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PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC 1 PED ABC Novembro 2013 1. Compreende os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO DO ABC O mercado de trabalho no biênio 2011-2012 Dia Nacional da Consciência Negra

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PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC1

PED ABC

Novembro 2013

1. Compreende os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHODA REGIÃO DO ABC

O mercado de trabalho

no biênio 2011-2012

Dia Nacional da Consciência Negra

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

A rota de redução de desigualdades no Grande ABC

O crescimento econômico da última década contribuiu para a re-dução dos diferenciais entre negros e não negros1 em alguns indicado-res do mercado de trabalho. No biênio 2011-2012, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego, a diferença entre as taxas de desemprego total de negros e não negros foi a menor da série histórica da pesquisa (2,7 pontos porcentuais). Além disso, a tendência de formalização dos vínculos de trabalho favoreceu principalmente os negros, em especial pelo crescimento mais intenso da proporção de ocupações no setor pú-blico e daquelas com carteira assinada no setor privado. Esta ampliação, no entanto, não foi suficiente para se equiparar à proporção dos não negros.

Este estudo pretende colaborar para a identificação de alguns aspectos geradores dessas diferenças e para a indicação de possibilida-des de atuação de políticas públicas que contribuam para a redução das disparidades no mercado de trabalho.

Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego podem ser de-sagregados para análises específicas de determinados segmentos sociais ou econômicos, como a inserção de negros e não negros no mercado de trabalho – tema de estudos realizados desde 2008 pela Fundação Seade para a Região Metropolitana de São Paulo e, pelo segundo ano, para a Região do ABC.2 Assim, com o intuito de continuar contribuindo para o debate dessa questão, a Fundação Seade, Dieese e o Consórcio Intermunicipal Grande ABC apresentam informações atualizadas sobre o tema, referentes ao biênio 2011-2012.

Tanto os estudos divulgados nos anos anteriores com base em dados gerados pela PED como os realizados por outras instituições de análise e pesquisa têm mostrado que, apesar da redução das desigual-dades ao longo das últimas décadas, ainda existem diferenças signifi-cativas nas condições de trabalho vivenciadas por negros e não negros.

1. O segmento de negros é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos e amarelos.

2. “Desigualdade entre negros e não negros ainda persiste no mercado de trabalho”, nov. 2008, “Desigualdade entre negros e não negros no mercado de trabalho, no período 2004-2008”, nov. 2009, “Acesso ao Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda”, nov. 2010, “Os negros no mercado de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo em 2010”, nov. 2011, “Os negros no mercado de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo em 2011”, nov. 2012 e “Os negros no mercado de trabalho da Região do ABC em 2011”, nov. 2012. Disponível em: <www.seade.gov.br>.

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

Mercado de trabalho

No biênio 2011-2012, os negros no Grande ABC representavam cerca de 32% da População em Idade Ativa (PIA) e da População Economicamente Ativa (PEA) – pessoas inseridas no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas –, enquanto seu contingente de desempregados continuava sobrerrepresentado (38%).

Entre os biênios 2009-2010 e 2011-2012, a taxa de participação – definida como a proporção da PEA em relação à PIA – apresentou pequenas variações para negros e não negros, porém em sentidos contrários: positiva para negros (de 62,3% para 63,0%) e negativa para não negros (de 61,0% para 60,6%) (Tabela 1).

Tabela 1Taxas de participação, por raça/cor e sexo, segundo atributos pessoais

Região do ABC – 2009-2012Em porcentagem

Atributos pessoais TotalNegros Não negros

Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens

2009-2010 61,4 62,3 55,1 69,8 61,0 52,6 70,4Faixa etária10 a 15 anos 4,9 - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)16 a 24 anos 74,7 75,4 70,4 80,3 74,4 70,8 77,925 a 39 anos 84,5 82,8 74,5 91,5 85,2 77,0 94,340 a 49 anos 77,7 77,3 68,4 87,2 77,8 64,9 92,850 a 59 anos 59,7 59,1 48,5 71,4 59,9 46,9 75,060 anos e mais 18,4 20,1 - (1) - (1) 17,8 10,1 28,5Nível de instruçãoAnalfabeto 23,8 29,7 - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)Fundamental incompleto 36,2 45,0 38,4 51,8 30,8 23,5 39,6Fundamental completo e médio incompleto 58,4 65,1 53,6 75,5 54,8 44,9 65,2Médio completo e superior incompleto 80,4 84,6 79,2 90,5 78,9 70,2 87,8

