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Edição

TUDO A NUA rEvolução do rEconhEcimEnto já comEçou

OásisSISTEMA IMUNOLÓGICOo ambiente conta mais que os genes

VOLTA AO MUNDO de los Angeles a londres, em alto estilo

PIMP MY CARROÇAcatadores de lixo viram super-heróis do graffiti

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por

Editor

PEllEgriniLuis

C onfesso que senti arrepios nas costas ao produzir esta matéria. Para quem, até hoje, sequer se acostumou ao uso constante do telefone celular, saber que, a curto prazo, os nossos smartphones

serão capazes de reconhecer rostos ou vozes, à nossa frente ou na tela, pode representar uma ameaça. E mais ainda: a identificação é apenas a mais elementar das possibilidades. Vários programadores de aplicações para sistemas móveis trabalham neste momento em programas de análise que poderão definir as emoções de uma pessoa ou avaliar o seu grau de sinceridade através do exame analítico das expressões do seu rosto!

Para tipos como eu, defensores da privacidade pessoal e avesso às inva-sões daquilo que chamo de “meu mundinho interior”, essa tecnologia de avaliação interpessoal – também chamada de revolução do reconheci-mento - é mesmo uma ameaça. Mas, por outro lado, e como afirmam alguns defensores, é preciso reconhecer que ela poderá facilitar a nossa

Dentro em breve, nossos smartphones serão capazes não apenas De reconhecer os interlocutores pela face Deles, mas poDerão também interpretar suas

expressões para Descobrir suas emoções, sentimentos e pensamentos. é a revolução Do reconhecimento

OáSIS . Editorial

por

Editor

PEllEgriniLuis

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vida. o reconhecimento facial permitirá um serviço ao cliente imediato e personalizado. Se num restaurante ou loja me reconhecerem antes de eu entrar, poderão saber com antecedência que estão prestes a receber um bom cliente e propor-me os meus pratos ou produtos favoritos.

o problema começará mesmo um pouco mais adiante, quando, segundo as previsões, e graças aos algoritmos já existentes, milhares de expressões faciais serão associadas a emoções e sentimentos. E quando isso acon-tecer, deverá ser encarado apenas como mais um passo em direção ao verdadeiro objetivo: a leitura dos nossos pensamentos. Confira tudo isso na nossa matéria de capa.

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TUDO A NUA revolução do reconhecimento já começou

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he Hunger Games (Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1), do diretor Francis Lawrence, é o mais recente de uma lon-ga lista de filmes cuja ação se passa num Estado totalitário e onipresente – como 1984 ou Minority Report – A Nova Lei.

Existindo a capacidade de saber tudo de ante-mão sobre uma pessoa, o arsenal tecnológico dos tiranos do futuro se enriquecerá de ma-neira exponencial.

T

no futuro próximo, a tecnologia permitirá revelar as nossas emoções e sentimentos. mais à frente, prevê-se que também nossos pensamentos serão devassados. como será um mundo onde a dissimulação não seja possível?

Por: Gary ShaPiroFonte: Jornal the WaShinGton PoSt

Pois bem: A curto prazo, os nossos smar-tphones serão capazes de reconhecer rostos ou vozes, à nossa frente ou na tela. E a iden-tificação é apenas a mais elementar das pos-sibilidades. Vários programadores de aplica-ções para sistemas móveis trabalham neste momento em programas de análise que po-derão definir as emoções de uma pessoaou avaliar o seu grau de sinceridade através do exame analítico das expressões do seu rosto.

Essa tecnologia de avaliação interpessoal – também chamada de revolução do reconhe-cimento - não é apenas uma ameaça: ela po-derá facilitar a nossa vida. O reconhecimento facial permitirá um serviço ao cliente ime-diato e personalizado. Se num restaurante ou loja me reconhecerem antes de eu entrar, poderão saber com antecedência que estão prestes a receber um bom cliente e propor--me os meus pratos ou produtos favoritos.

Da mesma forma, graças aos algoritmos já existentes, milhares de expressões faciais serão associadas a emoções. Os nossos cére-bros fazem isso naturalmente. Os policiais e os jogadores de pôquer vão mais longe: uti-lizam essas informações para avaliar a sin-ceridade do suspeito ou do adversário. Mas quanto mais o comportamento natural do nosso cérebro for simplificado pela tecnolo

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gia, mais dados mensuráveis e verificáveis conseguiremos produzir. Seja com sensores de atividade ou aparelhos li-gados em rede, medimos mais do que nunca as funções e condições do nosso corpo. Brevemente faremos o mesmo com os sentimentos, as emoções e possivelmente, mais à frente, os pensamentos.

Atualmente, os programadores trabalham em programas que interpretarão as emoções de cada um, para em segui-da enviarem os resultados, seja para aplicações de com-putador, seja para óculos de realidade aumentada como os “Google Classes”.

A tecnologia também já consegue analisar a voz humana para determinar emoções. Neste caso, não só estimula

as capacidades do cérebro como as ultrapassa. A “Moo-dies”, uma aplicação criada pela empresa Beyond Verbal, é capaz de detectar o estado de espírito de uma pessoa a partir da sua voz. Esta tecnologia já está sendo testada em centros de atendimento ao cliente para ajudar os ope-radores a saber se os seus interlocutores estão enervados e portanto predispostos a se mudarem para a concorrên-cia.

