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OUTRAS HEPATITES VIRAIS Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ Área de Ciências da Saúde - ACS Curso de Medicina Módulo Saúde do Adulto e do Idoso III - SAI III Prof. Milton Scopel Acadêmicos: Giancarlos Fornari, Giulia Cecconello, Manuela Seger Nervis

Outras Hepatites Virais

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  • OUTRAS HEPATITES VIRAISUniversidade Comunitria da Regio de Chapec - UNOCHAPECrea de Cincias da Sade - ACSCurso de MedicinaMdulo Sade do Adulto e do Idoso III - SAI IIIProf. Milton ScopelAcadmicos: Giancarlos Fornari, Giulia Cecconello, Manuela Seger Nervis

  • ConceitoDoena causada pelo vrus HEV, denominada hepatite E, ou hepatite no-A no-B transmitida por via entrica.

    No deve ser confundida com outras hepatites virais tambm denominadas no-A no-B, transmitidas por via parenteral.

    A hepatite causada por HEV clinicamente similar ao quadro produzido por hepatite A (indisposio, anorexia, dor abdominal, artralgia e febre).

    No h casos descritos de hepatite E crnica.

  • EtiologiaO vrus da hepatite E uma partcula com um dimetro de 32 a 34 nm, que pode ser encontrado nas fezes durante a fase aguda precoce da infeco.

    O HEV possui uma estrutura muito similar ao Calicivrus, causadores de diarreia no homem.

    O vrion apresenta forma esfrica e no possui envelope lipdico.

    Trata-se de um vrus RNA composto de trs regies de leitura genmica: ORF1, ORF2 e ORF3.

  • Transmisso

    VIA ENTRICA.

    O principal modo de transmisso do vrus por gua contaminada e pessoa-a-pessoa, por via fecal-oral, existindo tambm a possibilidade de ser transmitido por alimentos contaminados.

    O HEV o segundo vrus de transmisso fecal-oral com hepatotropismo confirmado, aps o vrus da hepatite A.

  • Epidemiologia

  • EpidemiologiaO vrus da hepatite E foi o agente etiolgico responsvel pelo surto da doena nas dcadas de 1950 e 1960 em Bombaim e Calcut.

    Na dcada de 1970, o HEV foi responsvel por surtos na Tunsia, Marrocos e Arglia.

    O sudeste asitico apresenta endemicidade do vrus HEV, este agente viral seria transmitido por gua contaminada, principalmente nas pocas de grandes chuvas e inundaes.

    Identificou-se o HEV em porcos, galinhas e retos, sugerindo que o vrus tambm pode manter-se como zoonose, com amplas possibilidades de disseminao ambiental.

  • Quadro clnico

    O perodo de incubao do vrus varia entre 15 e 65 dias, com mdia de 40 dias. De maneira semelhante ao HAV, o HEV excretado nas fezes durante a semana que precede as manifestaes clnicas da doena, diminuindo significativamente sua eliminao fecal aps a primeira semana que se segue ictercia.

    Durante a fase aguda no h peculiaridades clnicas que permitem diagnosticar a hepatite E sem a sorologia especfica.

  • Quadro clnicoA taxa de letalidade semelhante da hepatite A, ou seja, entre 0,1 e 1%, exceto em grvidas, onde a taxa pode alcanar 20% entre aquelas infectadas durante o terceiro trimestre de gestao.

    As formas anictricas predominam, dificultando o diagnstico da infeco na fase aguda da doena.

    No h casos descritos de hepatite E crnica, geralmente, ela apresenta resoluo espontnea aps 2 a 6 semanas, embora existam formas colestticas prolongadas da doena.

  • DiagnsticoO diagnstico baseado em caractersticas epidemiolgicas de surtos e por excluso de viroses de outras hepatites por testes sorolgicos.

    A confirmao requer a identificao de partculas do vrus por microscopia eletroimune em fezes de pacientes com a doena em fase aguda: >>>>> FASE PRODRMICA

    O diagnstico especfico tambm pode ser feito pela deteco de anticorpos IgM contra o HEV no sangue: >>>>> FASE AGUDA INICIAL

  • TratamentoNo h tratamento especfico para a hepatite E. Quando no ocorre a forma fulminante, a doena evolui para a cura espontnea.