Superior completo 88,6 91,4 89,9 92,7 88,4 84,7 92,7Posição no domicílioChefes 72,2 75,1 63,1 80,2 70,9 49,8 78,3Demais membros 55,3 55,1 53,0 58,7 55,4 53,3 60,1

Cônjuges 55,3 57,5 55,6 82,1 54,4 53,6 76,9Filhos 56,1 53,4 51,6 55,0 57,3 55,5 59,0Outros 52,2 55,4 45,3 65,6 50,3 42,2 61,1

(continua)

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

Tabela 1Taxas de participação, por raça/cor e sexo, segundo atributos pessoais

Região do ABC – 2009-2012Em porcentagem

Atributos pessoais TotalNegros Não negros

Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens

2011-2012 61,3 63,0 56,3 70,2 60,6 51,9 70,4Faixa etária10 a 15 anos 4,1 - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)16 a 24 anos 74,5 76,7 71,6 81,9 73,3 69,6 77,125 a 39 anos 84,4 83,0 74,8 91,5 85,1 76,8 94,340 a 49 anos 79,3 78,2 69,9 87,9 79,8 68,0 93,150 a 59 anos 62,5 64,2 54,6 74,7 61,8 47,3 78,460 anos e mais 19,1 22,3 - (1) 32,4 18,1 10,9 28,2Nível de instruçãoAnalfabeto 24,2 29,7 - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)Fundamental incompleto 34,9 44,0 38,4 49,6 29,2 21,0 39,2Fundamental completo e médio incompleto 57,7 64,4 53,6 74,4 53,9 42,3 65,7Médio completo e superior incompleto 78,7 83,1 76,0 90,8 76,9 68,2 86,1Superior completo 87,5 92,7 90,2 96,3 86,8 83,8 90,5Posição no domicílioChefes 71,5 74,9 60,9 80,7 69,9 49,8 77,2Demais membros 55,4 56,0 55,1 57,8 55,1 52,4 61,1

Cônjuges 55,0 58,3 57,0 76,5 53,7 52,7 78,8Filhos 56,6 54,5 54,3 54,7 57,5 55,7 59,2Outros 51,9 55,4 47,5 64,0 50,0 38,7 65,6

Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade – Dieese, MTE/FAT e Consór-cio Intermunicipal Grande ABC.(1) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

As mudanças estruturais no mercado de trabalho são observáveis apenas em perí-odos mais longos. Assim, em relação ao biênio 2002-2003, a taxa de participação diminuiu tanto para negros como para não negros, principalmente para homens, chefes e pessoas com menor nível de instrução.

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

A variação positiva da taxa de participação de negros decorreu do au-mento mais intenso em alguns grupos populacionais específicos, como os dos mais velhos, de mulheres, de cônjuges e filhos e de pessoas com ensino supe-rior completo. Já a ligeira redução dessa taxa para os não negros deveu-se ao decréscimo observado com maior intensidade entre os mais jovens, mulheres, chefes e cônjuges e, de forma generalizada, entre os níveis de instrução ana-lisados.

Desemprego

No período em análise, a taxa de desemprego diminuiu, principalmente, para negros (de 15,1% para 11,9%) e, em menor intensidade, para não negros (de 10,8% para 9,2%) (Gráfico 1).

A maior proporção de desempregados entre os negros reflete-se nas diferenças entre sua taxa de desemprego e a dos não negros. No entanto, como as taxas de desemprego total dos dois segmentos diminuíram sensivel-mente nos últimos anos, principalmente para os negros, também a diferença entre eles se reduziu, passando a ser de 2,7 pontos porcentuais no período em análise, a menor na série histórica da pesquisa, iniciada em 1998 (em 2002-2003, por exemplo, era de 7,3 pontos porcentuais).