Algumas consequências desses desenvolvimentos pode-rão, no entanto, revelar-se negativas. Se é possível anali-sar a imagem e a voz de uma pessoa através de um pro-grama capaz de reconhecer as emoções e avaliar a boa-fé, a sociedade vai ter de se adaptar. Todos sabemos que alguns dos nossos atos quotidianos não passam de

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mentiras piedosas: “Muito prazer em revê-lo”, “Claro que me lembro de você” ou “Come-se muito bem naquele res-taurante”. Não dizer sempre a verdade facilita as relações em sociedade.

Lenços e máscaras anti-emoções

À medida que as nossas pequenas imposturas passarem a ser reveladas, um novo mercado de tecnologias despon-tará, produzindo novas tecnologias que novamente nos permitirão esconder nossas emoções.

Lenços e outros tipos de máscaras vão ficar na moda. Talvez venham a surgir zonas livres onde seja proibida a entrada de aparelhos de detecção de emoções, sendo essa in-terdição assegurada pela lei. Tal como ninguém acha normal fazer foto-grafias nos banheiros e mictórios públicos. Uma coisa é certa: a vida política vai se ressentir. Quando todos os smar-tphones estiverem equi-pados com um detector virtual dementiras, os eleitos vão

ter de fazer prova de criatividade nos seus discursos...

Receio que os políticos mais inseguros ou mais podero-sos consigam rapidamente regular ou limitar a utilização desse tipo de tecnologia para tentar preservar o poder das suas meias-verdades e das suas inteiras mentiras.

Estejamos ou não preparados, essas novas tecnologias brevemente serão realidade. Vão permitir avaliar os ou-tros com um grau de precisão que nunca imaginámos possível. Quanto aos programas de reconhecimento fa-cial, poderão ajudar os doentes de Alzheimer a se lem

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brar das pessoas que conheciam, dos amigos e dos seus entes queridos.

Assim, antes de começar a depreciar essas tecnologias de avaliação, temos também de ter em conta as suas inúme-ras e incríveis vantagens. Se essa “revolução do reconhe-cimento” corresponder às expectativas, os nossos peque-nos receios poderão passar rapidamente para segundo plano.

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SISTEMA IMUNOLÓGICOO ambiente conta mais que os genes

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m mesmo vírus pode desencade-ar, em algumas pessoas, um leve resfriado; em outras, uma febre alta e insistente; em outras ainda, pode não provocar nada. Diante da agressão de agentes patógenos somos todos diversamente vulne-ráveis. Mas as maiores diferenças

quanto a resposta imunológica não dependem no entanto dos genes, como muitas vezes se acredita, mas sim de fatores ambientais. É o que revela um aprofundado estudo sobre a imunologia em gêmeos feito pela Escola de Medicina da Stanford University, publicado

Ua maneira como respondemos às doenças infecciosas depende das precedentes exposições a germes e bactérias, da alimentação e da higiene pessoal. muito menos da herança genética

Por: equiPe oáSiS

nos EUA pela prestigiosa revista científica Cell.

O DNA não é tudo

“A ideia, em alguns círculos da ciência gené-tica, é que quando estabelecemos a sequen-cia do genoma de alguém, será possível ver quais doenças essa pessoa manifestará nos seus próximos 50 anos”, comenta Mark Da-vis, professor de microbiologia e imunologia e coordenador do estudo. Mas, não obstante a genética desempenhe um papel indiscu-tível no surgimento de algumas doenças, o nosso sistema imunológico deve ser incri-velmente adaptável para gerir imprevistos como infecções virais, feridas ou tumores. “Ele deve se arranjar com os seus próprios recursos” diz Davis. Para determinar a influência de genes e do ambiente nas características do sistema imu-nológico, os pesquisadores reuniram 78 pa-res de gêmeos monozigóticos (possuidores de DNA idêntico) e 27 pares de heterozigóti-cos (com apenas 50% dos genes em comum). A ambos os irmãos de cada par foram efetu-ados três exames de sangue em três diversas ocasiões, para medir a atividade de cerca 200 diversos componentes do sistema imu-nológico. Em três quartos dos casos, as influências

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não hereditárias (vacinações efetuadas ou exposições a infecções, alimentação, higiene oral) superaram os fato-res hereditários ao modelar as características do sistema imunológico. Essa prevalência foi observada sobretudo nos gêmeos idosos (com 60 anos ou mais), e menos em gêmeos com menos de vinte anos. Mesmos genes, reações diversas

Nos menos jovens, os fatores ambientais influenciam consideravelmente a resposta às mesmas vacinas contra a gripe; a presença ou não de infecções virais crônicas não curadas (como as do citomegalovírus, um vírus que pro-voca sintomas similares aos de um resfriado comum, mas que pode debilitar quem já tem a saúde fragilizada) tam-

bém desempenha um papel importante para determinar a capacidade de resposta do sistema imunológico. “Pelo menos nos primeiros vinte anos de vida – conclui Davis – o sistema imunológico parece capaz de se adap-tar a uma gama incrivelmente vasta de condições am-bientais. Se em boa saúde, as nossas defesas continuam a se renovar à medida que encontram patógenos, micró-bios ‘bons’, substâncias nutritivas e outros elementos, fa-zendo passar a segundo plano a influência da maior parte dos fatores hereditários”.

