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Ourém 1 Ourém – o que ver e visitar O concelho recebeu foral em 1180, atribuído pela infanta D. Teresa, filha de D. Afonso Henriques. Nesse documento refere-se que aquele lugar se chamava em latim Auren. No documento de doação do eclesiástico em 1183 por D. Teresa, afirma-se que o local onde foi construído o castelo anteriormente se chamava Abdegas, "Aprouve- me fazer testamento do eclesiástico de Ourém, que antes se chamava Abdegas". No entanto, no foral de Leiria de 1142 a palavra Ourém (Portus de Auren) já era referida, como limite territorial do termo de Leiria. Em 1159 na doação do Castelo de Ceras, e em 1167 num documento do Bispo de Lisboa a D. Afonso Henriques sobre uma disputa territorial com os Templários, tinha voltado a aparecer Portus de Auren. A palavra Portus significava uma travessia de um rio ou ribeiro. A comparação dos documentos leva a concluir que o "Porto de Ourém" se situava entre a Sabacheira e Seiça. Por isso, é de crer que inicialmente a palavra Auren designasse apenas a ribeira com os seus terrenos adjacentes. O núcleo histórico desenvolveu-se em torno do Castelo de Ourém, que teve no tempo de D. Afonso, 4.º Conde de Ourém um período de grande desenvolvimento. Em 1841 a sede do concelho passou da zona histórica do castelo para o vale onde se encontra actualmente. Até à sua elevação a cidade em 20 de Junho de 1991, era conhecida como Vila Nova de Ourém. Actualmente seu nome oficial é Ourém. Roteiro Turístico de Ourém Castelos de Ourém (ver numeração e respectiva descrição) Sé Colegiada (1) A Igreja da Colegiada de Nossa Senhora da Misericórdia ou da Visitação, foi reconstruída em estilo barroco após o terramoto de 1755 que destruiu a primitiva Igreja da Colegiada, fundada em 1445 por D. Afonso, 4º Conde de Ourém, e da qual apenas se salvou a Cripta.

Ourém - o que ver e visitar · 2012. 9. 11. · Ourém 1 Ourém – o que ver e visitar O concelho recebeu foral em 1180, atribuído pela infanta D. Teresa, filha de D. Afonso Henriques

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Ourém 1

Ourém – o que ver e visitar

O concelho recebeu foral em 1180, atribuído pela infanta D. Teresa, filha de D. Afonso Henriques. Nesse documento refere-se que aquele lugar se chamava

em latim Auren. No documento de doação do eclesiástico em 1183 por D. Teresa, afirma-se que o

local onde foi construído o castelo anteriormente se chamava Abdegas, "Aprouve-me fazer testamento do eclesiástico de Ourém, que antes se chamava Abdegas". No entanto, no foral de Leiria de 1142 a palavra Ourém (Portus de Auren) já era referida, como limite territorial do termo de Leiria. Em 1159 na doação do Castelo de Ceras, e em 1167 num documento do Bispo de Lisboa a D. Afonso Henriques sobre uma disputa territorial com os Templários, tinha voltado a aparecer Portus de Auren. A palavra Portus significava uma travessia de um rio ou ribeiro. A comparação dos documentos leva a concluir que o "Porto de Ourém" se situava entre a Sabacheira e Seiça. Por isso, é de crer que inicialmente a palavra Auren designasse apenas a ribeira com os seus terrenos adjacentes. O núcleo histórico desenvolveu-se em torno do Castelo de Ourém, que teve no tempo de D. Afonso, 4.º Conde de Ourém um período de grande desenvolvimento. Em 1841 a sede do concelho passou da zona histórica do castelo para o vale onde se encontra actualmente. Até à sua elevação a cidade em 20 de Junho de 1991, era conhecida como Vila Nova de Ourém. Actualmente seu nome oficial é Ourém. Roteiro Turístico de Ourém Castelos de Ourém (ver numeração e respectiva descrição)

Sé Colegiada (1) A Igreja da Colegiada de Nossa Senhora da Misericórdia ou da Visitação, foi reconstruída em estilo barroco após o terramoto de 1755 que destruiu a primitiva Igreja da Colegiada, fundada em 1445 por D. Afonso, 4º Conde de Ourém, e da qual apenas se salvou a Cripta.

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Ourém 2

Cripta (2) A Cripta é uma admirável sala subterrânea situada sob o pavimento da Capela-Mor da Colegiada, com tecto abobadado e apoiado em seis colunas com capitéis lavrados que rodeiam o túmulo do Conde D. Afonso, decorado com estátua jacente e emblema senhorial da autoria do escultor quatrocentista Diogo Pires-o-Velho. Repare-se na figura do Conde com a cabeça, de cabeleira longa e barrete mole, a repousar sobre duas almofadas e vestindo uma longa opa, segundo a moda da primeira metade do século XV.

Fonte Gótica (3) É composta por duas arcadas ogivais e um pequeno tanque. Sobre a bica conservam-se as armas da Dinastia de Avis e do Conde D. Afonso, que a mandou construir em 1434.

Pelourinho (4)

Assenta numa plataforma de três degraus. Tem fuste oitavado com anel entre molduras e símbolo heráldico. É rematado por uma coroa aberta, bem lavrada, envolvendo um "fogaréu".

