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Osmar Coronado 1 a edição |2006| Contabilidade Gerencial Básica

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Osmar Coronado

1a edição |2006|

Contabilidade Gerencial Básica

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• É doutor em Contabilidade, graduado pela FEA/USP. É professor titular da Unigranrio (Universidade de Rio), na área de pós-graduação stricto sensu – mestrado em Ciências Contábeis; professor e coordenador do Unimesp/FIG (Centro Universitário Metropolitano de São Paulo/Faculdades Integradas de Guarulhos), na área de Ciências Contábeis; professor e chefe de pesquisa da Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco), na área de Ciências Contábeis; professor da FAESP (Faculdade de Administração do Estado de São Paulo), na área de Administração de Empresas. É autor da área de Contabilidade e proprietário da power Ind. & Com. de Materiais para Construção Ltda.

Osmar Coronado

Sobre o Autor

Contabilidade Gerencial Básica

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• 'Contabilidade Gerencial Básica’ – Esta obra evidencia a utilidade das demonstrações contábeis nas tomadas de decisões empresariais. Aplica-se ao curso de graduação, podendo servir como apoio à pesquisa à pós-graduação, aos gestores das micro e pequenas empresas, auxiliando-os em decisões gerenciais. Evidencia a elaboração dos demonstrativos contábeis, balanço patrimonial, demonstração de resultados (Demonstrativo de Origens e Aplicação de Recursos) e análise de balanço por meio de números apurados através de levantamentos contábeis no final de cada exercícios base.

Resenha da Obra

Contabilidade Gerencial Básica

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Capítulo 1

Caracterização das micro e pequenas empresas

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• A globalização da economia afetou diretamente as empresas brasileiras, que passaram a competir com produtos importados.

• Inúmeras empresas brasileiras não suportaram as pressões e imposições do mercado e encerraram suas atividades, em especial, os micro e pequenos empreendimentos.

• No entanto, independente da classificação jurídica da empresa, torna-se necessária a conscientização da necessidade de melhorar os processos gerenciais e tecnológicos, no sentido de aumentar as chances de competir no mundo globalizado.

Considerações Iniciais

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

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Sistema Empresarial: Teoria dos Sistemas

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Para ser um líder ou um profissional que ajude as empresas a se adaptarem e a promoverem mudanças, é fundamental conhecer o “sistema empresa”.

• A Teoria dos Sistemas, “[...] elabora princípios gerais, sejam físicos, biológicos ou sociológicos, e modelos gerais para quaisquer das ciências envolvidas. [...] Ela também veio preencher o vazio entre elas, pois há sistemas que não podem ser entendidos pela investigação separada e disciplinar de cada uma de suas partes. Por isso também se diz que a Teoria dos Sistemas é uma ciência da Totalidade”. (LODI, in CATELLI).

• As empresas devem ser analisadas como sistemas, compostas por subsistemas, ao mesmo tempo em que fazem parte de um sistema maior, a sociedade.

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Sistema Empresarial: Teoria dos Sistemas

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Os sistemas podem diferenciar-se quanto à sua capacidade de interação com o meio ambiente: Sistema aberto ou sistema fechado.

• Ou quanto à sua capacidade de modificar suas característica por meio da realização de atividades: Estáticos, Dinâmicos ou Homeostáticos.

• O sistema empresarial revela-se, desse modo, um sistema aberto e dinâmico, um organismo vivo, capaz de interagir com o meio, influenciar e ser influenciado por ele a ponto de diferentes ambientes produzirem diferentes organizações.

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Sistema Empresarial: Teoria dos SistemasVisão sistêmica do ambiente empresarial

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Entidades Remotas

Variáveis Ambientais

Ambiente Próximo• Dinheiro• Informações• Recursos Humanos• Serviços

Funções:Comercial – Operações – Finanças

Atividades Principais: Comprar – Estocar – Vender – Movimentar/Transportar/Distribuir

• Clientes• Dinheiro• Informação• Recursos Humanos• Serviços

FornecedoresMercadoriasTransportes

Varejista

ConsumidoresConcorrentes

Fonte: Adaptada de CATELLI, in CORONADO

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Sistema Empresarial: Teoria dos Sistemas

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Ao ser construída, a empresa tem o pressuposto da continuidade, necessitando, dessa forma, desenvolver uma capacidade de adaptação com o meio.

• Há uma constante troca entre os dois ambientes da empresa externo: ambiente remoto e próximo; interno: subsistemas institucional, físico, social, formal, de informação e de gestão.

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Sistema Empresarial: Teoria dos SistemasSubsistemas empresariais

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Ambiente Externo • Político• Social• Econômico• Ecológico• Etc.

Sistema Formal

Sistema de informação

Missão

Sistema de Gestão

Fonte: Adaptada de GUERREIRO, in CORONADO

Sistema Físico-

OperacionalCrenças e Valores

Sistema Social

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Sistema Empresarial: O processo de gestão empresarial

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• A forma como uma empresa é gerida pode ditar seu sucesso ou fracasso.

