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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · trabalho apenas, mas um jovem preparado para enfrentar as transformações cada vez mais céleres que certamente virão. (PONTUSCHKA

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDATICO PEDAGÓGICA

TÍTULO: AVALIAÇÃO - Um repensar sobre a prática pedagógica

AUTOR Edno Mariano dos Santos

ESCOLA DE ATUAÇÃO Colégio Estadual “Adélia Dionisia Barbosa” – Ens. Fund. E Médio

MUNICIPIO DA ESCOLA Londrina

NUCLEO REGIONAL DE ESDUCAÇÃO Londrina

ORIENTADOR Dra. Magna Natalia Marin Pires

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Universidade Estadualde Londrina

DISCIPLINA/ÁREA Matemática

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA UNIDADE DIDÁTICA

PÚBLICO ALVO Alunos de 9º anos

LOCALIZAÇÃO DO COLÉGIO R: Jubelino Barbosa Cabral, 670 – CEP. 86.031-130

APRESENTAÇÃO O projeto “Avaliação: um repensar sobre a prática pedagógica” é um estudo que visa implementar o portfólio como instrumento de prática pedagógica na disciplina de Matemática no 9º ano da Escola Estadual “Professora Adélia Dionísia Barbosa” Ensino Fundamental e Médio, para tal, o mesmo faz parte integrante do PDE – PR (Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná). Este estudo busca uma prática avaliativa que contemple a evolução e crescimento do aluno, viabilizando estratégias de reflexão para corroborar na construção do conhecimento. Além disso, este projeto busca trazer reflexões acerca do processo avaliativo, bem como, tornar-se um instrumento de indagação e questionamento, a fim de proporcionar um repensar por parte do educador no momento da avaliação, em todas as suas esferas.

PALAVRAS-CHAVES Ensino. Aprendizado. Avaliação. Portfólio.

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Escrever deve ser relevante para a vida [...] Escrever deveria ser significativo para as crianças [...] uma necessidade intrínseca deveria emergir nelas, e [...] o ato de escrever deveria estar incorporado a uma tarefa que se mostrasse necessária e relevante para a vida. Apenas assim podemos estar certos de que ela desenvolverá não como uma questão de hábitos manuais, mas como uma forma de discurso realmente nova e complexa.

Vygotsky

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1 INTRODUÇÃO

Esta unidade didática tem como pressuposto pedagógico trabalhar o ensino

de matemática, mais especificamente o conteúdo: EQUAÇÃO DO 2º GRAU,

utilizando o portfólio educacional como método de ensino e aprendizagem numa

concepção renovadora, mostrando que este instrumento proporciona no seu

desenvolvimento a oportunidade de aprender interagindo e integrando situações de

avaliações sistemáticas.Também poderemos constatar a ação socializadora que o

portfólio proporciona fazendo os alunos interagirem entre si por meio de atividades

em grupo e também com a sociedade em que vive, socializando o saber;

respeitando às diferenças; valorizando o espírito de cooperação e a promoção da

autoestima.

Quando nos referimos à prática da avaliação sistemática, significa dizerque

o professor deverá gradativamente, numaatitudereguladora, de constante reflexão e

em conjuntocom o aluno, analisar os acertos e erros ocorridos nas atividades

desenvolvidas ao longo das 20 aulas de implementação do projeto. Desta análise,

o professor concluirá a respeito das intervenções didáticas, necessárias para

aprofundamento do conteúdo estudado com novas estratégias de ensino com

objetivo de dissipar as defasagens e dúvidas suscitadasao longo das práticas

pedagógicas.

A intenção deste procedimento pedagógico visa desenvolver as habilidades

cognitivas dos alunos, torná-los pesquisadores, capazes de organizar o raciocínio

lógico e também abstrair-se no processo como forma responsável e comprometida

em realizar o trabalho pedagógico a cada aula.

No desenrolar das aulas os alunos terão contato com o caminhar histórico

da Equação do 2º GRAU, tendo informações a respeito de quando e por que

razão,os matemáticos desenvolveram os métodos matemáticos que possibilitaram

as aplicações deste conteúdo nas diversas situações cotidianas de cálculo e análise

de resultados, os alunos verificarão que no mundo contemporâneo se utiliza

constantemente este modelo matemático ou método de resolução de problemas, e

vão conhecer a importância deste conhecimento para o desenvolvimento da

matemática.

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2 OBJETIVOS GERAIS

Experimentar instrumento de avaliação inovador, o qual dá suporte aos

processos de ensino e aprendizagem com métodos pedagógicos integradores,

possibilitando avaliar o desenvolvimento global do aluno dentro do processo de

construção do conhecimento.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Tornar a avaliação um ato indissociável na ação pedagógica de ensinar

e aprender.

Desenvolver metodologias de ensino e aprendizagem integradas na

oportunidade de construção do conhecimento com enfoque na avaliação

formativa.

Oportunizar aprendizado registrando-os documentadamente, utilizando-

sepor exemplo de: trabalhos, provas, relatório de estudos e pesquisa

entre outros, de forma sistemática e reflexiva.

Formatar o processo de construção dos saberes baseada na interação

professor/aluno proporcionando resultados positivos desta cumplicidade

pedagógica.

Reunir a produção pedagógica significativa no instrumento de

armazenagem, possibilitando posteriores consultas, análises, pesquisas

e reflexões.

Fomentar a consciência da autoavaliação no processo de ensinar e de

aprender.

Democratizar o processo avaliativo com a utilização do portfólio.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

De acordo com o Departamento de Educação Básica - DEB (2001) as

tendências de práticas pedagógicas no âmbito da Matemática defendem que o

alunado se envolva com experiências de aprendizagem diversificadas, como a

exploração, a investigação, a resolução de problemas, projetos e outros. O saber e o

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fazer na disciplina de Matemática, não se resume apenas na resolução, ou mesmo,

na compreensão de conceitos isolados, respeitando determinada sequência, mas

sim, na aquisição de competência científica ou desenvolvimento do poder de análise

científica, que representa a aptidão no uso de conceitos e procedimentos na

resolução de problemas.

Há que se pensar em um ensino que forme o aluno do ponto de vista reflexivo, flexível, crítico e criativo. Não é uma formação para o mercado de trabalho apenas, mas um jovem preparado para enfrentar as transformações cada vez mais céleres que certamente virão. (PONTUSCHKA, 2001, p. 112).

Para tanto atualmente existem vários mecanismos de avaliação conforme

expressa Bona (2010):

a) Testes escritos aplicados a partir de um tipo de ensino expositivo;

b) Testes em duas fases que permitem captar aspectos relevantes sobre a

aprendizagem do que apenas o exame final, ou mesmo, testes de

múltipla escolha;

c) Relatórios com produções escritas nos quaiso alunado descreve, analisa

e critica a atividade proposta, a partir de um roteiro orientado;

d) A apresentação oral que deve ser parte integrante do saber e fazer as

Ciências Físicas e Biológicas e exige melhor preparação;

e) Portfólios que são um conjunto de trabalhos realizados pelos estudantes

e classificados por eles como os seus melhores, segundo periódica

orientação do professor, com objetivos preestabelecidos: na ótica do

aspecto formativo, presentes nas reflexões do alunado em ter escolhido

este ou aquele trabalho e, na ótica do aspecto sumativo, obtidos a partir

da análise do material como um todo.

De acordo com Barret (2005) os portfólios na área de Educação são

normalmente utilizados como instrumento de avaliação de alunos de diversos níveis

de ensino, como estratégia de desenvolvimento e aprendizagem, ou ainda, no

desenvolvimento profissional dos professores, especialmente como atividade

reflexiva da prática pedagógica. No contexto escolar de ensino e deaprendizagem, o

portfólio do aluno representa o trabalho que este colecionou e selecionou ao longo

de um determinado período de tempo, bem como as suas reflexões relativas a cada

trabalho produzido ou referente ao portfólio como um todo.

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Scallon (2003) argumenta que os portfólios são instrumentos de

aprendizagem e de avaliação que se fundamentam na capacidade de conseguir que

o aluno se envolva na sua avaliação (auto-avaliação), refletindo sobre a sua

aprendizagem (metacognição) com vista a empreender ações para se aprimorar

(autoregulação).

A importância em se utilizar o portfólio como instrumento de avaliação de

aprendizagem centra-se no próprio aluno como agente neste processo, ou seja, a

forma como este compreende a sua aprendizagem é o objeto a ser avaliado,

contemplando as diversas etapas de aprendizagem que é recíproca e

retroalimentada nas relações entre professor, aluno, grupo e ambiente e, por isso,

será avaliada com o acompanhamento dessa evolução no aprendizado, estimulando

a autonomia do aluno em seu processo de formação para a vida.

