12
ISCTE LICENCIATURA EM ANTROPOLOGIA ETNOGRAFIA DA ÍNDIA 2008 ENSAIO FINAL Uma questão de discurso: os selos postais da Índia colonial e pós-colonial ANA CANHOTO N.º 27685 TURMA AB2

Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Um maravilhoso trabalho sobre a construção das identidades coloniais e pós-coloniais através da análise de selos que o meu avô, como marinheiro de guerra, me deixou.

Citation preview

Page 1: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

ISCTE

LICENCIATURA EM ANTROPOLOGIA

ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

2008

ENSAIO FINAL

Uma questão de discurso: os selos postais da

Índia colonial e pós-colonial

ANA CANHOTO

N.º 27685

TURMA AB2

Page 2: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

Ao meu avô Edmundo Canhoto,

por me ter deixado um legado incalculável.

2

Page 3: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

Pequenos pedaços de papel geradores de um imaginário. Deste modo conceptualizamos os

selos. Neles podemos encontrar documentada a ideologia dominante de uma nação. Parecem

pequenos objectos impressos que colamos num envelope ou postal, mas são o quanto baste

para promover um discurso nacionalista. Por meio de imagens de feitos históricos, mitos e

paisagens ou mapas percepcionamos a forma como uma comunidade se representa. Bem

como, este fenómeno postal permite-nos «… compreender diacronicamente a vida da

sociedade.» (Ferreira 2006: 54).

Os primeiros selos foram emitidos em 1840 no Reino Unido e consistiam da figuração da

cabeça da Rainha Vitória, na época a soberana do reino. Rapidamente estes percorreram as

restantes monarquias europeias, que adoptaram este molde «pseudo-monetário» de envio de

correspondência regular. Procurava-se representar a nação sob a forma do símbolo do poder

absolutista – o monarca descendente da aristocracia tradicional. O mesmo se verificou em

Portugal, onde as primeiras estampilhas, produzidas em 1853, representavam o perfil da

Rainha D. Maria II (Cusack 2003: 1).

É neste contexto que procurámos estudar alguns selos do Estado da Índia, nos quais

predomina um discurso de identidade nacional colonialista. Foi, também, nossa intenção

analisar algumas estampilhas do Raj Britânico, bem como da Índia após a sua independência.

Partindo de uma colecção particular e de vários artigos filatélicos é nosso desejo demonstrar

os vários tipos de discurso colonial e pós-colonial.

Com a procura de cristãos e especiarias, como referiu Álvaro Velho no Roteiro da primeira

viagem de Vasco da Gama à Índia, os portugueses encetaram uma história de imaginação.

Há muito que a Índia era um território sonhado pelos Europeus, uma espécie de Éden,

habitado por um povo que, por influência muçulmana, de alguma forma esquecera a sua

natureza cristã. Desta forma se legitimou uma política de «lusitanização» e de

«miscigenação», projecto de difusão da cultura e as tradições portuguesas, idealizado no

século XVI e perpetuado ao longo da colonização (Siqueira 2006).

Com Afonso de Albuquerque, Goa torna-se a capital do Império Português no Oriente e, a

partir desta, «…estabelece-se um sistema hierarquizado e interdependente de cidades,

fortalezas e praças fortificadas.» (Carita 2006: 118). Dá-se início a uma regularidade de

correspondência entre o Vice-Rei da Índia e a Corte de D. Manuel II. Até à segunda metade

do século XIX o correio era enviado via terrestre ou marítima três vezes por semana, pelo

pagamento de um porte. Era frequente a existência de queixas quanto a irregularidades, tendo

sido decidido, em Agosto de 1869, reformar os correios, aplicando estampilhas nas cartas.

Contudo, e de acordo com o Coronel Joaquim Dores, do Clube Filatélico de Portugal, a

3

Page 4: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

utilização de selos de correio terá surgido anterior à referida reforma. Na sua opinião, e com

base num estudo filatélico sobre Damão, «… quando a Índia inglesa começou a usar selos …»

o mesmo se terá verificado no «Estado Português da Índia», recorrendo-se das estampilhas

britânicas cada vez que uma «… carta saísse do território português.» (Dores 2002).

