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Osvaldo Angelim Consultoria & Treinamento Rio de Janeiro – RJ www.osvaldoangelim.com [email protected] [email protected] Este material foi elaborado e cedido pelo Professor Osvaldo Nunes Angelim. Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor. (Lei nº 5.898, de 14/12/1973 – DOU de 18/12/1973).

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Osvaldo Angelim

Consultoria & Treinamento

Rio de Janeiro – RJ

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Este material foi elaborado e cedido pelo Professor

Osvaldo Nunes Angelim. Todos os direitos reservados . É

expressamente proibida a reprodução total ou parcia l

desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prév ia

autorização do autor.

(Lei nº 5.898, de 14/12/1973 – DOU de 18/12/1973).

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CRC – RJ CONSELHO DE

CONTABILIDADE DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

DEPARTAMENTO DE

DESENVOLVIMENTO ROFISSIONAL

www.crc.org.br

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CURSO

ISSQN – IMPOSTO SOBRE

SERVIÇOS DE QUALQUER

NATUREZA

APOSTILA ATUALIZADA ATÉ 31 DE

JULHO DE 2014

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CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR

� Pós-graduado em Direito Tributário pela UCAM – Univ ersidade

Cândido Mendes;

� Pós-graduado em Gestão Empresarial em Tributação e

Contabilidade pela UFF – Universidade Federal Flumi nense;

� Pós-graduado em Comercialização em Energia Elétrica pela UPE

– Universidade Estadual de Pernambuco – Departament o de

Engenharia Elétrica;

� Graduado em Ciências Contábeis pela UGF – Universid ade Gama

Filho;

� Curso de Extensão em Direito da Energia pela UCAM;

� Especialista em Direito Tributário, com ênfase na l egislação do

Mercado de Energia Elétrica em toda cadeia de valor : Geração,

Transmissão, Distribuição e Comercialização;

� Ministra seminários, cursos e treinamento In Compan y na área

tributária e fiscal de tributos diretos e indiretos ;

� Ministra seminários, cursos e treinamento In Compan y sobre

temas Tributários do Setor Elétrico Brasileiro.

� Profissional com mais de 20 anos de prestação de se rviços de

consultoria de tributos diretos e indiretos.

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INSTRUTOR DO IBEF-RIO – INSTITUTO BRASILEIRO DE

EXECUTIVO DE FINANÇAS DOS SEGUINTES CURSOS

� Tributação sobre Energia Elétrica;

� Aspectos Gerais dos Contratos de Comercialização de Energia

Elétrica e Tributários em Empreendimentos do Setor Elétrico

Brasileiro;

� Legislação Tributária e Incentivos Fiscais do Setor Elétrico

Brasileiro;

� Legislação Estadual do ICMS e Substituição Tributár ia do Setor

Elétrico Brasileiro;

� REIDI – Regime Especial de Incentivos para o Desenv olvimento

da Infraestrutura

� Aspectos do Planejamento Tributário do Setor de Ene rgia

Elétrica e da Gestão de Tributos

INSTRUTOR DO IBRACON-RIO – INSTITUTO DOS AUDITORES

INDEPENDENTES DO BRASIL

� Tributação sobre Energia Elétrica;

� REIDI – Regime Especial de Incentivos para o Desenv olvimento

da Infraestrutura.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ISSQN – Legislação Municipal

1 – Introdução

2 – Hierarquia do ISSQN

3 – Características Legais do ISSQN

4 – Conceito de tributos

5 – Espécies tributárias

6 – Características específicas da tributação

7 – Contratante na condição de Tomadora de Serviços

8 – Conceito de Prestação de Serviços

9 – Sujeito ativo

10 – Sujeito passivo

11 – Contribuinte do ISSQN

12 – Responsável pelo recolhimento do ISSQN

13 – Lei Complementar nº 116/2003

14 – Incidência tributária do ISSQN

15 – Retenção na fonte – ISSQN

16 – Não incidência tributária

17 – Não Incidência Sobre Locação de Bens Móveis

18 – Fato gerador

19 – Base de cálculo

19.1 – Importação de Serviços

19.2 – Deduções legais

19.3 – Serviços de Construção Civil

19.4 – Agências de viagens

19.5 – Agências de Publicidade e Propaganda

20 – Alíquotas

21 – Pagamento do ISSQN

22 – Isentos ou Imunes

23 – Sociedades Uniprofissionais e Profissionais Au tônomos

24 – Responsabilidade pela retenção do ISSQN

25 – Cadastro de Empresas Prestadoras de Outros Mun icípios

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25.1 – Obrigatoriedade da Retenção do ISSQN

25.2 – Serviços sujeitos a Inscrição no CEPOM

25.3 – Resolução SMF Nº 2.515/2007

25.4 – Órgão da Administração Direta e Indireta Mun icipal

25.5 – Resolução SMF Nº 2.617/2010

25.6 – Cancelamento Nota Fiscal Carioca

26 – Responsabilidade Tributária do Tomador de Serv iços

27 – Retenção na fonte de optante pelo Simples Naci onal

27.1 – Exclusão da Retenção do optante pelo SIMPLES Nacional

27.2 – Empresa de outro Município optante pelo SIMP LES Nacional

28 – Operações Simples e Mistas

29 – Aquisição de Bens com Montagem ou Instalação

30 – Legislação de Regência

30.1 – Lei nº 691/1984 – Código Tributário Municipa l – RJ

30.2 – Decreto nº 10.514/91 – Regulamento do ISSQN no Município do RJ

30.3 – Decreto nº 28.248, de 30 de Julho de 2007

30.4 – Lei Complementar nº 116, de 31 de Julho de 2 003

30.4.1 – Lista de Serviços Anexa à Lei Complementar nº 116/2003

31 – Solução de Consulta COSIT nº 195, de 02/07/201 4

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Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN

Legislação Minicipal

1 – Introdução

O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS QN é de competência

exclusiva dos Municípios, conforme disposto no art. 156, III da Constituição

Federal de 1988, com redação dada pela EC 03/93.

O Imposto Sobre Serviços – ISS foi criado pela Emen da Constitucional nº 18/65

e regulamentado pelo Decreto Lei nº 406/68, posteri ormente alterado pela Lei

Complementar nº 56/87. Em virtude do disposto no At o das Disposições

Constitucionais Transitórias – ADCT, notadamente no artigo 34, § 5º, a citada

legislação continua a produzir efeitos na ordem con stitucional então vigente.

As alíquotas variam de 2% a 5% (art. 156, § 3º, I, da CF c/c art. 88, I dos Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT).

2 – Hierarquia do ISSQN

LEI COMPLEMENTAR

CONSTITUIÇÃO

FEDERAL

LEI ORDINÁRIA DO

MUNICÍPIO

REGULAMENTO DO

ISSQN DO MUNICÍPIO

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3 – Características Legais do ISSQN

� imposto de competência municipal;

� devido pelos prestadores de serviços, pessoas juríd icas e físicas;

� os contribuintes são inscritos no Cadastro Fiscal M unicipal;

� quando devido na fonte, será retido pela CONTRATANT E na forma da Lei

Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003 e da Le i Municipal;

� os pagamentos que efetuar à CONTRATADA será por seu valor líquido

quando houver retenção;

� quando houver retenção do ISSQN, em regra, sempre o bservar o previsto

na LC nº 116/2003, principalmente os serviços relac ionados na lista Anexa a

esta Lei;

� quanto à alíquota a ser praticada corresponde a do MUNICÍPIO onde o

imposto será recolhido;

� só estão sujeitos ao ISSQN os serviços presentes na lista anexa;

� todos os MUNICÍPIOS têm sua Lei Municipal ou outro instrumento legal

regulamentando o ISSQN, de acordo com a LC nº 116/2 003;

� sempre observar o previsto na Lei Municipal identif icando a alíquota

correspondente ao serviço contratado;

� sempre observar os serviços relacionados na lista A nexa a LC nº 116/2003;

� o ISSQN é um imposto cumulativo, não gera crédito t ributário;

� normalmente o imposto é calculado “por dentro” na f ormação do preço;

� o Município do Rio de Janeiro permite calcular “por fora” e “por dentro”;

� o tomador do serviço, na qualidade de substituto tr ibutário, deve proceder

as retenções previstas na legislação federal e muni cipal: IRRF, PIS,

COFINS, CSLL, INSS e ISSQN.

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4 – Conceito de Tributos

Código Tributário Nacional – CTN

Determina o artigo 3º do CTN – Lei nº 5.172, de 25. 10.66

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela

se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e

cobrada mediante atividade administrativa plenament e vinculada.

Interpretação do art. 3º do CTN

I – prestação pecuniária

Objeto da obrigação tributária é o ato de prestar, como realizar o pagamento

em dinheiro, assegurando ao Estado os meios finance iros de que necessita

para a realização de seus objetivos.

II – compulsória

A obrigatoriedade nasce diretamente da lei (ato proveniente do Poder

Legislativo, que não se confunde com os decretos do Governador, com as

resoluções do Secretário de Fazenda etc.), sem que se interponha qualquer ato

de vontade daquele que assume a obrigação. A compulsoriedade da prestação

tributária é cobrada pela Administração Pública e o dever de pagar nasce

independente da vontade.

III – em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir

Em regra a prestação tributária deve ser satisfeita mediante pagamento em

dinheiro. O tributarista Hugo de Brito Machado entende que a prestação

tributária pode também ser satisfeita em bens, em circunstâncias especiais,

extinguindo o crédito tributário mediante dação em pagamento. Nessa

circunstância, a lei deve especificar o tributo objeto da dação em pagamento; o

tipo de bem que pode ser transferido para o Estado com a extinção do crédito

tributário.

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IV – que não constitua sanção de ato ilícito

O legislador, nessa cláusula, quis dizer que a atividade ilícita não pode ser

definida como hipótese de incidência do tributo.

Quando se diz que o tributo não constitui sanção de ato ilícito, isto quer dizer

que a lei não pode incluir na hipótese de incidência tributária o elemento

ilicitude.

V – instituída em lei

Para que o tributo seja exigido legitimamente, necessário se torna que a lei o

estabeleça (princípio da legalidade) com antecedência ao fato que dê motivo à

cobrança exercida pelo Estado (princípio da anterioridade). Vale dizer sem lei

não há tributo. A nossa Constituição Federal de 1988 determina que nenhum

tributo será exigido, sem que a lei o estabeleça.

VI – Cobrada mediante atividade administrativa plen amente vinculada

A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena

de responsabilidade funcional, conforme estabelece o § único do art. 142 do

CTN que visam a fazer face aos gastos necessários ao a tendimento das

atividades dirigidas à consecução do bem comum, rel ativas à educação,

saúde, segurança pública etc.

5 – Espécies Tributárias

Conforme o Código Tributário Nacional – CTN, os tributos são (impostos,

taxas, contribuições fiscais e parafiscais).

I – Imposto

É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de

qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. A finalidade do

Imposto é atender as necessidades gerais da coletiv idade. O benefício não é

individual, e sim coletivo. Exemplo de impostos: IC MS, ISSQN, IPI, etc.

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II – Taxa

É o tributo cobrado pelo exercício do poder de polícia ou pela utilização,

efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados

ao contribuinte ou postos a sua disposição.

As taxas são utilizadas para retribuir o ônus inerente ao exercício regular do

poder de polícia e os serviços específicos e divisí veis: coleta de lixo,

licenciamento de veículos, taxa de inspeção sanitár ia, etc.

III – Contribuições de Melhoria

São aquelas instituídas em razão de valorização do particular, em função da

realização de uma obra pública.

Exemplo: Prefeitura construiu uma Praça próxima de um terre no particular e

valoriza o local do particular.

IV – Empréstimos Compulsórios

São instituídos visando atender as calamidades públ icas ou guerra externa e

investimento público relevante para o interesse nac ional.

V – Contribuições Especiais ou Parafiscais (Art.149 c/c 195, CF)

Contribuições parafiscais são TRIBUTOS incluídos na espécie tributária

chamada CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL no interesse de categorias econômicas

ou profissionais. Sua arrecadação é destinada ao cu steio de ATIVIDADE

PARAESTATAL, ou seja, atividade exercida por entidades privadas , mas com

conotação social ou de INTERESSE PÚBLICO.

Exemplo: SESC, SENAC, SESI, SENAI, SEST, SENAT, SEB RAE, SAT, COFINS E

PIS-PASEP.

As contribuições sociais sempre serão equiparadas a contribuições

parafiscais.

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6 – Características Específicas da Tributação

I – Incidência

Consiste na concretização da situação que gera a ap licação da norma jurídica

que define a exigência do tributo.

II – Isenção

É a exclusão do crédito tributário, embora exista o nascimento da obrigação

tributária.

III – Diferimento

Consiste na postergação do lançamento do tributo para momento posterior.

IV – Alíquota Zero

Não está fora da incidência tributária, apenas a aliquota de incidência é zero.

V – Imunidade

É uma não incidência qualificada. Não dispensa o cumprimento de obrigações

acessórias, e não impede a ação fiscalizadora do fi sco para a sua verificação.

VI – Não Incidência

É a não ocorrência do fato gerador em virtude da legislação não descrever a

situação como hipótese de incidência. A não incidência, não dispensa o

cumprimento de obrigações acessórias, e não impede a ação fiscalizadora do

fisco para a sua verificação.

VII – Extinção do Crédito Tributário

Extinção do crédito tributário é qualquer ato jurídico ou fato jurídico que faça

desaparecer a obrigação tributária. A extinção ocorre de várias modalidades.

Destaco algumas:

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1 – Decadência

O instituto da decadência está previsto no art. 173 do CTN. Consiste na perda

do próprio direito do FISCO lançar o crédito tribut ário, assim, a Fazenda

Pública não pode mais efetuar o lançamento tributário.

2 – Prescrição

O instituto da prescrição está previsto no art. 174 do CTN.

A prescrição é a perda do direito da pretensão de e xigibilidade de cobrança

por parte do FISCO. Assim, a Fazenda Pública tem um prazo de cinco anos

para cobrar do contribuinte.

Conforme o art. 174 a ação só pode ser iniciada quando o crédito tributário

estiver definitivamente constituído.

3 – Remissão

Remissão significa perdão, dispensa. Assim, no direito tributário a aceitação

da remissão recai sobre o tributo devido, ou seja, perdão total ou parcial do

principal vencido .

Cabe destacar que a remissão não é aplicada às penalidades por falta de

pagamento desse crédito tributário. Assim, o contribuinte será dispensado de

pagar o tributo vencido porém será obrigado a pagar a multa devida pela

ausência de recolhimento.

4 – Transação

A transação simboliza fórmula extintiva da obrigaçã o tributária consistente no

término do litígio mediante concessões mútuas. Na t ransação ocorrem

concessões recíprocas entre os sujeitos ativo e pas sivo da obrigação

tributária para por fim a um litígio. Também deve s er autorizada por lei. A

transação nada mais é do que um acordo, ou seja, sã o concessões recíprocas

ou mútuas para se chegar à solução de um litígio.

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VIII – Exclusão do Crédito Tributário

Ocorre exclusivamente em caso de promulgação de lei que determina a não-

exigibilidade do crédito tributário por parte do Estado.Tratam do assunto os

arts. 175 a 182 do Código Tributário Nacional, havendo duas modalidades

possíveis:

� a isenção;

� a anistia.

Assim, a Isenção e a Anistia são formas de exclusão do crédito tributário.

NOTAS IMPORTANTES

A distinção entre Remissão, Isenção e Anistia.

Remissão: é modalidade de extinção do crédito tributário e p ode abranger

tanto o tributo quanto a penalidade. A remissão é c oncedida por despacho

fundamentado, nos termos da lei. A remissão diz res peito a fatos passados, já

lançados ou em processo de lançamento.

Isenção: é uma modalidade de exclusão. A Isenção só se repo rta ao tributo. A

isenção abrange apenas os fatos geradores futuros. A isenção não dispensa o

cumprimento de obrigações acessórias, e não impede a ação fiscalizadora do

fisco para a sua verificação.

Anistia: é uma modalidade de exclusão. A Anistia só se repo rta à penalidade. A

anistia é concedida diretamente em lei.

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7 – Contratante na condição de Tomadora de Serviços

A empresa, na condição de CONTRATANTE deve RETER os TRIBUTOS a que

esteja obrigada pela legislação vigente e RECOLHER nos prazos e na forma da

Lei Federal e Municipal, dos pagamentos que efetuar à CONTRATADA por seu

valor líquido, pela prestação de serviços.

Sugestões:

1 – Nos Contratos de Serviços acreditamos que as informações referente a

contratação de um determinado serviço seja colocada em cláusula contratual a

descrição real do serviço contratado identificando esse serviço com exatidão e

clareza conforme previsto na Lei Complementar nº 116, de 3 1 de julho de 2003,

e concomitante com o item previsto na Lei Municipal o qual o Município está

envolvido.

2 – Determinar qual alíquota do ISSQN que está relacionado ao serviço

contratado.

3 – Com base na identificação do serviço informar t ambém o Código de

Receita para fins de Retenções Federais prevista na Instrução Normativa RFB

nº 1.234/2012.

4 – Quando o serviço for contratado com fornecimento de material e for

identificado no contrato, quais os bens que serão adquiridos e que serão

incorporados na realização dos serviços. Exigir do fornecedor a segregação de

tais itens quando aplicável.

5 – Com relação a Legislação Previdenciária exigir em contrato que todos os

prestadores de serviços informem sua matrícula CEI (Cadastro Específico do

INSS) independentemente do tempo da obra. Deixar cl aro no contrato que na

falta da matricula CEI da obra de construção civil, a CONTRATANTE somente

efetuará a liquidação da fatura quando este item do contrato for cumprido.

6 – Exigir sempre das empresas contratadas todos os documentos previstos

na Legislação Previdenciária.

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8 – Conceito de Prestação de Serviços

A prestação de serviços é a execução da obrigação de “fazer” alguma coisa

com a qual tenha se comprometido o prestador, media nte a celebração de

contrato que possua conteúdo econômico, portanto, preço do serviço.

9 – Sujeito Ativo

A competência para a instituição do ISSQN é dos Mun icípios e do Distrito

Federal, sendo estes os sujeitos ativos da obrigação tributária, portanto, o

responsável pela arrecadação do Imposto.

10 – Sujeito Passivo

Sujeito Passivo é o contribuinte, pessoa jurídica e fisica, portanto, o Prestador

do Serviço, cabendo a este a responsabilidade pelo pagamento do Imposto.

