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OS EDUCADORES OS EDUCADORES E o Parque Nacional da Serra do Itajaí

OS EDUCADORES - Ministério do Meio Ambiente · entanto há de se ter olhos no coração para descobrir o encanto destes momentos. O Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI)

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OS EDUCADORESOS EDUCADORESE o Parque Nacional da Serra do Itajaí

OS EDUCADORESE o Parque Nacional da Serra do ItajaíOS EDUCADORESE o Parque Nacional da Serra do Itajaí

Associação Catarinense de Preservação da Natureza

Sumário

APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

UM BREVE HISTÓRICO AMBIENTAL

CONSTRUINDO CONCEITOS

ELABORANDO PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ATIVIDADES RECOMENDADAS

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E RECOMENDADAS

Alguns Conceitos de Educação Ambiental

Princípios importantes que embasam a Educação Ambiental em

Unidades de Conservação

O Parque Nacional da Serra do Itajaí e a Educação Ambiental

Diagnóstico

Sensibilização

Construindo objetivos e metodologias

Avaliação

Compartilhando vivências

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Nenhuma chegada, nenhuma partida e nenhum encontro se saciam do acaso, no

entanto há de se ter olhos no coração para descobrir o encanto destes

momentos.

O Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI), como uma Unidade de Conservação, proporciona às suas comunidades, um ambiente educativo que pode se constituir em importante agente de qualidade de vida para todos que ocupam seu entorno.

Assim, o educador como parte integrante desses espaços, pode ser membro fundamental na construção de uma Educação Ambiental participativa, comunitária, frente às diferentes questões ambientais e sociais locais.

O presente caderno é fruto da organização de idéias, vivências e leituras sobre Educação Ambiental, experimentadas ao longo dos últimos anos. Portanto, é provável que as idéias e as práticas propostas neste caderno lhe sejam familiares, fazendo com que não seja um trabalho inédito, mas que contribua, sobretudo com os educadores do entorno do Parque Nacional da Serra do Itajaí, em suas abordagens referentes à Educação Ambiental.

A Coordenação

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A criação do Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI) é resultado do esforço de muitas pessoas preocupadas com a preservação da bela natureza que cobre as montanhas dos municípios em que vivemos.

Neste ideal, a preocupação que mais motivou estas pessoas foi tentar proporcionar à geração atual e às gerações futuras um lugar sadio e bonito para se viver, constituindo-se como exemplo da dignidade daqueles que lutam pela coletividade e pelo direito dos que virão amanhã, fazendo deste ato de luta uma herança fundamental.

Porém, a conquista da criação do PNSI e o que ele representa para a nossa região e para o mundo, como também a importância dos movimentos sociais envolvidos, não serão relevantes se esta história não se mantiver viva em nossa sociedade. Esta Unidade de Conservação deve ser plenamente valorizada para desenvolver nas pessoas o conhecimento e, sobretudo, o amor pelos seres que compartilham conosco desta pequena parte da biosfera.

É confiando nesta missão que a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (ACAPRENA), através do Projeto de Elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional da Serra do Itajaí, vem por meio deste Caderno convidar os educadores a debater, a vivenciar e a construir propostas de Educação Ambiental em suas comunidades, pois temos plena certeza de que só teremos êxito frente aos desafios ambientais se a Educação Ambiental alcançar seus propósitos. E são estes propósitos que queremos firmar e executar com você educador.

Neste caderno também foram reunidas algumas informações que permitirão a você saber um pouco mais sobre Educação Ambiental, mas um bom começo é permitir-se mergulhar de coração e alma nas páginas que virão a seguir.

Tenha a certeza que você não está aqui por acaso, algo muito importante está acontecendo, e o destino lhe convoca a assumir o seu papel.

Boa Viagem!

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A história é uma fonte rica de informação. Viajar no presente e ao passado com o olhar de quem avalia, analisa e repensa o lugar onde vive, como vive e como se relaciona com as pessoas e todos os componentes ambientais e sociais é transformar a informação em conhecimento.

Nosso desafio como educador é perceber que o contexto atual e seus aspectos culturais e econômicos fazem parte de um processo histórico no qual a Educação Ambiental (EA) nasceu principalmente pela motivação causada pela falta de capacidade das organizações humanas de se constituírem e se reconhecerem como parte da natureza e de se relacionarem com ela de forma responsável a favor da vida.

Neste sentido, a EA caminha como processo que visa efetivar mudanças nas atitudes e comportamentos humanos em relação à qualidade ambiental e para tanto, algumas atitudes que marcaram a história no nível internacional, nacional, regional e local merecem ser citadas.

Uma das primeiras pessoas que se tem notícia de olhar a natureza com maior respeito

foi Francisco de Assis, que conversava e se referia aos demais seres como irmãos. Em 1224, compôs “O Cântico do Irmão Sol”.

Em 1869, Ernst Haeckel, naturalista alemão, propôs o termo “Ecologia” que definia

os estudos das relações dos seres vivos entre si e o seu ambiente.

Por volta de 1870 aconteceu a segunda Revolução Industrial, cerca de 100 anos

depois da primeira, em função da descoberta e do domínio da eletricidade.

O século XX foi o marco fundamental na definição da

civilização modernista industrializada, que tem como uma de suas características marcantes o crescimento econômico supostamente ilimitado, demonstrando-se claramente como uma sociedade insustentável.

Em julho de 1945 ocorre a primeira explosão da bomba

atômica no Novo México, Estados Unidos, em caráter experimental. Em agosto duas bombas são lançadas em Hiroshima e Nagasaki, Japão, pondo fim à Segunda Guerra Mundial. O ser humano adquiriu a capacidade de destruir a si e a toda a vida.

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Para o médico alemão Albert Schweitzer,

que atuou como missionário por vários anos na África, todas as formas de vida têm igual valor, tendo o cuidado de numa caminhada desviar de uma formiga. Em 1954 ganha o Prêmio Nobel da Paz, pela ajuda humanitária à África após a I Guerra Mundial.

Em 1952 Udo Schadrack, pioneiro na

preservação da natureza, registra sua propriedade localizada no sul do município de Blumenau (Morro do Spitzkopf), no Ministério da Agricultura como Parque de Refúgio e Criação de Animais Silvestres. Foi um dos primeiros a sugerir a criação de um Parque Nacional naquela região no seu famoso manifesto ALARMA, dizendo que doaria a área ao Governo Federal caso este implantasse. Atualmente a área encontra-se envolvida pelo PNSI.

Em Blumenau na década de 1950, a sobrinha de Dr. Blumenau Edith Gaertner

questiona o direito de matarmos outras espécies de animais em nosso benefício, destacando-se uma de suas frases: "Ao esmagar, hoje, uma aranha perguntei-me se me era lícito matar a quem Deus dera como a mim, parte igual nos dias desta vida”.

Nas décadas de 60 e 70, após terem se instalado a maior parte dos atuais municípios

do Vale do Itajaí, intensifica-se a derrubada de florestas para a extração de madeira, enviada principalmente para o mercado externo, deixando um legado de grande degradação ambiental na região.

Nos anos 60, no auge da Guerra Fria, vários

conflitos mundiais e o desenvolvimento de armas nucleares capazes de destruir várias vezes a vida na Terra alertam o mundo para os riscos da irresponsabilidade no uso destes armamentos. Nesta época surgem inúmeros movimentos sociais exigindo maior respeito à vida como o dos hippies, dos direitos civis e dos relativos à proteção da natureza.

Em 1962 Rachel Carson publica o livro “Primavera Silenciosa”, no qual chamava a

atenção do mundo em relação aos problemas da interferência do homem no meio ambiente, denunciando a morte das aves por envenenamento ao ingerirem grãos e insetos envenenados com DDT, e mais que isso, que o DDT chega à cadeia marinha. Como cientista, ela comprovou suas afirmações por meio de suas pesquisas.

