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Nuria Belloso Martín OS DIREITOS SOCIAIS NA ESPANHA EM TEMPOS DE CRISE: ALERTA PARA O BRASIL?

Os Direitos Sociais Na Europa Profa Nuria

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Slides da Professora Nuria acerca dos direitos sociais na Europa, palestra em São Luís- Maranhão

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  • Nuria Belloso Martn

    OS DIREITOS SOCIAIS NA ESPANHA EM TEMPOS DE

    CRISE: ALERTA PARA O BRASIL?

  • O objetivo das Naes Unidas deveria ser o de contribuir a REDUZIR A DISTNCIA que separa -a ALTA RETRICA, que se utiliza nos sales da organizao para falar dos direitos humanos, -DAS CRUDAS REALIDADES que podem encontrar-se sobre o terreno. (Ex-alta Comissionada de Naes Unidas para os Direitos humanos, Louis Arbour)

  • DESAFIOS que han debido enfrentar os DIREITOS SOCIAIS 1- SAO VERDADEROS DIREITOS? 2-a possibilidade de su justiciabilidade: PODESE IR AOS TRIBUNAIS PARA SOLICITAR SU GARANTIA? 3- a possibilidade de su REGRESIVIDADE? A CRISE ECONMICA se est convertendo em uma CRISE DE DIREITOS HUMANOS.

  • I. S DISCUTIDAS GARANTIAS DOIS DIREITOS SOCIAIS

    II. A DISCUTIDA JUSTICIABILIDAD DOS DIREITOS SOCIAIS

    III- A PROIBIO DA REGRESIVIDAD DOS DIREITOS SOCIAIS // 2010, CRISIS ECONOMICA

    IV-DIAGNOSTICO ATUAL DOS DIREITOS SOCIAIS NA ESPANHA

    SOLUOES

    - 15 M

    - Eu nao pago

    CONCLUSES

  • I- S DISCUTIDAS GARANTIAS DOS

    DIREITOS SOCIAIS

  • ALGUMAS CONSIDERAES SOBRE

    OS DIREITOS SOCIAIS

    o A nota mais caracterstica dos direitos sociais sua NATUREZA PRESTACIONAL.

    o Uma viso usualmente aceita sustenta que

    -os direitos civis e polticos geram obrigaes negativas ou de no fazer para os poderes pblicos -enquanto que os direitos sociais geram obrigaes positivas ou de fazer, quer dizer, prestaes.

    o OS DIREITOS CIVIS E POLTICOS: so direitos que protegem aos indivduos das intromisses na esfera da liberdade individual e cuja satisfao requer uma atitude omisiva ou abstencionista de terceiros, principalmente do Estado (no torturar, no censurar publicaes, no limitar a liberdade de movimento, etc.)

    o OS DIREITOS SOCIAIS: so mas bem expectativas para cuja realizao necessria uma ao de dar ou fazer, uma ao positiva por parte do Estado.

  • ESTA ATIVIDADE PRESTADORA SUPE

    -a existncia de uma densa ESTRUCTURA INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL

    - a atribuio de PARTIDAS ORAMENTRIAS destinadas a satisfazer as prestaes que concretizam os direitos sociais

    i. manter um SISTEMA EDUCATIVO para fazer efetivo o direito educao obrigatria

    ii. financiar um SERVIO SANITRIO para proteger o direito sade

    iii. proteo da AUTONOMIA PESSOAL, de forma especial s pessoas em situao de dependncia

  • O Estado social se desenvolveu sem NENHUM PROJETO GARANTISTA, mediante uma acumulao desordenada de leis, aparelhos e prticas poltico-administrativas.

    -Pode o Estado adotar medidas de resposta crise ignorando os direitos sociais?

    -A quem presta contas o Estado em ltima instncia, aos MERCADOS ou CIDADANIA?

