Outubro de 2014 - Bahia · Secretaria do Planejamento BAHIA TEM SALDO NEGATIVO DE 6.207 POSTOS EM OUTUBRO. NO ACUMULADO DO ANO FORAM GERADOS 36.212 NOVOS POSTOS. Foto: Agecom De acordo

Outubro de 2014

ISSN 2177-5737

2Boletim Mensal do Caged, Salvador, outubro 2014

Governo do Estado da BahiaJaques Wagner

Secretaria do Planejamento (Seplan)José Sergio Gabrielli

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)José Geraldo dos Reis Santos

Diretoria de Pesquisas (Dipeq)Armando Affonso de Castro Neto

Coordenação de Pesquisas Sociais (Copes)Roberto Maximiano Pereira

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Secretaria do Planejamento

BAHIA TEM SALDO NEGATIVO DE 6.207 POSTOS EM OUTUBRO. NO ACUMULADO DO ANO FORAM GERADOS 36.212 NOVOS POSTOS.

Foto: Agecom

De acordo com as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), referentes ao mês de outubro de 2014, a Bahia contabilizou um saldo negativo de 6.207 empregos celetistas – representando um decréscimo de 0,34% no estoque de trabalhadores com carteira assinada em relação ao mês anterior.

Tal resultado expressa a diferença entre o total de 64.360 admissões e 70.567 desligamentos. O saldo registrado em outubro situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual período do ano anterior (-2.419 postos), como pode ser observado no Gráfico 1, e inferior ao mês de setembro de 2014 (+5.127 postos), incluindo as declarações fora do prazo.

out. 2014

-6.207

1.764

4.564

-1.636

6.219

-6.446

7.443 7.059

401

-4.886-2.419

out. 2004 out. 2005 out. 2006 out. 2007 out. 2008 out. 2009 out. 2010 out. 2011 out. 2012 out. 2013

-11.000

-6.000

-1.000

4.000

9.000

14.000

Gráfico 1 – Evolução do emprego formal na Bahia nos meses de outubro: 2004 a 2014Fonte: MTE–Caged. Dados sistematizados pela SEI/Dipeq/Copes.Nota: Série sem ajustes de declarações fora do prazo.

No ranking nacional, que classifica as Unidades da Federação quanto aos seus respectivos saldos de emprego, o estado ocupou a vigésima quinta posição em outubro. Em relação à Região Nordeste, a Bahia (-6.207 postos) ficou com a última posição no referido mês.

Analisando os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos entre Região Metropolitana e Interior, em outubro de 2014, constata-se que o resultado do emprego foi negativo tanto no Interior quanto na RMS. De forma mais precisa, a Região Metropolitana de Salvador obteve um saldo negativo de 5.393 postos de trabalho e o Interior, negativo em 814 postos de trabalho.


No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a Bahia apresentou um saldo de emprego de 36.212 novos postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo1. Este resultado elevou em 2,02% o estoque de empregos celetistas no ano, no entanto, fez com que a Bahia perdesse o posto de maior gerador de empregos no Nordeste para o Ceará e caísse da oitava para a nona colocação entre os estados brasileiros.

Análise Nacional, Regional, Interestadual e por Regiões MetropolitanasEm outubro, o Brasil contabilizou um saldo negativo de emprego de 30.283 postos de trabalho, fruto de 1.718.373 admissões contra 1.748.656 desligamentos. No acumulado do ano, a economia nacional totalizou 912.287 novos postos formais, diferença entre 18.704.576 admitidos e 17.792.289 desligados.

Como pode ser visto pelo recorte geográfico presente na Tabela 1, a Região Nordeste (+8.543 postos) ocupa a primeira posição na contratação de trabalhadores celetistas em outubro – fato que também ocorreu em setembro de 2014.

No mês de outubro, três regiões eliminaram postos de trabalho. Destaca-se negativamente a Região Sudeste (-29.854 postos), em seguida, apresentam saldos negativos a Região Centro-Oeste (-9.471 postos) e Norte (-5.432 postos). Depois do Nordeste, a região que mais proporcionou contratações foi o Sul, com acréscimo de 5.931 postos de trabalho.

No acumulado do ano de 2014, a liderança na geração de empregos permanece com o Sudeste (+400.761 postos), seguido pelas Regiões Sul (+217.869 postos) e Nordeste (+127.021 postos). A quarta colocação é do Centro-Oeste, que gerou 118.185 postos de trabalho, e a quinta é do Norte, que absorveu 48.451 empregados com carteira assinada.

A Tabela 1 mostra o ranking no saldo de empregos no país em outubro e, também, no acumulado do ano. Entre as Unidades da Federação, onze delas elevaram o nível de emprego no mês. Em âmbito nacional, a Bahia, com o saldo negativo de -6.207 empregos formais, ficou na vigésima quinta posição no ranking nacional de geração mensal de empregos em outubro deste ano.

No recorte geográfico nacional, a primeira colocação no mês, em postos de trabalho gerados, ficou com o estado de Alagoas (+7.735 postos), seguido pelos estados do Ceará (+7.363 postos) e de Santa Catarina (+4.973 postos). No outro extremo da classificação, os piores saldos de empregos no país, no mês de outubro, foram os dos estados de São Paulo (-21.886 postos), Minas Gerais (-8.331 postos) e Bahia (-6.207 postos).

Dentre os nove estados do Nordeste, a Bahia, Maranhão e Pernambuco não expandiram o nível de emprego em outubro. O estado da Bahia, com a eliminação de 6.207 postos de trabalho, ocupou a última posição na região em geração de empregos no mês.