• Apesar de as diferentes áreas dentro de uma empresa serem administradas de forma diferenciada, conforme suas características peculiares, o sistema de gestão da empresa como um todo deve transparecer na administração de cada departamento. Segundo Catelli, o processo de gestão deve: ser estruturado com base na lógica do processo decisório; contemplar, analiticamente, as fases de planejamento, execução e controle das atividades da empresa; ser suportado por sistemas de informação que subsidiem as decisões que ocorrem em cada uma dessas fases.

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Sistema Empresarial: O processo de gestão empresarial

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• O processo de gestão empresarial contempla, pelo menos, os planejamentos estratégico e operacional, além da execução e do controle.

• Planejamento estratégico: seu objetivo principal é assegurar o alcance da missão da empresa, definida preliminarmente pelos seus acionistas. A forma como uma empresa é gerida pode ditar seu sucesso ou fracasso.

• Planejamento operacional: é a formalização, por meio de documentos escritos, dos métodos de desenvolvimento e implantação dos planejamentos desenvolvidos em cada área da empresa.

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Sistema Empresarial: O processo de gestão empresarial

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Execução: é a fase em que as ações planejadas são executadas, isto é, a prática daquilo que foi planejado a fim de alcançar os objetivos estabelecidos. Compreende a escolha das melhores alternativas de ação a fim de obter o melhor resultado possível diante de determinadas condições.

• Controle: serve para que a empresa possa acompanhar, ao longo da execução, seu desempenho, realizando possíveis correções em seu rumo. O controle exige, para sua implementação, um eficiente sistema de informações capaz de gerar relatórios claros que possibilitem a identificação de possíveis causas no planejamento.

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Sistema Empresarial: A sobrevivência da empresa

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Para sobreviver num ambiente de grande concorrência, na qual as mudanças são rápidas e constantes, as empresas (em especial, aquelas de pequeno porte) precisam apresentar um desempenho eficiente e eficaz.

eficácia: definida pela relação entre resultados pretendidos/resultados obtidos. eficiência: definida pela relação entre volumes produzidos/recursos consumidos.(BIO, in CATELLI)

• Critérios para mensuração da eficácia empresarial: sobrevivência, adaptabilidade, desenvolvimento, produção, eficiência e satisfação. (CATELLI).

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Características das Micro e Pequenas Empresas: Classificação

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• No Brasil, existem diferentes critérios para a classificação das empresas em micro, pequenas, médias e grandes, dependendo da instituição responsável por tal classificação.

• Estatuto da Micro e Pequena Empresa: Microempresa: é a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00. Empresa de Pequeno Porte: é a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que, não enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual superior a R$ 244.000,00 e inferior a R$ 1.200.000,00.

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Características das Micro e Pequenas Empresas: Classificação

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): Microempresa: receita operacional bruta anual ou anualizada até R$ 1.200 mil. Pequenas Empresas: receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 1.200 mil e inferior a R$ 10.500 mil. Médias Empresas: receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 10.500 mil e inferior a R$ 60 milhões. Grandes Empresas: receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 60 milhões.

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Características das Micro e Pequenas Empresas: Classificação

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE): Microempresa: No comércio e serviços, até 9 empregados. Na indústria, até 19 empregados; Pequenas Empresas: No comércio e serviços, de 10 a 49 empregados. Na indústria, de 20 a 99 empregados; Médias Empresas: No comércio e serviços, de 50 a 99 empregados. Na indústria, de 100 a 499 empregados; Grandes Empresas: No comércio e serviços, mais de 99 empregados. Na indústria, mais de 499 empregados;

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Características das Micro e Pequenas Empresas: Classificação

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Esfera Federal Microempresa: a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240.000,00; Empresa de Pequeno Porte (EPP): a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta anual igual ou superior a R$ 240.000,00 e inferior a R$ 2.400.000,00;

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Características das Micro e Pequenas Empresas: a importância das micro e pequenas empresas para a economia

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• Dados do IBGE indicam que dos cerca de 4 milhões de empresas existentes no Brasil hoje, aproximadamente 98% são de micro e pequeno porte.

• No entanto, esse número não se traduz em privilégios ou mesmo grande poder de negociação, principalmente junto aos governos.

• A instabilidade do ambiente empresarial vivida nos dias atuais concorre para um elevado número de abertura e fechamento de empresas, principalmente das micro e pequenas. Mesmo assim, a taxa de natalidade de empresas no Brasil tem sido maior que a taxa de mortalidade. (SEBRAE, 2003).

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Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

Características das Micro e Pequenas Empresas: a importância das micro e pequenas empresas para a economia

Capítulo 1Caracterização das micro e pequenas empresas

• A culpa pelos altos índices de mortalidade entre empreendimentos não pode ser depositada apenas na alta competitividade do mercado.

• As empresas precisam desenvolver conhecimentos relacionados à organização empresarial, planejamento e vendas, principalmente no primeiro ano de vida do empreendimento, que podem determinar sua sobrevivência e prosperidade ou a sua morte.