Nesse contexto Freire (1996, p. 134) reflete que o “ensinar não é transferir

conteúdo a ninguém, assim como aprender não é memorizar o perfil do conteúdo

transferido no discurso vertical do professor”. Nesta ótica a avaliação deve ser

desenvolvida num processo de sociabilidade, entre professores, alunos e

comunidades, bem como expressar a pedagogia do sucesso, proporcionando a

autonomia do alunado em suas diversas possibilidades de aprendizado, polaridades

e sonhos.

4 ESTRUTURAÇÃO DIDÁTICA

Está Unidade Didática descreve as atividades didáticas que serão

desenvolvidas no decorrer de 10 semanas de trabalho pedagógico de forma

cronológica, com as respectivas abordagens aula a aulaeprogramação

individualizada para cada uma delas, obedecendo uma sequência pedagógica

orientada dos conteúdos e o passo a passo na composição do portfólio educacional

na proposta de aprendizagem. Nortearemos todo trabalho conforme a definição de

portfólio elaborada por educadores da NORTHWEST EVOLUTION ASSOCIATION

em 1990, Helen C. Barret no seu artigo “Eletronic Portfólios, A chapter in Educational

Technology”, que diz o seguinte:

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Um portfólio é uma coleção de trabalhos de um estudante com um propósito que expõe os seus esforços, progresso e realizações numa ou mais áreas. A coleção deve incluir a participação do estudante na seleção de conteúdos, o critérios de seleção, o critério para julgar o mérito, e evidência da auto-reflexão do estudante”. (BARRET, 2013)

Relacionamos abaixo alguns desafios e vantagens que perfazem toda a

estrutura das sequências pedagógicas e sua inserção no portfólio como instrumento

de ensino e deaprendizagem com avaliação na concepção formativa, evidenciando

estes desafios e vantagens conforme (WIEDMER, 1998, p. 586):

ESPERA-SE DO PROFESSOR:

a) Melhoria da autoconfiança;

b) Maior intervenção pedagógica;

c) Eficiência na retomada e redirecionamento de conteúdos;

d) Estímulo do profissionalismo e da colaboração;

e) Resumo da experiência num produto educacional inovador;

f) Possibilidade de reflexão das filosofias e métodos de aprendizagem e de

ensino.

ESPERA-SE DO ALUNO:

a) Maior participação no aprofundamento no processo individual de

seleção e concepção;

b) Estimular-se para o comportamento reflexivo nas decisões de seleções;

c) Maior sentido de responsabilidade pessoal na aprendizagem;

d) Motivar-se acrescentado gradual melhora na obtenção dos resultados;

e) Melhorar o interesse na aprendizagem;

f) Ajudar na percepção de crescimento pessoal.

4.1 CONSTRUÇÃO, MEIOS, MÉTODOS E FUNDAMENTOS DA UTILIZAÇÃO E

CONSTRUÇÃO DO PORTFÓLIO EDUCACIONAL.

A) MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS

1) Sacos plásticos com furos para arquivo; dimensões 24 x 33 cm.

2) Folhas de sulfite branca tamanho ofício 8,5 x 14 pol.

3) Pastas para arquivo com presilha para arquivamento de trabalhos.

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4) Caderno universitário com folhas destacáveis.

5) Lápis, lápis de cor, canetas coloridas, borracha, canetas

esferográficas azuis e vermelhas.

6) réguas de 30 cm.

B) GUIA ESTRUTURAL E REGRAS NA CONSTRUÇAO DO PORTFÓLIO

Baseamo-nos para composição deste item na obra de Alves & Gomes

(2007, p. 7) - Como organizar portfólios na sala de aula de matemática), obra que

organiza o portfólio da seguinte maneira:

1) O portfólio é individual, sua manutenção e composição é de

responsabilidade do aluno.

2) Os trabalhos que serão incluídos no portfólio de matemática deve seguir

cronologicamente a respectiva ordem de apresentação das atividades

pedagógicas.

3) O portfólio de matemática deve iniciar-se com uma apresentação,

registrar os seus dados pessoais, e uma breve descrição da sua vida

escolar e o que espera do uso do portfólio de aprendizagem matemática

no ensino de matemática no 9º ano, e/ou outras considerações

interessantes relativas a Matemática ou à disciplina.

4) O aluno deverá ser responsável na alimentação diária do portfólio com

as atividades desenvolvidas, selecionando e arquivando suas produções

e respectivos relatórios de aprendizagem, aos quais deverão estar

constantemente à disposição do professor para a avaliação contínua

dos trabalhos inseridos e respectivas conjecturas avaliativas.

5) O portfólio de Matemática terá, no final das 10 semanas entre 10 e 15

trabalhos.

6) Esses trabalhos são escolhidos das atividades desenvolvidas pelo

aluno.

7) O Professor deverá fazer regulares considerações, principalmente em

algum trabalho que necessite de melhoras indicando nas reflexões as

sugestões de reformulações a serem efetuadas.

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C) GUIA DE PRODUÇÕES PEDAGÓGICAS A INSERIR NO PORTFÓLIO

INDIVIDUAL:

C.1) Que materiais escolher?

Os materiais escolhidos para o portfólio devem ser de tipos variados (ou

seja, não devemos escolher, por exemplo, 4 trabalhos todos eles a cerca de

geometria):

a) Trabalhos com investigações, representações gráficas, geometria.

b) Trabalhos com calculadoras gráficas (investigações, representações

gráficas).

c) Trabalhos de pesquisa (história da matemática, curiosidades,...)

d) Trabalhos de construções geométricas (com uso de material de

desenho).

e) Trabalhos com manipuláveis (com modelos construídos,...)

f) Relatórios.

g) Participação em concursos.

C.2) Devem representar:

a) Os teus melhores trabalhos.

b) Os trabalhos que mais gostou de realizar.

c) O trabalho que considerou que aprendeu mais e melhor a matemática.

OBS.: CADA ATIVIDADE OU TRABALHO INSERIDO NO PORTFÓLIO

DEVE SER ACOMPANHADO DE UMA REFLEXÃO que conterá a justificativa da

escolha efetuada.

D) GUIA PARA AS REFLEXÕES A INSERIR NO PORTFÓLIO

D.1) O que dizer na reflexão?

a) Qual o tema do trabalho?

b) Que tema de matemática abordou-se? Elabore um pequeno resumo.

c) No que a atividade de matemática desenvolvida lhe foi útil e

acrescentou na sua aprendizagem?

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d) Descreva o procedimentos que usou para desenvolver ou chegar na

resposta? Descreva qual foi o melhor caminho utilizado para

desenvolver sua resposta?

e) Quais foram as maiores dificuldades encontradas para desenvolver ou

realizar as atividades propostas? Como conseguiu ultrapassar as

dificuldades?

f) Para encontrar a resposta certa que procedimentos matemáticos adotou

ou utilizou?

g) Depois de sua reflexão descreva que critérios utilizou para escolher as

atividades matemáticas para composição do portfólio.

h) Faça uma auto avaliação do grau de envolvimento que você teve na

execução da atividade?

SEQUÊNCIAS DE AULAS –COMPREENDENDO A EQUAÇÃO DO 2º GRAU

PASSO A PASSO COM O USO DO PORTFÓLIO EDUCACIONAL

1ª AULA – Exposição, Contrato Pedagógico e Construção do Portfólio

Desenvolvimento

Nesta aula seguiremos o seguinte roteiro:

a) Explicaremos e apresentaremos a metodologia do portfólio educacional

e seus objetivos, evidenciando o seu caráter avaliativo.

b) Apresentaremos e explicaremos detalhadamente as normas passo a

passo e o guia na confecção e construção do portfólio respeitando

oroteiro de trabalho pedagógico.

c) Desenvolveremos a construção participativa “professor(a) e alunos” do

contrato pedagógico para realização das atividade.

d) Confeccionaremos o portfólio, usando os materiais e organizando suas

partes.

e) Produção da apresentação pelo aluno, que preencherá a folha

APRESENTAÇÃO, conforme o modelo abaixo.

f) Dividiremos a turma em grupos de acordo com a quantidade de alunos.