OáSIS . SaúdE

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A ciência do resfriado

Em todo o mundo, o resfriado é uma das moléstias mais comuns e corriqueiras. Apesar disso, ele permanece uma das doenças mais misteriosas. Na verdade, existem pou-cas certezas a respeito dele. Tem quem acredita que um golpe de frio possa provocar um resfriado, e que é uma certeza manifestar essa molés-tia quando temos o sistema imunológico debilitado. Mas apesar de décadas de pesquisadas, algumas realmente curiosas, a ciência médica permanece perplexa diante do resfriado. Aqui estão algumas verdades e mentiras sobre a matéria:

Quantos são os tipos de resfriado? Embora os cientistas falem de um “vírus do resfriado”, o que causa a moléstia

são cinco famílias de vírus. As mais comuns, responsá-veis por 30 a 40% dos resfriados, são os Rhinovirus, dos quais existem cerca 200 variedades geneticamente dis-tintas.

Quantas vezes somos atacados? Em média, os adultos têm entre dois e quatro resfriados ao ano, e as crianças entre sete e oito. Considerando-se apenas os Rhinovirus, e calculando-se para cada resfriado uma duração de uma semana, chegamos a um total de pelo menos cinco anos de espirros e narizes escorrendo ao longo de uma vida. Os vírus do resfriado vivem apenas nas narinas dos seres humanos, não nos animais, com exceção do chimpanzé e de alguns outros primatas.

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primavera. Durante o verão, em todos os países, o res-friado tende a desaparecer.

Como ele se transmite? Durante a Primeira Guerra Mun-dial, os pesquisadores demonstraram aquilo que hoje parece óbvio: se tomamos um concentrado de secreções nasais de uma pessoa resfriada e a colocamos no nariz ou nos olhos de uma outra pessoa, também a segunda apre-sentará um resfriado depois de alguns dias. Mas compre-ender como acontece o contágio no mundo real é muito mais complicado.

O vírus circula no ar? É possível. Um espirro lança par-tículas de saliva, eventualmente contendo germes, à ve-locidade de uma centena de quilômetros horários, num raio de 2 a 3 metros. Mas não está provado que o contá

Tomar frio provoca resfriado? Esta é uma ideia antiga e impossível de ser erradicada. Em muitas línguas a pala-vra que indica a doença faz referência a baixas tempera-turas: além do português e do espanhol “resfriado”, há o italiano “raffredore” e o inglês “cold” (frio). A ciência, no entanto, ainda nao encontrou provas definitivas que sustentem essa convicção. Pelo contrário, tomar frio não parece aumentar o risco de contágio, e nem sequer de influenciar a sua gravidade.

O vírus do resfriado também ataca nos meses quentes? Esses vírus estão difundidos em todas as latitudes e lon-gitudes, mas eles são sazonais. A época dos resfriados começa com um pico no início do outono, prossegue du-rante todo o inverno, e tem um novo pico na metade da

gio possa acontecer através do ar. Nos anos 50 tentou-se demonstrar isso, mas sem resultados. Até mesmo um bei-jo não parece ser um meio eficaz de transmissão. Tosse e espirros são meios de transmissão teoricamente possí-veis, mas não parecem ser o meio privilegiado pelo qual o vírus se difunde.

Onde e quanto tempo vive o vírus? Um estudo de 1973, feito pelo médico e escritor Atul Gawande, e publicado na revista New Yorker, mostrava que o vírus fora encontra-do vivo depois de três horas, em gotas de muco nasal dei-xadas para secar sobre tecidos de náilon, lã, seda, e sobre

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superfícies de fórmica, aço, madeira e sobre a pele. Esse vírus parece sobreviver bem sobre a maior parte das superfícies não porosas, mas estranhamente isso não acontece sobre lenços de papel ou de algodão. Se os par-ticipantes tocavam as superfícies contaminadas, ficavam resfriados em 60% dos casos. Em resumo, não existe se-quer necessidade de contato direto.

Como se pode evitar de pegar um resfriado? Os especia-listas aconselham, em primeiro lugar, lavar as mãos com frequência, e não se tocar a face, o nariz e os olhos. Mas isso é mais fácil de dizer do que fazer.

