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Os pais detém o direito sobre o corpo dos filhos? Bruna Camisa Francine Miotto Julia Ricardi Rafaela Mateus Leonardo Ebrahim

Os pais detém o direito sobre o corpo dos filhos?

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Os pais detém o direito sobre o corpo dos filhos?. Bruna Camisa Francine Miotto Julia Ricardi Rafaela Mateus Leonardo Ebrahim. TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Os  pais detém  o  direito sobre o corpo dos filhos?

Os pais detém o direito sobre o corpo dos filhos?

Bruna CamisaFrancine Miotto

Julia RicardiRafaela Mateus

Leonardo Ebrahim

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TÍTULO IIDos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO IDOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E

COLETIVOS

• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

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• O artigo 5º trata dos direitos e deveres individuais e coletivos, denominados Direitos Humanos.

• O artigo 5º garante o princípio da isonomia, assegurando aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país os direitos nele elencados;

• A igualdade pode ser: Formal: quando todos são tratados da mesma maneira; Material: quando os mais fracos recebem um tratamento especial afim de se aproximar aos mais fortes.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTECAPÍTULO II - DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E

À DIGNIDADE

• Art. 15.• Art. 16.• Art. 17.• Art. 18.

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A partir de qual mês a gestação de um feto é considerado um ser humano?

• Cientistas: ainda não chegaram a uma conclusão. • Religião (católica): hoje, pra igreja o embrião é

um ser vivo desde a sua concepção.• No plano médico-científico um embrião com

duas, três, quatro ou seis semanas já é uma individualidade. A partir das duas semanas já está em diferenciação dos seus órgãos. É tanto ser humano nesta altura como será às oito semanas ou às dez.

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Aborto• Conceito: Interrupção criminosa da gravidez, causando a morte do

produto da concepção (do feto).• Duas modalidades de aborto constituem fato atípico: Aborto

espontâneo ou natural e aborto acidental.• Duas modalidades de aborto que não constituem crime, desde que

praticado pelo médico (estão no código penal): Gravidez resultante de estupro ou quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.

• Bem jurídico protegido:Nos arts. 124, 125 e 126 - o direito à vida do fetoNos arts. 125 e 126 - além do direito à vida do feto, a vida e a integridade física da gestante

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• Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento Art. 124.

• Aborto provocado por terceiro Art. 125.Art. 126.

• Forma qualificada Art. 127.

• Art. 128.

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• O artigo 2º do Código Civil dita que a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (pessoa por nascer, já concebida no útero materno). Onde o nascimento com vida caracteriza-se pelo ato do nascituro respirar. Desde a concepção o nascituro tem seus direitos assegurados pelo ordenamento jurídico, com a condição que nasça com vida. Antes do nascimento o nascituro não tem personalidade jurídica, mas tem natureza humana (humanidade), razão de ser de sua proteção jurídica pelo Código Civil.

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Transplante de órgãos

• Conceito: Trata-se de uma amputação ou ablação de órgão, com função própria, de um organismo para ser instalado em outro, no qual atenderá às mesmas funções.

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• Lei n. 9.434/97 Art. 9° • § 6º O indivíduo juridicamente incapaz, com

compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos casos de transplante de medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou seus responsáveis legais e autorização judicial e o ato não oferecer risco para a sua saúde.

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Transfusão de sangue

• Art. 4º do ECA, fica exposto que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, e a garantia dessa prioridade compreende a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstância”. 

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Transfusão de sangue

• Art.98 do ECA, “as medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:

• I- por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

• II- por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;

• III- em razão de sua conduta.”.

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Transfusão de sangue

• E ainda, o art.135 do CP, expõe a omissão de socorro em que “deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonado ou extraviada, ou á pessoa inválida ou ferida, ao desamparo em grave e iminente perigo; ou não pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública”.

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Transfusão de sangue

• Idade e maturidade da criança• Aos pais pertence a iniciativa da formação

religiosa dos filhos, até certa idade,quando então estes poderão decidir, por si só, qual religião adotar

• O paciente amadurecido, pode exercitar a objeção de consciência, recusando tratamentos médicos mesmo com a oposição dos representantes legais

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Despacho judicial• Processo: AC 155 RS 2003.71.02.000155-6• Relator(a): VÂNIA HACK DE ALMEIDA• Julgamento: 24/10/2006• Órgão Julgador: TERCEIRA TURMA• Publicação: DJ 01/11/2006 PÁGINA: 686

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Ementa

• Direito à vida. Transfusão de sangue. Testemunhas de jeová. Denunciação da lide indeferida. Legitimidade passiva da união. Liberdade de crença religiosa e direito à vida. Impossibilidade de recusa de tratamento médico quando há risco de vida de menor. Vontade dos pais substituída pela manifestação judicial

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• Conflito no caso concreto dois princípios fundamentais consagrados em nosso ordenamento jurídico-constitucional: de um lado o direito à vida e de outro, a liberdade de crença religiosa.A liberdade de crença abrange não apenas a liberdade de cultos, mas também a possibilidade de o indivíduo orientar-se segundo posições religiosas estabelecidas.No caso concreto, a menor autora não detém capacidade civil para expressar sua vontade. A menor não possui consciência suficiente das implicações e da gravidade da situação pata decidir conforme sua vontade. Esta é substituída pela de seus pais que recusam o tratamento consistente em transfusões de sangue.Os pais podem ter sua vontade substituída em prol de interesses maiores, principalmente em se tratando do próprio direito à vida.A restrição à liberdade de crença religiosa encontra amparo no princípio da proporcionalidade, porquanto ela é adequada à preservar à saúde da autora: é necessária porque em face do risco de vida a transfusão de sangue torna-se exigível e, por fim ponderando-se entre vida e liberdade de crença, pesa mais o direito à vida, principalmente em se tratando não da vida de filha menor impúbere.Em conseqüência, somente se admite a prescrição de medicamentos alternativos enquanto não houver urgência ou real perigo de morte.Logo, tendo em vista o pedido formulado na inicial, limitado ao fornecimento de medicamentos, e o princípio da congruência, deve a ação ser julgada improcedente. Contudo, ressalva-se o ponto de vista ora exposto, no que tange ao direito à vida da menor.