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Ano XLIV • Nº 2285 • quarta-feira, 08 de abril de 2015 • 50¢ • www.portuguesetimes.com Taunton 508-828-2992 Advogada Gayle A. deMello Madeira • Assuntos domésticos • Acidentes de automóvel • Acidentes de trabalho • Defesa criminal • Testamentos e Escrituras — Consulta inicial grátis — Providence 401-861-2444 Axis Advisors Daniel da Ponte President & Chief Compliance Officer 401-441-5111 Wealth Management Financial Planning Insurance Planning GOLD STAR REALTY Guiomar Silveira 508-998-1888 PORTUGUESE TIMES PORTUGUESE TIMES MONIZ Insurance Combinação de seguros de casa e carro c/grandes descontos 995-8789 Advogado Joseph F. deMello Taunton 508-824-9112 N.Bedford 508-991-3311 F. River 508-676-1700 The Castelo Group ERA Castelo Real Estate, Inc. Castelo Insurance Agency, Inc. Castle Mortgage Brokerage, Inc. José S. Castelo presidente Joseph Castelo NMLS 19243 MA Broker Lic. MB1271 508-995-6291 (ext. 22) SOCIAL SECURITY DISABILITY Falamos Português • Hablamos Español • No ta fala Creole de Cabo Verde 508-588-9490 JOEL H. SCHWARTZ, P.C. Advogados SEGUROS (401) 438-0111 Joseph Paiva BARTON GILMAN RUI P. ALVES Attorney At Law [email protected] 401-273-7171 (Providence) 617-654-8200 (Boston) CARDOSO TRAVEL 120 Ives St., Providence, RI 02906 CALIFÓRNIA & CANADÁ 25 de agosto a 03 de setembro ITÁLIA & PORTUGAL 11 a 24 de setembro 401-421-0111 EXCURSÕES DE 1 DIA • Cruzeiros • Passagens aéreas • Excursões • Viagens de núpcias www.cardosotravel.com “Sagres” em New Bedford O veleiro “Sagres”, navio-escola da Armada portuguesa, volta este ano aos Estados Unidos, visitando alguns portos da Costa Leste. O pro- grama da visita ainda está em elaboração, mas sabe-se já que a “Sa- gres” fundeará em New Bedford dias 8 e 9 de julho, para uma per- manência de 30 horas durante a qual estará aberta ao público. Romeiros em Fall River Com a saída de um rancho de 350 romeiros, terminou sábado em Fall River o ciclo de romarias quaresmais da tradição micaelense na nossa região. • 11 Cerimónias da Semana Santa em Pawtucket A igreja de Santo António em Pawtucket encheu-se para as cerimónias da Semana Santa, conduzidas pelo padre José Rocha. Na foto, uma jovem com uma repre- sentação do sudário com que Verónica limpou o rosto de Jesus Cristo. • 08 Faleceu o padre Luís Diogo • 07 Senadores de Massachusetts apelam a Obama para que encontre “outros usos” para a Base das Lajes Elizabeth Warren Ed Markey Central Falls Domingo Festival de gastronomia e folclore Integrado nas celebrações do Dia de Portugal em Rhode Island • 09 Susana Viera cria Fundação Esclerose Múltipla depois de ter sido diganosticada com a doença • 03 Entrou em vigor em Massachusetts a lei que obriga à ligação dos faróis e farolins dos carros com mau tempo • 03

“outros usos” para a Base das Lajes Elizabeth Warren

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Ano XLIV • Nº 2285 • quarta-feira, 08 de abril de 2015 • 50¢ • www.portuguesetimes.com

Taunton508-828-2992

Advogada

Gayle A. deMelloMadeira

• Assuntos domésticos• Acidentes de automóvel• Acidentes de trabalho

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401-421-0111EXCURSÕES DE 1 DIA

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“Sagres” emNew Bedford

O veleiro “Sagres”,navio-escola da Armadaportuguesa, volta esteano aos Estados Unidos,visitando alguns portosda Costa Leste. O pro-grama da visita aindaestá em elaboração, massabe-se já que a “Sa-gres” fundeará em NewBedford dias 8 e 9 dejulho, para uma per-manência de 30 horasdurante a qual estaráaberta ao público.

Romeiros em Fall River

Com a saída de um rancho de 350 romeiros, terminousábado em Fall River o ciclo de romarias quaresmaisda tradição micaelense na nossa região. • 11

Cerimónias da Semana Santa em Pawtucket

A igreja de Santo António em Pawtucket encheu-se para as cerimónias da SemanaSanta, conduzidas pelo padre José Rocha. Na foto, uma jovem com uma repre-sentação do sudário com que Verónica limpou o rosto de Jesus Cristo. • 08

Faleceuo padreLuís Diogo • 07

Senadores de Massachusetts apelama Obama para que encontre“outros usos” para a Base das Lajes Elizabeth Warren Ed Markey

Central FallsDomingo

Festival degastronomiae folcloreIntegrado nas celebraçõesdo Dia de Portugalem Rhode Island

• 09

Susana Vieracria FundaçãoEsclerose Múltipladepois deter sidodiganosticadacom a doença

• 03

Entrou emvigor emMassachusettsa lei que obrigaà ligação dosfaróis e farolinsdos carros commau tempo

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Susana Viera cria Fundação Esclerose Múltipladepois de ter sido diganosticada com a doença

A enfermeira SusanaViera, de Dartmouth, foidiagnosticada com escle-rose múltipla em 2009, masdesde então esta mãe detrês filhos não só deu inícioa uma equipa de cami-nhadas Walk MS, apresen-tado pela Biogen, mastambém a sua própria fun-dação, a Susana Viera MSFoundation.

A esclerose múltipla éuma doença do sistemanervoso central, que inter-rompe o fluxo de infor-mações entre o cérebro e ocorpo. A maioria das pes-soas são diagnosticadosentre as idades de 20 e 50anos, com pelo menos duasa três vezes mais pacientesdo sexo feminino do quemasculino.

Os sintomas variam dadormência e formigueiroem várias partes do corpoà cegueira e paralisia. Agravidade e evolução dossintomas de uma pessoaainda não pode ser prevista,mas os avanços na pesquisae tratamento estão nocaminho certo para um fu-turo livre desta doença, queafeta mais de 2,3 milhõesde pessoas em todo o mun-do e é frequentemente inca-pacitante.

Trabalhando no campoda saúde, Viera sabia daimportância da conscien-tização e educação emtorno das questões médicase a esclerose múltipla nãoera exceção.

Com a ajuda de colegas,família e amigos, nasceu aSusana Viera MS Foun-dation e a sua equipa decaminhadas Orange andBlack Attack com 40 ade-rentes em Dartmouth quecaminham batalhando con-tra a esclerose múltipla. Opropósito é aumentar aconscientização sobre adoença nas comunidadesde língua portuguesa eaumentar o acesso aosrecursos para os afetados.

Nos últimos quatro anos,o Orange e Black Attack deSusana tem doado ummínimo de $2.500 com aCaminhada MS Dartmouthe a equipa realiza um jantarde angariação de fundosanual para captar ainda

mais recursos para aNational Multiple SclerosisSociety.

“É ótimo, é inspirador”,disse Susana Viera dacaminhada MS em Dart-mouth.

Susana agradece o apoiodo marido, David Viera,dos três filhos, e da irmã ede uma prima. “Eu não seio que o amanhã trará, massinto-me bem e fazer o quefaço é a minha maior mo-tivação. Eu tenho sorte”.

Para saber mais sobre aSusana Viera FundaçãoMS, visite:

www.susanavieramsfoundation.org

A National MultipleSclerosis Society tem pro-gramas e serviços concebi-dos para ajudar as pessoascom esclerose múltipla.

Junte-se ao movimentoem:

www.MSnewengland.org.

Datas e locais daspróximas caminhadas

11 abril - Easton, OliverJames High School;

12 de abril - Dartmouth,James M. Quinn Elemen-tary School, e PlymouthHigh School North;

19 de abril - NarragansettPier School, e ProvidenceCareer and TechnicalAcademy;

3 de maio - Bristol, Mt.Hope High School, eHyannis, West ElementarySchool.

Em todos os locais, oregisto abre às 08h30 e acaminhada começa às10h00. É um evento deangariação de fundos equem angariar pelo menos$100 recebe uma t-shirt ehá prémios para os maioresangariadores. Os interes-sados devem inscreverem-se com antecedência em:

www.walkMSgne.org

Susana Viera com o marido e filhos.

Elementos participantes de uma caminhada da Susana Viera MS Foundation

Massachusetts oferecedesconto de $2.500na compra de carro elétrico

A administração estadual de Massachusetts anuncioumais dois milhões de dólares em verbas para descontospara os residentes que queiram comprar ou alugar umveículo elétrico (EV). Este financiamento vem juntar-sea outros dois milhões atribuídos em junho de 2014.

O desconto estadual de $2.500 é para veículos elétricoscom bateria completa e $1.500 para o imposto federal de“plug-in hybrids” até $7.500. Estes créditos já ajudarammais de 700 motoristas de Massachusetts a trocaremveículos movidos a gasolina por veículos elétricos.

“A eletrificação da frota de transportes é um elementochave para reduzir o gás de efeito estufa em Massachusetts.Os automóveis e camiões representam mais de 60% dototal de emissões de carbono na região. Os veículoselétricos não têm emissões de escape, e produzem 50 a70% menos gases de efeito estufa do que um veículo agasolina”, disse Emily Norton, diretora da delegação deMassachusetts do Sierra Club, a maior e mais antigaorganização ambiental do país, com mais de dois milhõesde membros dedicados à proteção ambiental.

Massachusetts é parte de uma coligação de oito estadosque se comprometeram a implementar políticas para terem3,3 milhões de veículos elétricos em circulação até 2025.

Para mais informações sobre o programa de descontos,visite MOR-EV.org.

Entrou em vigorem Massachusettsa lei que exige aligação dos faróise farolins traseiroscom mau tempo

A MassDOT Registo deVeículos Motorizados e aDivisão de Auto-estradas,bem como a Polícia esta-dual de Massachusetts,aconselham os motoristas arespeitarem a nova lei queentrou em vigor dia 7 deabril exigindo o uso de fa-róis e farolins traseiros dosautomóveis durante o mautempo e quando os limpapára-brisas estão em uso.

A medida destina-se aaumentar a segurança evisibilidade dos veículosnas auto-estradas.

Assinada em janeiro, alei exige que as luzes dafrente e das traseiras dosveículos sejam ligadas nasseguintes condições: quan-do os limpa pára-brisasestiverem ligados, compouca luz ou más condi-ções meteorológicas.

A violação desta lei éconsiderada infração.

04 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

PORTUGUESE TIMES (USPS 868 100) is published weekly by thePortuguese Times Inc., 1501 Acushnet Avenue, New Bedford, Massa-chusetts 02746-0288, New Bedford, MA. 02746.Frequency: Weekly.Subscription Prices (yearly): New England, New Jersey, Pennsylvania andNew York, $25:00; rest of the country: $30:00 (Regular Mail). US Air Mail:155:00. Canada: $75:00 (Regular Mail) $165.00 (Air Mail). Payable in USfunds. Overseas: $80:00 (Regular Mail), $310:00 (Air Mail). Periodicalpostage paid at New Bedford, MA and at additional Mailing Offices.POSTMASTER: Send address changes to Portuguese Times, PO Box61288, New Bedford, MA 02746-0288.

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FalecimentoDalberto J.Pacheco

Vítima de prolongadadoença, faleceu dia 28 demarço, em New Bedford,onde residia desde 1968,Dalberto J. Pacheco, 82anos.

Natural da ilha Terceira,era filho de ErmelindaSousa e Jacinto Pacheco,ambos já falecidos. Tra-balhou durante vários anoscomo mecânico no BestChoice Auto Sales atéreformar-se.

Deixa viúva AlbertinaPacheco, em New Bedford;um filho, Dalberto R. Pa-checo e esposa Jill, em E.Bridgewater; duas filhas,Délia Braga e maridoAntónio, em East Provi-dence e Susana Pacheco,em New Bedford. Deixaainda dois netos: PrestonRainho e Aaron Braga;duas bisnetas, ScarlettRainho e Karyssa Lopes;

duas irmãs, Nair Estrela eTeresa Silva, ambas noCanadá, vários sobrinhose sobrinhas.

O seu corpo será cre-mado. Foi celebrada missahoje, quarta-feira, pelomeio-dia, na igreja doMonte Carmelo, em NewBedford. As suas cinzasserão depositadas no ce-mitério de South Dart-mouth. As cerimóniasfúnebres estiveram a cargoda Perry Funeral Home,New Bedford.

Gémeos brasileiros nascidos com 24 dias deintervalo celebraram o primeiro aniversário

Uma festa especial tevelugar dia 26 de março noTufts Medical Center, emBoston, para comemorar oprimeiro aniversário dedois gémeos especiais,Alexandre e Ronaldo Antu-nes nasceram com váriassemanas de intervalo.

Em fevereiro de 2014, abrasileira Lindalva daSilva, de Malden, grávidade gémeos, entrou em tra-balho de parto 16 semanasmais cedo e deu à luz Ale-xandre, que foi levado paraa unidade de terapia inten-siva neonatal. Mas comoRonaldo não quis nascer, osmédicos mantiveram Lin-dalva no hospital em repou-so e foram capazes de man-ter o segundo gémeo cres-cendo dentro do útero.

Ronaldo Antunes nasceu24 dias depois, em 26 demarço, uma espécie demilagre médico.

“Um ano depois estamosaqui celebrando”, disseRonaldo Antunes, pai dosmeninos. “Parece que foiontem e já estamos cele-brando o seu primeiroaniversário”.

Alexandre e Ronaldonasceram com 24 dias deintervalo, um tipo de partosexcecionalmente raros, dizo dr. Jonathan Davis, chefeda maternidade do Tufts

Medical Center. “Foi a pri-meira vez na minha carrei-ra que vi isto ser bem suce-dido”, diz Davis. “Já tinhavisto ser tentado várias ve-zes e sem sucesso. Mas estecaso fez uma enorme dife-rença. Ambos os meninosestão muito bem e foramum verdadeiro presente

para os enfermeiros e mé-dicos que cuidaram deles”.

Lindalva tem uma men-sagem simples de gratidãopara os enfermeiros emédicos que ajudaram osmeninos a nascer: “Obriga-do, obrigado. Eles são osmeus meninos milagre, osmeus bebés milagre”.

Gordon Fox impedidode exercer advocacia

O ex-presidente da Câ-mara de Deputados deRhode Island, Gordon D.Fox, está impedido de exer-cer advocacia por decisãodo Conselho de Disciplinado Supremo Tribunal deJustiça de Rhode Islanddatada de 16 de março e nasequência de uma investi-gação federal de grandejúri que se prolongou por18 meses.

No dia 02 de março, Foxdeclarou-se culpado deacusações de suborno,fraude eletrónica e falsas

declarações. Um juiz estáagora a avaliar o acordojudicial feito por Fox comos promotores e Fox serásentenciado a 11 de junho.

A decisão dos juizes doSupremo Tribunal deRhode Island, de expulsarFox “devido a uma inves-tigação de má conduta pro-fissional”, surpreendeu oadvogado. A ordem signi-fica que Fox, 53 anos, deorigem cabo-verdiana elicenciado pela Faculdadede Direito da Universidadede Northeastern, não po-derá ganhar a vida comoadvogado na prática priva-da. No entanto, dentro decinco anos, tem a opção de,eventualmente, pedir aoTribunal Superior a sualicença.

Fox foi admitido da Or-dem dos Advogados deRhode Island em 21 deoutubro de 1991.

Casa Brancaaprova declaraçãode desastrefederal de RI

O presidente BarackObama aprovou o pedidodo estado de Rhode Islandpara declaração de desastrefederal decorrente do ne-vão de 26 de janeiro. A de-claração disponibiliza fi-nanciamento federal, atra-vés do FEMA, agênciafederal de gestão de emer-gências, para os cinco mu-nicípios afetados pelatempestade.

A governadora GinaRaimondo apresentou opedido à Casa Branca em25 de março. As estimati-vas preliminares dos custosestão avaliadas em 4,7milhões dólares.

Os candidatos a subsídiodevem preparar e apresen-tar um pedido oficial paraa determinação da elegibi-lidade por parte da FEMA.O formulário de Solicita-ção de Assistência Públicaesta disponível em: http://www.fema.gov/library/view.

Brown Universitytem alunosde 85 países

A Brown University, deProvidence, recebeu30.397 pedidos de admis-são para o próximo anoletivo, o terceiro mais ele-vado de sempre e fezofertas de admissão a 2.580candidatos. Os candidatosaceites têm até ao dia 1 demaio para aceitar a oferta.

Os alunos admitidos naclasse de 2019 são de todosos 50 estados e 85 países.Os cinco principais estadossão Califórnia, New York,Massachusetts, New Jerseye Texas. Os cinco principaispaíses são China, ReinoUnido, Canadá, Índia eCoreia.

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SEPT. 02, 2015

Prince Henry Society de Fall Riverpromove concerto de Primavera

A Prince Henry Society, de Fall River, leva a efeito dia09 de maio, no Bristol Community College (Margaret L.Jackson Arts Center Theatre) o seu concerto anual dePrimavera e que se destina a angariar fundos para bolsasde estudo.

O concerto deste ano é abrilhantado pela Atlantic WindSymphony of Massachusetts, a celebrar 17 anos deexistência, composta por 45 instrumentistas do AtlanticUnion College, liceus da área e adultos provenientes de20 cidades e vilas da região.

Este concerto de primavera é o maior evento deangariação de fundos promovido pela Prince HenrySociety de Fall River e este ano esta organização luso-americana atribuirá $17.000 em bolsas de estudo paraestudantes descendentes de portugueses e queprosseguirão os seus estudos numa universidade oucolégio.

Os bilhetes, ao preço de $50 por pessoa podem seradquiridos contactando Feliciano Pedro Freitas (508-679-5906), Gabriel Andrade (508-676-0908), George Oliveira(508-675-4310), Carmen Alberto (774-271-2521), GabrielCabral (508-676-1916), Joseph Cabral (508-674-3019) ouqualquer outro membro da Prince Henry Society.

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Timothy Oliveira é directordo EMS em Fall River

O mayor Sam Sutter nomeou um novo director daEmergency Medical Services (EMS) da cidade de FallRiver. Trata-se de Timothy Oliveira, que já era funcionáriodo departamento desde 1994 e atualmente exercia funçõesde supervisor de paramédicos.

Sobre a nomeação de Oliveira, o mayor Sutter disse:“Foi uma decisão difícil de fazer por causa das belasqualificações de todos os candidatos, especialmente tendoem vista o facto do nosso departamento EMS serconsiderado um dos melhores do estado”.

Tentou entrar no tribunalcom uma arma

Um homem de Westport foi detido dia 1 de abril por tertentado entrar no Tribunal Superior de Fall River com umapistola de pressão de ar escondida no casaco. De acordocom a polícia, um segurança do tribunal colocou o casacode David Cosme na máquina de raios-x e o monitormostrou o que parecia ser um revólver.

O casaco foi revistado e foi descoberto dentro do forroum revólver de pressão de ar. David Cosme, 42 anos, foialgemado e a polícia alertada. É acusado de perturbar aordem.

A polícia disse que não havia nenhuma conexão com ojulgamento de Aaron Hernandez em curso no tribunal.

Desordem em Falmouth

Senadores apelam a Obama para que encontre“outros usos” para Base das Lajes, na ilha Terceira

Os senadores ElizabethWarren e Edward J. Mar-key, dois dos mais destaca-dos democratas no Senadodos EUA, escreveram umacarta a Barack Obamapedindo que explore outrosusos para a base militar dasLajes na ilha Terceira.

No documento de 30 demarço consultado pelaagência Lusa, Warren eMarkey dizem-se “preocu-pados” e pedem ao presi-dente que considere “ou-tros potenciais usos produ-tivos para as instalações naBase Aérea das Lajes parabenefício dos EstadosUnidos e dos Açores.”

Os senadores mostram-se também preocupadoscom “as recentes declara-ções de Vasco Cordeiro,presidente do governo re-gional dos Açores, de queo Departamento de Defesaestá a encerrar a base porfases.”

“Estas ações podem exa-cerbar as dificuldades eco-nómicas atravessadas pelosAçores”, escrevem os se-nadores democratas.

são o segundo maiorempregador na ilha e a suaredução vai ter um impactosignificativo na economiados Açores. Qualquerencerramento terá umimpacto devastador nodesemprego e desenvol-vimento económico dosAçores”, lê-se no docu-mento.

“Esperamos que os EUAtomem as ações apropria-das para assistir um aliadodurante um tempo econo-micamente difícil”, con-cluem Markey e Warren.

Em declarações à agên-

Warren e Markey dizemreconhecer “a necessidadedo Departamento de De-fesa de transformar a infra-estrutura europeia paramaximizar as capacidadesmilitares na Europa eauxiliar os seus aliados daNATO e parceiros naregião”, mas citam estudoseconómicos para justificaro seu pedido.

“Há estudos publicadosque dizem que, comoresultado desta redução,mais de 700 trabalhadoresportugueses vão perder osseus empregos. As Lajes

cia Lusa, os gabinetes dossenadores garantiram aindaque os responsáveis “vãocontinuar a monitorizar asituação e defender o usocontinuado das instalaçõespara proteger o seu valorpara a região e os EstadosUnidos.”

A 08 de janeiro, o entãosecretário da Defesa dosEstados Unidos, ChuckHagel, anunciou a reduçãode 500 efetivos da baseaérea portuguesa nas Lajes.

No mesmo dia, o em-baixador norte-americanoem Lisboa, Robert Sher-man, explicou que oobjetivo é reduzir gradual-mente os trabalhadoresportugueses de 900 para400 pessoas ao longo desteano e os civis e militaresnorte-americanos passarãode 650 para 165.

A mudança será concreti-zada ao longo deste ano erepresenta uma poupançade 35 milhões de dólares(29,6 milhões de euros)anuais para os EstadosUnidos.

Acidente de viação em New BedfordDia 2 de abril, às 08h20, um carro embateu num poste

da luz em New Bedford, no cruzamento da AshleyBoulevard e a rampa da Route 140 e os três ocupantesficaram feridos.

O condutor do veículo, Arnaldo Feliciano, 33 anos, foitransportado de helicóptero para Rhode Island Hospital,em Providence. Um dos passageiros, Christian Feliciano,31 anos, deu entrada no Beth Israel Hospital, de Boston.O terceiro ferido, Jorge Torres, de Boston, foi transportadopara o Hospital St. Luke, em New Bedford.

Um homem e duas mu-lheres foram detidos do-mingo devido a uma desor-dem num hotel de Fal-mouth, onde decorria o bai-le anual da Mashpee Wam-panoag Tribe. A políciadeteve Mateus Lopes, 24anos, de Mashpee; CrystalLynn Costa, 33, de EastFalmouth; Felicia Y. Me-dina, 24, de Fall River; eEdwin Otero, 25 anos, deCotuit. Foram acusados deconduta desordeira.

Senadora Elizabeth Warren. Senador Edward Markey.

Fábrica daTecomet em NewBedford vai fechar

O mayor John Mitchellanunciou ter escrito aWilliam Dow, presidenteda Tecomet Inc., pedindo-lhe que reconsidere a deci-são de fechar a fábrica dematerial cirúrgico que aempresa possui no parqueindustrial de New Bedforde que emprega 190 pessoas,entre as quais muitos por-tugueses.

A fábrica, que começoupor ser da Johnson & John-son, passou depois para aSymmetry Medical Devi-ces e foi adquirida o anopassado pela Tecomet, queagora decidiu encerrar duasdas suas unidades, a deNew Bedford e uma outraem Indiana.

O pessoal da Tecomet deNew Bedford considera adecisão irreversível. Osdespedimentros começarãoem junho e prolongar-se-ãoaté dezembro. A fábricafechará a 31 de março de2016.

06 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

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Festa do sócio no PACC em Palm Coast

O Portuguese American Cultural Center, de Palm Coast, Flórida, celebrou nopassado mês de março a festa do sócio. Perante um salão repleto de sócios erespetivas famílias, boa música, boa comida e boa disposição, Mário Carmo, atualpresidente daquela presença portuguesa de Palm Coast, agradeceu aos voluntários,enaltecendo o seu trabalho para o sucesso da festa, ao mesmo tempo que convidoutodos a tomarem parte nas próximas atividades do clube. Houve rifas e o serviçofoi prestado por elementos do rancho folclórico Corações de Portugal.

General Motors confirma 80 mortos devido a defeito em sistema de ignição

MAPS assinala em abrilmês de consciencializaçãosobre abuso sexual

Festa do Espírito Santo em St. Petersburg, Flórida

Denúncias dediscriminaçãono departamentode Espanhole Portuguêsda Yale University

Segundo o jornal académi-co Yale Daily News, o depar-tamento de Espanhol e Por-tuguês da Yale University emNew Haven, CT, está sobinvestigação.

Uma carta anónima, dis-tribuída pelos membros dodepartamento e administra-dores universitários no dia 6de março, supostamente es-crita por um grupo de estu-dantes de pós-graduação,contém uma série de quei-xas sobre a “atmosfera alta-mente negativa” no departa-mento, incluindo problemascom o currículo e acusaçõesde discriminação e assédiosexual.

A carta acusa especifi-camente um professor deespanhol, Roberto GonzálezEchevarría.

No entano, a carta nãodivulga quantas pessoas asubscreveram, mas um nú-mero de alunos entrevis-tados pelo jornal compar-tilharam as preocupaçõesexpressas no documento.

Promovidas pela Portu-guese American SuncoastAssociation realizam-sedias 25 e 26 de abril, emSt. Petersburg, Flórida, astradicionais festas doEspírito Santo.

No sábado, dia 25, pelas5:30 da tarde, haverá

recitação do terço, seguidode jantar e música a cargodo DJ Ultrasound.

No domingo, dia 26,pelas 10h30 da manhã,missa celebrada pelo padreManuel Pereira, seguida decortejo. Serão servidas astradicionais Sopas do

Divino e pela tarde músicapara dançar com Armando.

Nos dois dias festivoshaverá bazar e rifas.

Os mordomos Jorge eMaggie Chaves convidam acomunidade a tomar partenas festas do Espírito Santode St. Petersburg, Flórida.

O fabricante de automóveis norte-americano GeneralMotors (GM) reconheceu ontem, terça-feira, que pelomenos 80 pessoas morreram devido a um defeito nosistema de ignição de vários modelos dos seus veículos.

Estes números foram apurados por um programa da GMque está a avaliar as reclamações apresentadas por vítimase familiares, com o objetivo de conceder-lhes compen-sações.

Das 475 reclamações e pedidos de indemnização porfalecimento, a GM declarou 80 elegíveis, enquanto 172foram rejeitadas, 105 consideradas deficientes, 91 estãoa ser revistas e 27 não apresentaram documentação deapoio.

Ainda segundo o fabricante, o programa recebeu 289reclamações por lesões de grande gravidade e 3.578pedidos de compensação por lesões menos graves queexigiram hospitalização.

