Upload
lamkhuong
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
OS DESAFIOS DA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE SUSTENTABILIDADE, CONSUMO CONSCIENTE E PRESERVAÇÃO
AMBIENTAL CORPORATIVA
Área: ADMINISTRAÇÃO
André Luís Sagiorato Marcon1 Cascavel/PR, [email protected]
Marli Renate von Borstel Roesler2
Unioeste, Toledo/PR, [email protected]
Resumo A questão das alterações no meio ambiente tem influenciado o tema sustentabilidade, gerando reflexões em torno das dimensões do desenvolvimento e das alterações que ele configura. No mundo globalizado não há espaço para pequenas adaptações, e sim mudanças efetivas, nesse sentido as decisões deverão ser pautadas pelo entendimento entre diferentes públicos. E é nesse contexto que o papel empresarial entra nas questões ambientais, devendo atuar como divulgador e facilitador de boas práticas. Este artigo tem o objetivo de discutir como a sustentabilidade pode ser aplicada, ou seja, aqui serão apresentadas a evolução da sua implantação, medidas de consumo consciente e preservação ambiental adotados como práticas pelo mundo corporativo. Com isso, por meio de uma pesquisa bibliográfica foram levantados aspectos importantes que tratassem dessa correlação entre sustentabilidade e as organizações empresariais. Os resultados obtidos com esse artigo foram de agregar e alavancar a percepção do tema, para entender que as questões ambientais não são custos e sim investimentos, demonstrando que através de iniciativas as empresas vêm atuando nesse contexto garantindo seu diferencial competitivo, mas em uma visão responsável.
Palavras-chaves: Desenvolvimento Sustentável, Gestão Ambiental Empresarial, Sustentabilidade 1 Biólogo, Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos e Especialista em Desenvolvimento e Meio Ambiente. 2 Doutora, Docente do Curso de Especialização em Desenvolvimento e Meio Ambiente da UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná do Campus de Toledo - Paraná.
2
1. INTRODUÇÃO
“Tu te tornas eternamente responsável por aquele que cativas”. Essa passagem de “O
Pequeno Príncipe”, de Antonine de Saint-Exupéry, ilustra a realidade dos novos tempos quando o
assunto é sustentabilidade. Aquecimento global, escassez de água e alimentos, e todas as
previsões catastróficas para este milênio têm criado uma conscientização mundial de que é
preciso cuidar do planeta. Desde a melhor utilização dos recursos naturais para suprir as
demandas de consumo – o que envolve toda a cadeia produtiva – até o consumo consciente têm
sido pautas constantes das mais diversas rodas de debate (FUCHS, 2010).
Com as grandes intervenções e mudanças geradas pelos seres humanos, enfrentamos
desafios na área da sustentabilidade. Especialistas estudam alternativas na busca de um modelo
de gestão ao qual o papel dos indivíduos, das empresas e da gestão pública governamental alie-se
na promoção efetiva para conter os impactos que ambos estão causando ao meio que mantêm a
existências dos seres nesse planeta.
Segundo Bellen (2005), o conceito de sustentabilidade é um longo e complexo processo
de reavaliação crítica da relação entre a sociedade civil com seu meio natural, assumindo assim
diversas concepções e abordagens que se mesclam em direção à sustentabilidade, que de forma
sistemática pede um grande envolvimento de todas as partes envolvidas.
De acordo com a ONG CATALISA – Rede de Cooperação para a Sustentabilidade
(2011), dentro do conceito primário de sustentabilidade, também é importante salientar e
identificar suas sete subdivisões que são:
Sustentabilidade Social – que trata da melhoria da qualidade de vida da população,
equidade na distribuição de renda e da diminuição das diferenças sociais, com
participação e organização popular;
Sustentabilidade Econômica – públicas e privadas, regularização do fluxo desses
investimentos, compatibilidade entre padrões de produção e consumo, equilíbrio de
balanço de pagamento, acesso à ciência e tecnologia;
Sustentabilidade Ecológica – o uso dos recursos naturais deve minimizar danos aos
sistemas de sustentação da vida: redução dos resíduos tóxicos e da poluição, reciclagem
3
de materiais e energia, conservação, tecnologias limpas e de maior eficiência e regras para
uma adequada proteção ambiental;
Sustentabilidade Cultural – respeito aos diferentes valores entre os povos e incentivo a
processos de mudança que acolham as especificidades locais;
Sustentabilidade Espacial – equilíbrio entre o rural e o urbano, equilíbrio de migração,
desconcentração das metrópoles, adoção de práticas agrícolas mais inteligentes e não
agressivas à saúde e ao meio ambiente, manejo sustentado das florestas e industrialização
descentralizada;
Sustentabilidade Política – no caso do Brasil, a evolução da democracia representativa
para sistemas descentralizados e participativos, construção de espaços públicos
comunitários, maior autonomia dos governos locais e descentralização da gestão de
recursos.
