidental.

ATIVIDADES

1. Pesquisando na Internet: Navegando!

Orientações: Essa atividade deve acontecer no Laboratório de Informática, pois é online.

Inicialmente os alunos leem o texto e depois resolvem o simulado. A professora deve

acompanhar o desenvolvimento das atividades e discutir com os alunos a Crise do

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Capitalismo, de modo que os alunos compreendam o fato histórico, bem como a repercussão

no mundo.

Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/ images?q=tbn:ANd9GcQdCSo7QjnJMVrQofv2JTTUgOjBFbzoAeNUVqlys_u2j5wRjg7n6w

ATIVIDADES

Leia o texto: A crise do CapitalismoDisponível em:http://www.mundovestibular.com.br/articles/545/1/A-CRISE-ECONOMICA-DE-1929/Paacutegina1.html

Responda o simulado: A crise do CapitalismoDisponível em:http://exercicios.brasilescola.com/historia/exercicios-sobre-crise-1929.htm

Vídeo: Ampliando as discussões:

Este vídeo deve ser assistido no laboratório de informática, ficando o professor livre para

continuar a próxima atividade no laboratório ou retornar para sala de aula.

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/_HCgzX40g y9c/S0m2h8peaAI/AAAAAAAAHKI/QQn1ap9OxRg/s320/Como+baixar+v%C3%ADdeos+do+youtube.jpg

Assista ao vídeo: Relembrando 1929: O ano da Quebra da Bolsa de Valores

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?feature= player_detailpage&v=6hldit2b1do>

2. Após o vídeo, os alunos devem analisar as imagens abaixo, identificando os principais fatos

no contexto histórico relacionado ao ano de 1929 e a queda da Bolsa de Valores e devem

escrever um pequeno texto abordando sua compreensão sobre os mesmos (Entregar atividade

impressa com as imagens).

http://1.bp.blogspot.com/_fvMmtgX9Xf0/SuZTFoX-iJI/AAAAAAAAGiU/LmrGrw G8BkI/s1600/Crash+Bolsa+1929+Wall+Street.jpg

http://3.bp.blogspot.com/_fvMmtgX9Xf0/SuZUe-wvpBI/ AAA AAAAAGi0/rd_V0y773N4/s1600/Crash+Bolsa+1929+5.jpg

Page 33: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários”

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-2g_-8Z5p_-A/TlZqHvkAmcI /AAAAAAAAAcQ/sweClJxXkWM/s1600/isswnw573360.jpg

32

Orientações: Após o trabalho em sala de aula, com o material impresso sobre o fato histórico:

Crise de 1929 e queda da bolsa de valores, os alunos deverão analisar as fotos e elaborar um

pequeno texto (10 linhas) sobre esse acontecido. As imagens contribuem para o

esclarecimento do fato. O professor deve corrigir essas produções e fazer as considerações

que forem necessárias, para os alunos fica a proposta de melhorar seu texto.

REGIMES TOTALITÁRIOS

Na década de 1920, parte da população dos Estados Unidos vivia seus anos felizes e,

logo em seguida, viveu a pior crise econômica e social de sua história. Paralelamente, nesse

período, os países da Europa iniciavam um processo político específico da primeira metade do

século XX, nomeada de crise das democracias liberais. Nesse período, acontece a ascensão

dos regimes totalitários e o retrocesso do liberalismo.

O totalitarismo é um regime político marcado por um Estado forte, absoluto, isto é, que estende seu poder sobre todos os setores da sociedade, supondo a completa submissão dos indivíduos. Sua denominação derivou-se de uma frase proferida pelo líder fascista Benito Mussolini: “Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado” (COTRIM, 2010, p. 38).

O totalitarismo pode ser caracterizado em diversos aspectos, dentre eles podem ser

destacados:

- Linha política determinada por um único partido, com

hierarquia rígida conduzida por um líder autoritário;

- Existência de uma Ideologia oficial de Estado

abrangente, sendo representada pelo partido único e que deveria

ser seguida por todos os cidadãos;

- Controle estrito da sociedade por meio do Estado

policial. Excesso de repressão política praticada pela polícia

política e pelo exército; eliminação dos movimentos e práticas de

oposição ao governo por meio de prisões, censura aos meios de

comunicação, coerção física e psicológica;

- Prática excessiva de propaganda estatal, visando a

divulgação da ideologia oficial e promoção do culto à

personalidade dos líderes dos regimes.