Em 1965 é utilizada pela primeira vez a expressão “Educação

Ambiental” na Conferência de Educação na Grã-Bretanha.

Com o desenvolvimento dos movimentos ambientalistas, surge em

1971 a ONG Greenpeace no Canadá, que ficou mundialmente conhecida por suas ações radicais em defesa da qualidade ambiental.

Em 1971 José Lutzenberger, agrônomo gaúcho demite-se da

empresa Basf e denuncia os perigos para a natureza e saúde humana dos pesticidas e fertilizantes. Funda a AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural) e em 1976 lança o livro Fim do Futuro?, que influenciou toda uma geração de ambientalistas brasileiros. Foi um

dos primeiros entusiastas do desenvolvimento sustentável e da agroecologia.

O ano de 1972 foi marcado pela Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente,

organizada pela ONU em Estocolmo, Suécia, um marco histórico ao reunir representantes de 113 países em torno da temática ambiental. Foram propostas mudanças profundas nos modelos de desenvolvimento e consumo da sociedade, reconhecendo na Educação Ambiental o instrumento para essas transformações. Apesar do pouco avanço neste sentido, é interessante perceber como já naquele tempo era de conhecimento dos representantes das nações ali presentes o caminho necessário a ser trilhado para podermos alcançar a sustentabilidade ambiental.

Como decorrência, em Santa Catarina, como no restante do mundo, movimentos sociais

se erguem alertando para os problemas ambientais e exigem dos governantes providências. Assim, em 1973 nasce em Blumenau a Associação Catarinense de Preservação da Natureza - ACAPRENA, fruto da mobilização de professores e estudantes da Universidade Regional de Blumenau FURB, como primeira organização ambiental do estado. Ela teve papel fundamental, ao estimular a criação de legislação ambiental, da Fundação Estadual do Meio Ambiente - FATMA (1975), e da Assessoria Especial do Meio Ambiente - AEMA (1977), atual Fundação Municipal do Meio Ambiente de Blumenau - FAEMA, um dos primeiros órgãos municipais de meio ambiente do Brasil.0808

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Em 1977 ocorreu a Conferência Intergovernamental sobre Educação

Ambiental em Tbilisi, na Geórgia, organizada pela UNESCO/PNUMA. Nesta conferência foram determinados as finalidades, os objetivos, os princípios e as estratégias para o desenvolvimento da Educação Ambiental.

Em 1979, Udo Schadrack foi o primeiro a sugerir a criação de um Parque Nacional

naquela região das Nascentes do Garcia, no seu famoso manifesto ALARMA, confirmando o que já afirmara em 1974, que doaria a área ao Governo Federal caso ele implantasse de fato o Parque. Atualmente a área encontra-se envolvida pelo PNSI.

Em 1980, o Dr. Roberto Miguel Klein publicou sua abrangente Tese de

Doutorado, sobre a Ecologia da Flora e Vegetação do Vale do Itajaí, contendo um importante capítulo em que descreve a importância da preservação do Meio Ambiente na minimização das enchentes periódicas.

Em 1981, em artigo publicado em

“Consciência”, revista da Acaprena, Lauro Eduardo Bacca sugere a criação de um Parque Nacional mais amplo, abrangendo toda a região da Serra do Itajaí.

Em 1986 é fundada em São Paulo a ONG

Fundação SOS Mata Atlântica, com objetivo de conservar esse importante bioma através de ações diretas (conservação das espécies e locais) como integração com as comunidades locais.

Em 1987, no município de Atalanta é fundada

a Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí - APREMAVI, organização combativa na proteção da natureza, que se especializou no manejo ecologicamente sustentável em pequenas propriedades rurais.

Nova Conferência Mundial do Meio Ambiente é realizada em 1992, no

Rio de Janeiro, a Rio 92, reunindo chefes de estado de quase 200 países. Entre outras decisões, criou-se a Agenda 21, constituído de um plano de ações para o desenvolvimento sustentável a ser adotado pelos países signatários. No mesmo evento, foi criada a Rede de ONG’s da Mata Atlântica com sua primeira reunião nacional em 1993, destacando

a importância de se trabalhar em redes e grupos para somar esforços na conservação da Mata Atlântica.

Na década de 1990 ocorreram dois grandes marcos legais: a aprovação dos

“Parâmetros Curriculares Nacionais”, incluindo a Educação Ambiental como tema transversal em todas as disciplinas e a aprovação da Lei N° 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

Com o acentuado quadro de degradação dos recursos hídricos

do Vale do Itajaí, é criado em 1997 o Comitê da Bacia do Rio Itajaí, órgão responsável pela gestão da água em toda a Bacia Hidrográfica do rio Itajaí, tendo um conselho composto por diversos setores da sociedade, interessados no uso racional da água. Este órgão promove desde 1999 a Semana da Água e desde 2004 o Projeto Piava, voltado à Educação Ambiental e à recuperação das florestas ciliares.

Com a diversificação e ampliação das iniciativas de Educação

Ambiental, são criados grupos de estudos e debate, dentre os quais se destaca a Rede de Educação Ambiental da Bacia do Rio Itajaí - REABRI, criada em 1999 na I Conferência de Educação Ambiental da Bacia Hidrográfica do Itajaí, com sede no Instituto de Pesquisas Ambientais - IPA na FURB.

Em 1999 ocorreu um grande evento mundial de Educação Ambiental, a Conferência

de Tessalônica, na Grécia. Este evento chamou a atenção para a necessidade de se articularem ações de EA baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e participação e práticas interdisciplinares.

No ano de 2000 mais uma ONG veio se juntar ao movimento ambientalista em Santa

Catarina, denominada Associação Indaialense de Defesa Ambiental Camapuan-Icatu. Foi criada por um grupo de pessoas com o objetivo de trabalhar Educação Ambiental no município de Indaial.1010

Em 2001 nasce em Blumenau o Sítio Esquilo

Verde com o objetivo de promover a Educação Ambiental, tendo como base de seu trabalho a integração ao natural, através de vivências em ambientes naturais.

Em 2002 é criada a Rede Sul Brasileira de

Educação Ambiental - REASul, que é uma rede social resultante da articulação coletiva de pessoas e instituições com objetivos compartilhados que conectam presencial e virtualmente educadores, pesquisadores, gestores de políticas públicas, técnicos e

participantes de ONG's, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP's) e movimentos sociais.

No ano de 2002 ocorre a construção do Plano Estratégico de Educação Ambiental

do município de Blumenau, por representantes do setor público, social e privado, que teve como resultados a criação da Lei N° 404/03 que institui a Política Municipal de Educação Ambiental e também a criação da Rede de Educação Ambiental de Blumenau - REABLU.

Movimentos de proteção à natureza como a ACAPRENA, a Associação Protetora de

Animais de Blumenau - APRABLU e o Curso de Ciências Biológicas da FURB, reunidos no plenário da câmara de vereadores de Blumenau têm sucesso em suas manifestações contra o uso de animais em espetáculos de circo e em 08 de maio de 2004 assistem a aprovação da Lei Municipal Nº 6.422/04, que proíbe a utilização de animais em espetáculos circenses no município.

Em 2004 é decretada a criação do Parque

Nacional da Serra do Itajaí que envolve áreas de nove municípios do estado de Santa Catarina: Ascurra, Apiúna, Blumenau, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos.