Torreões (5)

Os torreões foram construídos pelo Conde cerca do ano 1450. Nessa altura, uma passagem coberta unia o Paço a uma torre cilíndrica, de que resta a base, e daí se fazia a ligação ao castelo. O Paço e os dois torreões mostram uma arquitectura invulgar, de inspiração veneziana, onde a função palaciana se ajusta a uma forte estrutura militar de onde sobressai as elegantes cimalhas de tijolo saliente.

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Ourém 3

Paço do Conde (6) Foi a residência oficial de D. Afonso. Do primitivo castelo subsistem as muralhas, duas portas e algumas torres. É Monumento Nacional.

Castelo Medieval (7)

O Castelo, do século XII, é formado por três torres num perímetro triângular, tendo no centro do seu terreiro uma curiosa e enorme cisterna ogival que pode ser visitada, e desde sempre alimentada por uma fonte de água pura e abundante, razão pela qual este castelo nunca se rendeu a qualquer cerco. A torre virada noroeste chama-se "torre de D. Mécia", por ali ter permanecido a rainha de Portgal mulher de D. Sancho II. No lado Norte do Castelo situa-se o amplo e panorâmico Terreiro de Santiago, com a estátua de D. Nuno Álvares Pereira ao centro.

Património Agroal

Agroal - Neste local, situado na freguesia de Formigais, encontra-se a mais importante nascente do rio Nabão, de caudal abundante.

Ribeiras de Olival e de Seiça - Nestas Ribeiras existe a raríssima lampreia de riacho, espécie única e extremamente importante na Península Ibérica, cujo habitat se restringe, actualmente, a estas duas ribeiras.

Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros - a faixa sul do Concelho está nele incluído.

Jazida de pegadas de dinossauro

A jazida paleontológica de pegadas de dinossauros da Pedreira do Galinha, localiza-se na vertente oriental da Serra d'Aire, a cerca de 10 quilómetros de Fátima e a 16 de Torres Novas, na localidade do Bairro (Concelho de Ourém), em pleno Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros.

Esta notável jazida do Jurássico médio (com cerca de 175 milhões de anos de idade) contém não só o mais antigo e o mais longo registo mundial de saurópodes, como, também, os testemunhos - excepcionalmente bem conservados - de alguns dos maiores animais terrestres jamais existentes.

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Ourém 4

A visita ao Santuário de Fátima Todo o recinto do Santuário é dominado pela Basílica cuja construção, em estilo neobarroco, se iniciou em 1928 segundo o projecto do arquitecto holandês G. Van Kriecken, vindo a ser sagrada em 1953. O altar-mor da Basílica tem um quadro que representa a Mensagem de Nossa Senhora aos Pastorinhos e os vitrais ilustram Cenas das Aparições. Nos quatro cantos da Basílica estão as estátuas dos Apóstolos do Imaculado Coração de Maria. Na Capela-mor vê-se o túmulo de D. José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria, e do lado nascente estão os túmulos dos Videntes já falecidos - Francisco e Jacinta Marto. O orgão monumental, datado de 1952, tem cerca de 12.000 tubos. Toda a colunata é decorada com quadros da Via Sacra, em cerâmica policromada e sobrepujada por estátuas de Santos das quais se destacam, junto ao corpo da Basílica, as dos quatro Santos portugueses - S. João de Deus, S. João de Brito, Santo António e Beato Nuno. A Capela das Aparições é considerada o coração de todo o Santuário, pois além de assinalar o local das primeiras Aparições de Nossa Senhora do Rosário aos Pastorinhos, alberga a Imagem de Nossa Senhora e foi o primeiro local de oração a ser edificado na Cova da Iria. A Azinheira Grande foi o local onde os Pastorinhos e os peregrinos rezaram o terço, antes da Segunda e da Terceira Aparição. O Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, em pleno centro do Santuário, cobre o poço de água que aqui brotou na Última Aparição. A Cruz Alta comemora o Ano Santo Universal aqui celebrado em 1951. O Centro Pastoral Papa Paulo Vl é um importante centro de Estudos Marianos e de Congressos, e foi inaugurado pelo Papa João Paulo II, em 13 de Maio de 1982. A Via Sacra é composta por 14 Capelinhas evocativas da Paixão do Senhor. Começa na Rotunda de Santa Teresa de Ourém, passa junto ao Monumento de Valinhos que assinala o local da Quarta Aparição, a 19 de Agosto de 1917, e termina no Calvário, um pouco acima da Loca do Anjo - o sítio onde os Três Pastorinhos receberam a Primeira e a Terceira visita do Anjo, durante a Primavera e Outono de 1916. As Casas dos Pastorinhos em Aljustrel, de Lúcia e da Família Marto, conservam todo o mobiliário e objectos de uso doméstico e pessoal dos Videntes. No quintal da Casa de Lúcia situa-se o poço onde o Anjo apareccu em 1916, pela segunda vez. Ainda no Santuário pode ser visto o Monumento ao Papa Paulo VI, o Monumento ao Papa Pio XII e o Monumento a D. José Alves Correia da Silva. Na Albergaria de Nª Srª das Dores é dada toda a assistência a peregrinos.