Deste total, o programa declarou elegíveis 11 recla-

O mês de abril, nos Estados Unidos, é dedicado àconsciencialização sobre o abuso sexual (Sexual AssaultAwareness Month, SAAM) e, nesse âmbito, a organizaçãoMassachusetts Alliance of Portuguese Speakers (MAPS)irá promover diversas atividades e eventos.

Esta instituição, não governamental e sem fins lucra-tivos, oferece regularmente atendimento gratuito econfidencial para sobreviventes de abuso sexual eviolência doméstica, além de outros serviços, e iráintensificar esses esforços durante este mês.

“O Centro Nacional de Recursos sobre Abuso Sexualaponta esse tipo de violência como um grave problemade saúde pública, de direitos humanos e de justiça social,e é exatamente isso que ela representa,” disse DulceFerreira, diretora do programa de Combate à ViolênciaDoméstica e Sexual da MAPS (DV/SA, sigla em inglês).“É por isso que a MAPS trabalha incansavelmente e emparceria com outras organizações comunitárias paraeducar as pessoas e ajudar a previnir o abuso sexual”,acrescentou, ainda, Dulce Ferreira, também diretora dosServiços de Integração de Imigrantes da agência.

Durante todo o mês de abril, os gabinetes da MAPS emCambridge, Somerville, Brighton, Dorchester, Lowell eFramingham terão painéis expostos com informaçõessobre abuso sexual e como preveni-lo.

Equipas da MAPS irão distribuir panfletos nos casasde banho de empresas, bares e restaurantes em Dorchester,painéis móveis sobre abuso sexual em outras empresasna região, bem como terão mesas informativas na UMassLowell.

Ainda em Lowell, a equipe do DV/SA participa nacomissão organizadora das atividades do Take Back theDay/Take Back the Night, que incluem uma manifestaçãona autarquia (City Hall) de Lowell e uma caminhada àluz de velas pelas ruas da cidade no dia 16 de abril.

Hoje, dia dia 8, elementos da MAPS estarão na Feirade Saúde Comunitária de Allston-Brighton.

Informações sobre SAAM em www.nsvrc.org/saam/sexual-assault-awareness-month, e sobre a MAPS eatividades no âmbito da SAAM em www.maps-inc.org e(617) 864-7600.

mações pelas lesões mais graves (como tetraplegia,paraplegia, amputações duplas das extremidades do corpo,danos cerebrais permanentes e queimaduras graves).

Das lesões menos graves que exigiram hospitalização,o programa da GM aprovou 137 reclamações.

O defeito do sistema de ignição afeta cerca de 2,6 mi-lhões de veículos produzidos por diferentes marcas da GMhá uma década, e que desliga o automóvel subitamente,desconectando sistemas de segurança como o “airbag”.

A GM ocultou este defeito durante anos, mas em feve-reiro de 2014 reconheceu que mais de dois milhões e meiode veículos tinham o problema e que pelo menos 13pessoas tinham morrido nos Estados Unidos.

A empresa determinou que as famílias das vítimasmortais devidamente comprovadas deverão receber ummilhão de dólares (cerca de 910 mil euros) de compensa-ção, desde que não intentem qualquer ação judicial contraa GM. Lusa

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Comunidades 07

CCCCCOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADES

Augusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaRepórter

T. 401.728.4991 • C. 401.837.7170

Faleceu bem sucedidoempresário luso-americanoem Rhode Island

Manuel M. Faria faleceu aos 71 anos, a 1 de abril,na Flórida, onde passava longos períodos de tempo,que alternava com a sua residência em North Pro-vidence.

Natural da ilha Terceira, que deixou aos 18 anos,radicou-se em Rhode Island, em procura de uma vidamais confortável nos EUA.

Sempre o conhecemos ligadoa talhos de abate de animais,que começou em Johnston, RI.

Mais tarde abre o Interna-tional Meat Market em CentralFalls, que mantém sobre as suasdiretrizes pelo período de 30anos. No sentido de dar conti-nuidade à sua empresa, dáoportunidade aos filhos, Jasone Jesse Faria de assumirem aresponsabilidade do Inter-national Meat Market.

Conhecido e reconhecido pela sua ação bondosa, nãolhe foi difícil criar grande simpatia junto da comu-nidade. A sua ação de benfeitor reflete-se na fundaçãoda Irmandade do Divino Espírito Santo da igreja deSanto António em Pawtucket. Foi tesoureiro e secre-tário junto desta irmandade, onde por longos anosforneceu as pensões, sempre consideradas de excelentequalidade.

“Sempre que faltavam pensões para entregar, querjunto da Irmandade do Divino Espírito Santo quermesmo mais recente junto dos Amigos da Terceira, láia eu com o rosário na mão, pedir auxílio ao ManuelFaria, que nunca sabia dizer, não”, disse-nos ClementeAnastácio, lamentando o desaparecimento inesperadode Manuel Faria.

Manuel Faria nunca esqueceu a sua terra de origem.A sua ilha Terceira, as festas da Praia da Vitória, assuas touradas à corda, os seus desfiles.

Adorava as danças de carnaval, quer nas origens, querlocais, onde teve o prazer de ver em palco, com toquesdentro, os três filhos: Jason, Jesse, Sandra e mesmomais tarde, o genro Larry.

Foi sócio dos Amigos da Terceira, onde tambémforneceu as pensões para as festas do Espírito Santo.

Mas a ação benemérita de Manuel Faria e apoio àsiniciativas não se fica por aqui. Foi sócio e grandeapoiante da formação da banda Nova Aliança de SantoAntónio em Pawtucket. E aqui, uma vez mais viu fazerparte do numeroso grupo de músicos, os filhos Jason,Jesse e filha Sandra.

Deixa sua esposa, Odete Faria, com quem estevecasado pelo período de 40 anos. Deixa ainda doisfilhos, Jason Faria e sua esposa Isabel, Jesse Faria esua esposa Tanya, uma filha Sandra Alves e o maridoLarry. Sobrevivem-lhe também duas netas, Angelica eMarianella, quatro irmãos e um irmão, sobrinhos esobrinhas. Era ainda pai da falecida Sandra Faria.

As cerimónias fúnebres realizaram-se ontem terça-feira. O funeral teve lugar hoje, quarta-feira, pelas 8:45da Keefe Funeral Home em Lincoln, com missa decorpo presente pelas 10:00 na igreja de Santo Antónioem Pawtucket. Os restos mortais, foram depositadosno St. Mary Cemetery em Pawtucket.

Faleceu o padre Luís Diogo• Foi pároco da igreja de Santa Isabel em Bristole Nossa Senhora do Rosário em Providence

O padre Luís Diogo, quea comunidade conheceuatravés do seu apostoladodesenvolvido, especif i-camente junto das cente-nárias igrejas de SantaIsabel em Bristol e NossaSenhora do Rosário, Provi-dence, faleceu aos 94 anosno dia 4 de abril de 2015.

Natural da freguesia dosRemédios da Bretanha, SãoMiguel, veio para os EUAem 1954, numa altura emque a chegada de um padreportuguês era consideradacomo uma bênção do Céu,pois que os católicos prati-cantes aqui radicados pre-feriam ouvir a palavra deDeus em português.

Era filho dos já falecidosJosé M. Diogo e HelenaSousa Faria Diogo e irmãodos já falecidos Joaquim eJosé Diogo, Maria Arrudae Helena Mateus. Deixaduas irmãs, Mariana Silvae dois irmãos, Francisco eManuel Diogo, todos noCanadá, vários sobrinhos esobrinhas.

Desde a sua chegada em1954 serviu em váriasigrejas portuguesas, JesusSalvador, Newport; SantoAntónio, West Warwick,São Francisco Xavier, EastProvidence; Santa Isabelem Bristol e Nossa Senhorado Rosário em Providence.

As cerimónias fúnebresterão lugar, amanhã, quin-ta-feira, na Rebelo FuneralHome, em East Provi-dence, entre as 5:00 e as8:00. O funeral com missade corpo presente terá lugarpelas 10:00 da manhã naigreja de Nossa Senhora doRosário de Providence,com os restos mortais indoa sepultar no cemitério deSão Patrício em Somerset.

Padre Luís DiogoO padre Luís Diogo foi

ordenado em 1946 na dio-cese de Angra do Heroís-mo, ilha Terceira. Duranteum período de oito anos foisecretário da diocese. Foiainda nos Açores, professordo liceu e professor auxiliarde música. A sua grandeinclinação musical leva-ram-no a organista da Ca-tedral de Angra. No sentidode aperfeiçoar os seusconhecimentos musicais,foi escolhido para ir tirarum curso a Roma. No en-tanto a sua vida no minis-tério levou-o a um cami-nho, no sentido da expan-são da palavra de Deus.Sendo assim, recebeuautorização do bispo dosAçores para vir para aAmérica, trabalhar para a

comunidade e com acomunidade na área deProvidence.

Já nos EUA, foi colocadoem 1954 como párocoassistente na igreja de JesusSalvador em Newport.

Em 1957 recebeu colo-cação como pároco assis-tente na igreja de SãoFrancisco Xavier em EastProvidence.

Em dezembro de 1965,depois do falecimento domonsenhor Rebello, foinomeado terceiro pastor deNossa Senhora do Rosáriode Providence.

Na sua vida pastoral pelacentenária igreja de NossaSenhora do Rosário foiinstrumental no restabe-lecimento das festas do

Espírito Santo.Estas festas eram cele-

brações importantes nadécada de 1930. Devido aoimpacto da II GuerraMundial e aos transtornosque a mesma causou asfestas não foram celebradaspor muitos anos.

Com o trabalho e dedica-ção do padre Diogo, asfestas do Espírito Santoregressaram triunfante-mente a esta paróquia em1971.

No sentido de dar um ar

mais jovem e acolhedor ointerior da igreja foitotalmente, pintado, numtrabalho de José Cabral.

Muitas tradições ini-ciadas aquando do apos-tolado do padre Luís Dio-go, junto da centenáriaigreja de Nossa Senhora doRosário, ainda hoje pre-valecem.

Se bem que a festa emhonra de Nossa Senhora doRosário tivesse sido ini-ciada pelo monsenhorRebello e mantida peloespaço de três anos, foi opadre Luís Diogo queenriqueceu a tradição navida da paróquia.

Inicialmente havia umafesta em honra de NossaSenhora do Rosário em

outubro e uma outra emhonra do Senhor SantoCristo em maio. Mais tardeestas festas passaram a doisfins de semana consecu-tivos. Hoje estas manifes-tações de fé são realizadasno mesmo fim de semana,honrando Nossa Senhorado Rosário e o SenhorSanto Cristo.

Após o falecimento dopadre Rocha, o bispo D.Louis Gelineau, dos prela-dos que mais se identificoucom a comunidade portu-

guesa, coloca na igreja deSanta Isabel em Bristol, opadre Luís Diogo, queestava na igreja de NossaSenhora do Rosário deProvidence, onde prestouserviço até 1972. Com opadre Luís Diogo, a igrejade Santa Isabel conhece umnovo visual e novasdiretrizes. Desenvolveu umprojeto que teve início em1984 e terminou em 1985.Altares laterais, altar-mor,janelas, uma nova bancada,criação de novo quarto paracrianças, janelas modi-ficadas. As festas religiosasmantiveram-se, mas comuma nova dinâmica, ao quese juntaria a festa daSantíssima Trindade.

Sob a admnistração dopadre Luís Diogo, passa-ram pela igreja de SantaIsabel como coadjutores osreverendos José Bueno,Manuel Garcia, AntónioSousa, Patrick Soares, JohnBaker, John Abreu, Ro-berto Serpa, John Howarth,David Green, DennisKieton e Douglas Grant.

O padre Luís Diogo,passou à reforma a 29 dejunho de 1993, tendo sidosubstituído pelo padre LuísBrum, que celebrou o 80.ºaniversário desta igreja a13 de setembro de 1994.

O falecido padre LuísDiogo, pastor emeritus,cessou a sua residência emSão Francisco Xavier emmaio de 2006.

Padre Luís Diogo

Padre Luís Diogo com a família e amigos durante a homenagem de que foi alvo noconvívio dos naturais da Bretanha, em 2004.

O padre Luís Diogo com o empresário Luís Mateus du-rante a festa de homenagem de passagem dos 50 anosde ordenação sacerdotal daquele padre natural daBretanha, ilha de S. Miguel. Manuel Faria e esposa

08 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

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Daniel Melo, presidente doClube Português de Lawrenceno Curso Mundial deFormação de DirigentesAssociativos da Diáspora

Daniel Melo foi selecionado pelo cônsul de Portugalem Boston, José Caroço, para representar aquela áreaconsular na 4.ª edição do Curso Mundial de Formaçãode Dirigentes Associativos da Diáspora, que tem lugarem Lisboa.

Daniel Melo, que é presidente do Clube Portuguêsde Lawrence, onde tem desempenhado um trabalho

meritório a todos os níveis,estará em Lisboa entre osdias 6 e 8 de maio, no que àpriori se antevê, como umagrande experiência para umjovem luso-americano inte-ressado no poder associa-tivo. Se bem que as rea-lidades dos EUA muitopouco terão a ver com oassociativismo pelos outrospaíses, vai no entanto seruma forma de constatarcomo os outros se regem edaí tirar algumas ideias.

Esta quarta edição surge no seguimento de can-didaturas à anterior e que não foi possível contemplar.

Assim, foi feito um esforço no sentido de poderrealizar uma nova edição ainda este ano.

A entidade organizadora do curso é a Confraria dosSaberes e Sabores da Beira-Grão Vasco e com o altopatrocínio do Gabinete do secretário de Estado dasComunidades Portuguesas.

Cerimónias da Semana Santa

Cerimónia do Lava-Pés na igreja de Santo Antónioem Pawtucket em Quinta-Feira Santa

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

A igreja de SantoAntónio em Pawtucket, noâmbito das cerimónias daSemana Santa, encheu emQuinta-Feira Santa, dandoseguimento à tradição doLava-pés.

Na Igreja Católica Ro-mana, o ritual do lava-pésé atualmente associada coma Missa da Última Ceia,que celebra de maneiraespecial a Última Ceia de

Jesus, na Quinta-FeiraSanta.

Evidências da práticaneste dia remontam pelomenos ao século XII,quando “o papa lavou ospés de doze diáconos apósa sua missa e de trezepessoas pobres após a suaceia”.

De 1570 a 1955 o MissalRomano trazia, após otexto da missa de Quinta-

Feira Santa, um ritual delava-pés não relacionadocom a missa.

A revisão de 1955 peloPapa Pio XII inseriu-o namissa. Desde então, o ritualé celebrado após a homiliaque segue a leitura doevangelho, com o trechoreferente ao lava-pésrealizada por Jesus a SãoJoão.

Como forma de re-conhecer e incentivar àoração, a cerimónia dolava-pés tem como parti-cipantes diretos no ato osromeiros, que bem sepodem assemelhar aosapóstolos que seguiramJesus.

E se em anos anterioresesta ação se justificava peloseu significado, este ano,independentemente doreviver da tradição, teve aagravante, transformadaem penitência, do frio quese fez sentir, jamais sentidoem romarias anteriores,mas o que não impediu arealização daquela ca-minhada de oração. Se astemperaturas deixaramuma camada de gelo emcima dos carros, o ventoveio contribuir para que otermómetro baixasse a

números de arrepiar. Commenos ou mais dif icul-dades, os apóstolos dadiáspora, que seguemJesus depois da cami-nhada, viram os péslavados pelo Senhor, numato de abnegação e respeitopelo ato praticado.

O padre Domingos Cunha com o Santíssimo Sacramento no decorrer da procissão deQuinta-Feira Santa que percorreu as ruas circunvizinhas da igreja de Santo Antónioem Pawtucket.

Na foto ao cimo, o padreJosé Rocha durante acerimónia do Lava-Pés naQuinta-Feira Santa. Na fotoacima, uma representaçãoda Paixão de Cristo, Veró-nica com a toalha com quelimpou o rosto do Senhor.Na foto ao lado, a BandaNova Aliança de SantoAntónio tomou parte nascerimónias de Sexta-FeiraSanta naquela igreja dePawtucket.

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Comunidades 09

CLUBE SPORT UNIÃO MADEIRENSE46 MADEIRA AVE., CENTRAL FALLS, RI

www.madeiraclub.org facebook.com/clubmadeira

Festival de Gastronomia e FolcloreDomingo, 12 de Abril — Meio-dia - 6:00 PM

• Espetada à Madeirense• Frango de Churrasco

Convidamos a comunidadea tomar parte no festivalde gastronomia e folcloreintegrado nas celebrações

do Dia de Portugal/RI 2015

PRATOS A APRESENTAR NO

FESTIVAL DE GASTRONOMIA

Domingo, no Clube Sport União Madeirense, em Central Falls

Festival de Gastronomia e Folclore dá prosseguimentoàs celebrações do Dia de Portugal em Rhode Island

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

O Festival de Gastronomiae Folclore dá prossegui-mento, domingo, ao vastoprograma das celebrações doDia de Portugal em RhodeIsland.

Esta iniciativa, aliás comotodas as outras no âmbito dascelebrações, contam com oapoio do forte e único poderassociativo, capaz de levarao êxito o programa dascelebrações no estado deRhode Island.

Sendo assim, o salão doClube Sport União Madei-rense, anfitrião do certame,vai contar com a presença,gastronómica e folclórica depresenças comunitárias quesão a pedra base do sucessodas celebrações.

As excelentes instalaçõesdo Clube Sport União Ma-deirense, dotado de ummoderno, espaçoso e bemiluminado salão, apoiado porum grande parque deestacionamento, reúne ascondições necessárias a umgrande Festival de Gastro-nomia e Folclore.

São estas iniciativas quetornam o programa das

celebrações do Dia dePortugal em Rhode Islandúnico e, ao mesmo tempotêm servido de exemplo aoutras comunidades.

Este festival é anualmenteo barómetro de aferição, norelativo às celebrações.

E, como o resultado, sem-pre, tem sido positivo osarraiais e parada, são oapogeu de um programaímpar e sublinhado pelosmaiores êxitos.

São celebrações que fa-zem desf ilar costumes etradições, numa parada pelocentro da capital de umestado e com início no átriode acesso à State House,com a presença do gover-nador, senadores federais eestaduais e o numerosogrupo de luso eleitos e aquiuma vez mais, únicos emtermos da nossa presençanos EUA.

Mas o tema principal, hojeaqui é a gastronomia efolclore. Facetas da nossavida comunitária, onde osaber dos sabores, vem ao decima, entre o colorido egraciosidade da nossa ju-

ventude. É ou não é isto umagrande vitória em termos depresença integrada?!

Acompanhamos VictorSantos no lançamento desteprojeto, que é hoje dos maisrelevantes em termos decelebrações do Dia dePortugal. Fomos de clube emclube. Explicou-se a ideia. Ea primeira edição nosAmigos da Terceira foi umêxito que se repete anual-mente.

Como se depreende,acompanhamos as inicia-tivas desde o seu nasci-mento.

Se gosta de se deliciar como melhor da gastronomiaportuguesa tem domingouma oportunidade que nãopode perder.

- Clube Sport UniãoMadeirense terá para ofe-recer Espetada à Madeirensee Frango de Churrasco.

- Clube Juventude Lusi-tana, oferece Feijoada àLusitana e Bacalhau à Zé doPipo

- Amigos da Terceiraoferece Alcatra e PratoRegional

- Coral Herança Portu-guesa oferece pastelaria parasobremesa.

Além da gastronomia ofolclore terá a sua repre-sentação: 6 agrupamentos.

Danças e Cantares doClube Juventude Lusitana,Cumberland; Rancho SantoAntónio, Pawtucket; RanchoNossa Senhora de Fátima,Cumberland; Rancho doClube Social Português,Pawtucket; Rancho doCranston Portuguese Club,Cranston; Rancho Folclóricode Norwood. Fotos referentes ao certame de 2014.

10 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

Centro ComunitárioAmigos da Terceira

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Tel. 401-722-2110

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Festival deGastronomia e Folclore12 de Abril (Meio-Dia às 6:00 PM)

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Agradecemos às 350 pessoas que tomaramparte no convívio terceirense

numa demonstração do apoio que estaorganização continua a merecer

por parte dos associados e amigos!

Amigos da Terceira viveram confraternização anual em salão esgotadoO Centro Comunitário

Amigos da Terceira,Pawtucket, RI, realizou asua confraternização anualsábado, 28 de março. Estaconfraternização, cujoproduto reverte a favor doseu Fundo de Caridade,tem um sabor muito espe-cial cheia de tradição, poistrata-se da festa que deuinício à organização.

A noite teve início comuma homenagem póstumaaos sete sócios falecidosdesde a última confrater-nização.

Depois do jantar pro-cedeu-se à entrega de três

bolsas de estudo no valorde $1.000 dólares cadauma, que este ano foramentregues aos jovens:Brandon Rocha, AshleyReis e Stephanie DeCarvalho.

A rainha de 2014, Ale-xandria Vieira, despediu-seda sua corte, tendo sidobrindada com uma lem-brança da direção. Após terdescerrado a sua foto, queficará exposta no CentroComunitario, houve aapresentação da nova cortereal para 2015 e este anopela primeira vez, houveum sorteio entre três jovenspara rainha de 2015. Arainha escolhida foi Ko-sandra Moniz, uma jovemde East Providence, filhade António e Denise Mo-niz, benfeitores da orga-nização. Uma vez que estáa estudar numa universi-dade em New Hampshire,não foi possível estar

presente mas será coroadana próxima assembleiageral no dia 26 de Abril.Esteve representada pelos

pelos seus pais.A restante corte será

composta pelos seguintesjovens: chefe de protocolo,

Heriberto Silva Jr.; damas:Briana Lemos, VanessaGouveia, Laura AvilaCabral e Kayla Mello. Ospagens são: Xavier DeAndrade, Serina Delgado,Alysse Soares e MarleeRose Martin.

Depois de um deliciosojantar para as 350 pessoaspresentes, houve músicacom Luís Neves Show.

Alexandria Vieira

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Comunidades 11

Penitência de Sexta-Feira Santa revividapor 350 romeiros pelas ruas de Fall River“A nossa romaria é a entrega da fé que temos dentro de nós”

— António Faria, mestre dos romeiros de Fall River

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

SOCIEDADE DO SENHOR DA PEDRANEW BEDFORD, MA

81 Tinkham Street — Tel. 508-992-8506Saudamos todos os irmãos que tomaram parte nas romarias quaresmaisprincipalmente New Bedford e Fall River, pela forma como continuam

a manter viva esta secular tradição!

Pelas 5:00 da manhã deSexta-Feira Santa, osromeiros convergiam aosalão da igreja do EspíritoSanto em Fall River, parapelas 7:00 darem início àsua romaria anual.

António Faria foi umavez mais o mestre em FallRiver. Ao ouvir-se umacampainha no salão fez-sesilêncio absoluto. O mestrefalou aos 350 romeiros queo iam acompanhar. Sim,porque a romaria temregras. Se a missão é rezarpelos outros e por eles, têmsobre si os olhares de quemos vê passar. Não se podeir em alegre conversa como romeiro do lado. Não sepode usar telemóvel. “Va-mos ter pela primeira vez

quatro alas. Não vai serdifícil desde que se man-tenha ordem”, disse Antó-nio Faria, homem de gran-de estatura, pelo que quan-do fala os restantes ouvem.Não fala com rodeios maspelo contrário Impõe or-dem. Sim, porque orientar350 romeiros não é tarefafácil.

“Saimos de nossas casas.Envergamos o traje deromeiro. Não precisamosde usar este traje todo oano, mas é nossa obrigaçãomanter o seu significado.Sim, porque a nossa fé deveestar sempre connosco enão somente hoje, que é diade romaria quaresmal.Hoje temos aqui famíliasinteiras, desde o avô,

passando pela pai e netos.E em alguns casos atéesposa e filhas estão con-nosco. Tudo isto quer dizerque o número dos 350romeiros que estão con-nosco este ano vai conti-nuar a aumentar nos anosseguintes”, disse o irmãoAntónio Faria, incutindo noespírito cristão de quantoso rodeiam o entusiasmo emmanter a romaria anual-mente.

A milhas de distância,mais propriamente no Vati-cano, em Roma, a missa daPáscoa na praça de SãoPedro atraiu 100.000pessoas. Quer seja na Praçade São Pedro, em Roma,quer seja na igreja do

(Continua na página seguinte)

O mestre António Faria preparando os cerca de 350romeiros de Fall River para mais uma caminhada deoração e penitência. Faria desempenhou funçõessemelhantes na romaria de uma semana, que percorreuas estradas desta região.

João Jacob foi o guia dosromeiros de Fall River, quefaz parte desde a sua fun-dação.

12 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

Espírito Santo em FallRiver, a fé e devoção sãofatores comuns. Mais umavez entre uma experiênciae a outra a diferençaresume-se à localizaçãogeográfica. Porque o fervordas pessoas esse é igual.

“O que aqui se vive éuma prova que esta fé, nãotermina aqui. A nossaromaria é a entrega dequanto temos dentro denós”, continua o irmãoFaria.

Um quadro que bem sepode assemelhar ao que seviveu por esta altura do anopelas igrejas das freguesiasde São Miguel.

A fé e devoção em nadadifere do romeiro de SãoMiguel. A única diferença

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Romarias quaresmais em Massachusetts e Rhode Island(Continuação da página anterior)

Romeiros de Fall River Clemente AnastácioRomeiros de Pawtucket

é o espaço físico, em que aromaria se desenrola. Oscaminhos, veredas e ata-lhos, aqui são substituídospor estradas, em boascondições e com apoiopolicial, dado o movimentodas estradas utilizadas.

João Jacob é uma figuraincontornável na romariade Fall River. É coorde-nador e o guia da romaria.Vive a romaria, onde tudofaz para que tudo corrabem e aposta na suacontinuidade.

“Aquilo que me dá possi-bilidade de constatar é agrande percentagem dejovens que tomam partenesta jornada de fé e quetudo leva a crer mantenhamsobre os ombros, não só oxaile, mas a responsabi-lidade de manter esta

tradição em anos futuros”,disse-nos João Jacob, queanualmente vimos nasGrandes Festas do EspíritoSanto da Nova Inglaterra àfrente da folia da igreja doEspírito Santo.

Os Romeiros é umaprática que outrora sedesignava por visitas àscasinhas de Nossa Senhorae que segundo a convicçãoatual tem a sua origem nosterramotos e erupçõesvulcânicas do século XVI,constituiu um fenómenoetnográfico de grande inte-resse, não só pela origi-nalidade de certos elemen-tos que lhe são inerentes,mas também pela persis-tência dessa manifestação

(Continua na página seguinte)

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Comunidades 13

Chamada aos adeptos de carros clássicosDia de Portugal/RI/2015

Rali Clássico preparadopara arrancar

FICHA DE INSCRIÇÃO

NOME

LOCALIDADE

CARRO ANO

Enviar para:THE PORTUGUESE TIMES

1501 Acushnet Avenue, New Bedford, MA 02746

O Rali Clássico, inte-grado no programa dascelebrações do Dia dePortugal/RI 2015, estáagendado para 26 de abril,com partida e chegada aoClube Juventude Lusitanaem Cumberland.