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Habitualmente o ser humano cria importância para nos reconhecermos padrões, regras e definições para tudo ao como ser que pensa e analisa o meio. seu redor, para melhor organizar o Depois deste exercício, se torna útil c onhec imen to e e s t r u tu ra r o conhecer também outras visões sobre pensamento, ou simplesmente fugir da determinados conceitos, sabendo incômoda sensação de que o valorizar as diferentes opiniões a partir desconhecido lhe causa. da experiência de cada pessoa.

Desta forma, o homem vai dando nomes Esta abordagem visa revelar nas pessoas e criando delimitações para as coisas do a emoção da construção coletiva de mundo. Ao fazer isto, estabelece valores conceitos e ações por meio de uma e importâncias diversas ao que lhe pedagogia construtiva, onde reconhece e rodeia, firmando diferentes relações com valoriza os diversos saberes como ponto o que nomeia conforme o valor que de partida para a construção coletiva do atribuiu. No entanto, estabelecer valores conhecimento.e limites é algo muito particular e seria arbitrário coletar definições e conceitos de especialistas para determinar os padrões de vida, sem consultar os valores e padrões dos envolvidos.

Portanto, é necessário criarmos n o s s o s c on c e i t o s p a ra sabermos o que realmente pensamos sobre Educação Ambiental. Fazendo isto, descobrimos e partimos de nós mesmos e das pessoas e locais onde agimos o que se constitui em começo de extrema

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A primeira definição internacional de Educação Ambiental foi adotada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, 1971) que enfatizou apenas os aspectos ecológicos da conservação.

A Conferência de Estocolmo (1972) ampliou sua definição a outras esferas do conhecimento e finalmente, a Conferência de Tbilisi (1977), definiu que: “A EA é um processo de reconhecimento de valores e clarificação de conceitos, objetivando o desenvolvimento de habilidades e a modificação das atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A EA também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhoria da qualidade de vida”.

A EA para a UNESCO (1987) é um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam o conhecimento do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiência valores e a determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas ambientais, presentes e futuros.

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Segundo Dias (2003) EA é um processo por meio do qual as pessoas aprendem como funciona o ambiente, como dependemos dele, como o afetamos e como promovemos a sua sustentabilidade.

Para Minini (2000) a EA é um processo que consiste em propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente, para elucidar valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente e participativa, a respeito das questões relacionadas com a conservação e adequada utilização dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo desenfreado.

Por essas definições de EA, torna-se evidente a sua amplitude e a necessidade de adotarem-se enfoques interdisciplinares que reflitam a complexidade atual. Apenas informar ou transmitir conhecimentos ambientais não atendem a abrangência da problemática desencadeada pelo processo de desenvolvimento insustentável dominante. Os efeitos do sistema econômico vigente em todos os meios da biosfera são percebidos como incontrolados e devastadores, deflagrando a necessidade de se buscar medidas eficazes para manter as condições de vida em nosso planeta, somente possíveis com a adoção de novas posturas.

A Lei N° 9.985/00 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, que buscou estabelecer os critérios e as normas para a criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação no Brasil.

Conforme o SNUC, o PNSI está no grupo de Unidades de Proteção Integral, que tem por objetivo básico preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. E dentro deste, está na categoria de Parque Nacional, que tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de

turismo ecológico. Neste contexto, a EA é um dos compromissos sociais das Unidades de Conservação.

Neste sentido, percebe-se a importância atribuída à EA em Unidades de Conservação, onde o PNSI é um dos grandes exemplos de espaço para se desenvolver programas de EA, podendo proporcionar não só para as comunidades que residem mais próximas, mas também aos visitantes, um a d m i r á v e l a m b i e n t e d e e x p e r i m e n t a ç ã o e d e aprendizado.

Unidades de Conservação: espaço territorial e seus r e c u r s o s a m b i e n t a i s , i n c l u i n d o a s á g u a s j u r i s d i c i o n a i s , c o m característ icas naturais re levantes, legalmente instituído pelo Poder Público, c o m o b j e t i v o s d e conservação e l imi tes de f in idos , sob reg ime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

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Os programas de EA em Unidades de Conservação não devem ocorrer de forma pontual e caracterizado apenas pelos aspectos ecológicos. É necessário que ocorram atividades permanentes, que enfatizem também aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e éticos, abrindo espaço para a geração de novos valores de respeito a todas as formas de vida.

Já a Lei Nº 9.795/99, que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental, conceitua EA como sendo “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Esta mesma lei divide a EA em Formal e em Não-formal.

Sobre a EA Formal, esta deverá ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando a educação básica, ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio, devendo ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.

Esta mesma lei conceitua a EA Não-formal, como sendo “as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa e na organização da qualidade do meio ambiente”, onde o Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal deverá incentivar dentre outros: a sensibilização da sociedade para a importância das Unidades de Conservação e a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às Unidades de Conservação.

Em nível estadual, a Lei N° 13.558/05 trata sobre a EA de em Santa Catarina. Ela cita que a EA é objeto constante de atuação direta da prática pedagógica, das relações familiares, comunitárias e dos movimentos sociais na formação da cidadania.

Embora as ações propostas pelas Leis de Educação Ambiental estejam ainda em construção na sociedade, percebe-se que os conceitos propostos, evidenciam a dimensão política e social da EA em busca da sustentabilidade da vida.

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Podemos imaginar que é difícil para a criança, e também para o adulto, sentir-se parte da natureza e se ela não se sente inserida, consequentemente não têm a mínima noção de que precisa fazer algo a favor da qualidade ambiental.

Colocar o jovem e a criança em sintonia com a natureza desperta uma sensação de fazer parte, e isso geram amor e responsabilidade.

Antes dos 16 anos os jovens não podem trabalhar, no entanto, quais atividades devem desenvolver? Paralelos a isto, o espírito e o corpo das crianças e jovens clamam por movimento e aventura, apresentam-se abertos a desafios que ponham em prova suas capacidades de solucionar problemas e de gerar propostas que permitam transformar a realidade.

Mas transformar qual realidade? Antes é preciso que os ajudemos a olhar o mundo de forma crítica, para identificar quais partes querem valorizar e quais partes querem alterar.

Mas, como se muda a realidade? Precisamos habilitá-los a fazer uso de suas habilidades natas, assim como desenvolverem outras, mas todas estas mudanças não se dão pelo simples repasse de informações. Trabalhar com jovens exige um processo dinâmico de estruturação de métodos que dêem vazão a isto.

Neste contexto, o Parque Nacional da Serra do Itajaí como uma Unidade de Conservação se apresenta como uma opção de ambiente preservado, podendo ser tomado como referência no que se pretende conquistar em ambientes degradados, ou para evitar que se aceitem ambientes construídos e alterados como algo natural.

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O PNSI apresenta-se como uma opção para as escolas e as comunidades de seu entorno como um espaço de contemplação de estudo e pesquisa, desta importante amostra da Floresta Atlântica.

Além disto, o PNSI apresenta ainda amplas áreas para atividades em contato com a natureza e inúmeras trilhas que permitem aos estudantes desvendarem os segredos da floresta, imersos em suas cores, sons, odores e surpresas. Permitindo a sensação de medo e excitação, ao trilhar os caminhos do Parque, tendo a possibilidade de encontrar algum animal em seu hábitat natural, quem sabe, seguir os seus rastros, investigar suas pegadas com uma lupa, e um pouco mais adiante deparar-se com ele.

Situações como estas permitem aos educandos liberarem e canalizarem seu potencial criativo para descobrir a natureza, disponibilizando a estes jovens a conquista em cada passo dessa trilha. Neste contexto são apresentados desafios de observação e investigação, e também, a contemplação da visão de um mirante ou de uma cachoeira.

