Upload
vanphuc
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Dyl
an:
Mu
dam
-se
o
s te
mp
os
A C
olum
bia
Reco
rds
cheg
ou a
pon
dera
r a
esco
lha
dest
a ca
nção
par
a si
ngle
, ac
aban
do c
ontu
do p
or
opta
r po
r “B
low
in’
In T
he W
ind”
, su
rgin
do e
ntão
no
res
petiv
o la
do B
. O
tem
po d
eu-lh
e co
ntud
o es
tatu
to d
e re
ferê
ncia
, tan
tas
que
são
já a
s ve
rsõe
s cr
iada
s qu
e pa
ssam
, en
tre
outr
os,
por
nom
es
com
o os
de
Pete
r, P
aul &
Mar
y, E
lvis
Pre
sley
, Er
ic
Cla
pton
ou
Brya
n Fe
rry.
“Lik
e a
Rolli
ng S
tone
” 1
96
5
As
revo
luçõ
es f
azem
-se
em c
onfr
onto
com
o q
ue
ante
s es
tava
es
tabe
leci
do
com
o no
rma.
M
as,
na h
istó
ria d
a m
úsic
a, p
ouca
s re
volu
ções
for
am
(lite
ralm
ente
) tã
o el
étric
as e
cap
azes
de
gera
r (o
ta
ntas
ve
zes
saud
ável
) de
scon
fort
o na
re
laçã
o en
tre
artis
ta e
púb
lico
com
o a
que
Bob
Dyl
an
prot
agon
izou
qu
ando
, in
espe
rada
men
te,
surg
iu
no p
alco
de
um f
estiv
al d
e m
úsic
a fo
lk c
om u
ma
band
a...
de r
ock.
Aco
ntec
eu e
m 1
965
no f
estiv
al
de N
ewpo
rt e
ger
ou u
m e
pisó
dio
de im
port
ânci
a ta
l qu
e nã
o há
bio
graf
ia d
o m
úsic
o ou
his
tória
da
mús
ica
popu
lar
que
não
o re
fira.
Elja
h W
ald
publ
icou
inc
lusi
vam
ente
“D
ylan
Goe
s El
ectr
ic!
– N
ewpo
rt,
Seeg
er,
Dyl
an a
nd t
he N
ight
tha
t Sp
lit
the
Sixt
ies”
, um
liv
ro t
odo
ele
dedi
cado
a e
sse
mom
ento
e à
s su
as r
eper
cuss
ões.
A c
ançã
o, q
ue f
oi d
epoi
s gr
avad
a no
s C
olum
bia
Reco
rdin
g St
udio
s a
16 d
e ju
nho
dess
e m
esm
o an
o (a
com
panh
ado
pela
ba
nda
e co
m
Tom
W
ilson
na
prod
ução
), é
um d
os t
emas
cen
trai
s do
alin
ham
ento
do
álbu
m H
ighw
ay 6
1 Re
visi
ted
e ac
abou
po
r se
tr
ansf
orm
ar
num
ca
so
mai
or
das
hist
ória
da
mús
ica
popu
lar.
Há
aqui
con
tudo
m
ais
do q
ue a
pena
s a
“ous
adia
” el
étric
a. H
á um
a di
men
são
poét
ica
que
junt
a nã
o ap
enas
um
a fig
ura
(um
a ce
rta
Mrs
. Lo
nely
, qu
e se
crê
que
pos
sa s
er
Eddi
e Se
dgw
ick,
um
a da
s m
ais
impo
rtan
tes
atriz
es
do c
inem
a de
War
hol)
e ai
nda
um o
lhar
sob
re a
so
cied
ade
amer
ican
a de
mea
dos
dos
anos
60.
U
m m
ês a
ntes
do
lanç
amen
to d
o ál
bum
a c
ançã
o su
rgiu
num
sin
gle,
com
o t
ema
“Gat
es o
f Ed
en”
no
lado
B.
.. Po
ucas
se
man
as
depo
is
atin
gia
o nú
mer
o 2
na
tabe
la
nort
e-am
eric
ana
que
era
entã
o lid
erad
a po
r “H
elp!
” do
s Be
atle
s. A
nos
mai
s
tar
de s
eria
ele
ita p
ela
revi
sta
‘Rol
ling
Ston
e’ c
omo
o nú
mer
o um
da
su
a lis
ta
das
500
Mel
hore
s C
ançõ
es
de
Sem
pre.