    Em definitiva, necessrio analisar, alm da eficcia das contas, SE FOR LEGTIMO QUE O GOVERNO, em seu ideia de fechar o dficit oramentrio, APROFUNDE O DFICIT EM MATRIA DE DIREITOS SOCIAIS

  • A tendncia a GARANTIR os direitos

    sociais se fortaleceu nas ltimas trs

    dcadas em DUAS vertentes nodales

    a)o papel ativo dos TRIBUNAIS E CORTES CONSTITUCIONAIS

    b) o DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS, em sua vertente social

  • Os DIREITOS SOCIAIS SO EXIGVEIS

    atravs de MECANISMOS de ndole diversa,

    que se podem classificar em:

    a) ADMINISTRATIVOS

    b) JURISDICIONAIS, JUDICIAIS E CUASI-JUDICIAIS; nesta ltima categoria se encontram as recomendaes e aes de rgos como os ombudsman ou, a nvel internacional, dos organismos especializados da ONU

    c) DE EXIGIBILIDAD DIRETA, OU INDIRETA OU POR CONEXIDAD; ou seja, nestes ltimos, alcana-se o amparo atravs da defesa de outros direitos humanos com os quais se encontram estreitamente relacionados, e a violao de um implica a do outro

  • d) DE EXIGNCIA IMEDIATA OU PROGRESSIVA: nesta ltima se inclui o princpio de no regresividad. Uma vez reconhecido e feito valer um direito no no plausvel nenhum retrocesso e) DE CARTER NACIONAL OU INTERNACIONAL f) DE NATUREZA JURDICA OU SOCIAL: neste ltimo aspecto se acha tanto o activismo individual como as aes da sociedade organizada, em especial as das ONG, tanto as de carter nacional como as internacionais.

  • II- A DISCUTIDA-A JUSTICIABILIDAD DOS DIREITOS SOCIAIS

  • - Dotar de exigibilidad e contedo normativo a estes direitos. - Expor seu justiciabilidad atravs da conectividad entre os DESC e direitos civis e polticos para fazer exigveis os primeiros - Reconhecer o princpio de progresividad ao que estariam sujeitos estes direitos, - Estabelecer aes concretas ou polticas pblicas que deve adotar o Estado nesta matria

    A JUSTICIABILIDADE dos DESC se pode apreciar em DISTINTOS RACIOCINIOS que os TRIBUNAIS com competncia constitucional, utilizam:

  • Podem fazer-se valer ante os tribunais os direitos econmicos, sociais e culturais?

    No obstante, essa "justiciabilidad" dos direitos econmicos, sociais e culturais se questionou tradicionalmente por diferentes raes.

  • 1) H quem considera que os direitos econmicos, sociais e culturais esto muito "VAGAMENTE DEFINIDOS" para permitir que os juizes justifiquem suas falhas a respeito de se se produziu ou no uma violao.

    Os pronunciamentos judiciais sobre tais direitos requerem dos tribunais determinar no que consiste:

    -uma moradia adequada

    -ou um salrio justo.

    Entretanto, os juizes sempre resolveram adequadamente as questes do:

    -que constitui tortura,

    -um julgamento justo

    -ou uma ingerncia arbitrria ou ilcita na intimidade.

  • b) O lucro da efetividade dos direitos econmicos, sociais e culturais depende em grande medida das POLTICAS DOS GOVERNOS.

    c) Em relao com o anterior, alguns questionaram se for possvel que um TRIBUNAL AVALIE A REALIZAO PROGRESSIVA dos direitos econmicos, sociais e culturais.

    O fato de no ter em conta as necessidades dos mais vulnerveis no marco, por exemplo, da poltica da moradia indicaria que essa poltica no pode considerar-se razovel.