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APRESENTAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

NOME:______________________________________________________________

IDADE:_________________________SEXO:_______________________________

LOCAL DE NASCIMENTO:______________________________________________

ENDEREÇO: ________________________________________________________

BAIRRO: _________________________________TELEFONE: ________________

TURMA: ______________TURNO: _________________

TEMPO QUE FREQUENTA A ESCOLA: ___________________________________

TRATAMENTO MÉDICO: ( ) SIM ( ) NÃO

Escreva neste espaço o que você acha sobre o uso do portfólio de matemática e

quais suas previsões iniciais sobre aprender os conteúdos esta disciplina com este

recurso:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_________________________________________________________________

HISTÓRICO DA FAMÍLIA E COMUNIDADE: Faça uma descrição de como é sua

família, por exemplo: há quanto tempo sua família mora nesta comunidade. E todas

as informações que você deseje registrar e que considere importante para você.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_________________________________________________________________

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2ª AULA – Exposição, Debate, Quebra-Cabeça

Desenvolvimento

Iniciar a aula informando os alunos que o estudo da Equação do 2º Grau

passará por uma abordagemhistórica ressaltando sua importância e também sua

aplicação como recurso matemático na resolução de problemas do cotidiano.

Escrever a equação do 2º Grau no quadroax2 + bx + c = 0.

Pedir para os alunos lerema equação e identificaremsuas partes:a, b e c

e o que representa o x2 e o x.

Perguntar se os alunos entenderam a equação, não se importe com as

respostas, o objetivo deste recurso é fazê-los ter contato inicial com a

equação e despertar o interesse em conhecê-la, na verdade a

relevância deste procedimento esta nos alunos terem contato

descontextualizado com a equação.

Logo em seguida apresentar a atividade abaixo, ler em voz alta com os

alunos o texto, o objetivo é fazer os alunos perceberem que podemos

montar equações para resolvermos os problemas contextualizados.

Ao final solicitar aos alunos que façam a atividade “VAMOS JOGAR

COM A MATEMÁTICA”, interpretando o problema montando uma

equação e resolvendo-a dando sua solução.

RESOLVENDO QUEBRA-CABEÇA1

“Aplicando as regras aqui expostas um homem inteligente pode

inventar milhares de problemas semelhantes. Assim como o Sol empalidece as estrelas com o seu brilho, um homem discreto eclipsa a glória de outro homem nos concursos populares, propondo e resolvendo problemas.”

Este texto, extraído de um manual de Matemática da Índia Antiga, fala de um

passatempo muito popular dos matemáticos hindus da época: a solução de quebra-

cabeças em competições públicas, em que um competidor propunha problemas para

outro resolver.

1 GUELLI, Oscar. Contando a história da matemática: história da equação do 2º Grau. São Paulo: Ática, 1992. 55 p. 06-08.

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Escritos por sacerdotes brâmanes, os grandes clássicos matemáticos eram

um misto de ciência e religião. Cada assunto consistia de um texto básico chamado

sutra, que o professor lia em voz alta e os alunos repetiam centenas de vezes até

que o texto se lhes “grudasse na garganta”, ou seja, até que eles conseguissem

decorar.

Os sutras eram constituídos de ditos populares, em forma de versos:

Alegravam-se os macacos

divididos em dois bandos:

sua oitava parte ao quadrado

no bosque brincava.

Com alegres gritos, doze

gritando no campo estão.

Sabes quantos macacos há

na manada no total?

Hoje podemos traduzir este quebra-cabeça para o idioma da Álgebra com

uma equação. Veja:

Alegravam-se os macacos divididos em dois bandos:

X

Sua oitava parte ao quadrado no bosque brincava.

8

X 2

Com alegres gritos, doze gritando no campo estão.

12

Sabes quantos macacos há na manada no total? X =

8

X 2 + 12

Desenvolvendo a equação temos:

Note que obtivemos uma equação que contém o termo x2.

x =

8

X 2 + 12

X = 64

2X +12

Esta equação, que contém o termo x2,

é chamada de equação do 2º grau.

Levou muito tempo para os

matemáticos descobrirem uma fórmula

resolutiva das equações do 2º grau.

Mesmo sem conhecer a fórmula, os

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64X =X2 + 64.12

64X = X2 + 768

X2 – 64X + 768 = 0

bravos matemáticos da antiguidade, que

escreviam as equações totalmente em

palavras, inclusive os números

conseguiram resolver a maioria delas.

Como isto era possível?

VAMOS JOGAR COM A MATEMÁTICA?

Traduza este quebra-cabeça hindu para o idioma da álgebra:

De um enxame de abelhas, 5

1 dirige-se a uma flor de lótus,

3

1 a uma

bananeira. Um número igual a três vezes a diferença entre os dois números

precedentes, oh, bela de olhos de gazela, voa em direção a uma árvore. Por fim,

uma outra abelha, indecisa, voa errante para lá e para cá nos ares, atraída ao

mesmo tempo pelo delicioso perfume do jasmim e do pândano. Diga-me, oh, minha

encantadora, quantas abelhas existem?

Resolução: x = 5

x+

3

x + 3 .

3

x +

5

x + 1

x = 15

Resposta: Existem 15 abelhas.

3ª AULA – Exposição, Vídeo, Debate

Material: cópias das perguntas elaboradas para resposta.

Desenvolvimento

Retomar o que foi trabalhado na aula anterior, escrever no quadro a

equação do 2ºgrau, revisar suas partes, e relembrar como foirealizada a resolução

de um problema que teve o objetivo de mostrar que podemos resolver problemas

com equações.

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Informar aos alunos que utilizaremos um vídeo que trata da histórica da

equação do 2º grau como parte importante para entender a sua construção, e como

surgiu a fórmula resolutiva, neste vídeo será apresentado um problema de aplicação

da equação, e que este recurso audiovisual tem o objetivo de dar uma perspectiva

geral dos conhecimentos que irão adquirir no desenvolvimento desta unidade.

Em seguida vamos exibir o vídeo: “Equação quadrática, Raízes de uma

função quadrática e Bhaskara” http://www.youtube.com/watch?v=BmuWuMJZlQs.

Iniciaremos o vídeo e vamos pausá-lo em 1’42”, (um minuto e quarenta e

dois segundos), nesta pausa escreveremos no quadro e disponibilizaremos aos

alunos as perguntas que abaixo descrevemos, registrar no quadro o problema

exposto pelo vídeo na forma literal, e vamos discuti-las em forma de debate:

Perguntas:

1) Quem foi Bhaskara e em que século ele viveu?

2) Qual outro nome podemos dar a equação do 2º grau? Por que podemos

chamá-la desta maneira?

3) Qual é o problema que se pretende resolver? (Sendo necessário

repasse o vídeo novamente)

4) Como podemos resolver esse problema?

Anotar as melhores respostas das perguntas 1 e 2 no quadro negro e pedir

para os alunos que façam suas anotações no material disponibilizado, pedir aos

alunos que executem a pergunta 3 e sua resolução preocupando-se em chegar na

sua melhor resposta. Ao final da aula recolher o material.

Após esta atividade, explicar-lhes que este estudo será retomado na próxima

aula.

Pedir aos alunos que tragam na próxima aula uma calculadora.

4ª AULA – Exposição, Vídeo, Debate, Calculadora

Material: calculadora

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Desenvolvimento

Fazer uma exposição do que foi trabalhado na aula anterior. Para

isso,relembrar quem foi Bhaskara e o porquê chamar a equação do 2º grau por

equação quadrática, assim como relembrar o problema exposto no vídeo:

Coloque R$100,00 no banco numa aplicação qualquer rendendo juros numa

taxa anual fixa, depois de um ano você tira os R$100,00 do banco e deixa lá o que

rendeu por mais um ano, aí no final do segundo ano você consegue o total de

R$75,00. Qual foi a taxa real de juros?

Exibir novamente o vídeo da aula

(http://www.youtube.com/watch?v=BmuWuMJZlQs), anterior e pausar em 1’42” (um

minuto e quarenta e dois segundos), fazendo uma retrospectiva das ações

executadas até esta parte do vídeo.

Nesta aula o objetivo é que os alunos relembrem a raiz quadrada por

aproximação e o uso da tecnologia. Os alunos deverão perceber que nos povos

antigos não se usava o recurso algébrico e tecnológico para resolução de problemas

que envolviam equação do 2º grau.

Introduziremos o texto FALANDO DE ESCRIBAS, realizando uma

explanação expositiva do conteúdo, fazendo leitura dinâmica em voz alta e fazendo

o entendimento em conjunto com os alunos.

FALANDO DE ESCRIBAS2

“Sei subtrair e somar com perfeição. Sou muito hábil para contar e

calcular”.

Com que orgulho se gabava de sua sabedoria da segunda dinastia o Rei

Shulgi, um dos soberanos da segunda dinastia de Ur, cidade da Suméria, por volta

do ano 2000 a.C.!

Naquela época, o ensino da Matemática, disciplina considerada muito difícil,

começava cedo nas escolas. Durante dez anos, os filhos de humildes agricultores ou

2 GUELLI, Oscar. Contando a história da matemática: história da equação do 2º grau. 2. ed. São Paulo: Ática, 1992. p.9.

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comerciantes estudavam ao lado dos filhos dos ricos e poderosos, para se tornarem

escribas: esta era a sua única chance de ascensão social.

