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01. Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides) 02. Baptismo (11 slides) 03. Confirmação (8 slides) 04. Eucaristia (26 slides) 05. Penitência (24 slides) 06. Unção dos enfermos ( 6 slides) 07. Ordem ( 16 slides ) 08. Matrimónio (30 slides) 09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides) Aulas previstas: Os Sete Sacramentos 01 01 Introdução Introdução

Os Sete Sacramentos

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Page 1: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Os Sete Sacramentos0101

IntroduçãoIntrodução

Page 2: Os Sete Sacramentos

2/18Sacramentos

Por meio dos sacramentos, “Cristo mani-festa, torna presente e comunica a sua obra de salvação pela liturgia da suaIgreja” (CCE 1076CCE 1076).

“A liturgia é o memorial do mistério da salvação” (CCE 1099CCE 1099).

CULTO CRISTÃO

“A liturgia cristã não se limita a recordar os acontecimentos que nos sal-varam: actualiza-os, torna-os presentes” (CCE 1104CCE 1104).

Page 3: Os Sete Sacramentos

3/18Sacramentos

CONVENIÊNCIACONVENIÊNCIA Vida naturalVida natural Vida sobrenaturalVida sobrenatural

IndivíduoIndivíduo

nascernascer BaptismoBaptismo

crescer ecrescer erobustecer-serobustecer-se ConfirmaçãoConfirmação

alimentar-sealimentar-se EucaristiaEucaristia

curar-securar-se PenitênciaPenitência

convalescerconvalescer Unção dos DoentesUnção dos Doentes

SociedadeSociedadegovernar-segovernar-se OrdemOrdem

perpetuar-seperpetuar-se MatrimónioMatrimónio

Page 4: Os Sete Sacramentos

4/18Sacramentos

Os Sacramentos podem classificar-se em três grupostrês grupos

Sacramentos da iniciação cristãSacramentos da iniciação cristã

Sacramentos de curaSacramentos de cura

Sacramentos ao serviço da comunidadeSacramentos ao serviço da comunidade

PenitênciaPenitência Unção dos DoentesUnção dos Doentes

OrdemOrdem MatrimónioMatrimónio

BaptismoBaptismo ConfirmaçãoConfirmação EucaristiaEucaristia

Page 5: Os Sete Sacramentos

5/18Sacramentos

““Os Os sacramentossacramentos são: são:

sinais sinais eficazes da graçaeficazes da graça,,

instituídos porinstituídos por Cristo Cristo e confiados à Igreja, e confiados à Igreja,

pelos quais nos é dispensada a pelos quais nos é dispensada a vida divinavida divina” (” (CCE 1131CCE 1131))

Page 6: Os Sete Sacramentos

6/18Sacramentos

Sinal sacramentalSinal sacramental

Não é puramente convencional (não é como os sinais da Escritura)

Baseia-se numa certa aptidão para significar:Exemplo: lavar o corpo - lavar a alma ungir o corpo - alívio da alma

Sinal sensível: razão pedagógica (ajuda-nos a compreender o espiritual) = a realidade sobrenatural torna-se-nos acessível através dos sentidos.

Page 7: Os Sete Sacramentos

7/18Sacramentos

OS SACRAMENTOS SÃO SINAIS SENSÍVEIS

EstruturaEstrutura do sinal sacramental (analogia):

- matéria (acção ou gesto material sensível)

- forma (palavras que acompanham e

declaram o sentido especial da matéria).

Matéria e forma devem estar

unidas para que se dê o sinal

sacramental. O tipo de união

necessária depende de cada

sacramento.

Page 8: Os Sete Sacramentos

8/18SacramentosINSTITUIÇÃO DOS SACRAMENTOS

Ninguém senão Deus pode dar a uns meros sinais a capacidade de conferir a

graça sobrenatural:

Autor principal: Cristo com a sua divindade

Autor instrumental: Cristo com a sua humanidade

A Igreja não pode alterar o que se refere ao essencial do sinal sacramental.

Transformação substancial ou não na matéria conforme a estimativa comum

dos homens. Na forma conforme as palavras são ou não aptas para manifestar

o sentido da acção.

1

3

2

Page 9: Os Sete Sacramentos

9/18SacramentosSacramentosEFEITOS DOS SACRAMENTOS

A CCE 1127CCE 1127: “conferem a graça que significam. Eles são eficazes, porque neles é o próprio Cristo que opera”.

Comunicam a graça ex opere operato. Mas não automatismo.

Efeitos principais: Graça santificante Graça sacramental Carácter em alguns

B

C Outros efeitos: expressar e fortalecer a fé prestar culto a Deus realizar a santificação dos homens criar e manifestar a comunhão eclesiástica

Page 10: Os Sete Sacramentos

10/18SacramentosSacramentosEFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOS

A GRAÇA SANTIFICANTEA GRAÇA SANTIFICANTE

Dom gratuito de Deus que produz uma participação sobrenatural na natureza divina e nos torna filhos de Deus = adopção divina: muito para além da humana.

Os sacramentos comunicam-na ou aumentam-na:

- Sacramentos de mortosSacramentos de mortos: por si próprios comunicam a primeira recepção da graça (graça primeira); ocasionalmente comunicam o seu aumento (graça segunda)

- Sacramentos de vivosSacramentos de vivos: para produzir a graça, exigem o estado de graça. Acidentalmente podem produzir a graça primeira (se há boa fé: não adesão voluntária ao pecado)

Page 11: Os Sete Sacramentos

11/18SacramentosSacramentos

EFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOSA GRAÇA SACRAMENTALA GRAÇA SACRAMENTAL

Pode-se entender como um direito de receber as graças actuais necessárias para alcançar melhor o fim próprio do sacramento ou para cumprir as obrigações que nascem dele.

= “a graça do Espírito Santo dada por Cristo e própria de cada sacramento” (CCE 1129CCE 1129).

Page 12: Os Sete Sacramentos

12/18SacramentosSacramentos

EFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOSO CARÁCTERO CARÁCTER

- Baptismo, Confirmação, Ordem sacerdotal. - indelével: esses sacramentos não podem ser reiterados. - produzem uma parecença com Cristo segundo a sua função

sacerdotal.

= selo pelo qual o cristão participa do sacerdócio de Cristo e forma parte da Igreja segundo estados e funções diversas.

Page 13: Os Sete Sacramentos

13/18SacramentosEFEITOS DOS SACRAMENTOSEFEITOS DOS SACRAMENTOS

ESQUEMAESQUEMA

BaptismoBaptismo Cristo dá-nos a vida nova de filhos de Deus na Igreja.Cristo dá-nos a vida nova de filhos de Deus na Igreja.

ConfirmaçãoConfirmação O Espírito Santo fortalece-nos para que sejamos O Espírito Santo fortalece-nos para que sejamos testemunhas de Cristo.testemunhas de Cristo.

EucaristiaEucaristia Participamos do Sacrifício de Cristo e comungamos o Seu Participamos do Sacrifício de Cristo e comungamos o Seu Corpo e Sangue.Corpo e Sangue.

PenitênciaPenitência Cristo perdoa-nos os pecados e reconcilia-nos com Deus Cristo perdoa-nos os pecados e reconcilia-nos com Deus e com a Igreja.e com a Igreja.

Unção dos DoentesUnção dos Doentes Cristo fortalece o Cristão perante a doença, a velhice ou a Cristo fortalece o Cristão perante a doença, a velhice ou a morte.morte.

OrdemOrdem Cristo consagra sacerdotes para servir o seu povo.Cristo consagra sacerdotes para servir o seu povo.

MatrimónioMatrimónio Cristo santifica a união do homem e da mulher.Cristo santifica a união do homem e da mulher.

Page 14: Os Sete Sacramentos

14/18Sacramentos

REVIVESCÊNCIA DOS SACRAMENTOSREVIVESCÊNCIA DOS SACRAMENTOS

Não produzem a graça se existir um obstáculo (falta das disposições necessárias: fé, estado de graça para os de vivos).

Podem reviver os que só se podem receber uma só vez ou muito poucas vezes. Não revivem a eucaristia nem a penitencia.

Os que revivem fazem-no no momento em que se dá aquela boa disposição que teria sido necessária quando se recebeu mal o sacramento.

1

3

2

Page 15: Os Sete Sacramentos

15/18Sacramentos

MINISTRO DOS SACRAMENTOS

Só o homem devidamente ordenado, ou o legitimamente eleito com esta finalidade pela legítima autoridade, pode ser ministro. Cristo é sempre o ministro principal.

O ministro deve ter a intenção de fazer o que a Igreja faz e de realizar devidamente o sinal sacramental.

Ministro ordinário: aquele a quem por oficio incumbe administrar um sacramento. O extraordinário: necessidade ou delegação.

Para a validade não se requer a fé nem o estado de graça no ministro. Para a licitude sim, excepto em caso de grave necessidade.

Page 16: Os Sete Sacramentos

16/18Sacramentos

INTENÇÃO DO MINISTRO

Uma intenção pode ser:

- actual (explicita-se aqui e agora);

- virtual (teve-se como actual, não se retractou, influi na acção);

- habitual (igual, mas não influi na acção).

Para administrar um sacramento, o ministro deve ter intenção actual ou virtual. Para o receber validamente, costuma ser suficiente a habitual.

Page 17: Os Sete Sacramentos

17/18Sacramentos

ATENÇÃO DO MINISTRO

I. Atenção interna = aplicação da mente ao que se faz, ausência de distracções voluntárias.

Atenção externa = ausência de outra acção simultânea que torne

impossível a atenção interior.