Ser derrubado por um simples resfriado é sinal de que o sistema imunológico está fragilizado? Durante muito

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devemos ou não anular a sessão de exercícios físicos em casa ou na aca-demia: se os sintomas se limitam à região acima do pescoço, o nariz en-tupido, leve dor de garganta, não há necessidade de se evitar a atividade física. Se os sintomas invadiram tam-bém as regiões abaixo da garganta, com tosse, dores musculares, brôn-quios congestionados, é melhor ficar quieto e repousar. Quais são os remédios mais eficazes? Infelizmente, apesar de todos os es-tudos e pesquisas, ainda não existem medicamentos com efeitos notáveis. Jack Gwaltney, um dos maiores ex-pertos mundiais do resfriado, adota a estratégia de tomar, aos primei-ros sintomas, e a cada doze horas, a

combinação de dois fármacos: um anti-inflamatório não esteroide, tipo ibuprofeno, e um anti-histamínico de ve-lha geração, daqueles que davam uma certa sonolência. Nada disso cura o resfriado, mas aliviam os sintomas enquanto se espera que a doença passe naturalmente. Certas técnicas da medicina natural também podem ajudar. Uma delas é a do jala neti, uma técnica indiana, muito usada no ioga, e que consiste na lavagem dos du-tos nasais com soro fisiológico ou com água ligeiramente salgada. O jala neti alivia as tensões e é considerado um remédio eficaz contra o resfriado.

tempo se pensou que os sintomas do resfriado fossem provocados pela ação destrutiva do vírus sobre as células do nariz e da garganta. Hoje se sabe que espirros, tosse e secreções nasais constituem a resposta inflamatória do nosso corpo contra o vírus. As substâncias químicas pro-duzidas pelo sistema imunológico inflamam as células e os tecidos das vias aéreas, provocando escorrimento do nariz, garganta inchada, tosse e espirros.

A atividade física é recomendável quando se está resfria-do? Pode-se adotar uma regra simples para decidir se

Jala neti

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Galeria de vírus de cristal

Especializado na produção de obras de cristal e vidro, o artista plástico britânico Luke Jerram criou uma sé-rie de esculturas que repro-duzem, em escala macro, alguns vírus e bactérias tais como o da gripe AH1N1, o Ebola, o HIV. Como na im-pressão em 3D, sua técnica é baseada em cálculos algorít-micos.

Jerram tomou como modelo as imagens de vírus e bacté-rias aumentadas por micros-cópios eletrônicos. Depois, as reproduziu. O resultado é surpreendente: as formas perfeitas e a transparência do vidro transformam essas minúsculas e perigosas formas de vida em obras primas da arte contemporânea. As obras hoje estão expostas em algumas galerias inglesas e alcançam altos preços. Fotos: © Luke Jerram/Wellcome Trust

o artista plástico britânico luke Jerram com um dos seus vírus de cristal

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1 Esculpidos no vidro, até mesmo os vírus mais letais, como o da influenza AH1N1 não mais provocam medo. A contrário, na sua fragi-lidade, apresentam formas elegantes.

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2 O primeiro vírus recriado por Jerram data de 2003. É essa réplica perfeita do HIV. Para realizar seu trabalho, o artista recorreu à consultoria de Andrew Davidson, importante virologista da Universidade de Bristol. Analisando diferentes fotografias ao microscópio, modelos e diagramas, Favidson e Jerram criaram esculturas que têm inclusive um valor científico. Vírus e bactérias são, com efeito, transparentes: não possuem cores na natureza. Em certas obras, algumas cores foram acrescentadas por Jerram para facilitar a com-preensão e melhorar o aspecto.

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3 O vírus da gripe aviária foi supervalorizado pela comunidade científica e provocou ondas de pânicos, sobretudo em países asiáticos. Mas na realidade ele não se transformou num vírus perigoso para o ser humano.

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4 O vírus da varíola (esquerda) junto ao vírus da gripe e do HIV. Durante todo o século 20 a varíola matou entre 300 e 500 milhões de pessoas, até ser completamente erradicado nos anos 1970 graças a um programa de vacinação global. Hoje, ao que se sabe, permane-cem apenas dois exemplares desse vírus, conservados em laboratórios de segurança máxima nos Estados Unidos e na Rússia.

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5 Um particular do vírus da gripe AN1H1. Embora o processo de replicação dos vírus seja aparentemente fácil, alguns fogem à regra. O vírus da dengue, por exemplo. Ele é responsável pela febre homônima, e no início não consegue utilizar o material genético das células que o hospedam. Calcula-se que só tem êxito uma vez em cada 4 mil tentativas.

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6 A Escherichia coli é a única bactéria construída por Luke Jerram.

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7 Ao falar de suas obras, Luke Jerram explicou que os cientistas não conseguiram responder a algumas de suas perguntas. Por exem-plo, como o filamento do Rna (ácido ribonucleico) se espalha exatamente no interior da cúspide de um vírus, como se pode observar nesta réplica de um vírus da gripe SARS.

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8 O vírus Ebola é uma das mais recentes criações de Luke Jerram.

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9 A beleza estrutural do vírus da malária.

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VOLTA AO MUNDODe Los Angeles a Londres, em alto estilo

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em Bora Bora, bangalôs do Four Seasons sobre incríveis águas azul turquesa

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mbarcar em uma volta ao mun-do vivenciando experiências únicas, com muito luxo e confor-to. Essa é a proposta da Teresa Perez Tours, operadora que está

disponibilizando um roteiro de alto padrão por países dos cinco continentes.