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- Intervencionismo geral do Estado na economia, como meio de controle e de

direcionamento da política do país.

Como exemplos de regimes totalitários desse período: União Soviética stalinista

(considerado totalitarismo de esquerda), Itália fascista e a Alemanha nazista (considerados

totalitarismo de direita).

Dentre os principais motivos que teriam contribuído para a ascensão ao poder de

regimes totalitários na Europa capitalista da década de 1920 estão:

- Dificuldade pós-guerra: os problemas sociais e econômicos eram muitos e de

difíceis soluções para o governo, no período pós-guerra. Esses problemas se estendiam aos

países que haviam participado do conflito – Primeira Guerra Mundial. Era necessário, naquele

período, a reconstrução de inúmeras obras públicas – edifícios, estradas, pontes, etc. – e

reestabelecer a produção industrial, criar novos postos de trabalho e pagar dívidas contraídas

na Guerra, principalmente como os Estados Unidos;

- Crise do capitalismo internacional: com a recessão da economia estadunidense

muitos países foram afetados, principalmente da Europa. Com a diminuição da atividade

econômica, deu-se a elevação dos índices de inflação e, consequentemente, o aumento do

desemprego em diversos países. Nesse cenário negativo economicamente, aumentou-se a

tensão entre as classes sociais e os conflitos tornaram-se cada vez mais profundos e

explosivos;

- Fragilidade das democracias liberais: Na década de 1920, diversos governos

europeus seguiam regimes democráticos e liberais. Porém, vários deles tiveram dificuldades

para administrar os problemas daquele momento, isso piorou ainda mais a situação. Os

problemas econômicos era motivo de preocupação para as elites desses países principalmente

os banqueiros, grandes comerciantes e latifundiários que passaram a apoiar os fascistas

visando a formação de governo mais fortalecido e autoritários que pudessem impor disciplina

e recompor a ordem social e capitalista.

- Avanço do Socialismo: as elites europeias passaram a se preocupar com as lutas

proletário-socialistas, pois estas tinham ganhado força seguindo o exemplo da Revolução

Russa (1917). A crise do capitalismo conquista mais adeptos pelo socialismo. Diante dessa

constatação, parte da elite apoia intensamente a ideologia totalitária que afirmavam o

compromisso de acabar com o socialismo. As ideologias mais seguidas pela elite era o

fascismo e o nazismo.

Page 35: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários”

MussoliniFonte: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/5/normal_1377185009mussolini.JPG

34

O fascismo nasceu na Itália depois da

Primeira Guerra Mundial. Nesse período o país

enfrentava o saldo doloroso do conflito:

aproximadamente 700 mil mortos, 500 mil

feridos e dívidas gigantescas contraídas com os

bancos americanos e ingleses. Além disso, a

fome, a inflação e o desemprego tomavam conta

da população, afetando principalmente os

operários e camponeses, ocasionando enorme

agitação social. Nesse contexto de instabilidade,

acontece a ascensão de Benito Mussolini (1883 – 1945), principal fundador do movimento

fascista.

Mussolini era filho de um ferreiro socialista e tinha sido expulso do Partido Socialista

Italiano. Sua expulsão aconteceu por causa de suas ideias antipacifistas nos anos da Primeira

Guerra Mundial. Depois dessa expulsão, Mussolini fundou uma organização política nomeada

de fasci di combattimento (esquadrões de combate), em março de 1919, sendo formada por

ex-combatentes e desempregados desiludidos. O apoio financeiro para essa fundação vinha de

industriais italianos. Dessa organização originou-se, em novembro de 1921, o Partido

Nacional Fascista.

Quanto à doutrina fascista, pode-se

afirmar que até 1919, o movimento fascista

não possuía doutrina definida, desta forma era

impulsionada por uma vontade de ação de

natureza nacionalista, visando a oposição

declarada ao liberalismo e socialismo.

Podendo ser considerado como

antiproletariado, o fascismo atraiu parte da

classe média conservadora e da alta

burguesia. Os fascinas foram, aos poucos,

definindo suas concepções e o modelo de

sociedade que deveria ser construído. Segundo o fascismo, o indivíduo deveria ser submisso

às necessidades do Estado que, por sua vez, se tornaria uma instituição poderosa com

potencial para controlar a vida social e privada dos cidadãos.