O que fazia um escriba?

O escriba podia dedicar-se ao ensino da matemática, propondo a seus

alunos problemas como este, por exemplo:

Qual é a medida do lado de um terreno quadrado de área 50?

Hoje expressamos este problema por meio daequação do 2º grau:

X2 = 50

Os escribas não sabiam representar as equações por letras, mas sabiam

que para calcular o lado do terreno bastava extrair a raiz quadrada de 50.

Todo número positivo tem sempre duas raízes quadradas, uma positiva e

outra negativa. Por exemplo, o número 49 tem como raízes +7 e – 7.

Veja:

(+7)2 = (+7).(+7) = 49

(-7)2 = (-7) . (-7) = 49

Assim, para nós, a equação x2 = 50 tem duas soluções:

x2= 50 → x = + 50 ou x = - 50 , embora pelos dados do problema devamos

considerar somente a raiz quadrada positiva, já que não tem sentido expressarmos o

lado do terreno por um número negativo.

CALCULANDO COMO OS ESCRIBAS

Os escribas da Babilônia nunca poderiam imaginar que um dia os

matemáticos inventariam os números negativos. Mas é impressionante a exatidão

dos cálculos efetuados por aqueles escribas para extrair a raiz quadrada positiva de

um número.

Então, vejamos:

Em uma primeira aproximação, selecionavam o número inteiro cujo

quadrado mais se aproxima de 50.

52= 25 50 = a

62= 36

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72= 49 50 = a2

82= 64

Primeira aproximação: a = 7

Dividiam 50 pela primeira aproximação a = 7, até que o quociente ficasse

com o dobro de algarismos do divisor.

Calculavam a média aritmética entre a primeira aproximação a = 7 e 7,1.

05,72

1,77

Segunda aproximação: a = 7,05, até que o quociente ficasse com o dobro

de algarismo do divisor.

Calculavam a média aritmética entre a segunda aproximação a = 7,05 e

7,09219.

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071095,72

09219,705,7

Este é o resultado que os babilônios obtinham há 4000 anos:

50 = 7,07105

E este é o resultado que um estudante consegue hoje com a máquina de

calcular:

50 = 7,07106

Não é incrível?

TAREFA:

Calcular a raiz quadrada dos números que serão apresentados pelo

professor(a) usando do método usado pelos babilônicos. Em seguida calcule a raiz

destes números com a máquina de calcular. Determine a resposta e faça uma

análise e registre, de uma resposta de como se chegou a este resultado?

a) 21

b) 31

c) 37

d) 43

e) 53

5ª AULA – Portfólio, Organização de Materiais, Relatório Escrito

Desenvolvimento

Iniciamos esta aula relembrando os conteúdos estudados na aula anterior,

falaremos sobre a extração da raiz quadrada pelos antigos e pela calculadora

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fazendo uma reflexão sobre como os antigos faziam seus cálculos e como são feitos

nos dias atuais.

Faremos uma breve exposição do GUIA ESTRUTURAL E REGRAS NA

CONSTRUÇAO DO PORTFÓLIO.

Oportunizaremos a produção do relatório escrito pelo aluno nos quaiso

mesmo vai descrever tudo que aprendeu até aquele momento.

Este relatório escrito fará partedesta produção e deverá ser arquivado no

portfólioao final de cada etapa.

O professor ao final da aula recolherá os portfólios para análise, avaliação e

possíveis intervenções.

6ª AULA – Exposição, Atividade, Debate, Fórmula

Recurso: projetor de slides, data show.

Material: o texto contido nesta aula deverá ser projetado para leitura e

acompanhamento pelos alunos.

Desenvolvimento

Primeiramente informaremos aos alunos que o principal objetivo desta aula é

mostrar a resolução de equações de segundo grau sem utilizar a fórmula resolutiva,

e fazê-los visualizar a forma geométrica de resolver equações de segundo grau.

Para tanto vamos trabalhar o texto ‘EQUAÇÃO DE 2ºGRAU SEM FÓRMULA”, o

professor disponibilizará o texto em projetor de slides ou Datashow, pediremos aos

alunos para fazermos a leitura do texto e o professor daráexplicações se os alunos

apresentarem dúvidas.

EQUAÇÃO DE 2º GRAU SEM FÓRMULA3

Costumamos estudar equações de 2º grau aplicando a fórmula da equação

quadrática (conhecida também como fórmula de Báskara):

3 ROQUE, Tatiana. A história como problema, a história como remédio: equação do 2º Grau sem fórmula. Cálculo: Matemática para todos. São Paulo, n. 31, p.21, ago. 2013. Mensal. Entrevista: História, Ensino, função Quadrática.

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Os matemáticos resolviam equações apenas com palavras. Depois,

passaram a usar símbolos só para as incógnitas. A fórmula acima só pode surgir

quando tiveram a ideia de usar símbolos também para os coeficientes do polinômio

de segundo grau. Os símbolos nem sempre são do mesmo tipo. Por exemplo, na

equação ax² + bx + c = 0, a, b, c e x são símbolos, mas têm características e nomes

diferentes, isto é:

x é a incógnita, ou seja, é desconhecido, mas pode ser encontrado com

a resolução da equação;

a, b e c são os coeficientes e não podem ser encontrados a partir da

resolução da equação. Cada conjunto de valores para a, b e c determina

uma única equação no universo de todas as equações quadráticas.

Os matemáticos usavam vários métodos do tipo passo a passo para resolver

tais equações até que, no século XVI, Viète propôs a fórmula que todos conhecem

hoje. Quando se estuda outras formas de resolver equações, nos livra da fórmula ─

o que é bom, pois fórmulas deixam a resolução da equação do 2º grau maçante e

sem sentido. “Se verificarmos o conhecimento inserido num contexto, entenderemos

a diferença entre incógnita e coeficiente e veremos que há muito mais envolvido do

que somente aplicar a fórmula e resolver a equação”. Por anos, matemáticos geniais

resolviam equações sem fórmulas, mas com métodos interessantíssimos.

Mostramos aqui o método geométrico descrito por Al-khwarizmi (≈séc.9 d.C.) para

resolver a equação que hoje descreveríamos como x² + 10x = 39. Al-Khwarizmi

explica a resolução com palavras e diz para o leitor pensá-la como quadrados de

lados desconhecidos.

Devemos desenhar um quadrado com diagonal AB, cuja área representa o

quadrado da incógnita, isto é, x². Depois construiremos em dois lados adjacentes do

quadrado retângulos de lados iguais à metade de 10, ou seja, a metade do

coeficiente b. A soma das áreas das três figuras é 39, ou nos termos de hoje: x² +

10x = 39. Em seguida, completamos a figura com um quadrado de mesmo lado que

os retângulos, ou seja, com área igual a 25. A área total da figura é 64 e seus lados

medem 8; então, subtraímos 5 de 8 e chega ao x da questão: 3. Na resolução,

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considera-se apenas a raiz positiva; afinal, as figuras têm lados e áreas maiores que

zero. (O estudo de comprimentos e áreas iguais a zero, ou negativos, é mais

recente).

No método tradicional resolve-se a mesma equação com a fórmula

quadrática. Primeiro, coloca-a na forma canônica: x² + 10x – 39 = 0. Então,

usaremos os coeficientes e a fórmula para achar a raiz positiva.

Bhaskara não inventou tal fórmula; em seu tempo não havia esse

simbolismo algébrico. Se ela não é de Bhaskara, é de quem? Dizemos que essa é a

típica pergunta a ser desconstruída e respondemos: não é de ninguém. Sua história

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transcorre ao longo de vários séculos, e os historiadores não tem como reconstruí-la

para apontar quem a inventou.

Concluindo esta exposição, informar aos alunos que na próxima aula

continuaremos com a sequência deste conteúdo.

7ª AULA – Exposição, Atividades, Tarefas, Discussões.

Material: cópias das tarefas com os exercícios que serão propostos.

Desenvolvimento

Retomaremos o conteúdo da última aula, relembrando que os antigos

resolviam problemas em seu dia a dia sem a utilização de equação,apenas com

palavras e que o método de resolução foi evoluindo com símbolos, relembrar os

símbolos que representam a equação do 2º grau, fazer uma retomada da resolução

do exemplo geométrico da aula anterior.

Propor aos alunos a resolução de um problema por equipe, pedindo para

que eles desenvolvam a resolução pelas equipes que foram formadas na primeira

aula desta unidade. Os problemas deverão ser sorteados e cada equipe deverá

então ficar responsável pela sua respectiva resolução.

Explicar que os alunos poderão realizar a resolução do problema criando

seus próprios métodos, os que acharem mais convenientes, desta maneira deverão

obter uma resposta, e um representante da turma, fará a exposição da resolução

consensual da solução do problema, para a turma.