A viagem acontece de 16 de março a 8 de abril. Começa em Los Angeles, na costa oeste norte-

Eo roteiro começa com um jantar no badalado hotel beverly Wilshire, em los angeles. Depois, o havaí, tahiti, austrália, indonésia, turquia, europa. um giro ao redor do mundo pra ninguém botar defeito

Por: FaBíola MuSarra

-americana, e termina em Londres, na Ingla-terra, passando por cidades dos Estados Uni-dos, da Polinésia Francesa, da Austrália, da Indonésia, da Tailândia, da Índia, da Turquia e da Inglaterra.

O tour tem a assinatura da Four Seasons, uma das mais premiadas e sofisticadas re-des de hotéis do mundo, e inclui voos em um Boeing 757 de primeira classe customizado, com menu cinco estrelas e atendimento per-sonalizado.

A primeira parada é no Havaí, com as hip-notizantes paisagens de Kona, além de uma visita a uma plantação de café e um voo de helicóptero.

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queima de fogos em Sidney, austrália

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o taj Mahal, em agra, índia

Sete Maravilhas do Mundo, e à casa do líder pacifista Gandhi.

A transição da Ásia para o Ocidente acontece na Turquia, onde estão previstos uma visita ao tradicional mercado do Grand Bazaar e um tour em um cruzeiro no estreito do Bósforo, com drinques a bordo. A viagem termina em Londres, com um jantar de despedida.

O roteiro de volta ao mundo da Four Seasons custa US$ 119 mil por pessoa e inclui todos os trechos aéreos, hos-pedagem em hotéis cinco estrelas da rede, refeições, ser-viços e passeios. Mais detalhes: www.teresaperez.com.br

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tahiti

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Chiang Mai, na tailândia

Já em Bora Bora, as águas azuis translúcidas são um dos pontos altos durante os três dias de hospedagem no lu-xuoso Four Seasons Bora Bora, famoso pelos fantásticos jantares que oferece na areia no melhor estilo polinésio.A lindíssima Sydney Opera House é um dos destaques da passagem do tour pela australiana cidade de Sydney. O próximo destino é Bali, um destino que encanta por sua espiritualidade, exótica gastronomia e natureza exube-rante.

A Tailândia dá seguimento ao clima de tradição e aventu-ra na cidade de Chiang Mai, com seus elefantes selvagens e templos budistas. Na Índia, a experiência fica ainda mais mágica com a visita ao Taj Mahal, uma das Novas

Cruzeiros para fugir de Momo

Se você está pensando em viajar no Carnaval e quer se afastar da folia que impera durante os dias do reinado de Momo, uma alternativa é fazer um cruzeiro. A Norwegian oferece três opções de roteiros, com condições de paga-mento tentadoras. Confira:

Norwegian Getaway: O tour de sete noites começa no dia 14 de fevereiro em Miami (EUA) e segue para St Maarten, St Thomas e Nassau. Depois, o navio retorna para Mia-

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mi, onde o cruzeiro termina. Custa a partir de R$ 1.600 (preço por pessoa em cabine dupla), valor que pode ser dividido em 1+ 9 parcelas de R$ 160. Norwegian Epic: Com saí-da marcada para o dia 15 de fevereiro, esse cruzeiro de sete noites também começa e termina em Miami. Na sequ-ência, segue para Ocho Rios (Jamaica) e para a Costa Maya e Cozumel, ambas no México. O preço da viagem é de a partir de R$ 1.330 por pessoa em cabine dupla, que também pode ser parcelado em 1 + 9 vezes de R$ 133.

Norwegian Jade: O roteiro de 11 noites desse cruzeiro tem

seu ponto de partida em Roma, no dia 14 de fevereiro. Da capital italiana, o navio ruma para Florença (Itália), Mon-te Carlo e Provença (França), Barcelona e Valencia (Espa-nha) e para as italianíssimas Cagliari (Sardenha), Paler-mo (Sicilia) e Nápoles, de onde regressa a Roma. Custa a partir de R$ 1.330 por pessoa em cabine dupla. Ou, 1 + 9 parcelas de R$ 133.

Informações: info@ncl.com.br, tels. (11) 3253-7203 e (21) 3553-7646.

nassau

Alpes Suíços festejam 150 anos de turismo de invernoPioneiras na prática de espor-tes de inverno e do conceito de viajar rumo às montanhas nevadas para esquiar e fazer snowboard, St. Moritz e Da-vos Klosters, nos Alpes Su-íços, estão preparando uma caprichada programação para comemorar os 150 anos do turismo de inverno na região. As celebrações serão abertas no dia 31 deste mês e seguem até o final da alta temporada, em abril.