Fascismo na ItáliaFonte: http://www.scielo.br/img/revistas/ea/v22n62/a05img02.gif

Page 36: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários”

Mussolini Fonte: http://www.kyliemccormick.com/italianholocaust/images/mussolini.jpg

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No período que compreende ascensão de Mussolini ao poder (1922) e a eclosão da

Segunda Guerra Mundial (1939), o seu governo pode ser dividido em duas fases:

- Primeira Fase (1922-1924): período marcado pela organização de milícias (tropas)

fascistas, que promoveram vários atentados terroristas contra políticos de oposição. Suas

principais características eram: nacionalismo extremo e construção de um Estado autoritário.

- Segunda Fase (1925 – 1939): marcada pela implantação da ditadura fascista na

Itália e pela repressão violenta dos processos dos trabalhadores. Mussolini torna-se chefe

supremo do Estado e passa a ser conhecido como Duce (aquele que dirige). Os Tribunais

especiais passam a defender o Estado, tornando-se instrumento de repressão, incluindo a

aplicação da pena de morte. O estado tinha poderes para interferir diretamente nas relações

socioeconômicas estabelecidas entre patrões e trabalhadores, por meio da Carta del Lavoro

(Carta do Trabalho) de 1927.

Como meio de impor a doutrina fascista à sociedade, o

governo de Mussolini utilizou-se da educação pública. O

objetivo da educação fascista era que as pessoas fossem

totalmente obedientes ao Estado, seguindo o lema pedagógico:

“Crer, obedecer e combater” (COTRIM, 2010, p. 40).

Conforme o fascismo se firmou como regime de

governo da Itália, o governo passou a ampliar o processo de

transformação das escolas pública, incluindo o lançamento do

livro didático único para as classes elementares (1929) e a

militarização da vida escolar.

Os militares fascistas criaram associações para jovens e

estas promoviam festas, competições esportivas e desfiles

paramilitares. O objetivo desses eventos era exclusivamente

respeitar às autoridades fascistas e sua doutrina social.

Na economia, o Estado fascista incentivou o crescimento, fortalecendo a indústria e a

construção de obras públicas (como autoestradas) e fortalecendo a moeda italiana (lira). As

ações de recuperação econômica foram abaladas pelas consequências da Crise de 1929. Esses

reflexos da crise atingiu a Itália a partir de 1930, com isso houve queda dos níveis da

atividade produtiva e crescimento do desemprego no país.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha estava humilhada pela derrota e

pelas duras condições impostas duramente pelo Tratado de Versalhes. Nesse período, grande

parte da população alemã enfrentava enormes dificuldades econômicas e sociais. Esse período

Page 37: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Tecnologias no Ensino de História: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa e Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários”

NazismoFonte: http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/c73b3c663aa2b3a9851c8fbe1c5415c0.jpg

Adolf HitlerFonte: http://www.historia.seed.pr. gov.br/modules/galeria/uploads/5/normal_24hitler.jpg

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pós-guerra ficou conhecido como República de Weimar (Weimar é uma cidade alemã onde

foi redigida a Constituição de 1919, que deu origem ao regime republicano).

A população alemã enfrentou um período pós-

guerra marcado por enormes dificuldades, pois o país

teve que efetuar pagamentos de indenização aos países

vencedores. A desmoralização de milhares de soldados

era uma marca desse período, somada ao maior índice

de desemprego da história desse país.

Com medo da expansão do socialismo, parte da

elite política e econômica alemã passou a apoiar o

Partido Nazista – autoritário e antidemocrático,

liderado por Adolf Hitler (1889-1945), nascido em

Braunau, na Áustria, morou em Viena de 1909 – 1913, onde ingressou na Academia de Belas

Artes. Sem alcançar seus objetivos, mudou-se para Munique e em 1914 se alistou como

voluntário no Exército alemão. Na Primeira Guerra Mundial foi ferido em combate e

condecorado com medalha Cruz de Ferro.

Com o final da Guerra, Hitler retornou para Munique e foi trabalhar num

departamento de imprensa e propaganda das Forças Armadas alemãs. Em setembro de 1919,

ingressou no Partido dos Trabalhadores Alemães, renomeado em 1920 como Partido

Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A ascensão de Hitler no partido foi rápida,

pois em 1921, tornou-se chefe absoluto desse partido, conhecido como Partido Nazi.