No Nordeste, em outubro, seis estados apresentaram saldos positivos. O estado desta região que gerou o maior saldo foi Alagoas (+7.735 postos), seguido por Ceará (+7.363 postos), Paraíba (+1.817 postos), Piauí (+1.048 postos), Rio Grande do Norte (+732 postos) e Sergipe (+580 postos). Os estados com saldos negativos no mês foram Bahia (-6.207 postos), Maranhão (-2.792 postos) e Pernambuco (-1.733 postos).

No acumulado do ano, a liderança nacional na criação de postos de trabalho foi mantida pelo estado de São Paulo (+239.167 postos), seguido por Minas Gerais (+84.912 postos) e Paraná (+84.720 postos). A Bahia, com a geração de 36.212 novos postos de trabalho, perdeu uma posição, ocupando a nona colocação nacional, e no segundo lugar entre os estados nordestinos nos primeiros dez meses de 2014, visto que agora o Ceará tomou a primeira posição. Já os piores saldos de emprego no ano, no país, foram os apresentados pelos estados de Alagoas (-8.400 postos), Amazonas (-2.331 postos) e Amapá (-1.161 postos).

No Gráfico 2, pode-se observar que, das nove áreas metropolitanas pesquisadas, apenas Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro geraram empregos com carteira assinada em outubro. A Região Metropolitana de Salvador, com a eliminação de 5.393 empregos com carteira assinada no mês, ocupou a última colocação entre as regiões metropolitanas pesquisadas.

1 Dados sujeitos a alterações devido a ajustes de declarações enviadas fora do prazo.


Dentre as regiões metropolitanas que tiveram saldos negativos, a Região Metropolitana de Salvador obteve o maior saldo negativo no mês, com eliminação de 5.393 postos de trabalho. As demais regiões metropolitanas que obtiveram saldos negativos foram as de Belo Horizonte, que eliminou 3.925 postos de trabalho; Recife, que eliminou 2.611; Curitiba, que eliminou 2.053 postos; Porto Alegre, que eliminou 1.068 e Região Metropolitana de São Paulo, que eliminou 45 postos de trabalho em outubro. Por outro lado, dentre as que geraram postos de trabalho, a Região Metropolitana de Fortaleza gerou 5.263 novos postos de trabalho; a do Rio de Janeiro gerou 1.946 novos postos e a Região Metropolitana de Belém gerou 821 novos empregos formais.

No acumulado do ano, a RMS mantém-se na sétima posição em criação de empregos formais, tendo gerado 7.496 novos postos de trabalho no período. A liderança, nos dez meses iniciais do ano, é da RM de São Paulo (+111.741 postos), enquanto o pior resultado encontra-se na RM de Recife (-6.880 postos), a única a contabilizar perdas de postos de trabalho no ano.

Tabela 1 – Comportamento do mercado de trabalho formal por saldos das Unidades da Federação, out. 2014 / jan.- out. 2014

Nível geográficoOutubro de 2014 Jan. - Out. de 2014

Admitidos Desligados Saldo Ranking Mensal Admitidos Desligados Saldo Ranking

AnualBrasil 1.718.373 1.748.656 -30.283 18.704.576 17.792.289 912.287Norte 75.218 80.650 -5.432 837.914 789.463 48.451Rondônia 12.428 13.714 -1.286 17 131.766 129.622 2.144 23 Acre 2.298 2.683 -385 14 30.288 27.855 2.433 22 Amazonas 17.693 18.555 -862 16 191.166 193.497 -2.331 26 Roraima 1.922 2.254 -332 12 24.353 21.678 2.675 21 Pará 31.330 33.667 -2.337 21 350.871 316.608 34.263 10 Amapá 2.933 2.708 225 10 29.156 30.317 -1.161 25 Tocantins 6.614 7.069 -455 15 80.314 69.886 10.428 18 Nordeste 251.757 243.214 8.543 2.599.805 2.472.784 127.021Maranhão 16.244 19.036 -2.792 23 189.421 180.872 8.549 19 Piauí 9.959 8.911 1.048 6 108.959 96.834 12.125 16 Ceará 51.397 44.034 7.363 2 476.243 432.740 43.503 8 Rio Grande do Norte 16.944 16.212 732 7 179.985 168.236 11.749 17 Paraíba 14.724 12.907 1.817 4 154.404 139.778 14.626 14 Pernambuco 50.480 52.213 -1.733 19 532.721 532.311 410 24 Alagoas 16.766 9.031 7.735 1 125.790 134.190 -8.400 27 Sergipe 10.883 10.303 580 8 113.236 104.989 8.247 20 Bahia 64.360 70.567 -6.207 25 719.046 682.834 36.212 9 Sudeste 880.311 910.165 -29.854 9.700.445 9.299.684 400.761Minas Gerais 186.721 195.052 -8.331 26 2.090.715 2.005.803 84.912 2 Espírito Santo 36.108 35.784 324 9 405.915 387.604 18.311 12 Rio de Janeiro 151.041 151.002 39 11 1.627.707 1.569.336 58.371 6 São Paulo 506.441 528.327 -21.886 27 5.576.108 5.336.941 239.167 1 Sul 357.943 352.012 5.931 3.840.093 3.622.224 217.869Paraná 129.047 129.422 -375 13 1.396.405 1.311.685 84.720 3 Santa Catarina 106.467 101.494 4.973 3 1.114.162 1.032.570 81.592 4 Rio Grande do Sul 122.429 121.096 1.333 5 1.329.526 1.277.969 51.557 7 Centro-Oeste 153.144 162.615 -9.471 1.726.319 1.608.134 118.185Mato Grosso do Sul 24.604 25.937 -1.333 18 271.420 258.196 13.224 15 Mato Grosso 39.074 41.037 -1.963 20 424.306 397.213 27.093 11 Goiás 60.521 64.201 -3.680 24 681.598 621.633 59.965 5 Distrito Federal 28.945 31.440 -2.495 22 348.995 331.092 17.903 13

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).Notas: Dados sistematizados pela SEI/DIPEQ/COPES, 2014.

