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Osteoartrite
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Definição
• Distúrbio extremamente comum, podendo estar relacionado ao envelhecimento
• Afeta principalmente mãos, joelhos, quadris e coluna vertebral
• É um grupo heterogêneo de afecções que resultam em agressão à articulação (perda da integridade da cartilagem articular), com sinais e sintomas comuns
Definição
• Inerentemente não-inflamatório, caracterizado por deterioração da cartilagem articular e pela neoformação de osso nas margens articulares
• Envolve uma ruptura do equilíbrio entre a síntese e a degradação da cartilagem, podendo haver algum grau de inflamação
Epidemiologia
• Evidência radiográfica em 80% ind. acima de 75 anos
• Holanda (6.585 pessoas): 75% mulheres com 60 a 70 anos com osteoartrite de mãos (IFDS)
• Incidência de osteoartrite em mãos e joelhos maior em mulheres
• Relação mulher: homem varia entre 1,5 e 4
Fisiologia Articular
Cartilagem Articular
• 1 a 2% células
• 98 a 99% matriz extracelular (3 componentes)
Proteoglicanos
• Maior parte do volume da matriz extracelular
• Aproximadamente 200 moléculas de proteoglicanos (agrecanos) agrupam-se ao redor de uma cadeia de ácido hialurônico (lubrificante e amortecedor) para formar conglomerados (agregados)
• Agrecanos são compostos de sulfato de condroitina e sulfato de queratano
• Os agrecanos e a água são contidos por uma rede de fibras colágenas cruzadas
Proteoglicanos• Água:
85%
• Colágeno:
10%
• Proteoglicanos:
5%
Degradação e Recuperação da Cartilagem Articular• A matriz está em constante equilíbrio de síntese e
degradação (turnover) pelos condrócitos
• Ambos processos são controlados por fatores de crescimento e por citocinas
• Qualquer disfunção nesses mensageiros químicos pode desencadear a osteoartrite
Fisiopatologia
• Processo patológico dinâmico caracterizado por ruptura no equilíbrio entre degradação e reparo da cartilagem articular e do osso subcondral
• Resultado final é a deterioração da função articular
Fisiopatologia
Evolução• Superfície da cartilagem torna-se áspera e/ou desgastada• Fibrilação (fissuras)• Erosão (ulceração com exposição do osso subjacente)• Rachaduras• Condromalácia (amolecimento da cartilagem)• Fragmentos de cartilagem e osso dentro da cápsula
articular (podem ser fagocitados e incorporados à membrana sinovial levando à inflamação crônica)
Fatores de Risco
• Idade• Hereditariedade• Obesidade• Distúrbios hormonais (pós-menopausa)• Hipermobilidade• Doenças inflamatórias articulares• Trauma• Alterações do formato da articulação
Classificação
• Primária (idiopática)• Secundária:
• Doenças metabólicas (cristais, acromegalia, ocronose, hemocromatose etc.)
• Distúrbios anatômicos (displasias, osteonecroses, doenças epifisárias etc.)
• Traumas (trauma maior, fraturas, meniscectomia, microtrauma repetitivo)
• Doenças inflamatórias (artropatias, artrite séptica)
Classificação Segundo as Articulações Envolvidas• Monoarticular
• Oligoarticular
• Poliarticular: mulheres, n. Heberden, mãos, familiar
Diagnóstico
Clínico e radiográfico:
• Diminuição do espaço articular (geralmente assimétrico)
• Esclerose subcondral (aumento da densidade)
• Osteófitos
• Cistos subcondrais
Achados Radiográficos
• Não se correlacionam com a gravidade dos sintomas
• 90% indivíduos acima de 40 anos apresentam alguma evidência radiográfica de alterações osteoartríticas
• No entanto, somente 30% apresentam sintomas
Locais característicosLocais característicos
Coluna cervicalColuna cervical
Coluna lombarColuna lombar
QuadrilQuadril
MãosMãos
JoelhosJoelhos
PésPés
Alterações Radiográficas na Osteoartrite
Estreitamentodo espaço articular (focal)
Copososteocondrais
EscleroseAtrito ósseo
Cisto
Osteófito
Possíveis Pontos Anatômicos de Origem da Dor na OA
Freqüência da OA em Diferentes Compartimentos do Joelho
Osteoartrite de Quadril
• Talvez ligeira predominância em homens• Pode estar associada a anormalidades congênitas• Não está associada com obesidade
• Três padrões de distribuição:1. Súpero-lateral (mais comum)2. Pólo medial3. Concêntrica (toda a articulação, associada à osteoartrite