Sustentabilidade Ambiental – conservação geográfica, equilíbrio de ecossistemas,
erradicação da pobreza e da exclusão, respeito aos direitos humanos e integração social.
Agrupando assim todas as dimensões anteriores através de processos complexos.
Nesse contexto as organizações podem desempenhar um elo para a prática da
sustentabilidade, desenvolvendo atividades de cunho socioambientais, mas que não esbarrem nas
relações referentes à estratégia do negócio. O primeiro passo é a necessidade de conhecer bons
exemplos de sustentabilidade, mensurar resultados positivos dessas práticas e incorporá-las ao
modo de produção.
Nos desafios a serem enfrentados estão à preservação dos recursos naturais para o
presente e consequentemente a futura geração, de modo a permitir que ambas tenham como
produzir e consumir conforme as suas necessidades, bem como, parar de gerar resíduos em
quantidades que a biosfera não consegue absorver. Apesar do tamanho dessas tarefas, cada
indivíduo poderá contribuir para a busca de uma solução, basta que a consciência de cada
habitante comece a mudar, passando a se preocupar com ao significado da palavra
sustentabilidade.
Dentro desse cenário, equilíbrio ecológico e crescimento sustentável, com capacidade de
4
investir e intervir em áreas de pouco interesse e iniciativa, o governo se torna um dos principais
promotores dessa idéia. Mesmo enfrentando um momento ambiental desfavorável em que os
esgotamentos dos recursos naturais são eminentes, a reação do estado ainda passa por omissa. O
setor público precisa repensar seu papel mediante a representatividade que exerce e procurar
novas formas de investimento e de melhorias diante dos desafios para o desenvolvimento
sustentável.
Dentro da visão de Tachizawa (2001), um dos maiores desafios que o mundo enfrentará
neste novo milênio é fazer com que forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do
ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desempenho e uso criterioso de instrumentos
econômicos, num contexto harmonioso de regulamentação. O novo contexto econômico se
caracteriza por uma rígida postura dos clientes voltada à expectativa de interagir com
organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que agem de forma
ecologicamente responsável.
A gestão ambiental torna-se um importante instrumento gerencial para capacitação e
criação de condições de competitividade para as organizações, qualquer que seja o seu segmento
econômico. Assim, um dos desafios do desenvolvimento sustentável, segundo a Comissão
Mundial do Meio Ambiente, é trazer as considerações ambientais para o centro das tomadas de
decisões econômicas, para o centro do planejamento futuro em todos os níveis.
Não foram apenas em função da legislação, mas principalmente por questões que poderíamos associar à gestão ambiental: aumentar a qualidade dos produtos; aumentar a competitividade das exportações; atender o consumidor com preocupações ambientais; atender à reivindicação da comunidade; atender à pressão de organizações não-governamentais ambientalistas e melhorar a imagem perante a sociedade. A expressão “desenvolvimento sustentável” passou a ser proposta mais adequada para se gerir o desenvolvimento econômico mundial, que consiste na criação de um novo patamar de relações empresa-consumidor, empresa-empresa e empresa-comércio, onde os valores ecológicos são determinantes. (MELLO, 2002, p.47).
Tendo em mente trabalhar aspectos importantes que influenciam o sucesso das
organizações, o objetivo desse artigo é analisar e discutir como a sustentabilidade e a manutenção
de sistemas de gestão ambiental podem ser utilizadas como uma estratégia competitiva no atual
cenário mundial. Para isso realizou-se um estudo teórico em que foram identificados os principais
5
conceitos sobre sustentabilidade, consumo consciente e preservação ambiental e a forma como as
empresas vêm trabalhando esses temas no seu cotidiano, bem como também destacando as
práticas adotadas, suas estratégias e aplicabilidades.
Conforme Vergara (2007) existe vários tipos de pesquisa, ela propõe duas classificações,
que pode ser: quanto aos fins e quanto aos meios. A primeira utiliza-se nesse trabalho a pesquisa
descritiva, que determina características e estabelece correlações entre as variáveis, além de
definir sua natureza. Para os meios será utilizada a pesquisa bibliográfica, que fornecerá o
instrumento analítico para o estudo sistematizado com base em material publicado em livros,
revistas, redes eletrônicas, jornais, e outros periódicos disponíveis.
Além da introdução, o presente artigo apresenta os itens sobre a evolução da gestão
ambiental e sustentabilidade, consumo consciente e sua integração nas organizações, o papel
empresarial na preservação ambiental, e finalizando, as ponderações e considerações conclusivas.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 EVOLUÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
A consolidação da ação ambiental por parte da sociedade civil organizada, nas décadas de
70 e 80, juntamente com a expansão, nas décadas de 80 e 90, das agências e instituições de
financiamento ambientais governamentais conduziram a uma ampliação significativa do espaço
público dedicado à questão ambiental. Nesse novo momento, o conceito de “público” não fica
restrito ao âmbito do Estado, mas incorpora as porções da sociedade civil e do setor privado
preocupadas com a qualidade do meio ambiente como bem coletivo (LITTLE, 2003).