Excetuando o saldo do último mês, os demais dados contam com o ajuste das declarações realizadas fora do prazo.


0

-20.000

20.000

40.000

60.000

80.000

120.000

100.000

Out. 2014 -45 1.946 5.263 -2.053 -1.068 -3.925 -5.393 821 -2.611

Jan.-out. 2014 111.741 40.824 25.955 17.981 17.922 13.165 7.496 6.464 -6.880

São Paulo FortalezaRio de Janeiro

Curitiba Porto Alegre

Salvador BelémBelo Horizonte

Recife

Gráfico 2 – Comportamento do mercado de trabalho formal por saldos Regiões Metropolitanas, out. 2014 / jan.- out. 2014Fonte: MTE–Caged. Nota: Dados sistematizados pela SEI/Dipeq/Copes, 2014.

Análise por Setores de Atividades Econômicas na BahiaDentre os oito setores de atividade, somente um expandiu o nível de emprego no mês de outubro na Bahia. O setor de Comércio, único com saldo positivo em outubro, registrou 1.396 postos de trabalho com carteira assinada. Os resultados por setor de atividade econômica podem ser observados na Tabela 2.

Entre os setores que registraram saldos negativos, o de Construção Civil apresentou a maior retração no número de postos de trabalho em outubro, com o corte de 3.313 postos. O segundo pior desempenho no mês ficou com o setor de Serviços, que constatou a supressão de 1.780 empregos formais. Em seguida, aparece o setor de Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca, com a perda de 1.358 empregos com carteira assinada. Os demais setores com saldo negativo em outubro foram: Indústria de Transformação, com saldo negativo de 918 postos; Extrativa Mineral, que registrou o corte de 103 postos; Serviços Industriais de Utilidade Pública, com a perda de 72 empregos celetistas; e Administração Pública, com a supressão de 59 postos de trabalho.

Desagregando-se os setores de melhor e pior desempenho por classes de atividade2, constata-se que, no setor de Comércio (+1.396 postos), as atividades propulsoras foram: Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Hipermercados e Supermercados (+285 postos), Comércio Varejista de Ferragens, Madeira e Materiais de Construção (+276 postos) e Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (+229 postos).

No setor de Construção Civil (-3.313 postos), as atividades que exibiram os piores desempenhos no mês de outubro foram: Construção de Edifícios (-1.885 postos); Construção de Obras de Arte Especiais (-828 postos); e Obras de Engenharia Civil não Especificadas Anteriormente (-520 postos).

Dentro do setor de Serviços, que registrou a perda de 1.780 empregos formais, Incorporação de Empreendimentos Imobiliários (-1.200 postos), Desenvolvimento de Programas de Computador Sob Encomenda (-982 postos) e Serviços de Engenharia (-636 postos) responderam pelos menores saldos em outubro.

No mês de outubro, o mau desempenho do setor de Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca, que registrou o fechamento de 1.358 postos no mês de outubro, deveu-se, principalmente, às atividades de Cultivo de Uva (-285 postos), Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas Anteriormente (-284 postos) e Cultivo de Café (-265 postos) que foram as que mais desligaram. Essas atividades, juntas, fecharam 834 postos de trabalho.

2 As classes correspondem ao quarto nível de grupamento da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e aprofundam o detalhamento dos grupos de atividades.


No acumulado dos dez primeiros meses do ano, cinco setores foram responsáveis por alavancar a empregabilidade. Neste contexto, o de Serviços respondeu pelo maior saldo, com 24.341 postos de trabalho, seguido por Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca, que contabilizou um saldo de 7.156 novos postos. O terceiro lugar, com a geração de 3.787 postos, ficou com o setor de Comércio. Outros setores com saldo positivo no acumulado do ano, porém com menor expressividade, foram: Indústria de Transformação (+3.238 postos) e Administração Pública (+769 postos).

Já os setores de Construção Civil, com o fechamento de 2.440 empregos celetistas, Extrativa Mineral, com redução de 448 postos, e de Serviços Industriais de Utilidade Pública, que sofreu o corte de 191 postos, mantiveram saldo negativo no acumulado dos dez primeiros meses deste ano – sendo responsáveis, em conjunto, pela supressão de 3.079 postos no ano.

Desagregando-se os setores com maiores saldos acumulados, de janeiro a outubro de 2014, verifica-se que, no setor de Serviços (+24.341 postos), as classes de atividade em que ocorreu o maior número de contratações foram: Locação de Mão de Obra Temporária (+5.120 postos), Atividades de Teleatendimento (+3.479 postos) e Serviços de Engenharia (+2.049 postos).

No setor de Agropecuária (+7.156 postos), as classes de atividade que geraram os maiores saldos foram Cultivo de Frutas de Lavoura Permanente, Exceto Laranja e Uva (+2.520 postos), Cultivo de Uva (+2.130 postos) e Criação de Bovinos (+797 postos). Já no setor de Comércio (+3.787 postos), as classes de atividades que influenciaram positivamente o saldo foram: Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios - Minimercados, Mercearias e Armazéns (+1.117 postos), Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário (+838 postos) e Comércio Varejista de Ferragens, Madeira e Materiais de Construção (+786 postos).