Esta prova de regula-ridade, destinada a carrosantigos, mas que fazem adelícia de quem os tem e dequem os vê passar, que tema sua partida às 9:00(exatas), com concentraçãoa partir das 7:00 a manhã,no parque de estaciona-mento do Clube JuventudeLusitana em Cumberland,10 Chase Street (fora daBroad Street).

Daqui os concorrentespartem para a primeirasecção que termina no ColtState Park em Bristol. Apósconcentração de todos osconcorrentes, inicia-se asegunda secção que ter-mina no Portuguese Dis-covery Monument noBrenton Point State Parkem Newport.

A terceira secção que teminício em Newport, terminano Colt State Park emBristol.

Daqui os concorrentespartem para a quarta eúltima secção que concluino Clube Juventude Lusi-tana.

Tal como se refere, é umaprova de regularidade emque os concorrentes terãode obedecer aos limites develocidade estipulados porlei.

O Rali Clássico surge nopedido dos proprietários decarros antigos, que queremmostrar aquelas precio-

sidades sobre rodas.A organização espera

atingir o êxito das provasanteriores, pelo que se pedeo registo tão rápido quantopossível das equipas quedesejarem fazer parte de

mais este rali integrado nascelebrações do Dia dePortugal/RI 2015.

Para mais informaçõesdevem contatar AugustoPessoa através do telefone(401) 837-7170.

ao longo dos séculos.E se por estas paragens

não podemos medir estapersistência em séculos,podemos fazê-lo em menorperíodo de tempo, mas como entusiasmo, trazido daorigem, onde já se tomouparte em romarias e queaqui, em terras de outrasgentes, viria a encontrar asua vivência.

Os ranchos de romeirosconstituem-se por cidades,ao contrário de São Mi-guel, que é por freguesias.E assim tivemos o ranchode romeiros de Fall River,

Romeiros em MA e RI(Continuação da página anterior)

o primeiro nos EUA e esteem Sexta-Feira Santa, orancho de Taunton, queabre as romarias de um dia.Seguiu-se o rancho de NewBedford, em sábado deRamos e já em Domingo deRamos, tivemos os ranchosde Pawtucket e Bristol.

Em sentido mais abran-gente tivemos a romaria daNova Inglaterra.

Variando entre os 50 e350 romeiros, fácil seráconcluir que há entusiamo,há fé, há devoção.

Um xaile pelos ombros,um lenço ao pescoço, umacevadeira às costas, umterço e um bordão na mão

é a vestimenta de um ro-meiro que deixa interroga-ções do porquê, de quem ovê passar, que depois depostos ao corrente, acabampor pedir que rezem poreles. Temos de admitirtratar-se de um fenómenode dificil explicação, masque anualmente teima emse repetir.

E se não vejamos, 350romeiros percorreram asruas de Fall River, 120 emNew Bedford, 42 emTaunton, 50 em Pawtucket,40 em Bristol, cerca de 30percorreram 150 milhas

integrados na romaria daNova Inglaterra, comduração de uma semana,num número que ultrapassaas 600 pessoas. Mas setivermos em conta quemuitas vezes são acompa-nhados pelas esposas, queos esperam nas igrejas emque os romeiros entram emperíodo de adoração àVirgem Maria, este númeroduplica.

Obrigado aoromeiro

Já recebemos as maisdiversas condecorações edistinções. Mas ver o nosso

trabalho espelhado numaAvé-Maria rezada por maisde 350 irmãos, iniciadapelo irmão António Faria éalgo que jamais esquece-remos.

Se bem que estas re-portagens dos romeiros quefazemos desde a primeira,com a romaria da NovaInglaterra em que nos foioferecido um rosário aoculminar com a romaria deFall River, em que ouvimosuma Avé-Maria, é algo quefazemos com gosto ededicação, não obstanteobrigar a levantar pelas4:00 da madrugada, comreportagens na noiteanterior até cerca da meia-

noite e mesmo uma damanhã. Aquilo que se fazcom gosto e paixão e sesabe que é lido no Por-tuguese Times e visto noPortuguese Channel (Co-munidade em Foco) dá-nosentusiasmo em continuar.Somos únicos, nestas e emoutras reportagens seme-lhantes, pela obrigação ediremos até dever, demostrar o que de bom etradicional se faz nos meioscomunitários.

Mas só o facto de seremtrabalhos únicos, como estedos romeiros dá-nos entu-siasmo à sua continuidade,até que Deus nos permita.

Romeiros de New Bedford

Romeiros de Bristol

14 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

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Parabéns ao CentroCultural “Os Serranos”

pela forma comocontinuam a projetar

o queijo da serrapor estas paragens

dos EUA!Vera Fernandes

gerente

30º aniversário do Centro Cultural “Os Serranos”

“A adesão que se registou, mais uma vez, pelos autarcasvindos de lá, é uma demonstração que este encontroé para continuar”

— José Cesário, Secretário de Estado das Comunidades

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

“Quando os homensse erguem pelassuas obras são assuas raízes que ossustentam”...

O 30º aniversário doCentro Cultural “Os Ser-ranos” teve lugar a 22 demarço no MediterraneanManor em Newark, NJ.

Na presidência do centroestá Alexandrino Costa,natural de Vila Cortês daSerra, agregado populacio-nal que se se ergue ao ladoda estrada da Beira (Coim-

bra/Guarda) e pertencente aoconcelho de Gouveia.

A presença dos autarcasdos municípios em que oqueijo da serra pesa forte nabalança financeira foi maisuma demonstração do im-pacto da venda deste produtonos EUA.

As gentes serranas, radi-cadas por Newark, estão,ainda, organizadas na Con-fraria Queijo da Serra da Es-trela, que já conta com 50confrades e confreiras.

O Centro Cultural “OsSerranos”, fundado a 9 de

março de 1985 na cidade deNewark por um conjunto deportugueses oriundos daSerra da Estrela, constituiuao longo dos seus trinta anosde atividade, um elo pri-vilegiado nas relações entrea comunidade serrana nosEUA e as entidades e ins-tituições mais representa-tivas da região da Serra daEstrela.

Nos Estados Unidos, aassociação confinou-se, deinício, ao estado de NewJersey, destacadamente àscidades de Newark, Eliza-

beth e mais tarde às cidadesde Danbury e Harford, deConnecticut e à vila deCumberland, Rhode Islande, mais recentemente, àcidade de Filadélfia, Pensil-vânia.

Se todas as cidades semantêm ativas perante oconvívio serrano, Cumber-land, RI não só pecou pelanão realização, como pelafalta da presença no conví-vio, quando, segundo Ale-xandrino Costa, tinhamavançado com a possibi-lidade de uma numerosa

presença, o que não se viriaa confirmar. De New Bed-ford, nas pessoas de VictorFernandes e José Marmelo,oriundos da aldeia de Li-nhares, concelho de Celoricoda Beira, só a informaçãotardia impediu a sua presen-ça. Para o ano, AlexandrinoCosta promete informaçãomais atempada de forma apoder contar com a presençadesta região.

A festa dos 30 anos d’OsSerranos abriu com a entradana sala do restaurante Medi-terranean Manor da Confra-ria do Queijo Serra da Estre-la e os diretores do CentroCultural “Os Serranos”, se-guindo-se a numerosa comi-tiva que honrou com a suapresença a maior organi-zação do género em toda adiáspora, este ano conduzidapor Luís Pires.

“Trinta anos, destaassociação, são trinta anosde grandioso êxito traduzidono trabalho e dedicação das

gentes da Serra da Estrela.Temos presente entre nós amaior embaixada que atéagora se deslocou a estefestival do queijo da serra, oque nos deixa duplamentesatisfeitos”, sublinhou Ale-xandrino Costa.

Oriundos daquela região,não só nos integramos, comoe dada a facilidade de quedispomos, podemos projetaraquele encontro serrano queteve realizações diversas,mas que em Newark atingiuo seu ponto alto nos 30 anosdo Centro Cultural “Os Ser-ranos”.

E sendo assim, ouvimosJosé Cesário, Secretário deEstado das Comunidades,que começou por nos dizerque “a relação económicaentre Portugal e os EUA temvindo a aumentar de formaimpressionante. Aqui acomunidade desempenhaum papel extraodinário”.“Recentemente analisei asremessas do mês de janeiroe comparando-as com o mêsde janeiro de 2014, registou-se um aumento de 60 porcento, mesmo considerandoas diferenças cambiais,estamos a falar num grandecrescimento”, começou pordizer José Cesário, conhece-dor da comunidade e cienteda sua importância e do seuvalor, e, ao mesmo tempo, daevolução dos tempos. “Sabe-mos que temos, cada vez,mais americanos a ir a Por-tugal. Mais americanos estãoa consumir produtos portu-gueses. Isto deve-se tambémà alta percentagem de portu-gueses em diversos estados”,sublinhou o secretário de

estado, salientando que osprodutos que se vendem e,consequentemente, pesamforte na balança financeirado nosso país.

“Se bem que o dólar estejaa ajudar, repito, que a di-mensão das trocas comer-ciais, que nós vendemos,seja em termos de serviços,turismo, seja em termos deoutros produtos é muitomaior do que a própria valo-rização cambial”, continuaJosé Cesário, focando acrescente procura do nossopaís pelos americanos.“Particularmente no Douro,são o primeiro cliente dosbarcos de cruzeiro. É umsegmento de turismo daclasse alta evidente entre osnorte-americanos”.

“Temos tudo a ganharaprofundando esta relação esobretudo a organização dacomunidade aqui radicada.Porque é através desta comu-nidade que poderemos con-seguir muito mais dividen-dos”, acrescenta José Cesá-rio sublinhando as diversascomponentes destes encon-tros regionais. “Estes encon-tros em que são valorizadosprodutos portugueses, e que,ainda por cima, assentamnuma tradição cultural muitoforte, são absolutamentefundamentais, assim como aparte humana. Temos aquiautarcas e elementos da áreaempresarial, de cá e de lá.

Estes encontros são abso-lutamente fundamentais efelizmente que aqui pelosEUA há vários”, continuaJosé Cesário que uma vezmais se viu rodeado do bair-rismo serrano.

Corte do bolo dos 30 anos do Centro Cultural “Os Serrancos, pelo presidenteAlexandrino Costa ladeado pela comitiva serrana.

A fadista Anita Guerreiro atuando junto aos elementos da Confraria Queijo da Serrada Estrela, nos 30 anos d’Os Serranos.

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Comunidades 15

“Aquilo a que aqui assis-timos, a adesão que se re-gistou uma vez mais pelosautarcas vindos de lá, é umademonstração que este en-contro está direcionado àcontinuação. Temos de terem conta que cada vez maisse vende queijo da serrapelos EUA”, acrescenta JoséCesário, sem deixar de focaras suas origens.

“Quero aqui deixar bemvincadas as minhas origens.Quando abro a janela do meuquarto nas vezes que vou acasa a Viseu, o que tenho pe-la frente é a Serra da Estrelaaté aqui branquinha, agoraverde. É esta imagem quenunca abandonei. Não es-condo as minhas origens atépela pronúncia que me or-gulho muito de continuar a

(Continua na página seguinte)

manter. E essa serra, a Serrada Estrela, que deu nome aesse produto extraordinárioque é o nosso queijo. Que éemblemático. Que é omelhor embaixador do país”,concluiu José Cesário.

“Os portugueses aquiradicados que são osnossos embaixadores,são o melhor veículopara conquistar umespaço para osprodutos de qualidade,seja o queijo seja ovinho”

— Luís Tadeu, autarcade Gouveia

Luís Tadeu Marques épresidente da câmara deGouveia desde 2013. For-mado em direito, tem de-sempenhado um papel alvodos melhores elogios, juntodaquela autarquia.

Falando ao PT, começoupor dizer: “Já não é aprimeira vez que venho aNewark, NJ, mas em boaverdade é um sinal muitoimportante da comunidadebeirã, da serra, aqui resi-dente. Este ano, no decorrerdos 30 anos dos serranos,fizemos questão em estarpresentes, com uma boacomitiva de presidentes decâmara, que vieram manifes-tar o seu orgulho pelo tra-balho que tem sido feito e aomesmo tempo a sua grati-dão, por este mesmo traba-lho desenvolvido pela comu-

nidade”. O autarca gou-veiense estabeleceu, ainda,uma comparação entre osprodutos de Portugal e Es-panha. “Nós em Portugal, aocontrário dos espanhóis,produzimos de boa qualida-de, mas depois não sabemosvender. Ao contrário osespanhóis, que com produtosde baixa qualidade, sabemvender. Se nós nos próximosanos, conseguirmos alargaro impacto destes encontros,para a comunidade ameri-cana, ainda mais forte vai seresse impacto. Nós temos deconquistar esse mercado.Estes portugueses aqui radi-

cados, que são os nossos em-baixadores, são o melhorveículo para conquistar umespaço para os produtos dequalidade, seja o queijo sejao vinho”.

“Somos poucos mas bons.Se conseguirmos trabalharem conjunto vamos conse-guir ser muito grandes.Portugal tem ultrapassado acrise que temos passado,graças, em grande parte, àsexportações. Nós temosbons produtos. Se os conse-guirmos vender em mer-cados como os EUA, Brasil

António Pina Fonseca, presidente da câmara de Fornos de Algodres, com a esposa eLuís Tadeu Marques, presidente da câmara de Gouveia, com a esposa.

José Cesário recebe uma placa comemorativo dos 30anos d’Os Serranos, das mãos de Alexandrino Costa.

António Seabra, recebe uma placa de Alexandrino Costa.

16 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

Centro Cultural “Os Serranos” assinala 30 anos

e Europa (França, Bélgica),mercados encarados comgarra e determinação, esta-mos a trabalhar para todosnós, e para um país em quealém de ter bons produtos,possa alcançar mercados tãofundamentais como os refe-ridos”, continua o presidenteda câmara de Gouveia.

“Por lá (Portugal e Gou-veia) temos tido um períodomuito complicado em ter-mos económicos. Estamos

inseridos na comunidade eu-ropeia, mas a nível da comu-nidade e da Europa, temospassado por bastantes pro-blemas em termos económi-cos. Ultimamente as coisastêm melhorado um pouco.Nota-se pela baixa na taxa dedesemprego. Mas temos defazer mais. Temos de vendermais produtos, para ter maisreceitas do comércio exter-no”, prossegue o presidenteda câmara de Gouveia.

“Mais concretamente anível do concelho de Gou-veia, estamos a f inalizarobras importantes para aspessoas em termos de aces-sibilidades. Apoio a novaszonas industriais. Temostambém problemas nas áreassociais. Os tempos foramcomplicados e tivemos de in-vestir nestas áreas. Estamosa ajudar as pessoas a adquirir

medicamentos, protéses, ir aconsultas médicas. Estamosa combater a baixa de nata-lidade, temos uma popula-ção muito envelhecida quetem de ser renovada. Esta-mos a oferecer apoios soci-ais e financeiros neste sen-tido. Estamos a preparar umconjunto de iniciativas noâmbito do novo quadro deapoio comunitário este anomuito direcionado às empre-sas. Esperamos que assim ascoisas comecem a desenvol-ver através de novos postosde trabalho e novas iniciati-vas. Por sua vez, no concelhode Gouveia, oferecemos ter-renos, isenção de impostos.Vamos apostar no futuro”,concluiu Luís Marques.

E no decorrer das entre-vistas a autarcas com altapercentagem de oriundos doconcelho aqui radicados,

ouvimos António PinaFonseca, presidente dacâmara municipal de Fornosde Algodres, que começoupor nos dizer ser esta “aprimeira vez que venho aoencontro dos serranos aquiem Newark. Isto é umencontro de emoções decarinho e de testemunho doque de bom se faz fora dopaís. Eu que nunca tinhaparticipado numa atividadedestas, digo isto com ocoração, dado que comovever tanto português atrabalhar e a construirPortugal, fora dos limitesgeográficos do nosso país”.

“Como sabe o interior dopaís, atravessa dificuldades.Durante anos sucessivosestivemos esquecidos. Nestemomento começa-se a veralguma preocupação dostitulares de cargos públicospelo interior, que casocontrário acaba-se comaquela região. Sendo assimo dar a conhecer hoje aquios produtos da região inte-rior, neste caso específico deFornos de Algodres e daSerra da Estrela onde temoso emblema de todos nós queé o famoso queijo da serra.É por isso que são impor-tantes estas manifestações,este tipo de trabalho, que osnossos conterrâneos aquiradicados continuam a fa-zer”, prossegue o presidentedo município de Fornos deAlgodres, numa referênciadireta ao queijo da serra.

(Continuação da página anterior)

Alexandrino Costa, presidente da Confraria Queijo Serra da Estrela ladeado pelosrestantes corpos diretivos.

O folclore que animou a noite do aniversário do CentroCultural Os Serranos veio de Pensilvânia.

A sobremesa foi como seria de esperar queijo da serrae pão de ló.

(Continua na página 18)

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Publicidade 17

Porque estou a concorrer

Maria GiestaCandidata Democrática para Mayor

Caros amigos,Muitos de vocês não devem conhecer-me. O meu nome é Maria Giesta e estou aconcorrer para mayor de New Bedford. Nasci nos Açores e cresci em New Bed-ford. Desde que me lembro tenho sempre lutado para melhorar as vidas doscidadãos de New Bedford, primeiramente como ajudante júnior ao então senadorJohn Kerry e mais tarde, como chefe da equipa (“Chief of Staff”) do antigocongressista Barney Frank. Tenho honra e prazer no meu trabalho em defesa dacomunidade portuguesa de New Bedford e agora peço o vosso apoio a fim deajudarem-me a continuar esta missão como mayor.

Como todos vocês, tenho-me preocupado sempre com o índice de criminalidade,que é simplesmente inaceitável. Em 2013 (não são ainda conhecidas as estatísticasde 2014), mais de 3.400 pessoas foram vítimas de crime de propriedade; 1039pessoas foram vítimas de crime violento; 100 pessoas foram barbaramentevioladas (quase o dobro do ano anterior) e mais de 350 pessoas foram vítimas deviaturas roubadas. Estas pessoas são reais. Estas pessoas são os nossos vizinhos,amigos e familiares. Estes números não mentem, nem os seus próprios olhos aoler sobre crimes que ocorrem diariamente.

Fiz uma promessa algo controversa que é o seguinte, se for eleita uma das minhasprimeiras ações é demitir o chefe da Polícia. Não é nada pessoal. E isto não temnada a ver com os agentes policiais de New Bedford. Tem sim a ver com liderança.Como um exemplo de uma liderança fracassada, quando a proposta de aumentodo orçamento do mayor permite aumentar o seu gabinete em mais de $100,000e o orçamento da Polícia está limitado, isso está errado, especialmente quando ocrime aumenta descontroladamente.

“Como mayor, farei estas decisões orçamentais necessáriasno sentido de atribuir mais verbas à Polícia”

Como mayor, farei estas decisões orçamentais necessárias no sentido de atribuirmais verbas à Polícia. Envolverei também os nossos agentes policiais para assiminteirar-me em primeira mão, dos desafios que os nossos corajosos políciasenfrentam. Trabalharei com o seu sindicato para melhorar o seu contrato. Nãoposso aceitar que eles não recebam um aumento salarial nos próximos dois anos.E, o pequeno montante retroativo que eles receberão não justifica o trabalho quelhes é imposto.

“E uma nota especial para os homens e mulheres doDepartamento da Polícia de New Bedford, que fique bem claro:

não terá maior campeão do que eu. Ponto final.Lutarei pelos vossos direitos”

Os nossos professores estão sob ataque. Em nenhuma outra profissão osempregados são informados para requererem de novo os seus trabalhos. Não hánenhum professor que entra nesta profissão pelo salário. Eles aderem por umato de amor pela educação e mais importante ainda, pelo amor às crianças.Lecionar para um exame coloca um padrão impossível aos nossos professores.Embora eu compreenda que é um mandato estadual e federal, punir os nossosprofessores dessa maneira insensível é francamente terrível. Liderança real eautêntica começa com confiança.

“Associo-me à indignação dos nossos professores;mantê-los neste padrão é perigoso e totalmente errado”

Os pescadores estão sob um tremendo ataque mediante regulamentos federais.Simplesmente não há liderança local para aliviar esta terrível carga. Eu conheçobem a indústria piscatória desde o meu trabalho com o antigo congressista BarneyFrank. Simpatizo com as lutas que eles enfrentam. O mayor Mitchell temfracassado nesta matéria. Como mayor, vou liderar a luta juntando-me àsautoridades federais no sentido de facilitar os regulamentos que complicam avida aos nossos pescadores.

“Eu conheço bem a indústria piscatória desde o meu trabalhocom o antigo congressista Barney Frank.

Simpatizo com as lutas que eles enfrentam”

New Bedford é uma cidade vibrante com uma força trabalhadora que realmentetrabalha incansavelmente, mas o que muitos políticos não dizem é que asempresas estão relutantes a virem para New Bedford devido ao elevado índicede criminalidade; um número recorde de propriedades degradadas, graffiti e deuma maneira geral uma sensação de desespero. Para re-inventar New Bedford eatrair postos de trabalho teremos de enfrentar estas questões que nos impedemde progredir — infraestruturas e liderança autêntica.

Como mayor, levarei a efeito “town hall meetings” em todos os bairros da cidade.A minha campanha está a ser gerida de forma acessível e responsável. Estareivisível e não apenas por alturas das eleições. Se a minha administração não forcapaz de vos responder, eles terão de responder a mim. Vou introduzir umDepartamento de Serviços Municipais, um departamento onde os residentespossam apresentar questões na sua área e num período de 48 horas.

“Posso não ser politicamente correta, mas serei responsávele acessível a todos vós”

Posso não ser politicamente correta, mas serei responsável e acessível a todosvós. Sei que muitos residentes têm urgente necessidade de um mayor real e forte.Não obstante os ataques inevitáveis que me serão dirigidos pelos meus oponentes,quero que saibam isto: Não vou desistir. Sou uma mulher forte. Subi na vidacom muito orgulho, desde “junior staffer” a trabalhar para o senador John Kerrya chefe de equipa do antigo deputado Barney Frank. Isso não é para pessoasfracas. É necessário trabalho árduo e determinação — a mesma característicanecessária para devolver a nossa cidade das mãos daqueles que nos impedemde progredir.

“Não vou desistir. Sou uma mulher forte”

Finalmente, se tem alguma pergunta sobre qualquer questão ou gostaria de tornar-se voluntário, contacte-me diretamente para 774-328-9667 — o meu número estásempre ao seu dispor — não apenas por altura das eleições.Para atualizações diárias, siga-me no Facebook: Giesta for MayorPara o meu plano, visite-me em www.giestaformayor.com

Para fazer um donativo à minha campanha, por favor emitir os cheques para:Maria Giesta for Mayor

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11 - 24 DE SETEMBRO 2015• 12 noites em excelentes hotéis (5 noites em Roma3 noites em Florença, 2 noites em Veneza, 2 noitesem Lisboa) • Refeições • Guias em inglês e português• Transfers in/out • Visita aos principais pontos turísticos emROMA (visita ao Vaticano e outros atrativos), POMPEIA, ASSISI,FLORENÇA, PÁDUA, SIENA, SAN GIMIGNANO• EXCURSÃO DE DIA INTEIRO A PORTUGALCOM VISITA A FÁTIMA

EXCURSÕES DE FINAL DE SEMANAWASHINGTON

23 a 25 de Maio “Memorial Day”

MONTREAL & QUEBEC CITY05 a 07 de Setembro (“Labor Day”)

PENNSYLVANIA DUTCH - AMISH COUNTRY10 a 12 de Outubro (“Columbus Day”)

EXCURSÕES DE 1 DIANew York City, Estátua da Liberdade e Museu Emigração (18 de Julho)

Lake Winnipsaukee, New Hampshire (08 de Agosto)

York (Maine) e Hampton Beach, New Hampshire (22 de Agosto)

Radio City Christmas Show (21 de Novembro e 05 de Dezembro)

30º aniversário do Centro Cultural “Os Serranos”(Continuação da página 16)

“O queijo da serra tem umpeso bastante grande nabalança comercial de Fornosde Algodres. Mas é precisofazer mais. Neste momentoestamos a tentar despertarmais gente a trabalhar nesteproduto. É um produto devalor acrescentado e comotal facilita um rendimentojusto aos produtores”, mas,há sempre um mas, e estetem a ver com quem está ausufruir dos lucros doqueijo. “Temos de evitar queseja o retalhista a usufruir dovalor acrescentado que dá avenda do queijo da serra.Este valor lucrativo tem dereverter em favor doprodutor. Não é um trabalho

sómente da câmara deFornos, mas sim um trabalhode todas asa câmaras quetêm a ver com o queijo daserra. Tem de haver umaestratégia conjunta”,acrescentou António PinaFonseca, que passa a falarsobre o seu município.

“No respeito à câmara deFornos de Algodres, é dasmais endividadas do país.Estamos todos integrados naresolução desta situação.Acabou-se o tempo e que opaís falava em obras degrande vulto.

Hoje a preocupação sãopequenos projetos de formaa fixar as pessoas, de formaa que haja criação deemprego. Temos pequenosprojetos que podem atrairgente à agricultura. Sãoestes que nos interessamdado que os grandes nãocriam riqueza”, acrescenta opresidente da câmara deFornos de Algodres.

“Sendo a primeira vez quevenho a estes encontrosserranos, deixa adivinhar asua continuação em anosfuturos. Tem sido umajornada exuberante. Nestarápida passagem pela sala,encontrei muita gente deFornos de Algodres, só istovaleu a pena vir”, concluiuAntónio Manuel Pina Fon-seca.

Um ambiente regionalembelezou toda a sala, ondesobressaíam os capotes dosconfrades. Artistas e folcloreanimaram a tarde.

A comitiva serrana foiconstituída pelos autarcasÁlvaro dos Santos Amaro,presidente da câmaramunicipal da Guarda; LuísManuel Tadeu Marques,Gouveia; Carlos FilipeCamelo, Seia; José CarlosMendes, Oliveira doHospital; Francisco ManuelLopes, Lamego; VictorPinheiro Pereira, Covilhã;António Pina Fonseca,Fornos de Algodres; PauloGomes Langrouva, Figueirade Castelo Rodrigo, entreoutras entidades ligadas aocomércio do queijo da serra.

Alexandrino Costa, Albino Leitão e Luis Pires.

Elementos do Centro Cultural “Os Serranos” ladeiam a placa com os concelhos daregião do queijo da Serra da Estrela.

Bolo de aniversário dos 30 anos do Centro Cultural “OsSerranos”.

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Comunidades 19

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Saudamos a comissãoorganizadora de maisum festival do Queijo

da Serra pelo estrondososucesso da iniciativa

Celorico da Beira, capital do Queijo da Serra da EstrelaSob a presidência deJosé Monteiro, Celoricoda Beira, considerada acapital do Queijo daSerra, tem por sala devisitas o Solar doQueijo.