O modelo de crescimento adotado após a Segunda Guerra Mundial revelou-se
rapidamente devido a sua amplitude e complexibilidade dos seus meios, como um agente de
quebra do equilíbrio ecológico, o que acarreta em termos econômicos, um desequilíbrio da
alocação de recursos e, em termos sociais da distribuição de bem-estar.
Nesse contexto de crescimento das atividades de produção industrial e consumo, houve
consequentemente um grande lançamento de resíduos nos diversos meios (atmosfera, águas
6
superficiais, subterrâneas e solos).
A utilização de um padrão tecnológico que parte do pressuposto da inesgotabilidade dos recursos ambientais, bem como a grande diversificação e mobilidade dos poluentes são também aspectos importantes a serem considerados neste processo sistemático e maciço de degradação ambiental e que contribui para o crescente fenômeno de escassez dos recursos ambientais. A deterioração bem como o uso excessivo dos bens ambientais nas atividades de produção e consumo se deve principalmente ao fato de que até alguns anos atrás estes eram considerados bens livres, ou seja, que tem valor de uso mais não tem valor e troca, sempre disponíveis em quantidade ilimitada e de apropriação gratuita (BURSZTYN, 1994, p.13).
Pode-se considerar como o grande marco da preocupação mundial para o meio ambiente a
conferência sobre a biosfera realizada em Paris, no ano de 1968. Mesmo sendo uma reunião de
especialistas em ciências, marcou o despertar de uma consciência ecológica mundial. Logo em
seguida, houve a primeira conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, realizada em
1972, em Estocolmo, colocando assim a questão ambiental nas agendas nacionais e
internacionais. Foi a primeira vez que representantes de governo uniram-se em nível mundial
para discutir a necessidade de tomar medidas efetivas de controle dos fatores que causam a
degradação ambiental. Foi nesse contexto, que os países considerados desenvolvidos e em
desenvolvimento afirmaram que a solução da poluição e da degradação ambiental não era em
frear o desenvolvimento e sim orientá-lo com o intuito de preservar o meio ambiente e seus
recursos não-renováveis para se tentar chegar a uma sustentabilidade constante.
No ano de 1984, em Paris, a conferência internacional sobre meio ambiente e economia,
discutiu que as questões ambientais deveriam ser efetivamente colocadas no centro do processo
de decisão das políticas econômicas e plenamente integradas às políticas agrícolas, industriais, de
transporte, energética, fundiária e de desenvolvimento regional.
Em 1987 a Comissão Mundial do Meio Ambiente e desenvolvimento (Comissão
Brundtland), publicaram o relatório intitulado Nosso Futuro Comum, ao qual destacou a
importância da proteção do ambiente na realização do desenvolvimento sustentável. No Relatório
7
de Bruntland3, define-se sustentabilidade como a capacidade de prover as necessidades atuais
sem afetar as necessidades futuras. Trata-se de ponderar muito bem as práticas atuais humanas,
para que seus impactos no futuro sejam mínimos, ou seja, consumir o necessário conscientemente
sem comprometer as futuras reservas.
Em 1991, foi editado a Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, onde a
preservação do meio ambiente e a gestão ambiental foram definidas como prioridade para as
metas de qualquer organização. Esse documento foi preparado por uma comissão de
representantes de empresas e desenvolvido no âmbito da Câmara de Comércio Internacional,
entidade que possui o objetivo de ajudar as organizações em melhorar os resultados das suas
ações sobre o meio ambiente. A criação desse documento foi pautada em 16 princípios relativos à
gestão ambiental de vital importância para o desenvolvimento sustentável, nele as organizações
precisam desenvolver a consciência de que se deve buscar um objetivo comum, e não gerar um
conflito entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental.
Segundo Andrade (2002), em junho de 1992, em virtude do 20º aniversário da
Conferência de Estocolmo, no Rio de Janeiro ocorreu à maior conferência mundial sobre Gestão
Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, denominada “Eco 92” ou “Rio 92”, sendo marcado
como ata global das discussões sobre o assunto, tendo a participação de representantes
governamentais mundiais, resultando em dois grandes documentos: A Carta da Terra e a Agenda
21.
A Agenda 21 dedica-se a apresentar os problemas da atualidade e almeja preparar o
mundo para os desafios do século XXI, refletindo sobre o consenso global e o compromisso
político objetivando desenvolvimento e o compromisso ambiental. Nesse momento começou a
existir de uma forma globalizada uma preocupação no que se diz respeito à Gestão Ambiental e o
Desenvolvimento Sustentável, tanto das entidades governamentais públicas e privadas, bem
como dos consumidores globais.
