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“Os medíocres promovem quem os bajula, não quem os sacode. A este precisam suprimir a qualquer custo.” (Emir Calluf) CRÉDITOS e FORMATAÇÃO: acnnassifslides

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“Os medíocres promovem quem os bajula, não quem os sacode. A este precisam suprimir a qualquer custo.”

(Emir Calluf)

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O que podemos aprender com a parábola que fala dos sapos e os vaga-

lumes?

Por que os sapos guerreiam contra os vaga-lumes?

Por que não podem vê-los, sem que os abocanhem?

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É um paradoxo: mais do que de máquinas e invenções, tanto a sociedade quanto o indivíduo precisam de

gente mais evoluída, mais inteligente, mais profunda.

Porque são eles que, com palavras, atos e exemplos, nos impelem a avançar.

Não se vangloriariam os sapos, caso alguns deles começassem, milagrosamente, a voar e

reluzir como vaga-lumes?CRÉDITOS e FORMATAÇÃO:

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A tragédia, no entanto, consiste em que os sapos se ponham a devorar os

vaga-lumes, em vez de admirá-los;

em que, tão logo apareça uma pessoa excepcional,

esforcemo-nos por suprimi-la.

E isto é tão comum que, quase sempre, popularidade

denota mediocridade, ao passo que ataque ou rejeição

revelam valor:

o público aplaude a quem o confirma na futilidade;

repele a quem, obrigando-o a refletir, força-o a evoluir.

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Foi Platão, há 25 séculos, que resumiu melhor todo este ministério de maldade e ignorância:

“se houvesse um homem totalmente justo, que passasse a vida fazendo o bem, ajudando e amando os

semelhantes, como é que estes os tratariam? Coroá-lo-iam rei? Escutá-lo-iam, ser-lhe-iam gratos, amá-lo-iam?

Ah, que ingenuidade a nossa: haveriam sim de prendê-lo,

açoitá-lo, crucificá-lo e tentar suprimir até a sua lembrança da face terrestre...”

Mal sabia ele que estava descrevendo a sina de Jesus e, em menor escala, a de todos os homens e mulheres que

a Ele se assemelhavam...

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Antes, porém, de nos horrorizar à tolice e brutalidade

humana, perguntemos se é isto que nós próprios fazemos com qualquer pessoa que nos sobrepuje

em inteligência e sabedoria.

Se não nos esforçamos por esmagá-la, ou quando não,

o que é pior, por jogá-la fora?

Infeliz de nós, então, porque estaremos nos identificando

com os sapos, que engolem os vaga-lumes por um

motivo apenas: porque brilham..."CRÉDITOS e FORMATAÇÃO:

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Os sapos e os vaga-lumes

Texto: Emir Calluf (1977)

Formatação: acnnassif slides

Musica: Girassois da Rússia Henry Mancini

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OS SAPOS E OS VAGA-LUMES(TEXTO DO ARTIGO ORIGINAL

Os medíocres promovem quem os bajula, não quem os sacode. A este precisam suprimir a qualquer custo.

(Emir Calluf)

O que podemos aprender com a parábola que fala dos sapos e os vaga-lumes? Por que os sapos guerreiam contra os vaga-lumes? Por que não podem vê-los, sem que os abocanhem?

Um dia um pirilampo resolveu dirimir as dúvidas e perguntou: "Sr. Sapo, por que vive tentando nos devorar, já que nenhum mal lhe fazemos?" Ao que filosofou o batráquio: "Ora, simplesmente porque vocês brilham".

Parábola animal que nos conduz a uma triste verdade humana: a incapacidade de aturarmos quem nos é superior, a maldade pela qual abafamos qualquer pessoa que se sobressaia.

É um paradoxo: mais do que de máquinas e invenções, tanto a sociedade quanto o indivíduo precisam de gente mais evoluída, mais inteligente, mais profunda. Porque são eles que, com palavras, atos e exemplos, nos impelem a avançar. Não se vangloriariam os sapos, caso alguns deles começassem, milagrosamente, a voar e reluzir como vaga-lumes?

A tragédia, no entanto, consiste em que os sapos se ponham a devorar os vaga-lumes, em vez de admirá-los; em que, tão logo apareça uma pessoa excepcional, esforcemo-nos por suprimi-la. E isto é tão comum que, quase sempre, popularidade denota mediocridade, ao passo que ataque ou rejeição revelam valor: o público aplaude a quem o confirma na futilidade; repele a quem, obrigando-o a refletir, força-o a evoluir.

Jamais os sapos elegeriam ou premiariam os vaga-lumes, e sim a outros sapos que os mantenham nas trevas, embora fosse aquela a única maneira de, aos poucos, principiarem a acender-se e se erguer... Porém, a marca de uma superioridade verdadeira está exatamente em preferir ser tragado com luz, a continuar solto como trevas: se a condição para manter a vida é que se transformem em batráquios, de que traiam a si e a sua missão, os vaga-lumes preferirão morrer...

Foi Platão, há 25 séculos, que resumiu melhor todo este ministério de maldade e ignorância: “se houvesse um homem totalmente justo, que passasse a vida fazendo o bem, ajudando e amando os semelhantes, como é que estes os tratariam? Coroá-lo-iam rei? Escutá-lo-iam, ser-lhe-iam gratos, amá-lo-iam? Ah, que ingenuidade a nossa: haveriam sim de prendê-lo, açoitá-lo, crucificá-lo e tentar suprimir até a sua lembrança da face terrestre...” Mal sabia ele que estava descrevendo a sina de Jesus e, em menor escala, a de todos os homens e mulheres que a Ele se assemelhavam...

Antes, porém, de nos horrorizar à tolice e brutalidade humana, perguntemos se não é isto que nós próprios fazemos com qualquer pessoa que nos sobrepuje em inteligência e sabedoria. Se não nos esforçamos por esmagá-la, ou quando não, o que é pior, por jogá-la fora? Infeliz de nós, então, porque estaremos nos identificando com os sapos, que engolem os vaga-lumes por um motivo apenas: “porque brilhamporque brilham...”