Situado no maciçomontanhoso da Serrada Estrela, possuiquase 50 por cento dasua área integrada noParque Natural Serrada Estrela. A vila deCelorico da Beira,encontra-se localizada

a cerca de 500 m dealtitude, atingindo oconcelho o seu pontomais alto na freguesiade Prados com 1260 m.Administrativamente,localiza-se no Distritoda Guarda e é ladeadoa nascente pelo con-celho da Guarda, apoente por Fornos deAlgodres, a sul porGouveia e norte porTrancoso. Bem locali-zado em termos deacessibilidade, nomea-damente através daA25, que liga Aveiro àfronteira de Espanha. AEN 102 faz a ligaçãocom o concelho deTrancoso, enquanto aEN 16 liga o concelhode Celorico ao de

Fornos de Algodres eGuarda, tal como a EN17 liga Celorico a Gou-veia.

Queijo Serrada Estrela

A raça ovina Borda-leira da Serra da Es-trela é uma ilustreprodutora de leite. Estetransforma-se numnéctar no fabrico domais reconhecido quei-jo português – QueijoSerra da Estrela. Estaiguaria é fruto de umprocesso que vai maisalém da simples téc-nica. A mão-de-obrautilizada nas queijariasé, na sua maioria, de

índole familiar, o queconfere um ambienteúnico. Os segredos vãopassando das avóspara as netas, numatradição secular. Asartesãs possuem umconhecimento único,mas levantam sempreum pouco a ponta o véue deixam-nos algunspequenos segredos doofício. As mãos, dizemelas, devem estar sem-pre frias, desde o des-soramento até ao en-

cinchamento.Em termos técnicos,

o fabrico deste manjarinicia-se com uma sele-ção criteriosa do leite,exclusivamente forne-cido pela Bordaleira daSerra da Estrela. Pos-teriormente, é colocadoem recipientes própriospara a formação dacoalha. Esta é induzidaatravés da utilização docardo (retirado da floraregional), previamentemoído no almofariz.

Após este processo,procede-se à extracçãodo soro do leite – o des-soramento – a coalha-da é agitada de temposa tempos, com cuidadopara não prejudicar oendurecimento do

grão. Finalmente, acoalhada é pressiona-da levemente para seextrair o soro na quan-tidade desejada. Éentão colocada nos cin-chos – o enchimento,sendo extraído o res-tante soro com o apoiode uma francela e ondea coalha sofre diversasviragens.

Após a salga, o queijoé colocado no localonde irá permanecerdurante, pelo menos,trinta dias, para a suamaturação e encasca-mento. Entretanto osoro do leite é aprovei-tado para fazer requei-jão, que é saboreadocom o delicioso docede abóbora. O proces-so de fabrico do QueijoSerra da Estrela é ins-pecionado segundo cri-térios rigorosos. Destaforma, obtém-se umproduto altamente qua-lificado de uma regiãodemarcada, com deno-minação de origemprotegida – DOP.

Além do Queijo Serrada Estrela DOP, ovisitante poderá encon-trar nas diversas quei-jarias espalhadas peloconcelho, um deliciosoqueijo de ovelha curadoou amanteigado, frutode saberes ancestrais.

Feira doQueijo

Desde há muito queo concelho de Celoricoda Beira granjeia adesignação de “Capitaldo Queijo Serra daEstrela”, lembremostambém que Celoricoda Beira acolheu aprimeira Feira deQueijo realizada emPortugal no ano de1287, por decreto doRei D. Dinis.

Este ano o Municípiode Celorico da Beira,numa óptica de promo-ver a tradicional Feirado Queijo Serra da Es-trela e por conseguinte,afirmar-se como sendoo Concelho de Celoricoda Beira a Capital doQueijo Serra da Estre-

la, decidiu alargar onúmero de dias para arealização do certameque se realizou de 13 a21 de fevereiro.

Durante nove diasdecorreram inúmerasatividades de índolecultural, recreativa,desportiva, entre ou-tras, de forma a dar visi-bilidade ao “ProdutoRei” produzido no con-celho de Celorico daBeira, que é o QueijoSerra da Estrela.

Texto: CMCB

José Monteiro, autarca deCelorico da Beira, a capitaldo queijo da Serra daEstrela.

Solar do Queijo, em Celorico da Beira.

A raça ovina Bordalesa que se alimenta nos pastos da encosta da serra produz o leiteque dá origem ao famoso queijo Serra da Estrela.

Uma das exposições patentes no Museu do Agricultor,em Celorico da Beira.

Queijo Serra da Estrela.

Borrego alentejano é cada vezmais procurado por paísesdo Norte de África

O borrego produzido no Alentejo vendeu-se bem nosmercados português e espanhol nesta quadra da Páscoa,quando “reina à mesa”, e é cada vez mais procuradopor países do Norte de África, segundo representantesde produtores.

A venda de borregos “está a correr bem, porque, porum lado, há cada vez menos oferta e, por outro, a procuraaumenta na Páscoa, tanto no mercado português comono espanhol”, disse à agência Lusa o presidente daAssociação de Agricultores do Baixo Alentejo, FranciscoPalma, que tem 300 associados, dos quais cerca de 30produzem ovinos.

“Há também uma procura cada vez mais crescentepor parte do mercado do Norte de África, nomeadamentede países como Marrocos, Argélia e Tunísia, onde seconsome muito borrego”, indicou.

No entanto, frisou, “há sempre o problema daimportação, nomeadamente de borrego ultracongeladoda Nova Zelândia, uma realidade do mercado global”,o que faz com que os produtores portugueses nãopossam aumentar muito os preços por quilo na Páscoa.

“Um borrego nacional custa cerca de seis euros oquilo, um importado custa 3,50 a 4 euros”, precisou,defendendo que “deve haver uma diferenciação por par-te do consumidor, porque a qualidade do borrego portu-guês tem características diferentes do importado ultra-congelado”.

Para Duarte Vasconcelos, da Carnalentejana, agrupa-mento de produtores que comercializa cerca de dois milexemplares nesta quadra, a venda de borregos está a ser“praticamente igual” à Páscoa de 2014, mas enfrenta aconcorrência de animais importados e vendidos emPortugal a preços “mais baixos”.

Na Páscoa, devido à tradição de se comer borrego,“há mais procura e o preço aumenta sempre”, frisou,referindo que “seria bom que aumentasse mais, mas nãoaumenta assim tanto porque continua a haver muitoborrego estrangeiro a entrar” em Portugal.

“Lá fora consegue-se comprar borregos mais baratospara serem vendidos em Portugal”, mas, apesar disso, aPáscoa, tal como o Natal, “continua a ser uma boa alturapara os produtores nacionais venderem, porque aprocura é muito maior e o preço também aumentasempre”, frisou o responsável da Carnalentejana, quereúne 170 produtores de bovinos do Alentejo, 10% dosquais também produzem ovinos.

O preço do borrego português “depende muito” dosborregos que vêm do estrangeiro e são comercializadosem Portugal “mais baratos”, o que “obriga” os produtoresportugueses “a baixarem um pouco o preço”, explicou.

Este ano, a carcaça de borrego português custa “cercade seis euros” por quilo, uma “ligeira subida” em relaçãoaos preços do Natal e da Páscoa do ano passado, disseDuarte Vasconcelos.

Na empresa Pasto Alentejano, situada em Sousel, nodistrito de Portalegre, as vendas costumam subir “2.000por cento” na quadra pascal, mas, ainda assim, osnúmeros deste ano são “iguais aos do ano passado” e“normais” para a época, disse à Lusa o administrador,José Serralheiro.

A Pasto Alentejano é um dos principais fornecedoresnacionais de carne de borrego e vende cerca de 100 milanimais por ano, 25 mil dos quais nas duas semanasque antecedem a Páscoa. Cerca de metade da faturaçãoda Pasto Alentejano provém da exportação, sobretudopara a região de Marselha (França), mas também para oNorte de África, e a outra metade das grandes superfíciesnacionais, com o comércio tradicional a ter “cada vezmenos” peso.

O Agrupamento de Produtores do Alentejo Elipec,com 30 produtores e que forneceu cerca de 4.000borregos nesta Páscoa para grandes superfíciescomerciais, está a vender “ligeiramente” menos do queem 2014, mas a procura e a oferta estão “equilibradas”,indicou à Lusa o colaborador António Rodrigues.

O Natur-al-Carnes - Agrupamento de ProdutoresPecuários do Norte Alentejano, que tem cerca de 100produtores e comercializa uma média de 1.700 borregosna Páscoa, principalmente para a indústria dedistribuição, nota que “este ano houve mais procura doque oferta” e o preço “subiu em relação ao ano anterior”,referiu o responsável António Esteves. Segundo oscolaboradores da Elipec e Natur-al-Carnes, a entrada deborregos em Portugal oriundos de outros países não estáa afetar os negócios em que estão envolvidos, tendogarantido o escoamento da carne, a cerca de seis eurospor quilo, principalmente para a indústria dedistribuição e grandes superfícies.

Cidade de Lamego designada sede dascomemorações oficiais do 10 de Junho

O Presidente da Repú-blica, Aníbal Cavaco Silva,designou a cidade de Lame-go para sede das comemo-rações oficiais do Dia dePortugal, de Camões e dasComunidades Portuguesas.

Esta é a primeira vez queLamego será ‘palco’ do 10de Junho, no último ano emque Cavaco Silva presidiráàs comemorações, visto queo seu mandato como Presi-dente da República terminaem março de 2016.

Por outro lado, será aquarta vez que Cavaco Silvadesigna uma cidade do in-

terior para sede do Dia dePortugal, depois de no anopassado ter escolhido aGuarda, em 2013 Elvas eem 2011 Castelo Branco.Desde que tomou possecomo Presidente da Repú-blica, em 2006, Cavaco Sil-va escolheu sempre cidadesdiferentes para as comemo-rações oficiais do Dia dePortugal.

Em 2012, a cidade esco-lhida foi Lisboa, em 2010,o palco das comemoraçõesdo Dia de Portugal foi Faroe, no ano anterior, a cidadede Santarém.

Viana do Castelo acolheuas comemorações oficiaisem 2008, Setúbal, em 2007,e Porto, em 2006.

Desde 1977, dezenas decidades já receberam ascomemorações do Dia dePortugal.

Durante os dois mandatosde Ramalho Eanes, as cida-des palco das comemo-rações do 10 de Junho fo-ram Guarda, Portalegre,Vila Real, Leiria, Funchal,Figueira da Foz, Lisboa,Viseu e Porto.

Com Mário Soares emBelém, as cidades esco-lhidas foram Évora, Lisboa,Covilhã, Ponta Delgada,Braga, Tomar, Lisboa, a vilade Sintra, Coimbra e Porto.

Nos mandatos de JorgeSampaio, as comemoraçõesdo Dia de Portugal reali-zaram-se em Lagos, Cha-ves, Lisboa, Aveiro, Viseu,Porto, Beja, Angra do He-roísmo, Bragança e Gui-marães.

Semana Santa

Um ator representando Jesus Cristo durante a ViaSacra realizada em Ourém, dia 03.

Foto: Paulo Cunha/Lusa

Luso-venezuelanos cumpremtradição de visitar sete igrejasna Sexta-Feira Santa

Milhares de católicos, muitos deles portugueses e luso-descendentes, cumpriram a tradição venezuelana de visitarsete igrejas durante a Sexta-Feira Santa, com o objetivode pedir ou agradecer ajudas concedidas.

Segundo a imprensa venezuelana, entre as igrejas deCaracas mais visitadas pelos católicos está a Catedral, ade São Francisco, a de Nossa Senhora das Mercedes, a deAltragrácia, a Santa Capela, a Igreja do Coração de Jesuse a Basílica de Santa Teresa.

Português selecionado paraprojeto que testa tecnologiaespacial para missão a Marte

João Lousada foi um dos cinco novos membros selecio-nados pelo Fórum Espacial Austríaco, para integrar aequipa que simula, em Terra, o ambiente de Marte, numprojeto promovido por esta organização austríaca queinvestiga e desenvolve tecnologia espacial.

João Lousada explicou que o Fórum Espacial Austríacousa o “ambiente na Terra, com condições similares a Marte,do ponto de vista geológico e ambiental, para testartecnologias”, incluindo um simulador de fato espacial,“que poderão, um dia, ser utilizadas na exploração deMarte”.

Para ser selecionado, o jovem teve de passar por provasfísicas, testes psicológicos e de conhecimentos técnicos.

Formado em engenharia aeroespacial, João Lousada, de26 anos, saberá em finais de abril, como contou à Lusa,se vai participar já na próxima missão da organização,agendada para agosto.

Comunidade judaica convidagrupo de Israel paracomemorações pascaisem Belmonte

Trinta e cinco pessoas de Israel e um grupo de estu-dantes portugueses foram convidados pela comunidadejudaica de Belmonte a participarem na celebração da“Pessach”, que é considerada a “Páscoa judaica”.

“Convidámos para estar entre nós um grupo de israelitas,que estará a fazer um roteiro por Portugal, bem comoalguns alunos que estudam o judaísmo e que também sevão juntar à comunidade judaica de Belmonte na come-moração desta data milenar”, disse à agência Lusa o rabinoElisha Salas, dia 31 de março.

Os israelitas estiveram em Belmonte na sexta-feira paraparticiparem numa celebração realizada após o pôr-do-sol, enquanto a visita dos alunos portugueses, essencial-mente oriundos de Porto e Lisboa, se prolongou até sábado.

A “Pessach”, que é celebrada ao longo de uma semana,também é conhecida como “Festa da Libertação” e assinalao dia em que hebreus se libertaram da escravidão no Egito,dando origem ao povo judaico.

Aquela comunidade prepara esta festa segundos ospreceitos da lei judaica: implica uma limpeza minuciosadas residências de modo a libertá-las de qualquer tipo de“chametz” - alimentos e utensílios que possam estarrelacionados com o fermento. Por esse motivo, matzá (pãoázimo), que os judeus comem por estes dias, mas que é demuito difícil confeção, foi encomendado num centro dedistribuição localizado em Paris.

Igualmente integrados nas comemorações da semana da“Pessach”, em Belmonte, foram realizados na Sinagogavários serviços religiosos especiais na Sinagoga, bemcomo a realização de um jantar comunitário e de amizadee de vários passeios familiares no campo.

A comunidade judaica de Belmonte conta atualmentecom cerca de 120 pessoas.

Morreu oeconomistaJosé Silva Lopes

O economista e antigoministro das FinançasJosé Silva Lopes morreuquinta-feira passada, aos82 anos.

Ministro das Finanças,governador do Banco dePortugal, administrador doBanco Europeu para aReconstrução e o Desen-volvimento (BERD), repre-sentante de Portugal juntodo Banco Mundial ou pre-sidente do Conselho Eco-nómico e Social foramalguns dos cargos de-sempenhados por SilvaLopes.LusaVista aérea de Lamego.

20 Portugal PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

Bispo de Angra exorta cristãosa serem “instrumentosda misericórdia divina”junto dos mais fracos

Hoje somos convidados a “comprometer-nos comuma vida nova que a ressurreição de Cristo tornapossível”, disse o Bispo de Angra na homília da Missade Páscoa, que celebrou domingo na Sé de Angra, ilhaTerceira.

O prelado diocesano, que apesar de estar em conva-lescença presidiu a praticamente todas as solenidadesda Semana Santa, pediu aos cristãos açorianos quesejam “misericordiosos como o Pai”. “Jesus fê-lo emtoda a sua vida, em palavras e gestos e revelou com asua morte e ressurreição, no mistério pascal, que DeusPai é todo misericórdia, tal é o caminho que temos quepercorrer tornando-nos instrumentos da misericórdiadivina junto das pessoas, começando com os que menosmerecem e mais precisam”.

Mas para isso, diz D. António de Sousa Braga, épreciso “um fermento novo”. “Não façamos a festa comfermento velho, nem com fermento da malícia ou daperversidade. É necessário utilizarmos os pães ázimosda pureza e da verdade”, sublinhou o prelado diocesano.

Aludiu, ainda, a Maria Madalena e Simão Pedro queviram o sepulcro vazio. E referindo-se ao outro discí-pulo que “viu e acreditou imediatamente” exortou oscristãos a terem esta fé. “É o que se espera de nós, crersem ver, apenas a partir dos sinais”, pois o MistérioPascal “é o ponto culminante da revelação e atuaçãoda misericórdia” e a “ressurreição de cristo é a revela-ção do Deus do amor, misericordioso, porque aceitoua Cruz como caminho para a ressurreição”, concluiu oprelado diocesano.

Numa homília curta, D. António de Sousa Bragavoltou a agradecer as orações em sua intenção lembran-do que foram elas “que o ajudaram a vencer o peso dacruz da vida”.

Bispo de Angra ordena 53º sacerdotediocesano durante o seu episcopado

D. António de Sousa Braga vai ordenar sacerdote odiácono Eurico Décio Caetano no próximo sábado, dia11, na Igreja Matriz das Capelas, paróquia de nasci-mento do futuro presbítero. A missa nova será no diaseguinte naquela igreja da ilha de São Miguel.

Eurico Décio Caetano será o 53º sacerdote ordenadopor D. António de Sousa Braga durante os seus quase19 anos de episcopado e o primeiro neste ano pastoral.Tem 31 anos, é mestre em Teologia, pela UniversidadeCatólica, e encontra-se a lecionar na ilha das Flores adisciplina de Educação Moral e Religiosa Católica,depois de ter lecionado em Rabo de Peixe, S. Miguel.É atualmente um dos oito diáconos da diocese deAngra.

Há outra ordenação prevista a 21 de junho de PedroAguiar, seminarista do sexto ano no Seminário Epis-copal de Angra, natural das Lajes do Pico e que fará asua missa nova, na igreja das Lajes, no dia 12 de julho.

Texto: http://www.igrejaacores.pt

Artesã açoriana alia tradição e inovação às escamas de peixeÀ técnica tradicional açoriana de trabalhar as escamas

de peixe, a artesã açoriana Leovigilda Lima juntou cor emuita criatividade, criando peças únicas como anéis,brincos, colares e argolas de guardanapo que vende porencomenda para todo o mundo.

“Comecei a trabalhar como um ‘hobby’ em 2008. Fuidesenvolvendo e como achei que a escama de peixe nãopodia ficar só pelo tradicional, fui aplicando criatividade”,afirmou Leovigilda Lima, empresária em nome individualhá já sete anos e que está a tratar da certificação das suaspeças artesanais.

Fonte do Centro Regional de Apoio ao Artesanato disseà Lusa que a arte de trabalhar as escamas de peixe fazparte de “uma tradição que tem passado de geração emgeração” no arquipélago, tendo sofrido “uma grandeevolução a partir da década de 80 (do século XX) com oincremento do número de turistas nas ilhas”.

Além das escamas de peixe, também estão certificadosnos Açores como produtos regionais de artesanato asrendas, a tecelagem, os registos do Santo Cristo entreoutros, um galardão que existe desde 1998 e garante aoconsumidor a origem e qualidade do produto artesanalcomprado.

Estão registadas no Centro Regional de Apoio aoArtesanato 39 artesãs no ativo que efetuam trabalhos emescama de peixe nas ilhas de S. Miguel, Terceira, Pico,Faial, Graciosa e Flores.

Leovigilda Lima procurou alargar o leque das suas peçaspara além das tradicionais redomas e quadros feitos emescamas de peixe brancas, apostando na originalidade eintrodução de cores variadas, para ir ao encontro do queos clientes procuram nas decorações atuais.

“Faço arranjos de castiçais, aplico escamas aos presépiosde lapinha, faço arranjos para centros de mesa, decoraçõesde casamento e batizado”, referiu a artesã, acrescentandoque também faz colares, anéis, brincos e argolas deguardanapo, entre outras peças.

Ao contrário de outras artesãs açorianas, LeovigildaLima optou por tingir as escamas de peixe com quetrabalha para melhor fixar as várias cores, assegurando

que assim “não desbota” e “duram uma vida”.“Faço a preparação da cor consoante a pessoa precisa e

gosta. Aplico na escama e depois faço o trabalho”, referiu,acrescentando que “a técnica de trabalhar a escama é atradicional”.

Antes de iniciar o processo criativo e a montagem, temde recolher as escamas em peixarias ou entre os amigosque consomem peixe, lavá-las durante vários dias, esfregá-las bem e depois deixar secar.

Segundo disse, o segredo para a escama nunca partir édeixá-la secar bem ao escuro e nunca na claridade. “Aescama depois de estar bem seca, bem tratada, não parte.Mas se a escama não for bem tratada, parte. Também temum pormenor: na desova do peixe, a escama parte commuita facilidade. Temos de ter essa atenção e perceber seo peixe está na fase da desova”, afirmou Leovigilda Lima,que já tem vendido trabalhos por encomenda para oestrangeiro.

Todo este trabalho artesanal requer muita minúcia,delicadeza e tempo, sendo certo que nunca há doistrabalhos iguais. “Por mais que esteja ao lado um do outro,sai sempre diferente. A montagem é sempre diferente. Amão não consegue fazer igual de maneira nenhuma”,confessou Leovigilda Lima, que junta às escamas canotilhode prata ou ouro.

Orquestra Regional Lira Açoriana sobeao palco após interregno de dois anos

A Orquestra Regional Lira Açoriana, projeto que integracerca de 70 jovens de várias ilhas dos Açores, voltou asubir aos palcos, após dois anos de interregno.

A orquestra, criada em 1998 para representar a regiãona Expo98, em Lisboa, retomou a sua atividade dia 02 deabril com um concerto no Auditório do Ramo Grande,concelho da Praia da Vitória, ilha Terceira.

O governo regional dos Açores decidiu reativar esteprojeto e dar-lhe um novo formato, passando a orquestraa ter direção e composição nova a cada dois anos.

O maestro Henrique Piloto, que vai dirigir a orquestraaté 2016, adiantou à agência Lusa que o agrupamento écomposto por jovens entre os 14 e 24 anos, escolhidosatravés de um processo de seleção, onde se incluíram váriasaudições.

Henrique Piloto já dirigiu, entre outras, a OrquestraMetropolitana de Lisboa, a Orquestra AcadémicaMetropolitana, a Orquestra Filarmonia das Beiras, aOrquestra do Algarve, a Orquestra da Musikskola deÜmea, o Oratory Choir of Hong Kong e o Coral LisboaCantat e destacou a ideia subjacente ao projeto da orquestraregional dos Açores, que visa a formação de músicos.

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Açores/Madeira 21

XII Governo Regional da Madeira terá oito secretariasO XII Governo Regional da Madeira, presidido pelo so-

cial-democrata Miguel Albuquerque, terá oito secretarias,mais uma que o atual executivo de Alberto João Jardim, enão inclui vice-presidência, disse à Lusa fonte do PSDlocal.

O novo executivo terá duas mulheres e será compostopelas secretarias regionais do Turismo e Transportes,Agricultura e Pescas, Educação e Desporto, Saúde,Assuntos Sociais, Economia e Finanças, AssuntosParlamentares e Cooperação Externa e do Ambiente.

Rui Gonçalves, atual diretor regional do Tesouro, e queesteve envolvido nos processos negociais com o governoda República e do programa de ajustamento económico efinanceiro celebrado com a região, será o novo titular dapasta das Finanças no governo de Albuquerque.

Da vereação de Albuquerque no município do Funchalapenas integrará o próximo governo insular Rubina Leal,que assume a pasta dos Assuntos Sociais, a mesma quecoordenava na câmara. A ex-vereadora estava adesempenhar as funções de adjunta do diretor doEstabelecimento Prisional do Funchal.

Miguel Albuquerque decidiu também separar as áreasdos Assuntos Sociais da Saúde, tendo escolhido o médicoManuel Brito como responsável governamental para estedepartamento. O economista Eduardo Jesus fica comresponsabilidade da secretaria regional do Turismo eTransportes, enquanto Jorge Carvalho será o titular na daEducação e Desporto, e a professora da Universidade daMadeira Susana Prada é a nova secretária regional doAmbiente.

Albuquerque atribuiu ainda ao ex-eurodeputado SérgioMarques, com quem disputou a liderança do PSD/M, apasta dos Assuntos Parlamentares e Cooperação Externado governo madeirense.

Destaque também para Humberto Vasconcelos, o ex-presidente da Câmara Municipal de São Vicente, que foiexpulso do partido por Alberto João Jardim, e que vai sero titular da secretaria regional da Agricultura e Pescas.

O XII Governo Regional da Madeira não terá vice-presidências e, segundo a mesma fonte do PSD/Madeira,a data da posse do novo executivo ainda não está definida,apontando que deverá acontecer depois do dia 20 de abril.

O PSD/Madeira liderado por Miguel Albuquerqueconquistou nas eleições legislativas antecipadas que serealizaram a 29 de março a sua 11.ª maioria absoluta e 24dos 47 deputados da Assembleia Legislativa destearquipélago.

TC indeferiu todos os recursosinviabilizando a recontagem dos votos

O Tribunal Constitucional (TC) indeferiu ontem todosos recursos relativos às eleições regionais na Madeira,incluindo os que pediam uma nova contagem dos votos,disse à Lusa fonte ligada ao processo eleitoral.

O Tribunal Constitucional (TC) indeferiu os cincorecursos interpostos por PSD, CDS-PP, CDU, MAS ePlataforma dos Cidadãos.

Com esta decisão ficam confirmados os resultados daseleições de 29 de março, que deram ao PSD 24 deputadose a sua 11.ª maioria absoluta.

Por sua vez, o porta-voz da Comissão Nacional deEleições (CNE), João Almeida, entidade que segundo alei eleitoral é notificada das decisões do TC, adiantou àLusa que os juízes decidiram não tomar conhecimento dosrecursos apresentados pelo CDS e PSD por consideraremque foram “apresentados fora de prazo”.

Relativamente aos recursos da CDU, MAS e daPlataforma de Cidadãos que, tal como o CDS pediam arecontagem dos votos, a fonte ligada ao processo eleitoralacrescentou que foram rejeitados.

Dois dias depois das eleições, uma atribulada assembleiade apuramento geral chegou a retirar a maioria absolutaao PSD, durante cerca de duas horas, mas foi detetadoque, por lapso informático, não tinham sido contabilizadosos votos do Porto Santo. Corrigidos os números, foinovamente atribuída ao PSD a maioria absoluta.

Na sequência desta decisão, CDS-PP, CDU, MAS ePlataforma dos Cidadãos apresentaram recursos ao TCpedindo a realização de uma nova assembleia deapuramento geral. O PSD também apresentou um recurso,requerendo que cerca de 40 votos que tinham sidoconsiderados nulos sejam declarados válidos.

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Eurico Mendes

MELTING POT

22 Portuguese Beat PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

Ernest Moniz foi um dos negociadoresdo acordo nuclear com o Irão

Após 12 anos de tensão internacional e 18meses de intensas conversações na Suiça, o“Grupo 5+1” (Estados Unidos, Rússia, China,França, Reino Unido e Alemanha) e o Irãoanunciaram dia 2 de abril ter fechado um acor-do preliminar para conter o programa nucleariraniano por pelo menos uma década e que ser-virá de base para um pacto mais abrangenteque garanta a natureza pacífica do programanuclear iraniano e que, espera-se, venha a serassinado em 30 de junho.