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Capítulo 2

Introdução à Contabilidade Gerencial

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• O que é controladoria e contabilidade gerencial?É uma das áreas da organização com as funções específicas de gestão, decisão, mensuração e informação.

• Missão:Coordenar a otimização do desempenho econômico visando ao crescimento da riqueza da empresa.

• Responsabilidade: disponibilidade de sistemas de informações econômicas como supote de gestão da empresa e atendimento às normas e legislações vigentes; Autoridade: determinar os conceitos de mensuração econômica da empresa.

Considerações Iniciais sobre Controladoria e Contabilidade Gerencial

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

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• Funções:a) Gerenciar o processo de gestão Ajudar na adequação do processo à realidade da

empresa; Monitorar e orientar o processo de planejamento

orçamentário da empresa; Consolidar o orçamento da empresa.

b) Apoiar a avaliação de desempenho Elaborar a análise de desempenho econômico das

áreas; Elaborar a análise de desempenho da empresa.

Considerações Iniciais sobre Controladoria e Contabilidade Gerencial

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

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• Funções:c) Apoiar a avaliação de resultado Elaborar a análise de resultado econômico dos produtos

e serviços; Orientar o processo de estabelecimento de padrões.

d) Gerir os sistemas de informações econômicas e financeiras

Definir base de dados que permita a organização das informações necessárias à gestão;

Elaborar modelos de decisão para os gestores das diversas áreas da empresa;

Padronizar e/ou harmonizar as informações econômicas.

Considerações Iniciais sobre Controladoria e Contabilidade Gerencial

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

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• Funções:e) Atender aos agentes do mercado (acionistas, governo,

bancos, etc) Garantir atendimento às normas e princípios societários; Garantir atendimento às normas e princípios fiscais.

• Instrumentos:a) Processo de Gestão Otimização de resultados; Estruturação, formalização e apoio pelos sistemas de

informações

Considerações Iniciais sobre Controladoria e Contabilidade Gerencial

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

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• Instrumentos:b) Sistema de informação econômica Introduzir a decisão correta; Apurar o resultado econômico obtido; Permitir a avaliação do resultado dos produtos e

serviços; Permitir a avaliação do desempenho das áreas.

• Tarefa da controladoria: desenvolver procedimentos de conciliação para efeito de utilização pelos usuários, tais como: Plano de Contas, Normas e Procedimentos, Critérios de Rateios.

Considerações Iniciais sobre Controladoria e Contabilidade Gerencial

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

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Diferenciação entre Controladoria e Tesouraria

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

• Em geral, o tesoureiro está preocupado com os assuntos financeiros da empresa, e o controller, com a atividades operacionais. Para as micro e pequenas organizações, os próprios gestores fazem os papéis de tesoureiro e de controller.

Controladoria Tesouraria1. Planejamento para controle 1. Levantamento de capital2. Relatórios e interpretação 2. Relações com investidores3. Avaliação e consultoria 3. Financiamento a curto prazo4. Gestão tributária 4. Relações com bancos e custódia5. Declarações para o governo 5. Créditos e cobranças6. Salvaguarda de ativos 6. Investimentos7. Avaliação econômica 7. Gestão de riscos (seguros)

Distinções entre o controller e o tesoureiro

Fonte: HORNGREN

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Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

• Os contadores procuram dividir as informações contábeis em dois subgrupos: financeiro e gerencial.

• A contabilidade financeira objetiva relatar os resultados das operações da empresa de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade, direcionando os demonstrativos aos usuários internos (pessoas e gestores) e externos (acionistas, credores e governo).

• A contabilidade gerencial considera dados históricos e estimados objetivando planejamento de operações futuras e não requer que os números sejam preparados de acordo com os princípios contábeis.

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O Contador Gerencial

Capítulo 2Introdução à Contabilidade Gerencial

• O contador gerencial/controller, ao elaborar projeções para o planejamento, necessita de informações contábeis de todos os departamentos da empresa, o que o torna uma pessoa qualificada a ocupar posições de destaque

Presidente

Diretor Produção

Gerente de Desenvolvi

mento

Gerente Fábrica A

Gerente Fábrica B

Promoção Publicitária

Vendas Externas

Gerente Vendas Internas

Diretor Marketing

Diretor financeiro

Diretor Desenv. Produto

Orçamento e Análises

Contabilidade Custos

Contabilidade Financeira

Controller/Gerente Contábil

Impostos

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Capítulo 3

Introdução ao Sistema de Custos

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• Historicamente, a contabilidade de custos surgiu da necessidade, por parte da administração das empresas, de conhecer maiores detalhes a respeito de algumas informações internas específicas, uma vez que a contabilidade financeira preocupava-se mais com o patrimônio global da entidade.

• “A contabilidade financeira preocupa-se com o regime de competência de receitas e despesas; a de custos, sem ferir o regime de competência, preocupa-se com o custeio da produção”. (KANITZ, apud IUDÍCIBUS).

Noções e Conceitos de Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

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• Diferenciações: Custo de produto e custo de período; Gasto e custos.