II. Para a validade: basta a atenção externa. Para a licitude: necessária a atenção interna.

Page 18: Os Sete Sacramentos

18/18Sacramentos

OBRIGAÇÃO DE NEGAR OS SACRAMENTOS

Nunca é lícito administrar um sacramento a um sujeito incapaz de o receber. Não é lícito administrar um sacramento a um sujeito indigno, a não ser que haja uma causa gravíssima. (indigno: excomungado, herege, pecador públi- co, sem estar em estado de graça para um sacramento de vivos, etc.)Duas regras: Negar ao pecador público do qual não conste o arrependimento, e ao pecador oculto que os peça privadamente;

Não se devem negar os sacramentos ao pecador oculto que os peça publicamente.

Se se duvida da capacidade do sujeito: forma condicionada.

I

II

A

B

1

2

Page 19: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Sacramentos0202

BaptismoBaptismo

Page 20: Os Sete Sacramentos

20/11 Baptismo

ANÚNCIOS E FIGURAS DO BAPTISMO

Os cristãos viram-nos: - na salvação do dilúvio de oito pessoas na arca de Noé; - na passagem do Mar Vermelho; - na passagem do Jordão; - no rito da circuncisão.

“Todas as prefigurações da Antiga Aliança encontram a sua realização em Jesus

Cristo” (CCE1223CCE1223). (sangue e água do seu lado trespassado na Cruz)

Page 21: Os Sete Sacramentos

21/11 Baptismo

É a “porta da vida espiritual e a porta que dá acesso aos outros sacramentos” = “o sacramento da regeneração pela água com a Palavra” (CCE 1213CCE 1213).

Rito essencialRito essencial = ablução por água e palavras.

Ablução = tripla imersão, efusão ou infusão de modo que a água corra em contacto com a pele.

Palavras = “N., eu te baptizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Caso de necessidadeCaso de necessidade: o que segundo a apreciação comum continua a ser água.

Page 22: Os Sete Sacramentos

22/11Baptismo

OS PADRINHOS

Um homem, uma mulher ou um homem e uma mulher.

Têm de ser católicos, estar confirmados, ter recebido a primeira comunhão, viver uma vida cristã e ter feito16 anos.

Page 23: Os Sete Sacramentos

23/11Baptismo

MINISTRO DO BAPTISMO

SoleneSolene (com todas as cerimónias prescritas):Bispo, sacerdote ou diácono. MAS reserva-seao pároco a sua administração (qualquer outro:precisa da sua autorização para a licitude).

Não soleneNão solene (ex.: caso urgente com perigo demorte):qualquer pessoa que tenha a intenção de fazer aquilo que a Igreja faz, mesmo que nem sequer seja cristão.Neste caso: rito essencial.

Page 24: Os Sete Sacramentos

24/11Baptismo

SUJEITO

Sujeito capaz de o receber: “todo e só o homem ainda não baptizado” (CIC 864CIC 864)

AdultosAdultos: intenção pelo menos habitual de oreceber.

Crianças e recém-nascidosCrianças e recém-nascidos: nenhumacondição especial.

Page 25: Os Sete Sacramentos

25/11BaptismoSUJEITO ADULTO

VALIDADE: intenção de o receber, que podeser implícita.

LICITUDE: Conhecer as principais verdades da fé (existência de Deus, remunerador, que encarnou, Trindade); Conhecer as principais obrigações cristãs; Ter dor dos seus pecados; Catecumenato.

Caso dos baptizados fora da Igreja católica: - Não voltar a baptizá-los; - Se houver sérias dúvidas acerca da validade do seu baptismo, baptizar condicionalmente.

11

22

33

44

Page 26: Os Sete Sacramentos

26/11BaptismoSUJEITO CRIANÇA

CIC 867CIC 867: os pais católicos “têm obrigação de procurar que as crianças sejam baptizadas dentro das primeiras semanas”.

Não o administrar aos filhos de pais que não dêem o seu consentimento ou se não houveresperança de educação na fé.

Em perigo de morte, baptizar, apesar da oposição dos seus pais.

Fetos abortivos e não nascidos que se prevê que não vão nascer vivos: devem ser baptizados e, se houver dúvida de vida, fazê-lo condicionalmente.

Page 27: Os Sete Sacramentos

27/11

RegeneraRegenera para a vida nova, pela qual o homem se torna filho de Deus: confere a graça santificante, acompanhada das virtudes infusas e dos dons do Espírito Santo.

BaptismoEFEITOS

1

3

PerdoaPerdoa todos os pecados: original e actuais (arrepender-se). Permanece a inclinação para o pecado (concupiscência).

PerdoaPerdoa toda a pena devida pelos pecados: também temporal.

2

4 ImprimeImprime o carácter, que nos assemelha a Cristo e dá a capacidade de receber os outros sacramentos. Inapagável..

5 DáDá a graça sacramental: direito a especiais ajudas para exercitar a fé, viver uma vida cristã e receber bem os restantes sacramentos..

6 IncorporaIncorpora à Igreja (Corpo de Cristo), constituiconstitui um vínculo sacramental de unidade dos cristãos.

Page 28: Os Sete Sacramentos

28/11Baptismo

NECESSIDADE

= Necessidade de meio, para a salvação eterna.

Quanto à infusão da graça e ao perdão

dos pecados (não quanto ao carácter), o baptismo de água pode ser suprido por:

- baptismo de sangue (martírio) - baptismo de desejo (acto de amor de Deus unido ao desejo, pelo menos implícito, do baptismo).

Page 29: Os Sete Sacramentos

29/11Baptismo

NECESSIDADE

“Quanto às crianças que morrem sem Baptismocrianças que morrem sem Baptismo, a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito do respectivo funeral. De facto, a grande misericórdia de Deus, «que quer que todos os homens se salvem», e a ternura de Jesus para com as crianças, que O levou a dizer: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis», permitem-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem baptismo. Por isso, é mais premente

ainda o apelo da Igreja a que nãoque não se impeçamse impeçam as crianças de virem a Cristo, pelo dom do santo BaptismoBaptismo” (CCE 1261CCE 1261).

Page 30: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Sacramentos0303

ConfirmaçãoConfirmação

Page 31: Os Sete Sacramentos

31/8

“Como todos os sacramentos:

CRISTO.

Não se sabe quandoNão se sabe quando: talvez na Última Ceia

(consagração do crisma), talvez depois da

ressurreição.

Confirmação

Não se administrouNão se administrou até depois do Pentecostes (plenitude do Espírito Santo).

INSTITUIÇÃO

Page 32: Os Sete Sacramentos

32/8ConfirmaçãoTESTEMUNHOS ANTIGOS

Actos dos Apóstolos: diácono Filipe = enviaram Pedro e João para que os que baptizasse e recebessem o Espírito Santo. Diversidade de nomes: imposição das mãos, sacramento do crisma, sacramento de plenitude.

Primeiro a aplicar o nome de confirmação: Santo Ambrósio.

Page 33: Os Sete Sacramentos

33/8

O rito essencialO rito essencial: “é conferido mediante a unção do crismacrisma na fronte, a qual se realiza pela imposição das mãos” (CIC 880CIC 880).

Confirmação

Para a validade, a imposição da mão não é necessária.

Crisma = azeite consagrado pelo bispo na missa crismal de Quinta-feira Santa: azeite de oliveira misturado com uma pequena quantidade de bálsamo.

Forma no rito latino: N. “recebe por este sinal o dom do Espírito Santo”.

SINAL SACRAMENTAL

Page 34: Os Sete Sacramentos

34/8

CCE 1312CCE 1312: “O ministro originário da confirmação é o bispo” (caso Filipe).

Confirmação

Rito latinoRito latino: ministro ordinário = bispo ministro extraordinário = “o presbítero dotado de faculdade por direito comum ou por concessão peculiar da autoridade competente” (CIC 882).

Por direito: - os que se equiparam ao bispo diocesano; - baptismo ou recepção na Igreja de um adulto; - em perigo de morte.

OrienteOriente: o presbítero que baptiza confere a confirmação. Fá-lo com o crisma consagrado pelo bispo.

MINISTRO

Page 35: Os Sete Sacramentos

35/8

“Todo o baptizado, ainda não confirmado, pode e deve receber o sacramento da confirmação”.

Confirmação

Baptizado com uso da razãocom uso da razão: VALIDADE: intenção pelo menos habitual. LICITUDE: instrução e estado de graça.

IDADE: Igreja latinaIgreja latina = “por volta da idade da razão” (CIC 891CIC 891). Mas a confe-

rência episcopal pode determinar uma idade mais avançada. Se houver perigo de morte ou outra razão justa: pode-se antecipar a sua

administração.

SUJEITO

Page 36: Os Sete Sacramentos

36/8Confirmação

1. Aumento da graça santificante e, especialmente, dos dons do Espírito Santodons do Espírito Santo. “enraíza-nos mais profunda- mente na filiação divina” (CCE 1303CCE 1303).

2. Graça sacramental: direito às ajudas ajudas necessárias para exercitar a fortaleza no que se refere a professarprofessar

publicamente a fé a fé Também para a luta espiritual.luta espiritual. = certa consagração para servir Cristo como soldadosoldado, para ser miles Christi.

3. Carácter: selo do Espírito Santo que “marca a pertença total a Cristopertença total a Cristo, a entre-

ga para sempre ao seu serviço” (CCE 1296CCE 1296).