Assim, o sujeito passivo é aquele que prestar deter minado serviço elencado

no rol de serviços tributados pelo ISSQN.

O artigo 121 do Código Tributário Nacional – CTN define o Sujeito Passivo da

Obrigação Tributária.

11 – Contribuinte do ISSQN

Conforme o art. 5º da Lei Complementar 116/2003, é o prestador do serviço.

Assim, a pessoa jurídica ou física que presta serviços é a contribuinte deste

tributo.

Importante destacar que o Contribuinte do ISSQN só está sujeito ao

recolhimento do ISSQN relativo aos serviços prestad os presentes na Lista

Anexa a Lei Complementar nº 116/2003. Observa-se ne ste caso que a Lista

Anexa é taxativa e não exemplificativa.

Outro ponto importante, se os serviços ou atividade s não estão na Lista Anexa

não pode em hipótese alguma ser objeto de oneração do imposto, devido a

inexistência de competência tributária municipal.

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12 – Responsável pelo recolhimento do ISSQN

Na posição de tomador do serviço o responsável pelo recolhimento do ISSQN

é a pessoa jurídica contratante, trazendo para si a responsabilidade pela

retenção, nas hipóteses contempladas nos incisos I a XXII do art. 3º da Lei

Complementar 116/2003.

Art. 3º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do

estabelecimento prestador ou, na falta do estabelec imento, no local do

domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII,

quando o imposto será devido no local:

I do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de

estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na h ipótese do § 1 o do art. 1 o

desta Lei Complementar;

II da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso

dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista ane xa;

III da execução da obra, no caso dos serviços descr itos no subitem 7.02 e 7.19

da lista anexa;

IV da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista

anexa;

V das edificações em geral, estradas, pontes, porto s e congêneres, no caso

dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista ane xa;

VI da execução da varrição, coleta, remoção, incine ração, tratamento,

reciclagem, separação e destinação final de lixo, r ejeitos e outros resíduos

quaisquer, no caso dos serviços descritos no subite m 7.09 da lista anexa;

VII da execução da limpeza, manutenção e conservaçã o de vias e logradouros

públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jar dins e congêneres, no caso

dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista ane xa;

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VIII da execução da decoração e jardinagem, do cort e e poda de árvores, no

caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da list a anexa;

IX do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes

físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviço s descritos no subitem 7.12

da lista anexa;

X (VETADO)

XI (VETADO)

XII do florestamento, reflorestamento, semeadura, a dubação e congêneres, no

caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da list a anexa;

XIII da execução dos serviços de escoramento, conte nção de encostas e

congêneres, no caso dos serviços descritos no subit em 7.17 da lista anexa;

XIV da limpeza e dragagem, no caso dos serviços des critos no subitem 7.18 da

lista anexa;

XV onde o bem estiver guardado ou estacionado, no c aso dos serviços

descritos no subitem 11.01 da lista anexa;

XVI dos bens ou do domicílio das pessoas, vigiados, segurados ou

monitorados, no caso dos serviços descritos no subi tem 11.02 da lista anexa;

XVII do armazenamento, depósito, carga, descarga, a rrumação e guarda do

bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.0 4 da lista anexa;

XVIII da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e

congêneres, no caso dos serviços descritos nos subi tens do item 12, exceto o

12.13, da lista anexa;

XIX do Município onde está sendo executado o transp orte, no caso dos

serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anex a;

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XX do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de

estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no c aso dos serviços descritos

pelo subitem 17.05 da lista anexa;

XXI da feira, exposição, congresso ou congênere a q ue se referir o

planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos

pelo subitem 17.10 da lista anexa;

XXII do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodo viário, ferroviário ou

metroviário, no caso dos serviços descritos pelo it em 20 da lista anexa.

Na posição de prestador do serviço é a pessoa jurídica ou física que realize o

serviço, a obrigação de fazer, trazendo para si a responsabilidade pelo

recolhimento do imposto, nas hipóteses contempladas na Lei Complementar

116/2003.

O art. 6º da Lei Complementar 116/2003 determina qu e os Municípios e o

Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a

responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato

gerador da respectiva obrigação. Portanto, o tomador do serviço poderá ser o

responsável pela retenção do ISSQN.

Importante destacar que o tomador do serviço, na qualidade de substituto

tributário, deve deduzir do preço do serviço as retenções previstas na

legislação: IRRF, PIS, COFINS, CSLL, ISS e INSS.

13 – Lei Complementar nº 116/2003

Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer N atureza, de competência

dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras p rovidências.

Na cidade do Rio de Janeiro, o ISSQN está previsto na Lei Municipal nº 691/19

84 (Código Tributário Municipal), com as alterações promovidas pela Lei

Municipal nº 3.691/2003, regulamentado pelo Decreto nº 10.514/91, com as

alterações do Decreto nº. 23.753/2003.

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14 – Incidência Tributária do ISSQN

Determina o art. 3º da Lei Complementar nº 116/03 q ue o ISSQN seja devido no

local do estabelecimento prestador, ou na falta do estabelecimento, no local do

domicílio, com exceção dos serviços especificados nos incisos I ao XXII deste

mesmo artigo, quando o imposto será devido no local da efetiva prestação.

Nestes casos, a obrigação do recolhimento do ISSQN é do tomador do serviço.

A regra geral faz incidir o ISSQN sobre a prestação de serviços de qualquer

natureza não compreendidos na competência tributária dos Estados e/ou do

Distrito Federal.

Normas gerais:

I – Quando a prestação do serviço estiver prevista na Lista Anexa da Lei

Complementar nº 116/2003, com ressalva, haverá incidência do ISSQN apenas

sobre o valor dos serviços, e do ICMS, exclusivamente sobre o fornecimento

de mercadorias produzidas pelo prestador fora do lo cal da prestação de

serviços. Ex.: serviço de revisão de máquinas e equipamentos com

fornecimento de peças;

II – Quando a prestação do serviço incluir fornecimento de mercadorias e não

estiver prevista na Lista Anexa da Lei Complementar nº 116/ 2003, incidirá

apenas o ICMS, sobre o preço total, incluído o serviço.

15 – Retenção na Fonte – ISSQN

A retenção do ISSQN será realizada nos serviços prestados em que o imp osto

seja devido no local de prestação do serviço, em conformidade com incisos de

I ao XXII, artigo 3º LC 116/2003 (relação específica).

O tomador de serviço é a pessoa jurídica que contrata o serviço

permanentemente em suas dependências, ou seja, o se rviço é contratado para

ser prestado diariamente, todos os dias do mês, uma terceirização da atividade

junto a contratante, nesse caso, o ISSQN é devido no local da prestação do

serviço.

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Outro fator importante para a retenção do ISSQN é o de que deve haver

previsão de retenção na Lei do Município em que foi prestado o serviço. Caso

não haja previsão não é devida a retenção.

Na prática, a empresa prestadora de serviço deve manter cópia da Lei

Municipal de cada município em que presta serviço, objetivando conhecer a

legislação específica para a emissão da Nota Fiscal com retenção ou não. Deve

observar, também, se a retenção exigida pelo municí pio está relacionada com

os serviços constantes os incisos I ao XXII, art.3º, LC 116/2003, pois poderá

pagar indevidamente o ISSQN na sede e o imposto ser devido no local de

execução do serviço.

A empresa que contrata o serviço também deve ficar atenta aos casos em que

é obrigatória a retenção do ISSQN, manter cópia da Lei Municipal em que está

estabelecida, a fim de acompanhar a legislação de seu Município.

Local onde é devido o ISSQN

Todas as hipóteses previstas nos incisos I ao XXII do artigo 3º da LC 116/2003

Seleção de alguns tópicos dos serviços especificado s nos incisos I

ao XXII:

I – Execução de Obras (7.02 e 7.19)

O imposto será devido no local da execução da obra, nos seguintes casos:

Item 7.02 da lista – Execução, por administração, empreitada ou

subempreitada, de obras de construção civil, hidráu lica ou elétrica e de outras

obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração d e poços, escavação,

drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a

instalação e montagem de produtos, peças e equipame ntos (exceto o

fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestad or de serviços fora do

local da prestação dos serviços, que fica sujeito a o ICMS).

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Item 7.19 da lista – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de

engenharia, arquitetura e urbanismo.

II – Edificações em Geral (7.05)

Item 7.05 da lista – Reparação, conservação e reforma de edifícios, est radas,

pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias

produzidas pelo prestador dos serviços, fora do loc al da prestação dos

serviços, que fica sujeito ao ICMS).

III – Fornecimento de Mão-de-obra (17.05)

Item 17.05 da lista – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter

temporário, inclusive de empregados ou trabalhadore s, avulsos ou

temporários, contratados pelo prestador de serviço.

Vejamos a seguinte situação

Uma empresa “A” de outro Estado que presta serviços de fornecimento de

mão de obra à empresa “B”, tem como prática emitir duas Notas Fiscais de

Serviços, sendo uma cobrando o reembolso das despes as com seus

funcionários à disposição da empresa “B”, nas quais a empresa “B” tem retido

e recolhido o ISSQN, e outra cobrando seus honorári os (taxa de

administração), e sobre a última Nota Fiscal a empr esa “B” não reteve o

ISSQN, por decisão superior, ficando por conta da e mpresa “A” o seu

recolhimento.

Importante frisar que, para este tipo de serviço pr estado, a Lei Complementar

116/2003, que dispõe sobre o imposto sobre serviços de qualquer natureza,

determina o seguinte:

(...)

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Art. 3 o O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do

estabelecimento prestador ou, na falta do estabelec imento, no local do

domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previs tas nos incisos I a XXII,

quando o imposto será devido no local:

(...)

XX – do estabelecimento do tomador da mão de obra ou, na falta de

estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no c aso dos serviços descritos

pelo subitem 17.05 da lista anexa;

17.05 – Fornecimento de mão de obra, mesmo em carát er temporário, inclusive

de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporár ios, contratados pelo

prestador de serviço.

Com base nos dados acima, entendemos que o ISSQN de veria ser retido sobre

todas as duas NFS's, pela empresa “B” uma vez que o serviço efetivamente

prestado é fornecimento de mão de obra, ainda que com cobrança em duas

NFS's, assim, a empresa “B” poderá ficar exposta em possível fiscalização na

esfera municipal, exigindo o ISSQN para o município onde foi prestado o

serviço.

16 – Não Incidência Tributária

O art. 2º da Lei Complementar nº 116/2003 determina as hipóteses em que o

ISSQN não incide. O contribuinte presta um serviço que, todavia, não é

tipificado como fato gerador do tributo.

As hipóteses de não incidência do ISSQN previstas no art. 2º da Lei

Complementar nº 116/2003 são:

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I – as exportações de serviços para o exterior do P aís;

Vale lembrar que nos serviços prestados no Brasil, a mando de tomador no

exterior, cujo resultado prático se verifique no território nacion al, o ISSQN será

devido, ainda que o pagamento do serviço tomado sej a feito por pessoa

residente em outro País. Assim, na realidade não ocorre a exportação do

serviço.

II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores

avulsos, dos diretores e membros de conselho consul tivo ou de conselho

fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sóci os-gerentes e dos

gerentes-delegados;

III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor

dos depósitos bancários, o principal, juros e acrés cimos moratórios relativos a

operações de crédito realizadas por instituições fi nanceiras.

17 – Não Incidência Sobre Locação de Bens Móveis

O artigo 1º da Lei Complementar 116/2003 dispõe que o ISSQN tem como fato

gerador a prestação de serviços constante na lista anexa.

A locação de bens móveis não constitui uma prestaçã o de serviços, apenas

disponibilização de um bem para utilização do locat ário sem a prestação de

um serviço.

Cabe destacar que não consta na lista de serviços anexa à Lei Complementar

que a locação de bens móveis como prestação de serviço. A locação de bens

móveis iria fazer parte do item 3.01 (Locação de bens móveis) da lista anexa da

Lei Complementar 116/2003, no entanto foi vetada pelo Presidente da

República.

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Adiante, a transcrição da razão ao veto pela presid ência:

Item 3.01 da Lista de serviços

"3.01 – Locação de bens móveis."

Razões do veto

Verifica-se que alguns itens da relação de serviços sujeitos à incidência do imposto merecem reparo, tendo em vist a decisões recentes do Supremo Tribunal Federal. São eles:

O STF concluiu julgamento de recurso extraordinário interposto por empresa de locação de guindastes, em que se discutia a constitucionalidade da cobrança do ISS s obre a locação de bens móveis, decidindo que a expressão " locação de bens móveis" constante do item 79 da lista de se rviços a que se refere o Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezemb ro de 1968, com a redação da Lei Complementar nº 56, de 1 5 de dezembro de 1987, é inconstitucional (noticiado no Informativo do STF no 207). O Recurso Extraordinári o 116.121/SP, votado unanimemente pelo Tribunal Pleno , em 11 de outubro de 2000, contém linha interpretativa no mesmo sentido, pois a "terminologia constitucional do imp osto sobre serviços revela o objeto da tributação. Conflita co m a Lei Maior dispositivo que imponha o tributo a contrato de locação de bem móvel. Em direito, os institutos, as expressões e os vocábulos têm sentido próprios, descabendo confundir a locação de serviços com a de móveis, práticas diversas regidas pelo Código Civil , cujas definições são de observância inafastável." Em assi m sendo, o item 3.01 da Lista de serviços anexa ao projeto d e lei complementar ora analisado, fica prejudicado, pois veicula indevida (porque inconstitucional) incidência do im posto sob locação de bens móveis.

Conforme a Súmula 31 do STF: "É inconstitucional a incidência do Imposto

sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) sobre o perações de locação de

bens móveis"

Cabe destacar que, se a empresa locar máquinas com operador, carros co m

motorista, etc. haverá a incidência do ISSQN, pois ocorre a prestação do

serviço. A base de cálculo do ISSQN, neste caso, será o valor do serviço

prestado (art. 7º da Lei Complementar 116/2003).

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A incidência de ISSQN sobre a locação de bens móvei s estava prevista no item

79 da Lista de Serviços anexa ao Decreto Lei nº 406/68, com redação dada pela

Lei Complementar nº 56/87.

18 – Fato Gerador

O fato gerador do ISSQN surge na realização do serv iço, indicando o momento

em que o imposto passa a incidir desde que o serviç o esteja relacionado na

Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003 como também nas leis dos

Municípios e do Distrito Federal.

Conforme o art. 1º da Lei Complementar nº 116/03, também constitui fato

gerador a prestação do serviço pela pessoa jurídica ou física ainda que esse

serviço não se constitua como atividade preponderante do prestador .

Constitui fato gerador, também, o serviço proveniente do exterior ou cuja

prestação se tenha iniciado no exterior.

19 – Base de cálculo

Como regra geral, a base de cálculo é o preço do serviço. Preço é tudo o que

for pago pela prestação do serviço, em dinheiro, be ns, serviços ou direitos.

Assim, a base de cálculo do ISSQN é o valor da contraprest ação devida pela

prestação do serviço.

A base de cálculo deve ter estrita ligação com o critério material da hipótese

de incidência. Portanto, a análise da base de cálculo serve como instrumento

para se verificar o atendimento do próprio critério material da hipótese de

incidência, contido no perfil constitucional do tri buto.

De acordo com o art. 14 do Decreto 10.514 de 1991, que regulamenta as

disposições legais relativas ao ISSQN do Município do Rio de Janeiro,

determina que o ISSQN é parte integrante e indissociável do preço do serviç o,

constituindo o seu destaque nos documentos fiscais mera indicação para fins

de controle e esclarecimento ao usuário do serviço. Acrescenta ainda que o

valor do ISSQN, quando cobrado em separado, integrará a base de cál culo.

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Exemplificando o exposto acima:

1 – parte integrante e indissociável do preço do se rviço – significa que o

ISSQN deve ser incluído no preço do serviço, assim, calculado por dentro.

Nessa hipótese o imposto destacado na Nota Fiscal é mera indicação p ara fins

de controle, portanto, este não deve ser somado ao valor da Nota Fiscal.

Cabe destacar que na Nota Fiscal de Serviço deve constar a expressão: “O

Imposto sobre Serviços, já incluído no preço, foi c alculado pela alíquota de 5%

de acordo com a Lei”.

Cálculo do ISS por dentro de 5%

Nota Fiscal de Serviços Valores em Reais

Preço do Serviço sem ISS 10.000,00

ISS por dentro de 5% = R$ 10.000,00 / 0,95 = 10.52 6,32

Valor Total da Nota Fiscal 10.526,32

Registro de Apuração do ISS 10.526,32

Valor ISS devido de 5% 526,32

2 – quando cobrado em separado, integrará a base de cál culo – significa que o

prestador do serviço (contribuinte) ao escolher a f orma de calcular o ISSQN

por fora deve constar na Nota Fiscal de Serviços a expressão: “O Imposto

sobre Serviços foi calculado pela alíquota de 5% de acordo com a Lei”.

Vale lembrar que, na hipótese do item 2, o ISSQN in formado na Nota Fiscal de

Serviços deve ser somado ao valor do serviço para formar o v alor total da Nota

Fiscal consequentemente a base de cálculo do imposto.

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Cálculo do ISSQN por fora de 5%

Nota Fiscal de Serviços Valores em Reais

Preço do Serviço sem ISS 10.000,00

ISS por fora de 5% = R$ 10.000,00 x 5% = 500,00

Valor Total da Nota Fiscal 10.500,00

Registro de Apuração do ISS 10.500,00

Valor ISS devido de 5% 525,00

Artigo 7º da Lei Complementar nº 116/2003

Art. 7º A base de cálculo do imposto é o preço do s erviço.

§ 1º Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista anexa forem

prestados no território de mais de um Município, a base de cálculo será

proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrov ia, rodovia, dutos e

condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer na tureza, ou ao número de

postes, existentes em cada Município.

§ 2º Não se incluem na base de cálculo do Imposto S obre Serviços de

Qualquer Natureza:

I o valor dos materiais fornecidos pelo prestador d os serviços previstos nos

itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar;

Subitem 3.04

3.04 - Locação, sublocação, arrendamento, direito d e passagem ou permissão

de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e

condutos de qualquer natureza.

Com base no art. 7º, § 1º, da Lei Complementar nº 1 16/2003, nos contratos de

manutenção em linhas de transmissão, a base de cálculo será proporcional,

conforme o caso, à extensão da linha de transmissão existente em cada

Município.

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De acordo com o art. 7º, § 2º, da Lei Complementar nº 116/03, não se inclui na

base de cálculo do ISSQN o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos

serviços descritos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta Lei

Complementar.