A comunidade internacional quer pôr fim auma década de conflito nuclear com o Irão, queé acusado de ter intenções militares e quererdesenvolver armas atómicas a pretexto de umprograma nuclear civil, o que é negado porTeerão, que insiste no direito a usar a energianuclear com fins pacíficos. Como tal, não é ne-cessário ser pacifista militante para reconhecera importância deste entendimento, que estálonge de ser brilhante, mas conforme disse Ba-rack Obama “é de longe” a melhor opção paraos Estados Unidos, os seus aliados e o mundointeiro.

No seu discurso deste sábado, Obama reite-rou que o acordo cumpre “os objetivos funda-mentais” dos Estados Unidos, uma vez que ne-ga ao regime iraniano “o plutónio necessáriopara fabricar uma bomba” e deixou claro quesó há “três opções” de enfrentar o programanuclear iraniano: “bombardeio” das instala-ções, o que abriria “outra guerra” no MédioOriente; confiar nas sanções, “apesar de semprelevarem o Irão a fazer mais progressos”; ou umacordo “robusto e verificável”, como o queacaba de ser selado.

O Ocidente está farto de guerras. Perdeu oIraque, que pelo caminho deixou de existir co-mo Estado soberano. A Síria também desapa-receu, tal como a Líbia. E o Afeganistão con-tinua reduto talibã. Enquanto isso, o radica-lismo islâmico cresceu, recruta jovens euro-peus e americanos e está ativo desde o Nortede África até à Península Arábica.

Se o acordo com o Irão vier a ser assinado eder certo, será um marco na diplomacia, masprimeiramente tem de vencer a resistência damaioria republicana bélica no Congresso dosEstados Unidos, que já ameaçou não aprovar oacordo.

A Arábia Saudita, aliados dos americanos,também é uma ameaça à implementação doacordo. Através dosseus aliados locais, aArábia Saudita e o Irãotravam uma guerra naSíria, no Iraque e agorano Iémen, e há aindaoutro aspecto que preo-cupa os sauditas: o fimdas sanções fará re-gressar o Irão como o se-gundo maior líder daregião, atrás da ArábiaSaudita e, se as expor-tações iranianas inun-darem o mercado, o pre-ço do petróleo poderábaixar para 30-40dólares o barril, o que os

sauditas obviamente não querem.Por fim Israel, pois tudo o que acontece no

Médio Oriente tem consequências para Israel.O governo israelita é contra o acordo e olhapara o Irão como ameaça à sua segurança. Ecom razão. O ódio a Israel tornou-se um dospilares da ideologia do regime de Teerão. Masos americanos devem ter obtido garantias dosiranianos, uma vez que um ataque a Israelsignificará um ataque aos Estados Unidos.

O Congresso dos Estados Unidos, de maioriarepublicana, poderá tentar inviabilizar oacordo, nomeadamente recusando aprovar osfundos necessários para que seja posto emprática. Obama já disse que vetará essa decisãoe nesse caso os republicanos precisarão doapoio de dois terços do Senado e da Câmarapara superar um veto presidencial e, emboratenham maioria, os republicanos precisarão devotos democratas para anular o veto.

Coincidência curiosa, a delegação americananas conversações foi chefiada pelo secretáriode Estado John F. Kerry, casado com umaportuguesa (Maria Teresa Thierstein SimõesFerreira Heinz Kerry) e conduzida em grandeparte por um lusodescendente, Ernest JeffreyMoniz, nascido em 1944, em Fall River, físiconuclear e secretário de Estado da Energia desdemaio de 2013 e que se sentou ao lado de Kerryna mesa de negociações.

Moniz desempenhou um papel crucial nasnegociações discutindo diretamente detalhestécnicos com o ministro iraniano de energiaatómica, Ali Akbar Salehi. O secretário daEnergia e o seu homólogo iraniano têm conhe-cimento académico. Salehi é um graduado doMassachusetts Institute of Technology, deCambridge, MA, onde Moniz era diretor doLaboratório de Energia Nuclear quando foichamado para o governo.

Ernest Moniz foi entrevistado domingo porNorah O’Donnell para o programa “Face theNation”, da rede de televisão CBS e tran-quilizou os americanos quanto aos riscos dosiranianos virem a fabricar a bomba atómica:

“Pensamos ter bloqueado todos os caminhospara uma bomba atómica e devo enfatizar queeste não é um acordo de dez anos, é um acordode longo prazo. Não há pôr do sol. Haverávárias fases começando com restriçõesextremamente rigorosas sobre o programairaniano. Temos restrições de 10 anos,restrições de 15 anos, restrições de 25 anos.Teremos sempre restrições”.

Na entrevista, Ernest Moniz reconheceu osproblemas que os Estados Unidos têm com oIrão (o terrorismo, a Síria e o Iémen), mas issonão diminui a importância do acordo.

“A hipótese do Irão vir a ter uma bombanuclear não está posta de lado. Mas qualquerviolação do acordo significa a entrada em vigorde sanções e sem urânio não poderá fabricarmuitas bombas”.

Malkovich no funeral de Oliveira

O norte-americano John Malkovich e a francesaCatherine Deneuve com Manoel de Oliveira durante arodagem de “Um Filme Falado”, longa metragem rodadaem 2003 e que aborda uma questão presente no mundocontemporâneo: o choque civilizacional entre as culturashegemónicas no mundo ocidental e no mundo árabe, eo radicalismo crescente entre grupos representativosdesses universos culturais.

O realizador português Manoel de Oliveiramorreu dia 2 de abril, aos 106 anos, no Porto,onde tinha nascido em 1908. O ator norte-americano John Malkovich foi uma daspersonalidades que se deslocaram à cidadepara uma última homenagem ao mais velhorealizador do mundo em atividade, cujoúltimo filme foi a curta-metragem “O velho doRestelo”, estreada em dezembro passado porocasião do seu 106.º aniversário. Malkovichtrabalhou em três filmes de Oliveira: “OConvento” (1995), “Vou para Casa” (2001) e“Um Filme Falado” (2003). Depois do funeralpara o cemitério de Agramonte, Malkovichfalou aos jornalistas considerando Oliveira umrealizador único: “Manoel de Oliveira teveuma vida muito intensa. É triste pensar que jánão está connosco (...) O cinema não morreucom Manoel de Oliveira, mas Manoel deOliveira era único e o cinema não será omesmo sem ele”.

Ticha e MachanguanaTicha Penicheiro deixou de jogar em 2013 naWNBA, a liga feminina de basquetebolprofissional dos EstadosUnidos, depois de umacarreira em que representousobretudo as Monarchs deSacramento e foi quatrovezes jogadora WNBA All-star, conquistou o título em2005 e foi nomeada em 2014para o Hall of Fame Virginia.Continua ligada aobasquetebol como agente e representajogadoras como Sheril Baker, KellySchumacher, Ruthe Belton e Stacey Lovelace.Além disso, Ticha vai agora usar os seustalentos como administradora da FundaçãoClarisse Machanguana, moçambicana comuma carreira de 22 anos no basquetebolprofissional, tendo jogado nos Estados Unidos,em Portugal, Espanha, Itália, Brasil, França eCoreia. Clarisse voltou a Moçambique e crioua Fundação Clarisse Machanguana, destinadaa motivar os jovens a perseguirem os seussonhos através do desporto e daeducação.

Stacey Kent fala portuguêsA cantora americana Stacey Kent falaportuguês (com sotaque brasileiro) devido àsua paixão pela bossa-nova, sendo uma leitoraassídua de poesia e literatura portuguesa.Tinha 14 anos quando ouviu pela primeira vezJoão Gilberto cantando Garota de Ipanema eficou apaixonada. A bossa-nova e a línguaportuguesa passaram a fazer parte da sua vidae já leu Fernando Pessoa, José Saramago,Gonçalo M. Tavares e Rui Zink (que foi seuprofessor no Middlebury College, emVermont). Quanto à música, não gosta apenasda brasileira, e adora Madredeus.

Ernest Moniz, secretário de Estado da Energia e John Kerry, secretário de Estado.

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Crónica 23

CCCCCRÓNICARÓNICARÓNICARÓNICARÓNICA DODODODODO A A A A ATLÂNTICOTLÂNTICOTLÂNTICOTLÂNTICOTLÂNTICO

Osvaldo Cabral

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Onésimo Teotónio Almeida

José Medeiros Ferreira – nota de rodapé para um balanço*

Quem seguiu a trajectória político-académica deMedeiros Ferreira deve reconhecer que uma das suasgrandes virtudes foi a da capacidade de pensar por sie de se esquivar a filiações políticas cegas, e habi-tualmente comprometedoras. Medeiros Ferreiranunca foi lapa colada à pedra. Se quiséssemos associá-lo a uma criatura do mar açoriano seria a moreia,porque diz a sabedoria popular que até se escapa aostentáculos do polvo. Nunca este consegue segurá-laa ponto de as suas ventosas se colarem à vítima paraa sugar. A moreia escapa-se-lhe sempre ilesa, livre.Não o consentiu nunca Medeiros Ferreira, animalpolítico por excelência, quintessência do zoonpolitikon aristotélico, com um instinto para intuir -que é ler por dentro - o facto político (veja-se o seublogue e o prestígio que alcançou entre os leitoresindependentes). Teve sempre a cabeça no seu lugar,primou pela sua independência, que não é sinónimode neutralidade. Nem sequer passou pelas veleidadesjuvenis dos recém-convertidos ao marxismo,dispostos a dar a alma ao Mestre e a essa Nova Igrejada altura que tinha o seu Vaticano em Moscovo. Nãopassou por aí porque até já mesmo nos Açoresconseguira evadir-se ao peso pesado da própria Igreja.Ele teve, aliás, disso perfeita consciência quandoescreveu no Pátria Utópica, o precioso volumecolectivo do Grupo de Genebra recentementepublicado: “Embora me considere um espíritorobusto, essa sensação de pertencer a uma minorianunca mais me largou.” (p.78) O que está malcolocado nesta frase é a adversativa “embora”, quedeveria ser substituída pela causal “Porque” - porqueMedeiros Ferreira tem um espírito robusto é queconsegue ser, ou ter, um pensar independente.

Tudo quanto aqui se segue é por demais conhecido,mas é bom ser lembrado, como aliás o faz AntónoBarreto no supra citado livro colectivo do Grupo deGenebra. Diz este último da sua experiência naAssembleia Constituinte: “No grupo de Consti-tuintes socialistas, depressa fiz “aliança” com umpequeno grupo que tentava remar contra a marépredominante radical e esquerdista. Esse incluía JoséMedeiros Ferreira, Mário Mesquita, MárioSottomayor Cardia, Rui Feijó e Nuno Godinho deMatos.” (p. 222).

Claro que não existe um ser humano perfeito nemcompletamente isento e muitos de nós somosdominados por forças estranhas que poucos sabemdebelar canalizando-as, como bem soube fazer JMF.As naturais tendências gregárias, de se ir com o bando,de fazer gang, de se entrar num grupo de malta, de seperder a razão na emoção total e desinibida, emMedeiros Ferreira estavam todas canalizadas para essetubo de escape que é o Benfica. (Aí, porém, estamosjá no capítulo da fé e o melhor é nem nele entrar.Podemos - e com razão – lamentar a escolha, todaviareconheçamos que qualquer ser humano tem direitoaos seus momentos de colocar entre parêntesis a razãoe o raciocínio e se deixar entregar completamente àirracionalidade. É um desvio importante para o nossoequilíbrio psicológico.)

Concluirei com uma pequena nota: MedeirosFerreira disse-me em tempos que fora o responsávelpela criação da referência quase slogan da revoluçãode Abril – os três dd que resumem o programa deAbril. Os mais novos não fazem hoje ideia do que issoseja mas os mais velhos lembram-se. Porque váriasvezes tenho feito referência a esses três dd, a partir dadata em que Medeiros Ferreira me revelou a pater-nidade deles, passei a fazer-lhe justiça associando-lheso seu nome. Mas não sabia exactamente a história decomo tinham surgido. Felizmente que ele a narra numapassagem eminentemente citável e que reproduzo aquicom prazer. Depois de descrever o ambiente em quevivia na Suíça, Medeiros Ferreira prossegue assim asua narrativa:

“Foi nesse enquadramento geral que concebi a “tese”enviada para o Congresso de Aveiro que se realizounos primeiros dias de abril de 1973, e na qual defendiaa política dos três dd (descolonizar, democratizar,desenvolver) como programa de um possível pro-nunciamento militar a apoiar pela Oposição. A MariaEmília, sempre destemida, foi propositadamente aAveiro observar as reacções suscitadas pela comu-nicação. Regressou apreensiva com o resultado.Ninguém acreditava no fundamento da minha ideia.Que estava desenraizado do país e da luta de massas.Só Jorge Sampaio achara apenas precoce a “heresia”.Quando regressei a Portugal, eram todos maisentusiastas do MFA do que eu… Devo o reconhe-cimento da importância política da tese enviada aoCongresso de Aveiro, primeiro a Mário Mesquita, queaproveitou a campanha eleitoral de outubro de 1973para levar os candidatos do PS Pedro Coelho e Aronsde Carvalho a referirem os três dd nos comícios, eque, dias depois do 25 de Abril, publicou na íntegra,no jornal República, a “tese”; e, em segundo lugar, ao

capitão de abril, Vitor Alves, que recordou aimportância daquele documento para o Movimentodas Forças Armadas num depoimento dado à revistado Expresso a 7 de abril de 1984.” (p. 202)

E por que razão acho tão importante essa criação?Porque tenho dedicado muito do meu tempo aoestudo da questão da modernidade e, em particular,da modernidade em Portugal e no mundo lusófono.Tenho defendido, sem reclamar qualquer origi-nalidade, que foi o nosso Antero de Quental quemmais lucidamente esboçou a radiografia da culturaportuguesa face ao mundo moderno e que o seufamoso ensaio, escrito a partir da sua intervençãonas Conferências do Casino – Causas da Decadênciados Povos Peninsulares – é o texto paradigmático queirá dividir as gentes do pensamento português(político e não só) em modernos e não-modernos.O paradigma moderno brilhantemente identificadoe traçado por Antero é afinal o que subjaz a todo oideário da revolução do 25 de Abril. Um dia fiz essaafirmação numa conferência na Universidade Novae, no período de debate, um político português argu-mentou que, se esse texto de Antero era assim tãofundamental como eu afirmava, por que razão noParlamento se falava sempre de Regeneração e nãode Decadência? Expliquei-me então melhor: ospolíticos têm que prometer algo positivo, por issonão lhes convém falar de decadência. Regeneraçãoera precisamente o passo resultante da tomada deconsciência da decadência. Os três grandes errosapontados por Antero que levaram Portugal àdecadência – a aventura ultramarina, o regresso aoantigo regime político-cultural autoritário absolutoe o fechar-se num modelo económico tradicionalcorrespondem, na sua versão positiva e programática,aos três dd da revolução dos cravos: Descolonizar,Democratizar, Desenvolver.

Esse brilhante insight de Medeiros Ferreira revelaa argúcia do intelectual preocupado com aintervenção política, e pode figurar como emblemada sua presença nessas duas vertentes da vidaportuguesa contemporânea.

Já que não podemos continuar a beneficiar da“tremendous energy” que todos lhe conhecemos e ojornal Times nele identificou, quando era Ministrodos Negócios Estrangeiros, quedemo-nos com amemória inspiradora do seu sorriso optimista, sagaze arguto, de que estamos cada vez mais necessitadosnos dias que correm.

Crónica sem título...

* Adaptação de um texto lido numa sessão de homenagemna Livraria Culsete, em Setúbal.

Com esta crónica, termino a minha colaboraçãono “Correio dos Açores”, que também vinha sendopublicada no “Portuguese Times”.

Foram quase quatro anos a comentar os principaisacontecimentos do nosso burgo regional, semprecom a convicção de que a interpretação dos factos– a minha interpretação – era comungada pormuitos dos leitores, a julgar pelo número daquelesque se me dirigiam, pessoalmente, por mensagemou nos comentários das redes sociais, muitos delesda comunidade da Nova Inglaterra.

Espero ter cumprido o desafio para que me tinhamconvidado, num momento difícil, que foi substituiro registo acutilante, profundo e irónico deste grandeMestre que foi Jorge do Nascimento Cabral.

Não é um adeus definitivo.É apenas um mudar de endereço, porque con-

tinuarei a escrever, mas desta vez no jornal centenário“Diário dos Açores”, que também pertence ao mesmogrupo do “Correio”.

Passarei a assumir as funções de Director Executivode um “Diário” renovado e mais virado para os nossostempos modernos.

Como expliquei no primeiro editorial, publicadoontem, parto para esta nova etapa “em nome de duascausas: primeiro, porque não podia recusar o desafiode Américo Natalino Viveiros e Paulo Viveiros, quevêm desenvolvendo um trabalho estóico na defesa emanutenção de uma imprensa livre e exigente, numa

região cada vez mais conformada com as correntesdominantes e onde o pensamento próprio ecorajoso vai rareando; segundo, porque é ocumprimento de uma obrigação que impus a mimpróprio, ou seja, finalizar a minha carreira de 35anos de jornalismo na escola onde aprendi – aimprensa escrita”.

Por acordo entre o “Diário dos Açores” e o“Portuguese Times”, este jornal passará a publicaros meus artigos que assinarei no “Diário” e tambémpoderá publicar todos os conteúdos que entender,numa parceria relevante a que chegamos com osamigos Francisco Resendes e Eduardo Lima.

É por isso que digo que esta crónica não é umadeus.

É apenas uma crónica de explicação - por issosem título.

No fundo, é um até já.

24 Crónica PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

NNNNNASASASASAS D D D D DUASUASUASUASUAS M M M M MARGENSARGENSARGENSARGENSARGENS

Vamberto Freitas

AAAAASSSSS P P P P PALAVRASALAVRASALAVRASALAVRASALAVRAS DODODODODO J J J J JOÃOOÃOOÃOOÃOOÃO

João Gago da Câmara

Mas o rio continua a correr

— Está à espera de quê? Que o bebé nasça aqui nohotel? - perguntei a Teresa, a rececionista gravidíssima,a sete dias de dar à luz o seu primeiro filho.

— É preciso trabalhar até ao fim para que não medescontem no vencimento - respondeu-me.

É assim neste país. A moça, a arrastar uma barriga dotamanho de hoje e de amanhã, continua a atender clien-tes, a arranjar quartos, a lavar, a estender e a passar roupa,para em uma semana dar à luz um filho. Que respeitopode este povo ter por um governo que permite estedesrespeito?

A esta incomensurável pequenez, que persiste emensombrar os nossos dias, comparo a grandiosidade danossa história antiga, quando, numa manhã primaveril,clara, cheia de sol, visito Amarante, cidade do distrito doPorto, com onze mil habitantes, devendo a sua origemaos povos primitivos da Idade da Pedra, que se fixaramna Serra da Aboboreira. Aí, no início do século XVI,Silveira, mais tarde Conde de Amarante, um general semmedo, enfrentou o exército de Napoleão Bonaparte, de-fendendo heroicamente a ponte que atravessa o Tâmega,construída no século XVI por São Gonçalo. Este atoheróico valeu à então vila a honra de se ver agraciada como colar da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor,Lealdade e Mérito.

São Gonçalo, beatificado em 1560 pelo Papa Pio IV,embora natural de Tagilde, em Guimarães, ali se fixou,sendo-lhe não só atribuída a construção da histórica pontede pedra, como uma ermida onde, em 1540, Frei

Jerónimo de Padilha viria a construir o Mosteiro de SãoGonçalo, templo erigido a pedido do rei D. João III,hoje um lugar de peregrinação. Ali, na capela que ladeiao altar mor, está o túmulo onde jazem os restos mortaisdo santo, um pregador por excelência respeitado no seutempo por toda a comunidade eclesiástica do reino,sobretudo pelo povo da terra que o acolheu.

Almoço por ali, num restaurante fronteiriço ao rio,que é de baixa profundidade e que corre vagaroso sob ofrondoso arvoredo, e concebo o quanto por ali correude história.

E lembro-me de Teresa, que para a semana dará umnovo filho a este país, outrora nação heróica, invicta emajestosa, rapazinho que, pelos vistos, não passará demais um número a somar à frieza das estatísticas dosmuitos milhares de jovens nacionais que, um dia, naignomínia, ver-se-ão convidados por quem de direito aabandonar a nação.

A (Lusa)lândia durante a Grande Depressão

Neste país todas as coisas são possíveis, e quanto maisinacreditáveis elas são, ainda mais possíveis se tornam. É

um país de loucos.Charles Reis Felix, Da Gama, Cary Grant and the

Election of 1934

No prefácio a este romance Da Gama, Cary Grant,and the Election of 1934 – as aspas e próprio título serãoexplicados brevemente – George Monteiro deixa cairalguns nomes canónicos americanos para contextualizara prosa do luso-americano Charles Reis Felix, autor jáconhecido por dois outros admiráveis livros, Crossingthe Sauer, memórias da Segunda Guerra Mundial, eainda mais Through a Portagee Gate, uma autobiografiada sua infância e adolescência em New Bedford durantemais ou menos o mesmo período de tempo real daGrande Depressão do livro aqui em foco. Tal comoErnest Hemingway (In Our Time) e Sherwood An-derson (Winesburg, Ohio) nalguma das suas escritas maisdomesticadas, afirma Monteiro, esta obra de Reis Felixé construída por uma sucessão de breves fatias-de-vidaem que o protagonista, o jovem Seraphin, “vai perdendoa ilusão de como as coisas acontecem no mundo real.”Por outras palavras, por detrás da simplicidade e porvezes aparente ingenuidade das suas palavras, escondem-se em personagens e incidentes revelados todo um modode ser e estar no mundo que poderá parecer um guetode várias etnias, na sua maioria fora da estrutura dopoder sócio-político, mas é de todo uma outra metoní-mica da grande sociedade que o rodeia, sobressaindoainda tanto um modo de vida de determinada classesocial como a ideologia ou mundividência que lhes éincutida por vários meios, mantendo desse modoenraizado as mais diversificadas comunidades em con-vivência, se não aberta, pelo menos pacífica. Adicionareiaqui outro autor muito comparável à prosa destaspáginas – John Steinbeck, e a sua consistente atençãonuma vasta obra prestada a personagens menores nassuas labutas diárias e enclausuradas nos seus recantos,sem reconhecimento ou projecção para além do própriobairro onde habitam. Antes de mais nada, queria proporaqui uma leitura dupla, no que à temática da imigraçãolusa nos Estados Unidos diz respeito, oriunda das ilhasatlânticas e do continente português. Sixty Acres and aBarn, de Alfred Lewis, também publicado há algunsnesta mesma colecção da Universidade de Massa-chusetts, será o outro perfeito retrato das nossas comuni-dades na América do Norte nos mesmos tempos reais eficcionais destes dois romances. Se em Lewis vemos osaçorianos e seus descendentes numa Califórnia rural,mas já com toda uma estrutura comunitária desenvol-vida, rodeada de férteis campos por todos os lados, massobrevivendo no mesmo isolamento cultural, em que“política” seria uma palavra inexistente, em Felix Reis

temos uma comunidade totalmente proletarizada, ondeconvivem com alguma proximidade nas velhas cidadesda Nova Inglaterra uma maioria de açorianos e algunsoutros vindos de várias partes do nosso país. Em ambos,temos as linguagens depuradas, as de um realismo meiosentimentalista desde sempre associado à fábula que é avida e mítica americana, a língua inglesa de uma primeiraou segunda geração expressando perfeitamente a du-plicidade que é, ou foi, a nossa sorte naquele continente,e a memória indelével do torrão natal.

A literatura como documento ou narrativa sócio-histó-rica, especialmente na forma romanesca vinda da tradiçãodo realismo literário iniciado a meados do século XIX,sempre teve, e ainda terá, supõe-se, uma das suas maisnobres funções, ou seja, lado a lado com outros textos deformas e géneros vários, faz parte fundamental dos nossosarquivos criativos, ou cânone identitário, por assim dizer,que as gerações futuras terão a ser dispor. São estas asfontes primeiras não só de informação, mas sobretudo abase do desenvolvimento de uma sensibilidade crítica enoção de pertença entre os que partilham uma história,mesmo para além de uma língua ou de uma cultura noseu estado natal. O caso da literatura luso-americana é-nos muito mais importante do que alguns poderão pensar,devia, aliás, ser parte integrante de um corpus literárioque está associado, afinal, ao principal vector de toda anossa história, que foi supostamente dar mundos aomundo, primeiro “descobrindo-os”, depois colaborandona construção das novas sociedades um pouco por toda aparte. Neste romance de Charles Reis Felix voltamos atestemunhar, através de uma família onde já co-habitamsob o mesmo tecto as primeiras e segundas gerações, decomo uma federação de etnias, das quais faz parte aportuguesa, construiu uma nova América enquanto seagarrava à memória-pátria para o seu equilíbrio psicoló-gico e auto-estima social num meio em que o poder polí-tico pertencia a outros, e logo todos os poderes institu-cionais de valorização ou legitimação de um dado gruponacional. A saber: o personagem dominante, aqui iden-tificado simplesmente como Pa (Pai) pelo seu filho denome Seraphin, que vai misturando o seu protagonismocom o do progenitor, é um sapateiro na cidade fictícia deGaw (New Bedford), oriundo do continente português.O seu quotidiano é o de um trabalhador e observadorsilencioso, e silenciado, do pequeno mundo à sua voltanos bairros da classe operária dedicado maioritariamenteà indústria de têxteis, durante os anos de chumbo numaAmérica em depressão económica. As pequenas einconsequentes aventuras de Seraphin, assim como a vidaescondida e controlada da sua única irmã, de nome Laura,os dizeres irónicos e depreciativos da sua mãe perante omarido, servem só para mostrar aos leitores de como asobrevivência tranquila de um grupo como o nosso acon-teceu, ou acontece. Onésimo Teotónio Almeida foi quemcunhou há muitos anos o neologismo (Lusa)lândia,definindo-o como um pedaço de Portugal rodeado deAmérica por todos os lados. Ei-la: rodeada, neste caso, deirlandeses, italianos, polacos, alemães, e judeus de váriasproveniências. Uma das consistentes cenas cómicas naprosa de Reis Felix são as breves menções às ilhas açorianas,

de onde vêm a maior parte dos seus vizinhos na América.São-lhes ainda mais estranhas do que o Grand Canyonno outro lado de um continente-nação, que nuncaviram, um mistério no meio do mar, e poucorepresentam na prosa do autor.