EFEITOS

Page 37: Os Sete Sacramentos

37/8Confirmação

Não necessária com necessidade de meio. Mas muito conveniente para o desenvolvimen- to da vida cristã: de outro modo não teria sido instituída por Cristo.

CCE 1285CCE 1285: “é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária para a plenitude da graça baptismal”.

“Os fiéis estão obrigados” a recebê-lo “no tempo oportuno” (CIC 890CIC 890).

NECESSIDADE

Page 38: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Sacramentos0404

EucaristiaEucaristia

Page 39: Os Sete Sacramentos

39/26Eucaristia

PÁSCOA: a festa mais importante do calendário judeu. Recordam como o

sangue de cordeiro com que tinham assinalado as suas casas os tinha livrado

do castigo.

Era o anúncio de outra Páscoa na

qual o sangue do “cordeiro de Deus

que tira o pecado do mundo”, Jesus

Cristo, nos libertaria da escravidão

do demónio e do pecado.

Page 40: Os Sete Sacramentos

40/26OrdemCERIMÓNIA DA PÁSCOA NO TEMPO DE JESUS

Antes de comer o cordeiro dizia-se uma bênção e bebia-se um copo de vinho misturado com água..

Trazia-se para a mesa as ervas, o pão e o cordeiro assado.

Explicava-se o significado do que se fazia, recitavam-se salmos, tomava-se um segundo copo de vinho.

1

2

3

4

5

6

Abençoava-se, partia-se e comia-se o pão sem fermentar.

Depois de comer o cordeiro com as ervas, lavadas já as mãos, benzia-se um terceiro copo de vinho e bebia-se.Recitavam-se outros salmos.

7 Benzia-se e bebia-se um quarto copo de vinho.

8 Acção de graças final.

Em 4. Jesus disse: “isto é o meu corpo”. Em 5.: “este é o meu sangue”.Não se fez 7.: “recitado o hino, saíram...” (Mt 26, 30).

Page 41: Os Sete Sacramentos

41/26Eucaristia

Dá ao mesmo tempo aos seus

Apóstolos a capacidade de produzir

a transubstanciação, e o encargo de

continuar a oferecer este sacrifício

ao longo dos séculos.

Na mesma acção instituiu a eucaristia

e o sacerdócio ministerial (= de serviço).

Ao dar o cálice, disse: “Fazei-o em minha memória”.

Page 42: Os Sete Sacramentos

42/26Eucaristia

Na eucaristia, Cristo está verdadeiraverdadeira, real, substancialmente real, substancialmente presente.

FundamentadoFundamentado em 5 textos do Novo Testamento: Jo 6, Mt 26, Mc 14, Lc 22, 1 Cor 11, 23.

PRESENÇA REAL

Cristo presente todo, completo, em cada uma das espécies: posto que ressuscitou, com o seu corpocorpo está o seu sanguesangue, a sua alma alma e sua divindadedivindade.

Presença ad modum substantiaead modum substantiae = completo em cada uma das partes das espécies.

Page 43: Os Sete Sacramentos

43/26Eucaristia

PÃOPÃO: - de trigo. - licitude: rito latino: sem fermentar; rito oriental: fermentado. - feito recentemente: sem perigo de corrupção.

VINHOVINHO: - da videira e não corrompido. - obrigação grave de juntar-lhe um

pouco de água, como fez Cristo: . Recorda que saiu água do seu lado juntamente com o seu sangue . Representa a união do povo fiel com a sua cabeça Jesus Cristo.

MATÉRIA

Page 44: Os Sete Sacramentos

44/26Eucaristia

SACRIFÍCIO DA MISSA, 1

De féDe fé: a missa é um verdadeiro sacrifício.

Instituído por Cristo na Última Ceia, mas não só nem principalmente uma renovação desta cena, senão uma renovação mística e real da morte de Cristo na Cruz.

De féDe fé: é a renovação incruenta do sacrifício cruento do Calvário.

Page 45: Os Sete Sacramentos

45/26Eucaristia

SACRIFÍCIO DA MISSA, 2

- idêntica oferenda: Cristo (na missa realmente presente de modo sacramental); - idêntico sacerdote principal: Cristo (na missa o ministro actua no nome e na pessoa de Cristo).

Só a maneira em que Cristo oferece o sacrifício da cruz e o da missa difere: na cruz sacrifício com derramamento de sangue, na missa sacrifício incruento.

Identidade missa-cruz:

Page 46: Os Sete Sacramentos

46/26Eucaristia

Diferenças acidentais entre a Cruz e a Missa:

CruzCruz MissaMissa

Cristo oferece-se mortal e passivamente

Cristo oferece-se imortal e impassivamente

Cristo oferece-se directamente Cristo oferece-se por meio do sacerdote

Cristo redime-nos Perpetua-se e aplica-se-nos a redenção

SACRIFÍCIO DA MISSA, 3

Page 47: Os Sete Sacramentos

47/26Eucaristia

SACRIFÍCIO DA MISSA, 4

A sua essência consiste na separação sacramental entre o corpo e o sangue do Senhor pela dupla consagração do pão e do vinho, com o consequente significado da sua morte, ainda que na realidade, sob ambas as espécies está Cristo completo.

O momento essencialmomento essencial da missa é portanto a consagração.

A comunhão do sacerdote não pertence à essência da missa, ainda que sim à integridade do rito: por isso há-de sumir ambas as espécies.

Page 48: Os Sete Sacramentos

48/26Eucaristia

Os sacerdotes devem celebrar o sacrifício eucarístico “com frequência; mais, recomenda-se encarecidamente a celebração diária, mesmo que não se possa fazê-lo com assistência de fiéis” (CIC 904CIC 904).

Antiga disciplina: obrigação várias vezes cada ano; recomendava-se pelo menos nos domingos e festas de preceito.

OBRIGAÇÃO DE CELEBRAR MISSA

Por razão do ofício eclesiástico, obrigação de dizê-la e oferecê-la pelo povo todos os domingos e dias importantes assinalados em geral e para cada diocese.

Page 49: Os Sete Sacramentos

49/26EucaristiaFINS DA SANTA MISSA

São quatro:

1) latrêutico (adoração) 2) eucarístico (acção de graças) 3) propiciatório (desagravo pelos pecados) 4) impetratório (petição)

1 e 2 produzem-se infalivelmente

(referência directa a Deus). 3 e 4,

não (dependem dos homens:

disposições, pedir o conveniente, etc.).

Correspondem aos fins do sacrifício

do Calvário.

Page 50: Os Sete Sacramentos

50/26EucaristiaFRUTOS DA SANTA MISSA

São quatro: 1) Geral (aproveita ao conjunto da Igreja militante e purgante) 2) Especial (aproveita aos assistentes) 3) Especialíssimo (aproveita ao sacerdote celebrante) 4) Ministerial (aproveita àqueles por quem se oferece a missa).

A aplicação do ministerial só a pode fazer

o sacerdote celebrante: pelos vivos ou

pelos defuntos (a modo de sufrágio).

Page 51: Os Sete Sacramentos

51/26Eucaristia

ESTRUTURA DA MISSA, 1

Fundamentalmente, a missa consiste em representar (“voltar a tornar presente”) o sacrifício de Cristo na cruz, oferecido de uma vez para sempre a Deus Pai em remissão dos pecados. O sacrifício da cruz é sempre actual: renova-se em cada missa por meio dos sinais sacramentais (tornam realmente presente o corpo e o sangue de Cristo e misticamente os separam, como se separaram fisicamente na sua morte). No altar, o sacerdote ministro faz as vezes de Cristo, actua em seu nome e pessoa.

Page 52: Os Sete Sacramentos

52/26Eucaristia

ESTRUTURA DA MISSA, 2

Duas grandes partes que formam uma unidade indissolúvel:

1. Liturgia eucarística: núcleo central, actualização do sacrifício da cruz;

2. Liturgia da palavra: prévia reunião dos fiéis através da leitura e consideração da palavra de Deus contida nas Escrituras.

Constituem um só acto de culto

Page 53: Os Sete Sacramentos

53/26EucaristiaORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 1

Elementos que nunca faltam Elementos que nunca faltam :1. Uma acção de graças: prefácio;2. Uma invocação ao Espírito Santo: epiclese;3. Um relato da instituição da eucaristia, com as palavras de Cristo sobre o pão e vinho, ditas com sentido de presente, e que os convertem no corpo e sangue de Cristo: consagração;4. Uma recordação da paixão e ressurreição de Cristo: anamnese;5. Uma oblação pela qual a Igreja oferece a Deus Pai o sacrifício do seu Filho;6. Algumas intercessões a favor dos vivos e os defuntos;7. Uma última acção de graças à Trindade: doxologia.

Page 54: Os Sete Sacramentos

54/26Eucaristia

São quatro principais e várias mais de recente incorporação.

O. E. 1O. E. 1:- formação até ao século IV; - forma definitiva no século VI; - em toda a Igreja do rito latino: pelos séculos IX a XI.

O. E. 2O. E. 2: inspira-se na de Santo Hipólito: de dois ou três séculos anterior ao cânone romano e é compartilhada com alguns ritos orientais.

ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 2

Page 55: Os Sete Sacramentos

55/26Eucaristia

O. E. 3O. E. 3: - com reminiscências de antigas liturgias; - acentua o aspecto sacrificial da eucaristia; - nela se destacam a universalidade, o ecumenismo e a escatologia, assim como o sacerdócio comum dos fiéis. O. E. 4O. E. 4: - prefácio fixo: não se pode usar quando as rubricas exigem um diferente; - antes do sanctus: contempla Deus em si mesmo, antes da criação; - depois: longa acção de graças pelo conjunto da história da salvação.

ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 3

Page 56: Os Sete Sacramentos

56/26Eucaristia

Ao receber a eucaristia se estabelece uma íntima união entre o homem e Deus (Jo 6, 57). A isto alude o nome de comunhão que recebe este sacramento.

Por esta união com Cristo, os cristãos que participam na eucaristia se unem além disso entre si.

RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 1

Page 57: Os Sete Sacramentos

57/26Eucaristia

RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 2

É o perfeito alimento da vida sobrenatural:

a. sustenta a vida espiritual como o fazem os alimentos materiais com a vida

corporal. Ao robustecê-la, afasta do perigo de cometer pecados;

b. ao aumentar a graça santificante, aumentam todas as virtudes, especialmente

a caridade;

c. perdoa as culpas veniais e reduz as penas temporais;

d. é dádiva de vida eterna, que incoa;

e. como resultado da união com o Senhor, constrói a Igreja, corpo místico de

Cristo, e é vínculo de unidade com os outros cristãos.

Page 58: Os Sete Sacramentos

58/26Eucaristia

É capaz de receber com fruto a eucaristia qualquer homem vivo e baptizado que não levante obstáculo à graça por pecado mortal.

Jejum eucarístico

RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 3

Rito latino: desde o século XII, não se dá a comunhão às crianças antes do uso de razão. Também não aos dementes e aos que estão sem consciência.

Se há consciência de pecado mortal, não basta para comungar fazer um acto de contrição perfeito, a não ser no caso de necessidade grave, o que raramente sucede.

Page 59: Os Sete Sacramentos

59/26Eucaristia

Não é necessário, com necessidade de meio, recebê-la de facto.

Com necessidade de preceito eclesiástico: que todos os católicos que fizeram a primeira comunhão a recebam ao menos uma vez ao ano, e precisamente no tempo

pascal, se isto é possível (amplo: desde a quarta-feira de Cinzas até ao domingo da Santíssima Trindade).

RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 4

É necessário in voto, isto é, desejar recebê-la, para o cristão baptizado com uso de razão.

Com necessidade de preceito divino: algumas vezes na vida e ante a iminência da morte.

Page 60: Os Sete Sacramentos

60/26Eucaristia

Primeira comunhão das crianças: quando tenham suficiente conhecimento (preparação cuidadosa) de maneira que entendam o mistério de Cristo na medida da sua capacidade, e possam receber o corpo do Senhor com fé e

devoção (cfr. CIC 913CIC 913).

Primeira confissão antes de receber a primeira comunhão (cfr. CIC 914CIC 914).

RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5

Perigo de morte: basta que sejam capazes de distinguir o Corpo de Cristo do alimento comum e de receber a comunhão com reverência.

Suficiente conhecimento = uso de razão

(presume-se que seja pelos 7 anos).

Page 61: Os Sete Sacramentos

61/26Eucaristia

OrdinárioOrdinário: não comungar mais de uma vez num mesmo dia.

RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5

Quem já comungou pode voltar a fazê-lo no mesmo dia sempre que seja dentro de uma missa a que assista. (Ex.: matrimónio, funeral; na manhã depois da missa da meia-noite (Natal, Páscoa); incêndio; profanação; perigo de morte.

Page 62: Os Sete Sacramentos

62/26Eucaristia

Ministros ordináriosordinários: bispo, presbítero, diácono.

Ministro extraordinárioextraordinário: acólito ou outro fiel que “onde o aconselhe a necessidade da Igreja e não haja ministro” tenha sido legitimamente delegado (cfr. CIC 910 eCIC 910 e

230230).

DISTRIBUIÇÃO DA EUCARISTIA

Critérios para se ver a necessidade de delegar num leigo: 1) ausência de ministro ordinário e acólito; 2) exigência do ministério pastoral, doença ou velhice; 3) grande número de pessoas. Bispo pode conceder a faculdade de delegar: bispos auxiliares, vigários episcopais e delegados episcopais. Outros: 1 vez

Page 63: Os Sete Sacramentos

63/26Eucaristia

RESERVA DA EUCARISTIA

Só num lugar digno e seguro;

Num tabernáculo, dentro de uma píxide sobre um corporal;

Com lâmpada continuamente ardendo diante dele;

Renovar as formas consagradas com frequência, pelo menos cada

quinze dias.

(CIC 934-944CIC 934-944)

Page 64: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Sacramentos0505

PenitênciaPenitência

Page 65: Os Sete Sacramentos

65/24 Penitência

PRIMEIRA E SEGUNDA CONVERSÃO

CCE 1427CCE 1427: “Jesus chama à conversão (...). O baptismo é o momento principal da primeira e fundamental conversão. É pela fé na boa-nova e pelo baptismo que se renuncia ao mal e se adquire a salvação, isto é, a remissão de todos os pecados e o dom da vida nova”. Lumen gentium 8Lumen gentium 8: “A chamada de Cristo à conversão continua a ressoar na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é tarefa ininterrupta para toda a Igreja que recebe em seu próprio seio os pecadores e que sendo santa ao mesmo tempo que necessitada de purificação constante, busca sem cessar a penitência e a renovação”.

Page 66: Os Sete Sacramentos

66/24PenitênciaNATUREZA DESTE SACRAMENTO

É um sacramento instituído por Cristo,

a modo de juízo,

para perdoar, por meio da absolviçãosacramental,

os pecados cometidos depois do baptismo,

ao homem devidamente arrependido.

e que os confessou.

11

22

33

44

55

66

Page 67: Os Sete Sacramentos

67/24Penitência

INSTITUIÇÃO

I.I. Depois da ressurreiçãoDepois da ressurreição: Jo 20, 21-23: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.

Instituído a modo de juízo: poderde atar ou desatar: faculdade dejulgar e de perdoar ou nãoperdoar.

Por isso, o ministro há-de conhecer a causa que julga: o penitente deve dar- -lhe a conhecer os seus pecados e as suas disposições mediante a sua confissão.

Page 68: Os Sete Sacramentos

68/24

Compreende dois elementos igualmente essenciais:

os actos do penitente: contrição, confissão dos pecados e satisfação.

Penitência

ESTRUTURA DESTE SACRAMENTO, 1

Se não há verdadeiro arrependimento tão pouco existe o sacramento.

Objecto sobre o que versam os actos do penitente = os pecados cometidos depois do baptismo enquanto se detestam ou se querem destruir.

1

2 a acção de Deus por ministério da Igreja.

Page 69: Os Sete Sacramentos

69/24

Confissão dos pecadosConfissão dos pecados::

É necessário confessar todos os pecados mortais cometidos depois

do baptismo e ainda não manifestados na confissão nem perdoados pela absolvição.

Penitência

ESTRUTURA DESTE SACRAMENTO, 2

Podem confessar-se os pecados veniais cometidos depois do baptismo; e todos os pecados, quer veniais quer mortais, posteriores ao baptismo e já absolvidos.

Page 70: Os Sete Sacramentos

70/24

Núcleo fundamental da absolvição: “Eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do

Espírito Santo”.

PenitênciaESTRUTURA DESTE SACRAMENTO, 3

1

A absolvição deve: ser oral;

dar-se ao penitente estando ele presente;

ser condicionada só se houver razões graves (dúvida de se o penitente

está vivo ou morto, de se tem suficiente uso de razão, ...).

Quanto ao confessorQuanto ao confessor::

2

3

Page 71: Os Sete Sacramentos

71/24

Por preceito eclesiástico, “todo o fiel que tenha atingido a idade da discrição, está obrigado a confessar fielmente os pecados graves, ao menos uma vez ao ano” (CIC 989CIC 989; CCE 1457CCE 1457).

PenitênciaNECESSIDADE, 1

Por preceito divino, este sacramento obriga, por si mesmo, ao pecador em perigo iminente de morte, e algumas vezes na vida. Ocasionalmente obrigapara receber um sacramento de vivos.

Recebê-lo, ou ter ao menos a intenção eficaz de recebê-lo, é tão necessário para todos os que cometeram um pecado mortal depois do baptismo como o mesmo baptismo para os não baptizados.

Em sentido estrito, obriga se há pecado mortal. Mas...

Page 72: Os Sete Sacramentos

72/24PenitênciaNECESSIDADE, 2

“Aquele que tem consciência de haver

cometido um pecado mortal, não deve

receber a sagrada Comunhão, mesmo

que tenha uma grande contrição, sem

ter previamente recebido a absolvição

sacramenta; a não ser que tenha um

motivo grave e não lhe seja possível

encontrar-se com um confessor”(CCE CCE

14571457). E, neste caso, tenha presente

que está obrigado a fazer um acto de contrição perfeito, que inclui

o propósito de se confessar quanto antes.

Page 73: Os Sete Sacramentos

73/24

Pode perdoar todos os pecados, tanto mortais como veniais.

PenitênciaEFEITOS

1

Infunde-se a graça santificante, se se tivesse perdido.

3

Os veniais podem perdoar-se também com actosde arrependimento fora do sacramento, mas nãose perdoam nem sequer com o sacramento aqueles dos quais não se está arrependido.

Graça sacramental: ajuda para se enfrentar com êxito as tentações que versem sobre pecados análogos aos confessados.