Dez anos após a histórica Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
3 O Relatório de Bruntland é o documento elaborado em 1987 pela comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento na Noruega, que reafirma uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelas nações e ressalta os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.
8
Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, o mundo se voltou para a Cúpula
Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu em Joanesburgo, África do Sul.
Também conhecida como Rio+10, a conferência teve como objetivo avaliar as ações
implementadas em direção ao desenvolvimento sustentável nos últimos anos, além de reforçar os
compromissos assumidos e buscar novas estratégias. Em 2002, a conferência Rio+10, instituindo-
se uma nova iniciativa para o prosseguimento da Gestão Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável: “Business Action For Sustainnable Developmemt”4. É importante ressaltar que o
propósito maior da Conferência de Joanesburgo não foi de adotar novos compromissos, acordos
ou convenções internacionais, mas sim fazer uma profunda avaliação dos avanços e dos
obstáculos com que nos deparamos ao olharmos para os compromissos assumidos em 1992. Os
resultados da Conferência resultaram em dois documentos acordados por todos os países
pertencentes às Nações Unidas: o Plano de Implementação e a Declaração Política.
Em 2010, a COP-16, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Cancún, no
México, aprovou um pacote de decisões sobre ações para enfrentar as causas e efeitos das
mudanças climáticas. Entre as principais medidas aprovadas criou-se um "Fundo Verde" - para
que os países ricos ajudem financeiramente os mais pobres na luta contra as mudanças climáticas
- e o chamado Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD)5, um mecanismo
de pagamento por conservação de florestas. Após dias de negociações, a conferência da ONU em
Cancún terminou sem o grande avanço esperado, ficou a incógnita de qual seriam as metas e
objetivos a serem adotados, visto que os acordos firmados no Protocolo de Kyoto se enceram em
2012, lembrando que ele é o único instrumento legalmente vinculante de cumprimento
obrigatório em que os países desenvolvidos se comprometem a reduzir as suas emissões de gases
4 Eco-cliente é aquele que se preocupa com os métodos e processos da empresa no que diz respeito a produtos e serviços e sua responsabilidade ambiental. 5 REDD é uma sigla inglesa: Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation in Developing Countries. (Reduzindo as Emissões geradas com Desmatamento e Degradação Florestal nos Países em Desenvolvimento). É um mecanismo de compensação financeira para os países em desenvolvimento ou para comunidades desses países, pela preservação de suas florestas. O REDD é visto como uma forma fundamental de redução da quantidade de CO2 lançada na atmosfera por conta do desmatamento em todo o mundo, causadora do aquecimento global. Nos últimos anos, o REDD se tornou ponto central das negociações de um novo acordo sobre o clima.
9
causadores do efeito estufa.
2.2 CONSUMO CONSCIENTE E SUA INTEGRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Se por um lado as empresas buscam colocar em prática ações de sustentabilidade como
uma estratégia competitiva e, claro, sem deixar de serem lucrativas com isso, por outro, muitas
dessas ações ainda são superficiais e egocêntricas, limitando-se apenas as práticas de reciclagem
e economia de energia e água (FUCHS, 2010).
A crescente preocupação com a qualidade ambiental tem levado as organizações a
buscarem alternativas tecnológicas mais limpas e matérias primas menos tóxica, a fim de reduzir
o impacto e degradação ambiental. A conscientização da sociedade e a legislação ambiental têm
induzido as empresas a uma relação mais sustentável com o meio ambiente. As ações
sociorresponsáveis estão sendo cada vez mais incorporadas à gestão das empresas: elas ajudam a
reforçar a imagem e até reduzir custos. “Toda empresa gera impactos – positivos e negativos – o
grande desafio é descobrir oportunidades para desenvolver algo bom para o negócio
(GUARATTO, 2010).
A busca por alternativas que minimizem os impactos negativos da atividade produtiva tem
motivado setor empresarial em investirem soluções, que também se refletem em economia e
melhoria da competitividade. As oportunidades quase sempre aparecem por meio de projetos
sociais e ambientais. Pelo lado da gestão, essas iniciativas podem tornar processos mais eficazes,
garantir acesso a novos consumidores e melhorar a imagem da empresa (GUARATTO, 2010).
Segundo Sachs (apud 1995),
O equilíbrio entre tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes países na busca da equidade e justiça social. Para que o mesmo seja alcançado, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente.
10
E quando o assunto é consumo, existe um espaço enorme para envolver as pessoas. A
pesquisa “Eu sou sustentável”, realizada pela GS&MD – Gouvêa de Souza, que teve como
objetivo identificar como o consumidor enxerga a questão da sustentabilidade no consumo,
concluiu que as mesmas não sabem exatamente o que é sustentabilidade. Entre os dados
apontados, 59% dos brasileiros gostariam de aprender mais sobre o assunto e 61% não pensam
sobre a sustentabilidade dos produtos que consomem. Outro aspecto da pesquisa é que os
entrevistados não se sentem responsáveis pelas questões de sustentabilidade, atribuindo ao
governo, com a criação de leis e normas, e às empresas, mas não se vêem na implementação dela.