PROBLEMAS PARA SEREM SORTEADOS

Tarefa: Sortear entre as equipes um problema de aplicação da equação do

segundo grau para serem resolvidas sem fórmulas, cada equipe deverá extrair sua

resolução utilizando-se do método proposto ou método matematizado pelos

integrantes, apresentando suas conjecturas e resultados.

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PROBLEMA Nº 014

Num terreno de 99 m2 de área será construída uma piscina de 7 m de

comprimento por 5 m de largura, conforme figura abaixo, deixando-se um recuo x ao

seu redor para construir um calçadão. Qual será a medida do recuo x:

Solução:

(7 + 2x)(5 + 2x) = 99

x2+ 6x -16 = 0

x’ = 2

x’’ = - 8 (não convém)

Resposta: O recuo é de 2 metros.

PROBLEMA 025

A idade de Rodrigo daqui a 4 anos, multiplicada pela idade que tinha há 7

anos, é igual a 5 vezes a sua idade atual aumentada de 5. Determine a idade de

Rodrigo.

Solução:

(x + 4)(x – 7)= 5x + 5

x2– 8x – 33 = 0

x’= 11e x” = -3 (não convém)

R: A idade de Rodrigo é 11 anos

4 ANDRINI, Álvaro; VASCONCELLOS, Maria José. Praticando matemática: 9º ano, p.76. São Paulo: Editora do Brasil, 2006. 248 p..

5 Ibidem.

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PROBLEMA 036

A figura abaixo mostra um salão retangular tem área de 204 m2 e seu

comprimento tem 5 m a mais do que sua largura. Quais as dimensões deste salão?

Solução:

x(x + 5) = 204

x’ = 17 m e x” = 24 m

Resposta: O salão tem 17 m de largura por 24 metros de comprimento.

PROBLEMA 047

Um pedaço de papel retangular mede 10 cm a mais de comprimento do que

de largura. Cortando quadrados de 2 cm de lado em cada canto do papel e

dobrando os extremos, formamos uma caixa aberta de 1008 cm2 de volume. Ache

as dimensões do papel.

Solução:

6 Ibidem.

7 GUELLI, op cit., p. 49.

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PROBLEMA 058

Um terreno de 7200 m2 de área vai ser dividido entre herdeiros. Para isso

ele foi dividido em 6 faixas retangulares iguais, sendo três verticais e três

horizontais. O comprimento de cada faixa é o triplo da largura. Qual é o perímetro

desse terreno?

8 ANDRINI; VASCONCELLOS, op cit., p. 248.

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Solução:

6(3x . x) = 7200

x’ = 20

x” = - 20 (não convém)

P= 2 . 120 + 2 . 60 = 360 m

Resposta: O perímetro do terreno é 360 metros.

PROBLEMA 069

Um jardim retangular tem 6 m de largura por 8 m de comprimento. Seu

proprietário diminuirá o jardim, que passará a ter a metade da área inicial. Em volta

do jardim será construída uma calçada de largura x. Qual é a largura x?

9 ANDRINI; VASCONCELLOS, op cit., p. 248..

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Solução:

(6 – 2x)(8 – 2x) = 2

1. 8 .6

x2 - 7x + 6 = 24

x’ = 6 (não convém)

x”= 1

R: A largura da calçada e x= 6 m.

PROBLEMA 0710

Numa festa de final de ano, na qual participou um certo número de pessoas,

ficou combinado que cada participante daria uma pequena lembrança aos demais. E

assim foi feito. Quantas pessoas participaram desta festa, sabendo-se que foram

trocadas 132 lembranças?

Solução:

n(n – 2) = 132

n = 12

n = -11 (não convém)

Resposta: 12 pessoas

10

ANDRINI; VASCONCELLOS, op cit., p. 248.

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OBS.: o professor deverá lembrar de formular alguns problemas adicionais caso o

número de equipes exceda a 7 grupos.

8ª e 9ª AULAS – Exposição, Discussão, Debate, Explanação, Resolução,

Socialização.

Desenvolvimento

Iniciaremos as aulas relembrando todo o trajeto da construção realizada na

aula anterior.

O professor disponibilizará 10 minutos para a exposição da resolução do

problema feito pela equipe, peloseu representante. O problema deverá ser lido e

todos os seus dados deverão ser anotados no quadro, assim como a resolução

construída em consenso com a equipe.

Após o término da exposição da resolução do problema, a equipe entregará

ao professor a resolução produzida. O professor então fará as intervenções junto à

turma, utilizando do método da investigação para a solução do problema, caso este

não tenha tido uma resposta satisfatória, fará inserções objetivando relembrar

conteúdos já esquecidos e que seriam pré-requisitos necessários para a solução

satisfatória do problema.

Cronologicamente este processo se repetirá até o última resolução,

lembrando que todas as dúvidas dos alunos devem ser dirimidas no decorrer do

processo.

10ª AULA - Portfólio, Organização de Materiais, Síntese, Relatório Escrito,

Avaliação.

Desenvolvimento

Iniciamos esta aula relembrando em síntese o que foi estudado nas aulas

anteriores.

Oportunizaremos a produção do relatório escrito pelo aluno. O aluno

produzirá um texto síntese de tudo que aprendeu e o que foi mais significativo para

ele nas 6ª, 7ª, 8ª e 9ª aulas.

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Este relatório escrito fará parte da produção do aluno e deverá ser arquivado

no portfólio ao final desta segunda etapa.

O professor ao final da aula recolherá os portfólios para análise, avaliação e

possíveis intervenções.

11ª AULA – Atividade, Expositiva, Discussão e Debate.

Desenvolvimento

Disponibilizar como provocação para reflexão um problema para os alunos

resolverem, solicite aos alunos que encontrem uma solução e a reserve para

posterior discussão. Vamos estudarjuntos o problema e os alunos visualizarão o

que é uma equação completa do 2º grau e uma equação incompleta do 2º grau e

como identificar suas partes.

PROBLEMA11:

Calcule em quanto tempo um coco cai se ele está num coqueiro com 19,6m

de altura. Fórmula: d = 4,9 t2

11

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA (DEB). Currículo Nacional do Ensino Básico: competências essenciais. 2001. Disponível em: <http://www.dgidc.min-edu.pt/public/cnebindex.asp>. Acesso em: 16 set. 2006. p. 50.

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9,4

6,19 =

9,4

9,4 2t dividindo por 4,9 dos dois

lados:

4 = t2

±√4=t

t’ = 2 t”= -2

Como não existe tempo negativo,

devemos ter t = 2.

Assim, o coco levará 2 segundos para

chegar ao chão

Explicar-lhes que como dissemos na 2ª aula, as equações do 2º grau pode

ser reduzida à forma ax2 + bx + c = 0, na qualo a acompanha a incógnita que está

elevada a 2, o b sempre acompanha a incógnita que está elevada a 1 e o c é o

termo que está sozinho, dizemos termo independente.

Pedir para repararem que a equação 4,9t2 = 78,4 ou 4,9t2 - 78,4 = 0 é uma

equação incompleta, porque ela tem apenas a (= + 4,9) e c (= -78,4). A equação não

tem o termo b, aquele que acompanharia a letra t; logo, dizemos que b = 0.

Deverão observar também que a equação 4,9 t2 =19,6 ou 4,9 t2 - 19,6 = 0 é

uma equaçãoincompleta, na quala = + 4,9 b = 0 c = -19,6.

Perguntar ao aluno: mas, e quando o b não é zero? Como é que eu resolvo?

Deixar o aluno responder escrevendo no quadro algumas respostas.

Muito bem, vamos ensinar-lhe agora! O primeiro passo é que você saiba

identificar quem são os coeficientes a, b e c de qualquer equação do 2º grau.

Vamos fazer alguns exemplos e pedir para você fazer alguns exercícios.

Identifique os coeficientes a, b e c das equações em que se pede:

Exemplo:

14 - w2 - 18w = 0 a = -1; b = -18 ; c = +14

a) Agora, você:

2k + 3k2 = 0 a =......; b =......; c =......

Exemplo:

- 2y2 + 9 = y2 - 5y

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Observe que não está na forma ax2+ bx + c = 0, logo, temos que reorganizá-

la respeitando as propriedades.

-2y2 + 9 - y2 + 5y = 0

-3y2 + 9 + 5y = 0 a = -3; b = +5; c = + 9

b) Agora, você: 4 m - 2 = 8 - m2 a =......; b =......; c =......