Item 7.02 da lista

Execução, por administração, empreitada ou subempre itada, de obras de

construção civil, hidráulica ou elétrica e de outra s obras semelhantes,

inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,

terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instal ação e montagem de

produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias

produzidas pelo prestador de serviços, fora do loca l da prestação dos

serviços, que fica sujeito ao ICMS).

Vale lembrar, portanto, que o Item 7.02 – construção civil – o fornecimento de

mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação

dos serviços – fica sujeito ao ICMS.

Item 7.05 da lista

Reparação, conservação e reforma de edifícios, estr adas, pontes, portos e

congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador

dos serviços, fora do local da prestação dos serviç os, que fica sujeito ao

ICMS).

Importante destacar que o ISSQN é um imposto de competência dos

Municípios e do Distrito Federal, que através de Lei Ordinária o instituem, às

normas gerais estabelecidas pela lei complementar, a qual relaciona possíveis

serviços tributáveis pelo ISSQN, afastando possívei s conflitos de competência

entre as pessoas políticas em matéria tributária, f unção estabelecida pelo

artigo 146, I da Constituição, conforme ressaltou o Ministro Celso de Mello, do

Supremo Tribunal Federal, em voto no julgamento do Recurso Extraordinário

nº 116.121/SP.

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Cabe destacar que a Lei Complementar nº 116/03, est abelece as normas gerais

relativas ao ISSQN, compete a cada município instituir o tributo defin indo a

sua regra matriz de incidência tributária, em respeito ao princípio da repartição

de competências tributárias.

Conforme já mencionado, o critério material da hipótese de incidência do

ISSQN é "prestar serviço". Logo, a base de cálculo deve ter relação direta com

esse critério, ou seja, deve ter correlação com o v alor do serviço, considerado

como um fazer, um prestar, uma obrigação de fazer que ex ige um esforço

humano.

O Ministro do Supremo Tribunal Federal – STF Celso de Mello, em voto no

julgamento do Recurso extraordinário nº116.121/SP r eafirmou que:

A Constituição quando atribui competência impositiv a ao Município para

tributar serviços de qualquer natureza, não compree ndidos na competência

das outras pessoas políticas, exige que só se alcan cem, mediante incidência

do ISSQN, os atos e fatos que se possam qualificar, juridicam ente, como

serviços.

Assim, quando o artigo 8º da Lei Complementar nº 116/2003 determina que a

base de cálculo é o preço do serviço, este preço de ve se referir ao valor da

obrigação de fazer.

De acordo com De Plácido e Silva, o termo valor tem origem no latim e em

sentido econômico exprime "o grau de utilidade das coisas, ou bens, ou a

importância que lhes concedemos para a satisfação d e nossas necessidades",

em seu sentido jurídico o termo valor se refere ao preço "que se dar as coisas,

em razão das utilidades que possam produzir". No co mércio, existe o valor

intrínseco, correspondente ao custo e o valor merca ntil, o qual pode ser

superior ou inferior ao valor intrínseco.

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Já preço origina do latim pretium, é "o valor ou a avaliação pecuniária

atribuída a uma coisa". Enquanto que o custo é expr essão latina derivada de

constare , "empregada, na terminologia comercial, para indic ar o preço ou valor

exato de uma coisa ou de uma mercadoria, no local e m que é produzida ou

adquirida."

Contudo, quando ocorre a prestação de serviço de construção civil envolve o

fornecimento de materiais, os Municípios vêm tributando com o ISSQN o valor

total da nota fiscal, incluindo os materiais fornecidos e o preço do ser viço

realizado na base de cálculo do imposto.

Isso é inadmissível, tendo em vista que o fato do f ornecimento de materiais

(obrigação de dar) não se caracteriza à hipótese de incidência do ISSQN,

conforme afirma o tributarista Hugo de Brito Machad o.

Ocorre que o fato gerador do ISSQN não é o contrato, mas a pre stação do

serviço. É o fato da prestação do serviço, como um fato de significado

econômico. Assim, como o serviço é o mesmo, o impos to há de ser um só.

Não importa a existência de dois contratos, porque para os fins tributários o

que importa é o fato definido por lei como gerador da respectiva obrigação.

A base de cálculo do ISSQN incidente sobre prestaçõ es de serviço com

fornecimento dos materiais deve ser o preço do serviço feito, que empregou

esforço humano e constitui uma obrigação de fazer, excluindo-se o valor dos

materiais, por serem estranhos ao critério material da hipótese de incidência.

Os materiais fornecidos na prestação do serviço de construção não são

objetos de mercancia (mercadorias), mas bens corpóreos utilizados para a

realização de determinado empreendimento ou obra. Também, como já dito,

não constituem serviço, nem foram objeto de industr ialização por parte do

prestador de serviço. Tanto é verdade, que os prestadores de serviço de

construção civil não são contribuintes do ICMS, nem do IPI.

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19.1 – Importação de Serviços

O serviço contratados em moeda estrangeira, o preço será o valor resultante

da sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato

gerador.

19.2 – Deduções legais

Há situações em que se permite a dedução de determi nados valores da base

de cálculo do ISSQN.

O contribuinte prestador de serviços deverá manter arquivo dos comprovantes

das deduções legais. Os valores deduzidos estão suj eitos à verificação do

fisco municipal.

19.3 – Serviços de Construção Civil

Conforme o art. 50 do RISS-RJ – Decreto nº 10.514/1 991 a base de cálculo do

ISSQN relativo aos serviços de construção civil é o preço do próprio serviço,

sendo permitido a dedução do valor dos materiais fo rnecidos pelo prestador,

salvo os materiais que não se incorporam à obra exe cutada, tais como:

� madeiras e ferragens para barracão da obra, escoras , andaimes, tapumes,

torres e formas;

� ferramentas, máquinas, aparelhos e equipamentos;

� os adquiridos para a formação de estoque ou armazen ados fora dos

canteiros de obra, antes de sua efetiva utilização;

� aqueles recebidos na obra após a concessão do respe ctivo "habite-se".

Nas hipóteses de serviços de demolição, inclui-se n o preço dos serviços não

só o montante em dinheiro, mas também o recebimento em matérias

proveniente do desmonte.

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São indedutíveis para os fins de apuração da base d e cálculo do

imposto, os valores de materiais:

� cujos documentos não estejam revestidos das caracte rísticas ou

formalidades legais, previstas na legislação federa l, estadual ou municipal,

especialmente no que concerne à perfeita identifica ção do emitente, do

destinatário, do local da obra, consignada pelo emi tente da nota fiscal, bem

como das mercadorias e dos serviços;

� relativos a obras isentas ou não tributáveis;

� que não tenham sido escriturados no livro fiscal pr óprio.

19.4 – Agências de Viagens

Os serviços prestados por agências de viagens, quan do remunerados por

comissão, as agências de viagens e as agências de v iagens e turismo deverão

emitir a NFS-e pelo valor da comissão, contra o tom ador de serviços de

intermediação (empresas aéreas, hotéis e operadoras , dentre outros), inclusive

as receitas auferidas decorrentes:

� de diferenças entre os valores cobrados do usuário e os valores efetivos do

serviços

� agenciados (over price); e

� das passagens e hospedagens concedidas gratuitament e às empresas de

turismo,

� quando negociadas com terceiros.

19.5 – Agências de Publicidade e Propaganda

Os serviços prestados pelas agências de publicidade , poderá ser deduzido o

valor referente aos serviços executados por terceir os que emitam notas

fiscais, faturas ou recibos em nome do cliente e ao s cuidados da agência,

devendo conservar os documentos que comprovem a ope ração.

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Cabe destacar que a aquisição de bens e os serviços de terceiros serão

individualizados e inequivocamente demonstrados ao cliente por ordem e

conta de quem foram efetuadas despesas, mediante do cumentação fiscal hábil

e idônea, sob pena de integrar-se à base de cálculo , conforme estabelece o

RISS-RJ em seu art. 128, § único.

20 – Alíquotas

Conforme o art. 8º da Lei Complementar nº 116/2003, a alíquota máxima do ISSQN é de

5% (cinco por cento).

Segundo a Emenda Constitucional nº 37, de 12 de jun ho de 2002, e de acordo

com o art. 88 dos Atos das Disposições Constitucion ais Transitórias a alíquota

mínima do ISSQN é de 2% (dois por cento).

Para fins da retenção do ISSQN, em regra, aplicar-se-á a alíquota praticada no

Município onde o imposto será recolhido.

Cabe destacar que no Município do Rio de Janeiro, as alíquotas são as

previstas pelo art. 33 da Lei nº 691/1984 e suas alterações, regulamentado pelo

art. 19 do Decreto nº 10.514/1991.

21 – Pagamento do ISSQN

O Decreto nº 10.514 de 1991, art. 31 ao 41, esclarece sobre o pagamento do

ISSQN para o Município do Rio de Janeiro.

Importante destacar que, o art. 36 do referido disp ositivo legal mencionado

acima, disciplina que o contribuinte prestador do s erviço quando receber

dinheiro, bens ou direitos, como sinal, adiantament o ou pagamento antecipado

de preço, deverá pagar o ISSQN sobre os valores rec ebidos.

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Com base no exposto acima, e conforme o art. 191 do Decreto nº 10.514, o

estabelecimento prestador de serviços emitirá Nota Fiscal de Serviç os:

� sempre que executar serviços;

� quando receber adiantamentos, sinais ou pagamento a ntecipado, inclusive

em bens ou direitos.

Importante lembrar que, na hipótese de recebimentos antecipado, se o serviço

não for prestado e o sinal ou adiantamento for devo lvido ao cliente, o

contribuinte poderá cancelar o documento fiscal emitido, mediante reunião de

todas as suas vias e declaração dos motivos do canc elamento, bem como

estornar os respectivos valores no livro fiscal, por meio de lançamento à tinta

vermelha ou por lançamento em sistema eletrônico, c onforme o caso.

22 – Isentos ou Imunes

Para os prestadores de serviços que gozarem de isen ção ou imunidade

tributária não haverá retenção de ISSQN. Entretanto, estarão sujeitos a

declaração escrita, que confirme tal condição.

São isentos do ISSQN:

a) os profissionais ambulantes, jornaleiros e també m os localizados em feiras

livres e cabeceiras-de-feira;

b) as associações de classe, os sindicatos e respec tivas federações e

confederações, observado o parágrafo 1º do art. 5º do Decreto nº 10.514/91;

c) as associações culturais, recreativas e desporti vas, observado o parágrafo

1º do mesmo dispositivo;

d) os serviços de veiculação de publicidade prestad os por táxis autônomos e

táxis de cooperativas;

e) os espetáculos circenses nacionais e teatrais, c omo definidos na Seção XII

do Capítulo IX deste título;

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f) as promoções de concertos, recitais, shows, fest ividades, exposições,

quermesses e espetáculos similares, cujas receitas se destinem integralmente

a fins assistenciais;

g) os músicos, artistas e técnicos de espetáculos, definidos em lei;

h) os serviços de exibição de filmes cinematográfic os em salas ocupadas por

entidades brasileiras sem fins lucrativos;

i) os serviços de reforma, reestruturação ou conser vação de prédios de

interesse histórico, cultural ou de interesse para a preservação ambiental

respeitada as características arquitetônicas das fa chadas, com observância da

legislação específica;

j) os serviços de profissionais autônomos não estab elecidos;

k) os estudos e projetos contratados por empresas a dquirentes de lotes nos

pólos industriais criados pelo Município, desde que vinculados à construção

ou instalação dos respectivos estabelecimentos naqu eles locais, com

observância da legislação específica;

l) as obras de construção e as obras construídas se m licença, a legalizar em

áreas abrangidas por dispositivos específicos para habitações unifamiliares e

multifamiliares, construídas pelos próprios morador es, por profissionais

autônomos não estabelecidos ou em mutirão com vizin hos.

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23 – Sociedades Uniprofissionais e Profissionais Au tônomos

Lei nº 3.720, de 05 de Março de 2004

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara

Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. Os profissionais autônomos estabelecidos p agarão o Imposto Sobre

Serviços a partir de base de cálculo fixada nos ter mos da presente lei.

Parágrafo único. Entende-se por profissional autôno mo todo aquele que

fornecer o próprio trabalho, sem vínculo empregatíc io, com o auxílio de, no

máximo, três empregados que não possuam a mesma hab ilitação profissional

do empregador.

Art. 2º. Fica fixada em R$ 1.870,00 (mil oitocentos e setenta reais) a base de

cálculo mensal dos profissionais autônomos, aplicáv el tantas vezes quantas

forem as habilitações para o exercício das atividad es que integram a inscrição

no Cadastro de Atividades Econômicas da Secretaria Municipal de Fazenda.

Art. 3º. Ressalvado o disposto no art. 4º, o Impost o Sobre Serviços devido nos

termos do artigo anterior será recolhido trimestral mente, até o quinto dia útil

do mês seguinte a cada trimestre civil.

Parágrafo único. Nas hipóteses de inscrição nova, b aixa ou paralisação de

atividades ou outra circunstância que implique o nã o exercício profissional em

todo o trimestre, o Imposto Sobre Serviços será dev ido em relação ao número

de meses, ou fração de mês, do trimestre de efetivo exercício da atividade.

Art. 4º. O profissional autônomo que admitir mais d e três empregados ou um

ou mais empregados de mesma habilitação do empregad or prestador de

serviços recolherá o ISS, mensalmente, até o quinto dia útil seguinte ao do

mês de referência, nos seguintes termos:

I – fica fixada em R$ 1.870,00 (mil oitocentos e se tenta reais) a base de cálculo

estimada do titular da inscrição; e

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II – para cada empregado de mesma habilitação do em pregador, a base de

cálculo do ISS do empregador, de R$ 1.870,00 (mil o itocentos e setenta reais),

fica acrescida de R$ 1.870,00 (mil oitocentos e set enta reais).

Parágrafo único. O valor da base de cálculo estimad a, nos termos deste artigo,

será aplicado tantas vezes quantas forem as habilit ações para o exercício das

atividades que integram a inscrição do profissional autônomo no Cadastro de

Atividades Econômicas da Secretaria Municipal de Fa zenda.

Art. 5º. As sociedades constituídas de profissionai s para o exercício de

medicina, enfermagem, fonoaudiologia, medicina vete rinária, contabilidade,

agenciamento da propriedade industrial, advocacia, engenharia, arquitetura,

agronomia, odontologia, economia e psicologia que p restem serviços em

nome da empresa, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos

da lei aplicável, recolherão o Imposto Sobre Serviç os, mensalmente, até o

quinto dia útil seguinte ao do mês de referência, n os seguintes termos:

I – para cada profissional habilitado, sócio, empre gado ou não, até o número

de cinco, fica fixada em R$ 1.870,00 (mil oitocento s e setenta reais), por

profissional habilitado, a base de cálculo;

II – para cada profissional habilitado, sócio, empr egado ou não, que exceder a

cinco e até dez, fica fixada em R$ 2.805,00 (dois m il oitocentos e cinco reais),

por profissional habilitado excedente a cinco, a ba se de cálculo;

III – para cada profissional habilitado, sócio, emp regado ou não, que exceder a

dez, fica fixada em R$ 3.741,50 (três mil, setecent os e quarenta e um reais e

cinqüenta centavos), por profissional habilitado ex cedente a dez, a base de

cálculo.

Parágrafo único. Os valores previstos nos incisos I , II e III deste artigo aplicam-

se cumulativamente.

Art. 6º. Não se enquadram nas disposições do artigo anterior, devendo pagar o

Imposto Sobre Serviços tendo como base de cálculo o total das receitas

auferidas no mês de referência, as sociedades:

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I – cujos serviços não se caracterizem como trabalh o pessoal dos sócios, e

sim como trabalho da própria sociedade;

II – cujos sócios não possuam, todos, a mesma habil itação profissional;

III – que tenham como sócio pessoa jurídica;

IV – que tenham natureza comercial ou empresarial;

V – que exerçam atividade diversa da habilitação pr ofissional dos sócios.

Art. 7º. Aplicam-se aos contribuintes de que trata esta Lei as demais

disposições da Legislação Tributária Municipal, no que couber, inclusive as

relativas às sanções decorrentes do descumprimento das obrigações fiscais

instituídas.

Parágra único. São excluídas da retenção e do recol himento do Imposto Sobre

Serviços pelos respectivos usuários ou tomadores, d e que trata o art. 14 da Lei

nº 691/84, as operações de serviços realizadas pelo s prestadores profissionais

autônomos e sociedades constituídas de profissionai s autônomos, definidos

nesta Lei.

Art. 8º. Ficam alteradas, na forma deste artigo, as redações dos seguintes

dispositivos da Lei nº 691/84:

"Art. 33. (...)

(...)

II – (...)

(...)

5 - Serviços prestados por profissional autônomo es tabelecido e sociedade

constituída de profissionais, de que tratam os arts . 1º, 5º e 6º da Lei nº 3.720 de

5/03/2004 > 2%.

(...)

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12 - Serviços de administração de fundos quaisquer e de carteira de clientes,

previstos no subitem 15.01 da Lista do artigo 8º, e xceto de consórcio, de

cartão de crédito ou débito e congêneres, de cheque s pré-datados e

congêneres --> 2%.

13 - Serviços de agenciamento, corretagem ou interm ediação de títulos e

valores mobiliários prestados por instituições auto rizadas a funcionar pelo

Banco Central do Brasil e aqueles realizados no âmb ito de Bolsa de

Mercadorias e Futuros --> 2%.

(...) " (NR)

"Art. 35. (...)

(...)

V – quando o contribuinte for profissional autônomo estabelecido ou

sociedade constituída de profissionais, de que trat am os arts. 1º, 5º e 6º da Lei

nº 3.720, de 5/03/2004." (NR)

Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na data de sua pub licação.

CESAR MAIA

Sociedades Uniprofissionais e Profissionais Autônom os

Comentários

Os serviços prestados pelas sociedades uniprofissio nais, bem como, por

profissionais autônomos estabelecidos, estão excluí dos da retenção e do

recolhimento do ISSQN, pelos usuários e tomadores d e serviços.

Art. 7º

Aplicam-se aos contribuintes de que trata esta Lei as demais disposições da

Legislação Tributária Municipal, no que couber, inc lusive as relativas às

sanções decorrentes do descumprimento das obrigaçõe s fiscais instituídas.