Assim, a conservação de UC's depende das estratégias adotadas nos programas de EA, de forma a procurar entender as necessidades da população e a tornar-se um espaço de reflexão disponível para a realização de encontros, cursos e atividades que envolvam tanto grupos locais como mais distantes. Isso também poderá contribuir para suprir a formação de recursos humanos capacitados para tal fim.

Todos esses enfoques reforçam o papel que as UC´s podem desempenhar, sendo palcos privilegiados para a prática das ações transformadoras propostas pela EA ao oferecer variadas oportunidades de contato direto com ambientes naturais, ricos em oportunidades de experiências sensoriais e afetivas, com desafios cognitivos.

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Tocados pelo belo da natureza e Os passos sugeridos para a impelidos a tomar parte em sua construção do projeto são:proteção, decidimos por “botar a mão Diagnóstico.na massa”, sair da posição cômoda de Sensibilização.expectadores que não influem, apenas Construção e aplicação dos objetivos e observam, ainda que indignados com as da metodologia.agressões que vemos, para nos Avaliação.colocarmos na posição de agentes Compartilhando vivências.históricos que acreditam na capacidade de alterar o rumo dos acontecimentos.

Então surge uma pergunta: Como fazer?

Como possibilitar aos educandos e às comunidades condições para a reflexão e criação de novos saberes e, acima de tudo, de novas ações que permitam escolhas mais conscientes de caminhos, que transformem e conduzam a um futuro mais promissor?

Neste sentido, elaboramos um pequeno roteiro básico a título de sugestão, como uma forma de alcançar o objetivo. É claro que você pode estruturar sua prá t i ca pedagóg ica de fo rma completamente diferente. Essa é uma decisão pessoal, mas nos permitirmos apresentar uma sugestão, cabendo a você fazer a sua escolha.

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Pois bem, resolvemos começar. Estamos cheios de idéias, mas devemos ir com calma. Antes de chegarmos à decisão de fazer um projeto de EA passamos por questionamentos internos, fomos sensibi l izados, cobraram-nos atitudes e tivemos de rever nossos conceitos e ações. Agora temos uma idéia em mente, mas as ações resultantes da implementação

É fundamental sabermos onde estamos dessa idéia envolvem pessoas. E o que

pisando, como pensam aqueles com quem pensam, como vivem e o que querem

compartilhamos sonhos e ações. Saber, estas pessoas?

por exemplo, que elemento do ambiente Portanto, o primeiro passo é descobrir ou que problema ambiental mais toca as isto, fazer um diagnóstico que pode ser pessoas, permite-nos planejar ações que algo simples, como uma conversa contemplem estas características, afinal, o prévia e aberta com os participantes, projeto deve ser de todos os envolvidos, garantindo-lhes amplo e igual direito de tendo um pouco “a cara” de cada um, pois fala e/ou podendo envolver algumas só respeitamos e nos empenhamos técnicas. naquilo de que somos parte e daquilo com

que nos empoderamos.Uma área que tem se desenvolvido muito nos últimos tempos é a percepção As técnicas de percepção ambiental ambiental. Esta linha de trabalho tenta permitem a ampliação do conhecimento compreender os processos mentais da população sobre a sua realidade. Elas através dos quais o indivíduo sente, fornecem dados e informações para que o percebe, interpreta e se relaciona com o grupo trace sua linha de ação. Esse seu ambiente. A percepção ambiental é diagnóstico pode se dar de várias formas. uma base para programas de EA, pois Seguem aqui dois exemplos: fornece as pistas de como as pessoas pensam e agem.

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Definição: O “mapa falado” como técnica educativa é a representação gráfica de uma situação problematizada de uma realidade comunitária. É elaborado coletivamente pelas pessoas que habitam uma comunidade, interessadas em participar de um processo de mobilização, conhecendo e buscando a resolução de problemas identificados por elas mesmas.

Objetivos: Realização do diagnóstico da situação geral (características geo-ecológicas, infra-estrutura de serviços, localização das moradias e instituições, etc) e das situações específicas (saúde, saneamento, trabalho, etc.) da comunidade; formulação de planos de ação visando mudar a situação diagnosticada.

Desenvolvimento: Na etapa de realização do mapa falado, os mediadores colocarão papel para desenho de mapa nas paredes do local de reuniões, para que os participantes possam trabalhar em grupos sobre eles. Os participantes, à medida que desenham a sua comunidade, bairro ou escola, identificam os principais problemas socioambientais existentes vinculados ao tema que originou o processo de mobilização. Além da identificação dos problemas, os participantes contam a história do local e alguns casos pitorescos, contribuindo para um maior conhecimento do perfil dessa população. Depois de desenhado o mapa da localidade, os participantes deverão, em plenária, aprofundar a reflexão sobre as causas e conseqüências do problema. O mediador deverá estimular a discussão do tema objeto do mapa falado, enquanto um participante vai anotando as conclusões à medida que são formuladas. Estas devem ser escritas no quadro negro ou em folhas grandes expostas na parede, explicitando em colunas: aspectos positivos (causas e conseqüências) e aspectos negativos/problemas (causas/conseqüências). A leitura destas conclusões finaliza a reunião.

Esta atividade incentiva à percepção do ambiente escolar, orientando o mediador a começar um processo de mobilização para transformação deste espaço.

O exemplo de questionário que segue pode ser uma base para percepção ambiental. No entanto cabe a você analisá-lo e adaptá-lo às realidades ambiental e social de sua escola.

1 Para você, o que significa meio ambiente? Você pode citar alguns exemplos?

2 Você acha que a escola faz parte do meio ambiente?

3 Quais elementos da escola fazem você se sentir perto da natureza?

4 Passeando pela escola, em qual espaço você se sente mais confortável? Por quê? Faça um desenho ou tire uma fotografia deste local.

5 Para você, o que significa a palavra social? O que ela tem a ver com sua escola?

6 O que acontece na sua escola que afeta o relacionamento entre as pessoas?

7 Quais os problemas ambientais da sua escola?

8 Quais as causas dos problemas ambientais existentes?

9 Você acha que suas atitudes interferem na situação ambiental da escola?

10 Qual a opinião de sua família quanto à qualidade ambiental de sua escola?

11 O que você faria para melhorar os ambientes da sua escola?

12 Qual seria o melhor jeito de colocar a sua idéia em prática?

Como aplicá-lo: É importante ler todas as questões em voz alta, certificando-se de que não há dúvidas quanto aos seus objetivos. Antes dos estudantes responderem, eles devem dar uma volta na escola com olhos de observadores, e o mediador deve pedir para que eles reflitam sobre o seu espaço escolar, e após terem respondido o questionário, convidá-los para um bate-papo sobre as percepções de cada um. 2323

É por meio da sensibilização que o processo educativo se perpetua e se concretiza. Mais do que mera transmissão de conhecimento, mais do que compreensão racional de determinado tema, educar passa por aspectos ligados a emoções, sentimentos, afetividade e intuição, todos despertados em nosso lado sensitivo.

Para perceber o mundo, as pessoas precisam estar abertas ao novo, voltadas tanto para as questões ambientais como para as questões sociais. Então, a sensibilização está associada à percepção que, por sua vez está associada à decisão de seguir adiante para algo prático e efetivo.

Pessoas que conseguem perceber o seu ambiente, e o que precisa ser mudado para melhorar, estão aptas a partir para a ação, mobilizando-se para a transformação do ambiente em que vivem, passando a agir com r e s p o n s a b i l i d a d e e compromisso, praticando a cidadania.

O grande segredo da sensibilização é a capacidade de se conscientizar, de se indignar, de se comover e de criar a afetividade necessária para amarmos a Terra, amar a nós mesmos e a todos que conv ivem na b ios fe ra terrestre.