2

Por isso os pecados mortais se perdoam todos ou nenhum.

Perdoa-se a pena eterna, mas não necessariamente toda a temporal. Também revivem os méritos se se tivessem perdido.

Page 74: Os Sete Sacramentos

74/24

Sujeito deste sacramento = o baptizado que depois do baptismo tenha cometido algum pecado e que é capaz de se arrepender.

Penitência

ACTOS DO PENITENTE, 1

Os actos do penitente são parte constituinte do sacramento.

arrependimento,1

2

São três:

3

confissão,

satisfação.

Page 75: Os Sete Sacramentos

75/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 2

ARREPENDIMENTO, 1

Contrição (perfeita): nasce da caridade. Perdoa os pecados veniais, e também os mortais se unida ao desejo eficaz de se confessar.

= Dor de alma e detestação do pecado cometido, juntamente com o propósito de não pecar mais.

Atrição (contrição imperfeita): nasce da consideração da fealdade do pecado ou do medo ao castigo. É suficiente para perdoar os pecados mortais só se unida à confissão e absolvição.

Page 76: Os Sete Sacramentos

76/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 3

ARREPENDIMENTO, 2

O arrependimento (tanto de contrição como de atrição) há-de:

ser interno,

estar baseado em motivos sobrenaturais,

estender-se a todos os pecados mortais ainda não perdoados,

ser “máximo” (julgar o pecado como o pior mal e estar disposto a sofrer o que for preciso antes de voltar a cometê-lo).

Page 77: Os Sete Sacramentos

77/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 4

ARREPENDIMENTO, 3

Para a validade, requer-se o propósito, ao menos implícito, de não pecar mais.

O propósito de não pecar há-de ser:

firme: não significa que jamais se cometerá mais nenhum pecado. Basta que no momento da con- fissão se tenha uma decidida vontade de lutar para não o cometer.

eficaz: estar disposto a pôr os meios necessários para não pecar, evitar as ocasiões, querer reparar o dano possível causado a outros.

universal: querer evitar todo o pecado mortal. Se se confessam só pecados mortais já absolvidos ou veniais ainda não perdoados, se estende aos confessados (todo mortal ou um venial ou tipos de veniais).

Page 78: Os Sete Sacramentos

78/24Penitência

ACTOS DO PENITENTE, 5CONFISSÃO, 1

Necessária por preceito divino: sacramento instituído por Cristo à maneira de juízo, e não se pode julgar o que se desconhece.

= acusação de pecados próprios cometidos depois do baptismo, feita ao confessor para que os perdoe.

Necessária por preceito eclesiástico: já noconcilio IV de Latrão (1215).

Page 79: Os Sete Sacramentos

79/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 6

CONFISSÃO, 2

A confissão deve ser: simples (sem explicações inúteis) e humilde (para pedir perdão), feita com intenção recta (e não para impressionar...),

feita para se acusar (não para informar),

veraz (número, espécie e circunstâncias que mudam a espécie dos pecados),

feita com discrição e delicadeza (sem usar palavras escandalosas ou revelan- do os pecados de outros),

feita oralmente (não por gestos ou por escrito, a não ser em caso de necessida- de),

secreta.

Page 80: Os Sete Sacramentos

80/24PenitênciaACTOS DO PENITENTE, 7

CONFISSÃO, 3

Integridade materialIntegridade material = de facto, todos estes pecados. Não é sempre necessária.

Integridade formalIntegridade formal = todos os pecados mortais que, vistas as circunstâncias, o penitente deve confessar aqui e agora. É sempre necessária.

A confissão há-de ser íntegra = na medida em que lhe seja possível, o penitente há-de confessar todos os pecados mortais cometidos depois do baptismo e ainda não confessados.

Page 81: Os Sete Sacramentos

81/24

Impossibilidade física: Ex.: moribundo sem falar;

pessoa muda ou que ignora a língua; falta de

tempo em perigo de morte; ignorância ou

esquecimento invencíveis.

Penitência

1

Impossibilidade moral: Ex.: escrupulosos; se se

pode - sem seguir graves inconvenientes para o

penitente, o confessor ou um terceiro; se se pusesse em perigo a fama do penitente ante outras pessoas por causas extrínsecas à mera confissão (suspeitas, na podendo evitar que outros oiçam, chamando excessivamente a atenção); se pudesse perigar o sigilo sacramental.

2

ACTOS DO PENITENTE, 8CONFISSÃO, 4

Page 82: Os Sete Sacramentos

82/24

Se o penitente duvida se fez ou não a acção que é pecado: não há obrigação de confessá-la. É aconselhável que o faça, dizendo que não está seguro (conselhos para o futuro).

Penitência

1

Se está seguro que há pecado, mas não sabe se é grave ou não: deve confessá-lo para sair da dúvida.

2

ACTOS DO PENITENTE, 9CONFISSÃO, 5

Se duvida sobre o consentimento ou a advertência: se é frequente e não costuma dar importância ao assunto, deve confessá-lo; senão, não é necessário confessá-lo.

3

Se está seguro que é pecado mortal, mas duvida se já o confessou ou não: deve confessá-lo, a não ser que o motivo da dúvida fosse muito débil.

4

PECADOS DUVIDOSOS

Page 83: Os Sete Sacramentos

83/24

CCE 1459CCE 1459: “O pecado fere e enfraquece o próprio pecador, assim como as suas relações com Deus e com o próximo. A absolvição tira o pecado, mas não

remedeia todas as desordens causadas pelo pecado. Aliviado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a perfeita saúde espiritual. Ele deve, pois, fazer mais alguma coisa para reparar os

seus pecados : «satisfazer» de modo apro- priado ou «expiar» os seus pecados. A esta satisfação também se chama «penitência»”.

Penitência

O confessor tem que impor a penitência: proporcionada ao número e gravidade dos pecados confessados e à capacidade do penitente.

ACTOS DO PENITENTE, 10SATISFAÇÃO

Para a validade: o penitente deve aceitar a penitência e desejar cumpri-la. Sede facto não a cumpre: o sacramento é válido, mas comete-se pecado.

Page 84: Os Sete Sacramentos

84/24Penitência

MINISTRO, 1

A jurisdição é necessária devido à índole judicial do Sacramento da Penitência, pois o juiz só pode julgar aqueles que estão sob

a sua jurisdição.

Para administrar validamente, requer-sepor direito divino a potestade da ordem sacerdotal e a jurisdição sobre o penitente.

Page 85: Os Sete Sacramentos

85/24Penitência

Quem tiver licença para uma circunscrição eclesiás- tica tem-na automaticamente para todo o mundo. Mas Mas o ordinário do lugar pode limitá-la para os Bispos de outras dioceses (quanto à licitude) e para os presbíteros (quanto à validade).

É o Bispo quem faculta ou concede as licenças para ouvir confissões. Em alguns casos, fá-lo implicita-mente (penitenciário, pároco) porque estas licençasvão anexas ao ofício.

Em perigo de morte do penitente: todo o presbítero, mesmo sem licenças e mesmo que esteja presente outro sacerdote que as tenha.

MINISTRO, 2

A

B

C

Page 86: Os Sete Sacramentos

86/24Penitência

Absolvição de excomunhões reservada ao Sumo Pontífice:

a) profanação da Eucaristia,b) violência física contra o Papa,c) ordenação de um bispo sem mandato pontifício,d) violação do sigilo sacramental, e) absolver um cúmplice.

Não há “pecados reservados”, mas sim “penas eclesiásticas”. Podem ser um castigo para reparar a ordem lesada e produzir um horror saudável àquele delito (privação de privilégios ou um cargo, etc.) e levantam-se por dispensa. Ou podem ser medicinais, para a correcção daqueleque incorreu nelas (censuras: excomunhão, interdiçãoe suspensão) e levantam-se por absolvição.

Perigo de morte: qualquer sacerdote pode absolver de todas as censuras e pecados.

MINISTRO, 2

1

2

3

Page 87: Os Sete Sacramentos

87/24

Rito para a reconciliação de um só penitente: modo habitual de receber o Sacramento.

Penitência

1

Rito para a reconciliação de diversos penitentes, com confissão e absolvição individual: junto com 1. constitui o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja.

2

RITO DESTE SACRAMENTO

Rito para a reconciliação de muitos penitentes, com confissão e absolviçãogeral (impõe-se uma penitência com carácter geral).

3

Está feito para casos muito excepcionais. Os fiéis que tenham recebido uma absolvição geral estão obrigados a confessar individualmente, quanto antes,os pecados que lhes foram absolvidos. Não se cumpre, deste modo, o preceito de confessar os pecados graves ao menos uma vez por ano.

Actualmente, há três ritostrês ritos:

Page 88: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Sacramentos0606

Unção dos DoentesUnção dos Doentes

Page 89: Os Sete Sacramentos

89/6

CCE 1511CCE 1511: “A Igreja crê e confessa que, entre os sete sacramentos, há um, especialmente destinado a reconfortar os que se encontram sob a provação da doença: a Unção dos enfermos”.

Unção dos doentes

Novo TestamentoNovo Testamento: insinuado por S. Marcos (6, 7-13); recomendado e promulgado por Tiago (5, 14-15).

NATUREZA E INSTITUIÇÃO

Page 90: Os Sete Sacramentos

90/6

Administra-se: a. Aos gravemente doentes, b. Ungindo-os na fronte e nas mãos com azeite de oliveira devidamente benzido, c. Pronunciando uma só vez a fórmula.