• A contabilidade de custos passou a ser um instrumento importante para o desenvolvimento da contabilidade gerencial, e começou a ser aproveitada pelos usuários além do campo industrial, não só no que diz respeito ao controle, mas assumindo fundamental relevância para a tomada de decisão gerencial nos seguintes casos: controle; decisão.

Noções e Conceitos de Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

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• Os gestores das empresas precisam de ferramentas que lhes garantam maior agilidade e eficiência no processo de tomada de decisões para manter seus produtos no mercado.

• Uma das ferramentas é bom sistema de custos, pois é através deles que os gestores poderão decidir sobre as ações em relação aos seus produtos no mercado.

• No entanto, a escolha do método de apropriação de custos torna-se uma decisão difícil e fundamental para o sucesso da gestão da empresa, pois cada método possui vantagens e desvantagens.

Sistemas de Contabilidade de Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

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• O sucesso da pequena ou média empresa está na importância dada às informações contábeis e aos controles de custos.

• A acumulação dos custos de produto, é o objetivo básico de um sistema de contabilidade de custos.

• A contabilidade de custos, quando utilizada no meio interno, visa demonstrar os custos sobre os produtos, clientes, serviços, projetos, atividades, processos e outros dados do interesse dos gestores.

Sistemas de Contabilidade de Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

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Sistemas de Contabilidade de Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

Entradas(fatores de produção)

Recursos Naturais

Recursos Humanos

Capital

Processo de Conversão

Bens

Serviços

Saídas

Fonte: VANDERBECK & NAGY

Processo de produção para bens e serviços

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Sistemas de Contabilidade de Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• Para as operações de fabricação, existem dois sistemas de contabilidade de custos: por ordem e por processo.

• Sistema de acumulação de custos por ordem de produção ou encomenda é aquele em que cada componente de custo – materiais, mão-de-obra, custos indiretos – é acumulado na ordem de produção correspondente ao produto ou lote.

• Sistema de acumulação de custos por processo é aquele relacionado a apropriação de custos por departamento ou por centro de custos.

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Classificação dos Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• Custos diretos e indiretos: custos diretos são os custos ou despesas que podem ser facilmente identificados com o objeto de custeio; custos indiretos são aqueles que não são facilmente identificados com o objeto de custeio.

• Custos variáveis e fixos custos variáveis são aqueles que variam de acordo com os volumes de atividades que tenham sido escolhidas como referência; custos fixos são aqueles que não se alteram com a variabilidade da atividade escolhida.

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Sistema de Custos

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• Um sistema de custos deve levar em consideração que um sistema só terá seu funcionamento efetivo se houver engajamento das pessoas e se o sistema for adequado às necessidades da empresa.

• Um dos requisitos primordiais para o funcionamento de um sistema de custos é a qualificação do pessoal envolvido, pois a alimentação do sistema acontece em todos os setores da empresa, onde os dados acontecem, e estes devem ser eficientemente tratados para que possam servir de base no momento de ser consolidados para levantar os custos de produção.

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Sistema de Custos: Custeio por absorção

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• Segundo Martins (1998, p.28), “custeio por absorção [...] consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.”

• Os itens que deverão integrar os custos de produção dos bens ou serviços vendidos conforme Decreto-Lei n01.598/77.a) Custo de aquisição de matérias-primas;b) Custo do pessoal aplicado na produção;c) Custos de alocação, manutenção e reparo;d) Encargos de amortização relacionados com a produção;e) Encargos de exaustão dos recursos naturais na produção.

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Sistema de Custos: Custeio por absorção

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• Críticas ao método do custeio por absorção: segundo Martins (1998, p.183-184), normalmente não há grande utilidade para fins gerenciais no uso de um valor em que existam custos fixos, por três motivos:a) Por sua própria natureza, os custos fixos existem independentemente da fabricação ou não desta ou daquela unidade;b) São quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio, que contêm, em maior ou menor grau, arbitrariedade; quase sempre grandes graus de arbitrariedade;c) O custo de um produto pode variar em função não de seu volume, mas da quantidade de outros bens produzidos.

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Sistema de Custos: Custo direto ou variável

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• Segundo Martins (1998, p.215-216), “[...] esse método significa apropriação de todos os Custos Variáveis, quer diretos quer indiretos, tão-somente dos variáveis. [...] portanto, no Custeio Direto ou Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o resultado; para os estoques só vão, como conseqüência, custos variáveis.

• O custeio direto apresenta dados de custos de forma que realçam o relacionamento entre vendas e custos variáveis da produção, que se movimentam na mesma direção que as vendas, ajudando também no planejamento administrativo por apresentar um quadro mais claro de como as mudanças no volume de produção afetam os custos e a renda.

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Sistema de Custos: Custo direto ou variável

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• O Custeio Variável fere princípios contábeis, principalmente o Princípio de Regime e Competência e o Princípio da Confrontação, o que o torna impróprio para utilização nas demonstrações de resultados e de balanços, como também o leva a tornar-se inaceitável pelo fisco.