A primeira circulação de selos de correio do Estado da Índia ocorreu em

Outubro de 1871. Consistiam de «… um rectângulo no sentido vertical,

com pequenos arabescos nos cantos, no qual se insere uma oval tendo a

branco, sobre um fundo colorido, as inscrições “SERVIÇO POSTAL” na

parte superior e “INDIA PORT”, na parte inferior.» (Leote 1997: 23).

Como se pode observar no selo da Figura 1, a colecção não exibe qualquer

simbologia relacionada com um discurso de lusitanidade. É nossa opinião que esta ocorrência

poderá estar relacionada com o facto de se tratar de uma emissão de selos cuja produção foi

realizada pela Imprensa de Nova-Goa e em curto espaço de tempo. Segundo Joaquim Leote

foi publicado, no Boletim do Estado da Índia de 16 de Agosto de 1871, o estabelecimento das

regras do uso de estampilhas na expedição de correspondências. No mesmo documento consta

o mês de Outubro como data de circulação. Bem como, este mesmo autor refere as limitações

materiais da Imprensa, explicando várias anomalias na sua produção. Esta colecção designada

de Nativos da Índia foi pela última vez emitida em Setembro de 1883 (Leote 1997).

Desconhecendo quais os selos emitidos nos três anos seguintes, pudemos constatar que, em

1886 circulavam, à semelhança do Império colonial britânico, estampilhas com o esboço de

D. Luís I. A primeira referência à linguagem do colonialismo português, centrada nas

políticas de «lusitanização», mostra-se na colecção de selos Vasco da Gama, emitidos em

1898. Menciona Igor Cusack, professor no Departamento de Estudos Hispânicos, Portugueses

e da América Latina da Universidade de Bristol, ser esta uma colecção que demonstra a

preocupação da metrópole quanto aos portugueses e um total descartar dos assuntos indianos

(2003: 10). O mesmo refere ser este o pensamento vigente do Império, expresso nos selos em

circulação após a Implantação da República. Nestas estampilhas encontra-se destacada a

figura de Ceres, representando a República Portugueza, bem como a indicação de que se trata

de correio da Índia e o seu custo é realizável em tangas1 (ver Figura. 2).

1 Tanga – moeda de bronze utilizada em Goa antes de 1961. No Estado da Índia vigoravam como dividas as

tangas, os réis e as rupias; uma rupia equivalia a 16 tangas e 1 tanga a 960 réis (Reserve Bank of India s.d.).

4

Figura 1

Page 5: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

Figura 2

Nos selos que se seguiram, e que apresentamos na Figura 3, destacam-se vários símbolos do

colonialismo português. Destaca-se, em primeiro lugar, a inserção do termo Império Colonial

Português, ausente nos selos acima referidos.

Na década de 20, e já após o estabelecimento da Ditadura Militar em Portugal, são emitidos

selos, desenhados por Alberto de Sousa, nos quais constam alguns dos homens marcantes da

descoberta e colonização portuguesa na Índia. Destacamos as estampilhas de Vasco da Gama,

que descobriu o Caminha Marítimo para a Índia, D. João de Castro, 4º Vice-Rei da Índia

Portuguesa e um selo do Padre José Vaz, sacerdote em Goa após ter sido expulso de Ceilão

(ver Figura 3). Estava encetado o esboço de um dos pilares fundamentais das políticas

colonialistas dos anos seguintes, com a introdução de personalidades associadas à história das

conquistas portuguesas. Pretendia-se dar a conhecer a possessão de um território longe da

metrópole por acontecimentos de um passado.

Figura 3

Poucos anos mais tarde, com o Estado Novo implementado na metrópole, é declaradamente

evidenciado o discurso do direito de afirmação da nação portuguesa perante as restantes

potências imperiais europeias. Era objectivo, deste modo, demonstrar como o potencial

colonial português resultava de vários séculos de história, argumentando que o colonizador

português teria uma capacidade própria para lidar com os povos colonizados.