O setor de Construção Civil (-2.440 postos), com pior desempenho no ano, foi influenciado negativamente pelas atividades de Construção de Edifícios (-2.810 postos), Obras Portuárias, Marítimas e Fluviais (-1.525 postos) e Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (-882 postos).

A avaliação do setor de Extrativa Mineral (-448 postos), por classes de atividade, aponta Extração de Petróleo e Gás Natural (-391 postos), Extração de Minério de Metais Preciosos (-280 postos) e Extração de Minerais para Fabricação de Adubos, Fertilizantes e Outros Produtos Químicos (-85 postos) como as que mais impactaram negativamente seu saldo no ano. No setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública (-191 postos), as atividades que mais influenciaram o mau desempenho do segmento foram Produção e Distribuição de Vapor, Água Quente e Ar Condicionado (-496 postos), Tratamento e Disposição de Resíduos Perigosos (-23 postos) e Atividades Relacionadas a Esgoto, Exceto a Gestão de Redes (-20 postos).

Tabela 2 – Comportamento do emprego formal por setor de atividade econômica na Bahia, out. 2014 / jan.- out. 2014

Setor de Atividade EconômicaOutubro de 2014 Jan. - Out. de 2014

Admitidos Desligados Saldo Variação (%) Admitidos Desligados Saldo Variação (%)Extrativa Mineral 218 321 -103 -0,69 2.448 2.896 -448 -2,92Indústria de Transformação 6.838 7.756 -918 -0,39 74.924 71.686 3.238 1,39Serv. Industriais de Utilidade Pública 267 339 -72 -0,40 4.531 4.722 -191 -1,05Construção Civil 11.869 15.182 -3.313 -1,77 129.078 131.518 -2.440 -1,30Comércio 15.249 13.853 1.396 0,32 154.354 150.567 3.787 0,88Serviços 24.175 25.955 -1.780 -0,23 280.983 256.642 24.341 3,21Administração Pública 147 206 -59 -0,13 3.109 2.340 769 1,74Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca 5.597 6.955 -1.358 -1,27 69.619 62.463 7.156 7,15Total 64.360 70.567 -6.207 -0,34 719.046 682.834 36.212 2,02


Excetuando o saldo do último mês, os demais dados contam com o ajuste das declarações realizadas fora do prazo.A variação mensal do emprego toma como referência o estoque do mês anterior.


Análise Ocupacional na BahiaAo desagregar os saldos de emprego, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), é possível identificar quais profissionais tiveram acesso a mais oportunidades de ocupação e quais se depararam com a eliminação de postos de trabalho, o que se reflete nos saldos positivos e negativos relacionados.

O destaque do mês é a perda de postos de trabalho (-6.207 postos). Os grupos da CBO que registraram os menores saldos, em outubro, foram: Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais I (-4.633 postos, com 21.591 admitidos e 26.224 desligados); Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca (-1.750 postos, sendo 4.874 admissões e 6.624 desligamentos); e Técnico de nível médio (-941 postos, sendo 3.481 admissões e 4.422 desligamentos).

No grupo com menor saldo em outubro, Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais I (-4.633 postos), o subgrupo Trabalhadores da indústria extrativa e da construção civil registrou a maior perda de postos de trabalho (-3.496 postos). As famílias ocupacionais com menores saldos relacionadas a este subgrupo foram: Ajudantes de obras civis (-1.428 postos) e Trabalhadores de Estruturas de alvenaria (-988 postos).

Do grupo Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca (-1.750 postos), o subgrupo Trabalhadores na exploração agropecuária perdeu 1.628. Para esse subgrupo, a família Trabalhadores na exploração agropecuária em geral apresentou o pior desempenho, com a perda de 553 postos de trabalho.

Do grupo Técnico de nível médio (-941 postos), o subgrupo Técnicos de nível médio das ciências físicas, químicas, engenharia e afins registrou a perda de 1.041 postos de trabalho. A família Técnicos em eletrônica (-998 postos) foi a que mais contribuiu para essa redução.

Dentre os nove grupos de CBO, o que apresentou o maior saldo de empregos formais, em outubro, foi o de Trabalhadores de serviços (+921 postos). O grupo com segundo melhor desempenho foi o de Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas (+754 postos).

O grupo ocupacional Trabalhadores de serviços contabilizou a criação de 921 novos empregos formais, em outubro, fruto de 11.630 admissões e 10.709 desligamentos. O subgrupo mais dinâmico foi o de Trabalhadores de atendimento ao público, que admitiu 4.772 pessoas e desligou 4.173 trabalhadores, gerando um saldo de 599 empregos formais. Neste subgrupo, a família com melhor desempenho foi a de Operadores de telemarketing, com 391 novos postos, seguida pela de Caixas e Bilheteiros (Exceto Caixa de Banco), que gerou 187 postos em outubro.

O grupo Trabalhadores de serviços, vendedores do comércio em lojas gerou 754 novos postos de trabalho, resultado de 16.975 admissões contra 16.221 desligamentos. O subgrupo com maior saldo foi Vendedores e prestadores de serviços do comércio (+802 postos, resultado da admissão de 7.110 empregados e do desligamento de 6.308 pessoas). Neste subgrupo, a família ocupacional de Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados deu a maior contribuição para o saldo, com 832 novos postos de trabalho em outubro.