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Parágrafo único

São excluídas da retenção e do recolhimento do Impo sto Sobre Serviços pelos

respectivos usuários ou tomadores, de que trata o a rt. 14 da Lei nº 691/1984,

as operações de serviços realizadas pelos prestador es profissionais

autônomos e sociedades constituídas de profissionai s autônomos, definidos

nesta Lei.

Destaques:

Nas sociedades uniprofissionais, os profissionais ( sócios, empregados ou

não) são habilitados ao exercício da mesma atividad e, prestando serviços de

forma pessoal, em nome da sociedade, assumindo resp onsabilidade pessoal.

Na prática, podem ser enquadradas como sociedades u niprofissionais,

habilitados para o exercício de medicina, enfermage m, fonoaudiologia,

medicina, veterinária, contabilidade, agenciamento da propriedade industrial,

advocacia, engenharia, arquitetura, agronomia, odon tologia, economia e

psicologia Para os efeitos do ISS, entende-se por p rofissional autônomo, todo

aquele que fornecer o próprio trabalho, sem vínculo empregatício, com o

auxílio de, no máximo, 3 (três) empregados que não possuam a mesma

habilitação profissional do empregador.

Os profissionais autônomos não estabelecidos estão dispensados da

obrigatoriedade de inscrever-se no Cadastro de Ativ idades Econômicas do

Município do Rio de Janeiro e do pagamento do ISS.

Assim, também não aplicar-se-á retenção do ISS nos serviços prestador por

esta categoria.

Entende-se como "não estabelecido" qualquer profiss ional que não tenha

estabelecimento fixo para o exercício de sua ativid ade.

O profissional autônomo nessa situação deve declara r, no verso do recibo de

pagamento:

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"Profissional autônomo não estabelecido, estando is ento do ISS e dispensado

de inscrição municipal, conforme art. Inciso XIX do artigo 12 da Lei nº 691/84

com as alterações da Lei 3.691/03 e § 2º do art. 15 3 do Decreto 10.514, de 08 de

outubro de 1991".

NOTA:

AS HIPÓTESES DE DISPENSA DE RETENÇÃO ACIMA, NÃO SE APLICAM AOS

PRESTADORES DE SERVÇOS LOCALIZADOS EM OUTROS MUNICÍ PIOS SEM

CADASTRO NO CEPOM.

24 – Responsabilidade pela retenção do ISSQN

Conforme o art. 3º do Decreto nº 28.248, de 30.07.2 007, do Rio de Janeiro,

ainda que isento ou imune, o tomador do serviço estabelecido no Município do

Rio de Janeiro será responsável pelo pagamento do ISSQN, devendo reter e

recolher o imposto, no caso em que o prestador de serviços emita documento

fiscal autorizado por qualquer outro município bras ileiro, se esse prestador

não estiver em situação regular no cadastro específ ico da Secretaria Municipal

de Fazenda da Prefeitura do Rio de Janeiro, e desde que o serviço prestado

esteja previsto nos subitens da relação constante d o Anexo I do Decreto nº

28.248, de 30/07/2007.

25 – Cadastro de Empresas Prestadoras de Outros Mun icípios

Ao prestador de serviços que emite documento fiscal autorizado por outro

município para tomador estabelecido no Município do Rio de Janeiro, torna-se

obrigatório o fornecimento de informações à Secreta ria Municipal de Fazenda -

SMF para que seja inscrito no Cadastro de Empresas Prestadoras de Ou tros

Municípios – CEPOM, conforme disposto no art. 14-A da Lei nº 691 de

24/12/1984, introduzido pela Lei nº 4.452, de 27/12/2006.

A obrigatoriedade refere-se aos serviços descritos no Anexo I do Decreto nº

28.248, de 30/07/2007.

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O cadastramento será feito via internet, com o pree nchimento da "Ficha de

Informações de Prestador de Outro Município", conforme Anexo III da

Resolução SMF nº 2.515, de 30/07/2007.

A partir de 1º de setembro de 2007, o tomador do se rviço estabelecido neste

município deverá consultar, via internet, a situaçã o cadastral do prestador de

serviços contratado, se este apresentar documento f iscal autorizado por outro

município, a fim de verificar se é responsável pela retenção e recolhimento do

ISS relativo ao serviço prestado, de acordo com os artigos 5º, 6º e 7º da

Resolução SMF nº 2.515, de 2007.

E-mail para esclarecimento de dúvidas : [email protected].

Site de consulta: dief.rio.rj.gov.br/cepom/

A Secretaria Municipal de Fazenda (SMF) funciona na Rua Afonso Cavalcanti,

nº 455/Anexo - Cidade Nova. O horário de atendiment o ao público é de 9 às 16

horas.

25.1 – Obrigatoriedade da Retenção

As premissas para que seja exigida a Retenção do IS SQN, independentemente

do local da execução da prestação do serviço, basta que estejam presentes os

requisitos relacionados abaixo:

a) prestador de serviço, pessoa jurídica, que emita documento fiscal

autorizado por outro município;

b) tomador do serviço, localizado no município do R io de Janeiro;

c) não estar o prestador devidamente cadastrado no CEPOM-RJ;

d) o serviço prestado, presente no Anexo I do Decreto nº 28.248, de 30/07/2007.

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25.2 – Serviços sujeitos a inscrição no CEPOM

1 Serviços de informática e congêneres

1.01 Análise e desenvolvimento de sistemas.

1.02 Programação.

1.03 Processamento de dados e congêneres.

1.04 Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos.

1.05 Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação.

1.06 Assessoria e consultoria em informática.

1.07 Suporte técnico em informática, inclusive instalaçã o, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados.

1.08 Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

2 Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza

2.01 Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza

3 Serviços prestados mediante locação, cessão de dire ito de uso e congêneres.

3.01 Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propa ganda.

3.02 Exploração de stands, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.

4 Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.

4.01 Medicina e biomedicina.

4.02 Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultrasonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres.

4.04 Instrumentação cirúrgica.

4.05 Acupuntura

4.06 Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.

4.07 Serviços farmacêuticos.

4.08 Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.

4.09 Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamen to físico, orgânico e mental.

4.10 Nutrição.

4.11 Obstetrícia.

4.12 Odontologia.

4.13 Ortóptica.

4.14 Próteses sob encomenda.

4.15 Psicanálise.

4.16 Psicologia.

4.18 Inseminação artificial, fertilização in vitro e con gêneres.

4.20 Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e m ateriais biológicos de qualquer espécie.

4.21 Unidade de atendimento, assistência ou tratamento m óvel e congêneres.

4.22 Planos de medicina de grupo ou individual e convêni os para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e cong êneres.

4.23 Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pag os pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário.

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5 Serviços de medicina e assistência veterinária e co ngêneres.

5.01 Medicina veterinária e zootecnia.

5.04 Inseminação artificial, fertilização in vitro e con gêneres.

5.06 Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e m ateriais biológicos de qualquer espécie.

5.07 Unidade de atendimento, assistência ou tratamento m óvel e congêneres.

5.08 Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento, alojamento e congêneres.

5.09 Planos de atendimento e assistência médico -veterinária.

7 Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, const rução civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e co ngêneres.

7.01 Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, ge ologia, urbanismo, paisagismo e congêneres.

7.03 Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organiza cionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenh aria; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivo s para trabalhos de engenharia.

7.06 Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congê neres, com material fornecido pelo tomador do serviço.

7.07 Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pis os e congêneres.

7.08 Calafetação.

7.13 Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunizaçã o, higienização, desratização, pulverização e congêneres.

7.18 Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartog rafia, mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos , geológicos, geofísicos e congêneres.

7.19 Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfila gem, concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros servi ços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos minerais.

7.20 Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres.

8 Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

8.02 Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional, avaliação de conhecimentos de qualquer natureza.

9 Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres.

9.02 Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres.

9.03 Guias de turismo.

10 Serviços de intermediação e congêneres.

10.1 Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio , de seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdên cia privada.

10.2 Agenciamento, corretagem ou intermediação de título s em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer.

10.3 Agenciamento, corretagem ou intermediação de direit os de propriedade industrial, artística ou literária.

10.4 Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercanti l (leasing), de franquia (franchising) e de faturizaç ão (factoring).

10.5 Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens m óveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive a queles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meio s.

10.6 Agenciamento marítimo.

10.7 Agenciamento de notícias.

10.8 Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veiculação por quaisquer meios.

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10.9 Representação de qualquer natureza, inclusive comer cial.

10.10 Distribuição de bens de terceiros.

11 Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres.

11.03 Escolta, inclusive de veículos e cargas.

12 Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.

12.13 Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de even tos, espetáculos, entrevistas, shows, ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, ó peras, concertos, recitais, festivais e congêneres.

13 Serviços relativos a fon ografia, fotografia, cinematografia e reprografia.

13.01 Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem, mixagem e congêneres.

13.02 Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, a mpliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres.

13.03 Reprografia, microfilmagem e digitalização.

13.04 Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zinc ografia, litografia, fotolitografia.

14 Serviços relativos a bens de terceiros.

14.01 Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, ve ículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer ob jeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

14.02 Assistência técnica.

14.03 Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

14.04 Recauchutagem ou regeneração de pneus.

14.05 Restauração, recondicionamento, acondicionamento, p intura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodi zação, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer.

14.06 Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equi pamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivame nte com material por ele fornecido.

14.07 Colocação de molduras e congêneres.

14.08 Encadernação, gravação e douração de livros, revist as e congêneres.

14.09 Alfaiataria e costura, quando o material for fornec ido pelo usuário final, exceto aviamento.

14.10 Tinturaria e lavanderia.

14.11 Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral.

14.12 Funilaria e lanternagem.

14.13 Carpintaria e serralheria.

17 Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico , contábil, comercial e congêneres.

17.01 Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens d esta lista; análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer natureza, inclusive cadastr o e similares.

17.02 Datilografia, digitação, estenografia, expediente , secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, interpretação, revisão, t radução, apoio e infra-estrutura administrativa e congêneres.

17.03 Planejamento, coordenação, programação ou organizaç ão técnica, financeira ou administrativa.

17.04 Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-obra.

17.06 Propaganda e publicidade, inclusive promoção de ven das, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários.

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17.07 Franquia (franchising).

17.08 Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnic as.

17.10 Organização de festas e recepções; bufê (exceto o f ornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

17.11 Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros.

17.12 Leilão e congêneres.

17.13 Advocacia.

17.14 Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica.

17.15 Auditoria.

17.16 Análise de Organização e Métodos.

17.17 Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza.

17.18 Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxili ares.

17.19 Consultoria e assessoria econômica ou financeira.

17.20 Estatística.

17.21 Cobrança em geral.

17.22 Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consul ta, cadastro, seleção, gerenciamento de informações, administração de cont as a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operações de faturização (fac toring).

17.23 Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres.

18 Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.

18.01 Serviços de regulação de sinistros vinculados a con tratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.

19 Serviços de distribuição e venda de bilhetes e dema is produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêm ios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

19.01 Serviços de distribuição e venda de bilhetes e dema is produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêm ios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

23 Serviços de programação e comunicação visual, desen ho industrial e congêneres.

23.01 Serviços de programação e comunicação visual, desen ho industrial e congêneres.

24 Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placa s, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

24.01 Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placa s, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

25 Serviços funerários.

25.01 Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou esquifes; aluguel de capela ; transporte do corpo cadavérico; fornecimento de flo res, coroas e outros paramentos;desembaraço de certidão de óbito; fornec imento de véu, essa e outros adornos; embalsamamento, embelezamento, conservação ou restauração de cadáveres.

25.03 Planos ou conv ênio funerários.

25.04 Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios.

26 Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspon dências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas ag ências franqueadas; courrier e congêneres.

26.01 Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspon dências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas ag ências franqueadas; courrier e

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congêneres. 27 Serviços de assistência social.

27.01 Serviços de assistência social.

28 Serviços de avaliação de bens e serviços de qualque r natureza.

28.1 Serviços de avaliação de bens e serviços de qualque r natureza.

29 Serviços de biblioteconomia.

29.1 29.01 Serviços de biblioteconomia.

30 Serviços de biologia, biotecnologia e química.

30.01 Serviços de biologia, biotecnologia e química.

31 Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletr otécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.

31.01 Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletr otécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.

32 Serviços de desenhos técnicos.

32.01 Serviços de desenhos técnicos.

33 Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, des pachantes e congêneres.

33.01 Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, des pachantes e congêneres.

34 Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres.

34.01 Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres.

35 Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jor nalismo e relações públicas.

35.01 Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e re lações públicas.

36 Serviços de meteorologia.

36.01 Serviços de meteorologia.

37 Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

37.01 Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

38 Serviços de museologia.

38.01 Serviços de museologia.

39 Serviços de ourivesaria e lapidação.

39.01 Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o mater ial for fornecido pelo tomador doserviço).

40 Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.

40.01 Obras de arte sob encomenda.

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25.3 – Resolução SMF Nº 2.515, de 30 de julho de 20 07

Alterada pela Resolução nº 2.660 , de 29 de abril de 2011, publicado no D.O. Rio

de 04 de maio de 2011.

Disciplina o fornecimento de informações por pessoa jurídica que

prestar serviço no Município do Rio de Janeiro com emissão de

documento fiscal autorizado por outro município e a resp onsabilidade

tributária atribuída ao tomador desse serviço, nos casos que menciona.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA, no uso das atrib uições que lhe são

conferidas pela legislação em vigor,

CONSIDERANDO a necessidade de determinar os procedi mentos para o

cumprimento das disposições do Decreto 28.248, de 3 0 de julho de 2007, que

regulamenta o fornecimento de informações de que tr ata o art. 14-A da Lei n.º

691, de 24 de dezembro de 1984, e dispõe sobre a re sponsabilidade tributária

prevista no inciso XXII do art. 14 da mesma lei, am bas as normas

acrescentadas pela Lei n.º 4.452, de 27 de dezembro de 2006,

RESOLVE:

Seção I

Do Fornecimento de Informações

Art. 1º A pessoa jurídica que prestar serviço relac ionado no Anexo I para

tomador estabelecido no Município do Rio de Janeiro , com emissão de

documento fiscal autorizado por outro município, de verá fornecer

informações, inclusive a seu próprio respeito, à Se cretaria Municipal de

Fazenda da Prefeitura do Rio de Janeiro, nos termos e condições dispostos no

Decreto 28.248, de 2007 e disciplinados nesta Resol ução.

Parágrafo único. Ficam dispensadas da obrigação de que trata o caput:

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I – a empresa prestadora do serviço proveniente do exterior do País ou cuja

prestação se tenha iniciado no exterior do País; e

II – a pessoa jurídica que prestar, para tomador estabe lecido no Município do

Rio de Janeiro, exclusivamente serviço discriminado no Anexo II, desde que tal

prestação seja destinada a:

a – empresa de seguros privados, no caso de atendim ento ao segurado em

razão da ocorrência do sinistro previsto na apólice de seguro; e

b – operadora de planos privados de assistência à s aúde, no caso de

atendimento ao beneficiário do plano conforme deter minação expressa no

contrato.

25.4 – Órgãos da Administração Direta e Indireta Mu nicipal

Os órgãos integrantes da Administração Direta e Ind ireta do Município do Rio

de Janeiro, inclusive suas fundações, empresas públ icas e sociedades de

economia mista, devem efetuar, como fonte pagadora, a retenção do ISSQN

quando do pagamento aos prestadores pelos serviços relacionados no Anexo

do Decreto nº 24.113, de 14/04/2004, com as alteraç ões do Decreto nº 24.170,

de 06/05/2004.

Importante destacar que a responsabilidade referida acima, ocorrerá, apenas,

nos casos em que o imposto seja devido ao município do Rio de Janeiro.

DECRETO Nº 24.113 DE 14 DE ABRIL DE 2004

Altera a regulamentação das disposições da Lei nº 2 .538, de 3 de março de

1997, que dispõe sobre a retenção do ISS pelos órgã os da Administração

Direta e Indireta do Município.

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O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de s uas atribuições

legais, e CONSIDERANDO as modificações introduzidas na Legislação

Tributária Municipal pela Lei nº 3.691, de 28 de no vembro de 2003, que, em face

da Lei Complementar Federal nº 116, de 31 de julho de 2003, trouxe novas

definições de domicílio tributário para fins do Imp osto sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISS);

CONSIDERANDO que as normas da citada Lei nº 3.691/2 003 implicaram a

revogação de algumas das hipóteses de retenção do I SS, pelos órgãos da

Administração Direta e Indireta Municipal, prevista s na Lei nº 2.538, de 3 de

março de 1997;

CONSIDERANDO que a mesma Lei nº 3.691/2003 alterou o inciso XX do art. 14

da Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1984, criando n ovas hipóteses de

responsabilidade tributária nos casos em que mencio na, quando o prestador

de serviços não estiver estabelecido no Município d o Rio de Janeiro;

CONSIDERANDO que a Lei nº 3.477, de 19 de dezembro de 2002, alterou as

alíquotas dos serviços de arrendamento mercantil e dos serviços de

elaboração de programas de computador sob encomenda , cadastrados como

desenvolvidos no país, ambas para 2%;

CONSIDERANDO que a Lei nº 3.720, de 5 de março de 2 004, fixou, nos casos

que menciona, as bases de cálculo do ISS; e CONSIDE RANDO a necessidade

de uniformizar e consolidar os procedimentos relati vos às retenções do ISS

pelos órgãos da Administração Direta e Indireta do Município;

DECRETA:

Art. 1º Os órgãos incumbidos da execução orçamentár ia e do controle

contábilfinanceiro do Município farão, a partir da data de entrada em vigor

deste Decreto, a retenção do ISS quando do pagament o, aos prestadores

contratados pela administração direta, dos serviços que estejam relacionados

no Anexo, observado o disposto no art. 3º.

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§ 1º A Superintendência do Tesouro Municipal emitir á comprovante de

retenção do ISS na fonte, extraído do sistema de co ntabilidade e

individualizado por documento fiscal, e o entregará ao prestador do serviço no

ato da realização do pagamento.

§ 2º Mensalmente, a Superintendência do Tesouro Mun icipal remeterá à

Coordenadoria do Imposto sobre Serviços e Taxas, pr eferencialmente em meio

magnético, a relação dos pagamentos efetuados com r etenção do ISS,

identificando o nome do prestador do serviço, o seu CNPJ (MF), o número e a

espécie do documento emitido, o valor do ISS retido , a data da retenção e o

total das retenções no mês, com base nos registros do sistema de

contabilidade.

Art. 2º Os órgãos da Administração Indireta do Muni cípio do Rio de Janeiro,

inclusive suas fundações, empresas públicas e socie dades de economia mista,

farão, a partir da dada de entrada em vigor deste D ecreto, a retenção do ISS

quando do pagamento aos prestadores dos serviços qu e estejam relacionados

no Anexo, observado o disposto no art. 3º.

