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PÁGINA DO CINECLUBE JECE VALADAO NA FOLHA ES
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Pseudônimo de Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz (Málaga, 16 de agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1970) foi um ator hispano-brasileiro que
se tornou através do cinema, um dos mais populares cômicos do Brasil. Ficou famoso pela dupla que fez com Grande Otelo, em comédias dirigi-das por Carlos Manga e Watson Macedo na Atlântida.Nasceu em família circense, vindo para o Brasil com um ano de idade, mas somente naturalizou-se em 1949. Seu pai era alemão e a mãe por-tuguesa. Começou sua carreira no circo aos cinco anos de idade. Ali aprendeu a tocar violino, sendo ainda palhaço, trapezista, acrobata e ator.Estreou no Teatro de revista em 1932, na peça Calma Gegê, que sati-rizava o ditador Getúlio Vargas. No cinema estreou em Noites Cariocas, de 1935, e foi nesta arte que ganhou enorme popularidade no país. Fez parceria com Grande Otelo, José Lewgoy e Wilson Grey em diversos filmes de chanchada.Seu nome, no Brasil, era comparável com aos grandes humoristas do cin-ema, como Charles Chaplin, Cantinflas, Tati ou Fernandel.Foi casado com Margot Louro, com quem teve dois filhos. Já aposentado, tentando imitar em casa seu pulo característico, teve o acidente vascular
que o matou, a 4 de Junho de 1970. Este é o resumo da biografia de Oscarito que ainda será matéria em outras colunas do Cineclube. Cafifa Pinto na infância foi seu contemporâneo em Braz de Pina, e tem várias histórias que prometeu desovar em conversas privadas que publicaremos com ou sem autorização.
Não poderia imaginar que a matéria sôbre Ernst Borgnine, publicada semana passada, pudesse ter uma
aceitação tão positiva entre os amigos. Afi-nal o ator morreu com 95 anos, há séculos não tinha destaque em nenhum filme, sem-pre representou vilões e era feio pra cacete. Estava errado, vários leitores (Cafifa e Beto e mais ninguém (!)....) solicitaram matérias sobre figuras que fizeram a glória do cinema em sua época áurea, quando não havia ainda a concorrência da televisão, internet e dos divertimentos virtuais que chegaram com fôrça no século XVI, diminuindo a influên-cia da chamada “sétima arte” Quem tem mais de (?)0 anos inevitavel-mente se lembrará das sessões repletas dos Cine Cacique e Broadway, com filas nas portas para comprar ingresso e tumulto na hora da entrada. Sabíamos o agendamento dos cinemas. As fitas de domingo passavam até terça-feira. E eram de preferência comé-dias e musicais americanos. Rock Hudson e Doris Day eram os dois machões mais populares. Cada um em sua área.
Quarta -feira era dia de filme intelectual, dos malditos europeus e da nouvelle vague. Assistí Roma de Felline em plena quarta-feira calorenta, e foi o filme que mais me impressionou naquele período. Quinta era dia de faroeste. Sexta e sábado a programação variava de filme nacio-nal até suspense de Hithcock. Exceção feita para os filmes de Oscarito e Grande Otelo. Estes não tinham dia para começar ou terminar. As vezes passavam durante toda a semana, normalmente com a casa cheia. Os fanáticos da chanchada as-sistiam ao filme duas, tres vezes, repetindo as piadas gaiatas antes que o ator tivesse tempo de entrar com a fala. Isso provocava gargalhadas no cinema e transformava as matinés em verda-deiros teatros revistas. Por esssa razão, resolvemos começar nossos per-fis dos grandes atores com o maior astro do cin-ema nacional: Oscarito, um espanhol que veio do circo para se transformar em ídolo das chancha-das que - desde aquela época- ajudavam o povo a rir, satirizar e suportar os políticos deste país. Não era a tôa que sua principal paródia era sobre o Ditador Vargas. Gostaria muito de vê-lo hoje imitando o “tiranete” Lulla ou o “procurado” Maluf. Tanto faz.
ALGUNS FILMES - O Homem do Sputnik, 1958 - Esse Milhão é Meu -1957 - De Vento em Popa- 1957 - Treze Cadeiras 1956 - Vamos com Calma 1956 - Colégio de Brotos -1956 - Papai Fanfarrão - 1955 - O Golpe 1955 - Guerra ao Samba -1954 - Matar ou Correr -1954 - Nem Sansão nem Dalila -1953 - Dupla do Barulho -1952 - Três Vagabundos -1952 - Carnaval Atlântida - 1952 - Barnabé, tu és meu - 1951 - Aí Vem o Barão - 1947 - Este Mundo é um Pandeiro - 1947 - Asas do Brasil - 1948 - Falta Alguém no Manicômio - 1950 - Aviso aos Navegantes - 1949 - Carnaval no Fogo - 1949 - Caçula do Barulho - 1948 - É com Este que Eu Vou
OSCARITO
[email protected] Gilson Leão
PARCEIROS CULTURAIS