No acumulado dos dez meses do ano, a situação é favorável. Os trabalhadores que contaram com o maior número de oportunidades geradas foram os do grupo Trabalhadores de serviços (+11.834 postos), seguido por Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca (+9.256 postos). Em terceiro lugar, ficou o grupo Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados (+9.110 postos), como pode ser observado na Tabela 3.

No grupo com maior saldo acumulado do ano, Trabalhadores de serviços (+11.834 postos), os principais subgrupos em geração de postos de trabalho foram o de Trabalhadores de atendimento ao público (+6.000 postos) e Escriturários (+5.834).

Entre as ocupações que obtiveram os menores saldos, no acumulado dos dez meses de 2014, estão Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas, gerentes (-1.553 postos), seguido por Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais I (-967 postos) e Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais II (+485 postos).

No grupo Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas, gerentes (-1.553 postos), de pior desempenho acumulado no ano, o subgrupo que mais influenciou o resultado negativo foi o de Gerentes, que registrou a supressão de 1.560 empregos com carteira assinada.


Tabela 3 – Comportamento do emprego formal por ocupação na Bahia, out. 2014 / jan.- out. 2014

Grupo SubgrupoCompetência Declarada

Outubro de 2014 Jan. - Out. de 2014Admitidos Desligados Saldo Admitidos Desligados Saldo

Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares

Membros das forças armadas - - - - - -Policiais militares - - - - - -Bombeiros militares - - - - - -

Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas, gerentes

Membros superiores e dirigentes do poder público 0 0 0 0 0 0

Dirigentes de empresas e organizações (exceto de interesse público)

25 -48 -23 423 -413 10

Diretores e gerentes em empresa de serviços de saúde, da educação, ou de serviços culturais, sociais ou pessoais

14 -26 -12 252 -254 -2

Gerentes 867 -1.086 -219 9.300 -10.860 -1.560Pesquisadores e profissionais policientíficos 2 -10 -8 61 -62 -1

Profissionais das ciências e das artes

Profissionais das ciências exatas, físicas e da engenharia 348 -560 -212 3.648 -3.644 4

Profissionais das ciências biológicas, da saúde e afins 601 -438 163 6.181 -5.016 1.165

Profissionais de ensino 414 -413 1 9.335 -6.285 3.050Profissionais das ciências jurídicas 58 -24 34 464 -372 92Profissionais das ciências sociais e humanas 568 -608 -40 6.263 -5.742 521

Comunicadores, artistas e religiosos 96 -95 1 1.389 -1.214 175Profissionais em gastronomia 12 -21 -9 134 -148 -14

Técnico de nível médio

Técnicos polivalentes 62 -75 -13 827 -714 113Técnicos de nível médio das ciências físicas, químicas, engenharia e afins 942 -1.983 -1.041 10.981 -10.854 127

Técnicos de nível médio das ciências biológicas, bioquímicas, da saúde e afins

824 -630 194 8.073 -6.852 1.221

Professores leigos e de nível médio 276 -241 35 4.402 -2.827 1.575Técnicos de nível médio em serviços de transportes 131 -117 14 1.467 -1.546 -79

Técnicos de nível médio nas ciências administrativas 865 -903 -38 9.067 -8.882 185

Técnicos em nível médio dos serviços culturais, das comunicações e dos desportos

185 -167 18 1.835 -1.736 99

Outros técnicos de nível médio 196 -306 -110 2.348 -2.711 -363

Trabalhadores de serviços

Escriturários 6.858 -6.536 322 74.303 -68.469 5.834Trabalhadores de atendimento ao público 4.772 -4.173 599 55.717 -49.717 6.000

Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados

Trabalhadores dos serviços 9.865 -9.913 -48 114.625 -106.329 8.296

Vendedores e prestadores de serviços do comércio 7.110 -6.308 802 70.309 -69.495 814

Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca

Produtores na exploração agropecuária 12 -36 -24 257 -218 39

Trabalhadores na exploração agropecuária 3.851 -5.479 -1.628 56.188 -46.922 9.266

Pescadores e extrativistas e florestais 411 -450 -39 4.970 -5.111 -141

Trabalhadores da mecanização agropecuária e florestal 600 -659 -59 5.663 -5.571 92

(continua)


Tabela 3 – Comportamento do emprego formal por ocupação na Bahia, out. 2014 / jan.- out. 2014

Grupo SubgrupoCompetência Declarada

Outubro de 2014 Jan. - Out. de 2014Admitidos Desligados Saldo Admitidos Desligados Saldo

Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais I

Trabalhadores da indústria extrativa e da construção civil 11.989 -15.485 -3.496 129.174 -130.310 -1.136

Trabalhadores da transformação de metais e de compósitos 1.439 -2.415 -976 17.040 -18.467 -1.427

Trabalhadores da fabricação e instalação eletroeletrônica 382 -387 -5 3.497 -4.259 -762

Montadores de aparelhos e instrumentos de precisão e musicais 13 -23 -10 205 -219 -14

Joalheiros, vidreiros, ceramistas e afins 50 -65 -15 692 -625 67

Trabalhadores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestuário e das artes

1.359 -2.131 -772 14.189 -14.620 -431

Trabalhadores das indústrias de madeira e do mobiliário 307 -293 14 3.316 -3.449 -133

Trabalhadores de funções transversas 6.046 -5.424 622 60.781 -57.944 2.837

Trabalhadores do artesanato 6 -1 5 47 -15 32

Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais II

Trabalhadores em indústrias de processos contínuos e outras indústrias

181 -346 -165 2.393 -2.901 -508

Trabalhadores de instalações siderúrgicas e de materiais de construção

207 -208 -1 2.046 -2.145 -99

Trabalhadores de instalações e máquinas de fabricação de celulose e papel

15 -17 -2 248 -256 -8

Trabalhadores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo 699 -781 -82 8.402 -8.143 259

Operadores de produção, captação, tratamento e distribuição (energia, água e utilidades)

228 -294 -66 1.857 -1.986 -129

Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção

Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção mecânica 729 -735 -6 7.981 -8.055 -74

Polimantenedores 228 -266 -38 2.816 -2.872 -56Outros trabalhadores da conservação, manutenção e reparação

517 -391 126 5.880 -4.604 1.276

64.360 -70.567 -6.207 719.046 -682.834 36.212Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).Notas: Dados sistematizados pela SEI/DIPEQ/COPES, 2014.