em outras articulações)
Tratamento das Artropatias
• Minimizar a doença
• Diminuir a desvantagem da deficiência
• Prevenir a incapacidade funcional
Conservação de Energia
• Uso de grandes articulações e de movimentos amplos em preferência
• Realizar atividades de modo que a força da gravidade seja minimizada
Proteção Articular
• Estimular o uso de cada articulação em sua amplitude máxima e força de acordo com a doença
• Evitar posições viciosas
• Usar cada articulação no plano anatômico e funcional mais estável
• Usar as articulações mais fortes nas atividades
• Evitar desequilíbrios musculares
• Evitar sobrecargas e respeitar a dor
FisioterapiaTermoterapia
Diatermia
Ultra-som
Hidroterapia
Tração
Estimulação elétrica
Massagem
Manipulação
Estimulação transcutânea
Biofeedback
OrtóticaSuportes
Calhas
Sapatos
Coletes
Bengalas
Muletas
Cadeiras de rodas
Barreiras arquitetônicas
Reabilitação
• Aspectos psicossociais, educacionais e recreativos
• Cirurgias
Cirurgia
• Osteotomia
• Sinovectomia
• Meniscectomia
• Lavagem artroscópica
• Artrodese
• Artroplastia
Osteoartrite
• Analgésicos• Capsaicina• AINH• Corticóide intra-articular (derrame, CMC)• Sulfato de glicosamina e de condroitina• Cloroquina• Viscossuplementação• Diacereína• Extratos insaponificáveis de soja e abacate
Infiltração
• Corticóide de ação lenta (hexacetonida de triancinolona)• Afastar possibilidade de infecção• Dosagens
TratamentoAntiinflamatórios• Efeitos colaterais no uso prolongado
• Não modificam o curso da doença
• Deterioração da cartilagem articular
Capsaicina
• Rubefaciante
• Dosagens
TratamentoAgentes Condroprotetores• Injeções intra-articulares de hialuronato (propriedades
lubrificantes e amortecedoras) ou outros derivados do ácido hialurônico com pesos moleculares maiores
• Sulfato de condroitina oral
• Sulfato de glicosamina (precursor de proteoglicanos) oral ou intra-muscular
Viscossuplementação
• Líquido sinovial perde viscosidade devido à diminuição quantitativa e qualitativa de ácido hialurônico
• Estudos em joelhos • Mecanismo ainda não totalmente elucidado:
• Inibição de interleucina-1 e prostaglandinas?• Estímulo de matriz pelos condrócitos?• Inibição da degradação da cartilagem?• Bloqueio dos receptores nociceptivos?
ViscossuplementaçãoÁcido hialurônico• Polissacarídeo de elevado peso molecular
• Amplamente distribuído no tecido conectivo dos animais
• É o principal componente do líquido sinovial que proporciona nutrientes a cartilagem articular
• Lubrifica as articulações e atua como amortecedor de cargas tensionais (efeito viscoelástico)
• Também possui efeitos relacionados com a retenção de água
Diacereína
• Inibidor da interleucina-1 (citocina envolvida na degradação da cartilagem)
• Dosagem
• Efeitos colaterais
Extratos Insaponificáveisde Soja e AbacateEstudos in vitro
• Inibição de IL-1, 6 e 8
• Inibição de PGE-2
• Efeito promotor de TGF-beta
Glicosamina
• Monossacarídeo importante na constituição da matriz cartilaginosa In vitro ação antiinflamatória (inibe IL-1 e PGE2)
• Aumenta a produção de ácido hialurônico e proteoglicanos
• Interfere na ligação do DNA e do fator de transcrição nuclear kappa Beta (NFkB) em condrócitos e sinoviócitos
• Inibe a expressão de genes relacionados com a produção e a degradação da matriz cartilaginosa
Sulfato de Condroitina
• Componente importante da matriz extracelular da cartilagem
• Papel importante de criar uma pressão osmótica que permite expandir a matriz e colocar a rede de colágeno em tensão
Sulfato de Condroitina
• Isolada ou associada
• Dosagem
• Osteoartrite de mãos
Sulfato de Condroitina
• Doses orais aumentam a concentração sangüínea, que pode aumentar a concentração na cartilagem, que pode manter a matriz densa e funcional
• Também se faz presente no líquido sinovial
Sulfato de Condroitina
Pode combater a osteoartrite através:
• Do aumento da disponibilidade na cartilagem articular
• Aumento dos níveis de outros proteoglicanos na cartilagem articular
• Diminuição da atividade da elastase
• Diminuição da inflamação