Gráfico 1Taxas de desemprego, segundo raça/cor

Região do ABC – 2009-2012

Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

15,1

11,910,8

9,2

2009-10 2011-12

Negros Não negrosEm %

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

Tabela 2Taxas de desemprego, por raça/cor e sexo, segundo atributos pessoais

Região do ABC – 2009-2012Em porcentagem

Atributos pessoais TotalNegros Não negros

Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens

2009-2010 12,1 15,1 18,4 12,4 10,8 13,4 8,6

Faixa etária

10 a 15 anos - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

16 a 24 anos 23,1 26,7 32,0 22,5 21,3 24,0 18,9

25 a 39 anos 10,7 14,0 16,7 11,7 9,3 12,5 6,4

40 a 49 anos 7,0 - (1) - (1) - (1) 6,3 - (1) - (1)

50 a 59 anos 6,0 - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

60 anos e mais - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

Nível de instrução

Analfabeto - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

Fundamental incompleto 11,2 12,7 16,9 - (1) 9,7 - (1) - (1)

Fundamental completo e médio incompleto 17,6 20,3 - (1) 18,4 16,0 19,3 13,6

Médio completo e superior incompleto 13,0 15,3 19,3 11,7 12,0 15,8 8,9

Superior completo 5,9 - (1) - (1) - (1) 5,4 - (1) - (1)

Posição no domicílio

Chefes 6,2 8,1 - (1) 6,9 5,3 - (1) 4,7

Demais membros 16,5 20,5 20,5 20,5 14,7 14,4 15,2

Cônjuges 11,9 15,0 15,8 - (1) 10,7 10,8 - (1)

Filhos 19,6 24,2 27,2 21,8 17,6 19,1 16,4Outros 18,1 - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

(continua)

Entre os segmentos populacionais analisados, houve decréscimo gene-ralizado da taxa de desemprego dos negros e, entre os não negros, diminuiu para a maioria dos grupos, exceto para chefes de domicílio e pessoas com nível superior completo, cujas taxas permaneceram praticamente no mesmo patamar, já bastante baixos (Tabela 2).

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

Tabela 2Taxas de desemprego, por raça/cor e sexo, segundo atributos pessoais

Região do ABC – 2009-2012Em porcentagem

Atributos pessoais TotalNegros Não negros

Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens

2011-2012 10,1 11,9 14,7 9,6 9,2 10,5 8,1

Faixa etária

10 a 15 anos - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

16 a 24 anos 20,4 23,4 27,9 19,4 18,8 20,2 17,6

25 a 39 anos 9,2 10,6 13,6 - (1) 8,5 10,2 7,0

40 a 49 anos 5,5 - (1) - (1) - (1) 5,2 - (1) - (1)

50 a 59 anos 5,0 - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

60 anos e mais - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

Nível de instrução

Analfabeto - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1) - (1)

Fundamental incompleto 8,6 9,6 - (1) - (1) 7,6 - (1) - (1)Fundamental completo e médio incompleto 15,3 16,8 - (1) - (1) 14,3 18,2 11,7Médio completo e superior incompleto 11,0 12,3 15,4 9,5 10,4 12,5 8,6Superior completo 5,2 - (1) - (1) - (1) 5,1 - (1) - (1)

Posição no domicílio

Chefes 5,5 5,8 - (1) - (1) 5,4 - (1) 5,1

Demais membros 13,6 16,8 16,5 17,4 12,0 11,5 13,2

Cônjuges 9,2 11,6 12,3 - (1) 8,0 8,0 - (1)

Filhos 16,5 21,6 22,8 20,5 14,2 15,5 13,1

Outros 15,5 - (1) - (1) - (1) 16,4 - (1) - (1)Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.(1) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

Em relação a 2002-2003, houve forte redução da taxa de desemprego, principal-mente para os negros, destacando-se, em ambos os segmentos de raça/cor, os mais jovens, mulheres, cônjuges, filhos e pessoas com menor nível de instrução.

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

Gráfico 2Distribuição dos ocupados, por setor de atividade econômica, segundo raça/cor

Região do ABC – 2011-2012

Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.(1) Seções H a T da CNAE 2.0 domiciliar. (2) Seção G da CNAE 2.0 domiciliar. (3) Seção C da CNAE 2.0 domiciliar.(4) Seção F da CNAE 2.0 domiciliar.

Ocupação

Os diferenciais de inserção no mercado de trabalho entre negros e não ne-gros podem ser mais bem identificados quando se observa a composição dos ocupados nos principais setores de atividade econômica, segundo raça/cor (Gráfico 2).