Em novembro de 1923, os nazistas promoveram, sem

sucesso um golpe militar (putsch) com o objetivo de derrubar o

governo alemão. O putsch aconteceu em Munique, com a

participação do general alemão Ludendorff. Hitler foi preso e

condenado a cinco anos de prisão, mas conseguiu anistia em

menos de um ano.

O quadro político e social era tumultuado e no final de

1932, Hitler se aproveita para ascender ao poder, pois com a

aprovação do presidente Hinderburg, reeleito, ele foi nomeado

chanceler de 30 de Janeiro de 1933. Assim, iniciava o período

histórico alemão chamado de Terceiro Reich, nome atribuído

pelo próprio Hitler.

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Curiosidades: Você sabia?

http://blogs.mundolivrefm.com.br/mundodeletras/files/2012/01/curiosidade.gif

Por que nazi?

A palavra nazi é formada por duas sílabas extraídas da palavra alemã Nationalsozialistische (Nacional-Socialista), que compõe o nome do partido. Daí derivam-se os termos nazista e nazismo.

(COTRIM, 2010, p. 42)

Enquanto Hitler estava preso, escreveu o livro Mein Kampf (Minha Luta), que se

tornou a obra que fundamenta o Nazismo. Hitler expõe nessa obra as bases da doutrina

nazista: um conjunto de ideias autoritárias e pseudocientíficas. Dentre as principais ideias de

sua obra, podem ser destacadas:

- Superioridade da raça ariana – Os alemães seriam descendentes de uma raça

superiora – os arianos – e poderiam dominar as raças inferiores – judeus, eslavos, etc.

- Antissemitismo – Os judeus (semitas) pertenciam a uma raça inferior e por isso

corrompiam e destruíam a pureza alemã. Desse modo, não poderia haver relações sexuais

entre os casais formados por alemães e judeus. Proibiam-se os casamentos entre essas duas

nacionalidades.

- Fortalecimento do Estado – o indivíduo deveria submeter-se totalmente à

autoridade soberana do Estado, representado pelo Füher (chefe supremo).

- Expansionismo – ideia de que o povo alemão teria direito de conquistar seu espaço

vital, expandindo militarmente seu território para reunir as comunidades alemãs em outros

países, sustentando o seu crescimento.

Na Educação, Hitler pregou, no Mein Kampf:

O povo alemão, hoje destruído, morrendo, entregue, sem defesa, aos pontapés do resto do mundo, tem absoluta necessidade da força que a confiança em si proporciona. Todo o sistema educacional deve ter como objetivo dar às crianças de nosso povo a certeza de que são absolutamente superiores aos outros povos (COTRIM, 2010, p. 42).

Assim que Hitler se tornou chanceler, procurou consolidar o poder alcançado pelo

Partido Nazista. Para isso, utilizou-se para isso a propaganda enganosa e a violência.

Joseph Goebbels foi titular do Ministério da Educação do Povo e da Propaganda e

conduzia a propaganda nazista e controlava severamente as instituições educacionais e os

meios de comunicação. Os métodos utilizados por Goebbels eram desonestos e

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sensacionalistas com o objetivo de divulgar a doutrina nazista, cujo lema era: “Uma mentira

dita cem vezes se torna verdade”.

Em dezembro de 1933, já estava imposta a teoria nazista que esmagava a oposição.

Nesse ano, o Partido Nazista se torna o único partido do Estado alemão. Hindenburg morre

em agosto de 1934 e o chanceler Hitler assume a presidência do país, tornando-se o chefe

supremo (Führer) da Alemanha.

Em seu governo, Hitler manteve rígido controle sobre os diversos setores da

sociedade alemã. Censurava a política, controlava a Educação, impunha as ideias nazistas nas

artes plásticas, à música, à literatura, ao cinema e até na pesquisa científica.

O sistema educacional organizado pelo governo nazista tinha algumas semelhanças

com o do fascismo italiano, mas foi intensamente marcado pelo militarismo, racismo e

antissemitismo.