  • III- A PROIBIO DA REGRESIVIDAD

    DOS DIREITOS SOCIAIS

  • O Pacto Internacional de Direitos

    Econmicos, Sociais e Culturais reconhece,

    em seu artigo 2.1, o princpio de

    PROGRESIVIDAD

    Cada um dos Estados Parte no presente Pacto se compromete a adotar medidas, tanto por separado como mediante a assistncia e a cooperao internacionais, especialmente econmicas e tcnicas, at o mximo dos recursos de que disponha, PARA obter progressivamente, por todos os meios apropriados, inclusive em particular a adoo de medidas legislativas, a plena efetividade dos direitos aqui reconhecidos

  • La justiciabilidad progresiva del

    direito a moradia

    Las leyes promulgadas en Escocia (Gobierno local) y en Francia (Gobierno

    nacional) son ejemplos de esfuerzos realiza os para lograr la progresiva puesta en prctica del derecho a una vivienda adecuada.

    En 2003, el Parlamento de Escocia aprob un instrumento legislativo histrico, a saber, la Ley de falta de vivienda, etc. (Escocia), de 2003, que entraa un cambio fundamental en la legislacin escocesa sobre la falta de vivienda, ya que introduce de manera progresiva un derecho a la vivienda que puede hacerse valer plenamente ante los tribunales.

    Aunque en un principio es aplicable nicamente a las personas que tienen una "necesidad prioritaria", la ley se propone garantizar, a lo largo de un perodo de diez aos -entre 2003 y 2012-, que tales grupos se vayan ampliando para incluir a todas las personas sin hogar.

    Desde 2012, toda persona que se encuentre involuntariamente sin hogar en Escocia tiene derecho a un alojamiento permanente, derecho que podr hacer valer ante los tribunales.

  • TRS MODALIDADES de medidas

    regressivas:

    a) Derogar ou suspender oficialmente a legislao

    necessria para seguir desfrutando de um ou vrios dos direitos reconhecidos no Pacto.

    b)Promulgar legislao ou adotar polticas que sejam manifiestamente incompatveis com as obrigaes jurdicas nacionais ou internacionais preexistentes em relao com um ou vrios dos direitos reconhecidos no Pacto

    Um exemplo disso seria a instaurao do trabalho forado ou a revogao de uma legislao que proteja ao assalariado contra a demisso improcedente.

  • c)Adotar medidas que sejam incompatveis com as obrigaes bsicas dos Estados parte do PIDESC

    aquelas que afetem a igualdade do direito do homem e a mulher quanto desfrute de todos os direitos;

    as que comportem uma denegao do acesso ao trabalho a certos indivduos ou grupos, apie-se tal discriminao na legislao ou na prtica;

    a adoo de leis que discriminem a indivduos ou grupos de indivduos na esfera da educao;

    o estabelecimento de condies de admissibilidade diferentes para as prestaes de assistncia social destinadas s pessoas desfavorecidas e marginadas em funo do lugar de residncia;

    ou a denegao ativa dos direitos das mulheres ou de determinados grupos ou pessoas.

  • Bruselas reprocha a Espaa su

    poltica social regresiva

    OS GRUPOS MAIS VULNERABLES FRENTE A POBREZA E EXCLUSO:

    -Menimos e jovens

    -Inmigrantes ilegales

    O DESEMPREGO DISPARA A DESIGUALDADE NA ESPAA

    Um emprego j nao garante a exclusao: sao os novos pobres.

    CRITAS, Comedores escolares

  • Esta Obrigao de progresividad suporta

    DUAS EXIGNCIAS:

    1) Implica um reconhecimento da necessidade de um esforo prolongado por parte dos Estados, para alcanar a plena satisfao dos direitos reconhecidos no Pacto. Em outras palavras, admitem-se as dificuldades para alcanar a realizao dos DESC em um breve perodo de tempo.

    2) O Comit DESC recordou que a obrigao de no regresividad subsiste INCLUSIVE em tempos de contrao econmica.

  • DOIS TIPOS DE APLICAO DA

    NOO DE REGRESIVIDAD

    A)APLICAO S NORMAS: para determinar que uma norma regressiva, necessrio compar-la com a norma que esta modificou ou substituiu, e avaliar se a norma posterior suprime, limita ou restringe direitos ou benefcios concedidos pela anterior.