Análise IntraestadualAo observar os dados referentes aos saldos de empregos para a distribuição intraestadual no mês de outubro, verifica-se, pela Tabela 4, que os resultados do emprego foram negativos tanto para a RMS quanto para o Interior do estado. De maneira mais precisa, no Interior houve a eliminação de 814 empregos formais, correspondendo à diferença entre 33.092 admitidos e 33.906 desligados. Já na RMS foram eliminados 5.393 empregos com carteira assinada, resultado da diferença entre a admissão de 31.268 empregados e o desligamento de 36.661 pessoas.

Nos dez meses deste ano, o Interior do estado foi responsável pela maior parte das contratações da Bahia, proporcionando 28.716 novos postos de trabalho (361.553 admitidos e 332.837 desligados). Já a RMS contabilizou 7.496 novos postos (357.493 admitidos e 349.997 desligados), sendo que o saldo de empregos formais no estado, no período, chegou a 36.212 (719.046 admitidos e 682.834 desligados), o que proporcionou uma variação do estoque de emprego da ordem de 2,02%.

(conclusão)


Tabela 4 – Comportamento do mercado de trabalho celetista entre RMS e Interior, Bahia, out. 2014 / jan.- out. 2014

Área geográfica

Outubro de 2014 Jan. - Out. de 2014Admitidos Desligados Saldo Variação (%) Admitidos Desligados Saldo Variação (%)

Bahia 64.360 70.567 -6.207 -0,34 719.046 682.834 36.212 2,02RMS 31.268 36.661 -5.393 -0,58 357.493 349.997 7.496 0,81Interior 33.092 33.906 -814 0,24 361.553 332.837 28.716 --


A variação mensal do emprego toma como referência o estoque do mês anterior.

O Gráfico 3 mostra a evolução dos saldos de emprego da RMS e do Interior do estado desde janeiro de 2012. Na maioria dos meses do período observado, os saldos do Interior do estado prevaleceram sobre os da RMS. As exceções foram: março, outubro, novembro e dezembro de 2012; fevereiro, novembro e dezembro de 2013, e, mais recentemente, agosto e setembro de 2014. Ressalta-se que em outubro de 2014, o saldo do emprego no interior prevaleceu sobre o da RMS, apesar de ambos serem saldos negativos.

Nos meses de novembro e dezembro dos anos de 2012 e 2013, o dinamismo proporcionado pelo comércio na RMS permitiu que o mercado de trabalho formal desta região superasse o do Interior do estado em saldo de empregos. O mesmo ocorreu nos meses de março de 2012 e fevereiro de 2013, quando a RMS experimentou uma trajetória ascendente na criação de novos postos de trabalho relacionada às demandas do período de Carnaval.

De dezembro de 2013 a fevereiro de 2014, percebe-se uma trajetória convergente entre os empregos gerados na RMS e aqueles surgidos no Interior do estado. Nos meses de março, abril, maio e junho de 2014, a geração de novos postos de trabalho na RMS não manteve o ritmo observado no Interior, permitindo que o saldo de novos empregos surgidos no Interior do estado voltasse a se descolar do apresentado pela RMS. No entanto, em julho, a distância entre os saldos na RMS e no Interior diminuiu. Já em agosto, o saldo da RMS ultrapassou o do Interior do estado – ampliando essa distância em setembro de 2014. Contudo, em outubro, houve comportamento convergente, porém com eliminação de postos de trabalho tanto no interior como na RMS. No entanto, a eliminação de empregos na RMS foi mais acentuada.

9.000

4.000

-1.000

-6.000

-11.000

Jan. 2012

Out. 2012

Set. 2012

Ago. 2012

jul. 2012

Jun. 2012

Maio 2012

Abr. 2012

Mar. 2012

Fev. 2012

Nov. 2012

Dez. 2012

Nov. 2013

Dez. 2013

Jan. 2013

Fev. 2013

Mar. 2013

Abr. 2013

Maio 2013

Jun. 2013

Jul. 2013

Ago. 2013

Set. 2013

Out. 2013

Jan. 2014

Fev. 2014

Mar. 2014

Abr. 2014

Maio 2014

Jun. 2014

Jul. 2014

Ago. 2014

Set. 2014

Out. 2014

RMS

Interior

Gráfico 3 – Evolução do mercado de trabalho celetista na Bahia, jan. de 2012 a out. de 2014Fonte: MTE–Caged.Nota: Dados sistematizados pela SEI/Dipeq/Copes, 2014.