Associado ao interesse sobre o tema, um fator relevante foi que o consumidor só percebe as ações
que são visíveis, como por exemplo, as lojas que aderiram à reciclagem, com a disposição de
lixeiras coloridas.
Na rede de supermercados Walmart, 100% da energia deve ser renovável; a operação
deve ter impacto zero de resíduos e ofertar cada vez mais produtos sustentáveis. Para cumprir
esse programa, o primeiro passo é o engajamento do público interno, para que a sustentabilidade
passe a fazer parte do dia a dia. Para isso, o Walmart conta com dois projetos principais, o PPS
(cada pessoa escolhe uma pequena mudança de atitude para fazer no âmbito pessoal) e o
treinamento “Mobiliza Geral”. Em parceria com o Instituto Akatu, já foram treinados mais de 60
mil funcionários sobre consumo consciente. O objetivo era terminar 2010 com 100% do quadro
de funcionários treinados. A rede mantém também o “Pacto Amazônia”, com foco na redução de
embalagens e desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis. Há quase sete anos, no Sul do
País foi criado o Clube de Produtores, uma das frentes de trabalho do programa de
sustentabilidade do Walmart, com meta de desenvolver fornecedores regionais (pequenas
famílias cooperativas) baseada no “Comércio Justo”, código de conduta é ética do Walmart,
requisitos de qualidade e de práticas de sustentabilidade. Entre as diversas ações junto aos
consumidores, estão o programa “Cliente Consciente Merece Desconto”, que bonifica em crédito
no cupom fiscal quem não utiliza sacolas plásticas ou opta por uma versão reutilizável (crédito de
R$ 0,03 por cada). Desde a sua implantação, foram retiradas do meio ambiente mais de 22,5
milhões de sacolas e concedidos mais de R$ 686 mil em descontos (FUCHS, 2010).
O Grupo HSBC, por exemplo, adotou um programa internacional chamado HSBC
11
Climate Partnership (Parceria pelo Clima). Com a ajuda de três organizações de pesquisa
ambiental e climática internacionais, o banco criou cinco centros climáticos no mundo, que são
bases de pesquisas científicas. Eles ficam localizados em florestas da China, do Brasil, da Índia,
do Reino Unido e dos Estados Unidos. Todos os meses são encaminhados para cada um desses
locais grupos de 12 funcionários para passar 15 dias num trabalho científico de coleta de
informações sobre as florestas. Esse material será, depois, analisado por cientistas e dará origem à
maior experiência de campo do setor privado sobre o impacto das mudanças do clima em
florestas temperadas e tropicais. O centro brasileiro dessa iniciativa do HSBC fica na reserva do
Rio Cachoeira, na cidade de Antonina, no Paraná, que abriga floresta de Mata Atlântica, um dos
biomas mais ricos em biodiversidade e dos mais ameaçados pela ação humana. Esse centro é à
base da experiência para a América Latina, tendo já recebido 308 funcionários do HSBC de todo
o mundo, 92 dos quais brasileiros. Durante os 15 dias que permanecem no local, os funcionários
convivem sem hierarquias diferenciadas, dividindo o mesmo alojamento e as tarefas domésticas e
aprendendo juntos. Medem árvores, recolhem frutos e folhas, levam amostras ao laboratório e as
catalogam. A turma seguinte continua o trabalho do ponto em que a anterior parou. O
monitoramento vai prosseguir até 2012. Ao final do trabalho de campo, o grupo tem aulas
noturnas sobre sustentabilidade, nas quais são discutidos casos reais ou hipotéticos de risco
(SPERA, 2011).
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou no final de novembro de 2010 os
resultados da Pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora realizado com 1.100 pessoas de 16 a 70
anos, de todas as classes sociais e residentes em 11 capitais brasileiras. O intuito foi compreender
os hábitos de consumo e as atitudes da população brasileira em relação à sustentabilidade e meio
ambiente, bem como verificar seus anseios em relação a esses temas Destacando a importância
do setor empresarial no tratar desse assunto, foi constatado nessa pesquisa que a atividade
econômica dos supermercados é vistos como parceiros na preservação ambiental. Dos
respondentes à pesquisa, 27% acreditam que não se deve mais usar sacolas plásticas; 20%
desejam que as lojas desse ramo mantenham estações de reciclagem e 16% que elas apontem
quais são os produtos que ajudam na manutenção da saúde e do meio ambiente. E o mais
importante: 69% dos entrevistados disseram que encontrariam um substituto para esse material,
12
como as versões retornáveis, as caixas de papelões e os carrinhos, e 60% apoiariam uma lei que
proibisse a distribuição das sacolas (SUPERHIPER, 2011).
