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Ditadura: Campos Secretos de Confinamento Indígena

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    Ditadura: campos secretos deconfinamento indgena 26 de junho de 2013

    O patax Digenes que conta ter sido enviado para o Reformatrio Krenakdepois de expulso de suas terras

    Mais de cem ndios foram internados no Reformatrio Krenak e na Fazenda

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  • Guarani. Prticas incluam trabalhos forados e torturasPor Andr Campos, na Publica

    Durante os anos de chumbo, aps o golpe de 1964, a Fundao Nacional dondio (Funai) manteve silenciosamente em Minas Gerais dois centros para adeteno de ndios considerados infratores. Para l foram levados mais decem indivduos de dezenas de etnias, oriundos de ao menos 11 estados dascinco regies do pas. O Reformatrio Krenak, em Resplendor (MG), e aFazenda Guarani, em Carmsia (MG), eram geridos e vigiados por policiaismilitares. Sobre eles recaem diversas denncias de violaes de direitoshumanos.

    Os campos de concentrao tnicos em Minas Gerais representaram umaradicalizao de prticas repressivas que j existiam na poca do antigo Serviode Proteo aos ndios (SPI) rgo federal, criado em 1910, substitudo pelaFunai em 1967. Em diversas aldeias, os servidores do SPI, muitos deles deorigem militar, implantaram castigos cruis e cadeias desumanas para prenderndios.

    Os anos desde o fim da ditadura pouco contriburam para tirar da obscuridade aexistncia dos presdios indgenas. Um silncio que incomoda novas lideranascomo Douglas Krenak, 30 anos, ex-coordenador do Conselho dos PovosIndgenas de Minas Gerais (Copimg). Em 2009, recebi um convite paraparticipar das comemoraes, em Belo Horizonte (MG), dos 30 anos da Anistiano Brasil. Havia toda uma discusso sobre a indenizao dos que sofreram coma ditadura, mas a questo indgena no foi nem sequer lembrada, reclama.

    Douglas mais um entre os que tm histrias familiares de violncia fsica ecultural sofridas nesse perodo. Meu av foi preso no reformatrio Krenak,conta. Chegou a ser arrastado com o cavalo de um militar, amarrado pelosps.

    Para a pedagoga Geralda Soares, ex-integrante do Conselho IndigenistaMissionrio em Minas Gerais (Cimi/MG), fundamental reparar a dvida comos indgenas vtimas de violncias no perodo que, acredita ela, no diferedaquela reconhecida como direito de outros grupos que sofreram nos pores daditadura. Muitos desses ndios, na minha concepo, so presos polticos. Naverdade, eles estavam em uma luta justa, lutando pela terra, defende. Noexiste, no Brasil, nenhum indivduo ou comunidade indgena indenizado peloscrimes cometidos pelo Estado nessas reas de confinamento.

    AGrciape namesa acartada

    democraciaChantageado peloscredores, governoconvoca plebiscitosobre ajuste impostoao pas. Oligarquiafinanceira vacila. O quea atitude representa, em[]

    Dois

    Irmos, novo passo daHQ brasileiraAo adaptar obra deMilton Hatoum, FbioMoon e Gabriel Bmostram-se altura daimportncia doromance -- mas []

    CartaAbertadeChau:vigiare punir

    Foucault?Para vetar ctedra emhomenagem a pensador,PUC-SP alegapensamento divergente.Desde quando filosofiae cincia definem-sepelo consenso? []

    Julian

    Assange: como a NSAespionou ParisEm revelao-bomba,criador do Wikileaksdesvenda vigilncia deWashington sobre trs

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  • Se cabe para os outros, porque no cabe para os ndios?, questiona MariaHilda Baqueiro Paraso, professora associada da Universidade Federal da Bahia(UFBA). Ela lembra que h relatos de pessoas desaparecidas aps ingressaremem tais locais, cujos familiares vivem at hoje sem qualquer tipo de resposta doEstado ou poltica de reparao.

    A Comisso Nacional da Verdade (CNV), instalada pelo governo federal emmaio de 2012, definiu os crimes contra camponeses e indgenas como um dosseus 13 eixos de trabalho. O balano de um ano de atividades da CNV,divulgado recentemente, informa que a existncia de prises destinadas a ndios um dos seus objetos de pesquisa. A Agncia Pblica entrou em contato parasaber mais detalhes sobre as apuraes que esto sendo realizadas, mas aComisso no se pronunciou.