V
ersõ
es
não
falta
m,
por
nom
es q
ue p
assa
m p
or J
imi H
endr
ix,
Patt
i Sm
ith,
os R
ollin
g St
ones
ou
Dav
id B
owie
. “F
orev
er Y
oung
” 1
97
4
A p
rimei
ra m
etad
e da
déc
ada
de 7
0 fo
i, pa
ra
Bob
Dyl
an,
um
perío
do
de
vária
s co
nvul
sões
, qu
e pa
ssam
que
r po
r um
a re
laçã
o da
crít
ica
com
os
seu
s di
scos
(qu
e se
mos
trou
lon
ge d
a qu
ase
unan
imid
ade
de a
lgum
tem
po a
ntes
), qu
er p
or
uma
epis
ódic
a sa
ída
da C
olum
bia
Reco
rds,
que
o
levo
u a
grav
ar,
por
pouc
o te
mpo
, pe
la A
sylu
m
Reco
rds.
E é
por
ess
a ou
tra
etiq
ueta
que
, em
197
4,
apre
sent
ou o
álb
um P
lane
t Wav
es, q
ue n
a ve
rdad
e fo
i o v
erda
deiro
suc
esso
r de
New
Mor
ning
na
sua
disc
ogra
fia d
e es
túdi
o (p
elo
cam
inho
hou
ve u
ma
band
a so
nora
e u
m á
lbum
que
junt
ava
sess
ões
de
grav
açõe
s an
terio
res)
. “F
orev
er Y
oung
” te
ve c
omo
insp
iraçã
o um
dos
fil
hos
de D
ylan
(m
uito
pro
vave
lmen
te,
Jess
e).
O
próp
rio D
ylan
con
tou
já q
ue e
scre
veu
a ca
nção
em
Tu
cson
(no
Ariz
ona)
ten
tand
o nã
o se
r de
mas
iado
“s
entim
enta
l” j
á qu
e es
crev
ia s
obre
um
filh
o. A
ca
nção
sur
giu
num
ápi
ce o
u, c
omo
ele
mes
mo
expl
icou
, “es
crev
eu-s
e a
si m
esm
a”. A
pesa
r da
font
e de
ins
pira
ção
bem
con
cret
a, f
ala
gene
ricam
ente
pa
ra to
dos
os q
ue, c
omo
os s
eus
filho
s, a
spira
vam
a
ter
uma
boa
educ
ação
e o
port
unid
ades
, des
ejan
do
no f
im q
ue s
e co
nsig
am m
ante
r se
mpr
e jo
vens
. E
trad
uz u
ma
rela
ção
com
val
ores
rel
igio
sos
que
ganh
aria
m u
ma
dim
ensã
o ai
nda
mai
s in
tens
a na
so
a ob
ra p
ouco
tem
po d
epoi
s.A
ca
nção
fo
i gr
avad
a,
com
os
el
emen
tos
dos
The
Band
, em
dua
s se
ssõe
s di
stin
tas,
a 8
e 1
4 de
no
vem
bro
de 1
974,
no
The
Vill
age
Reco
rder
, em
Lo
s A
ngel
es,
nela
s na
scen
do,
resp
etiv
amen
te,
as
vers
ões
lent
a e
rápi
da, q
ue s
urge
m, e
m s
equê
ncia
, no
alin
ham
ento
do
álbu
m. A
pro
duçã
o co
ube
aqui
a
Dyl
an, j
unta
men
te c
om R
obbi
e Ro
bert
son
e Ro
b Fr
abio
ni.
Há
vers
ões
dest
a ca
nção
ass
inad
as p
or
Joan
Bae
z, D
iana
Ros
s, Jo
hnny
Cas
h ou
os
Gra
tefu
l D
ead.