Na abertura, St. Moritz vai reunir top chefs em um de-safio gourmet patrocinado pela BMW, no conceitua-do Kulm Hotel. A iniciativa será seguida por um Safári Gourmet. Ainda no dia 31 de janeiro, a cidade sediará performances de esquiadores e apresentará projeções na neve, precedidas por uma emblemática queima de fogos.Já a encantadora Davos, durante toda a alta temporada, disponibilizará tours de esqui em suas imponentes mon-tanhas, passando pelas antigas rotas da realeza. Reconhecida internacionalmente como um dos mais im-portantes centros de esportes de inverno, a cidade suíça também será palco do “Art on Ice”, uma apresentação de patinação artística que sincroniza as performances de estrelas e de campeões olímpicos do gelo a um show de

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luzes e som. O evento acontece nos dias 13 e 14 de feve-reiro;A temporada marca ainda os 120 anos dos trens panorâ-micos da Rhaetian Railway, Bernina e Glacier Express, tombados pela Unesco. Considerado o trem expresso mais lento do mundo, o Glacier percorre os Alpes em sete horas e meia, passando por 291 pontes históricas e 91 túneis, a mais de 2.000 metros de altura. Vale a pena embarcar em um desses trens, passeando pelas bucóli-cas paisagens tingidas pela neve da região. Informações: www.myswitzerland.com

Saint Moritz

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Colina howelsen, em Steamboat Springs, estação de esqui no Colorado, eua

pistas de Steamboat ficam no coração das Montanhas Rochosas do Colorado, em Steamboat Springs, uma cidade para quem gosta de curtir a montanha, a natureza intacta e os esportes de neve – as clareiras de Pioneer Ridge, Sunshine e Storm Peak são consideradas a melhor área para esqui entre árvores do oeste norte-americano.

Mas essa simpática cidade onde os fazen-deiros ainda tiram o chapéu para cumpri-mentar os visitantes é muito mais do que hospitalidade. Por suas ruas estão espa-lhados cafés, bares e restaurantes, lojas, galerias de arte, cinemas, supermercados, SPAs e diversos serviços de saúde e beleza. Sem falar de seu animado centro histórico.Também conta com várias opções de hos-pedagem, desde as pousadas mais simples e rústicas até os hotéis e condomínios de

alto padrão. O Sheraton Mountain Suites é um deles. Inaugurado na temporada passada, o luxuoso hotel dis-ponibiliza suítes de um e dois dormitórios com cozinhas equipadas.

Ficou interessado? Saiba que o American Airlines Ski-Club oferece um pacote completo para lá. Ele inclui passagem aérea em classe econômica com American Airlines, sete noites de hospedagem no Hotel Sheraton Steamboat, seis dias de ski-lift, uma semana de aluguel de carro Hertz com seguro LDV e seguro viagem. Infor-mações: www.americanskiclub.com.br

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Esqui e snowboard noturno no ColoradoPor falar em esportes de inverno, a estação de esqui de Steamboat, nos Estados Unidos, está estreando pistas para aqueles que gostam de esquiar e fazer snowboard à noite. Com trilhas iluminadas desde o topo do Christie Peak Express até a base, as novas pistas noturnas ofere-cem diferentes níveis de dificuldades aos praticantes de esportes na neve, desde os iniciantes aos mais experien-tes. Se você pretende se aventurar por lá, saiba que as 165

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Las Vegas é o novo destino da Parques e IngressosFamosa pelos seus concorridos cassinos e animada vida noturna, a cidade de Las Vegas (EUA) é o mais novo destino dis-ponibilizado pela Parques e Ingressos, empresa especializada na venda de tíque-tes para as principais atrações turísticas de Londres (Inglaterra) e das cidades norte-americanas de Miami, Nova York, Califórnia e Orlando.

Entre as opções que estão sendo comer-cializadas pela empresa, destaque para o tour de balão e o de helicóptero em Las Vegas, além de passeios de limusine, pas-sando pelas casas noturnas e pelos cassi-nos mais badalados da cidade.

Para quem tem vontade de conhecer o Grand Canyon são oferecidas excursões de helicóptero e de ônibus que permitem conhecer toda a ex-tensão desértica ao redor dele. Esses não são os únicos tours oferecidos. O link da Parques e Ingressos apresenta muitas outras sugestões de passeios e atividades em Las Vegas. Anote: www.parques-e-ingressos.com.br/las-vegas

luzes de las Vegas, eua

Operado por um Boeing 737-800, com capacidade para 170 passagei-ros, o voo está com tarifa promocio-nal de US$ 599 para embarque até 31 de março.

É a primeira vez que a ilha locali-zada a 15 km da costa da Venezuela terá um voo regular vindo do Brasil. Atualmente, para viajar do Brasil para Tobago perde-se quase o dia todo, pois é necessário voar até a Cidade do Panamá, fazer escala em Trinidad e só então chegar a Toba-go. Com a nova frequência, a via-gem será realizada em pouco mais de sete horas.

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tobago Cays, super praias

GOL fará voo semanal para Tobago A partir de 31 de janeiro, a GOL terá um voo semanal partindo de São Paulo para Tobago, uma ilha situada ao sul do Caribe. Com escala de 50 minutos em Barbados, a nova frequência partirá do aeroporto de Guarulhos aos sábados, às 11h55, com chegada em Barbados às 15h35 (horário local) e pouso em Tobago às 17h15.

O retorno será aos domingos, partindo de Tobago às 7h35 e chegada em Barbados às 8h25 e em Guarulhos às 17h10.