Os professores que trabalharam no período do governo de Hitler eram obrigados a

aprender e a ensinar os princípios nazistas (destaque para a crença da superioridade da raça

ariana), tinham que se inscrever na Liga Nazista dos Docentes e prestar juramento de

fidelidade ao Führer.

A doutrina nazista era difundida através de diversas associações educativas, como a

Juventude Hitlerista, que organizava entre os jovens alemães diversas competições esportivas,

reuniões políticas e exercícios de preparação para a guerra.

Além dos programas desenvolvidos pela educação, Hitler propagava seus ideais para

a população em geral, para isso proferia discursos para multidões, publicava as ideias do

partido e aconteciam grandes espetáculos com o objetivo de influenciar o público. Promoviam

os desfiles militares, ritmos pomposos que passam a ideia de ordem, disciplina e organização.

No setor econômico, Hitler incentivou a reabilitação do país por meio da agricultura

e do crescimento da produção industrial, principalmente no campo bélico.

Em âmbito internacional, Hitler desrespeitou as proibições do Tratado de Versalhes e

militarizou o país, em 1938 começou a expansão pela Europa. Considerando a tese de espaço

vital, a primeira investida foi contra a Áustria, que conquistou sem luta militar em 1938. A

política expansionista alemã desencadearia a Segunda Guerra Mundial. As doutrinas de

inspiração nazifascista surgiram em diversos países do mundo, como a Espanha, Portugal e o

Brasil.

A ideologia nazifascista, no Brasil, foi assimilada pela Ação Integralista Brasileira,

fundada por Plínio Salgado em 1932. Apoiado pelos integralistas, Getúlio Vargas implantou a

ditadura do Estado Novo em 1937.

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Atividade 1: Pesquisa

Após o trabalho em sala de aula com o tema: Regimes Totalitários, os alunos devem

responder quatro questões com atividade extraclasse. A correção e a sistematização das

discussões devem acontecer em sala de aula, coordenadas pelo professor da turma.

Fonte: http://www.soltec.ufrj.br/images/materias/pesquisaBibliotecaCt/Research.jpg

Pesquisa

A partir do tema trabalhado em sala de aula, pesquisa na internet, na biblioteca ou por meio de revistas:

a) Os principais pontos que favoreceram o surgimento dos regimes totalitários.b) Como o Partido Nacional Fascista liderado por Mussolini, chegou ao poder da Itália?c) Quais eram os propósitos do governo fascista ao se empenhar na educação pública? O que foi feito nesse sentido?d) Sintetize o governo de Mussolini até a Eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939).

AVALIAÇÃO: Correção do trabalho escrito e retomada dos principais pontos dos regimes

totalitário. Avaliar a participação dos alunos na discussão e o cumprimento da entrega da

atividade reflexiva.

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40

REFLETINDO:

A última atividade com a turma tem como objetivo refletir todo o estudo proposto por

este material, no intuito de verificar as contribuições na aprendizagem dos conteúdos de

histórias, mediados pelas tecnologias presentes no ambiente escolar.

Este estudo apresentou três capítulos sobre a História do mundo e as tecnologias foram

importantes ferramentas neste processo. O objetivo era levar o aluno a compreender os fatos

históricos. É importante destacar que as tecnologias não caracterizam como objeto de estudo,

mas são ferramentas que contribuem neste processo de ensino/aprendizagem.

Neste momento, de debate, o professor deverá analisar com os alunos os

conhecimentos adquiridos neste período e estes deverão avaliar o trabalho do professor. É

preciso questionar os alunos sobre alguns pontos:

a) Como foram as aulas no que se refere à criatividade, envolvimento da turma,

conteúdos relevantes e organização do trabalho?

b) Como foi o trabalho com as tecnologias e quais contribuições deram às atividades

propostas?

c) Quanto ao conhecimento proposto, como avaliam suas aprendizagens?

d) Que relevância atribui aos conteúdos trabalhados para sua formação pessoal?

e) Para finalizar, que conceito atribui ao trabalho do professor na disciplina de

História com este material didático?

http://thumbs.dreamstime.com/x/menino-e-computador-15560387.jpg

http://www.biography.com/imported/images/Biography/Images/Profiles/H/Adolf-Hitler-9340144-2-402.jpg

http://1.bp.blogspot.com/-8qaCvPV809M/TzBZVjQaBJI/AAAAAAAAAow/HLvhdrLrW0g/s320/Fok_Dr_I.jpg

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REFERÊNCIAS

PARTE PRÉ-TEXTUAL

GODOY, Eliana Gonçalves Ulhôa. Contribuições da metodologia de projetos na implantação das tecnologias de informação e comunicação – TIC nos processos educativos da educação básica. Dissertação (Mestrado em Educação Tecnológica) – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG. Belo Horizonte – MG, 2009.