    ESPANCAMENTOS E TRABALHOS FORADOS NO CENTRO DEREEDUCAO KRENAKEm 1965, o combalido Servio de Proteo aos ndios (SPI), afundado emdenncias de inoperncia e corrupo, comeou a negociar um convnio com ogoverno de Minas Gerais, atravs do qual o Executivo estadual assumiria aincumbncia de garantir a ordem e a assistncia s aldeias locais. O acordo foiratificado posteriormente pela Fundao Nacional do ndio (Funai), em 1967.Assim nasceu Reformatrio Agrcola Indgena Krenak, um centro derecuperao de ndios mantido pela ditadura militar no municpio deResplendor (MG).

    Sem alarde, o reformatrio por vezes tambm chamado de Centro deReeducao Indgena Krenak comeou a funcionar em 1969 em uma rearural dentro do Posto Indgena Guido Marlire. As atividades locais eramcomandadas por oficiais da Polcia Militar mineira, que, aps o estabelecimentodo convnio, assumiram postos-chave na administrao local da Funai.

    Nos anos seguintes, foram enviados para l mais de cem ndios, pertencentes adezenas de comunidades. Um mosaico de etnias que inclua desde habitantes doextremo norte do pas, como os ndios ashaninka e urubu-kaapor, a povostpicos do sul e do sudeste, como os guaranis e os kaingangs.

    At hoje, muito pouco se divulgou sobre o que de fato acontecia no local. Oreformatrio no teve sua criao publicada em jornais ou veiculada em umaportaria, escreve o pesquisador Jos Gabriel Silveira Corra, autor de um dos

    presidentes franceses,ministros, diplomatas,altos funcionrios eparlamentares []

    Barcelona: tecnologiastransformaro poder?Posse de Ada Colauleva movimentoscidados a governarcapital da Catalunha eatualiza perguntacrucial: redeshorizontais, articuladaspela []

    Blog da Redao

    MTST pede apoio paraampliar luta e formaopolticaUm dos movimentospopulares brasileirosmais atuantes enecessrios organizadebates sobre aconjuntura brasileira eseus desafios mas[]

    Jornalismo deprofundidade na era daInternetEditor de OutrasPalavras apresenta asconcepes polticas,inovaes editoriais eferramentastecnolgicas queviabilizam, h cincoanos, o site. []

    Haddad expe suaousadia e limitaesTarifa de nibus,cracolndia, bolsa-

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  • poucos estudos sobre a instituio. Seu funcionamento e a prpriarecuperao l executada passavam pela manuteno do sigilo.

    Em 1972, o ento senador pela Aliana Renovadora Nacional (Arena) partidode sustentao da ditadura Osires Teixeira, se pronunciou sobre o tema natribuna do Senado, em uma poucas manifestaes conhecidas de agentes doEstado sobre o reformatrio. Afirmou que os ndios levados ao Krenakretornavam s suas comunidades com uma nova profisso, mais conhecimentose sade e em melhores condies de contribuir com o seu cacique. O Brasiltem sido vtima de ignbeis exploraes de sua poltica indigenista por rgo daimprensa no exterior, quando, na verdade, todos sabemos que o Brasil foi onico pas do continente que, para a conquista de sua civilizao, jamaisdizimou tribos indgenas, afirmou Teixeira.

    Relatos atuais de ex-presos e familiares, no entanto, revelam uma realidademuito diferente daquela descrita pelo senador da Arena.

    TRABALHO ESCRAVO

    A sede do reformatrio possua duas edificaes. Numa delas ficava aadministrao, o almoxarifado e o alojamento dos guardas. J a outra era oreformatrio propriamente dito. Dispunha de cozinha e refeitrio, alm de duascelas individuais, dois confinamentos coletivos e dois cubculos para deteno estes ltimos destinados a encarcerar quem cometesse faltas graves no dia adia correcional.

    Pela manh, aps o desjejum, os confinados jargo utilizado para designaros ndios eram levados para trabalhos rurais, que prosseguiam tambm depoisdo almoo. No fim do dia, numa rotina tipicamente prisional, eram postos paradormir aps o banho e o jantar coletivo.amos at um brejo, com gua at o joelho, plantar arroz, revela DigenesFerreira dos Santos, ndio patax levado ao Krenak em 1969. Botavam agente para arrancar mato, no meio das cobras, e os guardas ficavam em rodavigiando, todos armados, complementa Joo Batista de Oliveira, conhecidocomo Joo Bugre, da etnia krenak. A regio onde foi instalado o reformatrioera habitada pelos ndios krenaks, e muitos de seus representantes tambmforam presos.