§ 1º O valor do ISS retido, de que trata o caput de ste artigo, deverá ser

repassado aos cofres do Tesouro Municipal até o dia 10 (dez) do mês

imediatamente subseqüente ao da retenção.

§ 2º A retenção do imposto será consignada no docum ento fiscal emitido pelo

prestador do serviço e comprovada mediante declaraç ão do órgão pagador

efetuada em uma das vias pertencentes ao prestador, ou em documento em

separado, revestido das formalidades legais.

§ 3º Em substituição aos registros no livro fiscal modelo 3 – Registro de

Apuração do ISS, as fontes pagadoras referidas no c aput deste artigo poderão

elaborar, com base nos lançamentos de seu sistema d e contabilidade,

listagens mensais dos pagamentos efetuados com rete nção do ISS,

identificando o nome do prestador do serviço, o seu CNPJ (MF), o número e

espécie do documento emitido, o valor do ISS retido , a data da retenção e o

total das retenções no mês.

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§ 4º As listagens referidas no parágrafo anterior d everão ser encadernadas em

lotes de, no máximo, 200 folhas e mantidas à dispos ição do Fisco Municipal

pelo prazo de cinco anos, contado da data dos pagam entos efetuados.

§ 5º Não se aplica o disposto no § 1º quando o tota l das importâncias retidas

de todos os prestadores de serviços for inferior a R$ 15,00 (quinze reais);

nesse caso, as pessoas jurídicas responsáveis pela retenção deverão:

a) aguardar até que a soma das importâncias retidas dos prestadores de

serviços iguale ou supere esse valor, repassando-a aos cofres públicos até o

dia 10 (dez) do mês imediatamente subseqüente ao da retenção que

suplementou o valor mínimo de recolhimento;

b) repassar aos cofres públicos, no penúltimo dia ú til do exercício financeiro,

as importâncias retidas que não tenham totalizado R $ 15,00 (quinze reais).

§ 6º Ao valor a que se refere o parágrafo anterior se aplicam, a partir de 1o de

janeiro de 2005 inclusive, os critérios fixados nos arts. 2º e 3º da Lei nº 3.145,

de 8 de dezembro de 2000, realizando-se o arredonda mento para o número

inteiro mais próximo, sem que restem casas decimais , segundo os seguintes

critérios:

I – acrescentando-se de uma unidade a parte inteira , se as casas decimais

forem iguais ou maiores do que 0,50 (cinqüenta cent ésimos);

II – eliminando-se a parte fracionária, se as casas decimais forem inferiores a

0,50 (cinqüenta centésimos).

Art. 3º Nas hipóteses previstas neste Decreto, o IS S será retido dos

prestadores de serviços estabelecidos no Município do Rio de Janeiro,

pessoas jurídicas, que receberem do Tesouro Municip al, ou dos órgãos da

administração indireta ou fundacional, pagamento de serviços cuja prestação

tenha ocorrido a partir de 1º de janeiro de 2004.

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Parágrafo único. Nas atividades relacionadas nos it ens 2 e 3 do Grupo I e nos

Grupos II, III, IV e IX do Anexo deste Decreto, a r etenção de que trata este

artigo será feita independentemente do local onde e stejam domiciliados,

sediados ou estabelecidos os prestadores dos serviç os.

Art. 4º Os contribuintes cujas atividades estejam p revistas no item 3 do Grupo

I e nos Grupos XIII e XIV do Anexo deste Decreto de verão especificar, nos

documentos fiscais que emitirem, os valores relativ os, conforme o caso, aos

materiais incorporados à obra ou a peças e partes e ventualmente aplicadas no

serviço, a fim de que esses valores sejam excluídos do valor total do

documento fiscal, para determinação da base de cálc ulo do imposto a ser

retido.

Parágrafo único. A falta de especificação implicará retenção sobre o valor total

do documento emitido, garantido o direito de o cont ribuinte creditar-se dos

valores relativos àqueles materiais na escrituração fiscal.

Art. 5º No cumprimento do disposto neste Decreto, l evar-se-ão em

consideração as hipóteses de responsabilidade tribu tária definidas no inciso

XX do art. 14 da Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1 984, inciso introduzido pela

Lei nº 3.691, de 28 de novembro de 2003.

Art. 6º O disposto neste Decreto não se aplica aos profissionais autônomos

estabelecidos, inclusive àqueles que admitirem mais de três empregados ou

um ou mais empregados de mesma habilitação do empre gador prestador de

serviços, e às sociedades constituídas de profissio nais para o exercício de

medicina, enfermagem, fonoaudiologia, medicina vete rinária, contabilidade,

agenciamento da propriedade industrial, advocacia, engenharia, arquitetura,

agronomia, odontologia, economia e psicologia que p restem serviços em

nome da empresa, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos

da lei aplicável, das quais trata o art. 5º, observ ado o art. 6º, ambos da Lei nº

3.720, de 5 de março de 2004.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 14 de abril de 2004 - 440º da Funda ção da Cidade CESAR MAIA

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D.O. RIO 15.04.2004

ANEXO

Grupo Descrição do Serviço Base de Cálculo Alíquota

I 1 – Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia 2 – . Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo.

Preço total do serviço 3%

3. Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção hidráulica, d e construção civil, de escoramento e contenção de encostas, de reparação de edifícios, estradas viadutos, pontes, portos e congêneres, inclusive serviços auxiliares ou obras complementares e obras semelhantes.

Preço total do serviço, deduzido dos valores relativos ao material incorporado à obra. Obs.: Para dedução, os valores relativos ao material incorporado à obra deverão estar informados no documento fiscal.

3%

Grupo Descrição do Serviço Base de Cálculo Alíquota

II Guarda, vigilância e segurança de bens e pessoas. Preço total do serviço 5%

III Limpeza, manutenção e conservação de imóveis, inclusive logradouros e áreas públicas.

Preço total do serviço. 5%

IV Coleta e remoção de lixo, inclusive varrição, lavag em e capinação de vias e logradouros públicos, limpeza de praias, túneis, córregos, valas, galerias pluvia is, bueiros e caixas de ralo e assistência sanitária.

Preço total do serviço. 5%

V “Leasing” de bens móveis Preço total do serviço. 2%

VI Assessoria e consultoria de qualquer natureza. Preço total do serviço. 5%

VII Auditoria em geral. Preço total do serviço. 5%

VIII Propaganda e publicidade. Preço total do serviço. 3%

IX Fornecimento de mão -de-obra. Preço total do serviço. Obs.: No caso de mão-de-obra temporária regida pela Lei Federal nº 6.019, de 03 de janeiro de 1974, a base de cálculo é o valor da comissão ou taxa de serviço auferida pela agência (deduzem-se do preço total do serviço os salários e os encargos), desde que esta esteja devidamente habilitada perante o Ministério do Trabalho.

5%

X Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia, fotolitografia e confecção de carimbos.

Preço total do serviço. 5%

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Grupo Descrição do Serviço Base de Cálculo Alíquota

XI 1 – Geração de programas de computador sob encomenda, cadastrados como desenvolvidos no país. 2 – Demais serviços de informática.

Preço total do serviço . Preço total do serviço.

2%

5%

XII Assistência técnica em geral. Preço total do serviço . 5%

XIII Lubrificação, limpeza e revisão de máquinas, veículos, aparelhos e equipamentos.

Preço total do serviço , com exclusão das peças eventualmente aplicadas no serviço. Obs.: Para exclusão, a aplicação de peças deverá estar comprovada por nota fiscal de venda mercantil.

5%

XIV Conserto, restauração, manutenção e conservação de máquinas, veículos, motores, elevadores e quaisquer objetos, inclusive recondicionamento de motores.

Preço total do serviço , com exclusão das peças e partes eventualmente aplicadas no serviço. Obs.: Para exclusão, a aplicação de peças e partes deverá estar comprovada por nota fiscal de venda mercantil.

5%

Nota:

Registre-se que os casos previstos no Anexo do Decr eto nº 24.113/2004, com a

redação dada pelo Decreto nº 24.170/2004, deverá ta mbém ser observado, para

efeito de retenção e recolhimento, as hipóteses de responsabilidade tributária

previstas para as demais pessoas jurídicas privadas , conforme já mencionado

acima.

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25.5 – RESOLUÇÃO SMF Nº 2.617 DE 17 DE MAIO DE 2010 (DO Rio

18/05/2010)

Já com as alterações introduzidas pelas Resoluções 2.619/2010, 2.622/2010,

2.626/2010, 2.628/2010 e 2.631/2010.

Dispõe sobre procedimentos relativos à emissão da N ota Fiscal de Serviços

Eletrônica – NFS-e – NOTA CARIOCA e dá outras provi dências.

Art. 1º A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica – NFS- e – NOTA CARIOCA,

documento fiscal referente ao Imposto sobre Serviço s de Qualquer Natureza –

ISS, instituída pela Lei nº 5.098, de 15 de outubro de 2009, será emitida por

prestador de serviços estabelecido no Município do Rio de Janeiro:

I – sempre que executar serviço;

II – quando receber adiantamento, sinal ou pagament o antecipados, inclusive

em bens ou direitos.

§ 1º A NFS-e – NOTA CARIOCA será emitida eletronica mente em sistema

próprio da Prefeitura por meio do aplicativo dispon ibilizado na Internet, no

endereço eletrônico https://notacarioca.rio.gov.br.

§ 2º Na hipótese do inciso II do caput, se o serviç o não for prestado e o sinal

ou adiantamento for devolvido ao cliente, o contrib uinte deverá cancelar a

NFS-e – NOTA CARIOCA emitida, nos termos do art. 19 .

§ 3º A emissão de NFS-e – NOTA CARIOCA não depender á de Autorização de

Impressão de Documentos Fiscais – AIDF.

Art. 2º Ficarão obrigados a emitir NFS-e – NOTA CAR IOCA, desde que não

vedados nos termos do art. 5º, observado o disposto no art. 4º:

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I – a partir de 1º de agosto de 2010, os prestadore s de serviços com receita

bruta no ano de 2009 igual ou superior a R$ 240.000 ,00 (duzentos e quarenta

mil reais), desde que não isentos ou não imunes ao ISS;

II – a partir de 1º de novembro de 2010, os demais prestadores, desde que não

isentos ou não imunes ao ISS; (Nova redação dada pela Resolução nº 2.631 de

31/08/2010)

III – a partir de 1º de dezembro de 2010, os presta dores isentos ou imunes ao

ISS.

§ 1º Terá adesão facultativa ao sistema da NFS-e – NOTA CARIOCA o

Microempreendedor Individual – MEI, conforme defini do no art. 18-A da Lei

Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2 006.

§ 2º Para efeito do disposto no inciso I do caput:

I – considera-se receita bruta o produto da venda d e bens e serviços nas

operações de conta própria, o preço dos serviços pr estados e o resultado nas

operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os

descontos incondicionais concedidos;

II – o limite de receita bruta refere-se a todos os estabelecimentos do prestador

situados no Município do Rio de Janeiro;

III – na hipótese de início de atividade no próprio ano de 2009, o limite de

receita bruta será proporcional ao número de meses contados desde o início

de atividade do prestador, inclusive fração de mese s.

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25.6 – Cancelamento Nota Fiscal Carioca

O site da Prefeitura do Rio de Janeiro: https://notacarioca.rio.gov.br , Perguntas

e Respostas, orienta o procedimento que deve ser adotado no ca so de

cancelamento e substituição de Notas Fiscais de Serviços, conforme abaixo:

7.10 – Pode-se cancelar NFS-e emitida?

Sim, mas só se admite o cancelamento da NFS-e quand o o serviço não tiver

sido prestado ou quando tiver ocorrido duplicidade de emissão para o mesmo

serviço.

O cancelamento da NFS-e deverá ser solicitado pelo emitente, no Portal a Nota

Carioca, e, como regra geral, será autorizado autom aticamente quando

solicitado dentro do prazo.

E qual é o prazo?

É de 60 ou de 120 dias, dependendo dos serviços pre stados. Para quase todos

os serviços, o prazo para cancelamento é de 60 dias . As exceções são:

a) “Serviços de saúde, assistência médica e congêne res”, que são os serviços

compreendidos no item 4 da Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº

116, de 31 de julho de 2003, e

b) “Serviços relativos a hospedagem, turismo, viage ns e congêneres”, que são

os serviços compreendidos no item 9 da Lista de ser viços anexa à Lei

Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.

Para os serviços listados em “a” e “b”, acima, o pr azo é de 120 dias.

Passado o prazo, a nota ainda poderá ser cancelada, mas não

automaticamente. O pedido ficará pendente de autori zação, e seu deferimento

deverá ser requerido por processo.

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O prazo não é o único critério para o deferimento a utomático. Isso quer dizer

que há Notas Cariocas que, mesmo dentro dos prazos comentados acima, não

poderão ser canceladas automaticamente ficando o pe dido pendente de

deferimento. Isso se aplica dois casos:

1) A NFS-e está associada a uma guia quitada, e o v alor do ISS devido na nota

é superior a R$ 5.000,00.

2) A NFS-e foi emitida com indicação de retenção do ISS pelo prestador ou

pelo intermediário, e o tributo já foi pago (qualqu er que seja o seu valor).

Nas hipóteses em que o cancelamento da NFS-e depend a de deferimento

(depois do prazo, ISS na nota acima de R$ 5.000,00, pago, e casos de

retenção), o solicitante deverá protocolar petição e apresentar documentos

que complementarão o pedido de cancelamento da Nota Carioca na Gerência

de Fiscalização a que estiver vinculada a inscrição municipal do emitente. Em

se tratando de solicitação de cancelamento de NFS-e cujo imposto tenha sido

retido e pago pelo tomador ou intermediário, caberá ao prestador do serviço

solicitar o cancelamento no sistema da Nota Carioca e ao prestador ou

intermediário, apresentar, no plantão fiscal da Ger ência de Fiscalização a que

estiver vinculada sua inscrição municipal, uma peti ção fundamentada.

O Sistema não permite cancelar-se uma NFS-e quando ela estiver vinculada a

uma guia de recolhimento não quitada. O cancelament o de Nota Carioca

vinculada a guia de recolhimento emitida e não paga , ou não integralmente

quitada com a utilização de créditos disponíveis no sistema, dependerá do

prévio cancelamento dessa guia. Para isso, no menu “Consultas”, opção

”Notas Fiscais”, na aba “Notas Emitidas”, é disponi bilizado, na coluna Status,

o link “Cancelar”, o qual deverá ser clicado para r ealizar-se a operação.

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NOTAS:

1 – Impedimento de cancelamento de NFS-e pelo não p agamento

dos serviços prestados

O fato gerador do ISSQN é a prestação do serviço. C aso tenha sido emitida

uma NFS-e para um serviço efetivamente prestado, o ISSQN será devido e não

será possível seu cancelamento simplesmente pelo mo tivo do serviço não ter

sido pago pelo tomador. Portanto, nesse caso não po derá cancelar a NFS-e,

esteja o imposto pago ou não.

2 – Impedimento de cancelamento da NFS-e se não hou ve

devolução do pagamento antecipado

Caso a NFS-e tenha sido emitida em decorrência de o prestador ter recebido

adiantamento, sinal ou pagamento antecipado, mas o serviço não tenha sido

prestado, a NFS-e somente poderá ser cancelada se e fetivamente ocorrer a

devolução ao cliente da quantia paga antecipadament e.

3 - O prestador do serviço deverá comunicar o cance lamento da NFS-e ao

tomador.

7.11 – Pode-se substituir NFS-e emitida?

Sim. A substituição da NFS-e é indicada quando, ten do sido prestado o

serviço, houver necessidade de correção ou alteraçã o de alguma informação

nesse documento fiscal. Ela consiste em uma dupla o peração: o cancelamento

de uma NFS-e emitida incorretamente e a emissão de uma nova NFS-e para

substituí-la.

A substituição da NFS-e deverá ser solicitada pelo emitente, no Portal da Nota

Carioca, e, como regra geral, será autorizado autom aticamente quando

solicitado dentro do prazo.

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A competência da NFS-e substituta será sempre IGUAL à competência da NFS-

e substituída, a não ser quando o ISS da NFS-e resp ectiva for retido na fonte e

puder ter a competência alterada.

7.12 – Após a emissão da NFS-e, pode-se alterá-la?

Não. Caso a NFS-e tenha sido emitida com erro, pode rá ser substituída.

Consulte, também, Pergunta nº. 7.11.

26 – Responsabilidade Tributária do Tomador de Serv iços

A responsabilidade tributária determinada por força de Lei e de

recomendações dos órgãos de Controle (TCU), para as pessoas jurídicas de

sociedades de economia mista, somente poderá firmar contratos e efetuar os

respectivos pagamentos junto a fornecedores, prestadores de serviços e

empreiteiros que comprovem REGULARIDADE FISCAL e TRABALHISTA,

devendo esta condição perdurar durante todo o prazo contratual e até a data

do último pagamento devido.

Importante destacar que para qualquer pagamento o Órgão Gestor da

Contratante deverá verificar a comprovação:

� da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT ;

� da Certidão Negativa de Débitos para com o INSS – C ND;

� do Certificado de Regularidade do FGTS.

De acordo com as recomendações da Controladoria Geral da União (CGU) a

empresa deverá efetuar consulta prévia ao Cadastro Informativo de Créditos

Não Quitados do Serviço Público Federal – CADIN, quando da celebração de

Contratos e Aditivos, em obediência ao disposto na Lei nº 10.522/2002

juntando ao respectivo processo a comprovação da consulta.

Na hipótese da prestação de serviços envolver a cessão de mão-de-obra em

favor do tomador de serviços, como medida de segurança jurídica, a empresa

tomadora deve verificar a idoneidade da prestadora de serviç os e de seus

controladores, exigindo a apresentação de certidões negativas de natureza

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previdenciária, tributária, cíveis e criminais, bem como, pesquisa minuciosa

sobre o conceito dessa empresa no mercado em que atua.

Quanto ao respeito à legislação trabalhista, a empresa tomadora pode solicitar

a apresentação de certidão negativa de ações trabalhi stas e procedimentos

administrativos perante o Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério

Público do Trabalho.

A empresa tomadora de serviços deve exigir que todos os trabalhadores

colocados à sua disposição estejam com seus contratos de trabalho

devidamente assinados e que lhes sejam garantidos todos os direitos

assegurados por Lei.