• Por tratar-se de um sistema de custeio estritamente gerencial, o custeio variável é muito utilizado em tomadas de decisões pela definição de preços, já que é de fácil compreensão.

• Assim, para efeito gerencial, isso facilita as tomadas de decisões de formação de preços de venda, considerando-se no cálculo de mark-up os percentuais dos impostos, custos variáveis e da margem de contribuição desejada para cobertura do percentual dos custos fixos e do resultado operacional desejado.

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Comparação dos Custos: absorção e custeio variável

Capítulo 3Introdução ao Sistema de Custos

• A vantagem do método de custeio por absorção é estar fundamentado na legislação fiscal (exigida pelo fisco) e nos princípios contábeis, principalmente o Princípio de Competência e o Princípio de Conformação, motivo que se traduz na principal desvantagem do método do custeio variável.

• No cenário atual, as empresas acabam utilizando um misto dos dois métodos de custeio.

• A não-utilização de critérios arbitrários de rateio dos CIF no método de custeio variável contribui positivamente para a análise da relação custo-volume-lucro.

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Capítulo 4

Contabilidade Gerencial Básica

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• É necessário, por parte de qualquer gestor, não importando o tamanho de seu negócio – comercial, industrial, prestador de serviços etc. –, a criação de sistemas de registro das transações.

• A contabilidade atua com a regência dos seguintes princípios: como base de valor; denominador comum monetário; da realização da receita; do confronto das despesas com as receitas e com os períodos contábeis.

Princípios Contábeis

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Oliveira (2000, p.40) define demonstrações contábeis como “relatórios contábeis que representam o conjunto de demonstrações que são geradas pela contabilidade”.

• As demonstrações contábeis propostas de acordo com o Decreto-Lei n0 6.494/86, artigo 176, são:1- Balanço Patrimonial;2- Demonstração de Resultado do Exercício (DRE);3- Demonstrativo de Origens e Aplicação de Recursos (DOAR);4- Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados;5- Demosntrativo de Mutações de Patrimônio Líquido.

Estrutura das Relatórios Contábeis

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Esses demonstrativos são obrigatórios por lei para as empresas de sociedades anônimas por ações, com a devida publicação no Diário Oficial. As demais empresas, mesmo se enquadrando na legislação do imposto de renda na categoria do lucro real, não são obrigadas a publicar os demonstrativos.

• As micro e pequenas empresas que se enquadram como simples ou lucro presumido atualmente são regulamentadas pelo Código Civil.

• Deve-se enfatizar a necessidade de elaborar os demonstrativos contábeis, mesmo que não exigidos pelo fisco, para uso dos gestores como ferramenta de tomada de decisão gerencial.

Estrutura das Relatórios Contábeis

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Entende-se por balanço patrimonial a representação gráfica do patrimônio ou riqueza de uma entidade física ou jurídica.

• Segundo Marion (1996, p.26), balanço patrimonial “é o conjunto de bens pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa. Compõe-se também de valores a receber. Por isso, em contabilidade esses valores são denominados direitos a receber, ou simplesmente, direitos.”

• Conceitos importantes: Bens Direitos Obrigações

Balanço patrimonial

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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Balanço patrimonial

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

Balanço patrimonial

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

Power Ind. Com. Ltda

Balanço Patrimonial – exerc. 31/12/0x

Ativo Passivo

Bens e Direitos Obrigações e Patrimônio Líquido

Aplicações Origens de Recursos

Contas Devedoras Entra:DebitaSai: Credita

Contas Credoras Entra:CreditaSai: Debita

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• Ativo Circulante: são bens e direitos cuja realização abrange, no máximo, até o próximo exercício social. Nesse grupo são registradas as contas consideradas monetárias, de grande movimentação, que rapidamente se transformação em dinheiro. Exemplos: caixa, banco conta movimento, estoque, duplicatas a receber e etc.

• Ativo Realizável a Longo Prazo: são bens e direitos com realização após os próximos 360 dias da data de encerramnto do balanço. As contas neste grupo são consideradas não monetárias em virtude do longo tempo sem movimentação e que, pela sua natureza, se transformarão em dinheiro após um longo período. Exemplos: contas a receber a longo prazo, títulos a receber a longo prazo.

Balanço patrimonial: Ativo

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Ativo Permanente: são bens e direitos considerados não monetários em virtude de sua longa vida útil e que dificilmente se transformarão em dinheiro. São utilizados como meio de produção ou prestação de serviço. O Ativo permanente divide-se em três grupos: investimentos imobilizado diferido

Balanço patrimonial: Ativo

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Passivo Circulante: as contas de exigibilidades de curto prazo vencíveis até 360 dias são lançadas no grupo de balanço denominado circulante. São contas de natureza monetária, ou seja, de giro rápido. Por exemplo, fornecedores de matéria-prima, bens do ativo e de compras diversas, empréstimos bancários de curto prazo, contas a pagar de funcionários e diretores e obrigações tributárias.• Exigível a Longo Prazo: nesse grupo são registradas as contas representativas de obrigações da empresa para com terceiros, vencíveis após 360 dias da data de encerramento do balanço. Exemplo: títulos a pagar a longo prazo, empréstimos bancários a longo prazo, etc.• Patrimônio Líquido: representa a equação patrimonial entre bens e direitos do ativo menos as obrigações com terceiros – passivo circulante e exigível a longo prazo.