Em 8 de Junho de 1930 foi definida por escrito, no Acto Colonial, a função civilizadora de

Portugal. Bem como foi decretada a unificação administrativas das colónias sob poder de um

5

Page 6: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

único administrador. O Estado da Índia perde parte da sua independência administrativa e

torna-se evidente a imposição de um sistema educativo e cultural português. Estas

transformações políticas reflectem-se nos selos de correio, principalmente no que concerne à

simbologia exposta nestes.

Através da análise dos selos da Figura 4 percepcionamos a importância da referência a heróis

ligados às descobertas e conquistas territoriais. Concretamente referimo-nos à imagem de

Mouzinho de Albuquerque e o seu papel na subjugação das populações de Moçambique a

uma administração colonial. Bem como, do Infante D. Henrique, organizador das primeiras

grandes descobertas marítimas. É de destacar que constam, nas margens laterais de ambos os

selos, indicações que nos informam dos seus feitos e território conquistado. A título de

exemplo indicamos, no selo referente a Mouzinho de Albuquerque: em 1895 com a Batalha

de Coolela e o domínio de Magul; a derrota dos Namarrais e Vátuas; Chaimite, onde derrotou

Gungunhana, o rei de Gaza; entre outros. Quanto ao selo do Infante D. Henrique, deste

constam algumas das seguintes descobertas: em 1418 a Madeira por Zarco e Teixeira; Eanes,

em 1434, dobra o Cabo Bojador; em 1440 o Senegal é descoberto por Fernandes; as ilhas de

Cabo Verde são avistadas em 1448 por Valarte e Dias; entre outros.

Figura 4

Sobressai, ainda, no que se refere às políticas coloniais as construções

edificadas durante o Estado Novo, patentes no selo da Figura 4. Neste

constatamos, na barra lateral, a existência de uma linguagem generalista

quanto à indicação específica do efectivado. As indicações constam de:

Hidráulica Agrícola, Estradas e Pontes, Caminhos de Ferro, Telefones,

Comércio e Indústria, Agricultura, Exploração Mineira, Portos de Mar,

Saneamento e Correios e Telégrafos. Parece-nos ser aqui pretensão

demonstrar a capacidade da administração colonial na realização de grandes de obras de

edificação, essenciais ao desenvolvimento dos territórios.

6

Figura 5.

Page 7: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

Após a Segunda Guerra Mundial o quadro das políticas coloniais portuguesas sofre novas

modificações, por pressões externas. Com o fim de alguns impérios, nomeadamente o Império

colonial britânico e, tendo em vista a manutenção das boas relações, em 1951 é decidido

terminar com o discurso do Império Colonial. «… no auge de pressões nacionalistas locais,

Portugal substitui o termo «colónia» por «província …» (Perez 2006: 136), pela aplicação da

designação Províncias Ultramarinas. Contudo, esta foi apenas uma modificação de

denominação. Preservando-se as mesmas políticas de colonização, as quais foram reforçadas

e reprimidas por uma censura que visava assegurar unidade nacional, bem como a moralidade

e intelectualidade da população em geral (Perez 2006: 137).

Este facto pode ser constatado pela observação do selo exposto na Figura 6, pelo confronto

com uma simbologia religiosa que se mantém manifestamente presente na prédica do Estado

Novo, novamente pela figura do Padre José Vaz, trezentos anos

depois do seu nascimento.

Como já foi referido no início deste ensaio, os portugueses

descobriram a Índia acreditando na existência de cristãos neste

território. Segundo consta em alguns documentos históricos S.

Tomé teria-se-ía fixado na Índia no século III, legitimando a

presença do cristianismo neste território. Desta forma, a

civilização associada à evangelização dos povos permitiu que esta doutrina se traduzisse num

pilar da colonização portuguesa.

Para além das estampilhas acima mencionadas, chamaram-nos a atenção as seguintes:

Figura 7

Representando os brasões de Vasco da Gama, D. João de Castro e Afonso de Albuquerque,

com estes se mostra a pretensão de perpetuar na memória estas três figuras da história da

descoberta e colonização da Índia pelos portugueses. Sobressai o facto de que esta colecção,

7

Figura 6.