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A sensibilização permite ampliar os sentidos, condição primária e essencial para nos humanizarmos

e nos enxergarmos como parte da natureza.

Assim, para promovermos esta sensibilização é preciso estarmos conscientizados e para isto precisamos de humildade, de saber calar, esperar e ouvir. Juntando isto a um coração sensível é possível parar para ouvir o que nossos educandos têm a dizer, para depois então fazer perguntas de reflexão e de ação. Desta forma eles nos ouvirão com um novo sentido de compartilhar, como também, passaremos a entender que para o “aprender” o silêncio é tão importante quanto às palavras.

A natureza é mágica e a magia encanta, o encantamento leva à admiração, a admiração leva ao respeito e estas são condições para o amor e o que amamos não destruímos. Então sensibilizar é um processo essencial para o sucesso de qualquer ação de EA.

Com o intuito de ajudar na tarefa de sensibilizar a si mesmo e aos demais, apresentamos a seguir algumas sugestões de dinâmicas de sensibilização. Provavelmente você já deve ter tido algum contato ou aplicado alguma delas, e socializar com os demais educadores é salutar. Cabe ressaltar, o que você provavelmente já deve ter percebido que toda dinâmica ou brincadeira é mutável, possível de ser adaptada a diferentes situações, grupos e objetivos. Portanto, esperamos contribuir com as sugestões que seguem. Faça bom uso e lembre-se de compartilhar ao máximo o que lhe servir.

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Jogos naturais: Fale sobre a necessidade que muitas crianças têm de querer todos os tipos de brinquedos. Fale também, de que por muito tempo, as crianças tiveram que se contentar somente com o que podiam encontrar. Divida o grupo em equipes de 3 ou 4 e em um local aberto, mande-os encontrar um punhado de objetos naturais (sementes de árvores, rochas, galhos, etc), depois que eles coletarem os objetos, devem inventar um jogo usando aqueles objetos e batizá-lo com um nome. Quando todos estiverem preparados, voltam ao grande grupo e ensinam o seu jogo aos demais.

Eu sou uma câmera: Divida o grupo em pares. Uma das pessoas do par é uma câmera, o outro é o fotógrafo. Deixe-os circular em uma área aberta, embora essa atividade possa ser realizada dentro da sala de aula também. O fotógrafo deve conduzir a “câmera” que deverá manter os olhos fechados, a cinco lugares diferentes. Em cada local, o fotógrafo diz à “câmera” (ainda de olhos fechados) qual parte do corpo que quando tocada irá registrar a imagem. Esta abre seus olhos, fixa o ponto e registra a imagem, fecha seus olhos e é conduzido ao lugar seguinte. Após as cinco “exposições”, o par troca de lugar (o fotógrafo passa a ser a “câmera” e vice-versa). Esta atividade desenvolve nos participantes um foco melhor para o olhar de entorno e do que está distante, melhor do que eles simplesmente sentassem e olhassem. Ao final, os participantes podem desenhar a imagem que mais lhes chamou a atenção.

Sensibilizados que estão nossos parceiros sobre política, futebol ou coisas do dia-a-dia de sonhos, temos um momento valioso é comum surgirem “mil” idéias de soluções, em mãos com a disponibilidade das ainda que muitas completamente absurdas. pessoas em construir algo, encantados e Normalmente as pessoas têm palpites a dar pré-dispostos a mudar o mundo, a partir e esta é a hora de aproveitar isto.da mudança interna que sentem.

Também na construção de um projeto de EA Se por um lado é um momento as idéias de soluções virão talvez como uma privilegiado, é também um momento de tempestade, novamente caberá ao mediador grande responsabilidade por parte de auxiliar o grupo na seleção destas idéias, quem os motivou a chegarem até aqui, é tomando o cuidado de não permitir que o necessário então, juntar logo o grupo e grupo descarte idéias sem analisá-las com discutir o que fazer, evitando que este cuidado, pelo simples fato de inicialmente momento especial se perca. parecerem complicadas. Porém,

o mediador também deve cuidar Como primeira tarefa, o para nesta fase não perder o foco grupo deve definir qual seu nos objetivos, o que é bastante objetivo, o que pretende comum, pois, depois de fazer. Neste exercício o sensibilizadas, as pessoas educador desempenhará tendem a querer “salvar o acima de tudo a tarefa de mundo de uma só vez”, elegendo mediador, garantindo amplo ações em excesso.respeito à fala de cada

integrante, procurando esclarecer e até, Talvez o problema traçado no diagnóstico, se necessário, aprimorar as sugestões. que ajudou a definir o objetivo, seja Cabe ao mediador também estimular o desafiador e de difícil solução e a busca de grupo a evitar excessos, como traçar embasamento torne-se indispensável. o b j e t i v o s p ou co a t ra en t e s ou Ótimo momento para introduzir-se a inalcançáveis, que tendem a causar pesquisa. O que já foi escrito e feito sobre o desmotivação. assunto, onde já se vivenciou situações

similares? Há algum lugar próximo onde Traçados os objetivos, surge à questão, ações semelhantes estão ocorrendo que como alcançá-los?possa ser visitado?

Como fazer ou o que fazer para concretizar Traçada a metodologia é hora de por em os objetivos? Numa conversa informal prática.

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A dinâmica de levantar e analisar dados sobre a prática desenvolvida de forma crítica é essencial para se perceber as qualidades e deficiências do trabalho desenvolvido e traçar novas metas para as ações futuras. Em suma, não há evolução sem avaliação diagnóstica.

Portanto, é essencial planejar todos os passos do processo educacional, incluindo aí a forma de avaliação. Embora tenha um papel decisivo no sucesso de sua iniciativa, a avaliação pode ser simples e não consumir necessariamente muito de seu tempo, constituindo-se de um processo constante e integrado nas ações do dia-a-dia.

Quando da realização de uma determinada atividade como a aplicação de uma dinâmica que promova a sensibilização, você pode aproveitar para conhecer melhor as características do grupo e ao final, anotar algumas informações sobre suas percepções, dificuldades e qualidades a serem valorizadas.

A avaliação é semelhante ao diagnóstico, que é nada mais do que uma primeira avaliação. No decorrer da aplicação de seu projeto, você deverá prever outras situações que conduzam a um processo constante de avaliação.

Ao planejar esta etapa é importante que você preveja a geração de registros, sejam eles desenhos, fotos, gravações de áudio e vídeo, confecção de peças em argila, enfim, o que puder ser guardado para permitir uma melhor retratação do contexto daquele momento.

Também aqui, conversas abertas entre os membros do grupo que você orienta fazem-se importantes para conferir se os objetivos traçados estão sendo alcançados, destacando que situações ameaçam a execução dos objetivos e que oportunidades estão surgindo.

A vida é feita de mudanças e querer resistir é uma luta em vão,inútil insensatez que atrasa o caminho, a jornada, o encontro

consigo, com o outro, o oculto, o culto, a natureza e a beleza.

Como se pode perceber, parar para analisar um projeto é o formato mais direto de avaliação. No entanto, existem algumas técnicas especialmente voltadas para esta etapa. A aplicação de quest ionários antes e após a implementação das ações de EA têm se demonstrado uma ferramenta útil no processo avaliativo. Caso decida por utilizar no diagnóstico um questionário, você terá a chance de ter um retrato da percepção dos atores antes do envolvimento em qualquer ação do

projeto, podendo desta forma estabelecer um parâmetro para comparação.

É fundamental, no entanto, que você evite emitir qualquer observação ou comentário sobre meio ambiente com as pessoas a quem se quer atingir com o questionário antes de sua aplicação, evitando influenciar as respostas, validando desta forma as informações resultantes.