A sociedade de economia mista devem cumprir as exigências e as obrigações

a partir de 01/02/2004, no tocante à retenção na fonte de IRPJ, da CCLL,

COFINS e PIS/PASEP sobre os pagamentos efetuados a pessoas jurídicas,

pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral instituída pela

Lei nº 10.833, de 29/12/2003 em seus artigos 30 a 3 6.

27 – Retenção na Fonte de Optante pelo Simples Naci onal

A responsabilidade tributária referente aos serviços tomados de

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, inscrita s no SIMPLES Nacional,

está prevista na Resolução SMF nº 2.569/09, e deter mina que a opção do

prestador do serviço pelo regime do SIMPLES Naciona l não dispensa o

tomador de reter e recolher o ISSQN, nas hipóteses em que esse tomador é

indicado como responsável tributário.

Caso tenha havido a retenção na fonte do ISSQN, o m esmo será definitivo e

deverá ser deduzida a parcela do Simples Nacional a ele corres pondente.

No caso dos serviços previstos no § 2º do art. 6º d a Lei Complementar

116/2003, prestados pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte,

o tomador do serviço deverá reter o montante correspondente na forma da

legislação do município onde estiver localizado, que será abatido do valor a

ser recolhido na forma do § 3º do art. 21 da Lei Complementar 123/2006.

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A retenção na fonte de ISSQN das Microempresas ou d as Empresas de

Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional soment e será permitida se

observado o disposto no art. 3º da Lei Complementar 116/2003.

27.1 – Exclusão da retenção do optante pelo Simples Nacional

Quanto ao prestador do serviço, inscrito no SIMPLES Nacional, submetido à

tributação por valor fixo mensal, nesse regime, não cabe a retenção na fonte

do ISSQN, desde que essa condição seja informada no documento fiscal.

27.2 – Empresa de outro Município optante pelo Simp les Nacional

O prestador de serviços, inscrito no SIMPLES Nacional, que emite documento

fiscal autorizado por algum outro município para tomador estabelecido no

Município do Rio de Janeiro, deverá cadastrar-se no Cadastro de Empresas

Prestadoras de Outros Municípios – CEPOM, de acordo com a Resolução SMF

nº 2.515, de 30/07/2007, especialmente o Anexo I, com a lista dos serviços que

obrigam ao cadastramento do prestador.

Cabe destacar que, não efetuando o cadastramento, o ISSQN deverá ser retido

pelo tomador do serviço e recolhido para a Prefeitu ra do Município do Rio de

Janeiro, utilizando os percentuais previstos nos Anexos III, IV ou V da Lei

Complementar nº 123, de 2006, na redação da Lei Complementar nº 128, de

2008, utilizando o código de receita 128-7 ISSQN Retenção dos Optantes pelo

Simples Nacional.

Importante destacar que, se o prestador não informar a faixa da receita bruta

ou a alíquota, deve ser utilizada a alíquota de 5%, conforme dispõe o art. 21, §

4º, inciso V, da Lei Complementar 123/2006, na redação da Lei Complementar

128/2008.

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28 – Operações Simples e Mistas

Operações Simples: quando se verifica apenas a prestação de serviços

prevista na Lista Anexa da Lei Complementar nº 116/ 2003, mesmo com a

inclusão de mercadorias. Assim, esta operação será tributada apenas pelo

ISSQN.

Exemplo: pintura de um imóvel. Item 14.05 da Lista Anexa a LC nº 116/2003.

De acordo com a Lei Complementar nº 116/2003, ressalvadas as exceçõ es

expressas na lista, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao

Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de M ercadorias e Prestações

de Serviços de Transporte Interestadual e Intermuni cipal e de Comunicação –

ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de m ercadorias.

Assim, tratando-se de serviços previstos na lista, a regra é a incidência do

ISSQN sobre o preço total, sendo a incidência do ICMS limitada às hipóteses

de ressalvas e exclusivamente sobre o valor das mercadorias fornecidas.

Quanto aos serviços prestados com o fornecimento de mercadorias para os

quais conste ressalva na lista, é necessária a discriminação do preço dos

serviços prestados (sem as mercadorias), que sofrem a incidência do ISSQN, e

do preço do fornecimento de mercadorias, que está s ujeito ao ICMS.

A incidência do ICMS nos casos de ressalvas independe da forma como o

preço do serviço prestado seja cobrado. Ainda que o prestador do serviço

alegue que o valor das mercadorias foi incluído no preço do serviço, o ICMS

incidirá sobre o fornecimento das mercadorias. Contudo, não fica excluído da

incidência do ISSQN o contribuinte que argumente ter incluído o preço do

serviço no preço cobrado pelas mercadorias fornecid as.

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Na lista de serviços, as ressalvas relativas ao ICM S são as seguintes:

7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempr eitada, de obras

de construção civil, hidráulica ou elétrica e de ou tras obras semelhantes,

inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,

terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instal ação e montagem de

produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimen to de mercadorias

produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços,

que fica sujeito ao ICMS);

7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, est radas, pontes, portos

e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo

prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica

sujeito ao ICMS);

14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto,

restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos,

aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto

peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao IC MS);

14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e parte s empregadas,

que ficam sujeitas ao ICMS);

17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de

alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

Operações Mistas: são aquelas em que há fornecimento de mercadorias e

prestação de serviços. Assim, incidirá tanto o ICMS (sobre o fornecimento de

mercadorias) como o ISSQN (sobre a prestação de serviços). Com base no

exposto, quando se verifica a prestação de serviços prevista na Lista Anexa da

Lei Complementar nº 116/2003, com fornecimento de mercadorias, produzidas

pelo prestador, fora do local da prestação de servi ços, esta operação será

tributada pelo ISSQN e pelo ICMS.

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Vale lembrar que para identificar se a operação é simples ou mista deve-se

constatar a atividade preponderante, ou seja, prevalece à prestação do serviço

(incidência de ISSQN) ou prevalece o fornecimento de materiais (incidência de

ICMS).

TJMG. EMENTA: TRIBUTÁRIO. PREPONDERÂNCIA DA ATIVIDA DE

COMERCIAL SOBRE A ATIVIDADE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO . INCIDÊNCIA

DO ICMS. PRECEDENTES.

1. Empresa que tem como atividade principal o exercício de comércio,

representação, importação e exportação de materiais de construção, móveis e

objetos de decoração, inclusive artesanatos, e secundária a prestação de

serviços de construção civil.

2. Transação da empresa que envolveu a venda de piso de madeira a um

cliente e contratou os serviços de sua aplicação. Emitiu duas faturas

separadas, fazendo constar na primeira a venda da mercadoria e na segunda o

preço do serviço. É, portanto, preponderante a atividade comercial da

recorrida.

3. Ocorrência das chamadas operações mistas, aquelas que englobam tanto o

fornecimento de mercadorias como a prestação de ser viços.

4. Em uma atividade mista, em que ocorre tanto o fo rnecimento de

mercadorias como a prestação de serviços, incidirá o ICMS ou o ISSQN

conforme prepondere o fornecimento da mercadoria (I CMS) ou a prestação de

serviço (ISSQN).

5. Incidência do ICMS sobre o valor total da circulação da mercadoria a título

de compra e venda, por ser essa a atividade prepond erante da empresa.

6. Precedentes desta Corte Superior.

7. Recurso provido".

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA - SECRETARIA DA FAZENDA

PARECER Nº 00007/2010 DATA: 04/01/2010.

ICMS. Embora a Lei Complementar nº 116 não ressalve a incidência do ICMS

quanto aos serviços de pintura aplicados a objetos destinados a

comercialização ou industrialização, incide o ICMS quando a pintura se

caracterize como industrialização parcial de bem ou mercadoria com a referida

destinação.

A consulente, pessoa jurídica com atividades econôm icas de Fabricação de

esquadrias de metal - CNAE 2512800, sua atividade p rincipal, e Serviços de

usinagem, solda, tratamento e revestimento em metai s CNAE 2539000. A

Consulente informa que atua no ramo de fabricação d e esquadrias de alumínio

- atividade principal, tem como atividade secundári a tratamento e

beneficiamento (pintura eletrostática) de metais fe rrosos e não ferrosos e que

atende a contribuintes e não contribuintes do ICMS. Considerando que sua

atividade secundária consta na Lei Complementar 116 /2003, Anexo I, item

14.05, como sendo serviço (tributado pelo ISS) e qu e no Regulamento do ICMS,

a mesma atividade consta como sendo tributada pelo ICMS, pergunta se sua

atividade secundaria é tributada pelo ICMS ou ISSQN .

RESPOSTA:

A Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que dispõe sobre o

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, estabe lece que o referido

Imposto de competência dos Municípios e do Distrito Federal tem como fato

gerador a prestação de serviços constantes da lista a ela anexa e que,

ressalvadas as exceções expressas na referida lista , os serviços nela

mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Ope rações Relativas à

Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - I CMS, ainda que sua

prestação envolva fornecimento de mercadorias.

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Considerando que a atividade de pintura objeto do i tem 14.05 da lista anexa à

Lei Complementar nº 116/03, e que compreende os ser viços de restauração,

recondicionamento, acondicionamento, pintura, benef iciamento, lavagem,

secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, co rte, recorte, polimento,

plastificação e congêneres, de objetos quaisquer, n ão traz ressalvada qualquer

exceção expressa ao ICMS, os serviços prestados que não se caracterizem

como uma operação de industrialização e sim como se rviços típicos apenas

sujeitos ao ISSQN, não ficarão sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas

à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviço s de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - I CMS, Diferentemente,

mesmo que a Lei Complementar nº 116/03 não traga re ssalvada qualquer

exceção expressa ao ICMS, se os serviços prestados se caracterizam como

uma operação de industrialização e não como serviço s típicos, apenas sujeitos

ao ISSQN, ficarão sujeitos ao Imposto Sobre Operaçõ es Relativas à Circulação

de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transpor te Interestadual e

Intermunicipal e de Comunicação - ICMS. Por isso, o Regulamento do ICMS em

vigor neste estado da Bahia, traz as seguintes disp osições:

29 – Aquisição de Bens com Montagem ou Instalação

Os aspectos tributários decorrem da legislação trib utária Federal, Estadual e

Municipal.

I – A Lei Complementar nº 116/2003 (ISSQN).

II – A Lei Complementar 87/1996 (ICMS).

III – O Decreto do IPI – Imposto sobre Produtos Ind ustrializados.

Lei Complementar nº 116, de 31 de Julho de 2003

Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer N atureza, de competência

dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras p rovidências.

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14 - Serviços relativos a bens de terceiros – Item da Lista Anexa

14.06 Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equ ipamentos,

inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com

material por ele fornecido.

Os aspectos tributários são:

Neste tipo de serviço, se o prestador fizer apenas a instalação do bem

fornecido pelo proprietário haverá somente tributação do ISSQN sobre a mão-

de-obra aplicada.

Caso o prestador do serviço for também o vendedor do bem não haverá

tributação do ISSQN, neste caso, haverá tributação do ICMS incidindo tanto

sobre a mão-de-obra, quanto sobre o que foi montado/instalado.

Vale lembrar que se a empresa que instala é a mesma que fabrica haverá

também incidência de IPI.

Notas:

1 – se o prestador do serviço NÃO fornecer o BEM, deverá emitir apenas a

Nota Fiscal de Prestação de Serviços referente a sua mão-de-obra, portanto,

sujeito a tributação do ISSQN.

2 – se o prestador do serviço além de instalar/montar, também

fornecer/vender/fabricar o BEM, deverá emitir apenas a Nota Fiscal de Venda,

portanto, sujeito a tributação do ICMS. Neste caso, a mão-de-obra aplicada e o

bem instalado/montado tudo será tributado pelo ICMS e se a empresa fabrica o

BEM que instala incidirá a tributação do IPI.

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Serviços sujeitos apenas ao ISSQN

Os serviços constantes da Lista Anexa, sem qualquer ressalva, mesmo que na

sua prestação envolva a utilização de mercadorias o u aplicação de peças ou

partes, ficam sujeitos exclusivamente ao ISSQN.

Exemplo:

Serviços constantes da Lista Anexa do subitem 14.07 – colocação de molduras

e congêneres", na prestação, ocorre o fornecimento de mercadorias, assim,

por não constar ressalva, o serviço fica exclusivam ente sujeito ao ISSQN.

30 – LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA

30.1 – Lei nº 691/1984 – Código Tributário Municipa l – RJ

Regulamenta as normas tributárias gerais do Municíp io do Rio de Janeiro.

30.2 – Decreto nº 10.514/1991 – Regulamento do ISSQ N no Município do Rio de

Janeiro

Regulamenta as disposições legais relativas ao Impo sto sobre Serviços de

Qualquer Natureza.

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30.3 – Decreto nº 28.248, de 30 de Julho de 2007

Decreto Nº 28248, de 30 de julho de 2007

(Publicado no D O Rio de 31/07/2007)

Regulamenta o fornecimento de informações de que trata o art. 14-A da Lei n.º 691, de 24 de dezembro de 1984, e dispõe sobre a responsabilidade tributária prevista no inciso XXII do art. 14 da mesma lei, ambas as normas acrescentadas pela Lei n.º 4.452, de 27 de dezembro de 2006.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de s uas atribuições

legais, e

CONSIDERANDO o art. 3º da Lei Complementar Federal n.º 116, de 31 de julho

de 2003, que estabelece, como regra geral, que o se rviço considera-se

prestado e o imposto devido no local do estabelecim ento prestador ou, na falta

do estabelecimento, no local do domicílio do presta dor;

CONSIDERANDO a necessidade de preservar os contribu intes regularmente

estabelecidos no Município do Rio de Janeiro da açã o nociva e violadora do

princípio da livre concorrência praticada por empre sas que, embora

efetivamente operem neste Município, se estabelecem ficticiamente em outros

municípios que oferecem vantagens para a redução do valor a ser recolhido do

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS;

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o fornec imento de

informações previsto no art. 14-A da Lei n.º 691, d e 24 de dezembro de 1984,

acrescentado pela Lei n.º 4.452, de 27 de dezembro de 2006;

CONSIDERANDO a necessidade de orientar o cumpriment o da

responsabilidade tributária de que trata o inciso X XII do art. 14 da Lei n.º 691,

de 1984, acrescentado pela Lei n.º 4.452, de 2006;

CONSIDERANDO o disposto no § 2º do art. 14-A da Lei n.º 691, de 1984,

acrescentado pela Lei n.º 4.452, de 2006, que facul ta ao Poder Executivo

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dispensar determinados grupos ou categorias de cont ribuintes da obrigação

de que trata o caput do mesmo artigo;

DECRETA:

Art. 1º A pessoa jurídica que prestar serviço relac ionado no Anexo I para

tomador estabelecido no Município do Rio de Janeiro , com emissão de

documento fiscal autorizado por outro município, de verá fornecer

informações, inclusive a seu próprio respeito, à Se cretaria Municipal de

Fazenda da Prefeitura do Rio de Janeiro, nos termos e condições dispostos

neste Decreto.

§ 1º Ficam dispensadas da obrigação de que trata o caput:

I – a empresa prestadora do serviço proveniente do exterior do País ou cuja

prestação se tenha iniciado no exterior do País; e

II – a pessoa jurídica que prestar, para tomador es tabelecido no Município do

Rio de Janeiro, exclusivamente serviço discriminado no Anexo II, desde que tal

prestação seja destinada a:

a) empresa de seguros privados, no caso de atendime nto ao segurado em

razão da ocorrência do sinistro previsto na apólice de seguro; e

b) operadora de planos privados de assistência à sa úde, no caso de

atendimento ao beneficiário do plano conforme deter minação expressa

no contrato.

§ 2º As informações a que se refere o caput serão f ornecidas por meio da rede

mundial de computadores - Internet e servirão para a inscrição do prestador de

serviços em cadastro específico na Secretaria Munic ipal de Fazenda.

§ 3º O prestador de serviços será identificado pelo número de inscrição no

Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ e rec eberá um protocolo de

inscrição no momento da transmissão da sua "Ficha d e Informações de

Prestador de outro Município".

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§ 4º A confirmação das informações dar-se-á por mei o de documentos a serem

enviados pelo prestador de serviços à Secretaria Mu nicipal de Fazenda, em

conformidade com Resolução emitida por esse órgão.

§ 5º A obrigação a que se refere o caput somente se rá considerada cumprida

após terem sido fornecidas as informações e recepci onados os documentos

exigidos pela legislação.

Art. 2º A Secretaria Municipal de Fazenda, após a a nálise das informações

transmitidas e dos documentos recebidos, consideran do que o prestador de

serviços se encontra em situação regular com relaçã o ao disposto no art. 14-A

da Lei n.º 691, de 1984, efetuará sua inscrição em cadastro específico e

disponibilizará, via Internet, essa informação.

§ 1º O prestador de serviços será inscrito automati camente no cadastro após

decorrido o prazo de trinta dias contados da data d o recebimento dos

documentos referidos no § 4º do art. 1º sem que a S ecretaria Municipal de

Fazenda tenha proferido decisão acerca da matéria, sendo que os documentos

permanecerão sujeitos à análise para posterior deci são.

§ 2º A decisão denegatória da inscrição como presta dor de serviços, qualquer

que seja seu fundamento, poderá ser objeto de recur so ao titular da

Coordenadoria do ISS e Taxas da Secretaria Municipa l de Fazenda no prazo de

quinze dias contados da data de sua publicação na i mprensa oficial.

§ 3º Da decisão do recurso referido no § 2º não cab erá pedido de

reconsideração nem novo recurso.

§ 4º A Secretaria Municipal de Fazenda poderá, a qu alquer tempo, promover,

de oficio, o cancelamento da inscrição do prestador de serviços, caso verifique

qualquer irregularidade nas informações transmitida s ou nos documentos

recebidos.

Art. 3º Ainda que isento ou imune, o tomador do ser viço estabelecido no

Município do Rio de Janeiro será responsável pelo p agamento do Imposto

sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, devendo retê-lo e recolhê-lo, no

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caso em que o prestador de serviços emita documento fiscal autorizado por

qualquer outro município localizado no País, se ess e prestador não estiver em

situação regular no cadastro específico da Secretar ia Municipal de Fazenda.

§ 1º A responsabilidade de que trata o caput soment e se refere aos serviços

previstos nos subitens da relação constante do Anex o I.

§ 2º A dispensa do fornecimento de informações prev ista no § 1º do art.14-A da

Lei nº 691, de 1984, introduzido pela Lei nº 4.452, de 2006, não exime o tomador

do serviço da retenção e recolhimento do imposto, n as prestações que

envolverem os serviços referidos nos incisos XX e X XI do art. 14 da Lei nº 691,

de 1984.