Nu
No
Ga
lo
piM
18 d
ezem
bro
Pequ
eno
Aud
itório
16
h M
/6
FOT
O D
E C
AP
A
© J
ER
RY
SC
HA
Tz
BE
RG
CO
RB
IS
Dyl
an:
Mud
am-s
e os
tem
pos
Mús
ica
conv
ersa
daM
oder
ação
por
N
un
o G
alo
pim
Te
mas
inte
rpre
tado
s po
r
Mig
uel
ara
újo
Ora
dore
s pe
dro
Mex
ia
Mar
k pa
nn
el D
EPA
RTA
MEN
TO D
E RE
LAç
õES
Pú
BLIC
AS
DA
EM
BAIx
AD
A D
OS
EUA
ped
ro S
erra
no
COTR
AD
UTO
R D
AS
CA
Nç
õES
DE
BOB
DY
LAN
Man
uel
Fal
cão
CCB
C
ON
SELH
O D
E A
DM
INIS
TRA
ÇÃ
O
ElÍS
io S
uM
Ma
ViE
llE
PRES
IDEN
TE /
iSa
BEl
Co
RD
EiR
o V
OG
AL
/ lu
ÍSa
Ta
VEi
Ra
VO
GA
L /
SEC
RETA
RIA
DO
Jo
Ão
Ca
RÉ
. lu
ÍSa
iN
ÊS F
ERN
aN
DES
.
RiC
aR
Do
CER
Qu
EiR
a /
DIR
EÇ
ÃO
DE
AR
TES
PE
RFO
RM
ATI
VA
S P
ROG
RAM
Aç
ÃO
aN
DR
É C
uN
Ha
lEa
l .
FER
Na
ND
o l
uÍS
Sa
Mpa
io /
DEp
aR
TaM
ENTo
DE
opE
Ra
ÇÕ
ES C
OO
RDEN
AD
ORA
pau
la F
oN
SEC
a /
PRO
DU
çÃ
O iN
ÊS C
oR
REi
a .
paTR
ÍCia
Sil
Va
. H
uG
o C
oR
TEZ
. Jo
Ão
lEM
oS
. So
Fia
Sa
NTo
S . V
ERa
Ro
Sa /
DIR
EçÃ
O D
E C
ENA
pa
TRÍC
ia C
oST
a .
JoSÉ
Va
lÉR
io .
TÂN
ia
aFo
NSo
. C
aTa
RiN
a S
ilV
a /
SEC
RETA
RIA
DO
DO
DEP
ART
AM
ENTO
DE
OPE
RAç
õES
So
Fia
Ma
ToS
/ DEp
aR
TaM
ENTo
TÉC
NiC
o C
OO
RDEN
AD
OR
DO
DEP
ART
AM
ENTO
TÉC
NIC
O p
EDR
o R
oD
RiG
uES
⁄ CH
EFE
TÉC
NIC
O D
E PA
LCO
Ru
i Ma
RC
EliN
o /
CH
EFE
DE
EQU
IPA
DE
PALC
O p
EDR
o C
aM
poS
/ TÉC
NIC
OS
PRIN
CIP
AIS
lu
ÍS S
aN
ToS
. Ra
ul
SEG
uR
o /
TÉC
NIC
OS
ExEC
UTI
VO
S F.
CÂ
ND
iDo
Sa
NTo
S
. CÉS
aR
Nu
NES
. Jo
SÉ C
aR
loS
alV
ES .
Hu
Go
Ca
Mpo
S . M
ÁR
io S
ilV
a .
RiC
aR
Do
MEl
o .
Ru
i CR
oC
a .
Hu
Go
Co
CH
aT
. Da
NiE
l R
oSa
/ C
HEF
E TÉ
CN
ICO
DE
AU
DIO
VIS
UA
IS N
uN
o G
RÁ
Cio
/
CH
EFE
DE
EQU
IPA
DE
AU
DIO
VIS
UA
IS N
uN
o B
iZa
RR
o /
TÉC
NIC
OS
DE
AU
DIO
VIS
UA
IS E
Du
aR
Do
Na
SCiM
ENTo
. pa
ulo
Ca
CH
EiR
o .
Nu
No
Ra
Mo
S . M
iGu
El N
uN
ES /
TÉC
NIC
OS
DE
AU
DIO
VIS
UA
IS /
EVEN
TOS
Ca
Rlo
S M
ESTR
iNH
o .
Ru
i Ma
RTi
NS
/ TÉC
NIC
OS
DE
MA
NU
TEN
CÃ
O J
oÃ
o S
aN
TaN
a .
luÍS
TEi
XEi
Ra
. V
ÍTo
R H
oR
Ta /
SEC
RETA
RIA
DO
DO
DEP
ART
AM
ENTO
TÉC
NIC
O Y
ola
ND
a S
EaR
a
PA
RC
EIR
O M
ed
ia
TE
MP
OR
AD
A 2
01
6P
AR
CE
IRO
IN
ST
ITU
CIO
NA
L
Mai
s do
que
dis
cutir
se
o N
obel
atr
ibuí
do e
ste
ano
a Bo
b D
ylan
é
just
o ou
não
, ent
re u
ma
conv
ersa
e a
lgum
as c
ançõ
es v
amos
deb
ater
qu
e lit
erat
ura
é af
inal
a d
este
nom
e m
aior
da
hist
ória
da
mús
ica
do n
osso
tem
po,
que
agor
a pô
s m
eio
mun
do a
fal
ar s
obre
o m
ais
alto
dos
pré
mio
s lit
erár
ios.