Para atingir tais objetivos da pesquisa Sustentabilidade e Aqui e Agora, podemos destacar
o que Spera (2011) comenta: “Dois dos desafios mais importantes que se precisa superar para
construir o desenvolvimento sustentável são mudar a maneira de pensar e, com isso, elaborar
novos conhecimentos. Não se trata de um esforço restrito apenas a cientistas; é preciso o
engajamento de todos os cidadãos para que essa transformação ocorra. O Estado tem um papel
decisivo nessa “virada”, com a definição de políticas educacionais, pesquisa e inovações voltadas
para a sustentabilidade. Mas as empresas também têm e podem desempenhar um papel
fundamental na transformação. Resta saber o que, concretamente, uma empresa pode fazer para
ajudar a mudar corações e mentes”.
2.3 PAPEL EMPRESARIAL NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
O desafio do desenvolvimento sustentável segundo a Comissão Mundial do Meio
Ambiente é trazer as considerações ambientais para o centro das tomadas de decisões
econômicas, para o centro do planejamento futuro em todos os níveis, sendo a velocidade dessa
implantação um fator dependente da vontade coletiva das pessoas em quebrar a resistência das
atuais estruturas e processos pré-existentes.
Com foco no tema deste trabalho, nesse tópico serão relatados os acontecimentos e
situações que levaram as empresas a adotarem práticas usadas hoje que, combinadas a situação
econômica mundial (globalização), serviram de estímulo para o desenvolvimento sustentável.
Com a degradação ambiental chegando a limites insustentáveis, algumas ações serviram
de estímulo para que governos e populações começassem a se movimentar. Essas ações,
incluindo os documentos citados Relatório de Bruntand e Agenda 21 têm em seu ápice o
Protocolo de Kyoto que, segundo o Greenpeace (2011), serviu como base para colaboração
científica a nível internacional. O Protocolo de Kyoto estabelece o compromisso de reduzir as
emissões de dióxido de carbono em 5,2% comparado aos níveis emitidos em 1990. Essa
porcentagem ficou estabelecida para o período de 2008 a 2012, com o comprometimento de se
13
criar mecanismos que garantam esta redução de gases.
Como qualquer tema relacionado à sustentabilidade, a complexidade de fatores que estão
alterando o clima do planeta, citando como exemplo, há um universo de inúmeras possibilidades,
em que empresas e nações têm um grande desafio para que se crie um consenso em que a
biodiversidade seja preservada. Trata-se de despertar o interesse tanto de governos quanto de
empresas, para que se envolvam profundamente nessas questões com posições claras e
mensuráveis.
Essa posição é a forma mais profunda, intensa e rápida de definir que planeta que
desejamos ter para as gerações futuras. O artigo “O caminho de Copenhague”, publicado na
revista National Geografhic coloca claramente a necessidade da posição acima mencionada: “se
discutirá o maior desafio da humanidade hoje, cujo interesse é comum a todos nós” (National
Geografhic, p.43).
Associar a imagem das organizações à consciência ecológica torna-se um atrativo
competitivo, pois produtos ecologicamente corretos agregam em seus valores mais recursos
tecnológicos, menos desperdício e consequentemente menos poluição, sendo essa uma postura
que agrada o público em geral.
O investimento nesse mercado não deve ser encarado como um simples modismo, mas
sim como uma nova potência de desenvolvimento econômico, visto que o numero de
organizações empresariais que vem utilizando medidas de gestão ambiental tem aumentado
gradativamente nos últimos anos.
Nem só de boas ações significam sustentabilidade, um estudo da DOM Strategy Partners6
junto a executivos de 294 empresas classificadas entre as mil maiores do Brasil revelou um novo
conceito de sustentabilidade corporativa: 82% dos entrevistados defenderam que ela deve estar
inserida nas decisões estratégicas. Não é só manter um projeto social. 79% dos ouvidos
afirmaram que todos os projetos de sustentabilidade devem estar alinhados aos negócios da
empresa, e que o conceito precisa estar bem separado do que é filantropia, investimento social
6 A DOM Strategy Partners® é a primeira consultoria focada em estratégia corporativa 100% nacional. Pertencente ao Grupo ECC, também proprietário da E-Consulting® Corp., a empresa oferta em seu portfólio de serviços
14
privado e cidadania corporativa. Na prática, o estudo demonstra como tendência para os
próximos anos a definição, por parte das empresas, de modelos e ações a serem adotadas que
gerem resultados concretos e mensuráveis. Isso requer investimentos na gestão e no balanço das
ações, além das necessidades de se monitorar o que o estudo define como conta corrente diária de
reputação: resposta imediata das novas redes sociais (FUCHS, 2010).
