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OTIMIZAÇÃO TOPOLÓGICA APLICADA AO PROJETO DE SISTEMAS FLUIDOS E TÉRMICOS Agradecimento: ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos Adriano Akio Koga Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva contato: [email protected] [email protected]

OTIMIZAÇÃO TOPOLÓGICA APLICADA AO … · •Sensores e “lab-on-a-chip ... Método de Elementos Finitos (MEF) 8-Elemento Fluido 1 2 3 4 u 1 u 2 u 3 u 4 v 1 v 2 v 3 v 4 x y velocidade

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OTIMIZAÇÃO TOPOLÓGICA APLICADA AO PROJETO DE SISTEMAS FLUIDOS E TÉRMICOS

Agradecimento:

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos

Adriano Akio Koga

Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva

contato:

[email protected]

[email protected]

Sumário

Método de Otimização Topológica Aplicado a Meios Fluidos

Estudo de Caso

Motivação e Objetivos

Fundamentação Teórica- Formulação da Mecânica dos Fluidos;

- Método dos Elementos Finitos (MEF).

Formulações de Otimização

Implementação Numérica

Exemplos

Conclusões1

Como tudo começou…

M. P. Bendsøe and N. Kikuchi, “Generating optimal topologies in

structural design using a homogenization method”, Computer

Methods in Applied Mechanics and Engineering 71, pp.197–224,

1988.

Em 2008 comemorou-se 20 anos!!!

• Problemas estruturais em geral:

* maximização da rigidez, freqüência de ressonância (ou carga

de flambagem);

* minimização da resposta em freqüência;

* maximização da absorção de energia de impacto;

* etc...

• Problemas de Condutividade Térmica;

• Projeto de materiais compostos com propriedades desejadas;

A Expansão …

As Três Ondas (“Big Waves”)...

Primeira Onda

• Mecanismos Flexíveis;

• MEMS (“Microelectromechanical Systems”)

• Transdutores (atuadores, motores) Piezoelétricos;

• Dispositivos Eletromagnéticos:

* maximização da relação torque/volume nos motores elétricos;

* maximização da receptividade e emissividade em antenas;

Segunda Onda

Terceira Onda

A Expansão …

• Meios Fluidos

• Estruturas “band-gap” Fonônicas: isolamento acústico,

isolamento de vibrações mecânicas, dispositivos SAW, etc…

• Materiais “band-gap” Fotônicos: projeto de filtros

eletrônicos, antenas, fibra óptica, “laser switch”, etc…

Técnicas de Otimização Para Sistemas Fluidos

Abordagens de Otimização

9

Otimização

Paramétrica

Otimizaçãode forma

OtimizaçãoTopológica

elementosde tubos

“splines”

distribuiçãode material

Bendsøe, M. P., e O. Sigmund. “Topology Optimization - Theory, Methods and Applications.”

Berlin Heidelberg: Springer Verlag, 2003.

Definição

10

Procedimentos da Otimização

- Distribuição de uma quantidade limitada de material para

obtenção de uma topologia otimizada.

Domínio Inicial Domínio Discretizado Topologia Obtida

Pós-ProcessamentoVerificação

Fabricação

Ventr

Vsaída

Otimização Topológica Para Meios Fluidos

11Borrvall, T., e J. Petersson. “Topology optimization of fluids in Stokes flow.” International Journal for

Numerical Methods in Fluids 41, 2003: 77–107.

Minimização de arrasto em

perfis

Seletor de escoamentoReversor de escoamento 3D

Canal duplo

Distribuição do material “fluido” e “sólido”

Otimização Topológica Para Meios Fluidos

Estudo de Caso

2

Dispositivos de microcanais:

- misturadores;

- dosagem e análise de reagentes

químicos;

- sensores;

- “lab-on-a-chip”;

- trocadores de calor.

Whitesides, G. M. “The origins and the future of

microfluidics.” Nature 442 (2006): 368-373.

Aplicações

Bioengenharia:

Indústria Eletrônica:

Vantagens da otimização no

projeto:

Motivação

• Automação Laboratorial

• Dosagem de reagentes

• Sensores e “lab-on-a-chip”

• Dissipadores de calor

• Melhor desempenho

• Minimização da dissipação de

energia

• Menor consumo de energia3

Aplicação do Método de Otimização Topológica

para o projeto de dispositivos de microcanais que

resultem em menor perda de carga no escoamento

fluido e maior dissipação térmica (remoção de calor).