São Paulo é a cidade mais procurada pelos brasileirosPesquisa realizada pela agência de viagens online ViajaNet listou as dez cidades mais procuradas pelos turistas brasileiros em 2014. De acordo com o estudo divulgado no início deste mês, a cidade de São Paulo ocupa o primeiro lugar do ranking, seguida pelo Rio de Ja-neiro (RJ), Salvador (BA), Forta-leza (CE) e Recife (PE). As capitais de Porto Alegre (RS) e Belo Hori-zonte (MG) aparecem em sexto e sétimos lugares, respectivamente. Já as oitava, nona e décimas posi-ções são de Teresina (PI), Aracaju (SE) e Brasília (DF).

Segundo estimativas do Observa-tório de Turismo e Eventos, núcleo de estudos e pesqui-sas da São Paulo Turismo (SPTuris), no ano passado, a capital paulista recebeu em torno de 15 milhões de visi-tantes, já contabilizado o impacto da Copa do Mundo, quando a São Paulo recebeu 500 mil turistas.

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São Paulo, metrópole é a cidade brasileira mais visitada

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templo budista tibetano em três Coroas, rio Grande do Sul

Adrenalina e aventura em Três CoroasLocalizada a 18 km de Gramado, Três Coroas é uma charmosa cidade gaúcha onde os esportes de aventuras podem ser praticados o ano todo. O rafting é uma das atrações locais mais concorridas. O percurso de oito qui-lômetros é feito no Rio Paranhana, palco da última etapa do campeonato brasileiro de canoismo.Considerado um dos melhores da América do Sul para a prática do esporte, o rafting é a principal, porém, não é a única estrela de Três Corações. A cidade gaúcha ofe-

rece ainda muita adrenalina aos amantes dos esportes de aventura. Entre os destaques, arvorismo, boia cross, paintball, tirolesa, rapel e rafting noturno. Se você ficou interessado, a dica é procurar as agências especia-lizadas em aventura da cidade que oferecem os serviços com os equipamentos e a monitoria ne-cessários. Para facilitar sua vida, aqui seguem o contato de duas delas: Brasil Raft Park (www.brasilraft.com.br) e Eco Aventu-ras (www.ecorafting.com.br).

A agenda do MeT inclui ainda a apresentação de duas orques-tras – a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e a Orquestra Experimental de Repertório. Os principais concertos aconte-cem no Teatro L´Occitane, mas também estão previstos dois espetáculos gratuitos ao ar livre na Praça do Bosque. Para co-nhecer a programação comple-ta, acesse www.musicaemtran-coso.org.br

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Cartaz do Festival Música em trancoso 2015

Música erudita em TrancosoGosta de música clássica? E de praia? Sim. Então, anote: entre 7 e 14 de março, o distrito de Trancoso, no litoral sul da Bahia, promove o Festival Música (MeT). Em sua quarta edição, a iniciativa está com uma programação imperdível para os amantes de música erudita, com espe-táculos de 200 músicos, entre solistas, maestros e dança-rinos.

Alto padrão em hospedagem na Paraíba Se você pretende passar uns dias com muito luxo e comodidade na Paraíba, agora pode contar com mais uma opção de hospedagem: o Nord Luxxor Tabatinga, na Praia de Tabatinga, em Conde, litoral sul do Estado. Inaugurado em dezembro, o empreendimento da Rede Nord de Hotéis possui 106 quartos, divididos em suíte lateral, frente mar e supe-rior, além de contar com área de lazer.

O Luxxor Tabatinga é o séti-mo hotel e o segundo de pa-drão luxo inaugurados pela Rede Nord na Paraíba em 2014 – em abril, foi lançado o Nord Luxxor Skyler, na orla do Cabo Branco, em João Pessoa. Informações: www.nordhoteis.com.br

(*) Correspondência para https://fabiolamusarra.wordpress.com/

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nord luxxor, em tabatinga, Paraíba

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PIMP MY CARROÇACatadores de lixo viram super-heróis do graffitiR

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undano, artista brasileiro do gra-ffiti e ativista social, aplica sua arte em projetos centrados em questões sociais, ambientais e políticas. Seu trabalho faz as pessoas pararem e re-fletirem sobre o conteúdo das men-sagens que ele carrega.

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no brasil, catadores coletam lixo e materiais recicláveis. mas, apesar de prestarem um serviço vital que beneficia a todos, são praticamente invisíveis quando andam pelas ruas. o grafiteiro mundano decidiu mudar isso. em um papo espirituoso, ele descreve seu projeto “pimp my carroça”, que transformou os carrinhos desses heroicos trabalhadores em obras de arte e dotou-os de senso de humor. o movimento se espalha pelo mundo todo: http://www.pimpmycarroca.com/

Vídeo: ted – ideaS Worth SPreadinGtradução: CeSar ZaninreViSão: thierry CarValho

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Em 2007, Mundano lançou dos seus talen-tos como grafiteiro para pintar “carroças”, os veículos de madeira e metal usados pelos coletores que percorrem as ruas dos gran-des centros urbanos brasileiros em busca de materiais recicláveis tais como papel, garra-fas pet, latas de bebidas, etc. Desde então, ele pintou mais de 200 carroças e o proces-so acarretou, como primeira consequência, tirar os coletores da invisibilidade social tornando-os, em alguma medida uma espé-cie de super-heróis urbanos. Quando a mídia começou a se interessar pelo seu trabalho, Mundano criou o movimento “Pimp My Car-roça”, que tornou a iniciativa não apenas global mas também financiada pelo sistema crownfunded. Hoje, 170 coletores de lixo, em várias localidades do mundo, fazem parte do projet, junto a 200 artistas de rua e cerca de 800 voluntários.