Na RMS, o setor de Construção Civil, com perda de 2.844 postos de trabalho, apresentou o pior resultado em saldo de empregos formais criados no mês de outubro. Comportamento semelhante foi observado no Setor de Serviços, com perda de 2.680 postos de trabalho. Os setores de Indústria de Transformação, com geração de 120 postos, Comércio e Agropecuária, Extr. Vegetal, Caça e Pesca, com geração de 21 postos de trabalho, que são os setores com saldos positivos, demonstram o baixo desempenho da RMS na geração de empregos formais no mês de outubro de 2014. Já no Interior do estado, o setor de Agropecuária (-1.379 postos) e o setor de Indústria de Transformação (-1.038 postos) foram os de pior desempenho no mês. Os setores de Comércio (+1.375 postos) e de Serviços (+900 postos) foram os que apresentaram melhor desempenho no Interior do estado.

No acumulado do ano, o maior número de empregos com carteira assinada, criados na RMS, ficou por conta do setor de Serviços (+12.028 postos). Em contrapartida, o setor que mais eliminou postos de trabalho no período, na RMS, foi o de Comércio (-3.689 postos). No Interior do estado, Serviços (+12.313 postos) e Extrativa Mineral (-113 postos) foram os setores de melhor e pior desempenho, respectivamente.


Análise MunicipalEntre os municípios baianos que obtiveram menor saldo de empregos com carteira assinada, no mês de outubro, encontram-se os municípios de Salvador (-3.305 postos), Lauro de Freitas (-1.291 postos de trabalho) e Camaçari (-1.188 postos).

No mês de outubro, a eliminação de empregos, com carteira assinada, verificada no município de Salvador (-3.305 postos), foi proveniente, principalmente, dos setores de Serviços (-1.868 postos) e Construção Civil (-1.565 postos). No setor de pior desempenho em outubro, as classes de atividades com menor saldo foram Desenvolvimento de Programas de Computador Sob Encomenda, com a redução de 982 empregos celetistas, e Incorporação de Empreendimentos Imobiliários, que registrou a supressão de 836 registros formais de trabalho.

O município de Lauro de Freitas (-1.291 postos) teve seu saldo negativo influenciado, principalmente, pelo setor de Serviços (-773 postos). Neste setor, Atividades de Limpeza não Especificadas Anteriormente contabilizou uma perda de 577 empregos com carteira assinada em outubro, e Serviços de Engenharia, um corte de 251 postos de trabalho.

O setor que mais colaborou para o saldo negativo de postos de trabalho em Camaçari (-1.188 postos), foi o de Construção Civil (-940 postos). O saldo negativo deste setor foi impactado, principalmente, pelo fraco desempenho da atividade de Construção de Obras de Arte Especiais, já que a mesma foi responsável pela eliminação de 758 postos de trabalho no mês de outubro.

Entre os municípios baianos, Brumado, Alagoinhas e Dias d’Ávila destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal no mês de outubro de 2014. O município de Brumado registrou um saldo de 406 empregos celetistas, seguido por Alagoinhas, que gerou 356 postos de trabalho, e Dias d’Ávila, que criou 177 novos empregos com carteira assinada, como pode ser observado na Tabela 5.

Em Brumado (+406 postos), o resultado positivo foi proveniente de 705 admissões e 299 desligamentos, enquanto em Alagoinhas (+356 postos) foram contabilizados 963 admitidos e 607 desligados no mês de outubro. Em Dias d’Ávila (+177 postos), o saldo de emprego foi formado a partir da admissão de 795 pessoas e do desligamento de 618 trabalhadores.

O setor de Construção Civil, com 345 empregos com carteira assinada no mês de outubro, foi o que obteve o maior saldo em Brumado. O resultado do setor de Construção Civil é atribuído, principalmente, às atividades de Construção de Rodovias e Ferrovias, que contabilizou um incremento de 314 novos postos de trabalho.

Em Alagoinhas, o saldo de 356 novos postos de trabalho no mês de outubro foi impactado, principalmente, pelo setor de Serviços (+402 postos). Nesse setor, as atividades que mais se destacaram foram Atividades Técnicas Relacionadas à Arquitetura e Engenharia, responsável por 180 novos postos de trabalho, e Atividades de Serviços Prestados Principalmente às Empresas não Especificadas Anteriormente, com o surgimento de 176 novos empregos celetistas.

O município de Dias d’Ávila contabilizou 177 novos postos de trabalho devido, principalmente, ao desempenho do setor de Indústria de Transformação (+146 postos). No setor que mais se destacou nesse município em outubro, o número de postos de trabalho gerados foi influenciado, principalmente, por Serviços de Catering, Bufê e Outros Serviços de Comida Preparada, com 93 novos postos de trabalho, e por Fabricação de Águas Envasadas, responsável por 52 novos registros formais de trabalho.

No acumulado dos primeiros dez meses do ano, o município de Lauro de Freitas foi o que mais se destacou em termos de postos de trabalho com carteira assinada criados, com um saldo de 6.941 novos postos de trabalho (sendo 52.819 admissões e 45.878 desligamentos). O município de Juazeiro, com um saldo acumulado de 3.824 novos postos de trabalho (sendo 16.977 admissões e 13.153 desligamentos), ocupou a segunda posição. A terceira colocação ficou com o município de Casa Nova, que criou 2.524 novos empregos com carteira assinada (admitiu 6.926 e desligou 4.402).

O resultado apresentado por Lauro de Freitas (+6.941 postos) sofreu influência, principalmente, do setor de Serviços, com a criação de 6.219 novos postos. Em seguida, o setor que mais contribuiu para o saldo acumulado do ano foi o de Construção Civil, que gerou 1.129 novos empregos celetistas.


Em Juazeiro (+3.824 postos), o setor de Agropecuária foi o maior responsável pelo saldo acumulado, com 1.699 novos empregos celetistas, seguido pelo setor de Indústria de Transformação, com 1.579 postos, e pelo setor de Serviços, que registrou um saldo de 516 novos postos no acumulado do ano.