Da Gama, Cary Grant and the Election of 1934 é otítulo que resume as três dimensões temáticas do roman-ce. Em hilariantes cenas de uma campanha política parao presidente da câmara local, um dos candidatos denome Secundo B. Alves utiliza um discurso de grandeorgulho étnico para comover os seus potenciais votanteslusos, invocando Vasco da Gama como figura represen-tativa da nossa grandeza, utilizando as mesmas palavrasquando perde a eleição, mas passa a apoiar um outronuma segunda volta, representando o oportunismodescarado e sem apologias; Cary Grant, o galã do cinemaque representava toda a infantilidade e fantasia de famae beleza das adolescentes americanas, o sonho levando-as sempre para o outro lado do arco-íris, como na famosacanção da mesma época; e a eleição de 1934 comoveículo de renovação comunitária por entre a maisdescarada corrupção local, simbolizando, poderá ser lidoassim, a natureza do poder e da riqueza americana, ocoração e vontades humanas nas suas manifestações maisuniversalistas. Para o pai de Seraphin, é o trabalho, ainvisibilidade pública, a vivência atenta mas perfeita-mente dividida entre o seu portuguesismo e a america-nização dos filhos, a gratidão de não estar na miséria doamado torrão natal que havia deixado no outro ladoAtlântico.

“O Inglês – explica o pai de Serphin acerca de certaterminologia referente a mulheres solteiras, num mo-mento de pura comédia para o leitor – é uma línguasem coração, sem sentimentos. Em Inglês chamam umamulher que não casa uma ‘old maid’... Mas em Portu-guês, o que é que dizemos de uma mulher que não écasada? Chamo-la uma solteira. Isto significa ‘umamulher a viver sozinha’. Usamos estes termos por sim-patia. Ela está só, não tem ninguém para cuidar dela. Erepara como tudo isto tem a sua lógica. Casada – juntacom alguém. Solteira – sozinha. O que poderia ser maislógico, mais descritivo, mais meigo? Estás a ver a belezada língua portuguesa? A superioridade da línguaportuguesa?”

Na memória de um escritor como Charles Reis Felix(octogenário que vive desde os anos 40 no norte daCalifórnia), são estes corriqueiros momentos em famíliae na cidade da sua infância e adolescência que permane-cem e significam algo perdurável para si. Parecem-nossempre insignificantes, mas a memória retêm-nas, maisnitidamente do que os nossos grandes “acontecimentos”na vida. É delas que muita e grande literatura tem sidofeita. Da Gama, Cary Grant, and the Election of 1934poderá não ser uma obra prima, mas oferece-nos umrico mosaico de como fomos e somos numa vivênciadiária entre muitos outros, não só sobrevivendo, masvingando no caminho para os nossos sonhos – sonhosamericanos, nesta nossa outra literatura e arte.

Charles Reis Felix, Da Gama, Cary Grant, nad the Election of 1934, Center forPortuguese Studies, University of Massachusetts Dartmouth, Dartmouth, 2005. Todasas traduções aqui são da minha responsabilidade.

DDDDDOOOOO T T T T TEMPOEMPOEMPOEMPOEMPO EEEEE DOSDOSDOSDOSDOS H H H H HOMENSOMENSOMENSOMENSOMENS

Manuel Calado

Curta ou pequena?

“A vida é muito curta, para ser pequena”. A frase éde Mário Sérgio Cortella. Encontrei o Mário numadas suas entrevistas à televisão brasileira, quando, àscegas, me debatia para encontrar e liquidar um virusmisterioso que me estava tornando a vida difícil, nocontacto com a máquina que deixei só e silenciosadurante as seis semanas que passei ao sol da Flórida,enquando as gentes da Nova Inglaterra se debatiamcontra o pior nevão dos últimos vinte anos, pelo menos.E, no processo de encontrar a virulenta moléstia queestava afetando a máquina, cliquei ao acaso em tudo oque era símbolo e encontrei coisas que me deramentretém para mais de uma hora. Como a Simone deOliveira, então jovem e bonita, interpretando a cançãode Ary dos Santos, “quem faz um filho, fá-lo por gosto”,recordam-se? E no mesmo departamento memorialencontrei uma série de palestras do professor e filósofo,Mário Sérgio Cortella. Um encanto ouvir este brasileiroque diz tantas coisas belas e profundas que nos deixama pensar sobre a vida e a morte, o bem e o mal, o queestá na frente e o que ficou atrás, com uma facilidade eagilidade de pensamento verdadeiramente admiráveis.

E assim sendo, não dei por mal empregado o tempoque passei em busca do virus que algum espertinho,em qualquer calcanhar do mundo, se entreteve amandar para o meu, e talvez milhões de outroscomputadores através do orbe.

Regalei-me em ouvir por mais de uma hora oprofessor Cortella, em vários programas de televisãobrasileiros, especializados em entrevistas do género, quefazem parte do seu currículo de entretenimento. E quesão, ao mesmo tempo, uma maneira de ensinar ecivilizar o povo comum que não teve oportunidade defrequentar as cátedras universitárias.

O Mário não quer ser considerado filósofo, masapenas professor, “ensinador” de filosofia, daquilo queos altos espíritos da sabedoria, da ciência e da religião,têm legado à posteridade. A televisão é apenas um meioe não um fim. E como meio pode, e está sendoproveitada para fins bons e maus. O terrorista e ofanático, estão aproveitando este produto do géniocientífico da humanidade, para a expansão do seudiabólico propósito. E a melhor maneira de combatera preversão dos espíritos, desencaminhados pelos falsosprofetas detentores do comércio da Fé, são programasde alta espiritualidade oferecidos ao povo, sob o títulode entretenimento. E como são apresentados, comgargalhadas e música à mistura, tornam-se acessíveisao povo comum. São instrumentos de cultura queenobrecem os espíritos e os tornam mais sábios ecivilizados.

MINHA TERRAMinha Soza e meu TroviscalMinha terra, meu sangue,Minha geografia e meu fadário.Meu bem e meu mal.Paredes velhas, balseiros,E no Rio Boco os moliceirosCarregando pipas de vinhoDescarregando cestos de sal.Minha Soza e meu Toviscal,Marcos da minha história,Visões de um mundo irrealQue passou e já não é.Gaivotas brancas voandoSobre o areal da memória.

RRRRREGRESSOEGRESSOEGRESSOEGRESSOEGRESSO AAAAA C C C C CASAASAASAASAASA

Um Diário açoriano de

Joel S. Neto

Porque assim, porque assado

Terra Chã, 30 de Março de 2015Este fim-de-semana encomendei duas olaias. Estou

só à espera de que, lá no viveiro onde me esperam, botema primeira flor. Com a minha sorte, saíam-me ambasbrancas, como aconteceu com a magnólia.

Ainda bem que a plantei a um canto.Às vezes lembro-me dos primeiros dias deste jardim.

Trabalhava para a Grande Reportagem e volta e meiaconvencia o director do quão importante, imperativo einescapável era vir às ilhas escrever sobre não sei o quê.Os fotógrafos acabavam sempre de botas de cano. OJordi Burch plantou-me a linha de abrigos sozinho,rindo.

Paguei tudo em cerveja fresca.Hoje, sou penalizado pela falta de planeamento. De-

morei muito a plantar um plátano e agora tenho deesperar que cresça. Abati uma tipoana para, cinco ouseis anos depois, plantar outra quase no mesmo lugar.

Entretanto, não sei o que fazer aos dois ficus que sedesenquadraram, e também não tenho a certeza de queo araçaleiro esteja no sítio certo. Ou a pitangueira. Oua macadâmia.

Mas sei que duas feijoas vão dar razão a Darwin eceder lugar a duas olaias. Ao fim de dois anos e meio, jáultrapassei o número de vezes que um homem conseguepassar entre as quintas de São Carlos sem ir comprarduas olaias.

São lindas, as olaias. Diz-se que foi numa que Judasse enforcou, o que só demonstra que tinha redenção. Etambém são um pouco de Lisboa, aqui connosco. Comoé o jacarandá que pus à entrada.

Só que nenhum jacarandá, nesta humidade, faz aquelemosqueado roxo como os da D. Carlos I. Já as olaiascrescem como bonsais em ponto grande e, por estaaltura, cobrem-se de um naperon rosa-choque.

O meu consumismo é este, hoje em dia. E é bom.Tenho sítio para me enforcar e ainda aprendo que asolaias não são apenas uma estação de metro.

Terra Chã, 31 de Março de 2015Mas a árvore dos meus sonhos era o plátano. Quem

perde a cabeça por jacarandás, magnólias e romanzeirasé a Catarina. Eu gosto mais do meu plátano.

O que talvez demonstre alguma falta de nobreza daminha parte. Mas não falta de memória.

Comecei este Inverno a moldá-lo, com a ajuda do sr.Dimas. Atámos ramos com espadão, para enformar osprimeiros arcos, e no Verão vamos fazer correcções detrajectória. A ideia é que um dia cubra todo o jardimlateral – quinze metros de sombra e silêncio, paradesfrutar nos dias de calor.

Sempre achei triste uma casa sem uma árvore à frente.Ou sempre achei triste uma casa sem um plátano

como o da Tia Evangelina.É uma das grandes personagens da minha infância, a

Tia Evangelina. Pu-la até num livro. Enviuvou cedo efoi viver com o irmão solteiro, vestida para sempre denegro. Quando achou que devia começar a distrair-se,aprendeu a jogar pinochle.

Vinha gente de longe para jogar com ela. Então, abriaa sua caixinha com as fichas e estava naquilo a tardetoda – à mesa se eram quatro jogadores, junto ao estradode costura se eram dois.

Na saleta ao lado, o Tio Bernardino amuava. “Semprea jogar à pinoca, sempre a jogar à pinoca...” Eu estavado lado de fora, pendurado no enorme plátano, àscambalhotas. Fazia elevações, mortais, africanadas.Pendurava-me a olhar para o mar.

Ainda hoje, quando penso numa vista de mar, é nada Tia Evangelina.

Demorei a plantar um plátano porque achei que suja-va muito e não teria como limpar. Há três anos chegouaí o José Gabriel, de surpresa, com uma arvorezinha edois baldes de estrume. Hoje passamos juntos todas assegundas-feiras do Bodo, a correr quintos-toiros.

Há um laço especial entre dois homens a partir domomento em que um planta uma árvore a outro.

Terra Chã, 1 de Abril de 2015A princípio, comprava-os ao quarteirão. Queria repetir

os gestos dos meus antepassados, e os meus antepassadoscompravam-nos ao quarteirão.

Desisti. No primeiro ano produzi tanto tomate queainda hoje tenho sacos cheios no fundo da arca. Os ami-gos vinham cá almoçar e, quando me viam desviá-lospara a horta, a meio das despedidas, uniam as mãos:

– Ai, Joel, mais tomate não!Portanto, compro sete ou oito pés e chega. Mas a rotina

é a mesma. Planto-os com um metro de distância unsdos outros, para poder circular, e certifico-me de que aterra fica humedecida. Durante alguns dias, preocupo-me sobretudo com isso: com a água. Ao fim de duassemanas, faço as primeiras escoras de caules e ramos, eentão as coisas começam a acontecer cada vez maisdepressa.

Todos os dias um tomateiro tem alguma necessidade.É preciso sachá-lo, para não o deixar contaminar poroutras plantas, e é preciso capá-lo de filhos e netos, demodo a manter apenas as hastes adequadas à produção.É preciso ir actualizando os nós que o prendem aosesteios e é preciso desbastá-lo por baixo, por causa dooídio. É preciso regá-lo, sulfatá-lo e rodeá-lo de venenodos caracóis – e é preciso fazer isso tudo quando estiverseco, caso contrário amuará, até ficar preto e, por fim,morrer.

Isto ensinou-mo o meu pai, produtor garboso, em jeitode alma do negócio: em tomateiro húmido não se mexe.Com orvalho nunca, de manhã só com cuidado.

Nesse dia, inventámos uma anedota: o tomateiro émulher, embezerra com facilidade e nem se lhe podetocar. Nunca a partilhámos com elas. Sabemos bem queo tomateiro, na verdade, é homem. Como os homensda nossa família, dependentes, neuróticos quanto bastee infinitamente frágeis.

Que dê frutos tão bonitos não passa de um paradoxoredentor.

Terra Chã, 2 de Abril de 2015 “Gosto destas novas crónicas do campo”, diz-me o

Arlindo, ao telefone. “São as crónicas de um homemfeliz.”

Ele sabe do que fala, em princípio. Acompanhámo-nos durante anos, um a tentar tornar-se escritor e o outroa tentar tornar-se cineasta, pelo que sabemos do quefalamos quando falamos um do outro. O extraordináriofoi que aquela palavra, ao contrário do que me teriaacontecido noutra altura da vida, não me ofendeu.

«Feliz.» Repito-a na minha cabeça. Um homem feliz.Ser feliz. Sermos felizes.

Não mete estilo nenhum. E, no entanto, soa-me bem.A felicidade, naturalmente, não tem história. O que

tem história é tudo aquilo que pode destruí-la. Umsegundo basta. Não é por se estar no campo, ou no meiodo mar, ou simplesmente longe que se está a salvo. E,além disso, continua a haver, no nosso caso, demasiadosdias em que não conseguimos tempo para nos chegarmospara trás e cheirar as rosas.

A própria vida é uma manta curta. Estou certo de quemetade dos meus vizinhos aceitaria de bom grado essaaposta: felizes é que não são. Como poderiam sê-lo, sepassam a vida a trabalhar?

Disso se trata, porém. Chega de ter medo das palavras(note-se que as contorno ainda). Se o devo ao espaço ouapenas ao tempo, não sei. Quanto a isso, cada vez seimenos. Talvez tudo se resuma a algo bem mais prosaicodo que aquilo que faz sonhar quem sonhe com a vidano campo: ter passado os 40 e aprendido a dançar.

Mas o facto é que, quando à noite me sento com aCatarina, a jantar e a discutir a crónica seguinte, porqueas escrevo à noite (e por isso me saem às vezes demasiadoíntimas, como esta), torno a sabê-lo. Dizem-mo elas,sobretudo, e só por isso já valeu a pena escrevê-las: parasaber que sou feliz.

Se calhar, sempre fui.

http://www.facebook.com/neto.joelhttp://www.joelneto.com/

* alguns destes textos são originalmente publicados no “Diário de Notícias”

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Crónica 25

ZÉ DA CHICA

GAZETILHAHá 40 anos

QUINTA-FEIRA, 09 ABRIL

18:00 -TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

19:30 - ESPAÇO MUSICAL

20:00 - VARIEDADES

20:30 - INSENSATO CORAÇÃO

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - AGENDA

22:10 - TELEJORNAL (R)

SEXTA-FEIRA, 10 ABRIL

18:00 - TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

19:30 - VARIEDADES

20:30 - INSENSATO CORAÇÃO

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - AGENDA

22:10 - TELEJORNAL

Programação doPortuguese

Channel

SÁBADO, 11 ABRIL

19:00 - FIM DE SEMANA

20:00 - TELEDISCO

21:00 - COMUNIDADE

EM FOCO

22:00 - VARIEDADES

DOMINGO, 12 ABRIL

14:00 - INSENSATO CORAÇÃO

OS EPISÓDIOS DA SEMANA

19:00 - MISSA DOMINICAL

20:00 - TELEDESPORTO

20:45 - VARIEDADES

SEGUNDA, 13 ABRIL

18:00 - TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

20:00 - VARIEDADES

20:30 - INSENSATO CORAÇÃO

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - TELEJORNAL (R)

TERÇA-FEIRA, 14 ABRIL

18:00 - TELEJORNAL

18:30 TELENOVELA

19:30 - TELEDISCO

20:30 - INSENSATO CORAÇÃO

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - AGENDA

22:05 - TELEJORNAL

QUARTA-FEIRA, 15 ABRIL

18:00 - TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

19:30 - VOCÊ E A LEI/

DAQUI E DA GENTE

20:00 - VARIEDADES

20:30 - INSENSATO CORAÇÃO

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - AGENDA

22:10- TELEJORNAL (R).

Toda a programação é repetida depois

da meia-noite e na manhã

do dia seguinte.

A história...

Os 40 ladrões, sem Ali Baba!...Quase todas as naçõesTêm 40 ladrões,Muitas, até muito mais!E não há quem isto dobre,Um rouba. o outro encobre.Mas no fim... todos iguais!

Uns roubam pela calada,Outros, mais à descarada,Com o dono olhando bem,Sem que possa reclamar.E se não deixar roubar,Não há nada p’ra ninguém!

E há que calar o bico,Hoje, há tanto novo rico,Que ontem não tinha nadaE que descobriu a mina,Da tal chamada propina,Recebida mão beijada!

Mulheres, homens, todos sérios,Os seus valores são mistériosE gritam pela moral.Recebem dinheiro às sacas,Duma árvore das patacasQue têm no seu quintal!...

O dinheiro vem bem sujo,P’ra limpar o dito cujo,Não é com água e sabão.É levado a certas poses,Passa por metamorfoses,Até vir limpo p’rà mão!...

As notas, coisas sebentas,Todos sabem, são nojentas,Transmissoras de doenças.Uns diabos estimados,Que andam sempre guardadosFazendo as desavenças!

O dinheiro, p’ra ser lavado,Primeiro, ele anda enroladoEm muitas compras e vendas.Casas, carros, aviões,Nos bancos d’outras nações.Nos seus bancos dão contendas!

São ladrões de luva branca,De gentileza tão franca,Com um paleio de invejar.Não assaltam os celeiros,Vão os donos dos dinheiros,Com sua mão entregar!...

Quando um político fezUm roubo, a primeira vez,Pensa que foi devaneio!Depois, consciência leve,É uma bola de neve,Deixando-lhe o cofre cheio!

Há terras que nem eu seiComo interpretar a lei,Velhinha, cheia de rugas.Andam pessoas faladas,Por terem pernas inchadas,Das propinas nas peúgas!

Tudo sacode o capote,Desculpas a “Don Queixote”Gritando ser gente séria!Juram pela salvação,Mas vão deixando a naçãoA caminho da miséria!...

O que está acontecendo,Lembra o ardina vendendoCom seu canto e o seu presto.Mão estendida, gritando:Senhores, está acabando,Vamos, quem acaba o resto?!

E quem está comandando,Não pode usar o seu mando,Mesmo que tenha vontade.Eles estão preteridos,Bem presos aos seus partidos,Em voto de castidade!...

Porque os governos presentesSó sabem por panos quentes,P’ra ficar mais desinchado.Subornos de meter medoQue para apontar o dedo,Já estão por todo o lado!

Conhecemos a tristezaQue a nação portuguesa,Atravessa, no sentido.É de ficar absorto,Como despirem um morto,Já chupado e ressequido!

Numa briga de comadresVeio para a baila os compadres,Foi descoberta a cobiça!Todos cheios de seriedade,Mas, toda a sua verdade,Já estava na Suíça!...

De onde veio tal dinheiro?Partiram o mealheiro,Dos antigos três vinténs.Quem sabe, algo silvestreOu algum extra terrestreLhes doaram estes bens!?...

O folhetim continuaA justiça ainda atua,Com força mas pressionada,O que agora aconteceTodos dias apareceSempre mais gente culpada!

Todos dizem serem santos,Alguns até usam mantos,De gente bem graduada.Tentam tudo esconder,Mas, quem olha, pode verA culpa lá estampada!...

A nação assim não medra,Mas, quem é que atira a pedra,Quer por culpa ou amizade.Bem bom qu’entre a miséria,Ainda há gente sériaDentro da autoridade!...

P.S.

Era um uso o ladrão,Ser seu roubo o esticão,Ou roubava umas roupinhas.Com enganos e maneiras,Palmilhavam umas carteiras,Ou roubavam umas galinhas!

Era o Conto do Vigário,Enganava o usurário,Ou pessoa pouco esperta,Entre uma ganância errada,Não via ser enganada,E caía pela certa!...

Mas, agora é bem diferente,Do que era antigamente,É muito mais divertido.O ladrão está no pelouroE é o dono do tesouroQu’entrega o ouro ao bandido!

São dois ladrões,certamente,

Um rouba, o outroconsente!...

EscândaloPatricia Hearst

A manchete do Portuguese Times nº 163, de 11 deabril de 1974, foi “Patricia Hearst aliou-se aosraptores?” Dois meses depois de ter desaparecido,alegadamente raptada pelo chamado Exército deLibertação Simbionês, a jovem milionária chocou afamília e a opinião pública ao anunciar que era seudesejo juntar-se àquela organização terrorista. Segundoo FBI, a jovem participou num assalto do ExércitoSimbionês a um banco.

APESAR da chuva, mais de 300 pessoas partici-param na marcha organizada pela Junta Consultiva dosPais em sinal de protesto contra a decisão do ComitéEscolar de New Bedford de reduzir os programas deeducação bilingue.

ANTHONY Catojo Jr., antigo conselheiro municipalde New Bedford, anunciou a candidatura ao cargo deconselheiro do condado de Bristol.

THOMAS Alecrim foi nomeado assistente dosuperintendente escolar de Fall River, levando a melhorsobre os outros candidatos: John Carreiro, diretor doPrograma Bilingue e Alvino Rei, subdiretor da HenryLord High School.

A DIREÇÃO da Voc High School, de New Bedford,autorizou as alunas a fumar no intervalo das aulas, aexemplo do que já fazia com os rapazes.

O ARCEBISPO de Boston, cardeal HumbertoMedeiros, apelou aos legisladores de Massachusettspara manterem a Lei do Balanço Racial. Aprovada em1965 e única no país, a lei determina que toda a escolapública com mais de 50 por cento de alunos de raçanão branca deverá ser integrada com alunos de raçabranca.

BANQUETE de homenagem a Manuel Reis em SanFrancisco, promovido pelos membros da FederaçãoFraternal Luso Americana a propósito dos seus 47 anosao serviço daquela organização mutualista.

DUAS crianças morreram em Fall River vitimadaspor uma variedade de encefalite conhecida comoReye’s Syndrome: David Moniz, 10 anos, de Somerset,e Paul Derrig, 12 anos, de Swansea.

26 Gazetilha PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

CONVERSAS NO MEU CONSULTÓRIO

X - Insuficiência cardíacaTRAGO-LHE O MEU PAI

SAÚDE

Presidente da Fundação Professor Fernando de Pádua e do InstitutoNacional de Cardiologia Preventiva — R. Dr. Nicolau de Betencourt nº45 - 1050-078 Lisboa - Tel: 21 791 01 66; Fax: 21 791 01 69 • E-mail:[email protected] / Site: www.fundacaofernandopadua.pt • www.incp.pt

Doutor Fernando PáduaCardiologista

P. — A minha mãe trabalha há 15 anos num hospitallocal em Cambridge, Massachusetts, na secção secçãode limpezas (housekeeping).

Há dois meses discutiu com um dos supervisores esaiu do trabalho com uma crise nervosa. Desde entãoainda não voltou ao trabalho e está, presentemente, emtratamento onde recebe acompanhamento psicológico.

Recebemos uma carta da companhia de seguros quedetém a apólice de acidente de trabalho da empresarecusando qualquer tipo de reclamação que ela possaeventualmente fazer.

Gostaríamos de saber se a minha mãe tem algumrecurso sob a lei de acidente de trabalho (workers’ com-pensation law)?

Paciente: Senhor Doutor, hoje, trago-lhe cá o meu Pai,pois vejo-o a sofrer e não sei se estará bem tratado. Nemdorme com a falta de ar e tem as pernas tão inchadasque até lhe custa a andar! E ainda não tem 70 anos,coitado...

Médico: Minha querida senhora, percebo a sua aflição,e não admira que o Pai se queixe: a insuficiênciacardíaca congestiva - é o que me parece à primeira vista- é um sofrimento para todos os doentes e para toda afamília1.

Como traz muitos exames consigo, vamos demorar umpouco. Depois, deixe ser o seu pai a dizer-me como sesente. De seguida, a senhora contar-me-á, em pormenor,o que se tem passado, desde que ele adoeceu e piorou.Só depois de o examinar pormenorizadamente e deanalisar todos os exames que trouxeram e os tratamentosque ele tem feito, só depois disso tudo é que poderei dar-lhe uma opinião fundamentada.

MEIA HORA DEPOIS

Médico: Olhe minha senhora, como o seu pai temdificuldade em ouvir, vou falar consigo em voz bem alta,para ambos me ouvirem, embora seja para si que eu voufalar mais diretamente, a fim de ficar bem inteirada doque também pode fazer para o ajudar.

Primeiro, deixe-me dizer-lhe que o Pai tem, de facto,insuficiência cardíaca congestiva2, que é global. Por fa-lhar o coração esquerdo (ventrículo e aurícula esquerdos),tem os pulmões congestionados, com fervores à auscul-tação, que indiciam ter “estase pulmonar”, isto é, o tecidopulmonar está infiltrado por água, ali estagnada, que lhedificulta a respiração. É que, ao falhar o ventrículo (comobomba hidráulica), o líquido retido atrás, na aurícula es-querda e depois nos pulmões, faz que o doente “comoque se afoga por dentro.”

Digo que a insuficiência cardíaca, neste momento, églobal porque, aos sinais de insuficiência esquerda, sejunta a insuficiência ventricular direita: este outro ventrí-culo também não consegue bombear o sangue que vaificando para trás (na aurícula direita e veias cavas), e é olíquido de edema, que lhe engrossa imenso as pernas; ofígado também está inchado e até há líquido na pleura(derrame pleural) e, como vê, as veias do pescoço estãodilatadas, as veias jugulares parecem dois cordões,ingurgitadas, isto é, cheias de sangue.

Na auscultação, os sons cardíacos estão apagados:talvez haja também líquido na cavidade pericárdica -hidropericárdio - como há na pleura e, por isso, se ouvemal o coração. E, provavelmente, ainda na cavidade peri-toneal3 - ascite.

Está com arritmia completa, por fibrilhação auricu-lar, com frequência cardíaca acelerada +- 120/m, e atensão um pouco alta (+- 160/100).

Em segundo lugar, devo dizer-lhe que o seu pai temsido bem medicado, com um tónico cardíaco que ajudaa controlar o pulso (digoxina), um hipotensor arterial

(antagonista do cálcio), pois o coração não aguenta a tensãoelevada, colesterol controlado com uma estatina (remédiopara o colesterol) e faz um diurético (furosemida) paratentar eliminar o edema, urinando mais água e sódio. Tomaainda um anticoagulante oral (warfarine) para evitar aformação de coágulos (trombos) nas veias profundas daspernas, ou mesmo no interior do coração, que poderiamdeslocar-se e provocar embolia pulmonar.

O que deve ter acontecido é o seu pai ter piorado e nãoter sido reobservado pelo médico de família, para reajustaras doses dos remédios! Se controlarmos melhor a frequên-cia do pulso, o nível da tensão arterial e a eliminação doslíquidos, vamos pô-lo melhor, ou pelo menos, com menosqueixas.

Estou a entrar em tantos pormenores, que até pode terdificuldade em acompanhar-me4, mas é para lhe confirmarque o seu pai está bem medicado, isto é, com remédiosbons para os vários problemas, e dificilmente eu poderiamudá-los, pois só conheço o doente há duas horas e o seumédico já o conhece há muito tempo. Acontece, contudo,que ele só o viu há 3 meses e, entretanto, alguma coisadeveria ter sido modificada em termos de doses (ou talvezjuntar também espironolactona5). Ou juntar outromedicamento para baixar a frequência cardíaca.