    No h necessidade de dietas especiais ou repouso exagerada (crendices e tabus). Deve-se permitir dieta livre de acordo com a aceitao do paciente.

    Antiemticos podem ser usados conforme a demanda, na fase aguda, enquanto que complexo vitamnicos no parecem influenciar a evoluo da doena e no devem merecer prescrio rotineira.

  • Hepatite E no BrasilNo Brasil, desde a dcada de 1990, alguns grupos de pesquisa em Hepatologia tm trabalhado com estudos epidemiolgicos sobre o vrus da Hepatite E. Em Salvador-BA, um inqurito epidemiolgico utilizou kits anti-HEV para detectar exposio previa ao vrus E. Neste inqurito, observou-se que 2,2% da populao de Salvador tinha evidncias de contato prvio com o vrus, todavia na entrevista com esses pacientes, no havia referencia na histria clnica de hepatites aguda sintomtica.

    Posteriormente, grupos do Mato Grosso, Rio de Janeiro e So Paulo mostraram resultados semelhantes.

  • Reportagem publicada por Folha de So Paulo em 24/08/10

  • Hepatite TT, F e GA hepatite viral ainda uma das causas mais comuns de doenas hepticas aguda e crnica e pode ser dividida em dois grandes grupos: hepatites virais de A a E;hepatites viraisnon-A to non-E que incluem G e F, o SEN-V e o vrus TT (TTV)

  • Hepatite FA hepatite F um subgrupo da hepatite C, tendo sido transmitida a macacos da espcie Rhesussp. em laboratrio, de forma experimental. No existem relatos de humanos infectados pela hepatite F, por isso sua existncia ainda contestada.

  • Conceito/descrioDoena infecciosa benigna, causada pelo VHG, que pode ou no causar inflamao no fgado.Descoberta recente = 1995! um flavivrus, similar ao VHC, que foi clonado em 1995 e chamado de vrus da hepatite G (VHG).

  • Etiologia/agente etiolgico/transmissoO VHG um vrus de RNA de cadeia simples; tem cerca de 9400 nucleotdeos; pertence famlia dosFlaviviridae (flavivrus). um vrus basicamente linfotrpico: replica principalmente nos linfcitos.Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contgio possveis; sabe-se, contudo, que a doena transmitida principalmente pelo contato sanguneo: transfuso de sangue ou hemoderivados, contato com drogas injetveis contaminadas com sangue infectado.Outras formas de contgio em investigao:- relao sem preservativo;- transmisso vertical.

  • EpidemiologiaEstima-se que o VHG responsvel por 0,3% de todas as hepatites virais.EUA = estima-se que a prevalncia em doadores de sangue varie de 1% at 4%.Supe-se que o VHG encontra-se em:- 20-30% dos usurios de drogas injetveis;- 10% dos sujeitos a uma transfuso.Em cerca de 20% dos indivduos infectados pelo VHB ou VHC possvel detectar anticorpos para o VHG.90-100% dos infectados tornam-se PORTADORES crnicos, mas podem nunca desenvolver uma doena heptica efetivamente (ex.: cirrose, cncer no fgado).

  • Grupos de riscoProfissionais que entram em contato com sangue e hemoderivados.Pessoas que receberam vrias transfuses de sangue.Doadores de sangue.Pacientes que fazem hemodilise.Pessoas que usam drogas ilcitas injetveis.

  • Quadro clnicoA doena assintomtica. Como uma doena recentemente descoberta, sua sintomatologia ainda no bem explicada. A infeco aguda geralmente leve e transitria, quase no percebida pelo paciente.Alguns casos de hepatite fulminante relacionada infeco pelo VHG foram relatados, mas no confirmados definitivamente pelos especialistas.O VHG recebeu um nome inadequado, uma vez que no hepatotrpico e no causa elevaes nas aminotransferases sricas; em vez disso, o vrus parece replicar-se na medula ssea e no bao.

  • Quadro clnicoO VHG geralmente coinfecta indivduos infectados pelo HIV (prevalncia de 35%).Curiosamente, essa dupla infeco tem um efeito relativamente protetor contra a doena por HIV.

  • DiagnsticoANAMNESE + EXAME FSICO + EXAMES COMPLEMENTARES*

    A deteco da infeco ativa pelo VHG feita por reao em cadeia da polimerase (PCR), enquanto que a deteco das protenas do envelope feita por ensaio imunoenzimtico; muito raramente, os dois marcadores so encontrados ao mesmo tempo. O anti-VHG um marcador de infeco passada e o ARN-VHG um marcador da presena do vrus.