Balanço patrimonial: Passivo

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Deduções do ativo circulante: no ativo dentro do grupo circulante encontramos duas contas que representam reduções das contas de Duplicatas a Receber ou Contas a Receber.

A Duplicata é originária da parcela estimada pela empresa de contas a receber que não será recebida, motivada por vendas efetuadas a maus pagadores. Essa conta deve ser lançada no grupo de Circulante, deduzindo da conta de Duplicatas a Receber. As Contas a Receber referem-se às duplicatas negociadas com os bancos ou instituições financeiras com o objetivo de antecipação financeira. Esta conta deve ser lançada no grupo de Circulante como retificadorada conta de Duplicatas a Receber.

Balanço patrimonial: Contas redutoras

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Depreciação é a diminuição do valor dos ativos do Ativo Permanente, proveniente do desgate pelo uso ou obsolescência técnica.• O Decreto-Lei n0 3.000, de 26 de março de 1999, define a depreciação com os seguintes quesitos: Dedutividade; Empresa Instalada em Zona de Processamento de Exportação – ZPE; Bens Depreciáveis; Quotas de Depreciação; Taxa Anual de Depreciação; Depreciação de Bens Usados; Depreciação Acelerada Contábil.

Balanço patrimonial: Dedução do ativo permanente

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Dedução do patrimônio líquido prejuízo do exercício; compra de ações da própria empresa; redução do quadro societário; distribuição de dividendos.

Balanço patrimonial: Dedução do ativo permanente

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• O demonstrativo de resultado visa demonstrar em detalhes o resultado – o lucro ou prejuízo – obtido por uma determinada empresa em determinado período.

• O período a ser elaborado para a DRE pode ser menor que um ano, mensal, trimestral ou semestral. Depende, portanto, das necessidades dos gestores e da finalidade das informações.

• A DRE procura demonstrar as contas de receitas e despesas em determinado período, respeitando o princípio da competência, ou seja, toda receita precisa ter seu custo no mesmo período.

Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Por meio da apuração do resultado é possível verificar se o objetivo da empresa foi alcançado. Desse modo, o gestor pode verificar se o Retorno sobre os Ativos (ROA) aplicados na empresa foi remunerado de acordo com o custo do investimento no mercado.

• Outras questões importantes: Efeito do resultado no balanço; Receitas; Receitas operacionais.

Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Entende-se por margem de contribuição (MC) o resultado das receitas menos custos e despesas variáveis.

• A MC também pode ser definida como a somatória da margem de contribuição individual de todos os produtos transacionados no período (mês, semestre, ano).

Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)Impostos e despesas operacionais/margem de contribuição

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• O objetivo do DOAR é apresentar de forma ordenada as informações referetes às operações, recursos ou financiamentos obtidos e os investimentos realizados pela empresa durante o período. De maneira comparativa entre o exercício atual e o exercício anterior – mês, semestre ou ano –, as alterações no capital circulante da empresa são evidenciadas.

• O Capital Circulante Líquido (CCL) compõe-se do Ativo Circulante (-) Passivo Circulante.

• Descrição das origens dos acionistas; de terceiros.

Demonstrativo de Origens e Aplicação de Recursos (DOAR)

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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• Descrição das aplicações aplicações no Ativo Permanente; pagamentos de empréstimos a longo prazo; prejuízo do período e pagamentos a acionistas provenientes de distribuição de dividendos• Origens e aplicações que não afetam o CL e que devem ser consideradas no DOAR integralização de capital em bens do Ativo Permanente; venda de bens do Ativo Permanente com recebimento a longo prazo; transformação de empréstimo a longo prazo em capital; aquisição do Ativo Permanente pagáveis a longo prazo.

Demonstrativo de Origens e Aplicação de Recursos (DOAR)

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

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Análise dos Demonstrativos Contábeis

Capítulo 4Contabilidade Gerencial Básica

• Análise vertical e horizontal;• Análise por meio de índices;• Fórmula Dupont

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Capítulo 5

Tomadas de Decisões Gerenciais

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• O cálculo do custo variável a valores correntes de reposição e à vista representa um instrumento extremamente útil no processo de determinação do preço de venda.

• A margem de contribuição unitária, resultado do preço de venda unitário deduzido do custo variável unitário, mostra quanto cada unidade contribui para a absorção dos custos fixos totais da empresa ou no nível de área de atividade.

Formação de Preço de Venda: Formação de preço de venda e planejamento de resultados

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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• A margem de contribuição total pode ser obtida pela combinação de três aspectos principais: volume de vendas em unidades; preço unitário de venda; mix de produtos.

• O ponto de equilíbrio é obtido numa situação igual a um lucro operacional “zero”, em que o volume de vendas atingido, resultante da somatória das margens de contribuição dos produtos, é igual aos custos fixos totais da empresa ou por área de atividade.