    B)APLICAO AOS RESULTADOS: a poltica pblica desenvolvida pelo Estado regressiva quando seus resultados tenham piorado em relao com os de um ponto de partida temporalmente anterior eleito como parmetro. (Esta aplicao requer de indicadores ou parmetros empricos).

  • O primeiro tipo, A NORMATIVA, a que melhor se

    disposta para reclamaes judiciais

    Concretamente, uma das principais ferramentas atravs da qual a jurisprudncia tornou exigveis os direitos prestacionales, mediante A CONEXO ENTRE OS DIREITOS CIVIS OU POLTICOS, que contam com um melhor amparo normativo, e o direito social envolto, para assim lhe outorgar efetividade ao resguardo deste ltimo.

    Hay uma recorrente utilizao da relao entre o DIREITO SADE E DIREITO VIDA, para efeitos de considerar vulnerado o primeiro

    ou tambm uma referncia constante ao PRINCPIO DE IGUALDADE E NO DISCRIMINAO para fazer justiciable os direitos sociais envoltos.

    A contribuo jurisprudencial est dando passos que permitem uma releitura dos textos constitucionais

  • Atravs do PRINCPIO DE CONEXIDAD com

    outros direitos humanos, em virtude de que

    se se violar o direito social, tambm se

    violam outros direitos como os:

    de igualdade e no discriminao

    do devido processo legal, e

    o direito vida digna.

    nos Estados Unidos, a Suprema Corte, no conhecido caso Brown vs. Board of Education, condenou a discriminao racial, entre outros aspectos, na educao e pelas condies desiguais em que se emprestava esse servio nos diferentes estabelecimentos escolar, pois a segregao racial "produz inevitveis desigualdades nas instalaes fsicas".

  • Um caso paradigmtico o relativo moradia (desde despejos a reclamaes de moradias sociais), que suscetvel de controle jurisdicional.

    Seguindo os elementos bsicos que caracterizaram o TEST DA PROPORCIONALIDADE em alguns ordenamientos contemporneos (como o alemo e o espanhol) e segundo a evoluo experimentada pelos princpios de razonabilidad e proporcionalidade no direito moderno, os TRIBUNAIS PODERIAM DE FATO AVALIAR A REGRESIVIDAD deste tipo de medidas, tendo em conta:

    a) A legitimidade da medida: se os fins imediatos perseguidos pela medida objeto de controle so legtimas do ponto de vista constitucional;

    b) A idoneidade da medida em questo: se no ser uma medida tima, ao menos adequada para alcanar os fins que diz perseguir;

    c) A necessidade da disposio em jogo: se for imprescindvel e se no haver outras alternativas menos onerosas .

    d) A proporcionalidade em sentido estrito da medida em questo: quer dizer, que da mesma derivem benefcios ou vantagens para o interesse geral.

  • El Supremo confirma la nulidad del ERE de

    Coca Cola

    El Tribunal Supremo ha anulado este mircoles el despido colectivo de Coca-Cola por vulnerar el derecho de huelga. La sala de lo Social entiende que, durante la huelga convocada en contra del despido por el cierre del centro de Fuenlabrada (Madrid), la empresa sustituy la produccin dejada de realizar por la de otras embotelladoras del grupo, perjudicando as el adecuado desarrollo del periodo de consultas.