Unção dos doentes

Conforme as circunstâncias, pode ser outro azeite vegetal.

O azeite é o que bendiz o bispo na Missa crismal de Quinta-Feira Santa. Em caso de necessidade, o sacerdote pode benzer azeite corrente durante a celebração do sacramento.

RITO ESSENCIAL

Page 91: Os Sete Sacramentos

91/6

= “O fiel que, tendo atingido o uso da

razão, por motivo de doença ou velhice,

começa a encontrar-se em perigo de vida”

(CIC 1004CIC 1004).

Unção dos doentes

“começa”:

CCE 1514CCE 1514: “não é um sacramento só dos que estão prestes a morrer”.

pode repetir-se quando outra doença grave ou dentro da mesma aumenta o perigo.

apropriado “antes de uma operação cirúrgica importante” (CCE 1515CCE 1515) ou mais de uma vez para os anciãos.

SUJEITO

Page 92: Os Sete Sacramentos

92/6

= Qualquer sacerdote, e só ele, a administra validamente .

Unção dos doentes

Várias formas de administrá-la: a mais usual = confissão, unção e viático.

MINISTRO E CELEBRAÇÃO

Não se administra este sacramento condicionalmente, mesmo que se duvide que o doente esteja ainda vivo.

Page 93: Os Sete Sacramentos

93/6Unção dos doentesEFEITOS

enche de paz, excita a uma grande confiança na misericórdia divina;

dá mais força para afastar as tentações do demónio (costuma redobrar os esforços);

causa o desaparecimento das relíquias de pecado e o perdão dos pecados veniais (e indirectamente os mortais);

causa a saúde do corpo, se é conveniente para a saúde da alma.

Page 94: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Sacramentos0707

OrdemOrdem

Page 95: Os Sete Sacramentos

95/16OrdemO SACERDÓCIO CRISTÃO, 1

Jesus Cristo é o “único mediador entre Deus

e os homens” (1 Tim 2, 5).= único sacerdote

da Nova Lei, que nos redimiu mediante o seu

sacrifício.

O sacrifício da cruz torna-se presente no

sacrifício eucarístico: o único sacerdócio

faz-se presente pelo sacerdócio ministerial = só

Cristo é o verdadeiro sacerdote; os demais são

seus ministros.

Page 96: Os Sete Sacramentos

96/16OrdemO SACERDÓCIO CRISTÃO, 2

Dois modos de participar no único sacerdócio de Cristo:

- sacerdócio comum a todos os fiéis; - sacerdócio específico dos ministros ordenados.

O comum realiza-se no desenvolvimento da graça baptismal. O ministerial é transmitido mediante um sacramento próprio, o sacramento da ordem.

Lumen gentiumLumen gentium 10: “Ainda que a sua diferença é essencial e não só em grau, estão ordenados um ao outro”.

Page 97: Os Sete Sacramentos

01.Introdução (18 slides) 10. Sacramentos_communicatio (4 slides)02.Baptismo (11 slides) 03.Confirmação (8 slides) 04.Eucaristia (26 slides)05.Penitência (24 slides)

06. Unção dos enfermos ( 6 slides)07. Ordem ( 16 slides )08. Matrimónio (30 slides)09. Sacramentos_ortodoxos (9 slides)

Aulas previstas:

Sacramentos0808

MatrimónioMatrimónio

Page 98: Os Sete Sacramentos

98/30Matrimónio

CCE 1601CCE 1601; CIC 1055CIC 1055: “O pacto matrimonial, pelo

qual o homem e a mulher constituem entre si a

comunhão íntima de toda a vida, ordenado por

sua índole natural ao bem dos cônjuges e à

procriação e educação da prole, entre os

baptizados, foi elevado por Cristo Senhor à

dignidade de sacramento”.

Tanto o estado matrimonial como a maneira de

entrar neste estado são essencialmente iguais

para o cristão e para o que não o é. Outros efeitos.

Page 99: Os Sete Sacramentos

99/30Matrimónio Para os cristãos a maneira de entrar no estado matrimonial, que é essencialmente

igual à dos restantes homens, constitui um sacramento. PortantoPortanto: É a Igreja que tem de regular a forma concreta dos

cristãos contrair matrimónio e só a ela compete a

determinação dos obstáculos para o contrair ou a

maneira de removê-los, etc. As declarações da Igreja sobre o que é de direito

natural no matrimónio não só afectam o matrimónio

dos cristãos, não é a eles a que se dirigem directa-

mente: têm valor universal; afectam igualmente a

qualquer matrimónio, de cristãos ou não.

A

B

Page 100: Os Sete Sacramentos

100/30Matrimónio O matrimónio é:

- a união = consentimento interior e exterior pelo qual se

contrai o matrimónio (in fieri); e vínculo permanente

que nasce deste contrato (in facto esse) - marital = entregando e recebendo o direito mútuo da união

física que por si é apta para gerar a prole

- de um homem e uma mulher,

= unidade do matrimónio (um com uma)

- entre pessoas legítimas, = por lei natural ou positiva

- formando uma comunidade indivisa de vida.

= indissolubilidade, união de vida doméstica, vontades, etc.

Page 101: Os Sete Sacramentos

101/30Matrimónio

Essência do matrimónio in fieri (sacramento se cristãos) = mútuo consenti- mento das partes legitimamente manifestado entre pessoas juridicamente capazes, consentimento que nenhum poder humano pode suprir.

É essencialmente um contrato cujo objecto é o modo de vida marital => cada cônjuge deve pretender, pelo menos não excluir, o direito mútuo, exclusivo e perpétuo sobre o corpo do outro em ordem à geração. Se se excluísse, o matrimónio seria nulo. MASMAS para a validade não importa o ulterior exercício deste direito mútuo.

Essência do matrimónio in facto esse = vínculo, de por si permanente, que nasce do legítimo contrato matrimonial.

1

2

Page 102: Os Sete Sacramentos

102/30Matrimónio

O matrimónio natural não é uma invenção humana, mas foi instituído por Deus.

No relato do Génesis, esta instituição aparece relacionada estreitamente com a própria criação do homem. CCE 1605CCE 1605: “o homem e a mulher foram criados um para o outro”.

INSTITUIÇÃO

Page 103: Os Sete Sacramentos

103/30MatrimónioPROPRIEDADES, 1

UNIDADE

CCE 1644CCE 1644: “Pela sua própria natureza o amor dos esposos exige a unidade e a indissolubilidade da sua comunidade de pessoas, a qual engloba toda a sua vida... Esta comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em Jesus Cristo, conferida pelo sacramento do Matrimónio.” Portanto, a unidade e a indissolubilidade são proprieda-

des naturais do matrimónio: comuns a todo matrimónio. O que acrescenta o

sacramento é uma ajuda específica para que os cônjuges saibam manter-se fiéis

completamente um ao outro.

Page 104: Os Sete Sacramentos

104/30Matrimónio

O vínculo matrimonial é exclusivo: a poligamia simultânea é ilícita por direito divino natural e por direito divino positivo. Igual dignidade homem – mulher, e amor exclusivo.

O matrimónio não é válido mais que com a primeira mulher ou com o primeiro marido.

PROPRIEDADES, 2

UNIDADE

A poligamia dos patriarcas explica-se como dispensa divina (provavelmente depois do dilúvio) para favorecer o crescimento do povo de Deus.

Page 105: Os Sete Sacramentos

105/30Matrimónio

Por instituição do Criador, o vínculo matrimonial é perpétuo e indissolúvel.

“Pelo sacramento, a indissolubilidade do matrimónio adquire um sentido novo e mais profundo” (CCE 1647CCE 1647): os esposos são capacitados para representar e testemunhar a fidelidade de Deus à sua aliança, de Cristo à sua Igreja.

PROPRIEDADES, 3

O matrimónio rato e consumado é indissolúvel por lei de Deus. A Igreja não tem poder para pronunciar-se contra esta disposição divina. “O amor quer ser definitivo. Não pode ser «até nova ordem»”. (CCE 1646CCE 1646).

não pode ser desatado por lei humana alguma.

1

2

INDISSOLUBILIDADE

Page 106: Os Sete Sacramentos

106/30Matrimónio

Gaudium et spes 48Gaudium et spes 48: “por sua própria natureza, a

instituição mesma do matrimónio e o amor conjugal

estão ordenados à procriação e educação da prole

e com elas são coroados como a sua culminação”. Ritual do matrimónio 3Ritual do matrimónio 3: “os filhos são em

realidade o dom mais excelente do matrimónio e

contribuem sobremaneira para o bem dos próprios

pais”.

PROPRIEDADES, 4ABERTURA À FECUNDIDADE

Page 107: Os Sete Sacramentos

107/30Matrimónio

CCE 1608CCE 1608: “Para curar as feridas do pecado, o homem e a mulher necessitam da ajuda da graça... Sem esta ajuda, o homem e a mulher não podem chegar a realizar a união das suas vidas em ordem para a qual Deus os criou «no princípio»”.

As próprias núpcias são sinal sagrado que produz graça.

AJUDA DA GRAÇA

Page 108: Os Sete Sacramentos

108/30Matrimónio

“A aliança matrimonial... foi elevada por Cristo Senhor à dignidade de sacramento entre baptizados (...). Entre baptizados não pode haver contrato matrimonial válido que não seja igualmente Sacramento” (CIC 1055CIC 1055).