Exemplo:

(z + 1) • (2z - 3) = 4z

2z2 - 3z + 2z - 3 = 4z

2z2 - z - 3 - 4z = 0

2z2 - 5z - 3 = 0 a = +2; b = -5;c = -3

c) Agora, você: (3n - 1) • (n + 4) = 0

a =...... b =...... c =......

d) Novamente, você: 5 - 8t = - t2 + 5

a =...... b =...... c =......

Para concluir faça uma feedback das respostas dadas pelos alunos a

pergunta formulada “mas, e quando o b não é zero? Como é que eu resolvo?”

12ª AULA – Expositiva, Discussão, Debate, Quadro Demonstrativo.

Recurso: projetor de slides ou Datashow, tv pedrive

Desenvolvimento

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Iniciaremos a aula informando aos alunos que trabalharemos a FÓRMULA

RESOLUTIVA da equação do 2º grau, explicaremos que após François Viéte

expressar uma equação do 2º grau por meio de uma fórmula geral, os matemáticos

da época foram descobrindo muitas propriedades das equações o que resultou na

dedução de uma fórmula única, que tornou possível a resolução de qualquer

equação do 2º grau. Ou seja, esta que é utilizada para resolver os problemas da

atualidade, determinando suas incógnitas, seus significados e representações. Para

entendermos utilizaremos um quadro comparativo, utilizando o data show ou lâmina

de projetor de slides disponibilizando a dedução da fórmula e fazendo a discussão

passo a passo de seu desenvolvimento como segue:

Fonte: GUELLI, Oscar. Contando a história da matemática: história da equação do 2º Grau. São Paulo: Ática, 1992. 41 p. ISBN 85-08-03933-6.

Daí, x = 2

3ou x = 1

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A expressão b2 – 4ac recebe nome de discriminante, sendo indicada pela letra

(delta):

= b2 – 4 ac.

E com a fórmula:

x = a

b

2

Fórmula completa =

a

acbbx

2

42

Os alunos deverão ser informados que o assunto continua na aula seguinte.

13ª AULA – Expositiva, Discussão, Debate, Atividades.

Desenvolvimento

Retomaremos o conteúdo fazendo uma breve retrospectiva da dedução da

equação do segundo grau, apenas relembrando as partes da equação e o que

representa cada uma delas.

Ministraremos uma aula expositiva com duas situações que correspondema

forma direta de resolução da equação do segundo grau sem o uso da fórmulae a

apresentação de um problema que resolveremos com a equação do 2º grau passo a

passo. Utilizaremos este recurso didático como objetivo de possibilitar aoaluno

compreender e visualizar que podemos resolver uma equação já formulada ou

matematizar um problema montando a equação e resolvê-lousando a fórmula

resolutiva.

Relembrando, a fórmula que vamos apresentar que leva o nome de um

grande matemático, Báskara. Esse matemático indiano era capaz de resolver

equações sem se prender a figuras para representá-las. A fórmula de Báskara é

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uma fórmula geral para resolução de equações do 2º grau; ela nos permite encontrar

tanto as raízes positivas, quanto as negativas. Porém, em alguns casos, por

exemplo quando b = 0, é melhor não utilizá-la.

Fórmula de Bhaskara: ,onde Δ = b2 - 4 • a • c

Primeiro, o Δ é o discriminante (mais conhecido como “delta”, letra do alfabeto

grego). Para calculá-lo, basta você seguir sempre a fórmula Δ = b2 - 4 • a • c

Depois, você substitui o valor do Δ na fórmula:

Vamos fazer um exemplo:

Resolva a equação -2z - 3 = - z2

Essa equação não está na forma completa e organizada para encontrarmos os

valores de a,b e c. Precisamos passar o -z2para a esquerda, então: - 2z - 3 + z2 = 0,

então, z2 – 2z + 3 = 0

Logo, a = +1 b = -2 c = -3

Calculando o delta, Δ = b2 - 4 • a • c

Δ = (-2)2 - 4 • (+1) • (-3)

Δ = +4 + 12

Δ = +16

Logo, √ 16 = 4

Calculando a incógnita:

)1.(2

16)2(

z =

2

42

Vamos encontrar o valor das duas incógnitas, que chamaremos de z’ e z’’.

z’ = 2

42

=

2

6

= +3

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z” = 2

42

=

2

2

= -1

Agora, vamos verificar se esses valores satisfazem à equação substituindo

+3 e -1 no lugar de z.

Verificação:

-2z - 3 + z2 = 0 - 2z - 3 + z2 = 0

-2(+3) - 3 + (+3)2 = 0 -2(-1) - 3 + (-1)2 = 0

-6 -3 + 9 = 0 + 2 - 3 + 1 = 0

-9 + 9 = 0 + 3 - 3 = 0

0 = 0 (certinho!!) 0 = 0 (certinho!!)

As raízes da equação são -1 e +3.

Propor aos alunos:

Vamos resolver um problema agora?

Os alunos deverão levar o problema abaixo como atividade extraclasse e

trazer na próxima aula com a conclusão que chegaram e com uma resposta escrita

justificando os resultados encontrados, esta resolução deverá ser entregue para o

professor.

O Sr. João decidiu construir um pequeno tanque para criar pacus, assim

teria mais uma fonte de alimentação. O tanque dele media 9m de comprimento por

3m de largura. Só tinha um problema: quando chovia, ficava aquele barreiro na beira

do tanque. Então, ele teve uma ideia: “Sobraram 13m2 de lajotas quando eu fiz a

reforma da casa. Por que não aproveitar essas lajotas para colocar em volta do

tanque?”. Vamos ajudar o Sr. João, calculando para elea extensão dafaixa de lajota

em volta do tanque!12

12

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA (DEB), op cit., p. 55.

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Informar aos alunos que o conteúdo terá continuidade na próxima aula com

discussão sobre o problema.

14ªAULA – Problema, Explanação, Expositiva, Discussão, Debate.

Desenvolvimento

Escreveremos no quadro a equação completa para resolução de uma

equação do 2º grau. Perguntaremos aos alunos quem desejaria vir ao quadro para

expor sua própria resolução do problema.

Havendo algum aluno, oportunizar sua resolução planificando-a no quadro, e

depois o professor deverá fazer às intervenções e reflexões pertinentes as

resoluções do problema e as interpretações das respostas.

A resolução poderá ser diferente da que abaixo disponibilizamos, maso

importante será o aluno apresentar o passo a passo oque eles utilizaram para sua

resolução, e caso não tenhamresolvido corretamente o aluno deverá debater e

discutir junto com o professor e seus colegas de turma a resolução até chegarem ao

resultado correto.

Resolução:

Como não sabemos a largura da faixa, vamos chamá-la de x.

Calculando a área de cada faixa em volta do tanque: A área de cada quadrado roxo é x • x = x2 A área do retângulo B é 3 • x = 3x A área do retângulo C é 3 • x = 3x A área do retângulo D é 9 • x = 9x A área do retângulo E é 9 • x = 9x

Somando todas as áreas das faixas em volta do tanque, temos que o total deveser,

no máximo, igual aos 13m2 de lajotas:

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x2 + x2 + x2 + x2 + 3x + 3x + 9x + 9x = 13

4x2 + 24x - 13 = 0

a = +4 - b = +24 - c = -13

Calculando Δ,

Δ = b2 - 4 • a • c

Δ = (+24)2 - 4 • (+4) • (-13)

Δ = 576 + 208

a2

2

X = )4.(2

784)24(

=

8

2824

X=8

2824

= 0,5

X=8

52

8

2824

(não serve por que não existe largura negativa)

Resposta: A faixa de lajotas em volta do tanque do Sr. João deverá ter 0,5m

(meio metro) de largura.

15ª AULA: Portfólio, Organização de Materiais, Síntese, Relatório Escrito,

Avaliação.

Desenvolvimento

Iniciamos esta aula relembrando em síntese o que foi estudado nas aulas

anteriores.

Oportunizaremos a produção do relatório escrito pelo aluno. O aluno

produzirá um texto síntese de tudo que aprendeu e o que foi mais significativo para

ele nas 11ª, 12ª, 13ª e 14ª aulas.

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Este relatório escrito fará parte da produção do aluno edeverá ser arquivado

no portfólio ao final desta terceira etapa.

O professor ao final da aula recolherá os portfólios para análise, avaliação e

possíveis intervenções.

16ª AULA – Resolução de Problema, Exposição, Vídeo, Debate, Discussão.

Recursos: tvprendrive ou Datashow

Desenvolvimento

Faremos uma breve retomada dos problemas resolvidos na 14ª aula,

ressaltando expositivamente as respectivas resoluções e qual método foi utilizado

para se chegar a uma resposta sistematizada do problema proposto.

Iniciamos a aula informando aos alunos que retornaremos ao vídeo com o

tema: Equação quadrática, Raízes de uma equação quadrática e Bhaskara, faremos

a resolução do problema proposto e sua resolução

(http://www.youtube.com/watch?v=BmuWuMJZlQs).