  • ANTES DA CRISIS (de 2008)

  • ALGUMOS DIREITOS SOCIAIS (ESTADO DE BIENESTAR SOCIAL) (ESPANHA):

    o SALRIO MNIMO Interprofissional: 620 Euros

    o RENTA CIDADANA (426 Euros)

    o Medidas para CONCILIAR A VIDA FAMILIAR E TRABALHISTA, dirigidas basicamente insero da mulher no mercado trabalhista (2.500 euros s mes por cada nascimento de filho, criao de creches)

    o Ajuda s MULHERES VTIMAS DA VIOLNCIA DE GNERO (salrio, casa)

    o AJUDA PARA EMANCIPAO DE JOVENS 18-35 anos (220 Euros mensais para aluguel de moradia)

  • o AJUDA DEPENDNCIA e amparo da autonomia de pessoas maiores ou com discapacidade

    o INCREMENTO DE APOSENTADURIA: viuvez (700 Euros, com cnjuge a cargo 850 Euros), invalidez

    o ASSISTNCIA SANITRIA GRATUITA UNIVERSAL: acesso para os imigrantes, odontologia gratuita at os 16 anos

    o EDUCAO PBLICA GRATUITA com mnimo duas lnguas e trilinge em Comunidades Autnomas com lngua prpria.

    o CONSTRUO DE MORADIAS de amparo oficial ou concesso de subvenes

  • SUCESO (burbuja) INMOBILIARIO

  • INVESTIMENTOS MILLIONARIOS EM

    CONSTRUOES FARANICAS

    ESPACIOS CULTURALES

    AEROPUERTOS (50 PARA Espanha)

    TREN DE ALTA VELOCIDADE

    MACRO-CENTROS DE CONVENOES

    POLIDEPORTIVOS

  • Ciudad de las Artes y las Ciencias

    (Valencia)

  • DEPOIS DE 2008 CRISIS

  • INMIGRAAO ILEGAL

  • Desda a Praa de dese a Praa de San Pedro,o Papa

    Francisco ontem profiri um alegato contra a

    indiferencia:

    Sao omes e mulheres como nos, irmaos que buscam uma vida melhor: com fame, perseguidos, feridos,

    explotados, vctimas de guerras. Buscabam a felicidade.

  • CRISIS DO ESTADO DE

    BIENESTAR: NEOLIBERALISMO

    GANHA FORA

  • 1.O Estado deveria limitar-se a subministrar os bens pblicos que fazem possvel o livre mercado:

    - o direito

    - os juizes

    - a polcia

    - o exrcito

    - o mnimo de instituies polticas e administrativas imprescindvel para administr-los

  • 2. Qualquer outro bem pblico que exceda do Estado mnimo deve ser provido pelo mercado, no pelo Estado:

    - A educao

    - A assistncia sanitria

    - As estradas

    - A limpeza das ruas, a manuteno dos parques e jardins

    - As bibliotecas pblicas

  • 3.Quando o Estado adota medidas redistributivas da riqueza, atenta contra a dignidade dos contribuintes, pois se serve deles como de meros meios para obter o bem-estar de outras pessoas (o usar a outros s como meio imoral, como afirmava Kant).

    4.A liberdade e a igualdade NO So compatveis j que as tentativas de manter uma liberdade igual obrigar a constantes interferncias na liberdade.

  • Somente um ESTADO MNIMO LEGTIMO:

    qualquer Estado mais amplo por exemplo, um que assuma funes re-distributivas por considerem a justia social e ilegtimo porque viola os direitos individuais naturais.

  • RESGATE BANCARIO

    Pouco depois de que o dinheiro do

    resgate comeasse a fluir, as notcias faziam saber que algumas das

    entidades nutridas agora pela bere poltica estavam ENTREGANDO A SEUS EXECUTIVOS MILHES DE DLARES em forma de PRIMAS.

  • A indignao pelo resgate se fundamentava em uma sensao de injustia.

    O apoio social ao resgate estava infestado de dvidas e contradies.

    -sente-se a inquietao de, por uma parte, ter que evitar um colapso econmico que prejudicaria a todos

    - mas sem, pela outra, deixar de acreditar que destinar somas enormes a uns bancos que tinham fracassado era muito injusto.

    Para evitar o desastre econmico, o Congresso e o pblico acessaram.

    Mas, de um ponto de vista moral, tinha-se a impresso de ter sido vtimas de uma forma de extorso.