Segundo Vassalo (2009), práticas sustentáveis já não são mais um conceito incipiente
para as empresas e para o mundo. Em meio às mudanças sem precedentes, fica claro que essas as
empresas teriam que mudar e ganhariam um papel muito mais amplo do que jamais haviam tido,
o lucro continuaria e continuará a ser o núcleo de sua essência. Ainda de acordo com Vassallo
(2009), a prática sustentável mostra sua importância passando do terreno das boas intenções para
o terreno da estratégia: essa é uma demonstração contundente de que a sustentabilidade não é
mais um dos modismos empresariais que surgem e desaparecem, às vezes sem deixar rastros.
O primeiro passo a ser adotado pelas empresas é a definição clara de uma política de
desenvolvimento sustentável, estabelecendo diretrizes e metas. Como exemplo tem-se o Relatório
de Sustentabilidade da Vale do Rio Doce, publicado anualmente, suas metas são claras, os
resultados obtidos são mensurados, apresentados e divulgados não só para seus stakeholders7,
mas também para a comunidade internacional num todo. Segundo o relatório, essas práticas têm
como objetivo proporcionar o maior retorno possível aos acionistas, manter relações e condições
justas de trabalho para os empregados, promover uma maior confiabilidade junto a seus clientes,
além de contribuir com o desenvolvimento sustentável das comunidades, regiões e países onde
mantém operações.
A questão que se coloca é: como superar as contradições e qual o alcance de propostas
alternativas no atual cenário mundial? A idéia de sustentabilidade implica a prevalência da
premissa de que é preciso definir uma limitação nas possibilidades de crescimento e um conjunto
de iniciativas que levem em conta a existência de interlocutores e participantes sociais relevantes
e ativos através de práticas educativas e de um processo de diálogo informado, o que reforça o
profissionais práticas e metodologias como planejamento estratégico corporativo, gestão de ativos intangíveis, gestão do conhecimento e da inovação, inteligência competitiva, sustentabilidade corporativa e estratégia de marketing.
15
sentimento de co-responsabilização e de constituição de valores éticos. Isso também implica que
uma política de desenvolvimento na direção de uma sociedade sustentável não pode ignorar nem
as dimensões culturais nem as relações de poder existentes e muito menos o reconhecimento das
limitações ecológicas, sob pena de apenas manter um padrão predatório de desenvolvimento.
Torna-se preciso incrementar os meios e o acesso à informação de qualidade, na oferta de
conteúdos informacionais e educativos, emergindo indagações quanto aos condicionantes de
processos que ampliem as possibilidades de alteração do atual quadro de degradação
socioambiental.
O tema dos resíduos sólidos é provavelmente aquele que melhor exemplifica as
possibilidades da participação corporativa, inclusive pela sua nova política pública. Entretanto, a
timidez das iniciativas e descontinuidade das políticas têm se criado um verdadeiro circulo
vicioso pautado pela lógica da paralisia e o enfrentamento. Diversas experiências bem-sucedidas
de gestão a partir de práticas alternativas, como as citadas anteriormente, mostram que é possível
romper com o círculo vicioso existente e engajar a população em ações pautadas pela co-
responsabilização e compromisso com a defesa do meio ambiente (CIRS, 1998).
Em nenhum outro caso existem segundo White & Whitney (1992), condições tão
favoráveis para estabelecer os vínculos entre a atividade humana e o sistema ecológico como
quanto à forma como uma sociedade administra os resíduos que produz. Esse argumento é vital,
uma vez que transcende o aspecto específico da gestão dos resíduos sólidos e abre um vasto
campo de aprofundamento em torno dos meios e fins para atingir algum grau de sustentabilidade
socioambiental. O principal desafio, independentemente de seu porte, e que as organizações
criem as condições para assegurar uma qualidade de vida que possa ser considerada aceitável,
não interferindo negativamente no meio ambiente do seu entorno e agindo preventivamente para
evitar a continuidade do nível de degradação.
Nesse contexto vivemos uma situação contraditória, que tem se não desestimulado, pelo
menos dificultado a manutenção de iniciativas de reciclagem através de cooperativas de
catadores. Trata-se de experiências que devem ser valorizadas, apesar da sua pequena escala,
7 Stakeholder (em português, parte interessada ou interveniente), é um termo usado na Administração que se refere a
16
porque geram benefícios econômicos, benefício ambiental e benefício social. O grande desafio
que se coloca é, por um lado, gerar empregos com práticas sustentáveis e, por outro, fazer crescer
o nível de consciência ambiental, ampliando as possibilidades de a população participar mais
intensamente nos processos decisórios como um meio de fortalecer a sua co-responsabilização na
fiscalização e controle dos agentes responsáveis pela degradação socioambiental.