Responsável por cerca de metade dos postos de trabalho no Gran-de ABC, o setor de Serviços abrigava 47,2% do total de ocupados negros e 50,1% de não negros, em 2011-2012. A participação de não negros tam-bém era ligeiramente superior na Indústria de Transformação (27,2% contra 26,7% de negros) e no Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Mo-tocicletas (17,4% e 16,3%).

Os segmentos em que a proporção de negros superava a de não negros – Construção (8,9% e 4,4%, respectivamente) e alguns ramos dos Serviços, como os Domésticos (8,4% e 3,8%) – são aqueles em que ainda predominam postos de trabalho com menores exigências de escolaridade e qualificação profissional, remunerações mais baixas e relações de trabalho mais precárias, sendo, por consequência, menos valorizados socialmente. No entanto, as re-centes mudanças na legislação trabalhista para empregados domésticos e nas

Serviços (1) Comércio, reparação de veículos automotores

e motocicletas (2)

Indústria detransformação

(3)

Construção (4)

Negros Não negros

47,2

16,3

26,7

8,9

50,1

17,4

27,2

4,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0Em %

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

Gráfico 3Distribuição dos ocupados nos serviços, por subsetor, segundo raça/cor

Região do ABC – 2011-2012

Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.(1) Seção H da CNAE 2.0 domiciliar. (2) Seções J, K e M da CNAE 2.0 domiciliar. (3) Seção N da CNAE 2.0 domiciliar. (4) Seções O, P e Q da CNAE 2.0 domiciliar. (5) Seções I, S e R da CNAE 2.0 domiciliar. (6) Seção T da CNAE 2.0 domiciliar.

condições de trabalho na construção civil têm atenuado algumas distorções em relação a outros setores de atividade, inclusive no que diz respeito aos rendimentos, como será visto adiante.

Entre os demais subsetores dos Serviços, a proporção de negros também era maior do que a de não negros naqueles em que, de modo geral, se requer menor qualificação para o desempenho das atividades, como no caso de Ativi-dades administrativas e serviços complementares (como vigilância, limpeza e te-leatendimento) e Alojamento, alimentação e outros serviços pessoais (Gráfico 3).

Pela ótica da posição na ocupação, assalariados negros (70,6%) pos-suíam participação pouco menor do que os não negros (72,8%), em seus respectivos totais de ocupados, em 2011-2012. Proporcionalmente, os ocupa-dos negros também estavam menos representados do que os não negros no assalariamento privado com carteira de trabalho assinada (54,7% e 55,5%, respectivamente), passando a maiores proporções nas ocupações que, em geral, são mais precárias e cujos rendimentos são menores: assalariamento sem carteira de trabalho assinada no setor privado (9,4% negros e 8,5% não

Transporte,armazenagem

e correio (1)

Informação ecomunicação,

atividades financeiras,de seguros e

serviços relacionados,atividades profissionais,científicas e técnicas (2)

Atividadesadministrativas

e serviços complementares

(3)

Administração pública, defesa e seguridade social,

educação, saúde humana e

serviços sociais (4)

Alojamento e alimentação, outras

atividades de serviços, artes, cultura,

esporte e recreação (5)

Serviços domésticos

(6)

Negros Não negros

5,94,2

7,2

10,4 10,8

8,4

5,8

10,7

5,3

14,6

9,1

3,8

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0Em %

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

negros); trabalho autônomo (16,4% e 13,7%, respectivamente); e, como já visto, trabalho doméstico (8,4% e 3,8%, respectivamente) (Tabela 3).

A diferença entre as participações de negros e não negros assalariados no setor público (6,5% e 8,8%, respectivamente), possivelmente, tem origem no fato de que cerca de metade dos assalariados nesse segmento possui nível de escolaridade superior. Essa característica, associada ao fato de o ingresso no setor público ocorrer principalmente por meio de concursos, permite inferir que a sub-representação de negros deve-se, principalmente, às suas históricas dificuldades de acesso aos níveis mais elevados de ensino.