  • TratamentoNo existe tratamento especfico para a hepatite G. O vrus no provoca leses hepticas e nem compromete outros rgos clinicamente, segundo os estudos clnicos feitos at agora.O vrus no provoca hepatite crnica e a sua presena associada no agrava ou altera a evoluo da hepatite crnica B ou C.No foi encontrada relao entre o VHG e o carcinoma hepatocelular.

  • PrevenoAconselha-se:- uso do preservativo durante as relaes sexuais;- evitar o compartilhamento de objetos cortantes, com especial ateno aos utilizadores de drogas injetveis ou inaladas; - evitar o uso coletivo de materiais de manicure e pedicure.No existe vacina contra a hepatite G!

  • Hepatite por vrus TTConceitoO vrus TT (VTT) um novo vrus identificado em 1977, no Japo, por Nishizawa e colaboradores, no soro de um doente com uma hepatite ps-transfusional no A-G .

  • Hepatite por vrus TTConceito

    O TTV um vrus DNA no-envelopado, de fita simples.As informaes sobre as propriedades fsico-qumicas do TTV so limitadas, porm se sabe que um vrus muito resistente.

  • Hepatite por vrus TTEpidemiologia

    No Japo o vrus TT foi encontrado em 47% de casos de hepatites fulminantes e crnicas, 38% de casos de cirrose de etiologia no-conhecida e 12% de doadores de sangue. No Brasil, nos estados de So Paulo e Par, o TTV foi encontrado em pacientes com hepatopatias crnicas.

  • Hepatite por vrus TTEpidemiologia

    Evidncias sugerem que o TTV no uma causa significativa para doenas hepticas, embora seja capaz de induzir a hepatite em uma pequena parcela de pacientes.

  • Hepatite por vrus TTTransmisso

    Transmitido por via parenteral, observa-se uma elevada prevalncia de infeco nos hemoflicos e dependentes de drogas. A maioria dos estudos mostrou uma alta taxa de deteco do TTV entre indivduos politransfundidos, talassmicos, hemodialisados, hemoflicos e usurios de drogas intravenosas.Est comprovada a sua transmisso entrica.

  • Hepatite por vrus TTQuadro clnico

    No h manifestaes clnicas exclusivamente associadas ao TTV. Infeco ativa altamente prevalente entre indivduos aparentemente saudveis. Isso sugere que o TTV essencialmente desprovido de potencial patognico.

  • Hepatite por vrus TTDiagnstico

    O diagnstico laboratorial para a infeco pelo TTV realizado pela amplificao de segmentos do DNA viral, atravs da reao em cadeia da polimerase (PCR).No entanto, devido grande variabilidade gentica do TTV, alguns segmentos do DNA viral podem reduzir a sensibilidade da PCR.

  • Hepatite por vrus TTTratamento

    No se sabe se ela pode ou no se tornar crnica;No h vacina e nem tratamento conhecido atualmente

  • RefernciasPARAN, Raymundo; SCHINONI, Maria Isabel. Hepatite E. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Salvador BA, v. 35, p. 247-253, mai-jun 2002.

    SECRETARIA DE SADE DE SO PAULO, Manual de Doenas Transmitidas por Alimentos. INFORME-NET DTA, So Paulo SP, jul 2010.

    SECRETARIA DE VIGILNCIA EM SADE. A, B, C, D, E de Hepatites para Comunicadores. Ministrio da Sade, Braslia DF, 1 ed. 2005.

    FOLHA DE SO PAULO, Acesso em 04 de abril de 2015.

  • RefernciasKUMAR, V. et al. Robbins & Cotran: Patologia - Bases Patolgicas dasDoenas.8 Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.HEPATITE G. Disponvel em: . Acesso em: 03 de abril de 2015.HEPATITE G. Disponvel em: . Acesso em: 03 de abril de 2015.WATANABE, Maria Angelica Ehara et al . Aspectos patolgicos, imunolgicos e propriedades moleculares do TT vrus.J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro , v. 41,n. 4,Aug. 2005. Disponvel em: . Acesso em: 07 abril 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1676-24442005000400002.