Page 8: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

segundo informações obtidas na Federação Portuguesa de Filatelia, foi emitida apenas em

escudos.

Destacamos ainda o facto de um dos selos, concretamente a estampilha de Afonso de

Albuquerque, apresentar um carimbo de Goa à data de 1961. Este seria o último ano do

Estado da Índia Portuguesa, com a colonização deste território a chegar ao fim no final de

Dezembro. Ao que conseguimos apurar na Federação Portuguesa de Filatelia, a última

emissão de estampilhas verificou-se em 1960, contudo foi permitida, em território goês e

gujarati, a utilização de selos portugueses até aos primeiros dias de Janeiro do ano 1962.

O mesmo se pode constatar no último selo da Figura 8, onde nitidamente percepcionamos que

se trata de uma carta que terá sido expedida no mês de Maio de 1961. Esta é uma colecção na

qual claramente predomina uma definição territorial. Falamos aqui de um território, o

Gujarate, de domínio britânico, onde Portugal mantinha apenas duas pequenas fracções –

Damão e Diu. Parece-nos que se pretende garantir a possessão de um desses fragmentos, pela

indicação das zonas em questão – Damão Pequeno, Damão Grande, Nagar e Aveli.

Figura 8

Constata-se, em todo o discurso presente nestes selos, a necessidade da administração

portuguesa no Estado da Índia garantir a possessão das colónias. Em nenhuma das

estampilhas, que temos em nossa posse, e em todas as colecções que consultámos em catálogo

da Federação Portuguesa de Filatelia, detectámos qualquer simbologia relacionada com

temáticas indianas. Existe uma clara omissão de valores culturais das comunidades locais,

encontrando-se bem patente como estes selos são formas de representação que serviram de

propaganda de uma Índia portuguesa. Tal como não existem referências à língua e à religião

dos povos nativos, «… não existe qualquer evidência nas imagens reproduzidas nos selos de

qualquer existência pré-colonial nesta parte da Índia …» (Cusack 2003: 11).

8

Page 9: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

Para uma melhor compreensão dos discursos coloniais em contexto indiano, procurámos

analisar alguns selos do colonialismo britânico. Ao que constámos nestes, como discurso de

possessão britânica apenas se destaca a imagem do monarca (ver Figura 9 e Figura 10). Não

existem outras representações de valores culturais britânicos. Bem pelo contrário, pela análise

do selo da Figura 11, podemos verificar que continha uma simbologia relacionada com os

povos nativos.

Figura 9

Figura 10

Figura 11

Podemos concluir que o discurso colonial português é distinto da prédica utilizada pela

administração colonial britânica. Enquanto as estampilhas do Estado da Índia testemunham

um projecto imperialista e nacionalista, pela aplicação de uma «… política colonial da

portucalidade…» (Perez 2006: 135), os selos britânicos parecem nos querer mostrar a

aceitação, por parte destes, da existência da cultura indiana.

Referindo Ernest Gellner, «… o nacionalismo é uma teoria de legitimidade política que exige

que as fronteiras étnicas não atravessem as fronteiras políticas...» (Gellner 1993: 12). Deste

modo inventam-se nações, onde a priori elas não existem – uma Índia como nação

portuguesa.

Como inicialmente referimos, procurámos também pesquisar a forma como a Índia

independente se representou nos primeiros selos emitidos após a independência.

9

Page 10: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

Ao que nos possível apurar e de acordo com Ashok Kumar Bayanwala, os selos do Raj

continuaram a circular após Agosto de 1947 e ainda durante alguns dos seguintes anos. Sob

estes eram colocados carimbos representativos da Bharat, a Índia independente, destacando-se

no primeiro a palavra Jai Hind, quer em inglês quer em hindi. Estes foram utilizados até 1955

(2008a).