  • Direitos Sociais no mbito da

    Unio Europia

    A incluso dos direitos sociais nos tratados institucionais at o Tratado de Lisboa, ficou subordinada ao interesse dos lobbies econmicos.

    Desde a sua escassa presena incluso na Carta de Direitos humanos da UE de 2002:

  • A Carta omite uma serie de direitos elementales, um texto feito para nao molestar:

    os direitos das mujeres

    os direitos lingsticos das minoras nacionaes

    os direitos dos extanjeros

    os direitos sociais:

    no se reconhece o direito ao trabalho mas sim de direito a trabalhar (art.II-91)

    no se fala de direito moradia mas sim de direito a uma ajuda em matria de moradia

    Direito a uma renta bsica mas sim de direito ayuda social (art.II-94)

  • POR QU GRECIA SE

    ENCUENTRA EN CRISIS?

    PLAN DE AUSTERIDAD

    Poco tiempo despus de la adopcin del euro como moneda en

    Grecia, el Gobierno recurri a medidas poco rentables como

    solicitar grandes prstamos, aumentar el gasto pblico y

    prcticamente duplicar el salario de los funcionarios del Estado en

    la ltima dcada.

    Mientras el dinero sala del tesoro, el ingreso por la cobranza de

    impuestos se vio gravemente afectado por una masiva evasin de

    pagos de impuestos por parte de la poblacin.

    Cuando la economa griega sinti el golpe de todas estas medidas,

    se vio obligada a solicitar un prstamo de 110 mil millones de

    euros para superar la crisis en mayo del 2010.

  • Como la Unin Europea necesita garantas de que Grecia saldr de su crisis luego de un segundo rescate de 120 mil millones de euros, le exige que adopte medidas de austeridad a mediano plazo.

    Estas incluyen el aumento de los impuestos a los asalariados para asegurar un ahorro de ms de 14 mil millones de euros en los prximos cinco aos, as como la reduccin de otros 14 mil millones en el gasto pblico, iniciativas que chocan con el bolsillo de los ciudadanos.

  • IV- NA ESPANHA, DIAGNSTICO

    ATUAL DOS DIREITOS SOCIAIS,

    VIU-SE MUITO DEBILITADO

  • DFICIT PBLICO

    o desfase negativo que se observa entre los niveles de ingresos y gastos del presupuesto pblico toda vez que finaliza un determinado periodo temporal (que normalmente es el anual).

    PRINCIPALES FUENTES DE FINANCIACIN DE UN ESTADO

    1) procede de su capacidad tributaria y, por lo tanto, de su capacidad para recaudar ingresos tributarios fundamentalmente a travs de impuestos, algunos de ellos tan conocidos como el IRPF, el IVA o el Impuesto de Sociedades. Podra decirse que estos ingresos constituyen la va de financiacin regular y ordinaria de todo organismo pblico.

    2) otro de los recursos a los que puede acceder el sector pblico para satisfacer sus necesidades de gasto e inversin se encuentra en el mercado de deuda pblica.

    los gastos financieros derivados de los intereses de deuda pblica deban tener la consideracin de gasto pblico y computar en el clculo del dficit pblico,

  • Esto-se aplicando POLTICAS PBLICAS

    -enquanto contribuem com astronmicas quantidades de dinheiro pblico em auxlio dos BANCOS e para acalmar aos mercados

    -tm suposto dolorosos RECORTES DOS DIREITOS SOCIAIS E TRABALHISTAS:

    a) recorte do gasto pblico em SAUDE E EDUCAO

    b) perda da capacidade aquisitiva das PENSES

    c) reduo dos recursos destinados IGUALDADE DE GNERO ou PREVENO DA POBREZA e a EXCLUSO SOCIAL, etc.

  • o O desequilbrio entre

    -os esforos (mnimos) por aumentar a arrecadao

    -e as medidas de austeridade (desproporcionalmente duros)

    marcam uma TENDNCIA REGRESSIVA em matria de DIREITOS SOCIAIS.