Formação de Preço de Venda: Formação de preço de venda e planejamento de resultados

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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• Ao elaborar uma síntese dos aspectos verificados junto aos gestores das empresas atacadistas e varejistas, destacam-se os seguintes fatores observados: o mercado é quem está ditando os preços; formação de preços elaborada por meio de simulações; determinação da margem de contribuição desejada; redução de custos na cadeia de suprimentos; entrega deve ser imediata; deve existir uma lista de preços; cabe ao gestor verificar como se comporta o mercado.

Formação de Preço de Venda: Formação de preço de venda e planejamento de resultados

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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• O modelo Gecon, aplicado ao planejamento de resultados, sustenta-se pelas seguintes premissas. (CATELLI, 1995): o problema que se enfoca é a receita em vez do preço; considera-se o custo corretamente mensurado; deve haver respeito à gestão da entidade; os gestores devem possuir ferramentas adequadas; o preço à vista e a receita líquida são a base do estudo; considera-se ainda o preço a prazo (juros, riscos, etc); utilização de preços correntes de reposição à vista; respeito à natureza dos custos e despesas; consideração dos efeitos inflacionários.

Formação de Preço de Venda: Processo de planejamento de resultados

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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• A idealização do modelo de planejamento requer que o gestor persiga cinco fases distintas: fase A: resultado meta, resultado líquido meta, custos/despesas da estrutura e remuneração do capital investido; fase B: produtos a serem transferidos e respectivos custos; fase C: interesse do mercado em produtos, utilidade atribuída ao mercado e desposição de pagamento; fase D: otimizar o atendimento à demanda e gerenciar margens de contribuição; fase E: processos logísticos, redução de custos fixos e gerenciar decisões logísticas com redução de custos fixos.

Formação de Preço de Venda: Processo de planejamento de resultados

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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• Por meio de decisões de logística integrada, tomadas pelos gestores das áreas de compras, estoques, vendas e distribuição, são obtidos os seguintes resultados: redução de custos fixos das áreas; ganho de margem de contribuição; ganho de margem de contribuição reescalonando o mix de produtos.• O modelo Gecon preconiza, para a mensuração do planejamento de resultados: contribuição desejada; contribuição planejada por meio de uma margem; contribuição planejada por meio do preço-alvo do mercado.

Formação de Preço de Venda: Modelo de mensuração

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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• Nos setores atacadista e varejista, os custos de mercado com abordagem econômica incorporam os conceitos predominantes para uma decisão de preço que visa à otimização do resultado da organização.

• O modelo de decisão de preço de venda no setor é de fundamental importância para o gestor da área de vendas, porque proporciona a avaliação, a mensuração econômica e a análise de alternativas de preços, além da simulação do resultado econômico de cada curso de ação antes de a decisão ser tomada, o que contribui para o resultado global da empresa.

Modelo de Formação de Preço e sua Estrutura Conceitual

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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Modelo de Formação de Preço e sua Estrutura Conceitual

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• Tipos de estratégia de determinação de preços: Com base no custoa) Preço-margem;b) Preço com retorno estabelecido. Com base no mercadoa) Preços mínimos;b) Preços de penetração;c) Preços de paridade (média constante);d) Preço de liderança;e) Preços sob a forma de pacotes;f) Preços com base no valor (diferenciais);g) Preços com benefício cruzado.

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• Pela ótica do Gecon, o modelo de formação de preços deve seguir estes parâmetros: adoção do método de custeio direto/variável; análise da relação entre custo-volume-lucro para multiprodutos; avaliação dos ativos pelos custos correntes de reposição, pelo valor de realização líquido e pelo fluxo de caixa descontado; mensuração dos insumos pelos custos de reposição à vista; custo-padrão e custo de oportunidade sobre os investimentos realizados; utilização do conceito de valor agregado do produto; ciclo de vida dos produtos e a segmentação do mercado; consideração da análise da concorrência e das técnicas de mensuração e previsão de demanda.

Modelo de Formação de Preço e sua Estrutura Conceitual

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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• A estratégia de preços tem base em dois aspectos: mercado: concentra-se na competição e na demanda de clientes ou ainda em ambos; custos: é mais centrada nos negócios do que no mercado, e é comumente utilizada por sua facilidade de aplicação.

• A estratégia a ser adotada pelos gestores na formação de preço deve ser feita por meio de uma avaliação dos fatores internos e externos à empresa.

Modelo de Formação de Preço e sua Estrutura Conceitual: Modelo conceitual da decisão de preço e planejamento de resultado

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

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Modelo de Formação de Preço e sua Estrutura Conceitual: Modelo conceitual da decisão de preço e planejamento de resultado

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• Abordagem de formação de preço baseada no mercado segundo a teoria econômica, e empresa deve buscar a otimização dos seus resultados como suporte de estudos de simulação em torno de curvas de receitas, custos, demanda e da elasticidade do preço

• Abordagem de formação de preço baseada no custo Índice de margem (mark-up); Taxa de retorno

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Modelo Proposto de formação de Preço e Planejamento de Resultados com a Logística Integrada - Logisticon

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• O preço de qualquer produto ou serviço inclui os custos para produzi-lo ou adquiri-lo, uma margem que cubra as despesas de manuseio até a entrega ao cliente, bem como uma cobertura de despesas para assistência técnica na eventualidade de falha da confiabilidade programada.