Relembraremos aqui o problema da 4ª aula desta unidade, qual seja:

Coloque R$100,00 no banco numa aplicação qualquer rendendo juros numa

taxa anual fixa, depois de um ano você tira os R$100,00 do banco e deixa lá o que

rendeu por mais um ano, ai no final do segundo ano você consegue o total de

R$75,00. Qual foi a taxa real de juros?

Vamos exibir o vídeo conforme o link

(http://www.youtube.com/watch?v=BmuWuMJZlQs) desde o início para que os

alunos relembre a situação. Pausar o vídeo em 2’32” (dois minutos e trinta e dois

segundos). Então, pediremos que os alunos executem a resolução do exercício

durante 15 minutos, escrevendo contextualizadas todas as suas dúvidas pertinentes

a sua resolução, estas dúvidas deverão ser entregues ao professor sem a

identificação do aluno.

O professor oportunizará aos alunos irem atéo quadro paramostrarem sua

resolução do problema. Com esse método o professor poderá fazer as intervenções

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necessárias para elucidação das dúvidas suscitadas na resolução do

problema,clarificando a compreensão e entendimento dos alunos. Desta forma o

problema se constituirá um instrumento de avaliação coletiva da aprendizagem do

aluno até o presente momento.

Resolução:

Montando a equação teremos;

x2 + 100x – 7500 = 0

a= +1 = b2 – 4.a.c

b= +100 )7500.(1.4)100( 2

c= -7500 3000010000

= 40000

)1.(2

40000)100(

x

X’= 2

200100 =

2

100= 50

X”= 2

200100 =

2

300= -150 (não existe

rendimento negativo)

R: A taca real de juros foi de 50% durante uma aplicação de um ano.

Informar aos alunos que na próxima aula serão desenvolvidas novas

atividades em equipe sobre o assunto como forma de avaliação com oportunidade

de aprendizagem.

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17ª AULA – Avaliação, Debate, Equipes, Exercícios, Discussão.

Desenvolvimento

Material: disponibilização de material impresso com os problemas de 2º

grau.

Recurso didático: Datashow ou retroprojetor e TV pendrive.

Organizaremos equipes com mesmo número de alunos, faremos o sorteio

de umproblema para cada equipe, relativa ao tema equação do 2º grau, os

problemas terãomaior grau de complexidade no objetivo de aprofundar discussões

para sua resolução por meio da investigação.

Problemas de equação do segundo grau que sortearemos entre as equipes

com suas respectivas resoluções.

1) Duas placas retangulares de vidro, uma azul, e outra amarela, foram

sobrepostas para compor a cor verde. Porém, um pequeno toque fez com que uma

delas deslizasse e as placas ficassem da seguinte forma13:

Solução:

13

TRAMBAIOLLI NETO, Egidio. Série: O contador de histórias e outras histórias da matemática: a missão. São Paulo: Ftd, 2010. 80 p. (9º ano). – Suplemento de Trabalho – Outros desafios – p.05.

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2) Marcos pretendia comprar um terreno retangular mas, ao perguntar as medidas

do comprimento e da largura, o proprietário não soube responder. Só lhe disse

que a área era 600 m² e que gastara 372 m de arame farpado para fazer uma

cerca, dando três voltas ao redor do terreno. Resolva o problema de Marcos,

sem se machucar com o arame farpado14!

Solução

3) Um apostador dirigiu-se a uma casa lotérica para conferir seu jogo da mega

Sena. Quando lá chegou, notou que a folha dos resultados estava um pouco

rasgada. Mesmo assim, decidiu conferir os resultados e, para seu espanto,

havia acertado cinco das seis dezenas premiadas. Ao observar que o pedaço

rasgado continha o último número,dirigiu-se ao balcão e perguntou ao

funcionário da casa lotérica qual era a última dezena sorteada. Este, que estava

estudando para a prova de matemática, respondeu:

─ O número sorteado é composto por dois algarismos cujo produto é 24.

Alterando-se a ordem dos algarismos, teremos um número que ultrapassa em

18 unidades o número original.

14

Ibidem.

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Diante das informações, o apostador entrou em desespero. Ajude-o a descobrir

o número que faltava conferir15.

Solução:

4) Uma fã aproximou-se de uma dupla sertaneja, formada por pai e filho, e

despejou um caminhão de perguntas. Entre elas, qual a idade de cada um dos

integrantes.

Zeca, o filho respondeu:

─ Ih, minha fã, a soma de nossas idades já chega a um século!

Neca, o pai, foi além e respondeu:

─ Ah, minha filha, eu comecei minha carreira muito tarde, aos 48 anos. Se hoje

multiplicar a minha idade pela do meu filho, chegarei ao quadrado da idade com

a qual comecei a carreira.

A partir dessas informações, descubra a idade de Zeca e de Neca16.

Solução:

15

TRAMBAIOLLI NETO, op. cit., p. 08. 16

TRAMBAIOLLI NETO, op. cit., p.08.

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5) O número de alunos de Ana Mércia e o de Florisneide são pares consecutivos,

tais que a soma de seus inversores é igual a 84

12. Sabendo que Ana Mércia tem

mais alunos que Florisneide, quantos alunos tem cada uma17?

Solução:

6) Duas lagartas podem, juntas, devorar uma planta em 18 horas. Quanto tempo

cada lagarta levaria para devorar a planta, sozinha, sabendo que uma delas leva

27 horas a mais que a outra18?

17

TRAMBAIOLLI NETO, op. cit., p. 10.

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Solução:

7) Quando perguntaram ao professor Rubens a idade do filho dele, ele respondeu:

A idade de Diogo é um número natural não nulo tal que sua quarta potência é

igual ao quadrado de quatro vezes ele mesmo. Qual a idade de Diogo19?

Solução:

8) Em 1995, o vencedor das 500 Milhas de Indianápolis foi o piloto Jacque Jacques

Villeneuve, com o tempo de 3h 15m 17s. Ao perguntarem para um dos

responsáveis pela cronometragem qual o tempo (t) de vantagem de Villeneuve

para o segundo colocado, Christian Fittipaldi, o cronometrista respondeu:

18

TRAMBAIOLLI NETO, op. cit., p. 10. 19

TRAMBAIOLLI NETO, op. cit., p.15.

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─ O produto entre o quadrado do tempo (t) adicionado ao seu dobre e o

quadrado desse tempo subtraído de seu dobre é igual a 45.

Calculando essa equação teremos o tempo aproximado entre um piloto e outro.

Qual a diferença de tempo entre os dois pilotos20?

18ª e 19ª AULAS – Exposição, Debate, Discussões.

Desenvolvimento

Iniciaremos as aulas relembrando todo o trajeto da construção realizada na

aula anterior.

O professor disponibilizará 10 minutos para a exposição da resolução do

problema feito pela equipe, peloseu representante. O problema deverá ser lido e

todos os seus dados deverão ser anotados no quadro, assim como a resolução

construída em consenso com a equipe.

Após o término da exposição da resolução do problema, a equipe entregará

ao professor a resolução produzida. O professor então fará as intervenções junto à

turma, utilizando do método da investigação com reflexão juntamente com os alunos

para as correções necessárias na resolução do problema, caso este não tenha tido

uma resposta satisfatória, fará inserções objetivando relembrar conteúdos já

esquecidos e que auxiliampara a solução satisfatória do problema.

20

TRAMBAIOLLI NETO, op. cit., p.16.

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Cronologicamente este processo se repetirá até o última resolução,

lembrando que todas as dúvidas dos alunos devem ser dirimidas no decorrer do

processo.

20ª AULA - Portfólio, Organização de Materiais, Síntese, Relatório Escrito,

Avaliação.

Desenvolvimento

Iniciamos esta aula relembrando em síntese o que foi estudado nas aulas

anteriores.

Oportunizaremos a produção do relatório escrito pelo aluno. O aluno

produzirá um texto síntese de tudo que aprendeu e o que foi mais significativo para

ele nas 16ª, 17ª, 18ª e 19ª aulas.

Nesta última aula a aluno discorrerá na forma escrita no final do portfólio

suas considerações fazendo uma avaliação do método de aprendizagem com

portfólio, seus pontos positivos e acrescentarásugestões para o seu aprimoramento.

Este relatório escrito fará parte da produção do aluno e deverá ser arquivado

no portfólio ao final desta terceira etapa.

O professor ao final da aula recolherá os portfólios para análise, avaliação e

possíveis intervenções.

OBSERVAÇÕES: o professor fará análise do desempenho de cada aluno

preenchendo e arquivando no portfólio particular do aluno o formulário denominado:

“AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA DAS ATIVIDADES” em anexo no final desta unidade

didática.