    A reportagem da Agncia Pblica teve acesso a diversos documentosproduzidos pelos policiais que comandavam as atividades do reformatrio ofcios, telegramas e fichas individuais que acompanhavam, ms a ms, ocomportamento dos presos. Uma dessas fichas, de um ndio da etnia karaj,descrito como lerdo e preguioso, deixa claro a obrigatoriedade dos trabalhosbraais. um elemento fraco, parecendo at mesmo ser um retardado. Sepudesse, no faria nenhum servio.

    Outras formas de tratamento degradante, como, por exemplo, escassez nofornecimento de comida, calados e vestimentas, tambm esto explicitadasnesses ofcios. tarde eles chegam do servio, tomam banho e vestem amesma roupa molhada de suor, escreve o cabo da PM Antnio Vicente, entochefe do Posto Indgena Guido Marlire, em telegrama de 1971, pedindoprovidncias a seus superiores.

    trans, movimentossociais, imprensa ereforma poltica.Prefeito de So Paulose explica e defende[]

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  • Em 1972, outro comunicado informa que se esgotaram todos os alimentoslocais. Os ndios confinados esto se alimentando de pura mandioca e inhame.Considerando-se a precariedade da alimentao, sero suspensos os trabalhosbraais.

    CRIME E CASTIGO

    Homicdios, roubos e o consumo de lcool nas reas tribais na pocafortemente repreendido pela Funai so alguns dos motivos alegados para atransferncia de ndios ao Krenak. Alm disso, os documentos do rgotambm citam brigas internas, uso de drogas, prostituio, conflitos com oschefes de posto, indivduos penalizados pelo vcio de pederastia e atosdescritos, no raro de forma bastante vaga, como vadiagem.

    Segundo os registros oficiais, alguns ndios permaneceram por mais de trs anose havia indivduos sobre os quais desconhecia-se at o suposto delito. Nosabemos a causa real que motivou o seu encaminhamento, uma vez que norecebemos o relatrio de origem, escreve o cabo Vicente, ao escritrio centralda Ajudncia Minas-Bahia da Funai, a respeito de um xavante, considerado debom comportamento, que l estava h mais de cinco meses.

    Uma das histrias contadas a de dois ndios urubu-kapor que, no Krenak,apanharam muito para que confessassem o crime que os levou at l, explicaGeralda Chaves Soares, que trabalhou do Conselho Indigenista Missionrio(Cimi) em Minas Gerais, e atua como pesquisadora da histria indgena noestado. O problema que eles nem sequer falavam portugus.

    Surras com chicotes e o confinamento em solitria eram outros castigosaplicados, segundo os relatos colhidos pela pesquisadora.

    Se comunicar em lngua indgena, diz o ex-preso Joo Bugre, eraterminantemente proibido. Voc era repreendido, pois os guardas achavamque a gente estava falando deles, lembra. Situao ainda mais difcil paraaqueles que no sabiam portugus. Tinha que aprender na marra. Ou falava,ou apanhava.

    Bugre foi preso em 1970. O registro sobre o caso, descrito nos documentos daFunai, afirma que ele transportou cachaa para dentro da aldeia e se embriagoucom outros ndios. Joo Bugre est insuportvel pelas desobedincias que vemcometendo. J faz juz a um confinamento e est detido em alojamentoseparado, relata o documento.

    Muitos, como eu, no tinham feito nada. Tomei uma pinga. Ser que umapinga pode deixar algum preso quase um ano?, questiona ele. Bugre afirmater ficado preso no reformatrio por cerca de nove meses.

    Alm do consumo de bebida, tambm sair da rea do posto indgena eraconsidera uma falta grave. Meu av chegou a ser arrastado com o cavalo deum militar, amarrado pelos ps, porque tinha sado da aldeia, revela DouglasKrenak. Eu, uma vez, fiquei 17 dias preso porque atravessei o rio sem ordem,e fui jogar uma sinuquinha na cidade, rememora Jos Alfredo de Oliveira,tambm ndio Krenak.

    So exemplos do comportamento comumente classificado como vadiagempelos representantes do rgo indigenista na poca. At mesmo atividadestradicionais de caa e pesca fora dos postos indgenas no raro pequenos e

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  • imprprios para prover a alimentao bsica podiam, segundo relatos, levarndios a temporadas correcionais.