Tabela 3Distribuição dos ocupados, por raça/cor, segundo posição na ocupação

Região do ABC – 2009-2012Em porcentagem

Posição na ocupação Total Negros Não negros2009-2010 100,0 100,0 100,0 Total de assalariados (1) 71,3 68,8 72,4

Setor privado 63,5 62,9 63,8

Com carteira 53,3 51,8 54,0

Sem carteira 10,2 11,2 9,8

Setor público 7,8 5,9 8,6

Autônomos 15,3 16,9 14,6

Empregados domésticos 6,0 10,3 4,1

Demais posições (2) 7,5 4,0 8,9

2011-12 100,0 100,0 100,0 Total de assalariados (1) 72,1 70,6 72,8

Setor privado 64,0 64,0 64,0

Com carteira 55,2 54,7 55,5

Sem carteira 8,8 9,4 8,5

Setor público 8,1 6,5 8,8

Autônomos 14,6 16,4 13,7

Empregados domésticos 5,3 8,4 3,8

Demais posições (2) 8,1 4,5 9,7Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.(1) Inclui os assalariados que não sabem a qual setor pertencem.(2) Incluem empregadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, etc.

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OS NEGROS NO MERCADO DE tRABAlhO DA REGIÃO DO ABC

PED ABC

No agregado demais posições – que reúne empregadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, entre outros – é ainda mais forte a diferença entre a participação de negros (4,5%) e não negros (9,7%). Possuir nível superior de escolaridade (como é o caso dos profissionais universitários) ou dispor de riqueza acumulada que permita montar um ne-gócio (caso dos empregadores e donos de negócio familiar) são os principais fatores que explicam a exclusão de grande parte dos negros. A persistência de elementos históricos, portanto, mais do que qualquer outro fator, ajuda a entender a desigualdade presente nestas posições ocupacionais.

Explicação semelhante pode ser adotada para a expressiva sobrerrepre-sentação de negros como empregados domésticos. Esse segmento compõe-se de ocupações cujos requisitos de qualificação profissional dependem menos da formação escolar do que da experiência de trabalho. Estudos recentes da Fundação Seade e do Dieese, com base nos dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED, constataram que o emprego doméstico tem sido exercido, predominantemente, por mulheres negras, com idade mais avançada e baixo nível de escolaridade. As mudanças que passam a ocorrer nas condições de trabalho de negras e não negras após a aprovação da Emenda Constitucional nº 72, de abril de 2013, que amplia os direitos dessas trabalhadoras, possivel-mente irão se refletir na participação de assalariadas com e sem carteira de tra-balho assinada e de diaristas, bem como em seus rendimentos e características pessoais. Tais alterações poderão ser aferidas pela pesquisa nos próximos anos.

Não obstante os diferenciais entre os segmentos de raça/cor, em que os negros se encontram em condições menos favoráveis, vale destacar que os movimentos de formalização da inserção ocupacional foram mais evidentes

Na comparação com 2002-2003, os movimentos entre as posições ocupacionais para negros e não negros foram no mesmo sentido, mas com intensidades distintas. Assim, a tendência de formalização das ocupações ocorreu para os dois contingen-tes, mas um pouco mais forte para os negros: a proporção do assalariamento com carteira de trabalho assinada no setor privado aumentou 10,7 pontos porcentuais para negros e 9,8 para não negros; em contraponto, o trabalho doméstico diminuiu 2,6 e 1,3 pontos porcentuais, respectivamente.

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PED ABC

entre estes, percebidos pelo aumento mais intenso do que o observado para os não negros das proporções de assalariados no setor público e daqueles com carteira assinada no setor privado e pelo decréscimo mais forte entre os assalariados sem carteira assinada no setor privado e entre os empregados domésticos.

Rendimentos do trabalho

As informações sobre os rendimentos do trabalho de negros e não ne-gros na Região do ABC, no biênio 2011-2012, demonstram a permanência de desigualdades há muito tempo identificadas no mercado de trabalho.

As razões mais evidentes dessa diferença, em que o rendimento médio por hora3 de negros (R$ 7,06) representava 58,6% daquele recebido por não negros (R$ 12,06), em 2011-2012, residem nas distintas estruturas ocupacio-nais em que esses segmentos estão inseridos, conforme anteriormente descri-tas. O crescimento um pouco mais intenso do rendimento por hora dos não negros (5,9%) em relação ao dos negros (4,4%), entre 2009-2010 e 2011-2012, aumentou, ligeiramente, a diferença de patamares já bastante distantes (dos 59,4% que representava o rendimento médio por hora dos negros em relação ao dos não negros, passou para 58,6%).