O Matrimónio entre cristãos é sinal da união de Cristo com a sua Igreja

= “grande mistério” (Ef 5, 32) (no Matrimónio natural não há nada de especial- mente misterioso).

Page 109: Os Sete Sacramentos

109/30Matrimónio

“O pacto matrimonial…foi elevado por Cristo Nosso Senhor à dignidade de sacramento entre baptizados. Pelo que, entre baptizados, não pode haver contrato matrimonial válido que não seja, pelo mesmo facto, Sacramento” (CIC 1055CIC 1055).

O Matrimónio entre cristãos é sinal da união de Cristo com a sua Igreja

= “grande mistério” (Ef 5, 32) (no Matrimónio natural não há nada de especial- mente misterioso).

Page 110: Os Sete Sacramentos

110/30Matrimónio

Cristo instituiu o sacramento que santifica o

matrimónio natural estabelecido já por Deus no

Paraíso. Jesus infunde uma graça sacramental

específica na alma dos que se casam e convi-

da-os a seguir-lhe, transformando a sua vida

conjugal num andar divino na terra.

São Josemaria Escrivá:

o Matrimónio é uma autêntica vocação divina

e caminho de santidade.

Page 111: Os Sete Sacramentos

111/30Matrimónio Sujeito capaz do matrimónio = qualquer baptizado que não tenha nenhum impedimento.

Há-de receber-se em estado de graça. Se não é o caso, o contrato é válido, mas, além de cometer outro pecado mortal, os efeitos sobrenaturais do sacramento ficam impedidos. Revivem quando o sujeito recupera a graça de Deus.

Page 112: Os Sete Sacramentos

112/30Matrimónio Efeitos sobrenaturais do matrimónio = aumento da graça santificante e graça sacramental.

CCE 1641CCE 1641: “Esta graça própria do sacramento do Matrimónio destina-se a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua unidade indissolúvel. Por meio desta graça «eles auxiliam-se mutuamente para chegarem à santidade pela vida conjugal conjugal e pela procriação e educação dos filhos»”. O sacramento concede aos esposos direito ao auxílio actual da graça quantas vezes o necessitem para cumprir as obrigações do seu estado.

Page 113: Os Sete Sacramentos

113/30Matrimónio

“Segundo a tradição latina, são os esposos quem, como ministros da graça

de Cristo, se conferem mutuamente o sacramento do Matrimónio , ao exprimi-

rem, perante a Igreja, o seu consentimento” (CCE 1623CCE 1623). Igreja latina: o ordinário ou o sacerdote

é uma testemunha qualificada e activa

que solicita e recebe a manifestação

externa do consentimento matrimonial

dos contraentes (exigido para a validade).

Não assim nas liturgias orientais.

MINISTRO

Page 114: Os Sete Sacramentos

114/30Matrimónio

Normalmente celebra-se dentro da Missa (Ritual):

2. porque matrimónio é sinal sagrado

do amor de Cristo à sua Igreja e é

precisamente na Eucaristia “realiza-

-se o memorial da Nova Aliança,

pela qual Cristo se uniu para sempre

à Igreja, sua esposa bem-amada

pela qual se entregou” (CCE 1621CCE 1621).

1. “em virtude do vínculo que têm todos os sacramentos com o mistério pascal de Cristo”,

CELEBRAÇÂO, 1

Page 115: Os Sete Sacramentos

115/30Matrimónio

Quando não se pode observar a forma eclesiástica ordinária, nem se pode

recorrer sem incomodidade grave a algum ordinário ou pároco ou seus

delegados, é válida e lícita a forma extraordinária de celebração do

matrimónio, meramente ante duas testemunhas.

Pode celebrar-se também sem Missa, por necessidade ou porque se estima

oportuno: o Ritual prevê com detalhe as diferentes maneiras de o fazer.

CELEBRAÇÂO, 2

Isto pode acontecer em caso de perigo de morte, em tempo de perseguição,

em lugares com muito poucos sacerdotes onde houvesse que esperar mais

de um mês, etc.

Page 116: Os Sete Sacramentos

116/30Matrimónio

Tal consentimento causa o matrimónio. = nenhuma autoridade humana pode suprir este consentimento.

É o acto da vontadevontade pelo qual “o homem e a mulher, por pacto irrevogável, se entregam e

recebem mutuamente, a fim de constituirem o matrimónio” (CIC 1057CIC 1057).

CONSENTIMENTO MATRIMONIAL

Este consentimento há-de ser: - verdadeiro, livre e deliberado, - de presente (de casar-se aqui e agora), - mútuo e simultâneo, - manifestado externamente e legitimamente (de acordo com os requisitos que exige o direito eclesiástico), - sem condições.

1

2

Page 117: Os Sete Sacramentos

117/30Matrimónio

A razão = quando há contrato matrimonial verdadeiro, há sacramento, e só a Igreja tem poder sobre os sacramentos.

Só à Igreja corresponde julgar e determinar tudo aquilo que se refira à essência do matrimónio cristão: negaram-no os protestantes ao negar que o matrimónio fosse um sacramento.

JURISDIÇÃO, 1

O poder civil só tem competência sobre os efeitos meramente civis do matrimó-nio canónico dos cristãos, e só quanto a esses efeitos civis.

Page 118: Os Sete Sacramentos

118/30Matrimónio

= esta é a opinião mais comum e concorda com a praxe da cúria romana (mas há autores que pensam que a parte baptizada recebe um verdadeiro sacramento).

Caso de um baptizadobaptizado que contrai matrimónio com um que não o estácom um que não o está: recebe o sacramento: 1- o baptismo é a porta dos outros sacramentos => o não baptizado é incapaz de receber o sacramento do matrimónio; 2- uma característica geral do matrimónio, é que não pode ter efeitos diferentes para uma e outra das partes contraentes => o baptizado tão pouco o recebe.

JURISDIÇÃO, 2

A potestade da Igreja estende-se indirectamente ao não baptizado (os mesmos efeitos do contrato para os dois).

Page 119: Os Sete Sacramentos

119/30Matrimónio

Alguns são de direito natural e outros de direito

divino ou eclesiástico. A sua finalidade é proteger

a santidade do matrimónio.

= certas circunstâncias que por afectar as pessoas dos

contraentes, as fazem juridicamente incapazes para

contrair validamente o matrimónio (=“dirimentesdirimentes”).

IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 1

Page 120: Os Sete Sacramentos

120/30Matrimónio

Para assegurar o cumprimento do objecto do contrato matrimonial: impotência (anterior ao matrimónio e perpétua); estar já casado; ter recebido ordens sagradas; voto público e

perpétuo de castidade num instituto religioso.

Para proteger a deliberação ou a liberdade deconsentimento: falta de idade (varão: 16 anos,Mulher: 14 anos); rapto.

IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 a

1

2

Page 121: Os Sete Sacramentos

121/30Matrimónio

Para proteger as relações de intimidade no seio

da família (“de parentesco”): consanguinidade

(linha recta e colateral até ao 4º grau incluído:

primos irmãos); afinidade (linha recta); pública

honestidade (“quase afinidade” entre uma das

duas partes de matrimónio inválido ou de

concubinato público ou notório e os consanguí-

neos da outra parte em linha recta e em 1º grau);

adopção (linha recta ou colateral 2º grau).

IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 b

3

Page 122: Os Sete Sacramentos

122/30Matrimónio

Para proteger a fidelidade conjugal: crime (adultério com morte do cônjuge, causa da por um ou outro adúltero, ou morte do cônjuge, causada de comum acordo mesmo que não tenha havido adultério).

Para proteger a fé do cônjuge católico e aeducação católica dos filhos: com umapessoa não baptizada (mas o caso de um baptizado fora da Igreja católica: não invalida, mas tem necessidade de licença).

IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 c

4

5

Page 123: Os Sete Sacramentos

123/30Matrimónio

Alguns impedimentos podem cessar naturalmente (ex.: idade). Outros por legítima dispensa. Outros não podem cessar.

As dispensas podem ser concedidas pelo Bispo diocesano, com excepção das reservadas ao Papa, a saber:

- ordens sagradas; - voto público de castidade num instituto religioso; - crime;

Em perigo de morte e circunstâncias urgentes, podem concedê-la o pároco ou o confessor (cfr. CIC 1079-1080CIC 1079-1080).

DISPENSAS

Page 124: Os Sete Sacramentos

124/30Matrimónio

Quando se verifica que um matrimónio foi contraído invalidamente, pode haver quatro soluções:

Deixar os cônjuges em boa fé, se se prevê que continuarão nela e que, ao conhecer a sua situação real, não quereriam alterá-la;

1

2

3

4

Que convivam como irmão e irmã, se a nulidade é oculta e existe fundada esperança de que saberão fazê-lo;

A separação dos cônjuges: única solução se há impedimento não dispensável e não são capazes de viver como irmão e irmã;

A revalidação de matrimónio inválido, que consiste em que se faça o que se devia ter feito no momento de contrair matrimónio e não se fez.

Page 125: Os Sete Sacramentos

125/30Matrimónio

SUBSANAÇÃO NA RAIZ

Quando se verifica que um matrimónio é nulo, se tiver havido consentimento, ou surja depois, e este consentimento se mantiver, a autoridade eclesiástica pode decidir recebê-lo como válido mediante a “sanatio in radice”.

ConsisteConsiste numa reavaliação do matrimónio concedida pelo Papa e, nalguns casos, pelo Bispo diocesano. IncluiInclui: dispensa ou cessação do impedimento, dispensa da lei que impõe a renovação do consentimento, e retroacção dos efeitos canónicos, ao tempo do primeiro consentimento.

