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Trabalho realizado por: Mariana Freitas, nº23 12º 2ª Escola Secundária Rainha Dona Leonor Disciplina de Português Prof. Lucília Cid

Os lusíadas – canto vii

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Page 1: Os lusíadas – canto vii

Trabalho realizado por:

Mariana Freitas, nº23

12º 2ª

Escola Secundária Rainha Dona Leonor

Disciplina de Português Prof. Lucília Cid

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Canto VII

Estâncias 78 à 87

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Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego,Eu, que cometo, insano e temerário,Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,Por caminho tão árduo, longo e vário!Vosso favor invoco, que navegoPor alto mar, com vento tão contrárioQue, se não me ajudais, hei grande medoQue o meu fraco batel se alague cedo.

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E ainda, Ninfas minhas, não bastavaQue tamanhas misérias me cercassem,Senão que aqueles que eu cantando andavaTal prémio de meus versos me tornassem:A troco dos descansos que esperava,Das capelas de louro que me honrassem,Trabalhos nunca usados me inventaram,Com que em tão duro estado me deitaram.

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Vede, Ninfas, que engenhos de senhoresO vosso Tejo cria valerosos,Que assim sabem prezar, com tais favoresA quem os faz, cantando, gloriosos!Que exemplos a futuros escritores,Pera espertar engenhos curiosos,Pera porem as cousas em memóriaQue merecerem ter eterna glória!

Pois logo, em tantos males, é forçadoQue só vosso favor me não faleça,Principalmente aqui, que sou chegadoOnde feitos diversos engrandeça:Dai-mo vós sós, que eu tenho já juradoQue não no empregue em quem o não mereça,Nem por lisonja louve algum subido,Sob pena de não ser agradecido.

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Nem creiais, Ninfas, não, que a fama desseA quem ao bem comum e do seu ReiAntepuser seu próprio interesse,Inimigo da divina e humana Lei.Nenhum ambicioso, que quisesseSubir a grandes cargos, cantarei,Só por poder com torpes exercíciosUsar mais largamente de seus vícios;

Nenhum que use de seu poder bastante, Para servir a seu desejo feio, E que, por comprazer ao vulgo errante,Se muda em mais figuras que Proteio.Nem, Camenas, também cuides que canto Quem , com hábito honesto e grave, veio,Por contentar ao Rei no ofício novo,A despir e roubar o pobre povo.

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Nem quem acha que é justo e que é direitoGuardar-se a lei do Rei severamente,E não acha que é justo e bom respeito,Que se pague o suor da servil gente;Nem quem sempre, com pouco experto peito,Razões aprende, e cuida que é prudente,Para taxar, com mão rapace e escassa,Os trabalhos alheios, que não passa.

Aqueles sós direi, que aventuraramPor seu Deus, por seu Rei, a amada vida,Onde, perdendo-a, em fama a dilataram,Tão bem de suas obras merecida.Apolo, e as Musas que me acompanharam,Me dobrarão a fúria concedida,Enquanto eu tomo alento descansado,Por tornar ao trabalho, mais folgado.

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Crítica os Portugueses por não lhe darem o devido

valor, nem valorizarem a sua obra;

Não vai cantar a ambiciosos, nem aos que abusam do seu poder;

Crítica os oportunistas;

Vai cantar aos que dão a vida por Deus e espalham a fé.

Reflexão do poeta

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Actualidade

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“(…) Na verdade, esses “fertilizantes” e “incensos”,

vendidos a preços que vão dos 4,5 euros aos 40 euros ou mais, não

alimentam a terra nem perfumam a casa: são substitutos químicos – e

legais – de drogas ilegais como cocaína, ecstasy, LSD e canábis. Mas não

são vendidos dessa maneira: de acordo com o discurso oficial dos

proprietários das lojas, os produtos não se destinam, de maneira

nenhuma, ao consumo humano. Mais: afirmam que não têm nada a ver

com as drogas vendidas por traficantes. A tentativa de ocultar a

realidade prossegue nas embalagens. No invólucro do “fertilizante”

Charlie, por exemplo, há um anjo-diabo de sorriso maquiavélico, em vez

de um tufo de relva bem verde – mas as instruções de utilização são

dirigidas a pretensos jardineiros: (…)

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O problema é que nada disto resiste ao choque com a realidade. Nem à

primeira pergunta de um potencial cliente. As dicas de utilização que o

funcionário da Freemind deu à SÁBADO não bateram certo com as da

embalagem. (…) Joaquim Margalho Carrilho, psiquiatra e especialista em

medicina de adição, explica à SÁBADO que as smartshops só podem vender

produtos deste género porque as substâncias utilizadas não constam das

listas de substâncias psicoactivas proibidas. Ou seja, existe um vazio legal:

“Muitos dos componentes destas drogas são altamente tóxicos, o problema é

que são também desconhecidos e quem as faz está constantemente a alterá-

los. Até um laboratório de toxicologia forense tem dificuldades em

identificar estas substâncias.” (…)

Revista SÁBADO, 10 de Janeiro de 2013

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Na entrevista com Oprah Winfrey,

gravada a 14 de janeiro, Armstrong garantiu que a última vez

que se tinha dopado tinha sido em 2005 e que não o tinha feito

em 2009 e 2010 quando voltou à competição para correr de

novo no Tour de França.

Armstrong perdeu os sete títulos da Volta à França e está

afastado para sempre do ciclismo sendo que o organismo

norte-americano anti-doping considera que participou no

programa de doping "mais sofisticado, profissional e com

sucesso que o desporto alguma vez viu".Jornal EXPRESSO, 26 de Janeiro de 2013

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Reflexão do poeta

Actualidade

Vs.

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Reflexão do poeta Actualidade

Crítica os portugueses por não lhe darem o devido valor nem à sua obra.

Não darmos valor ao que é nosso (cultura, literatura, etc).

Crítica os ambiciosos pelo abuso de poder. Caso Armstrong.

Critica os oportunistas. Smartshops e a lei portuguesa sobre estas lojas.

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