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ESCOLA SECUNDÁRI
A DR. GINESTAL
MACHADOÁREA
DISCIPLINAR DE BIOLOGIA E GEOLOGIA
TÍTULO DO TRABALHOOsmose com pétalas vermelhas de sardinheira
CLASSIFICAÇÃO:
PROFESSORA:
RELATÓRIO DEACTIVIDADE
LABORATORIAL 07 | 03 | 2012 10 º ANO TURMA B .
Nº NOME22 Nuno Torres24 Pedro Duarte27 Rui Gueifão
INTRODUÇÃO
PROBLEMA:
Em que sentido ocorre o fluxo de água na membrana celular?
OBJECTIVOS:
Observar ao microscópio a permeabilidade das células à água.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
O movimento espontâneo da água é denominado osmose. Este movimento da água entre meios com
diferentes concentrações de solutos, do meio hipotónico para o hipertónico, separados por uma membrana
semipermeável (neste caso entre o meio extracelular e o meio intracelular).
A membrana plasmática de uma célula é constituída por proteínas, lípidos (essencialmente fosfolípidos) e
glícidos (normalmente estes encontram-se associados a lípidos e a proteínas). A estrutura da membrana
plasmática pode-se evidenciar por microscópios eletrónicos de alta resolução. A membrana não é uma
estrutura rígida, separa o meio intracelular do meio extracelular e permite a passagem de substâncias em
ambos os sentidos, depende da dimensão das partículas, da afinidade dos lípidos, do estado de ionização e
da permeabilidade apresentada pela membrana à determinada substância. Exerce uma permeabilidade
seletiva, pois é semipermeável e tem a capacidade de selecionar substâncias que entram ou saem da célula
por transporte passivo ou ativo. É considerado um transporte passivo (difusão simples) pois a célula não
gasta energia e não utiliza moléculas transportadoras. O transporte passivo é um transporte mediado onde
a passagem das substâncias é feito do meio mais concentrado para o meio menos concentrado, logo é um
transporte a favor do gradiente de concentração e não requer mobilização de energia. É um transporte
passivo e há a ocorrência de difusão de partículas graças à agitação térmica. Este processo não envolve
mobilização de energia e o fluxo de água é dado sempre do meio com menor concentração em soluto
(hipotónico) para o meio com maior concentração em soluto (hipertónico).
Escola Secundária Dr. Ginestal Machado 2 | P á g i n a
Na Difusão Facilitada temos a passagem de soluto do meio com maior concentração para o meio com menor
concentração, ou seja, a favor do gradiente de concentração, mas esta passagem é feita com a intervenção
de proteínas transportadoras (permeases).
No Transporte Activo (ou Difusão Activa) temos a deslocação do soluto do meio com menor concentração
para o meio com maior concentração (contra o gradiente de concentração) que para além de necessitar da
intervenção de permeases, necessita também da intervenção de energia (ATP).
PROCEDIMENTO EXPERIMENTALMATERIAL:
- Microscópio ótico
- Lâminas e lamelas
- Pinça
- Agulha de dissecação
- Conta-gotas
- Água destilada
- Solução de Cloreto de Sódio (NaCl) a 12%
- Pétalas vermelhas de sardinheira
MÉTODOS:
1- Com uma pinça, destacou-se dois fragmentos da epiderme superior das pétalas.
2- Na 1ª lâmina, colocou-se um dos fragmentos da epiderme de pétala numa gota de água destilada,
cobrindo-a com uma lamela.
3- Na 2ª lâmina, colocou-se o outro fragmento da epiderme numa gota de solução aquosa de cloreto de
sódio a 12%, cobrindo-o com uma lamela.
4- Observou-se as duas preparações ao microscópio e registaram-se as observações.
5- Com o conta-gotas, colocou-se uma gota de água destilada num dos bordos da lamela da 2ª lâmina. No
bordo oposto da lamela, absorveu-se o meio de montagem, de forma a substituir a solução de cloreto de
sódio pela água destilada.
6- Por fim, observou-se novamente, a lâmina 2 ao microscópio e registou-se as alterações.
Escola Secundária Dr. Ginestal Machado 3 | P á g i n a
RESULTADOS
Na montagem em água destilada, a água entra na célula e o vacúolo incha e ocupa grande parte
de célula.
Na montagem em solução de NaCl, a água sai da célula e o vacúolo diminui de tamanho.
Verificou-se ainda que na solução com água destilada (Preparação A), a cor do pigmento fica mais diluída. O
mesmo não mostra a solução de NaCl, onde a cor da célula fica mais “viva”.
Parede celular
Vacúolo
Preparação A – Montagem em água destilada
Ampliação: 10 x 40 = 400 x
Parede celular
Vacúolo
Preparação B – Montagem em solução aquosa de NaCl
Ampliação: 10 x 40 = 400 x
Escola Secundária Dr. Ginestal Machado 4 | P á g i n a
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
Durante a atividade experimental observou-se que para além de possuírem núcleo, citoplasma e parede celular
muito nítida, observou-se ainda o vacúolo pigmentado, que confere cor característica das pétalas, neste caso,
vermelho.
- Ao adicionar água destilada à célula (Preparação A)
A água é o meio hipotónico e a célula o meio hipertónico. A água atravessou a membrana celular através da
osmose, passando para o interior da célula. A água entra para o vacúolo que aumenta de volume, e que ocupa a
célula quase toda, comprimindo o citoplasma e o núcleo contra a parede celular. Isto acontece porque dentro
da célula havia uma grande concentração e fora da mesma havia uma menor concentração. Assim, a água
deslocou-se do local onde havia um menor concentração para onde havia uma maior concentração,
contribuindo assim para o equilibro de concentração. A célula ficou com uma cor mais clara. A diferença de
coloração deve-se à diminuição da concentração de pigmentos pela ação da água. A célula diz-se túrgida.
- Ao adicionar a Solução aquosa de NaCl (Preparação B)
A solução de cloreto de sódio, é o meio hipertónico em relação à célula, pois apresenta mais soluto que esta. A
água movimenta-se do vacúolo (meio intracelular) para o exterior da célula (meio extracelular), fazendo com
que o vacúolo diminua de tamanho e fique com uma cor mais intensa (devido à saída de água deixa uma maior
concentração de pigmentos). A água desloca-se novamente do menos concentrado para o mais concentrado,
isto é, do interior para o exterior. Quando a água sai da célula, o citoplasma desprenda-se parcialmente da
parede celular e a célula diz-se plasmolisada.
Na segunda fase da preparação B, o cloreto de sódio deu lugar á água destilada, com a reentrada de água nos
vacúolos origina novamente o seu aumento de volume.
Com a realização desta atividade foi possível a comprovação do gradiente de concentração, isto é, a passagem
das substâncias do meio menos concentrado (hipotónico) para o mais concentrado (hipertónico), tentando
tornar o meio intra/extracelular com iguais concentrações (isotónicas).
FONTESMatias, Osório; Martins, Pedro; 2009 Biologia 10, 1ª edição, Areal Editores, Porto.