D
e qu
e se
fal
a en
tão
quan
do s
e fa
la d
a es
crita
de
Bob
Dyl
an?
H
á o
volu
me
de m
emór
ias,
mai
s um
de
pros
a po
étic
a, a
mbo
s tr
aduz
idos
en
tre
nós.
Mas
foi
pel
a po
esia
(que
and
ou d
e m
ãos
dada
s co
m o
s no
mes
qu
e de
finira
m a
‘bea
t ge
nera
tion’
) que
, pel
a m
úsic
a, n
a fo
rma
de c
ançõ
es,
Dyl
an g
anho
u um
luga
r na
s en
tran
has
mai
s pr
ofun
das
da c
ultu
ra
do n
osso
tem
po.
The
times
the
y ar
e a-
chan
gin’
... J
á tín
ham
os a
pli-
cado
a e
xpre
ssão
a m
uita
s re
alid
ades
. Des
de q
ue
houv
esse
mud
ança
em
jogo
, tor
nara
-se
mes
mo
num
a fr
ase
com
um. M
as e
m 2
016
foi a
vez
de
have
r re
ferê
ncia
s ao
Nob
el d
a Li
tera
tura
usa
ndo
este
icón
ico
vers
o de
Bob
Dyl
an. N
ão a
pena
s po
rque
alg
o m
udav
a. M
as p
orqu
e er
a el
e, D
ylan
, aq
uele
a q
uem
Aca
dem
ia a
trib
uía
o pr
émio
, um
an
o de
pois
de
ter
gera
do a
lgum
a su
rpre
sa a
o di
stin
guir
Svet
lana
Ale
xiev
ich.
A
lém
de
toda
um
a ob
ra c
om e
pisó
dios
sig
nifi-
cativ
os n
a hi
stór
ia d
a m
úsic
a e
com
rec
onhe
cido
im
pact
e so
cial
e p
olíti
co,
em D
ylan
dev
emos
re-
conh
ecer
um
a da
s fig
uras
mai
s im
port
ante
s da
hi
stór
ia r
ecen
te d
a lín
gua
ingl
esa,
cuj
a ob
ra n
ão
se e
sgot
a na
dis
cogr
afia
gra
vada
que
del
e fe
z, d
es-
de a
alv
orad
a do
s an
os 6
0, u
m d
os c
anta
utor
es
mai
s in
fluen
tes
de s
empr
e. V
ale,
por
isso
, a
pena
le
mbr
ar q
ue,
além
dos
dis
cos
e do
s liv
ros
com
os
resp
etiv
os p
oem
as,
a ob
ra d
e D
ylan
inc
lui
aind
a Ta
rant
ula,
um
a ex
periê
ncia
de
pros
a po
étic
a e
o pr
imei
ro v
olum
e da
s su
as C
róni
cas,
um
a au
tobi
o-gr
afia
. H
á, s
obre
tudo
nes
te ú
ltim
o liv
ro,
diál
ogos
, pe
rson
agen
s (r
eais
) e,
sem
sur
pres
a, r
efle
xões
so-
bre
a m
úsic
a e
aque
les
que
a fa
zem
. M
as,
acim
a
de t
udo,
há
ali o
lhar
es s
obre
um
a A
mér
ica
que
foi
desc
obrin
do a
fun
do n
a er
rânc
ia c
om q
ue s
e fa
z o
dia-
a-di
a de
um
mús
ico.
Mes
mo
assi
m,
não
era
prec
iso
conv
ocar
a c
auçã
o de
stes
doi
s liv
ros
para
es
grim
ar j
ustif
icaç
ões.