Para melhor poder ajudar, vou ter de pedir dois ou trêsexames e algumas análises, e vou pedir a sua ajuda pessoal,para a tentativa de aliviar o seu pai. Entretanto, se quiser,ou hoje ou após esses exames e esta experiência, possoescrever ao seu médico de família, dando-lhe a conhecera minha opinião sobre o doente e os ajustamentos de tera-pêutica que me pareceu deverem ser feitos neste momento.

O principal sofrimento, como compreende, provém dafalta de ar: em vez de mais almofadas de noite, experimenteinclinar a cama, levantando a cabeceira com uns livrospor debaixo dos pés da cama (no lado esquerdo): a cabeçafica mais alta e o corpo mais direito, sem dobrar pela cintu-ra, o que lhe permite respirar melhor, ao facilitar a respi-ração abdominal (com o músculo do diafragama), e odesnivelamento faz que o líquido fique mais nos membrosinferiores, em vez de o afogar nos pulmões.

Como a falta de ar provem afinal do líquido retido, háque pensar na necessidade de mais diurético, com maiordose destes ou alternando com outro, ou fazendo mesmoinjeção intravenosa para melhorar absorção do medi-camento - o médico decidirá, conforme a resposta. Maspor si, note que se impõe ter muito cuidado com o sal nacozinha ou à mesa (tolerância zero!), e com os alimentoscomercializados, porque têm demasiado sal, a começarpelo pão6.

A tensão está um pouco alta, sobretudo para um coraçãotão doente, pois agrava o trabalho que é exigido ao ventrí-culo esquerdo, que por isso veio a falhar. Evitar o sal tam-bém é importante, e pode juntar-se outro hipotensor. Etambém vamos tentar controlar melhor a frequência dosbatimentos do coração. Mas note que há limites, pois abradicardia excessiva (pulso lento <60) também podeprejudicar o rendimento da bomba cardíaca doente.

O seu papel, minha senhora, será também ajudar-nos,controlando-lhe o peso diário (se possível de manhã, esem sapatos, quase sem roupa, assim as variações de pesodependerão só da quantidade de água que o “afoga” eincha), medindo-lhe a tensão, e avaliando-lhe a frequênciacardíaca, encostando para isso o ouvido ao peito do doente(basta contar os batimentos do coração em um minuto).

Enquanto se estuda a resposta da doença a estas altera-ções da terapêutica, vamos ter a resposta de novo ECG,novo ecocardiograma e uma radiografia do tórax, para verse há qualquer outra causa escondida de agravamento.

Entretanto, é preciso controlar o INR7, mantendo-o en-tre 2 e 3, com a ajuda dos comprimidos da warfarine, eaproveitando a colheita de sangue para fazer novohemograma, ionograma, ureia, creatinina, glicémia e urinatipo II.

Para controlar a anticoagulação, não se esqueça defazer a análise do INR nos dias indicados e avisar logoo médico do resultado, para ele ajustar a dose, se elaporventura sair fora dos 2 a 3 (menos que 2, a doseestá a ser pequena, mais que 3, está a ser de mais). Sefizer a análise de manhã, terá a resposta à tarde e podeacertar a dose ao jantar. Se só puder falar com o médicono dia seguinte, pode reduzir um pouco (1/

4 de

comprimido a menos), se o valor do INR estiver maisalto que 3, ou aumentar 1/

4 , se ele estiver menos que

2. No dia seguinte, o médico assistente dirá.

R. — A resposta à sua pergunta é que a sua mãe podefazer uma queixa, mas esta tem que ser cuidadosamenteanalizada antes de uma decisão final ser tomada. Há umasecção na lei que protege advogados de situaçõessemelhantes. Especificamente, a lei providencia algumaproteção a um empregador que disciplina um indivíduoe que depois este indivíduo tenha uma crise nervosa. Opropósito desta lei é fazer com que os empregadores,em caso seja necessário disciplinar o empregado o façamsem medo de que o funcionário, que acaba com umacrise nervosa, os confronte com uma queixa de segurode acidente de trabalho (workers’ compensation claim).Reforço, que estes casos tem que ser analizados indivi-dualmente e é necessário um advogado experiente paraconseguir com sucesso prosseguir este tipo de queixa.

O advogado Gonçalo Rego apresenta esta coluna como um serviçopúblico para responder a perguntas legais e fornecer informações deinteresse geral. A resolução própria de questões depende de muitosfactores, incluindo variantes factuais e estaduais. Por esta razão, aintenção desta coluna não é prestar aconselhamento legal sobreassuntos específicos, mas sim proporcionar uma visão geral sobrequestões legais e jurídicas de interesse público. Se tiver algumapergunta sobre questões legais e jurídicas que gostaria de veresclarecida nesta coluna, escreva para Portuguese Times — O Leitore Lei — P.O. Box 61288, New Bedford, MA 02740-0288, ou telefone para(508) 678-3400 e fale, em português, com o advogado Gonçalo Rego.

OLEITOR

E ALEI

ADVOGADO GONÇALO REGO

Exagerei um pouco nos pormenores, minha senhora,porque entendo que não há melhor ajuda para o médicodo que um doente inteligente e conhecedor, ou um fa-miliar próximo, arguto e informado, e desejoso tambémde obter resultados - que são quase sempre possíveispara alívio do doente! Não considere o seu tempo e oseu trabalho perdidos!!! A sua ajuda é preciosa!!!

O peso (de manhã e sem roupa)8, a tensão, a própriaauscultação da frequência cardíaca, o controlo dosmedicamentos e as doses adaptadas no INR, os cuida-dos com o sal e alimentação e a ligação direta com omédico de família serão apoios espetaculares para oseu pai, que só a senhora pode dar, porque lhes juntatodo o seu amor, com grandes does de TLC (TenderLove Care - ternura, amor e carinho).

O papel do médico como pessoa é também funda-mental. Ele é o melhor “remédio”! Às vezes, poderãoter de vir a ser aconselhadas outras terapêuticas e terãode ser escolhidas com a sua ajuda, pois podem ser dife-rentes, conforme as causas da insuficiência cardíacaagravada! Por exemplo: a insuficiência cardíaca agrava-da por uma infeção pulmonar (internamento em cuida-dos intensivos, oxigénio, antibióticos); ou, então, umaperto aórtica grave, exigindo urgente intervenção ci-rúrgica9; ou mesmo - extremo dos extremos - a neces-sidade e a possibilidade de transplantar um coraçãonovo!

A verdade é que, quando estas opções são tomadasna hora certa, as possibilidades de conseguir mais uns5 a 10 anos de vida (de razoável ou mesmo boa quali-dade) obrigam a encarar com esperança estes problemastranscendentes, que deverão ser discutidos em direto,sobretudo pelos dois bons amigos - o doente e o seumédico de estimação, por ele escolhido!

Escolha um médico em que confiee agarre-se a ele,

como se fosse o seu mais precioso tesouro!Porque de facto é!!!

1Muitas vezes o doente do coração, bem tratado e com boaqualidade de vida, só vem a falecer por outra causa, por exem-plo, um acidente ou um cancro. As novas terapêuticas permitemlongos anos de melhoria até uma etapa final em que já nãoconseguimos recuperação. A insuficiência cardíaca, fase ter-minal da maior parte das doenças do coração, comporta-se elaprópria como uma doença maligna, com poucos anos de sobre-vivência. Nalguns casos é possível um milagre: a trans-plantação de um coração novo.

2Isto é, com muita retenção de líquido.3Assim se chama a membrana que envolve, e protege dentro

desse saco, os vários órgãos do abdómen.4É um problema para os médicos, mas a família pode ajudar,

se bem informada e conhecedora.5Medicamento antagonista da aldosterona, hormona que

retém o sal.6Pode analisar-se a excreção de sódio na urina de 24 horas, o

que permite verificar se há ingestão exagerada (>100 milimolespor dia).

7International Normalized Ratio (Relação InternacionalNormalizada): a análise que permite vigiar o nível de anticoa-gulação. Na pessoa normal, o valor é 1 e, com a warfarine,procuramos alcançar, no nosso doente, valores entre 2 e 3.

8Dois ou três quilos perdidos num dia significa que perdeu 3litros de água com o diurético, e alivia logo o doente. O aumentode dois ou três quilos significa que está a reter líquidos e vaipiorar - mais atenção ao sal, e terá de aumentar o diurético deacordo com o seu médico

9Agora, já se pode fazer sem abrir o coração!

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Informação Útil 27

28 Telenovela/Horóscopos PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

GÉMEOS - 21 MAI - 20 JUN

CARNEIRO - 21 MAR - 20 ABR

LEÃO - 23 JUL - 22 AGO

CAPRICÓRNIO - 22 DEZ-19 JAN

TOURO - 21 ABR - 20 MAI

PEIXES - 19 FEV - 20 MAR

AQUÁRIO - 20 JAN - 18 FEV

VIRGEM - 23 AGO - 22 SET

BALANÇA - 23 SET - 22 OUT

ESCORPIÃO - 23 OUT - 21 NOV

SAGITÁRIO - 22 NOV - 21 DEZ

CARANGUEJO - 21 JUN - 22 JUL

HORÓSCOPO SEMANAL POR MARIA HELENALIGUE JÁ (EUA): 1-514-461-7285 / 11-351-213182599

150 capítulos

CAPÍTULO Nº. 096 – 13 de abrilSelminha combina com Pedro um encontro com Valdir.Teodoro escuta Norma conversando com Ismael aocelular, mas ela disfarça e fala que irá sair com Gilda.Teodoro liga para Gilda, mas não consegue falar. Eledesconfia de Norma e a segue. Teodoro bate o carro esai andando no meio da chuva. Norma encontra Gilda eBibi no restaurante, mas Amélia liga avisando queTeodoro está passando mal e todas voltam para amansão. Dias passam e Marina volta de Nova York coma novidade de que irá se casar com Léo. Vitória nãoaprova a ideia da neta. Léo hospeda Wanda em seuapartamento. Marina dá orientações sobre a recepçãodo casamento para Isidoro. Vitória pede que Natalie nãoseja convidada. Norma cuida de Teodoro e fica sabendoque Léo irá se casar com Marina no dia seguinte. Normaenlouquece de raiva e comenta com Jandira. Norma ficaenfurecida e coloca uma toalha molhada no peito deTeodoro, que começa a passar mal. Norma se arrependee chama uma ambulância para socorrer o marido. Raulencontra Wanda no estacionamento e a convida para iraté seu apartamento. Raul fala mal de Léo e Wandanão aceita. Léo comenta sobre a correspondência comRaul. Raul vê o convite de casamento de Léo e Marinae não acredita. Natalie vê o convite e não percebe quenão foi convidada. Léo leva Wanda para jantar comVitória e Marina. Eunice fica nervosa ao saber docasamento de Marina e Léo. Teodoro tem umpneumotórax e vai para a UTI. Norma pede perdão paraTeodoro. Paula comenta com Natalie que seu nome nãoestá no convite. Natalie corre para ver o convite e falapara Cortez que irá de qualquer jeito ao casamento.

CAPÍTULO Nº. 097 – 14 de abrilCortez menospreza os sentimentos de Natalie e avisaque irá ao casamento de Marina sem ela. Viníciuscomenta com Quim que Teodoro está prestes a morrer.Hugo se matricula na academia onde Alice trabalha epergunta pelos horários de Eduardo. Dayse pensa emBeto. Carol procura Marina para falar sobre o casamentoe diz que deseja que a amiga seja feliz. Natalie marcaum encontro com Wagner. Léo e Wanda chegam nacasa de Vitória para o casamento. Natalie transa comWagner para se vingar de Cortez. Wanda conhece Carol

na casa de Vitória. Vitória tenta convencer Marina a nãose casar, mas ela continua firme. Raul tenta falar deLéo com Marina, mas ela não aceita conversar e defendeLéo. Léo e Raul discutem no escritório. Marina e Léo secasam. Teodoro acorda do sono e pede para conversarcom Norma. Norma se emociona quando Teodoro sedeclara para ela. Os dois adormecem e Norma acordacom o barulho dos aparelhos indicando que Teodorofaleceu. Norma se desespera e chora.

CAPÍTULO Nº. 098 – 15 de abrilNorma avisa Gilda que Teodoro morreu. Wanda e Léopassam a manhã na piscina da casa de Vitória. Raul vaipara Florianópolis e conta para Pedro que Marina secasou com Léo. Léo pede para Marina acompanha-loem um jantar de negócios. Norma chega ao velório deTeodoro e fica sabendo que Léo está chegando comMarina. Norma finge estar passando mal e vai embora.Borges conversa com Raul e Pedro sobre as novaspistas de Valdir. Pedro vai atrás de Valdir com o carrode Borges. Ismael segue Pedro. Pedro fala comSelminha que conseguiu provar a inocência de Valdir ea segue até o lugar onde o rapaz está trabalhando. Pedroconversa com Valdir e os dois se unem para descobrirquem armou o plano que gerou o acidente que matouLuciana. Beto e Alice tomam um suco na Lagoa. Andrépara e fica furioso ao ver Beto enganar Alice. Beto pedepara André ajuda-lo com a mentira. Natalie reclama comCortez que não gosta de viver escondida. Cortez discutecom Natalie. Hugo aparece na roda de samba do bar deGabino e acaba sujando sua roupa. Sueli mandaEduardo ir com Hugo em casa e emprestar uma camisalimpa para o rapaz. Pedro e Nando resolvem armar umplano para gravar uma confissão de Zeca.

CAPÍTULO Nº. 099 – 16 de abrilHugo tenta falar com Eduardo sobre o que estáacontecendo entre os dois, mas Eduardo não aceitaconversar. Hugo vai embora. Eduardo liga para Paula emarca um encontro. Carol fala de Wanda com Raul, masele diz que prefere não conversar sobre a ex mulher eos filhos. Eduardo termina com Paula. Carol reclamacom Alice o fato de Raul não lhe contar tudo sobre suavida. Marina escuta uma conversa de Léo com Cortez enão gosta. André é avisado que seu pai está em umhospital. Marina oferece um emprego no Grupo Drumondpara Léo, mas ele não aceita. André vai com Beto parao hospital e encontra seu pai em uma maca, com a pernaquebrada. André transfere o pai para um hospital

particular. Wagner lê o testamento de Teodoro. Viníciusnão gosta do que Teodoro deixou para ele. Eunicecomenta com as filhas que Paula comprou uma grife.Leila se interessa por trabalhar com Paula. Norma chamaWagner para uma conversa particular e pedeinformações sobre o fundo de investimento que Léocriou. André fica sabendo que seu pai tem câncer emestágio terminal. Beto procura um contrato em seuescritório e não encontra. Dayse vai até o apartamentode Beto e encontra o contrato dentro da geladeira. Leilapede emprego no ateliê de Paula. Eduardo conta paraAlice que terminou com Paula. Alice fala sobre Hugo,mas Eduardo não aceita. Sueli comenta com Chicãosobre o fim do namoro de Eduardo, Hugo escuta. Léofala para Cortez investir em ações que Wagner nãoconcorda. Norma imprime fotos de Léo para enviar paraMarina. Manolo convence a secretária a mentir a horade uma reunião importante para Wagner. Marina recebefotos de Léo com prostitutas.

CAPÍTULO Nº. 100 – 17 de abrilMarina mostra as fotos de Léo com prostitutas para Bibie fala que irá conversar com o marido em casa. Wagnerchega no final da reunião onde todos concordaram emcomprar ações que Léo indicou. Beto manda flores paraDayse conforme Willian aconselhou, em agradecimentoa arrumação que ela fez em seu apartamento. Marinamostra as fotos para Léo e ele fala que foram tiradasantes do casamento dos dois. Marina acredita em Léo.Tia Neném conta para Pedro sobre a homenagem quefarão para Léo. Pedro coloca uma escuta no telefonede Zeca e grava ele ligando para Léo e os doisconversando sobre o dia do acidente. Ismael seguePedro. Vinícius reclama com Quim sobre o testamentode Teodoro. Hugo convida Eduardo para assistir umfilme. Dayse agradece as flores para Beto. Tia Nenémchega no apartamento de Wanda. Ismael conta paraNorma o plano de Pedro para desmascarar Léo durantea homenagem. Na Barão da Gamboa, Léo desconfiaque Wagner foi o responsável pelas fotos que Marinarecebeu e o manda embora da festa. André recebe aligação do hospital avisando que Gregório está cominsuficiência respiratória. André vai com Marina até ohospital. Pedro chega na festa e chama Léo para umaconversa a sós. Raul e Nando encontram a sala de some pedem para colocar uma música especial no momentoem que Léo for receber a homenagem. Leo e Pedroconversam no banheiro e Léo conta como planejou tudono dia do acidente. Pedro elogia o plano de Léo.

Amor: Surpreendidocom declaração de amor.

Saúde: Evite as gorduras.Dinheiro: Calma para resolver

um problema no seu trabalho.Números da Sorte: 8, 10, 1, 2,

3, 9

Amor: Relação fugaz,mas cheia de paixão.

Saúde: Relaxe e liberteo stress acumulado no dia a dia.

Dinheiro: A nível financeiroestá tudo controlado.

Números da Sorte: 44, 11, 5,36, 1, 4

Amor: A sua felici-dade despertará inveja.

Saúde: Cuide do seusistema cardiorrespiratório.

Dinheiro: Esteja atento àsatitudes de colega pouco sincero.

Números da Sorte: 44, 47, 49,25, 26, 4

Amor: Empenhe-se acem por cento!

Saúde: Faça desinto-xicação.

Dinheiro: Favorável ao fechode negócios.

Números da Sorte: 2, 4, 13, 22,31, 44

Amor: Controle omau-humor.

Saúde: Gira bem ener-gias para não se sentir desgastado.

Dinheiro: Controle a sua vidafinanceira.

Números da Sorte: 11, 14, 32,39, 41, 48

Amor: Problema commudanças de humor.

Saúde: Resultados deum exame favoráveis.

Dinheiro: Não decida semanalisar tudo.

Números da Sorte: 33, 6, 21,4, 7, 8

Amor: Confie mais nasua cara-metade.

Saúde: Poderá sentir-se psicologicamente fragilizado.

Dinheiro: Seja firme.Números da Sorte: 9, 14, 45,

46, 49, 7

Amor: Discussão como seu par preocupa-o.

Saúde: Desânimo.Dinheiro: Não gaste mais do

que tem, pense no futuro.Números da Sorte: 19, 22, 29,

36, 45, 47

Amor: Passe maistempo com amigos.

Saúde: Modere assuas emoções.

Dinheiro: Trabalho intenso.Números da Sorte: 8, 10, 4,

3, 36, 33

Amor: Dê mais ânimoà sua relação afetiva.

Saúde: Trate das costas.Dinheiro: Não deixe para

amanhã o que pode fazer hoje.Números da Sorte: 5, 25, 15,

45, 14, 7

Amor: Exija do seu para verdade!

Saúde: Tome banhorelaxante.

Dinheiro: Reflita acerca doseu futuro profissional.

Números da Sorte: 8, 1, 4, 7,17, 19

Amor: Alguém pedeperdão por erro passado.

Saúde: Cuide saúdeoral.

Dinheiro: Entrada de dinheiro.Números da Sorte: 45, 4, 10,

1, 2, 3

✞NECROLOGIAMarço 2015✞

Dilia Reis Carvalho, 95, Somerset; dia 24. Natural daLombinha, Mosteiros, S. Miguel, era viúva de José FilipeCarvalho. Deixa os filhos Isalia, Manuela, Isaura, José eEmanuel; netos; bisnetos; irmão e sobrinhos.

Adosinda C. (Carvalho) Faria, 95, Fall River; dia 26.Natural de Tourém, era viúva de Timóteo Adega e de LuísFaria. Deixa a filha Cândida A. Aguiar; netos; bisnetos esobrinhos.

Ângelo Soares Estevam, 80, New Bedford; dia 26.Natural da Achada, Nordeste, S. Miguel, era casado comMaria Olívia (Sousa) Estevam. Deixa os filhos Domin-gos, Joann e Susan Estevam; netos; bisneto; irmã esobrinhos.

António Almeida Sales, 87, Bristol; dia 27. Naturalde Água de Pau, Lagoa, S. Miguel, era casado com MariaLidia Araujo Botelho Sales. Deixa, ainda, os filhos MaryMuldoon, Mary Lou Leitão, Madalena Andrade Sylvester,Margaret Martel e George Sales; netos; bisnetos e irmão.

Dalberto J. Pacheco, 82, New Bedford; dia 28. Naturalda Terceira, era casado com Albertina (Medeiros) Pache-co. Deixa os filhos Dalberto R. Pacheco, Délia Braga eSusana Pacheco; netos; bisnetos; irmãs e sobrinhos.

Josefina G. Barros, 91, New Bedford; dia 29. Naturalde Vilar de Perdizes, Montalegre, era viúva de AdelinoRua Silva. Deixa os filhos Aníbal, João, José e MiguelSilva e Maria Idalina Pereira, Aurora Vaz, Adelina Pinheir,Maria Emilia Sanches e Ana de Fátima Moura; neots;bisnetos; irmã e sobrinhos.

Domingos Batista André, 92, Springfield; dia 29.Natural de Portugal, era viúvo de Ana (Gonçalves) André.Deixa o filho Sérgio; neta e sobrinhos.

Maria Carmina Silveira Coelho, 99, New Bedford;dia 29. Natural da Terceira, dia 29 era viúva de JerónimoCoelho. Deixa os filhos Francisco E., Isidro, Joe e ErcíliaCoelho, Maria J. Borges e Maria Coelho-Schlatter; netos;bisnetos e sobrinhos.

Maria Salomé Raposa Fonseca, 97, Fall River; dia31. Natural de São Miguel, era viúva de Jacinto Fonseca.Deixa as f ilhas Adriana Medeiros, Ana e ManuelaFonseca; netos; bisnetos e sobrinhos.

COZINHA PORTUGUESACOZINHA PORTUGUESACOZINHA PORTUGUESACOZINHA PORTUGUESACOZINHA PORTUGUESA“Roteiro Gastronómico de Portugal”“Roteiro Gastronómico de Portugal”“Roteiro Gastronómico de Portugal”“Roteiro Gastronómico de Portugal”“Roteiro Gastronómico de Portugal”

Bife com Ovo à Cavalo

Ingredientes (4 pessoas): 4 bifes do acém ou davazia; 2 colheres de sopa de banha; 4 dentes dealho; 4 ovos; sal; pimenta e azeite para estrelar osovos

Confeção: Cortam-se os dentes de alho em lâmi-nas finas. Polvilham-se os bifes com os alhos, sal epimenta. Passados 30 minutos, divide-se a banhapor quatro tachinhos de barro (individuais). Deixa-se aquecer e fritam-se os bifes dos dois lados. Entre-tanto, estrelam-se os ovos em azeite e colocam-sesobre os bifes. Serve-se imediatamente, com batatasfritas em palitos grossos.

Croquetes de Amêijoasou Mexilhões

Ingredientes: 1 kg de amêijoas ou mexilhões; 60grs de manteiga ou margarina; 30 grs de farinha; 1,5dl de leite; 2 dl de vinho branco; 1 ovo; 1 folha delouro; 1 cebola; pão ralado q.b.; óleo q.b.; salsa, sal,pimenta e molho inglês q.b.

Confeção: Depois de bem lavadas, abrem-se asamêijoas juntamente com o vinho branco, a cebola,a folha de louro e um ramo de salsa. Tiram-se dasconchas e salteiam-se com 1 colher de sopa de man-teiga ou margarina. Prepara-se um molho bechamelmuito espesso com a restante manteiga ou margari-na, a farinha, o leite e um pouco do líquido previamen-te coado onde as amêijoas abriram. Juntam-se asamêijoas ao molho bechamel e tempera-se o prepa-rado com sal, pimenta e um pouco de molho inglês.Coloca-se este creme num prato, deixa-se arrefecercompletamente e em seguida moldam-se os croque-tes, que se passam pelo o ovo batido a que se adicio-nou 1 colher de sobremesa de azeite e depois porpão ralado.

Fritam-se em óleo bem quente e servem-se comsalsa frita.

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Artes/Espetáculos 29

1908 - 2015

Manoel de Oliveira faleceu quinta-feira, aos 106 anosO realizador português Manoel de Oliveira morreu

quinta-feira, dia 02, aos 106 anos, no Porto. Era o maisvelho realizador do mundo em atividade.

É, consoante as opiniões, o símbolo do melhor ou dopior no cinema português, o criador de filmes que conquis-taram os festivais e a crítica internacional mas que nãoconseguiram seduzir os espectadores do próprio país.Marca de resistência às modas e às tendências estéticas epolíticas, o cinema mundial não tem nada igual a Manoelde Oliveira.

É o realizador português mais conhecido internacional-mente na história do cinema, e certamente o cineasta queconseguiu ter uma carreira mais profícua e celebrada apósos 75 anos, idade em que a maioria começa a retirar-se daprofissão ou a perder a relevância.

Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no dia 11 dedezembro em 1908, no seio de uma família da burguesiaindustrial do Porto, 13 anos após o nascimento do cinema.

O primeiro contacto com a Sétima Arte foi como ator,quando aos 19 anos fez figuração no filme “FátimaMilagrosa”, de Rino Lupo.

A paixão pelo cinema rivalizava com o gosto peloatletismo (foi campeão de salto à vara) e pelo automobilis-mo, modalidade em que conquistou alguns prémios.“Douro, Faina Fluvial”, uma curta-metragem documentalsobre a vida nas margens do rio Douro, foi o primeirofilme que Manoel de Oliveira rodou, então com 23 anos,com uma câmara oferecida pelo pai.

A estreia desse filme aconteceu a 19 de setembro de1931, no mesmo dia em que morreu Aurélio da Paz dosReis, considerado o pai do cinema português. Hoje, apelícula é largamente elogiada, quase unanimementeconsiderada uma obra-prima, mas na altura foi mal rece-bida pelo público, tal como “Aniki-Bobó”, o seu primeirofilme de ficção, estreado em 1942.

A falta de apoios financeiros levou-o a deixar o cinemaaté 1956, quando estreou a curta-metragem “O Pintor e aCidade”, o seu primeiro filme a cores.

Manoel de Oliveira era casado, desde 1940, com MariaIsabel Brandão Carvalhais, de quem teve quatro filhos.

As conquistas com o público e a críticaA primeira grande conquista junto do público ocorreu

na década de 1960 depois de “O Acto da Primavera”, em1962, ano em que foi detido pela PIDE, numa sessãopública de apresentação do filme, no Porto.

Foi também com “O Acto da Primavera” que Oliveirarecebeu o Grande Prémio do Festival de Cinema de Siena,em Itália, em 1964. Um ano depois a Cinemateca Francesarendeu-lhe uma homenagem com uma retrospetiva.

Nos anos 1970 a sua carreira começou a acelerar emtermos de produtividade e a ascender no que diz respeitoa receção internacional: é a época da sua incontornável“tetralogia dos amores frustrados”, com “O Passado e oPresente” (1971), “Benilde ou a Virgem Mãe” (1975),“Amor de Perdição” (1978) e “Francisca” (1981).

Em 1985, com 77 anos, recebeu o “Leão de Ouro” doFestival de Veneza, em Itália, e em 1989 foi condecoradopelo então Presidente da República, Mário Soares, com aComenda da Ordem do Infante D. Henrique.