A primeira referência à simbologia indiana surge apenas em Novembro de 1947, com a

publicação de um selo com a imagem da bandeira da Índia (Bayanwala 2008b). Seguem-se

outros selos, no entanto consideramos que se deve destacar a primeira personalidade a figurar

nas estampilhas indianas – Mahatma Gandhi. A 15 de Agosto de 1948 é emitida uma colecção

de selos do Primeiro Aniversário da Independência da Índia, com a imagem desta figura

marcante da história de independência (ver Figura 12).

Figura 12

Desta forma e no que concerne às representações filatélicas, finalizamos com a mesma frase

com que iniciámos este ensaio: pequenos pedaços de papel geradores de um imaginário.

BIBLIOGRAFIA:

10

Page 11: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

BAYANWALA, Ashok Kumar 2008a [1997] «15th August 1947 - First slogan of

Independent India "JAI HIND"». Indian Postal History 1947-1997. Disponível em:

http://www.stampsofindia.com/readroom/B002.htm (acedido em 5 de Junho de 2008).

BAYANWALA, Ashok Kumar 2008b [1997] «1948 August 15, Gandhi ji - The first Indian

to be on stamps of India». Indian Postal History 1947-1997. Disponível em:

http://www.stampsofindia.com/readroom/B013.htm (acedido em 5 de Junho de 2008).

CARITA, Helder 2006 «O Índico: Redes Urbana, Instituições e Arquitectura» in Rosa Maria

Perez, coord. Os Portugueses e o Oriente. Histórias, itinerários, representações. Lisboa:

Dom Quixote. pp 113-126.

CUSACK, Igor 2003 « Nationalism and the colonial imprint: the stamps of Portugal and

Lusophone Africa and Ásia». Disponível em:

http://www.psa.ac.uk/journals/pdf/5/2003/Igor%20Cusack.pdf (acedido em 2 de Junho de

2008)

DORES, Joaquim 2002 «India Portuguesa – Marcas Postais de Damão e Diu». Boletim do

Clube Filatélico de Portugal n.º 398 (Dezembro). Disponível em:

http://www.cfportugal.com/39804indiaportuguesa.htm (acedido em 2 de Junho de 2008)

FERREIRA, Luís Eugénio 2006 [2.ª Ed.] «Um Certo Olhar pela Filatelia». Disponível em:

http://www.caleida.pt/filatelia/fp/ebook/bfd002_p.pdf (acedido em 2 de Junho de 2008).

GELLNER, Ernest 1993 [1983] «Definições» in Ernest Gellner Nações e Nacionalismo.

Lisboa: Gradiva. pp 11-20.

LEOTE, Joaquim 1997 [3.ª Ed.] Os Selos Nativos da Índia Portuguesa. Breves

Considerações. Porto: Clube Nacional de Filatelia.

PEREZ, Rosa Maria 2006 «Sonhos Imperiais. Negociações e rupturas do colonialismo

português na Índia» in Rosa Maria Perez, coord. Os Portugueses e o Oriente. Histórias,

itinerários, representações. Lisboa: Dom Quixote. pp 129-149.

RESERVE BANK OF INDIA s.d. «Museum. Indo-Portuguese Issues». Disponível em:

http://www.rbi.org.in/scripts/pm_indoportuguese.aspx (acedido em 3 de Junho de 2008).

11

Page 12: Os Selos na India in ETNOGRAFIA DA ÍNDIA

SIQUEIRA, Alito 2006 «Goa: do Ocidentalismo ao Pós-Colonialismo» in Rosa Maria Perez,

coord. Os Portugueses e o Oriente. Histórias, itinerários, representações. Lisboa: Dom

Quixote. pp 151-166.

FONTES DE ILUSTRAÇÕES:

FIGURA 1. http://filsergiosimoes.com/images/india_14.jpg (acedido em 4 de Junho de 2008).

FIGURA 2 a 9 e 12. Propriedade da autora.

FIGURA 10. http://www.henleyphilatelic.co.uk/index_files/image993.jpg (acedido em 5 de

Junho de 2008).

FIGURA 11. http://www.henleyphilatelic.co.uk/index_files/image992.jpg (acedido em 5 de

Junho de 2008).

12