As maiores desigualdades de rendimentos por raça/cor continuam sen-do verificadas nos setores em que a proporção de não negros supera a de negros e cujos rendimentos médios são mais elevados, geralmente em setores em que a estrutura produtiva é mais diversificada e com segmentos de uso intensivo de capital, fatores que requerem maiores qualificações dos trabalha-dores. Assim, em segmentos dos Serviços, como o de Administração pública, a diferença era maior, uma vez que os negros recebiam apenas 55,6% dos rendimentos por hora dos não negros, bem como na Indústria de transforma-ção (60,5%). Essa relação melhora no Comércio (66,9%), nos Serviços de Alo-jamento e alimentação (78,8%) e, principalmente, nos Serviços Domésticos, segmento em que os negros obtiveram rendimentos quase iguais aos dos não negros (94,4%) (Tabela 4).

3. Os dados de rendimentos são analisados por hora com o objetivo de eliminar eventuais problemas de comparação devido a diferenciais de jornada de trabalho entre homens e mulheres, raça/cor, setores e ramos de atividade.

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PED ABC

Tabela 4 Rendimento médio real por hora (1) dos ocupados (2) no trabalho principal, por

raça/cor e sexo, segundo setores de atividade econômicaRegião do ABC – 2011-2012

Em reais de junho de 2013

Setores de atividade TotalNegros Não Negros

Total Mulhe-res

Ho-mens Total Mulhe-

resHo-

mensTotal (3) 10,45 7,06 5,76 8,11 12,06 9,69 13,87Indústria de transformação (4) 12,63 8,73 - (15) 9,80 14,42 10,66 15,79

Metal-mecânica (5) 14,70 10,03 - (15) 10,62 16,61 - (15) 17,61

Construção (6) 9,45 -(15) - (15) - (15) - (15) - (15) - (15)

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (7) 7,78 5,76 - (15) - (15) 8,61 6,85 9,95

Serviços (8) 10,33 6,64 5,81 8,07 12,02 10,21 14,36

Transporte, armazenagem e correio (9) 10,51 - (15) - (15) - (15) 11,99 - (15) - (15)

Informação e comunicação, ativi-dades financeiras, de seguros e serviços relacionados, atividades pro-fissionais, científicas e técnicas (10)

17,31 - (15) - (15) - (15) 18,47 14,81 21,50

Atividades administrativas e serviços complementares (11) 6,77 - (15) - (15) - (15) 7,52 - (15) - (15)

Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (12)

12,78 8,06 - (15) - (15) 14,50 12,89 - (15)

Alojamento e alimentação, outras atividades de serviços, artes, cultura, esporte e recreação (13)

7,06 6,03 - (15) - (15) 7,65 6,96 - (15)

Serviços Domésticos (14) 5,10 4,95 4,94 - (15) 5,25 - (15) - (15)Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese.(2) Exclusive os assalariados e os empregados domésticos mensalistas que não tiveram remuneração no mês, os traba-lhadores familiares sem remuneração salarial e os empregados que receberam exclusivamente em espécie ou benefício.(3) Inclui agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (Seção A); indústrias extrativas (Seção B); eletri-cidade e gás (Seção D); água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (Seção E); organismos in-ternacionais e outras instituições extraterritoriais (Seção U); atividades mal definidas (Seção U). As seções mencionadas referem-se à CNAE 2.0 domiciliar.(4) Seção C da CNAE 2.0 domiciliar. (5) Divisões 24 a 29 da CNAE 2.0 domiciliar. (6) Seção F da CNAE 2.0 domiciliar. (7) Seção G da CNAE 2.0 domiciliar. (8) Inclui atividades imobiliárias – Seção L da CNAE 2.0 domiciliar. (9) Seção H da CNAE 2.0 domiciliar. (10) Seções J, K e M da CNAE 2.0 domiciliar. (11) Seção N da CNAE 2.0 domiciliar. (12) Seções O, P e Q da CNAE 2.0 domiciliar. (13) Seções I, S e R da CNAE 2.0 domiciliar. (14) Seção T da CNAE 2.0 domiciliar.(15) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