§ 3º Na hipótese em que o tomador do serviço for em presa de seguros

privados ou operadora de planos privados de assistê ncia à saúde, deverá ser

observada a dispensa de cadastramento do prestador de serviços, apenas nas

situações descritas no inciso II do § 1º do art.1º.

§ 4º O tomador do serviço obterá informação acerca da situação cadastral do

prestador de serviços por meio de consulta, utiliza ndo o número de inscrição

no CNPJ do prestador.

Art. 4º Resolução do Secretário Municipal de Fazend a instituirá normas

complementares necessárias ao cumprimento deste Dec reto.

Art. 5º Haverá aporte de recursos, inclusive dispon ibilização de veículos, para

vistoria nos estabelecimentos indicados pelos prest adores de serviços, com o

objetivo de comprovar a veracidade das informações por eles fornecidas.

Art. 6º Serão passíveis de submissão ao Ministério Público as declarações

falsas, com indícios de violação à ordem tributária , eventualmente fornecidas

por prestadores de serviços no atendimento às dispo sições contidas neste

Decreto.

Art. 7º A Secretaria Municipal de Fazenda poderá ce lebrar acordos ou

convênios com prefeituras de outros municípios e co m órgãos administrativos

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municipais, estaduais ou federais, com vistas à obt enção de dados sobre os

prestadores de serviços ou à confirmação das inform ações por eles prestadas.

Art. 8º As informações referidas no art. 1º poderão ser fornecidas a partir da

publicação da Resolução do Secretário Municipal de Fazenda, prevista no art.

4º.

Art. 9º O disposto no art. 3º produzirá efeitos a p artir de 1º de setembro de

2007.

Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, observadas as

disposições dos arts. 8º e 9º.

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2007 - 443º ano da F undação da Cidade.

CESAR MAIA

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30.4 – Lei Complementar nº 116, de 31 de Julho de 2 003

Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer N atureza, de competência

dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras p rovidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sa nciono a seguinte Lei

Complementar:

Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Nature za, de competência dos

Municípios e do Distrito Federal, tem como fato ger ador a prestação de

serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como

atividade preponderante do prestador.

§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proven iente do exterior do País

ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.

§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na lista ane xa, os serviços nela

mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Ope rações Relativas à

Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICM S, ainda que sua

prestação envolva fornecimento de mercadorias.

§ 3º O imposto de que trata esta Lei Complementar i ncide ainda sobre os

serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos

explorados economicamente mediante autorização, per missão ou concessão,

com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo us uário final do serviço.

§ 4º A incidência do imposto não depende da denomin ação dada ao serviço

prestado.

Art. 2º O imposto não incide sobre:

I as exportações de serviços para o exterior do Paí s;

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II a prestação de serviços em relação de emprego, d os trabalhadores avulsos,

dos diretores e membros de conselho consultivo ou d e conselho fiscal de

sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerente s e dos gerentes-

delegados;

III o valor intermediado no mercado de títulos e va lores mobiliários, o valor dos

depósitos bancários, o principal, juros e acréscimo s moratórios relativos a

operações de crédito realizadas por instituições fi nanceiras.

Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no in ciso I os serviços

desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se ver ifique, ainda que o

pagamento seja feito por residente no exterior.

Art. 3º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do

estabelecimento prestador ou, na falta do estabelec imento, no local do

domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previs tas nos incisos I a XXII,

quando o imposto será devido no local:

I do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de

estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na h ipótese do § 1 o do art. 1 o

desta Lei Complementar;

II da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso

dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista ane xa;

III da execução da obra, no caso dos serviços descr itos no subitem 7.02 e 7.19

da lista anexa;

IV da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista

anexa;

V das edificações em geral, estradas, pontes, porto s e congêneres, no caso

dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista ane xa;

VI da execução da varrição, coleta, remoção, incine ração, tratamento,

reciclagem, separação e destinação final de lixo, r ejeitos e outros resíduos

quaisquer, no caso dos serviços descritos no subite m 7.09 da lista anexa;

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VII da execução da limpeza, manutenção e conservaçã o de vias e logradouros

públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jar dins e congêneres, no caso

dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista ane xa;

VIII da execução da decoração e jardinagem, do cort e e poda de árvores, no

caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da list a anexa;

IX do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes

físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviço s descritos no subitem 7.12

da lista anexa;

X (VETADO)

XI (VETADO)

XII do florestamento, reflorestamento, semeadura, a dubação e congêneres, no

caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da list a anexa;

XIII da execução dos serviços de escoramento, conte nção de encostas e

congêneres, no caso dos serviços descritos no subit em 7.17 da lista anexa;

XIV da limpeza e dragagem, no caso dos serviços des critos no subitem 7.18 da

lista anexa;

XV onde o bem estiver guardado ou estacionado, no c aso dos serviços

descritos no subitem 11.01 da lista anexa;

XVI dos bens ou do domicílio das pessoas, vigiados, segurados ou

monitorados, no caso dos serviços descritos no subi tem 11.02 da lista anexa;

XVII do armazenamento, depósito, carga, descarga, a rrumação e guarda do

bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.0 4 da lista anexa;

XVIII da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e

congêneres, no caso dos serviços descritos nos subi tens do item 12, exceto o

12.13, da lista anexa;

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XIX do Município onde está sendo executado o transp orte, no caso dos

serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anex a; Serviços de Locação de

Guindaste com operador.

XX do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de

estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no c aso dos serviços descritos

pelo subitem 17.05 da lista anexa;

XXI da feira, exposição, congresso ou congênere a q ue se referir o

planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos

pelo subitem 17.10 da lista anexa;

XXII do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodo viário, ferroviário ou

metroviário, no caso dos serviços descritos pelo it em 20 da lista anexa.

§ 1º No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa,

considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imp osto em cada Município

em cujo território haja extensão de ferrovia, rodov ia, postes, cabos, dutos e

condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação,

arrendamento, direito de passagem ou permissão de u so, compartilhado ou

não.

§ 2º No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa,

considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imp osto em cada Município

em cujo território haja extensão de rodovia explora da.

§ 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do impost o no local do

estabelecimento prestador nos serviços executados e m águas marítimas,

excetuados os serviços descritos no subitem 20.01.

Art. 4º Considera-se estabelecimento prestador o lo cal onde o contribuinte

desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou

temporário, e que configure unidade econômica ou pr ofissional, sendo

irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto

de atendimento, sucursal, escritório de representaç ão ou contato ou quaisquer

outras que venham a ser utilizadas.

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Art. 5º Contribuinte é o prestador do serviço.

Art. 6º Os Municípios e o Distrito Federal, mediant e lei, poderão atribuir de

modo expresso a responsabilidade pelo crédito tribu tário a terceira pessoa,

vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a

responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo

do cumprimento total ou parcial da referida obrigaç ão, inclusive no que se

refere à multa e aos acréscimos legais.

§ 1º Os responsáveis a que se refere este artigo es tão obrigados ao

recolhimento integral do imposto devido, multa e ac réscimos legais,

independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.

§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1 o d este artigo, são

responsáveis:

I – o tomador ou intermediário de serviço provenien te do exterior do País ou

cuja prestação se tenha iniciado no exterior do Paí s;

II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária

dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.0 4, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14,

7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lis ta anexa.

Art. 7º A base de cálculo do imposto é o preço do s erviço.

§ 1º Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista anexa forem

prestados no território de mais de um Município, a base de cálculo será

proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrov ia, rodovia, dutos e

condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer na tureza, ou ao número de

postes, existentes em cada Município.

§ 2º Não se incluem na base de cálculo do Imposto S obre Serviços de

Qualquer Natureza:

I o valor dos materiais fornecidos pelo prestador d os serviços previstos nos

itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar;

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II (VETADO)

§ 3º (VETADO)

Art. 8º As alíquotas máximas do Imposto Sobre Servi ços de Qualquer Natureza

são as seguintes:

I (VETADO)

II demais serviços, 5% (cinco por cento).

Art. 9º Esta Lei Complementar entra em vigor na dat a de sua publicação.

Art. 10. Ficam revogados os arts. 8º , 10, 11 e 12 do Decreto-Lei n o 406, de 31

de dezembro de 1968; os incisos III, IV, V e VII do art. 3 o do Decreto-Lei n o

834, de 8 de setembro de 1969; a Lei Complementar n o 22, de 9 de dezembro

de 1974; a Lei n o 7.192, de 5 de junho de 1984; a Lei Complementar n o 56, de

15 de dezembro de 1987 ; e a Lei Complementar n o 1 00, de 22 de dezembro de

1999.

Brasília, 31 de julho de 2003; 182º da Independênci a e 115 o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Antonio Palocci Filho

(*) Publicada no D.O.U. de 01/08/2003, Seção 1

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NOTAS

Atenção ao artigo 3º da Lei Complementar nº 116, de 31 de Julho de 2003

Art. 3º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do

estabelecimento prestador ou, na falta do estabelec imento, no local do

domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previs tas nos incisos I a XXII,

quando o imposto será devido no local.

Com base na leitura do art. 3º da LC nº 116/03, tod os os serviços previstos nos

incisos I a XXII, o ISSQN será devido no local da e xecução dos serviços.

Atenção ao artigo 4º da Lei Complementar nº 116, de 31 de Julho de 2003

Os municípios de um modo geral utiliza o art. 4º da LC nº 116/03, para defender

a sua competência tributária.

Art. 4º Considera-se estabelecimento prestador o lo cal onde o contribuinte

desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou

temporário, e que configure unidade econômica ou pr ofissional, sendo

irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto

de atendimento, sucursal, escritório de representaç ão ou contato ou quaisquer

outras que venham a ser utilizadas.

Observa-se, quando os municípios utiliza do disposi tivo previsto no art. 4º da

LC nº 116/03, o fazem para sustentar que as referid as denominações (sede,

filial, posto de atendimento, escritório de represe ntação etc.) não servem para

impedir a tributação pelo ISSQN dos serviços presta dos em seu território,

desde que o serviço seja efetivamente nele prestado .

No site do STJ foi veiculada em agosto de 2010

No site do STJ foi veiculada em agosto de 2010 uma notícia sobre o

julgamento RECURSO ESPECIAL Nº 1.160.253 – MG (2009 /0188086-8) relator

Ministro Castro Meira revelou o entendimento que ne m sempre o ISS é devido

ao município em que o serviço é prestado, a título de ressalva. Esta ressalva

se refere ao caso do prestador de serviço que não p ossuindo estabelecimento

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em um determinado município, vem a prestar nesse mu nicípio um serviço

tributado pelo ISS.

O relator aplicou o art. 4º da LC nº 116/03 sobre u ma outra ótica: para que o

município tenha o direito à cobrança do ISS sobre o serviço nele prestado,

deve necessariamente existir, nesse município, a fi gura do estabelecimento

(local que configure unidade econômica ou profissio nal do prestador do

serviço.

O relator aplicou o art. 4º da LC nº 116/03 sobre u ma outra ótica: para que o

município tenha o direito à cobrança do ISS sobre o serviço nele prestado,

deve necessariamente existir, nesse município, a fi gura do estabelecimento

(local que configure unidade econômica ou profissio nal do prestador do

serviço.

Este RESP refere-se a prestação de serviços médicos onde a recorrente está

domiciliada no Município de Ponta Nova e os serviço s médicos são prestados

em uma unidade de saúde no Município de Nova Canaã.

Os serviços médicos não foram excepcionado no art. 3º da LC nº 116/03,

embora tenha ampliado os casos de exceção.

O revogado art. 12 do Decreto-Lei 406/68 determinav a que:

Considera-se local da prestação do serviço o do est abelecimento prestador ou,

na falta de estabelecimento, o do domicílio do pres tador”. Da mesma forma

consta do art. 3º da LC nº 116/03, portanto, mantid a a regra geral da

competência do local onde se situa o estabeleciment o que presta os serviços

médicos, não importando a sua qualificação, se sede , filial ou qualquer outro

estabelecimento utilizado para a prestação dos serv iços.

A recorrente aponta violação dos artigos 3º e 4% da LC nº 116/03, como

também aos princípios da segurança jurídica e da ve dação de bitributação.

O relator Ministro Castro Meira deu reconhecimento em seu relatório o direito

líquido e certo à recorrente de não recolher o ISSQ N sobre os serviços

médicos prestados no Município de Nova Canaã. A rec orrente já recolhe no

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Município de Ponta Nova onde está estabelecida em d ecorrência de decisão

judicial transitada em julgado.

O tributarista Ives Gandra Martins e Marilene Talar ico Martins concorda que a

municipalidade competente para realizar a cobrança do ISS é a do local do

estabelecimento prestador dos serviços. Na localida de deve existir uma

unidade econômica ou profissional, isto é, onde a a tividade é desenvolvida

independentemente de ser formalmente considerada co mo sede ou filial da

pessoa jurídica.

Com base no exposto significa dizer que nem sempre a tributação será devida

no local em que o serviço é prestado. Assim, o âmbi to de validade territorial da

lei municipal compreenderá a localidade em que esti ver configurada uma

organização necessária ao exercício da atividade em presarial ou profissional.

Justificando o exposto, se uma sociedade empresária estabelecida em um

determinado município, presta o serviço uma única v ez em outro município, o

ISS é devido no local onde a empresa está sediada. No entanto, se essa

mesma sociedade aluga uma sala comercial nesse outr o município, contrata

funcionários e lá passa a exercer a atividade econô mica, a tributação, neste

caso, será devida na localidade em que o serviço é prestado.

30.4.1 – Lista de Serviços Anexa à Lei Complementar nº 116/03

1 - Serviços de informática e congêneres.

1.01 - Análise e desenvolvimento de sistemas.

1.02 - Programação.

1.03 - Processamento de dados e congêneres.

1.04 - Elaboração de programas de computadores, inc lusive de jogos

eletrônicos.

1.05 - Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de

computação.

1.06 - Assessoria e consultoria em informática.

1.07 - Suporte técnico em informática, inclusive in stalação, configuração e

manutenção de programas de computação e bancos de d ados.

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1.08 Planejamento, confecção, manutenção e atualiza ção de páginas

eletrônicas.

2 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qual quer natureza.

2.01 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de q ualquer natureza.

3 - Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e

congêneres.

3.01 - (VETADO) – Locação de bens móveis

3.02 Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda.

3.03 - Exploração de salões de festas, centro de co nvenções, escritórios

virtuais, stands , quadras esportivas, estádios, gi násios, auditórios, casas de

espetáculos, parques de diversões, canchas e congên eres, para realização de

eventos ou negócios de qualquer natureza.

3.04 - Locação, sublocação, arrendamento, direito d e passagem ou permissão

de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e

condutos de qualquer natureza.

3.05 - Cessão de andaimes, palcos, coberturas e out ras estruturas de uso

temporário.

4 - Serviços de saúde, assistência médica e congêne res.

4.01 - Medicina e biomedicina.

4.02 - Análises clínicas, patologia, eletricidade m édica, radioterapia,

quimioterapia, ultra-sonografia, ressonância magnét ica, radiologia, tomografia

e congêneres.

4.03 Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde,

prontos-socorros, ambulatórios e congêneres.

4.04 - Instrumentação cirúrgica.

4.05 - Acupuntura.

4.06 - Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.

4.07 - Serviços farmacêuticos.

4.08 - Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudi ologia.

4.09 - Terapias de qualquer espécie destinadas ao t ratamento físico, orgânico e

mental.

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4.10 - Nutrição.

4.11 - Obstetrícia.

4.12 - Odontologia.

4.13 - Ortóptica.

4.14 - Próteses sob encomenda.

4.15 - Psicanálise.

4.16 - Psicologia.

4.17 - Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres.

4.18 - Inseminação artificial, fertilização in vitr o e congêneres.

4.19 - Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos , sêmen e congêneres.

4.20 - Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órg ãos e materiais biológicos de

qualquer espécie.

4.21 - Unidade de atendimento, assistência ou trata mento móvel e congêneres.

4.22 - Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação

de assistência médica, hospitalar, odontológica e c ongêneres.

4.23 - Outros planos de saúde que se cumpram atravé s de serviços de

terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo

operador do plano mediante indicação do rio.

5 - Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres.

5.01 - Medicina veterinária e zootecnia.

5.02 - Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-s ocorros e congêneres, na

área veterinária.

5.03 - Laboratórios de análise na área veterinária.

5.04 - Inseminação artificial, fertilização in vitr o e congêneres.

5.05 - Bancos de sangue e de órgãos e congêneres.

5.06 - Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órg ãos e materiais biológicos de

qualquer espécie.

5.07 - Unidade de atendimento, assistência ou trata mento móvel e congêneres.

5.08 - Guarda, tratamento, amestramento, embelezame nto, alojamento e

congêneres.

5.09 - Planos de atendimento e assistência médico-v eterinária.

6 - Serviços de cuidados pessoais, estética, ativid ades físicas e congêneres.

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6.01 - Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicur os e congêneres.

6.02 - Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres.

6.03 - Banhos, duchas, sauna, massagens e congênere s.

6.04 - Ginástica, dança, esportes, natação, artes m arciais e demais atividades

físicas.

6.05 - Centros de emagrecimento, spa e congêneres.

7 - Serviços relativos a engenharia, arquitetura, g eologia, urbanismo,

construção civil, manutenção, limpeza, meio ambient e, saneamento e

congêneres.

7.01 - Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitet ura, geologia, urbanismo,

paisagismo e congêneres. Serviços de Operação e Manutenção O&M FURNAS

7.02 - Execução, por administração, empreitada ou s ubempreitada, de obras de

construção civil, hidráulica ou elétrica e de outra s obras semelhantes,

inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,

terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instal ação e montagem de

produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimen to de mercadorias

produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços,

que fica sujeito ao ICMS). Serviços de Limpeza em Faixas de Servidão.

7.03 - Elaboração de planos diretores, estudos de v iabilidade, estudos

organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia;

elaboração de anteprojetos, projetos básicos e proj etos executivos para

trabalhos de engenharia.

7.04 - Demolição.

7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifício s, estradas, pontes, portos

e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo

prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica

sujeito ao ICMS).

7.06 - Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas,

revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres,

com material fornecido pelo tomador do serviço.

7.07 - Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres.

7.08 - Calafetação.

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7.09 - Varrição, coleta, remoção, incineração, trat amento, reciclagem,

separação e destinação final de lixo, rejeitos e ou tros resíduos quaisquer.