Ao final das ações do projeto você poderá aplicar novo questionário com questões semelhantes às iniciais e comparar com as respostas do primeiro questionário. Esta metodologia permite avaliar a percepção das pessoas envolvidas no projeto tanto quantitativamente quanto qualitativamente, possibilitando a análise das mudanças provocadas pelas atividades de EA. Ver sugestão de questionário em atividades recomendadas.

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Ufa! Deu trabalho, mas valeu a pena, de senvo l vemos , c ompa r t i l h ando conseguimos envolver a gurizada, conquistas, ajudando outros a construírem recebemos apoios inesperados e também suas práticas pedagógicas, seus algumas coisas não saíram bem como sonhos.planejamos, mas chegamos ao fim.

Também é muito importante neste Ao fim? Quando acaba a Educação momento saber falar dos erros e das Ambiental? dificuldades surgidas no decorrer do

projeto, pois não se constrói nada sem Se a EA é um processo contínuo, e r r a r e o e r r o p o s s i b i l i t a o precisamos então fazer um balanço de aperfeiçoamento, o acerto. Portanto, tudo o que realizamos para perceber compartilhar também esta parte do projeto erros e acertos e dar continuidade, ou permite que outra história se inicie seja, nada de fim, mas sim um servindo-se da nossa história para fazer recomeço. Afinal de contas, na natureza seus próprios acertos.tudo está em constante transformação e

os processos biológicos nada mais são do que um constante processo de melhoramento. Esta definição não poderia ser a de um processo educativo?

Que tal então adicionarmos só mais um capítulo nesta história? A divulgação?

Depois de termos levantado na avaliação uma série de informações do projeto - ou seja, sua história - por que não aproveitar todo este material agrupado na avaliação para divulgar nosso trabalho? Fazendo isto, poderemos mostrar o que

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Refletir, avaliar, teorizar a prática, compartilhar, oferecer, enquadrar nossas idéias identificá-las em uma ou várias linhas teóricas são exercícios comuns de se fazer ao sistematizar seu projeto, acabando po r va l o r i z á - l o e p e rm i t i r amadurecimento a quem o organiza.

Não há um caminho comum para um novo lugar desejado e criado dentro de cada um de nós. Cada um o b r i g a t o r i a m e n t e a c a b a r á construindo sua própria história, ainda que semelhante a tantas outras. Não importa que caminho

seguir, aonde se quer chegar, pois como diz o poeta o “importante não é a chegada, mas a beleza da caminhada”.

Faça um laço entre a história da EA, a história do PNSI e da nossa região, de sua história e de nossas escolas que terão agora um capítulo especial voltado à mobilização ambiental e como organizadores cada um de nós.

Ainda que sua história pareça pequena diante da grandeza de tantas realizações, vá fazendo, contando e abrindo caminhos, como fazem as gotas tão minúsculas que descem dos rios, percorrendo o verde da montanha, infiltrando-se nos grãos da terra, juntando-se a outras do subsolo, ou indo para os mares até evaporarem rumo ao céu, sendo levadas pelos ventos, que encontrarão os pássaros do bando, para contar sua história. E aí começa uma nova história.

As dinâmicas recomendadas neste Caderno trazem diferentes idéias e sugestões, as quais possibilitam que o mundo natural se integre ao ambiente escolar de forma prazerosa e curiosa, podendo ser aplicadas e adaptadas em diversas situações, faixas etárias, espaços físicos e conteúdos. Faça bom proveito.

Mapa do som: Em um espaço aberto, os participantes de posse de um papel e lápis, deverão encontrar um ponto distante um do outro, onde possam se acomodar e escutar os sons emitidos no local. Devem, então, colocar um X no meio do papel, marcando a sua própria posição, e indicar com símbolos ou diferentes tipos de desenhos os sons que ouvirem, demarcando o local de onde acham que o som venha com relação à sua própria posição.

Padrões da natureza: Entregue aos participantes cartões-padrão contendo uma variedade de formas diferentes, sendo uma forma para cada cartão. Os part ic ipantes podem trabalhar individualmente ou em pares para encontrar objetos que combinem com os padrões.

Catando coisas: Dê aos participantes uma lista de objetos naturais a serem encontrados em um ambiente aberto. São coisas como algo azul, ou algo espinhoso, afiado. Peça também para que eles relatem a experiência, dizendo o que era e onde encontraram, desencorajando a colheita.

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Caçada ecológica: Fornecer aos participantes uma lista de objetos naturais a serem encontrados em um determinado ambiente. Pedindo para que eles relatem a experiência, dizendo o que era e onde encontraram, desencorajando a colheita.

OBS: Ao localizar os itens da lista não arranque nem retire do lugar o material citado.

Assinale os elementos observados:

( ) Uma pena

( ) Uma planta que demonstra ter sido visitada por um inseto

( ) Uma formiga transportando algo

( ) Uma árvore contendo um ninho

( ) Uma planta com espinhos

( ) Um animal perfeitamente disfarçado (camuflado)

( ) Um inseto polinizando uma flor

( ) Um tronco se decompondo

( ) Uma semente espalhada pelo vento

( )Uma planta que libere um cheiro agradável

( ) Algo que faça barulho

( ) Uma flor com três pétalas

( ) Algo que demonstre que humanos já estiveram ali antes

( ) Algo que você nunca viu antes

( ) Algo que seja importante para a natureza

( ) Algo que seja macio

( ) Um som feito pela natureza

( ) Algo que os humanos não poderiam viver sem

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A árvore da vida: A população do nosso país foi formada pela fusão de muitas etnias. As famílias têm origens diferentes, e é muito importante conhecer as origens dos nossos antepassados. Na escola, temos colegas cujos pais são de outros estados do Brasil, e até mesmo de outros países. Vamos construir a “Árvore da Vida” da nossa turma, onde cada aluno será uma folha. Cada folha, como o nome do aluno, será ligada por um barbante, a um cartão onde estará escrito o estado ou país de origem do pai ou da mãe. E por fim, refletir nas diferentes origens da sala de aula.

Identificando o patrimônio cultural: Quando olhamos fotografias dos nossos avós, às vezes notamos que algumas casas que ali aparecem ainda existem. Até mesmo aquela árvore em frente da casa. Mas notamos que aquela casa e aquela árvore estão sendo destruídas, assim devemos preservar o nosso patrimônio histórico-cultural, pois um povo sem história, sem memória, é um povo sem raízes. Esta atividade tem por objetivo valorizar o nosso patrimônio cultural, através da identificação na comunidade de casas, florestas, praças, árvores históricas entre outras, que tenham significado histórico e precisam ser preservados. Iniciando na escola e comunidade uma campanha de mobilização para preservar as áreas identificadas.

Valorizando a memória: As pessoas que vivem há mais tempo na cidade conhecem muito bem a sua história. Elas sabem como eram as ruas, o trânsito, as áreas verdes, as praças e os prédios públicos. Recordam do clima, das frutas mais abundantes e dos animais que encontravam facilmente. Lembram também dos costumes, das músicas, das festas e da maneira de viver. Elas são pessoas muito importantes para a comunidade e devemos reconhecer o seu valor. Nesta atividade, vamos convidar a pessoa que vive a mais tempo nas redondezas para conversar com os estudantes da escola. Solicitando que fale como era a cidade, o clima, a população, a vegetação, os costumes, as festas, as tradições, entre outros. E também saber dela o que gostaria que fosse feito na cidade.

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A chuva: Tem o o b j e t i v o d e r e l a x a r corporalmente e men ta lmen te . Cada participante procura um lugar c o n f o r t á v e l dentro da sala de aula ou de uma área natural para se deitar. De olhos fechados, s e g u i r á a s p a l a v r a s d o monitor.