    Via de regra, os presos l chegavam a pedido dos administradores regionais dasreas indgenas. Mas, em alguns casos, por ordem direta de altos escales emBraslia. o caso de um ndio canela encaminhado instituio em julho de1969. Alm do tradicional comportamento inquieto da etnia andarilhoscontumazes , o referido dado ao vcio da embriaguez, quando se tornaagressivo e por vezes perigoso. Como representa um pssimo exemplo para asua comunidade, achamos por bem confi-lo a um perodo de recuperao naColnia de Krenak, atesta ofcio emitido pelo diretor do Departamento deAssistncia da Funai, Lourival Lucena.

    CONFLITOS DE TERRA

    O depoimento do patax Digenes Ferreira dos Santos sugere um outro motivopara a priso de indgenas no reformatrio Krenak.

    Em meados da dcada de 1960, ele era apenas uma criana no dia em que,conforme conta, viu dois policiais chegando Reserva Indgena Caramuru um vasto territrio de Mata Atlntica, no sul da Bahia, tradicionalmenteocupado pelos pataxs. Vieram acionados por um fazendeiro, que reclamavaser o dono daquele local. Tinha uma rvore ali em frente (onde Digenes viviacom seus pais), e eles cravejaram de bala. Depois mandaram tirar tudo o quetinha dentro da nossa casa, e meteram fogo nela, diz.

    Sua famlia migrou ento para uma rea prxima, onde viveram de favor porcinco anos, instalando benfeitorias para um fazendeiro. At o dia em que opretenso proprietrio vendeu o local, deixando-os novamente desalojados.J que no tnhamos apoio de ningum, decidimos voltar ao Caramuru, contaDigenes. Expulsaram o novo ocupante local, mas 15 dias depois novamenteapareceram policiais, dessa vez incumbidos de levar, Digenes e seu pai, at acidade mais prxima. Disseram que o Capito Pinheiro (Manoel dos SantosPinheiro, chefe da Ajudncia Minas Bahia da Funai) estava nos esperando,lembra. Ficamos ento seis dias presos na delegacia de Pau Brasil (BA), atque veio a ordem de nos levarem para o Krenak.

    Nessa poca, Digenes era adolescente. Por ironia do destino, ainda viveu paraver a Funai lhe dar razo em seu pleito. Em 1982, o rgo entrou com umaao pedindo a declarao de nulidade de todas as propriedades de no ndiosinstaladas dentro da Reserva Indgena Caramuru. Aps anos de disputa judicial,o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em maio de 2012, a favor dosndios.Mesmo assim, Digenes ainda sofre com esse passado. Eu no gosto nem defalar, porque me d dio. difcil estar preso por um erro. Trabalhando parasobreviver, ir pra cadeia?, questiona.

    DESAPARECIDOS

    Algumas mulheres krenaks, que chegaram a ser recrutadas pelos policiais daFunai para trabalhar no reformatrio, tambm so tertemunhas das violnciasdesse perodo. Quem fugia da cadeia sofria na mo deles, afirma Maria SniaKrenak, que foi cozinheira no local.

    Alm dos espancamentos, h relatos sobre perseguies acompanhadas de

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  • Bio Latest Posts

    tiros, e de presos que nunca mais foram vistos. Saiu um bocado ali que novoltou mais, revela.

    Um dos desaparecidos Ded Baen, ex-habitante de terras no sul da Bahia,cujo sumio confirmado pelo depoimento de ndios e no-ndios. Ofcios daFunai afirmam que, em agosto de 1969, ele foi levado ao Krenak a pedido deum funcionrio do rgo. O documento o qualifica como um ndio problema,violento quando embriagado e dono de vasto histrico de agresses acivilizados.

    Maria Hilda Baqueiro Paraso, professora associada da Universidade Federal daBahia (UFBA), realiza pesquisas h dcadas junto a comunidades indgenas daregio. E revela uma verso diferente para a priso de Ded Baen. Foi numaocasio em que o Capito Pinheiro esteve na Bahia anunciando a suspenso daassistncia aos ndios locais. Ded se revoltou e fez um discurso contra aadministrao do rgo. Saiu de l j preso, conta.Aps ingressar no reformatrio, ele nunca mais foi visto. Diz-se que ele teriasido executado por um militar que fazia a segurana dos ndios presos na reaKrenak, comenta um indgena que vive na regio onde Ded nasceu.

    Andr Campos, 31 anos, autor de reportagens e documentriosinvestigativos e pesquisa h cinco anos as cadeias indgenas da ditadura. Esta reportagem foi realizada atravs do Concurso de Microbolsas deReportagem da Pblica.

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