Bas
tava
ouv
ir as
sua
s ca
n-çõ
es,
nota
r a
dim
ensã
o po
étic
a da
s su
as p
alav
ras,
pa
ra q
ue u
m p
rém
io d
esta
dim
ensã
o fo
sse
mai
s do
qu
e ju
stifi
cado
.A
poé
tica
de D
ylan
foi
pro
fund
amen
te m
arca
da
pelo
s ac
onte
cim
ento
s de
um
a A
mér
ica
que
vivi
a,
nos
anos
60,
a a
uror
a de
impo
rtan
tes
mov
imen
tos
de c
onte
staç
ão e
era
pal
co d
a au
rora
de
uma
con-
trac
ultu
ra q
ue t
inha
no
rock
(mai
s do
que
na
folk
) a
sua
band
a so
nora
prim
ordi
al. E
aco
lheu
o im
pac-
te,
tam
bém
a “
quen
te”,
da
“bea
t ge
nera
tion”
, ab
sorv
endo
as
influ
ênci
as d
ireta
s de
nom
es c
omo
Ker
ouac
, Gin
sber
g ou
Bur
roug
hs, a
caba
ndo
por s
e ju
ntar
a e
les
na li
nha
da f
rent
e do
s qu
e us
avam
a
pala
vra
com
o m
atér
ia-p
rima.
É ve
rdad
e qu
e ex
iste
aqu
ela
velh
a qu
estã
o na
hor
a de
enc
arar
as
pala
vras
can
tada
s. H
á qu
em l
hes
cham
e le
tras
. Há
quem
dig
a qu
e sã
o po
emas
… N
o ca
so d
e Bo
b D
ylan
as
duas
exp
ress
ões
são
válid
as.
Sem
que
um
a m
agoe
a o
utra
.
The
times
the
y ar
e a-
chan
gin’
...
Três
can
ções
de
Dyl
an
“Don
’t T
hink
Tw
ice,
It’
s A
lrigh
t”
19
62
Ouv
iu-s
e pe
la p
rimei
ra v
ez e
m o
utub
ro d
e 19
62
no
Gas
light
C
afé
e fo
i gr
avad
a no
s C
olum
bia
Reco
rdin
g St
udio
s,
em
Nov
a Io
rque
, a
14
de
nove
mbr
o de
sse
mes
mo
ano,
com
John
Ham
mon
d a
dirig
ir en
tão
os t
raba
lhos
. A
gra
vaçã
o fe
z-se
ao
prim
eiro
‘ta
ke’,
trad
uzin
do o
ful
gor
e o
sent
ido
de v
erda
de t
ão c
arac
terís
ticos
de
uma
prim
eira
in
terp
reta
ção.
“D
on’t
Th
ink
Twic
e It’
s A
lrigh
t”
veria
a l
uz d
o di
a qu
ando
a c
ançã
o in
tegr
ou o
al
inha
men
to d
e Th
e Fr
eew
heel
in’ B
ob d
ylan
, o s
eu
segu
ndo
álbu
m d
e es
túdi
o e
aque
le q
ue r
evel
aria
em
ple
no a
s ca
paci
dade
s au
tora
is e
que
col
ocar
ia
Dyl
an s
ob a
mira
das
ate
nçõe
s.
É um
a ca
nção
sob
re u
m a
mor
que
ter
min
ou.
E ao
mes
mo
tem
po u
ma
refle
xão
sobr
e o
que
fez,
o
que
não
fez
e o
que
podi
a te
r fe
ito,
mas
sem
de
ixar
de
se q
uest
iona
r se
não
ter
ia p
erdi
do a
li o
seu
“tem
po p
reci
oso”
...
Embo
ra o
poe
ma
não
o ex
plic
ite, é
pos
síve
l que
a s
ituaç
ão a
que
se
refe
re
este
ja r
elac
iona
da c
om o
afa
stam
ento
de
Suze
Ro
tolo
, qu
e en
tret
anto
par
tira
para
Itá
lia,
onde
es
tava
ago
ra a
est
udar
. Há
vária
s ou
tras
refe
rênc
ias
na l
etra
que
apo
ntam
ess
a lig
ação
a S
uze.
Um
a im
agem
da
alvo
rada
de
um n
ovo
dia,
que
Dyl
an a
li ca
nta,
coi
ncid
e co
m r
ecor
daçõ
es q
ue e
la m
esm
a re
cord
ou m
ais
tard
e na
s su
as m
emór
ias.
Um
ano
de
pois
, em
N
ewpo
rt,
Joan
Ba
ez
refe
rir-s
e-ia
a
esta
can
ção
com
o a
“his
tória
de
um a
mor
que
du
rara
dem
asia
do te
mpo
”. M
ais
um d
ado
curio
so,
port
anto
...