Palavras: Procure r e l a x a r s e u corpo, liberando suas tensões... pouco a pouco, seu corpo começa a ficar leve... muito leve, transformando-se em uma nuvem... Você começa a levitar, atravessando a sala, de encontro ao céu... Procure explorar-se enquanto nuvem...Veja como é sua forma, sua cor, sua textura... (respeitar o ritmo e o tempo interno de cada um).

Você pode abrir os olhos: verifique como desliza pelo céu, avistando a terra lá embaixo... Você se encontra com outras nuvens, com a junção, formam-se nuvens de chuva... Os pingos começam a cair, vagarosamente, ao estalar os dedos de uma das mãos. Depois, com as duas mãos, intensificando os pingos... Aproximam-se das árvores, caindo sobre as folhas, simbolizando pelo esfregar das mãos... Delicadamente no início, intensificando-se em seguida... De repente a chuva fica mais forte e você deve representa-la batendo as mãos nas pernas. Ela aumenta mais e mais... e aos poucos vai diminuindo. No final todos refletem sobre o momento.

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A sementinha: Objetivo: Representar a germinação de sementes e o nascimento de uma árvore. Procedimentos: Para organizar a brincadeira, o orientador deverá explicar para o grupo que: um representa o sol; um representa a chuva; um representa um animal e os demais representam as sementinhas. Inicia-se com todos sentados em círculo. O orientador falará: agora todos vocês são sementinhas... Vocês agora estão no meio de uma floresta, cheia de árvores e plantas fortes e bonitas.

1ª situação: Cada sementinha começa a sentir vontade de crescer e se transformar numa árvore forte e cheia de folhas bem verdinhas. Agora as sementinhas começam a se mexer de um lado para o outro, empurrando a terra para fixar suas primeiras raízes.

2ª situação: Está um dia frio e começa a chover sobre a floresta. A chuva cai sobre cada uma das sementinhas, deixando-as molhadas e afundando-as um pouco mais na terra. O representante da chuva deverá caminhar até cada “sementinha”, passando-lhe a mão sobre a cabeça, como se fosse a chuva caindo sobre elas.

3ª situação: “O tempo passa”, e alguns dias depois: Uma cotia que vive passeando por ali, pisa sobre as sementinhas, afundando-as ainda mais. O representante do animal deverá caminhar até cada “sementinha”, passando-lhe a mão sobre a cabeça, representando o afundamento da semente no solo.

4ª situação: As raízes começam a crescer mais rapidamente. Surgem as primeiras folhinhas.

5ª situação: “Hoje é um dia de sol muito agradável”: O representante do sol deverá caminhar em direção às “sementinhas”, dando-lhe um forte abraço. O sol que bateu sobre as sementinhas, ajuda-as a crescer (estica uma perna, agora a outra, o corpo vai ficando em pé, bem devagarzinho).

6ª situação: “Começa a chover novamente”... As “sementinhas”, agora já são plantinhas, que com as gotas de chuva ficam mais retinhas e começam a nascer os galhos que ficam mais esticados. E assim as plantas crescem e se transformam em árvores bem bonitas!

7ª situação: Imaginar a árvore que cada um gostaria de ser (sem falar o nome). Agora as árvores vão bem devagarzinho voltando a ser criança, e sentada em círculo (como no início da brincadeira) cada criança conta como foi sua experiência em ser sementinha e que árvore imaginou ser.

Sugestões para o orientador: Perguntar para as crianças como era a árvore imaginada. Era grande? Era pequena? Tinha flores? Tinha frutos? Muitas folhas? Poucas folhas?

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Caixinha de erosão:

Objetivo: Alertar os participantes dos perigos do desmatamento e reforçar a importância das cober tu ras vege ta i s pa ra con te r os desmoronamentos. Material necessário: 2 caixas de madeiras de mesmo tamanho (conforme medidas abaixo); 2 regadores; 2 potes (balde ou vidro, de preferência transparentes); Terra para encher as duas caixas; Grama para cobrir uma das caixas.

1º) Confeccionar o seguinte material: 2 caixas de madeira com as seguintes medidas:

50cm de comprimento; 30cm de largura e 10cm de profundidade.

2º) Como proceder com as caixas: na primeira caixa,coloque terra e plante grama ou alpiste através de sementes;

na segunda caixa, coloque somente terra. Somente em um dos lados da caixa (na parte de 30 cm) deve-se fazer um corte em “V”, na parte superior, de 3,5cm de profundidade. No lado oposto ao “V” das caixas, colocar um calço, para deixá-las inclinadas, logo abaixo, alinhado ao “V”, posicionar 2 potes.

Observação: As caixas devem ser previamente preparadas, de preferência um mês antes, para que as raízes da grama se fixem no solo.

3º) Após preparo técnico, as crianças são estimuladas a relatar o que sabem sobre erosão; o monitor irá complementando as informações, expondo inicialmente as noções básicas do assunto.

4º) Na seqüência são chamadas duas crianças que são responsáveis pelos regadores.

Uma irá regar (simulando a chuva), em cima da caixa com cobertura de grama e a outra irá regar a outra caixa que está somente com a terra.

5º) As crianças observarão a cor da água que cai nos 2 potes, e com auxílio do orientador discutirão a respeito da diferença de coloração existente.

6º) Para aprofundar mais o assunto, pode-se fazer um painel de debates com os seguintes tópicos: Cobertura vegetal X erosão; Desmoronamento X reflorestamento e proteção do solo; Impacto da chuva no solo X copas das árvores.

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Características dos bichos:

Objetivo: Relembrar características dos animais, além de exercitar a atenção e memorização dos participantes.

1) Cada participante pode escolher qual bicho gostaria de ser ou então o orientador pode dar crachás de animais para que os participantes fiquem identificados.

2) Formar um círculo com cadeiras, deixando sempre uma cadeira a menos que o número de participantes.

3) Um voluntário fica no meio da roda e começa dizendo uma característica que é do bicho que representa no momento.

4) Os outros participantes, que estão sentados, têm de prestar muita atenção na característica falada, pois se for igual à que lhe pertence, ele deverá levantar-se da cadeira, trocar de lugar e quem estava no meio da roda deve achar um lugar para sentar-se. Como sempre vai faltar uma cadeira, o participante que não conseguir sentar começa a brincadeira.

- Exemplo de características que podem ser faladas: Eu tenho penas, pêlos, cascos/ Eu vivo na água, terra/ Eu sou herbívoro, carnívoro, onívoro/ Eu tenho patas, não tenho patas, entre outras.

Procurando elementos:

Material: barbante de 1 metro, lupa, lápis e papel para anotações. Procedimento: escolher um local no pátio da escola, em uma trilha ou no jardim, e dispor o barbante em círculo. Fazer uma lista de tudo o que for encontrado dentro dos limites do barbante. Posteriormente, é importante que as crianças façam um relato de suas experiências. O educador deverá comentar com elas os elementos registrados, frente aos aspectos positivos e negativos. Exemplos de temas a serem trabalhados: classificação da fauna e da flora e origem e composição do lixo.

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Jogo da teia alimentar:

Objetivo: reforçar o conceito de que todas as partes de um ecossistema são interdependentes. Abordar conceitos de cadeia e teia alimentar, desequilíbrio ecológico e os problemas que podem ocorrer com a interferência do homem.

Material: um rolo de barbante, placas com nomes de animais, plantas, decompositores e uma placa de sol.

Procedimentos: faça um círculo com os participantes e distribua uma placa com nomes dos animais e plantas ou fotos dos mesmos. Peça para o participante que caiu com a placa do sol ir para o centro do círculo e começar a atividade.