Mundano também desenvolve agora alguns outros projetos. Desde 2008, ele usa os pos-ters e banners usados nas campanhas elei-torais e politicas brasileiras para produzir obras de arte provocadoras.

Vídeo integral da palestra de Mundano “Pimp my carroça”

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Tradução integral da palestra de Mundano “Pimp my carroça”:

Nosso mundo tem muitos super-heróis. Mas eles têm o pior dos superpoderes: invisibilidade. Por exemplo, os catadores, trabalhadores que coletam materiais recicláveis para sobrevi-ver. Os catadores surgiram da desigualdade social, do desem-prego e da abundância de resíduos sólidos, da deficiência do sistema de coleta. Os catadores fornecem um trabalho pesado, honesto e essencial que beneficia a população toda. Mas eles não são reconhecidos por isso. Aqui no Brasil, eles coletam 90% de todos os resíduos que são reciclados.

A maioria dos catadores trabalha de forma independente, apa-nhando resíduos das ruas e vendendo para o ferro-velho a pre-ços baixos. Eles chegam a recolher mais de 300 quilos em suas bolsas, carrinhos, bicicletas e carroças. Carroças são carrinhos feitos de madeira ou metal e são encontradas em muitas ruas no Brasil assim como o grafite e a arte de rua. E foi assim que eu encontrei esses super-heróis marginalizados.

Eu sou um grafiteiro e ativista e minha arte é de natureza so-cial, ambiental e política. Em 2007, levei meu trabalho além dos muros para as carroças, como um novo suporte para mi-nha mensagem. Mas dessa vez dando voz aos catadores. Adi-cionando arte e humor à causa, se tornou mais atraente, o que ajudou a chamar atenção para os catadores e melhorou a auto-estima deles. Além disso agora são famosos nas ruas, na gran-de mídia e nas redes sociais.

Então, o que aconteceu foi: eu mergulhei nesse universo e des-de então, não parei de trabalhar. Já pintei mais de 200 carro-ças em várias cidades e já fui convidado para fazer exposições e viagens pelo mundo. E percebi que os catadores, na invisibi-lidade deles, não são exclusividade do Brasil. Eu os encontrei na Argentina, no Chile, Bolívia, África do Sul, Turquia e até

mesmo em países desenvolvidos como Estados Unidos e Japão.

Foi quando eu percebi que precisava de mais gente para a causa porque é um grande desafio. Então criei um mo-vimento colaborativo chamado Pimp My Carroça que é um grande evento coletivamente financiado. Obrigado. Então, Pimp My Carroça é um grande evento financiado coletivamente para ajudar os catadores e suas carroças. Eles são auxiliados por profissionais de bem-estar e as-sistência médica, como médicos, dentistas, podólogos, cabeleireiros, massagistas e muito mais. Mas também recebem coletes de segurança, luvas, capas de chuva e óculos para ver a cidade em alta-definição, enquanto

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o grafiteiro e ativista social thiago Mundano em plena ação

Tradução integral da palestra de Mundano “Pimp my carroça”:

suas carroças são restauradas pelos nossos incríveis voluntá-rios. E então eles recebem itens de segurança também: Adesivos refletores, buzinas e espelhos. São finalmente pintados por um artista de rua e se tornam parte dessa enorme e incrível exposi-ção de arte móvel.

Pimp My Carroça foi às ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Mas para satisfazer a demanda em outras cidades, inclusive fora do Brasil, - nós criamos o Pimpx, inspirado no TEDx, - que é uma edição simplificada, faça-você-mesmo, de Pimp My Carroça. E agora todos podem fazer parte.

Em dois anos, mais de 170 catadores, 800 voluntários, 200 artistas de rua e mais de mil doadores se envolveram no movi-mento Pimp My Carroça, cujas ações têm sido usadas para ensi-nar a reciclar na escola local.

Os catadores estão deixando a invisibilidade para trás e se tornando cada vez mais respeitados e valorizados. Por conta de suas carroças apadrinhadas, estão conseguindo combater o preconceito, aumentar suas rendas e intera-ções com a sociedade.

Então agora eu gostaria de desafiar vocês a começar a olhar e reconhecer os catadores e outros super-heróis invisíveis da sua cidade. Tentem ver o mundo como um só, sem barreiras ou fronteiras. Acreditem ou não, exis-tem mais de 20 milhões de catadores no mundo. Então na próxima vez que virem um deles, reconheçam-nos como uma parte vital de nossa sociedade. Muito obriga-do, obrigado.

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