AVALIAÇÃO

Para a avaliação das atividades e relatórios realizados no conteúdo

“resolução de problemas envolvendo a equação do 2º grau”, utilizaremos a ESCALA

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MULTIDIMENSIONAL DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIOS, construída na obra

intitulada “Investigação matemática na sala de aula"21.

MÉTODOS E OBJETIVOS DAS ESCALAS:

A construção dessas escalas assenta numa ideia muito simples. Escolhe-se

um objetivo ao conjunto dos objetivos que possam ser graduados em diferentes

níveis. Depois faz-se corresponder a cada par objetivo-nível uma descrição de

aspectos observáveis nos relatórios dos alunos.

Princípios descritores de avaliação:

Conhecimento matemático;

Estratégias e processos de raciocínio;

Permitir obter informação mais detalhada;

Cinco níveis.

Conclui-se que este método avaliativo concomitante a utilização do portfólio

educacional possibilita aos professores além de avaliar os relatórios dos alunos,

também estruturar e monitorar de modo mais seguro o seu desempenho durante a

realização das tarefas de resolução de problemas.

Os alunos devem ter informação deste processo avaliativo e conhecer sua

escala, o objetivo é propiciar a auto-avaliação. Para cada relatório o professor

deverá fazer inferências adequando os descritores que melhor se adequam.

Também fará comentários relacionados explicitando quais as indagações que

ficaram genéricas nas descrições do aprendizado feito no relatório e o que se

poderia acrescentar e que seria relevante ao alunado pesquisar intuindo o

complemento seu conhecimento.Este tipo de escala foi usado por VARANDAS

(2000)22, e verificou-se que possibilitou uma melhor atuação do Professor com

relação a avaliação dos relatórios escritos, assim como estruturou seus

redirecionamentos metodológicos nas atividades propostas ao alunado.

21

PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H.. Investigações matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

22 Uma experiência utilizando este tipo de tabelas vem descrita no trabalho de VARANDAS (2000).

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ESCALA MULTI-DIMENSIONAL DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIOS

NIVEL CONHECIMENTO MATEMATICO ESTRATÉGIAS E

PROCESSOS DE RACÍOCINIO COMUNICAÇÃO

4 Mostra compreender os conceitos e princípios matemáticos do problema. Usa terminologia e notação apropriada. Executa completa e corretamente os algoritmos.

Usa informação exterior relevante de natureza formal ou informal. Identifica todos os elementos importantes do problema e mostra uma compreensão da relação entre eles. Indica uma estratégia apropriada e sistemática para a resolução do problema e mostra, de forma clara o processo de solução. O processo de solução é claro e sistemático.

Apresenta uma resposta completa com uma descrição ou explicação clara e não ambígua. Inclui um diagrama completo e apropriado. Comunica efetivamente com a audiência. Apresenta, como suporte, argumentos fortes, lógicos e completos. Inclui exemplos e contraexemplos.

3 Mostra compreender, quase completamente, os conceitos e princípios matemáticos do problema. Usa quase corretamente a terminologia e notação apropriada. Executa completamente algoritmos. Os cálculos estão na generalidade corretos, contendo eventualmente pequenos erros.

Usa informação exterior relevante de natureza formal ou informal. Identifica todos os elementos importantes do problema e mostra uma compreensão da relação entre eles. Indica uma estratégia apropriada e sistemática para a resolução do problema e mostra, de forma clara o processo de solução. O processo de solução é claro e sistemático.

Apresenta uma resposta completa com uma razoável explicação ou descrição. Apresenta um diagrama apropriado e quase completo. Na generalidade, comunica efetivamente com a audiência e apresenta como suporte argumentos que estão logicamente corretos embora contendo pequenas imperfeições.

2 Mostra compreender alguns dos conceitos e princípios matemáticos do problema. A resposta tem erros de cálculos.

Identifica alguns elementos importantes do problema, mas mostra apenas uma compreensão limitada da relação entre eles. Mostra alguma evidência do processo de solução mas esse está incompleto ou pouco sistematizado.

Mostra um progresso significativo na direção de completar o problema, mas a descrição ou explicação é ambígua ou pouco clara. Inclui um diagrama pouco claro ou pouco preciso. A comunicação é vaga ou de difícil interpretação e os argumentos são incompletos ou baseados em premissas pouco importantes.

1 Mostra uma compreensão muito limitada dos conceitos e princípios matemáticos do problema. Falha no uso dos termos matemáticos. A resposta tem erros de cálculo graves.

Usa informação exterior irrelevantes. Falha na identificação, quase por completo, de aspectos importantes ou coloca muita ênfase em elementos pouco importantes. Reflete uma estratégia inadequada para resolver o problema.

Apresenta alguns elementos satisfatórios, mas omite partes significativas do problema. Inclui um diagrama que represente a situação problemática de uma forma incorreta ou o diagrama é pouco claro ou de difícil interpretação. Falta a explicação ou descrição ou é difícil de seguir.

0 Mostra não compreender os conceitos princípios matemáticos do problema.

Da evidência incompleta do processo de solução. O processo de solução não existe, é de difícil identificação ou não está sistematizado. Tenta usar informações exteriores irrelevantes. Falha na indicação de quais os elementos do problema são apropriados para a resolução. Copia partes do problema mais sem procurar solução.

Comunica de forma eficaz. Integra desenhos que não representa de todoa situação problemática. As palavras não refletem o problema.

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AVALIAÇÃO PEDAGÓGICAS NAS ATIVIDADES

NOME DO ALUNO:____________________________________________________

ASSUNTO:__________________________________________________________

ATIVIDADE: _________________________________________________________

DATA: ____/_____/____

OBJETIVO DO TRABALHO:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

DESENVOLVIMENTO DO ALUNO DURANTE A ATIVIDADE:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

COMENTÁRIOS DO PROFESSOR:

___________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

NIVEL: ( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4

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REFERÊNCIAS

ALVEZ, Ana Paula; GOMES, Maria João. Como organizar Portefólios na sala de aula de Matemática. In.: ACTAS DO CONGRESSO PROFMAT-07. Lisboa: Associação de Professores de matemática. CD-ROM. ANDRINI, Álvaro; VASCONCELLOS, Maria José. Praticando matemática (9º ano). São Paulo: Editora do Brasil, 2006. 248 p.. BARRET, H. C..The researchon portfólios in education. 2005. Disponível em: <http://electronicportfolios.org/ALI/research.html>. Acesso em: 13 nov. 2006. BONA, A. S. Portfólio de matemática: um instrumento de análise do processo de aprendizagem. 2010. Dissertação (Mestrado em Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Ensino da Matemática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2010. BONA, A. S.; MORAIS, A. D. D. Como avaliar de maneira formativa e não somente somativa um portfólio de Matemática? In: CONFERÊNCIA INTERAMERICANA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 13., 2011, Recife, Anais... Recife: Comitê Interamericano de Educação Matemática, p. 1-11. DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA (DEB). Currículo nacional do ensino básico: competências essenciais. 2001. Disponível em: <http://www. dgidc.min-edu.pt/public/cnebindex.asp>. Acesso em: 16 set. 2006. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática da educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GUELLI, Oscar. Contando a história da matemática: história da equação do 2º grau. São Paulo: Ática, 1992. 55 p.. PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H.. Investigações matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. PONTUSCHKA, N. N. A. Geografia: pesquisa e ensino. In: CARLOS, A. F. A.. Novos caminhos da geografia. São Paulo: Contexto, 2001. ROQUE, Tatiana. A história como problema, a história como remédio: equação do 2º grau sem fórmula. Entrevista: História, Ensino, função Quadrática - Cálculo: Matemática para todos, São Paulo, n. 31, p.21-21, ago. 2013. Mensal. SCALLON, G. Le portfólio ou dossier d’apprentissage. Guideabrégé. 2003. Disponível em: <http://www.ulaval.ca/Gerard.Scallon/valise_BEP/portfolioguide.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2006. TRAMBAIOLLI NETO, Egidio. Série: o contador de histórias e outras histórias da matemática - a missão. São Paulo: Ftd, 2010. 80 p. (9º ano).

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UNICAMP. Esse tal de Bhaskara. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=BmuWuMJZlQs>. Acesso em 24 out. 2013. VARANDAS, J.M.. A avaliação de investigações matemáticas: uma experiência. Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010. Disponível em: <http://ia.fc.ul.pt>. Acesso em 24 out. 2013. VYGOTSKY, L.S.. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1995. WIEDMER, L. T... Digital portfolios: capturing and demonstrating skills and levels of performance. Phi Delta Kappan, v. 79, n. 8, p. 586-589, 1998.