1° - O participante sol deverá enrolar o barbante no dedo e jogá-lo para qualquer participante do círculo que esteja representando algum vegetal, lembrando que os participantes deverão ser um herbívoro e depois um carnívoro, que geralmente está no topo da cadeia. O carnívoro deverá enrolar o barbante no dedo e jogar o rolo para qualquer decompositor da cadeia, voltando o decompositor para o sol que dará início a uma nova cadeia até que todos os participantes estejam conectados. Dessa forma, com todos os seres vivos interligados, fica fácil explicar o conceito da teia a l imentar, como cada espécie é importante para um ecossistema e na ausência de um deles como, por exemplo, um carnívoro (e nesse momento o carnívoro deverá puxar o barbante com força forjando a sua morte, os vários animais dessa cadeia irão sentir esse puxão e puxarão também afetando as árvores e assim por diante). Assim demonstramos o que é um desequilíbrio e os problemas dele decorrentes num ecossistema.

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Dinâmica das Raízes da Família:

Objetivo: Aprofundar a história de sua família e conhecer suas raízes.

1) Pedir à criança que responda às seguintes perguntas:

Seu nome:

Apelido:

Profissão:

Do que mais gosta:

2) Pedir à criança que seus pais respondam individualmente às mesmas perguntas.

3) Pedir à criança que seus avós respondam individualmente às mesmas perguntas.

4) Discutir as diferentes respostas, comparando o tempo passado com o atual.

MÃEMÃE

AVÔAVÔ AVÓAVÓAVÔAVÔ AVÓAVÓ

PAIPAI

VOCÊVOCÊ

QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO AMBIENTAL ANTES E DEPOIS DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Questionário 1

1. QUAIS SÃO AS PALAVRAS OU IMAGENS QUE VÊM A SUA MENTE QUANDO PENSA EM MEIO AMBIENTE?

2. VOCÊ CONHECE ALGUMA ENTIDADE QUE CUIDA DO MEIO AMBIENTE EM NOSSA CIDADE?

( ) Sim ( ) Não

QUAL/IS?

ONDE VOCÊ CONHECEU ESTA/S ORGANIZAÇÃO/ÕES?

3. VOCÊ FAZ ALGUMA AÇÃO EM BENEFÍCIO DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM SUA CIDADE?

( ) Sim ( ) Não

QUAL?

4. PRÓXIMO DE SUA CASA PASSA ALGUM RIO OU RIBEIRÃO?

( ) Sim ( ) Não

QUAL?

5. DESCREVA EM DETALHES COMO SÃO AS MARGENS DOS RIOS QUE VOCÊ CONHECE?

6. E COMO VOCÊ ACHA QUE AS MARGENS DOS RIOS DEVERIAM SER PARA QUE PUDÉSSEMOS CONSIDERÁ-LAS PRESERVADAS E SAUDÁVEIS?

7. VOCÊ CONHECE ALGUM RIO OU RIBEIRÂO COM AS MARGENS ASSIM, PRESERVADAS E SAUDÁVEIS?

( ) Sim ( ) Não

QUAL?

8. VOCÊ RECONHECE O TERMO “MATA CILIAR”?

( ) Sim ( ) Não

EXPLIQUE:

QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO AMBIENTAL ANTES E DEPOIS DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Questionário 1

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QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO AMBIENTAL ANTES E DEPOIS DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Questionário 2

1. QUAIS SÃO AS PALAVRAS OU IMAGENS QUE VÊM A SUA MENTE QUANDO PENSA EM MEIO AMBIENTE?

2. QUEM VOCÊ ACHA QUE É RESPONSÁVEL POR CUIDAR DO MEIO AMBIENTE?

3. DESCREVA O QUE VOCÊ APRENDEU DE MAIS IMPORTANTE DURANTE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PROGRAMA NATIVA.

4. DEPOIS DE TER RECEBIDO DO PROGRAMA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL TODOS ESTES CONHECIMENTO, COMO VOCÊ DESCREVERIA UMA MARGEM DE RIO PRESERVADA E SAUDÁVEL?

5. VOCÊ SABE AGORA O QUE É MATA CILIAR? ( ) Sim ( ) Não

EXPLIQUE:

6. QUAL DESTAS 4 FIGURAS MELHOR DEFINE O QUE É A MATA CILIAR?

( ) Figura 01 ( ) Ffigura 02 ( ) Figura 03 ( ) Figura 04

7. VOCÊ GOSTOU DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

( ) Sim ( ) Não

Por quê?:

QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO AMBIENTAL ANTES E DEPOIS DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Questionário 2

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BECKER, M.; DALPONTE, J. C. 1991. Rastros de mamíferos silvestres brasileiros. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 180p.

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Figuras:Acervo ACAPRENA (Projeto de Elaboração do Plano de Manejo do PNSI), Daniela Curtipassi, Elias João de Melo, Gregory Thom e Silva, Iumaã Bacca, Lauro Eduardo Bacca, Rejane H. Reuter, Tiago Vieira.

Textos:Carlos Augusto Krieck, Elias João de Melo, Ernesto Jacob Keim, Fabiana de Favere, Franciele Oliveira Dias, José Constantino Sommer, Karin Schacht, Rejane H. Reuter, Rudi Laps, Sergio Feuser

Ernesto Jacob KeimIBAMAJosé Constantino Sommer (FAEMA)Universidade Regional de Blumenau - FURBA toda equipe do projeto de elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional da Serra do Itajaí

Associação Catarinense de Preservação da Natureza

[email protected] | (47) 3321-0434

Rua Antônio da Veiga, 140 - sl. D-107 - Bairro: Victor Konder - Blumenau - SC - 89012-900

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Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do BrasilComponente Projetos Demonstrativos PDA - Mata Atlântica

Desenhos que ilustram esta edição:Desenhos que ilustram esta edição:

Páginas 04 e 05Vanessa

EEB Nilo Borghesi - Blumenau

Páginas 10 e 11Maira

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Capa, páginas 16 e 17Letícia M. Gubert

EEF Prof. Rudolfo Gunther - Gaspar

Capa, páginas 18 e 19Carolina Vanzuita

EBM Margarida Freigang - Blumenau

Páginas 12 e 13Bárbara Vitorino

EBM Margarida Freigang - Blumenau

Páginas 20 e 21Bruna Vitorino

EBM Margarida Freigang - Blumenau

Capa, páginas 14 e 15Aline C. Dutra

EEF Prof. Rudolfo Gunther - Gaspar

Páginas 08 e 09Pierre A. Münch

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Capa, páginas 06 e 07Marcos S. Suem

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Páginas 22 e 23Janieli Ebel

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Páginas 24 e 25Bruno

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Páginas 26 e 27

Nicolas H. SchulzEEF Prof. Rudolfo Gunther - Gaspar

Páginas 28 e 29Franciele Milmersted

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Páginas 34 e 35Samara libone

EEB Nilo Borghesi - Blumenau

Páginas 38 e 39Letícia

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Capa, páginas 30 e 31Ana

ERM Cesário Régis - Guabiruba

Páginas 32 e 33Simone Garcia

EBM Margarida Freigang - Blumenau

Páginas 40 e 41Rafael Wendelich

EBM Margarida Freigang - Blumenau

Páginas 42 e 43Sabrina Garcia

EBM Margarida Freigang - Blumenau

Páginas 44 e 45

Lucas EBM Cesário Régis - Guabiruba

Páginas 44 e 45

Lucas EBM Cesário Régis - Guabiruba

Capa

Anísio GarciaEBM Cesário Régis - Guabiruba

Associação Catarinense de Preservação da Natureza

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