Objetivo

4

Dispositivos de microcanais:

- pequena escala (mm~cm);

- água como fluido base;

- baixas velocidades / baixo número de Reynolds (Re<1);

- regime permanente.

Fundamentação Teórica

5

2

0

pt

t

uu u u f

u

Equações de Navier-Stokes

2

0

pu f

u

Equações de Stokes

- regime permanente;

- baixo número de Reynolds

(Re<1);

- termo convectivo desprezível;

- predomínio de efeitos viscosos;

- escoamento incompressível;

u – velocidade

p – pressão

f – forças de corpo

μ – viscodidade do

fluido

ρ – densidade do

fluido

- escoamento através de meios porosos;

- permeabilidade do material.

6

Equação de Darcy

Vin Vout

Equações de Brinkman

2

0

pu u f

u

- Stokes + Darcy

α – permeabilidade

inversa do meio

poroso

pu f

α como fator de penalização

Fundamentação Teórica

Borrvall, T., e J. Petersson. “Topology optimization of fluids in Stokes flow.” International Journal for

Numerical Methods in Fluids 41, 2003: 77–107.

7

- descreve os processos de troca de calor;

- condução/convecção.

Equação de Transferência de Calor (equação

de energia)

TkTct

Tc pp

2

tfu

u – velocidade

T – temperatura

ft – fonte de calor

k – condutividade térmica

cp – calor específico

ρ – densidade do fluido

Fundamentação Teórica

Método de Elementos Finitos (MEF)

8

- Elemento Fluido

1

2

3

4

u1

u2

u3

u4

v1

v2

v3

v4

x

y

velocidade

pressão

- Elemento Térmico

1

2

4

T1

T2

T3

T4

x

y

temperatura

T u fK G

p 0-G 0

1 1 2 2 3 3 4 4

tu v u v u v u vu

pp

Tn T kT q

1 2 3 4{ }TT T T TT

Formulação

Streamline Upwind

Petrov-Galerkin

12

Domínio Fixo Estendido

Ω

Ωd

Ω

Γu

Γt ?

Modelo de Material

- modelo SIMP (“Solid Isotropic Material with Penalization”)

p=1

23

46

10

C(x

)ρ(x)

00

0.2 0.4 0.6 0.8 1

C0

0 1

?

0 1Problema discreto

(mal-posto)

Problema relaxado

p – fator de penalização

O problema é relaxado, permitindo

que a variável de projeto assuma

valores intermediários durante o

processo de otimização.

0C Cx x0

pC Cx x

Conceitos da Otimização Topológica

Formulação do Problema de Otimização

13Solução através de PLS (Programação Linear Seqüencial)

Minimização de perdas de carga

uIN

uOUT

u=0

minimizar: energia potencial de escoamento do

sistema fluido

sujeito a: equações de equilíbrio

restrição de volume

Formulação do Problema de Otimização

14Solução através de PLS (Programação Linear Sequencial)

Maximização de velocidade

u

u

IN

OUT

u i

u=0

maximizar: velocidade em pontos definidos

sujeito a: equações de equilíbrio

restrição de volume

Formulação do Problema de Otimização

15Solução através de PLS (Programação Linear Sequencial)

Maximização da condutividade (dissipação) térmica

calor

adiabático T=T 0

maximizar: energia potencial térmica

sujeito a: equações de equilíbrio térmicas

restrição de volume

Formulação do Problema de Otimização

16Solução através de PLS (Programação Linear Sequencial)

Função multi-objetivo

min: perda de carga

max: dissipação térmica

Cálculo de Sensibilidade

através do Método Adjunto

u in u outcalor

u=0

adiabático T=T0

minimizar: função multi-objetivo

sujeito a: equações de equilíbrio fluídicas

equações de equilíbrio térmicas

restrição de volumeTin, Tout,

17

Fluxograma da Otimização

Implementação Numérica

início

MEF

cálculo dos gradientes

otimização

resultado

convergiu?