Pode conceder-se tanto se as partes sabem que foi inválido, como se o ignoram.

Page 126: Os Sete Sacramentos

126/30Matrimónio

CASOS DE DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO MATRIMONIAL

O Papa possui poder ministerial de dispensar, quando há uma causa justa, de obrigações de direito divino que têm sua origem num acto humano livre. Ex.: votos formais, juramento de fazer ou omitir algo. => aplicação = pode dispensar do matrimónio rato mas não consumado.

Outros dois casos: 1. privilégio paulino (cfr. 1 Cor 7, 12-15);

2. privilégio petrino.

Page 127: Os Sete Sacramentos

127/30Matrimónio

Por causas proporcionadas pode fazer-se legitimamente a separação física

dos cônjuges, relativamente ao leito e à casa: os esposos NÃO CESSAM de

ser marido e mulher diante de Deus, nem são livres para contrair nova união.

Por mútuo consentimento pode fazer-se a separação tanto temporal como

perpétua relativa ao leito; mas quanto à casa, só temporal, e não é aconse-

lhável com duração longa.

SEPARAÇÃO DOS CÔNJUGES

Outros casos, legítima só para as causas previstas na legislação canónica e

depois da sentença do ordinário, ainda que por vezes seja possível por

autoridade própria.

MAS: O divórcio é um acto de per si nulo perante Deus.

Page 128: Os Sete Sacramentos

128/30Ficha técnica

Bibliografia Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação

Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)

Slides Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com

Page 129: Os Sete Sacramentos

129/16OrdemO SACERDÓCIO CRISTÃO, 3

Igualdade fundamental de todos os fiéis cristãos: todos estão radicalmente capacitados para colaborar na santificação dos membros da Igreja, que é a sua missão. = recebem esta capacitação por meio do baptismo. MAS, há funções sacerdotais que requerem ulterior capacitação radical, diferente das dos outros fiéis não já em grau mas em essência e outorgada pelo carácter próprio que confere o sacramento da ordem. Estas funções estão dirigidas primariamente à eucaristia e, em relação com ela, ao perdão dos pecados e aos outros sacramentos. Estas funções compreendem também pregar com autoridade a palavra de Deus e dirigir os fiéis nas coisas que se referem ao reino dos céus.

Page 130: Os Sete Sacramentos

130/16Ordem

O SACERDÓCIO MINISTERIAL

Através do ministro ordenado, Cristo

torna-se presente na sua Igreja como

cabeça do seu corpo, pastor do seu

rebanho, sumo sacerdote do sacrifício

redentor, mestre da verdade.

“É o que a Igreja exprime quando diz

que o padre, em virtude do sacramento

da ordem, age ‘in persona Christi ‘in persona Christi

CapitisCapitis’’- na pessoa de Cristo Cabeça- na pessoa de Cristo Cabeça”

(CCE 1548CCE 1548).

Page 131: Os Sete Sacramentos

131/16Ordem

NATUREZA DESTE SACRAMENTO

CCE 1536CCE 1536: “A ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos”.

Compreende três graus: episcopado, presbiterado e diaconado. A ordenação não é uma delegação ou eleição ou designação pela comunidade. = “confere um poder sagrado que só pode vir do próprio Cristo, pela sua Igreja” (CCE 1538CCE 1538).

Page 132: Os Sete Sacramentos

132/16OrdemOS BISPOS

Lumen gentiumLumen gentium 20: “através de uma sucessão que remonta ao princípio, são os transmissores da semente apostólica”.

A sua potestade não excede a dos presbíteros no referente à consagração da Eucaristia, mas sim para outros sacramentos, ensinar e governar os fiéis: Pertence-lhes: 1) conferir a ordem, 2) ordinariamente administrar a confirmação e benzer os óleos, 3) governar as suas dioceses com potestade ordinária, sob a autoridade do Papa, 4) conferir aos presbíteros qualquer potestade de governar, 5) ter “colegialmente com todos os seus irmãos no episcopado a solicitude de todas as Igrejas” (CCE 1560CCE 1560).

Page 133: Os Sete Sacramentos

133/16OrdemOS PRESBÍTEROS

São os colaboradores da ordem episcopal. “Em virtude do sacramento da ordem, ficam consagrados como verdadeiros sacerdotes da Nova Aliança” (Lumen Lumen

gentiumgentium 28). Só podem exercer o seu ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele. “Formam um único presbitério especialmente na diocese a cujo serviço se dedicam sob a direcção do seu bispo” (Presbyterorum ordinisPresbyterorum ordinis 8). A sua potestade estende-se a: 1) consagrar o corpo e o sangue do Senhor, 2) perdoar os pecados, 3) apascentar os seus súbditos com as obras e com a doutrina, 4) administrar os sacramentos que não requeiram a ordem episcopal.

Page 134: Os Sete Sacramentos

134/16Ordem

OS DIÁCONOS

“No grau inferior da hierarquia estão os diáconos, aos quais se lhes impõe as mãos para realizar um serviço e não para exercer um sacerdócio” (LumenLumen

gentiumgentium 29).

A sua potestade consiste em: 1) assistir o bispo e o presbítero nas funções litúrgicas, sobretudo na celebração da Eucaristia, 2) administrar o Baptismo solene, 3) assistir ao Matrimónio quando lhes seja devidamente delegado, 4) proclamar o Evangelho e pregar, 5) presidir às exéquias, etc.

Page 135: Os Sete Sacramentos

135/16Ordem

CELEBRAÇÃO DESTE SACRAMENTO

Ordenação = consagração (participação no sacerdócio sacro de Cristo

como cabeça do seu corpo, que é a Igreja).

Sinal visível desta consagração: a imposição de mãos do bispo, com a oração consagratória = o essencial.

1. O bispo e o presbítero: unção com o

santo crisma. 2. Entrega dos instrumentos: - bispobispo = evangelhos, anel, mitra e báculo; - presbíteropresbítero = patena e cálix; - diáconodiácono = evangelhos.

Page 136: Os Sete Sacramentos

136/16OrdemMINISTRO

Só o bispo pode ordenar validamente.

Ordena diáconodiácono a um leigo, e há-de

incardiná-lo na sua diocese ou há-de

receber demissórias do ordinário que

o vai incardinar.

Ordena sacerdotesacerdote a um diácono, e

há-de ter jurisdição sobre ele ou receber autorização para que o ordene, do

respectivo ordinário.

Ordena bispobispo a um sacerdote, deve associar ao rito pelo menos outros dois

bispos e tem que constar o mandato pontifício de o fazer.

Page 137: Os Sete Sacramentos

137/16OrdemSUJEITO, 1

Ninguém tem direito a receber o sacramento da ordem: é uma chamada de Deus. Quem crê ter esta chamada deve submeter o seu desejo à autoridade da Igreja.

Para a validade: ter intenção de recebê-lo. Para a licitude: estar confirmado e em graça de Deus.

Page 138: Os Sete Sacramentos

138/16Ordem

SUJEITO, 2

Por vontade divina, só o varão baptizado recebe validamente a sagrada ordenação.

Cristo só elegeu aos apóstolos entre os seus discípulos varões. De facto, nunca, nem os apóstolos, nem os seus sucessores, administraram a ordem sagrada a mulheres.

Cabe pensar que com esta decisão Cristo quis realçar que o sacerdote celebra a Missa in persona Christi e que, pelo simbolismo sacramental, convém que haja uma semelhança natural entre ele e Cristo, que foi e permanece varão.

A Santíssima Virgem Maria.

Page 139: Os Sete Sacramentos

139/16Ordem

SUJEITO, 3

CCE 1579CCE 1579: “Todos os ministros ordenados da Igreja latina, á excepção dos diáconos permanentes, são normalmente escolhidos entre homens crentes que vivem celibatários e têm vontade de guardar o celibato por amor do Reino dos céus”.

A Igreja reserva o sacerdócio aos que receberam o dom do celibato, gratuitamente concedido por Deus e livremente exercido pelo que o recebe.

Implica: 1) maior entrega a Cristo, 2) maior entrega à Igreja e a todas as almas, 3) testemunho escatológico.

Page 140: Os Sete Sacramentos

140/16OrdemEFEITOS

O carácter: consiste numa especial configuração do ordenado com Cristo enquanto cabeça do Corpo Místico e o faculta para participar de modo especial no seu sacerdócio.

Pelo carácter, o sacerdote converte-se em: - ministro autorizado da palavra de Deus (função de ensinar); - ministro dos sacramentos e, em especial, da eucaristia (função de santificar); - ministro do povo de Deus: entra a formar parte da hierarquia (função de governar).

A graça: aumentada para que o ordenado possa ser um ministro idóneo de Cristo: graça do Espírito Santo “consiste numa configuração com Cristo, Sacerdote, Mestre e Pastor” (CCE 1585CCE 1585).

A

B

Page 141: Os Sete Sacramentos

141/16Ordem

OBRIGAÇÕES DOS CLÉRIGOS

Especial obediência ao papa e ao próprio bispo;

Santidade de vida (inclui o ofício divino);

Disponibilidade para desempenhar os cargos que se lhes confiam;

A

B

C

D

E

F

Continuação dos seus estudos;

Uso do traje eclesiástico (CIC 284CIC 284);

Abster-se de alguns tipos de trabalho e ocupações que lhes estão proibidas (CIC 285-286CIC 285-286).