    Segundo a ltima Pesquisa de Condies Vida do ano 2011, na Espanha, o 22% dos cidados vive por debaixo da soleira de pobreza.

    o A taxa de pobreza cresceu em mais de dois pontos entre 2009 a 2011.

    o A finais do ano 2012, 580.000 cidados na Espanha no recebiam ganhos nem do trabalho, nem de prestaes por desemprego ou da Segurana Social; quer dizer, encontravam-se em extrema pobreza

  • O QUE RECLAMA A UE A Espanha?

    1.REFORMA DA ADMINISTRAO PBLICA

    -Controle do gasto

    -Emagrecer a Administrao Pblica

    2. REFORMA PENSES

    - Revisar a base de clculo

    - No vinculadas ao IPC

    - Cobrar penso conforme a esperana de vida

    - Demorar a idade de aposentaduria

    (67 anos e 35 anos cotados)

  • 3- REDUZIR O GASTO SANITARIO

    -Co-pago farmacutico

    - Taxa em servios de urgncia

    4- REFORMA EDUCATIVA

    - Potencializar a Formao Profesional

    - Maior qualidade na educao

    5- MEDIDAS CONTRA A PROBREZA E A EXCLUSO

    6- AMPLIAR A REFORMA TRABALHISTA

    - Mobilidade dentro da empresa

    - Reduo de indenizao em caso de demisso

    (33 dias x ano trabalhado)

    (20 das x por ano trabalhado se houver prdidas economicas)

  • At recentemente, representativos de um Estado de bem-estar e, nos ltimos meses, feridos por uma crise econmica que est aoitando a Europa e, especialmente a Espanha.

    O nmero de TRABALHADORES DESEMPREGADOS na Espanha aumenta de forma alarmante (o ndice de 26% da populao ativa)

    Os jovens estudantes universitrios formados (com um ndice de DESEMPREGO JUVENIL de quase o 52%) esto tendo que emigrar fora da Espanha para abrir-se caminho no mercado de trabalho.

    Perde-se assim um valioso capital humano, no que o prprio Estado investiu para sua formao.

  • -APOSENTADOS que vem diminudo seu poder aquisitivo

    -PESSOAS DEFICIENTES, IDOSOS E DOENTES, aos que lhes recortaram as ajudas dependncia.

  • Cada dia, centenas de PESSOAS SE VEM DESPEJADAS de suas casas porque adquiriram uma moradia contratando uma hipoteca em umas condies inmelhoravels

    como lhes ofereciam as entidades

    bancrias, hipoteca que agora no podem pagar.

  • EMPREGADOS PBLICOS

    - salrios recortados

    - aumento de jornada trabalhista

  • Os ajustes se somam ao

    a) INCREMENTO DE IMPOSTOS ESTATAIS

    -Imposto sobre a Renda das Pessoas Fsicas- Irpf-

    - Imposto do Valor acrescentado IVA- (21%)

    - co-pago sanitrio

    b) Taxas das COMUNIDADES AUTNOMAS

    -cntimo de gasolina, cntimo verde,

    -incrementos das taxas de matrcula dos estudantes no ensino universitrio)

    C)TAXAS MUNICIPAIS

    como o incremento de 17% no Imposto de bens Imveis IBI-

  • Esta situao desembocou em NUMEROSOS PROTESTOS DE DIVERSOS COLETIVOS

    -empregados pblicos

    policiais

    - bombeiros

    - pessoal sanitrio

    - professores

    -trabalhadores das minas

    - taxistas

    - coletivo de autnomos e tantos outros.

  • A SOCIEDADE CIVIL est preparada para entender a adoo de medidas dolorosas para os cidados pois todos desejam que as geraes atuais e as futuras- possam continuar pelo caminho democrtico de um Estado social de Direito que, at agora, foi modelo de outras muitas democracias.