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PED ABC

Tabela 5 Rendimento médio real por hora (1) dos ocupados (2) no trabalho principal, por

raça/cor e sexo, segundo posição na ocupação Região do ABC – 2011-2012

Em reais de junho de 2013

Posição na ocupação TotalNegros Não Negros

Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens

Total 10,45 7,06 5,76 8,11 12,06 9,69 13,87 Total de assalariados (3) 10,60 7,41 6,19 8,22 12,07 10,17 13,48

Setor privado 10,05 7,19 5,79 8,03 11,41 9,04 12,97

Com carteira 10,46 7,49 5,99 8,38 11,86 9,47 13,43

Sem carteira 7,19 - (5) - (5) - (5) 8,22 - (5) 9,69

Setor público 15,61 - (5) - (5) - (5) 17,64 16,00 - (5)

Autônomos 8,10 6,14 - (5) - (5) 9,21 6,75 10,68

Empregados domésticos 5,10 4,95 4,94 - (5) 5,25 - (5) - (5)

Demais posições (4) 18,85 - (5) - (5) - (5) 20,13 - (5) - (5)Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese.(2) Exclusive os assalariados e os empregados domésticos mensalistas que não tiveram remuneração no mês, os trabalhadores familiares sem remuneração salarial e os empregados que receberam exclusivamente em espécie ou benefício.(3) Inclui os assalariados que não sabem a qual setor pertencem.(4) Incluem empregadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, etc.(5) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

Os diferenciais de rendimentos, que são maiores quando os valores monetários são mais elevados, também são percebidos na análise por posi-ção na ocupação. Os assalariados negros com carteira de trabalho assinada recebiam 63,1% do que auferiam os não negros, relação que aumenta para 66,7% entre os trabalhadores autônomos (Tabela 5).

Os diferenciais de rendimentos por raça/cor associados àqueles referentes ao sexo são ainda mais reveladores das desigualdades que se mantêm (ou até se intensificam) no mercado de trabalho da região (Gráfico 4) e que, no período analisado, deveram-se à elevação mais forte dos rendimentos dos homens não negros (6,9%).

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O crescimento da economia nos últimos anos e seus reflexos po-sitivos no mercado de trabalho da Região do Grande ABC contribuí-ram para a melhoria geral desse mercado. Como visto, alguns sinais dessas melhorias entre os negros manifestaram-se, em 2011-2012, na redução mais intensa da taxa de desemprego, na elevação da taxa de participação, no comportamento favorável das formas regulamentadas das relações de trabalho que garantem acesso aos direitos trabalhistas e previdenciários e no aumento dos seus rendimentos médios (embora menor do que o verificado para os não negros). Não obstante esses movimentos, desigualdades ainda persistem e, como no caso dos di-ferenciais de rendimento, se intensificam. Assim, depreende-se que o

Gráfico 4Proporção dos rendimentos médios reais por hora (1) dos ocupados (2),

por raça/cor e sexo, em relação aos rendimentos médios reais por hora dos homens não negros

Região do ABC – 2009-2012

Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. Convênio Seade–Dieese, MTE/FAT e Consórcio Intermunicipal Grande ABC.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese.(2) Exclusive os assalariados e os empregados domésticos mensalistas que não tiveram remuneração no mês, os trabalhadores familiares sem remuneração salarial e os empregados que receberam exclusivamente em espécie ou benefício.

100,0

71,2

60,042,2

100,0

69,9

58,5

41,5

Homens não negros

Mulheres não negras

Homens negros Mulheres negras

Em % 2009-2010 2011-2012

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PED ABC

crescimento econômico por si só não é capaz de garantir igualdade de oportunidades em um horizonte razoável de tempo para as atuais e futuras gerações de trabalhadores, enquanto não se atenuarem as discrepâncias socioeconômicas e, mais especificamente, do nível de es-colaridade, importante elemento na melhoria de acesso e trajetória dos indivíduos no mercado de trabalho e das suas possibilidades de ascen-são social e econômica.

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Apoio: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT.

Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho – Sert.

SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

Av. Cásper Líbero 478 CEP 01033-000 São Paulo SPFone (11) 3324.7200 Fax (11) 3324.7324

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