Para o meio corporativo é importante ressaltar que a formulação de uma programação
para o desenvolvimento de atividades de sustentabilidade ambiental deve levar em consideração a
relevância de se estimular a expansão dos meios de acesso a uma informação geralmente dispersa
e de difícil compreensão, como parte de uma política de fortalecimento do papel empresarial. O
momento atual exige que o meio corporativo esteja mais motivado e mobilizado para assumir um
caráter mais propositivo, assim como para poder questionar e trabalhar de forma concreta na
implementação do contexto binomial entre sustentabilidade e desenvolvimento econômico na
promoção da qualidade de vida e da inclusão social. Diversas iniciativas empresariais bem-
sucedidas citadas nesse artigo demonstram que havendo vontade é possível viabilizar ações
pautadas pela adoção dos princípios de sustentabilidade ambiental conjugada a resultados na
esfera do desenvolvimento econômico e social.
3. CONCLUSÕES
A percepção da questão ambiental evoluiu nos últimos anos e as empresas estão
percebendo que o uso eficiente dos recursos naturais é um bom negócio. Conciliar o crescimento
econômico com a preservação ambiental já não é uma equação vista como inviável, pelo
contrário, muitas empresas perceberam que uma postura responsável em relação ao meio
ambiente reverte em ganhos efetivos.
Ao longo desse artigo foram levados em consideração os principais aspectos que
deixaram claro de que o modelo pela sustentabilidade é sem dúvida o caminho a ser seguido
pelas empresas que desejam atuar globalmente possibilitando a garantia de sua perpetuação.
qualquer pessoa ou entidade que afeta ou é afetada pelas atividades de uma empresa.
17
As mudanças só começam a acontecer de maneira efetiva quando o setor organizado da
sociedade percebe os benefícios que pode alcançar com a incorporação da variável ambiental em
seu cotidiano, isso se torna evidente através da capacidade de produzir e realizar atividades com
menor impacto negativo sobre ele.
A inclusão da proteção do meio ambiente e da procura pela sustentabilidade entre os
objetivos da organização são a resposta natural aos desejos de seus consumidores. Introduzir
programas de reciclagem, medidas para poupar energia, uso responsável dos recursos naturais e
outras inovações ecológicas é sinônimo de bons negócios. Em outras palavras, o quanto antes às
empresas começarem a enxergar o meio ambiente como um dos seus principais desafios
econômicos, oportunidade competitiva, maior será a chance de sobreviverem com as novas
exigências do mercado corporativo.
Por fim é pertinente citar aqui as palavras de Hector Nuñes, presidente da subsidiária
brasileira Walmart, que “não vamos mudar o mundo porque somos legais, mas porque essa é a
estratégia mais inteligente” (HERZOG, 2009) e humildemente complemento, mais inteligente
para podermos sobreviver nesse planeta.
18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELLEN, H. M. V. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2005. 253 p. BURSZTYN, M. A. A. Gestão Ambiental: instrumento e prática. Brasília, 1994. CAPELAS JUNIOR, Afonso; SHIRTS, Matthew. A caminho de Copenhague. National Geografhic. São Paulo, n.115, p.42-47, out.2009. CATALISA – REDE DE COOPERAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE. Disponível em: <HTTP://www.catalisa.org.br > Acesso em: Fevereiro de 2011. FUCHS, KARIN. Do Marketing a uma filosofia de empresa: Sustentabilidade corporativa envolve resultados financeiros, sociais e ambientais. Revista Novarejo, São Paulo, p.22, Setembro/Outubro 2010. GREENPEACE. O Protocolo de Kyoto. Disponível em: <HTTP://www.greenpeace.org.br/clima/pdf/protocolo_kyoto.pdf> Acesso em: Janeiro de 2011. GUARATTO, NATÁLIA. Sustentabilidade: Uma nova estratégia de negócios. Revista Supermercado Moderno, São Paulo, p.79, Novembro 2010. HERZOG, Ana Luiza. A vitória do pragmatismo. Guia Exame 2009: Sustentabilidade. São Paulo, p.43, Novembro 2009. Anual. LITTLE, Paul E, et al. Políticas ambientais no Brasil: análises, instrumentos e experiências. São Paulo: Peirópolis; Brasília, DF: IIEB, 2003 MELLO, R. F. L. de. Em busca da sustentabilidade da organização antropossocial através da reciclagem e do conceito de auto-eco-organização. Curitiba: UFPR, 2002. SPERA, Cristina. Mudar as cabeças para mudar os negócios. Disponível em: <HTTP://://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/5194/servicos_do_portal/noticias/itens/mudar_as_cabecas_para_mudar_os_negocios_.aspx> Acesso em: Fevereiro de 2011. TACHIZAWA, T.; DE ANDRADE, R. O. B.; CARVALHO, A. B. Gestão Ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. 2. Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002. 232 p. SUPERHIPER, edição nº415. Um olhar sustentável e as metas do setor. p. 14-15. São Paulo: Janeiro 2011. VASSALLO, Claudia. Os primeiros dez anos. Guia Exame 2009. Sustentabilidade. São Paulo, p.08, Ed. Abril, Nov. 2009.