• Para desempenhar suas atividades com eficiência, o parceiro deve lançar mão de um sistema Efficient Costumer Response (ECR) – resposta rápida ao cliente –, para realizar as transações com os varejistas com entregas rápidas, preços e condições preestabelecidas entre as partes, culminando na satisfação do consumidor final, com o recebimento do produto.

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Modelo Proposto de formação de Preço e Planejamento de Resultados com a Logística Integrada - Logisticon

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• No modelo Logisticon proposto, o parâmetro a ser otimizado será a margem de contribuição formulada por simulação de contribuição-alvo ou preço-alvo de mercado. O somatório das margens de contribuição dos lotes ou produtos leva à margem operacional que, deduzidos os custos estruturais identificados às áreas de responsabilidade, resulta na contribuição planejada. O somatório das contribuições planejadas das áreas forma a contribuição planejada da empresa.

• A contribuição desejada global representa o valor requerido para que se mantenha em funcionamento a empresa.

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Modelo Proposto de formação de Preço e Planejamento de Resultados com a Logística Integrada - Logisticon

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• A contribuição desejada global geralmente não coincide com a contribuição planejada, o que revela um potencial de ajustes operacionais para melhorar essa diferença.

• Entende-se, nesse estudo, que a contribuição desejada global pode ser otimizada por mudanças nas técnicas de armazenagem, estocagem, movimentação interna e externa, pela comunicação entre fornecedores-atacadista-clientes e pelo sistema ECR.

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Modelo Proposto de formação de Preço e Planejamento de Resultados com a Logística Integrada – LogisticonCaracterísticas gerais do modelo Logisticon

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• O enfoque é dado à utilização do custeio como método de apropriação de custos aos produtos e serviços, isto é, devem ser atribuídos a um produto somente os custos variáveis diretamente a ele identificados.

• No que diz respeito aos custos, considera-se o custo corretamente mensurado, sem “gorduras” no ato do planejamento.

• O método de custeio variável preconiza o custo do produto formado por elementos que são necessários e objetivamente identificados à unidade de produto

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Tomada de Decisões por Meio da Demonstração de Resultado

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• Pretende-se, com o demonstrativo, elucidar de maneira simples as seguintes tomadas de decisões: o cálculo do EVA (Economic Value Added – valor econômico agregado) e do valor da empresa; o cálculo do índice margem (mark-up); o cálculo do ponto de equilíbrio contábil (contábil, financeiro e econômico); a demonstração do gráfico de ponto de equilíbrio contábil; o cálculo de alavancagem operacional

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Ponto de Equilíbrio

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• Ponto de equilíbrio é uma ferramenta utilizada pelo administrador financeiro, baseada nas relações entre custos e receitas, cuja finalidade é determinar o ponto em que as vendas cobrem exatamente os custos reais. (MACHADO, 2002, p.164).

• Fórmula e cálculo do ponto equilíbrio contábil Conceito: é o nível de faturamanto de que a empresa necessita e que, deduzido das despesas variáveis, resulta na margem de contribuição que cobre os custos e despesas fixas, obtendo-se um lucro operacional zero.

Custo Fixo% Margem de ContribuiçãovalorPEC

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Ponto de Equilíbrio

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• Fórmula e cálculo do ponto equilíbrio financeiro Conceito: é o nível de faturamanto de que a empresa necessita e que, deduzido dos custos e despesas variáveis, resulta na margem de contribuição que cobre os custos e despesas fixas mais os custos financeiros, apurando-se o resultado líquido zero.

Para o cálculo o ponto de equilíbrio financeiro, deve ser deduzida a conta de depreciação do total de custos e despesas fixas, por se tratar de provisão e não envolver valores monetários.

Custo Fixo - Depreciação + Despesas Financeiras% Margem de ContribuiçãovalorPEF

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Ponto de Equilíbrio

Capítulo 5Tomadas de Decisões Gerenciais

• Fórmula e cálculo do ponto equilíbrio econômico Conceito: é o nível de faturamanto de que a empresa necessita e que, deduzido dos custos e despesas variáveis, resulta na margem de contribuição que cobre os custos e despesas fixas mais os custos financeiros e o retorno sobre o investimento desejado (lucro econômico líquido).

Para o cálculo do ponto de equilíbrio econômico, a conta de depreciação deve ser considerada no montante dos custos e despesas fixas por se tratar de valor econômico representando um benefício concedido pelo governo para incentivo a novos investimentos no Ativo Imobilizado.

Custo Fixo - Depreciação Financeira+ Retorno s/Ativo% Margem de ContribuiçãovalorPEE