Uma carreira que aumentoudepois dos 80 anos

«Non, ou a Vã Glória de Mandar», uma visão sobre aidentidade portuguesa a partir da revolução de 25 de Abrilde 1974, abriu uma nova etapa na filmografia de Oliveira,que a partir de então acelerou a sua produção cinemato-gráfica para um nível impensável décadas antes, que man-teve até ao fim e que lhe permitiu estrear cerca de umalonga-metragem por ano.

Entre esses filmes estão o autobiográfico «Viagem aoPrincípio do Mundo» (1997), com Marcelo Mastroianni,«Palavra e Utopia» (2000), sobre o Padre António ManuelVieira, «Um Filme Falado» (2003), uma viagem peloMediterrâneo e pela civilização ocidental, e «CristóvãoColombo - O Enigma» (2007).

Em 1987, o realizador estreou-se como encenador deteatro em Itália, a partir de um conto da escritora AgustinaBessa-Luís, parceria que se manteve também no cinema,na adaptação de outros argumentos.

Apesar da vertente intelectual e hermética muitas vezesassociada à sua obra, o cineasta portuense afirmou diversasque o realizador que mais profundamente amou terá sidoaquele que porventura mais sucesso comercial e popular

teve em toda a história do cinema: Charlie Chaplin.Tendo visto na respetiva época toda a obra de Charlot,

que arrancou em 1914, não terá sido por acaso que, naparticipação que faz em «Viagem a Lisboa», de WimWenders (1994), Oliveira imita precisamente o pequenovagabundo.

Em 2008 festejou 100 anos de vida rodeado de técnicose atores, enquanto filmava em Lisboa «Singularidades deuma Rapariga Loura», que lhe valeu a Palma de Ouro deCarreira em Cannes, um prémio que se juntou ao Leão deOuro de carreira que Veneza lhe entregara em 2004.

Em setembro de 2010 apresentou em Veneza a curtametragem «Painéis de São Vicente de Fora, visão poética»,filme de 16 minutos. No mesmo ano, aquando do seu 102.ºaniversário, regressou às salas uma versão restaurada eremasterizada de «Douro, Faina Fluvial».

«O Estranho Caso de Angélica», no qual recuperou umargumento com mais de 50 anos, foi também realizadoem 2010.

«O Gebo e a Sombra», a partir de uma obra de RaulBrandão, e com um elenco de glórias que inclui ClaudiaCardinale, Michael Lonsdale e Jeanne Moreau, foi, em2012, a sua última longa-metragem.

O seu último trabalho foi a curta-metragem «O Velhodo Restelo», a partir de textos de Luís de Camões, Teixeirade Pascoaes e Miguel de Cervantes, “uma reflexão sobrea Humanidade”, estreada em dezembro passado, porocasião do 106.º aniversário do cineasta.

Morte de Manoel de Oliveiradeixa Portugal de luto

A morte de Manoel de Oliveira provocou reações nosmais variados quadrantes da sociedade, com o Presidenteda República a recordá-lo como símbolo maior e o Gover-no a decretar dois dias de luto nacional.

Cavaco Silva disse ter sentido “profundo pesar” pelamorte do realizador e recordou-o como o “símbolo maiordo cinema português no mundo”, apontando que o cineastaé “um exemplo para as novas gerações”.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, expressou,em seu nome pessoal e em nome do Governo, pesar pelamorte do cineasta e considerou que a cultura portuguesaperdeu uma das suas figuras maiores. O Governo decretoudois dias de luto nacional.

O presidente honorário do Festival de Cannes, GillesJacob, amigo e admirador da arte de Manoel de Oliveira,afirmou o seu pesar e disse sentir-se “um órfão”.

Já o produtor Luís Urbano, o último a trabalhar com orealizador, afirmou à agência Lusa que o cinema delemerece ser visto pelos portugueses.

A atriz Leonor Silveira, presença constante nos filmesdo cineasta, apontou que o trabalho com Manoel deOliveira lhe moldou a identidade e foi determinante no“rumo pessoal e profissional”.

A morte de Manoel de Oliveira é, aliás, notícia em todoo mundo, com a imprensa internacional a prestar home-nagem ao mais velho cineasta até agora no ativo, com umritmo de rodagem de um filme por ano.

Desde o espanhol El País, passando pelos francesesLibération e Le Monde, os italianos La Republica e LaStampa, o belga La Libre.be, o checo Blesk, o holandêsNU.nl, o sueco HD ou os alemães Augsburger Allgemeinee Die Presse, a morte do realizador português é notícianão só por toda a Europa, mas também do outro lado doAtlântico através dos brasileiros Folha de São Paulo eEstadão e do canadiano La Presse.

O funeral do cineasta realizou-se sexta-feira no Porto.Fonte: Lusa/Sapo

FILMOGRAFIA 1928 - 2014

O Velho do Restelo 2014

O Gebo e a Sombra 2012

O Estranho Casode Angélica

2010

Singularidadesde uma Rapariga Loura

2009

Rencontre Unique2007

Cristóvão Colombo - O Enigma

2007

Cada umo seu cinema

2007

Belle toujours2006

O Espelho Mágico2005

Do Visível ao Invisível2005

O Quinto Império -Ontem Como Hoje

2004

Um Filme Falado2003

O Princípioda Incerteza

2002

Momento2002

O Porto da MinhaInfância

2001

Vou Para Casa2001

Palavra e Utopia2000

A Carta1999

Inquietude1998

Viagem ao Princípiodo Mundo

1997

Party1996

O Convento1995

Viagem a Lisboa1994

A Caixa1994

Vale Abraão1993

O Dia do Desespero1992

A Divina Comédia1991

Non, ou a Vã Glóriade Mandar

1990

Os Canibais1988

A Propósitoda Bandeira Nacional

1987

O Meu Caso1986

O Sapato de Cetim1985

Lisboa Cultural1984

Nice - À proposde Jean Vigo

1983

Visita ou Memóriase Confissões

1982

Francisca1981

Conversa Acabada1981

Amor de Perdição1979

Benilde ou a Virgem Mãe1975

O Passado e o Presente1972

A vida e a morte, Romancede Vila

do Conde1965

O Poeta Doido, o Vitrale a Santa Morta

1965

As Pinturas do meu irmãoJúlio1965

Vila Verdinho1964

A Caça1964

O Acto da Primavera1963

O Pão1959

O Coração1958

O Pintor e a Cidade1956

Aniki Bóbó1942

Famalicão1941

Miramar, Praiadas Rosas

1938

Portugal já faz Automóveis1938

Os Últimos Temporais:Cheias do Tejo

1937

Hulha Branca1932

Estátuas de Lisboa1932

Douro, Faina Fluvial1929

Fátima Milagrosa1928

30 Desporto PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 08 de abril de 2015

Afonso Costa

OPINIÃO

C L A S S I F I C A Ç Ã OJ V E D Gm-Gs P

1 CHAVES 37 17 16 04 51-34 672 TONDELA 37 17 15 02 52-36 663 BENFICA B 37 18 09 10 70-50 634 SPORTING B 37 18 09 10 52-44 635 U. MADEIRA 37 17 11 09 52-30 626 FEIRENSE 37 18 08 11 50-39 627 FREAMUNDE 38 16 13 09 39-25 618 SP. COVILHÃ 37 17 09 11 54-36 609 FC PORTO B 37 16 07 14 59-49 5510 GUIMARÃES B 38 16 06 16 60-48 5411 PORTIMON. 37 13 13 11 43-45 5212 OLIVEIRENSE 37 14 10 13 40-46 5213 AC. VISEU 37 13 09 15 45-44 4814 BEIRA-MAR 37 13 09 15 42-41 4815 LEIXÕES 37 13 07 17 43-49 4616 ORIENTAL 37 11 13 13 35-41 4617 DESP. AVES 37 10 14 13 41-46 4418 FARENSE 37 10 13 14 33-46 4319 OLHANENSE 37 08 14 15 39-51 3820 SANTA CLARA 37 06 18 13 27-38 3621 SP. BRAGA B 37 08 14 15 38-52 3622 ATLÉTICO 37 08 11 18 46-60 3523 MARÍTIMO B 37 09 08 20 33-60 3524 TROFENSE 37 07 08 22 28-62 29

C L A S S I F I C A Ç Ã O

R E S U L T A D O SI LIGA - 27ª JORNADA

J V E D Gm-Gs P01 BENFICA 27 22 02 03 66-14 68

02 FC PORTO 27 20 05 02 64-11 65

03 SPORTING 27 16 09 02 52-24 57

04 SP. BRAGA 27 15 05 07 41-17 50

05 V. GUIMARÃES 27 12 07 08 39-28 43

06 BELENENSES 27 10 09 08 27-27 39

07 P. FERREIRA 27 10 08 09 32-36 39

08 RIO AVE 27 09 10 08 33-32 37

09 NACIONAL 27 09 06 12 33-39 33

10 MARÍTIMO 27 09 05 13 33-37 32

11 MOREIRENSE 27 08 08 11 23-31 32

12 BOAVISTA 27 08 05 14 23-42 29

13 ESTORIL 27 06 10 11 30-50 28

14 ACADÉMICA 27 04 15 08 19-30 27

15 V. SETÚBAL 27 06 07 14 19-41 25

16 AROUCA 27 06 05 16 20-41 23

17 GIL VICENTE 27 03 10 14 20-45 19

18 PENAFIEL 27 04 06 17 27-54 18

Académica-Rio Ave ............................................... 0-0V. Guimarães B-Arouca ........... 1-0 (0-0 ao intervalo)Gil Vicente-Sp. Braga..................................... 0-2 (0-2)Penafiel-Boavista ........................................... 2-2 (0-1)Benfica-Nacional ............................................ 3-1 (2-0)Belenenses-Moreirense ................................. 2-0 (2-0)Paços Ferreira-Sporting ................................ 1-1 (0-1)Marítimo-V. Setúbal ........................................ 1-1 (0-0)FC Porto-Estoril .............................................. 5-0 (2-0)

PRÓXIMA JORNADA (28.ª)Sexta-feira, 10 de abril

Arouca-Belenenses (3:30 PM, SporTV)Sábado, 11 de abril

Boavista-Marítimo (11:00 AM)Benfica-Académica (Meio-dia, BTV)

Rio Ave-FC Porto (1:00 PM, SporTV/RTPi)Moreirense-V. Guimarães (3:15 PM, SporTV)

Domingo, 12 de abrilNacional-Gil Vicente (11:00 AM)

Sp. Braga-Penafiel (Meio-dia, SporTV)V. Setúbal-Sporting (2:15 PM, SporTV)

Segunda-feira, 13 de abrilEstoril-Paços Ferreira (3:00 PM, SporTV)

II LIGA (37.ª jornada)Tondela-FC Porto B ............................... 3-1 (2-1 ao intervalo)Trofense-Beira Mar ..................................................... 0-3 (0-1)Oliveirense-Feirense ................................................... 0-1 (0-1)Sporting B-Leixões ..................................................... 3-1 (2-0)Académico Viseu-Oriental ......................................... 4-0 (1-0)Atlético-Sp. Covilhã .................................................... 2-1 (0-0)Desp. Aves-Farense .................................................... 2-0 (1-0)Sp. Braga B-Portimonense ........................................ 0-2 (0-0)Desp. Chaves-V. Guimarães B ................................... 2-0 (0-0)Freamunde-Santa Clara ....................................................... 0-0Marítimo B-União Madeira .......................................... 1-2 (1-0)Olhanense-Benfica B .................................................. 1-2 (0-1)

38ª. JORNADA (Sexta-feira, 10 de abril)Benfica B-Desp. Chaves (1:00 PM, BTV)

Sábado, 11 de abrilFC Porto B-Trofense (10:00 AM, Porto Canal)

U. Madeira-Ac. Viseu (10:00 AM)Farense-Atlético (11:00 AM)

Portimonense-Desp. Aves (11:00 AM)Olhanense-Freamunde (11:00 AM)

Oriental-Marítimo B (11:00 AM)Santa Clara-Oliveirense (11:00 AM)Beira Mar-Sp. Braga B (11:00 AM)

Feirense-Leixões (11:00 AM)V. Guimarães B-Tondela (11:00 AM)

Domingo, 12 de abrilSp. Covilhã-Sportng B (6:15 AM, SporTV)

Benfica-Sporting nas meias-finaisda Taça de Portugal de futsal

Benfica e Sporting, os dois primeiros classificados daLiga de futsal, vão defrontar-se nas meias-finais da Taçade Portugal, ditou o sorteio da ‘final four’ da competição,realizado em Sines. O jogo entre a equipa ‘encarnada’,líder do campeonato e finalista vencida da última ediçãoda prova, e o rival lisboeta, campeão nacional nas duasúltimas temporadas, está marcado para 02 de maio, umdia antes da final, em Sines, onde decorrerá a fasedecisiva da competição.

I LIGA

Benfica e FC Portoregressam às vitórias

Benfica e FC Porto regressaram às vitórias na I Liga defutebol, depois de baterem o Nacional, por 3-1, e EstorilPraia por 5-0, respetivamente, deixando para trás o Sport-ing, que por sua vez não foi além de um empate (1-1) emPaços de Ferreira.

No Estádio da Luz, depois da derrota com o Rio Ave naronda anterior, o avançado brasileiro Jonas foi a figura dapartida com dois golos, aos 21 e 59 minutos, enquanto ocompatriota Lima também marcou, aos 30. O primeiro leva12 golos no campeonato e o segundo é o melhor marcadorda equipa com 13. Tiago Rodrigues, aos 74, reduziu para oNacional e pôs fim a uma série de nove jogos da equipalisboeta sem sofrer golos para o campeonato em casa.

No Dragão, no Porto, o vice-campeão não encontroudificuldades para levar de vencida um Estoril Praia muitodiferente do da época passada, goleando por 5-0, no jogoque concluiu a 27.ª jornada da I Liga e manteve-se a trêspontos do líder Benfica. Ricardo Quaresma (2), Aboubakar,Oliver Torres e Danilo foram os marcadores de serviço.

Mais longe do guia, a 11 pontos, ficou o Sporting, terceiroposicionado, que foi à Mata Real empatar com o PaçosFerreira (1-1). O avançado argelino Slimani deu vantagemaos ‘leões’, aos 30 minutos, mas Rodrigo Galo, aos 75, fez aigualdade, negando a quarta vitória seguida no campeonatoà formação de Marco Silva. Por outro lado, os ‘leões’voltaram a permitir a aproximação do Sporting de Braga,que na sexta-feira foi a Barcelos bater o Gil Vicente,penúltimo classificado, por 2-0, e passou a somar 50 pontos,menos sete do que o Sporting.

No Restelo, o Belenenses regressou aos triunfos nacompetição, o primeiro do técnico Jorge Simão, ao derrotaro Moreirense, por 2-0, e subiu ao sexto lugar, com 39 pontos,a quatro do Vitória de Guimarães, vencedor na véspera doconfronto com o Arouca (1-0). Após quatro jogos semganhar, o Belenenses venceu com um golo de Sturgeon (41)e um autogolo de Danielson (43), e jogou toda a segundaparte em superioridade numérica, devido à expulsão deAlex (45+4), do Moreirense.

No primeiro jogo do dia, um golo de Zé Manuel, aos 90+1,permitiu ao Boavista empatar 2-2 em casa do Penafiel, umresultado que complica as contas de permanência penafi-delenses. Carlos Santos, no segundo minuto de compen-sação da primeira parte, colocou os ‘axadrezados’ na frentedo marcador, mas os penafidelenses deram a volta aoresultado na segunda metade, com golos de Appindangoye,aos 52, na própria baliza, e de João Martins, aos 67, tendoZé Manuel, aos 90+1, reposto a igualdade.

O empate permite ao Boavista subir um lugar na pautaclassificativa, é 12.º com 29 pontos, mais 10 do que o GilVicente, 17.º e penúltimo classificado e primeira equipaabaixo da linha de despromoção, enquanto o Penafielmantém-se numa situação muito complicada, sendo últimocom 18 pontos e a cinco do Arouca, primeira equipa acimada ‘linha de água’.

No Funchal, Marítimo e V. Setúbal empataram entre si(1-1), com ambos os tentos a serem apontados no segundotempo e com a particularidade de a turma sadina ter empa-tado quando jogava apenas com 10 jogadores, conquistandoassim um ponto precioso na fuga aos últimos lugares.

Maxi Pereira e Pizzi tentam impedir uma jogada de ataque doNacional.

O portista Ricardo Quaresma remata à baliza adversária.

A cabazadaLembro-me como se fosse ontem! A minha equipa

de cinco, formada por cinco violinos de pé descalço,formados na academia da Carreira de Baixo, ganhoupor 17-3 aos coxos da Cruz, que até se reforçaram com

o Miguel Inchado, que moravana estrada.

Foi na Canada do Couto, detodas a que menos cascalho apre-sentava, mas sempre aparecia umpedregulho mais ou menosavantajado, um deles culpado dodescabeceamento do dedogrosso do meu querido pé di-reito. As cabazadas, então, eramrazão para um festejo infernal einvariavelmente acabavam com

uns socos e umas arranhadelas mais ou menos visíveis,razão para mais um “enxerto” de porrada ao chegar acasa. “Maldito rapaz - não vês que estás todo arra-nhado?”

Domingo de Páscoa, na hora de almoço lá e madru-gada por aqui, o Real Madrid espetou 9-1 e o queridomadeirense Cristiano Ronaldo acrescentou cinco à suaconta pessoal, deixando mais dois ou três por marcar.

Um festival de golos, uma festa para os adeptos doReal que assistiram a um jogo de sentido único, talvezo suficiente para esquecer, de momento, os 4-0 quelevaram do vizinho Atlético de Madrid e a recentederrota frente ao rival Barcelona, que pode determinara perda do título.

Não, esta desigualdade não é bom prenúncio para ofutebol espanhol e para uma liga considerada pormuitos como a melhor do mundo. Para muitos, masnão para mim, que continuo a apostar no campeonatoinglês, agora e ontem a referência do futebol mundial.

Voltamos então à questão da desigualdade, os muitoricos, os remediados, os pobres e os muito pobres, paravoltar a referir que o futebol europeu tem uma necessi-dade urgente de fazer uma completa reestruturaçãosalarial, a exemplo do que fazem as milionárias ligasamericanas. Na impossibilidade de equilibrar a balança,pelo menos a tentativa de chamar os da linha de baixoum pouco mais para cima, numa distribuição de meiose valores capazes de colorir e disfarçar tão notóriadiferença.

Vendo a coisa a um nível meramente desportivo ecompetitivo, quem no seu estado normal aplaude deli-berada e efusivamente um resultado tão desnivelado,tratando-se, como é o caso, de uma modalidade talhadapara o equilíbrio e para o “suspense” até ao últimominuto?

Greve dos árbitrosNão é greve – dizem eles – mas sim um pedido de

escusa por uns tempos, assim como fazem osfuncionários públicos quando precisam de um ou doisdiazitos para amanhar umas coisitas lá em casa.

Estou a falar dos árbitros, sim senhor, aqueles queapitam a I e a II Liga. Resolveram dizer ao seu, deles,presidente que ficavam por casa por tempo indeter-minado, não porque estarem zangados como o espanholLopetegui, mas porque a Liga não há maneira de pagaruns dinheirinhos referentes à publicidade que ostentamna camisola ou nos calções, não sei bem.

Têm montanhas de razão, os árbitros, porque a Ligajá recebeu o dinheirinho e não existe razão alguma paranão o entregar a quem de direito.

E sabem quem está metido na jogada? Óh, yes, yes,o Luís Duque, novo presidente da Liga, levado embraços pelo Benfica e FC Porto, que depois de umazanga de 30 anos uniram-se num abraço eternecedorem volta desta barriguda e inchada figura que opresidente do Sporting atirou pela porta fora depois deenviar para tribunal uma queixa contra o mesmo, cujomotivo gira em volta de uns dinheirinhos mal parados.

Quarta-feira, 08 de abril de 2015 PORTUGUESE TIMES Desporto 31

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PALPITES - 12ª EdiçãoI LIGA

Aroucax

Belenenses

Rio Avex

FC Porto

1-0 1-1

1-2 1-1

2-2 1-1

0-1 0-2

1-1 0-1

2-1 0-2

0-0 0-2

104

102

98

96

96

94

92

93

92

87

Classi-fica-ção

JoãoSoares

Emp. fabril

RuiHenriques

Mecânico

DinaPires

Ag, Seguros

1-0 0-0

84 0-2

1-1

1-0

1-0

1-2

1-0

2-1

BoavistaX

Marítimo

V. Setúbalx

Sporting

1-2

1-3

1-2

0-1

0-1

0-21-2

2-1 0-2

FernandoBenevides

Industrial

1-2 1-1 0-1 0-2

1-1 1-2 2-0 1-1

1-0 0-1 1-1 0-1

1-1 1-2 2-1 0-2

1-21-188 0-21-1

79

VictorMendesDetective

CarlosMoraisEmp. bar

HermanMelo

Comerciante

Terryda PonteEmpregadacomercial

JoãoBarbosaEmpregadoComercial

ElísioCastro

Moses Brown

José MariaRego

Empresário

ErmelindaZito

Professora

RicardoFariasLocutor

Concurso TOTOCHUTOJohn Couto lidera destacado

John Couto mantém-se firme e bem destacado nocomando do concurso Totochuto, com 339 pontos, mais19 pontos que o segundo classificado, que é agora JosephBraga, com 320 pontos, seguido por Luís Lourenço (319),Carlos M. Melo (317) e Pedro Almeida (316).

António Cabral e Mena Braga, ao conseguirem 12pontos, foram os concorrentes com melhor pontuaçãoesta semana. Por sorteio foi premiado o concorrenteAntónio B. Cabral, que tem assim direito a uma refeiçãogratuita no Inner Bay Restaurant, em 1339 Cove Road,sul de New Bedford.

CLASSIFICAÇÃO

John Couto................ 339Joseph Braga ............ 320

Luís Lourenço .......... 319Carlos M. Melo......... 317

Pedro Almeida ......... 316Guilherme Moço ...... 314Daniel C. Peixoto ..... 308Felisberto Pereira .... 308Manuel Cruz ............ 307Norberto Braga ........ 306Mena Braga .............. 306João Baptista ............ 303José Leandres ........... 299Dália Moço ............... 298Fernando L. Sousa ... 298Alfredo Moniz .......... 296John Terra ................ 296Hilário Fragata ........ 294José M. Rocha .......... 290Alex Quirino ............ 282Gilda Ferreira .......... 281Odilardo Ferreira .... 281António Oliveira ...... 279Alexandra Ferreira.. 278António de Jesus ...... 278Amaro Alves ............ 277Natacha Ferreira ..... 277José C. Ferreira ........ 275

António B. Cabral .... 270José Vasco ................. 268Domingos G. Costa... 265Ana Ferreira ............ 263Maria Moniz ............ 260Fernando Romano ... 255José A. Lourenço ...... 251Rui Maciel ................ 251Carlos Serôdeo ......... 250Emanuel Simões ...... 246Humberto Soares ..... 244Mariana Romano ..... 244António F. Justa ....... 241Maria L. Quirino...... 239Dennis Lima ............. 237Tiago Pacheco .......... 228Antonino Caldeira ... 214Walter Araújo .......... 205Ana Costa ................. 163Higino Bonito ........... 134Élio Raposo .............. 110Ildeberto Gaipo ........ 105Belmiro Pereira .......... 71Paul Ferreira .............. 46

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Prazo deentrega:

17ABR. 11AM

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Favorcortar pelotracejado

✁✁

1. FC Porto - AcadémicaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

2. V. Guimarães - Sp. BragaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

3. Belenenses - BenficaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

4. Paços Ferreira - MoreirenseResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

5. Marítimo - NacionalResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

6. Sporting - BoavistaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

7. Penafiel - AroucaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

8. V. Setúbal - EstorilResultado ao intervalo ...................................................

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Total de golos .................................................................

9. Gil Vicente - Rio AveResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

10. Farense - TondelaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

11. Santa Clara - Académico ViseuResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

12. Beira Mar - ChavesResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

Palpites da SemanaErmelinda Zito ameaça Castro

Apenas dois pontos separam Ermelinda Zito,segunda classificada, com 102 pontos, do líder, ElísioCastro, 104 pontos. Zito conseguiu cinco pontos,sendo ainda a vencedora semanal, tendo assim direitoa uma galinha, oferta da Mr. Chicken, em Fall River,propriedade de Rogério Marabuto. Na terceira posiçãosurge Fernando Benevides, com 98 pontos.

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Marítimo bate FC Portoe junta-se ao Benficana final da Taça da LigaFinal em Coimbra a 28 de maio

O Marítimo qualificou-se pela primeira vez para a fi-nal da Taça da Liga de futebol, ao derrotar em casa o FCPorto, por 2-1, e vai disputar o troféu com o atualdetentor, o Benfica, em jogo marcado para dia 28 demaio, em Coimbra.

No Funchal, o FC Porto marcou primeiro, por Evandro(32 minutos), mas Bruno Gallo empatou, de grandepenalidade (37), e Marega fez o resultado final antes dointervalo (45), impondo aos ‘dragões’ a segunda derrotano estádio dos Barreiros esta época, após desaire no cam-peonato (1-0), e o quarto jogo seguido sem ganhar norecinto do Marítimo.

A LPFP informa ainda que os jogos da 30.ª jornada naI Liga de futebol se disputarão no dia e à hora oficial,ou seja, a 26 de abril. A final da Taça da Liga chegou aestar marcada para o dia 25 de abril, véspera da dataprevista para a realização da 30.ª jornada da Liga queinclui o ‘clássico’ entre o Benfica e o FC Porto, na Luz,que pode ser decisivo para a atribuição do título.

A cumprir-se esta calendarização obrigaria a Liga aadiar os jogos da 30.ª jornada entre o Benfica e o FCPorto, na Luz, e entre o Estoril e o Marítimo, na Amo-reira, programados para 26 de abril. A data escolhidapara a realização da final ocorre logo após a 34.ª e últimajornada do campeonato, que inclui receção do Benficaao Marítimo, o que significa que as 2 equipas se vãoencontrar duas vezes no espaço de quatro dias.

Portugal vence Espanha e conquistaTaça das Nações em hóquei em patins

Portugal conquistou domingo a 66.ª Taça das Naçõesem hóquei em patins, após vencer a Espanha, emMontreux, Suíça, por 3-2, alcançando o seu quarto títuloseguido e o 18.º da história.

A seleção de Itália ficou em terceiro, ao derrotar An-gola, por 3-2, com golo de ouro, no segundo pro-longamento.

Árbitro auxiliarvai ser o únicorepresentante luso noEuro2015 de sub-17

O árbitro auxiliar NunoPereira vai ser o únicorepresentante português noCampeonato da Europa defutebol de sub-17 de 2015,que vai ser disputado naBulgária, entre 06 e 22 demaio. Fonte do Conselho deArbitragem da FederaçãoPortuguesa de Futebol(FPF) confirmou que aUEFA nomeou o árbitroauxiliar de Coimbra.

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