7.10 - Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos,

imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e con gêneres. Serviços de

Limpeza em Faixas de Servidão.

7.11 Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.

7.12 - Controle e tratamento de efluentes de qualqu er natureza e de agentes

físicos, químicos e biológicos.

7.13 - Dedetização, desinfecção, desinsetização, im unização, higienização,

desratização, pulverização e congêneres.

7.14 - (VETADO)

7.15 - (VETADO)

7.16 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, a dubação e congêneres.

7.17 - Escoramento, contenção de encostas e serviço s congêneres.

7.18 - Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas,

represas, açudes e congêneres.

7.19 - Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia,

arquitetura e urbanismo. SERVIÇOS DE ENGENHARIA DO PROPRIETÁRIO

7.20 - Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento,

levantamentos topográficos, batimétricos, geográfic os, geodésicos,

geológicos, geofísicos e congêneres.

7.21 Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, pe rfilagem, concretação,

testemunhagem, pescaria, estimulação e outros servi ços relacionados com a

exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos

minerais.

7.22 - Nucleação e bombardeamento de nuvens e congê neres.

8 - Serviços de educação, ensino, orientação pedagó gica e educacional,

instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualq uer grau ou natureza.

8.01 - Ensino regular pré-escolar, fundamental, méd io e superior.

8.02 - Instrução, treinamento, orientação pedagógic a e educacional, avaliação

de conhecimentos de qualquer natureza.

9 - Serviços relativos a hospedagem, turismo, viage ns e congêneres.

9.01 - Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, a part-service

condominiais, flat , apart-hotéis, hotéis residênci a, residence-service , suite

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service , hotelaria marítima, motéis, pensões e con gêneres; ocupação por

temporada com fornecimento de serviço (o valor da a limentação e gorjeta,

quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).

9.02 - Agenciamento, organização, promoção, interme diação e execução de

programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e

congêneres.

9.03 - Guias de turismo.

10 - Serviços de intermediação e congêneres.

10.01 - Agenciamento, corretagem ou intermediação d e câmbio, de seguros, de

cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência privada.

10.02 - Agenciamento, corretagem ou intermediação d e títulos em geral,

valores mobiliários e contratos quaisquer.

10.03 - Agenciamento, corretagem ou intermediação d e direitos de propriedade

industrial, artística ou literária.

10.04 - Agenciamento, corretagem ou intermediação d e contratos de

arrendamento mercantil ( leasing ), de franquia ( f ranchising ) e de faturização (

factoring ).

10.05 - Agenciamento, corretagem ou intermediação d e bens móveis ou

imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens , inclusive aqueles

realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Fut uros, por quaisquer

meios.

10.06 - Agenciamento marítimo.

10.07 - Agenciamento de notícias.

10.08 - Agenciamento de publicidade e propaganda, i nclusive o agenciamento

de veiculação por quaisquer meios.

10.09 - Representação de qualquer natureza, inclusi ve comercial.

10.10 - Distribuição de bens de terceiros.

11 Serviços de guarda, estacionamento, armazenament o, vigilância e

congêneres.

11.01 - Guarda e estacionamento de veículos terrest res automotores, de

aeronaves e de embarcações.

11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de b ens e pessoas.

11.03 - Escolta, inclusive de veículos e cargas.

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11.04 - Armazenamento, depósito, carga, descarga, a rrumação e guarda de

bens de qualquer espécie.

12 - Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.

12.01 - Espetáculos teatrais.

12.02 - Exibições cinematográficas.

12.03 - Espetáculos circenses.

12.04 - Programas de auditório.

12.05 - Parques de diversões, centros de lazer e co ngêneres.

12.06 - Boates, taxi-dancing e congêneres.

12.07 -Shows , ballet , danças, desfiles, bailes, ó peras, concertos, recitais,

festivais e congêneres.

12.08 - Feiras, exposições, congressos e congêneres .

12.09 - Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.

12.10 - Corridas e competições de animais.

12.11 Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem

a participação do espectador.

12.12 - Execução de música.

12.13 - Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de eventos,

espetáculos, entrevistas, shows , ballet , danças, desfiles, bailes, teatros,

óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres .

12.14 - Fornecimento de música para ambientes fecha dos ou não, mediante

transmissão por qualquer processo.

12.15 - Desfiles de blocos carnavalescos ou folclór icos, trios elétricos e

congêneres.

12.16 - Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows ,

concertos, desfiles, óperas, competições esportivas , de destreza intelectual ou

congêneres.

12.17 Recreação e animação, inclusive em festas e e ventos de qualquer

natureza.

13 - Serviços relativos a fonografia, fotografia, c inematografia e reprografia.

13.01 - (VETADO)

13.02 - Fonografia ou gravação de sons, inclusive t rucagem, dublagem,

mixagem e congêneres.

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13.03 - Fotografia e cinematografia, inclusive reve lação, ampliação, cópia,

reprodução, trucagem e congêneres.

13.04 - Reprografia, microfilmagem e digitalização.

13.05 - Composição gráfica, fotocomposição, clicher ia, zincografia, litografia,

fotolitografia.

14 - Serviços relativos a bens de terceiros.

14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto,

restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos,

aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto

peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao IC MS).

14.02 - Assistência técnica.

14.03 - Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas,

que ficam sujeitas ao ICMS).

14.04 - Recauchutagem ou regeneração de pneus.

14.05 - Restauração, recondicionamento, acondiciona mento, pintura,

beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galva noplastia, anodização,

corte, recorte, polimento, plastificação e congêner es, de objetos quaisquer.

14.06 Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos,

inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com

material por ele fornecido.

14.07 - Colocação de molduras e congêneres.

14.08 - Encadernação, gravação e douração de livros , revistas e congêneres.

14.09 - Alfaiataria e costura, quando o material fo r fornecido pelo usuário final,

exceto aviamento.

14.10 - Tinturaria e lavanderia.

14.11 - Tapeçaria e reforma de estofamentos em gera l.

14.12 - Funilaria e lanternagem.

14.13 - Carpintaria e serralheria.

15 - Serviços relacionados ao setor bancário ou fin anceiro, inclusive aqueles

prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou

por quem de direito.

15.01 - Administração de fundos quaisquer, de consó rcio, de cartão de crédito

ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e

congêneres.

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15.02 - Abertura de contas em geral, inclusive cont a-corrente, conta de

investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem

como a manutenção das referidas contas ativas e ina tivas.

15.03 - Locação e manutenção de cofres particulares , de terminais eletrônicos,

de terminais de atendimento e de bens e equipamento s em geral.

15.04 - Fornecimento ou emissão de atestados em ger al, inclusive atestado de

idoneidade, atestado de capacidade financeira e con gêneres.

15.05 - Cadastro, elaboração de ficha cadastral, re novação cadastral e

congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de Emi tentes de Cheques sem

Fundos CCF ou em quaisquer outros bancos cadastrais .

15.06 - Emissão, reemissão e fornecimento de avisos , comprovantes e

documentos em geral; abono de firmas; coleta e entr ega de documentos, bens

e valores; comunicação com outra agência ou com a a dministração central;

licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; agenciamento

fiduciário ou depositário; devolução de bens em cus tódia.

15.07 - Acesso, movimentação, atendimento e consult a a contas em geral, por

qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, facsímile, internet e telex,

acesso a terminais de atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a

outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais

informações relativas a contas em geral, por qualqu er meio ou processo.

15.08 Emissão, reemissão, alteração, cessão, substi tuição, cancelamento e

registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de

crédito; emissão, concessão, alteração ou contrataç ão de aval, fiança,

anuência e congêneres; serviços relativos a abertur a de crédito, para

quaisquer fins.

15.09 - Arrendamento mercantil ( leasing ) de quais quer bens, inclusive cessão

de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e

registro de contrato, e demais serviços relacionado s ao arrendamento

mercantil ( leasing ).

15.10 - Serviços relacionados a cobranças, recebime ntos ou pagamentos em

geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, d e câmbio, de tributos e por

conta de terceiros, inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou

por máquinas de atendimento; fornecimento de posiçã o de cobrança,

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recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação,

impressos e documentos em geral.

15.11 - Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto,

manutenção de títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a eles

relacionados.

15.12 - Custódia em geral, inclusive de títulos e v alores mobiliários.

15.13 - Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição,

alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de con trato de câmbio; emissão

de registro de exportação ou de crédito; cobrança o u depósito no exterior;

emissão, fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento,

transferência, cancelamento e demais serviços relat ivos a carta de crédito de

importação, exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de

mensagens em geral relacionadas a operações de câmb io.

15.14 - Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão

magnético, cartão de crédito, cartão de débito, car tão salário e congêneres.

15.15 - Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a

depósito, inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por

qualquer meio ou processo, inclusive em terminais e letrônicos e de

atendimento.

15.16 - Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixa de

ordens de pagamento, ordens de crédito e similares, por qualquer meio ou

processo; serviços relacionados à transferência de valores, dados, fundos,

pagamentos e similares, inclusive entre contas em g eral.

15.17 - Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição

de cheques quaisquer, avulso ou por talão.

15.18 - Serviços relacionados a crédito imobiliário , avaliação e vistoria de

imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emissão , reemissão, alteração,

transferência e renegociação de contrato, emissão e reemissão do termo de

quitação e demais serviços relacionados a crédito i mobiliário.

16 - Serviços de transporte de natureza municipal.

16.01 - Serviços de transporte de natureza municipa l. Serviços de Locação de

Guindaste com operador. Locação de veículo com moto rista.

17 - Serviços de apoio técnico, administrativo, jur ídico, contábil, comercial e

congêneres.

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17.01 - Assessoria ou consultoria de qualquer natur eza, não contida em outros

itens desta lista; análise, exame, pesquisa, coleta , compilação e fornecimento

de dados e informações de qualquer natureza, inclus ive cadastro e similares.

17.02 - Datilografia, digitação, estenografia, expe diente, secretaria em geral,

resposta audível, redação, edição, interpretação, r evisão, tradução, apoio e

infra-estrutura administrativa e congêneres.

17.03 - Planejamento, coordenação, programação ou o rganização técnica,

financeira ou administrativa.

17.04 - Recrutamento, agenciamento, seleção e coloc ação de mão-de-obra.

17.05 - Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em carát er temporário, inclusive

de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporár ios, contratados pelo

prestador de serviço.

17.06 - Propaganda e publicidade, inclusive promoçã o de vendas,

planejamento de campanhas ou sistemas de publicidad e, elaboração de

desenhos, textos e demais materiais publicitários.

17.07 - (VETADO)

17.08 - Franquia ( franchising ).

17.09 - Perícias, laudos, exames técnicos e análise s técnicas.

17.10 - Planejamento, organização e administração d e feiras, exposições,

congressos e congêneres.

17.11 - Organização de festas e recepções; bufê (ex ceto o fornecimento de

alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

17.12 - Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros.

17.13 - Leilão e congêneres.

17.14 - Advocacia.

17.15 - Arbitragem de qualquer espécie, inclusive j urídica.

17.16 - Auditoria.

17.17 - Análise de Organização e Métodos.

17.18 - Atuária e cálculos técnicos de qualquer nat ureza.

17.19 - Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares.

17.20 - Consultoria e assessoria econômica ou finan ceira.

17.21 - Estatística.

17.22 - Cobrança em geral.

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17.23 - Assessoria, análise, avaliação, atendimento , consulta, cadastro,

seleção, gerenciamento de informações, administraçã o de contas a receber ou

a pagar e em geral, relacionados a operações de fat urização ( factoring ).

17.24 Apresentação de palestras, conferências, semi nários e congêneres.

18 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros;

inspeção e avaliação de riscos para cobertura de co ntratos de seguros;

prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêne res.

18.01 - Serviços de regulação de sinistros vinculad os a contratos de seguros;

inspeção e avaliação de riscos para cobertura de co ntratos de seguros;

prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêne res.

19 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria,

bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sortei os, prêmios, inclusive os

decorrentes de títulos de capitalização e congênere s.

19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhete s e demais produtos de

loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de aposta s, sorteios, prêmios,

inclusive os decorrentes de títulos de capitalizaçã o e congêneres.

20 - Serviços portuários, aeroportuários, ferroport uários, de terminais

rodoviários, ferroviários e metroviários.

20.01 - Serviços portuários, ferroportuários, utili zação de porto, movimentação

de passageiros, reboque de embarcações, rebocador e scoteiro, atracação,

desatracação, serviços de praticagem, capatazia, ar mazenagem de qualquer

natureza, serviços acessórios, movimentação de merc adorias, serviços de

apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva,

conferência, logística e congêneres.

20.02 - Serviços aeroportuários, utilização de aero porto, movimentação de

passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capa tazia, movimentação de

aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviç os acessórios,

movimentação de mercadorias, logística e congêneres .

20.03 - Serviços de terminais rodoviários, ferroviá rios, metroviários,

movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações,

logística e congêneres.

21 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

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21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

22 - Serviços de exploração de rodovia.

22.01 - Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou

pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviç os de conservação,

manutenção, melhoramentos para adequação de capacid ade e segurança de

trânsito, operação, monitoração, assistência aos us uários e outros serviços

definidos em contratos, atos de concessão ou de per missão ou em normas

oficiais.

23 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e

congêneres.

23.01 - Serviços de programação e comunicação visua l, desenho industrial e

congêneres.

24 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual,

banners , adesivos e congêneres.

24.01 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbo s, placas, sinalização

visual, banners , adesivos e congêneres.

25 - Serviços funerários.

25.01 Funerais, inclusive fornecimento de caixão, u rna ou esquifes; aluguel de

capela; transporte do corpo cadavérico; forneciment o de flores, coroas e

outros paramentos; desembaraço de certidão de óbito ; fornecimento de véu,

essa e outros adornos; embalsamento, embelezamento, conservação ou

restauração de cadáveres.

25.02 - Cremação de corpos e partes de corpos cadav éricos.

25.03 - Planos ou convênio funerários.

25.04 - Manutenção e conservação de jazigos e cemit érios.

26 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de corr espondências,

documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pel os correios e suas

agências franqueadas; courrier e congêneres.

26.01 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de c orrespondências,

documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pel os correios e suas

agências franqueadas; courrier e congêneres.

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27 - Serviços de assistência social.

27.01 - Serviços de assistência social.

28 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qu alquer natureza.

28.01 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza.

29 - Serviços de biblioteconomia.

29.01 - Serviços de biblioteconomia.

30 - Serviços de biologia, biotecnologia e química.

30.01 - Serviços de biologia, biotecnologia e quími ca.

31 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica,

telecomunicações e congêneres.

31.01 - Serviços técnicos em edificações, eletrônic a, eletrotécnica, mecânica,

telecomunicações e congêneres.

32 - Serviços de desenhos técnicos.

32.01 - Serviços de desenhos técnicos.

33 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários , despachantes e

congêneres.

33.01 Serviços de desembaraço aduaneiro, comissário s, despachantes e

congêneres. (Desembaraço Aduaneiro – Importação e Exportação)

34 - Serviços de investigações particulares, deteti ves e congêneres.

34.01 - Serviços de investigações particulares, det etives e congêneres.

35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa , jornalismo e relações

públicas.

35.01 - Serviços de reportagem, assessoria de impre nsa, jornalismo e relações

públicas.

36 - Serviços de meteorologia.

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36.01 - Serviços de meteorologia.

37 - Serviços de artistas, atletas, modelos e maneq uins.

37.01 - Serviços de artistas, atletas, modelos e ma nequins.

38 - Serviços de museologia.

38.01 - Serviços de museologia.

39 - Serviços de ourivesaria e lapidação.

39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido

pelo tomador do serviço).

40 - Serviços relativos a obras de arte sob encomen da.

40.01 - Obras de arte sob encomenda.

31 – Solução de Consulta COSIT nº 195, de 02/07/201 4

Publicado no DO em 5 ago 2014

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: ALÍQUOTA DE INCIDÊNCIA. FABRICANTE DE PNEUS NOVOS D E

BORRACHA. EXECUÇÃO DE INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMEND A

("SERVIÇO DE INDUSTRIALIZAÇÃO") DE 'CONJUNTO MONTAD O'.

FORNECIMENTO DE PNEUS EMPREGADOS EM EXECUÇÃO DE

INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. O fato de uma pesso a jurídica

industrial tanto executar industrialização por enco menda ("serviço de

industrialização") de determinado produto como tamb ém fornecer uma

mercadoria de sua fabricação e a empregar na execuç ão dessa

industrialização por encomenda não descaracteriza a ocorrência da venda da

mercadoria que fabrica e emprega. Receitas de pesso a jurídica fabricante de

pneus relativas à execução de industrialização por encomenda ("serviço de

industrialização") de 'conjunto montado' ("NCM/SH 8 708.70.90") estão sujeitas

à incidência de Cofins à alíquota de 7,6%, conforme estabelecido pelo art. 10, §

2°, da Lei n° 11.051, de 2004, ao passo que, em rel ação ao fornecimento de

pneus novos de borracha que tenha fabricado, seja e sse fornecimento a uma

pessoa jurídica encomendante de industrialização po r encomenda de

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'conjunto montado' ou não, as respectivas receitas sujeitam-se à incidência da

Cofins à alíquota de 9,5%, por definição do art. 5° da Lei n° 10.485, de 2002.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 10.485, de 2002, art. 5°; Lei n° 11.051, de 2004,

art. 10; Lei n° 11.727, de 2008, art. 24, § 1°.

FERNANDO MOMBELLI

Coordenador-Geral

Resumindo

Conforme a Solução de Consulta nº 195, referida aci ma, a Receita Federal do

Brasil entende como operação de VENDA, e não SERVIÇO DE ENCOMENDA,

pedido de industrialização em que o fornecedor é obrigado a empregar uma

mercadoria de fabricação própria.

Conforme exposto na Solução de Consulta, as receita s de uma fabricante de

pneus relativas à industrialização por encomenda es tão sujeitas à incidência

de 1,65% de PIS e 7,6% de COFINS, conforme a Lei nº 11.051/2004.

Quanto ao fornecimento de pneus novos de borracha q ue tenha fabricado para

entregar o conjunto montado de pneu e roda, as resp ectivas receitas sujeitam-

se a 2% de PIS e 9,5% de COFINS, de acordo com a Le i nº 10.485/2002.

Esta Solução de Consulta é da Coordenação-Geral de Tributação da Receita

(COSIT), assim, a orientação deverá ser seguida por toda Receita Federal do

Brasil independentemente de sua Região Fiscal.

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OBRIGADO

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