S

N

Ventr

Vsaída

Software

totalmente

implementado

em Matlab

18

Interface Gráfica em Ambiente Matlab

Otimização Topológica

Exemplos – Minimização da Perda de Carga

Canal em Curva

19

?u=1v=0

u=0v=-1

x

y

0 5 10 15 20 25 305

10

15

20Energia dissipada ao longo das iterações

iterações

Fu

nçã

o O

bje

tivo

V=0,25 V=0,4 V=0,6 V=0,7

5 10 15 20 25 30 35 40

5

10

15

20

25

30

35

40

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

(Borrvall and Petersson, 2003)

Vetores de velocidade Módulo da velocidade Campo de pressões

frações de volume

V=0,4

Canal em Curva

21

Independência de Malha

20x20 elementos 40x40 elementos 80x80 elementos

Exemplos – Minimização da Perda de Carga

Bocal/Difusor

22

0 5 10 15 20 25 3020

40

60

80

100Energia dissipada ao longo das iterações

Iterações

Fu

nçã

o O

bje

tivo

1

1/3u=1v=0

x

y

u=3v=0? 60x60 elementos 120x120 elementos

V=0,5

10 20 30 40 50 60

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

80

100

120

140

160

180

200

(Borrvall and Petersson, 2003)

Módulo da velocidade Campo de pressões

Exemplos – Minimização da Perda de Carga

Canal Duplo

23

x

y

?0.2

1/4

0.2

1

δ

1/4

δ = 1,0 δ = 1,5

malha

refinada

(Borrvall and Petersson, 2003)

10 20 30 40 50 60

5

10

15

20

25

30

35

40

0

20

40

60

80

100

120

140

Módulo da velocidade Campo de pressões

V=0,4

Exemplos – Minimização da Perda de Carga

Escoamento ao redor de perfis

24

10

20

30

40

50

60

70

8010 20 30 40 50 60 70 80

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

1

1u=1

v=0u=1

v=0

V = 0,85

V = 0,90

V = 0,95

Módulo da velocidade Campo de pressões

Exemplos – Minimização da Perda de Carga

Campo de Pressões

0

100

200

300

400

500

600

Exemplos – Maximização da velocidade

Reversor

25

u=1v=0

u=0v=-1

x

y

uoutmax

UX

40x40 elementos 80x80 elementos

Campo de pressões

0 5 10 15 20 25 30

-1.6-1.4

-1.2

-1-0.8

-0.6-0.4

-0.20

0.2velocidade ao longo das iterações

iterações

fun

ção o

bje

tivo

V=0,4

Vetores de velocidade

Exemplos – Maximização da Dissipação Térmica

Dissipador de calor (Condução pura)

26

T=0

Calor distribuído

40x40 elementos 160x160 elementos

Distribuição de Temperatura

Trocador de calor (Convecção/Difusão)

27

Exemplos – Maximização da Dissipação Térmica

Pesos da otimização:

u – peso da otimização fluídica

w – peso da otimização térmica

?

u=0v=-1

x

y

T=20ºC

CalorDistribuído

p=0 p=0

Sólido: alumínio

Fluido: águaad

iab

átic

o adiab

ático

Trocador de calor (Convecção/Difusão)

28

Resultados – Maximização da Dissipação Térmica

?

u=0v=- 1

x

y

T=20

CalorDistribuído

p=0 p=0

u=100; w=1 u=1; w=10

u=1; w=100

Perda de carga

u=1; w=1000

Térmico

29

Exemplos – Maximização da Dissipação Térmica

Trocador de calor (Convecção/Difusão)

densidade velocidade

distribuição de temperatura (simetria)

?

u=0v=- 1

x

y

T=20

CalorDistribuído

p=0 p=0

Conclusões

• O MOT consiste num método de otimização robusto e

sistemático no projeto de sistemas termo-fluidos;

•O método permite obter a geometria de um canal de escoamento

do fluido mais eficiente, reduzindo as perdas de carga ao longo

do mesmo, bem como domínios com melhor condução térmica;

• É possível combinar os dois fenômenos através de uma função

multi-objetivo, sendo útil no projeto de trocadores de calor;

•A otimização topológica permite o desenvolvimento de um

projeto mais eficiente com relação às dissipações termo-fluidicas;

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