SANTINELLO, Jamile; WOLF, Rosangela Abreu do Prado. Aplicação tecnológica e ambiental em gestão. Guarapuava: Unicentro, 2010

SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretriz Curricular de História. 2009. 94 p.

THOMPSON, E. P. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. In. SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretriz Curricular de História. 2009. 94 p.

UNIDADE I – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

BRAICK, Patrícia Ramos. MOTA, Myriam Becho. História: das Cavernas ao Terceiro Milênio. Vol. 3. Ed. Moderna, São Paulo, 2010.

DOCUMENTÁRIO: Primeira Guerra Mundial: o fim de uma era. Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=-VuY6Zw0wWM> Acesso em 05 Out. 2013.

IMAGEM. Disponível em:<http://2.bp.blogspot.com/-7WJshM94dvw/TjyL7RcChiI/AAAAAAAAAO4/0wGBzu12Vbs/ s1600/leitura2.jpg> Acesso em 01 Nov. 2013.

HISTÓRIA ONLINE. Primeira Guerra Mundial. Fotos disponíveis em:<http://historiaonline.com.br/2012/01/21/fotos-1a-guerra-mundial-1914-1918/#jp-carousel-5867> Acesso em 09 Out. 2013.

LA BELLE ÉPOQUE – Época dourada. Vídeo Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=fC1YHPGwHS8 > Acesso em 08 Out. 2013.

SÓ HISTÓRIA: Primeira Guerra Mundial: Tratado de Versalhes. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/ef2/versalhes/> Acesso em 02 Out. 2013.

UNIVERSITÁRIO. Atentado de Sarajevo deflagra Primeira Guerra Mundial. Publicado em 03 Maio de 2011. Disponível em:<http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=11366> Acesso em 04 Out. 2013.

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VÍDEO: Guerra das Trincheiras. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?feature=player_%20detailpage%20&v=a2WGqh1_Xxg> Acesso em 08 Out. 2013.

UNIDADE II – REVOLUÇÃO RUSSA

A REVOLUÇÃO RUSSA. Vídeo Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=wGtGiVjRP68> Acesso em 05 Out. 2013.

UNIDADE III – CRISE DO CAPITALISMO E TOTALITARISMO

BRASIL ESCOLA. Simulado: A crise do Capitalismo. Disponível em: <http://exercicios.brasilescola.com/historia/exercicios-sobre-crise-1929.htm > Acesso em 06 Out. 2013.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Vol. 3. 1. Ed. São Paulo: Saraiva 2010.DOUTRINAS NAZISTAS. Vídeo Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=NtaQ7E9l9io> Acesso em 06 de Out. 2013.

IMAGEM. Disponível em:<https://encrypted-tbn2.gstatic.com/%20images?q=tbn:ANd9GcQdCSo7QjnJMVrQofv2JT TUgOjBFbzoAeNUVqlys_u2j5wRjg7n6w> Acesso em 02 Nov. 2013.

MUNDO VESTIBULAR. A crise do Capitalismo. Publicado em: 29 Out. 2007. Disponível em:<http://www.mundovestibular.com.br/articles/545/1/A-CRISE-ECONOMICA-DE-1929/Paacutegina1.html> Acesso em 07 Out. 2013.

REGIMES TOTALITÁRIOS. Vídeo Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=axECWBBVCY0 > Acesso em 07 Out. 2013.

RELEMBRANDO 1929: O ANO DA QUEBRA DA BOLSA DE VALORES. Vídeo Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?feature= player_detailpage&v=6hldit2b1 do> Acesso em 07 Out. 2013.

VIRTUÁLIA O MANIFESTO. A quebra da Bolsa de Nova York em 1929. Postado em 26 Out. 2009. Disponível em: <http://virtualiaomanifesto.blogspot.com.br/2009/10/quebra-da-bolsa-de-nova-york-em-1929.html> Acesso em 05 Out. 2013.