    Nosso texto constitucional foi exemplo a

    seguir para Constituies mais jovens, como a Constituio Federal do Brasil, de 1988.

    Possivelmente, o que a sociedade civil

    precise uma explicao de -em que situao nos encontramos -de quais so as possveis medidas a

    adotar -e que objetivos se pretendem alcanar.

  • "ESTRANGEIROS NO REGISTRADOS NEM AUTORIZADOS COMO RESIDENTES NA ESPANHA" s podero ter acesso s urgncias para casos de "enfermidade grave ou acidente, qualquer que seja sua causa, at a situao de alta mdica".

    Sim fica garantida a assistncia " gravidez, parto e postparto" e aos "estrangeiros menores de 18 anos", que "recebero assistncia sanitria nas mesmas condies que os espanhis", conforme figura no BOE.

    MDICOS: objetores de conciencia o pagam elos mesmos.

  • RESPOSTAS

  • 1) O movimento 15-M- INDIGNADOS

    O MOVIMENTO 15 M (2011) pretendia que a sociedade civil e a classe poltica

    tomassem conscincia da situao que denunciavam e que se produziram uma srie de mudanas e modificaes para recuperar a essncia da democracia.

  • AS PROTESTAS DOS INDIGNADOS SE EXTENDEM

    A OUTROS PAISES DO MUNDO

  • AS REIVINDICAES DESTES

    MOVIMENTOS, HAM TIDO SEUS FRUTOS?

    Reforma legislativa do despejo

    Ajuste em uma desmesurada palmilha na Administrao Pblica

    PENDIENTE: denuncia o uso indevido de

    dinheiro pblico indo ao resgate de entidades que por sua m gesto esto abocadas ajuda estatal incondicional para sobreviver

    Corrupao de algumos polticos

  • So acaso ESTES DIREITOS SOCIAIS UM LUXO que a cidadania somente pode EXERCITAR EM POCAS DE BONANA ECONMICA?

    Os Estados tm a obrigao de adotar medidas concretas, includas as

    -legislativas

    -administrativas

    -e financeiras

    que permitam a todas as pessoas que se encontram sob sua jurisdio desfrutar deles.

  • As NORMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS no regulam de forma expressa cmo devem se desenhar ou aplic-las POLTICAS PBLICAS,

    MAS

    -determinam que elementos devem assegurar-se para GARANTIR que aquelas sejam compatveis com as obrigaes respectivas em matria de direitos humanos

    - e oferecem, alm disso, um MARCO JURDICO DEFINIDO para a formulao e execuo de todas elas, includas a econmica e a fiscal

  • ALERTA PARA O BRASIL?

  • -crecimiento estable desde faz 2 dcadas -logr controlar la inflao - Forma parte das economas emergentes que mudaron a geopoltica mundial, mediante o bloque BRICS (Rusia, India, China e Sudfrica)

  • BRASIL (JUNIO 2013)

  • Se lamentam do dinhero gastado por Brasil para celebrar a Copa Confederaoes de futbol e o Mundial do prossimo ano.

    O dinhero se gasta em mostrar os novos estadios ao mundo tudo e nao em aquello que precisa o pas que INVESTIMENTO EM SAUDE e EDUCAO

  • Peces muertos e olor ftido numa sede olmpica de Ro de Janeiro

  • CONCLUSOES

    1. Percepo da INJUSTA DISTRIBUIO DOS CUSTOS DA CRISE: a socializao das perdas frente anterior privatizao dos benefcios

    2. AUMENTO DAS DISTNCIAS materiais no seio da sociedade e aumento da desigualdade entre ricos e pobres

    3. Assimtrico DESMORONAMENTO do estado social e de bem-estar

    4. Revelao de numerosos casos de CORRUPO

    que afetam a membros de uma lite empresarial, poltico e financeira que ocupa a parte mais elevada da estratificao social.

    5. Se pide MAIS ACTIVISMO JUDICIARIO

  • OBRIGADA

    [email protected]