No município de Casa Nova (+2.524 postos), o setor de Agropecuária foi a grande força motriz da criação de postos de trabalho no acumulado dos dez meses iniciais do ano, com um saldo de 2.551 novos postos. A contribuição dos setores com segundo e terceiro melhores desempenhos foi reduzida – Comércio, com saldo de 51 novos postos; e Serviços, cujo saldo foi de apenas 31 novos postos de trabalho.

Os municípios de pior desempenho no mercado de trabalho formal, no acumulado dos primeiros dez meses do ano, foram: Itapetinga, com um saldo negativo de 1.200 postos; Amélia Rodrigues, com o corte de 1.169 empregos celetistas; e São Sebastião do Passé, com a eliminação de 1.126 postos de trabalho.

O resultado negativo de Itapetinga (-1.200 postos) foi influenciado, principalmente, pela eliminação de 721 empregos celetistas no setor de Indústria de Transformação e de 509 postos no setor de Construção Civil. O desempenho de Amélia Rodrigues (-1.169 postos), segundo município que mais eliminou postos de trabalho com carteira assinada no acumulado do ano, está enormemente associado ao setor de Agropecuária, com 1.057 postos de trabalho suprimidos. No município de São Sebastião do Passé, que perdeu 1.126 postos, o setor de Serviços foi responsável pela eliminação de 993 postos de trabalho no acumulado dos dez primeiros meses do ano.

Tabela 5 – Comportamento do mercado de trabalho formal, por Municípios selecionados, Bahia, out. 2014 / jan.- out. 2014

MunicípioOutubro de 2014

MunicípioJan. - Out. de 2014

Admitidos Desligados Saldo Admitidos Desligados SaldoMaiores saldos

Brumado 705 -299 406 Lauro de Freitas 52.819 -45.878 6.941Alagoinhas 963 -607 356 Juazeiro 16.977 -13.153 3.824Dias d’ Ávila 795 -618 177 Casa Nova 6.926 -4.402 2.524Governador Mangabeira 195 -21 174 Alagoinhas 9.304 -7.801 1.503Ilhéus 867 -703 164 Barra do Rocha 1.750 -260 1.490Barreiras 1.445 -1.284 161 Dias d’ Ávila 7.564 -6.211 1.353Alcobaça 362 -216 146 Jequié 7.526 -6.183 1.343Jequié 720 -593 127 Itabuna 11.040 -9.774 1.266Senhor do Bonfim 290 -165 125 Feira de Santana 47.701 -46.635 1.066Ubatã 137 -17 120 Luís Eduardo Magalhães 14.744 -13.739 1.005

MunicípioOutubro de 2014

MunicípioJan. - Out. de 2014

Admitidos Desligados Saldo Admitidos Desligados SaldoMenores saldos

Salvador 22.706 -26.011 -3.305 Itapetinga 2.431 -3.631 -1.200Lauro de Freitas 3.486 -4.777 -1.291 Amélia Rodrigues 802 -1.971 -1.169Camaçari 2.468 -3.656 -1.188 São Sebastião do Passé 1.053 -2.179 -1.126Santa Cruz Cabrália 92 -563 -471 Maragogipe 2.898 -3.968 -1.070Juazeiro 1.211 -1.653 -442 São Francisco do Conde 977 -1.801 -824São Desidério 659 -1.006 -347 Brumado 4.435 -4.988 -553Vitória da Conquista 2.147 -2.471 -324 Mata de São João 4.102 -4.644 -542Itapetinga 167 -441 -274 Porto Seguro 10.499 -10.891 -392Maragogipe 163 -400 -237 Tanhaçu 345 -700 -355Barra do Choça 127 -336 -209 Salvador 249.774 -250.094 -320




Análise por Território de IdentidadeNo mês de outubro de 2014, os territórios de identidade que geraram os maiores saldos de emprego foram Sertão Produtivo (+627 postos), Litoral Norte e Agreste Baiano (+464 postos) e Médio Rio de Contas (+344 postos). Em contrapartida, os territórios de identidade que obtiveram os piores desempenhos em termos de saldos de emprego foram Metropolitano de Salvador (-5.401 postos), Sertão do São Francisco (-564 postos) e Vitória da Conquista (-496 postos).

O território de identidade Metropolitano de Salvador (-5.401 postos) foi o de pior desempenho entre os vinte e sete territórios baianos de identidade no mês de outubro de 2014. Neste território, os municípios com os piores saldos no mês foram: Salvador, com a supressão de 3.305 postos de trabalho; Lauro de Freitas, com o corte de 1.291 postos; e Camaçari, com a eliminação de 1.188 postos de trabalho. Os setores com o pior desempenho no Metropolitano de Salvador foram o de Construção Civil, com o corte de 2.841, e o de Serviços, que perdeu 2.693 postos de trabalho.

O território de identidade Sertão do São Francisco (-564 postos) apresentou o segundo pior desempenho em outubro. Isto se deve, principalmente, ao município de Juazeiro, que apresentou saldo negativo de 442 postos de trabalho e Uauá, que perdeu 78 postos. Em termos setoriais, o setor de Agropecuária apresentou o menor saldo no território, com 342 postos de trabalho suprimidos em outubro.

O saldo negativo de Vitória da Conquista (-496 postos), que ficou com o terceiro pior saldo entre os territórios de identidade em outubro de 2014, pode ser associado, principalmente, ao mau desempenho dos municípios de Vitória da Conquista (-324 postos) e Barra do Choça (-209 postos), que juntos sofreram o corte de 533 postos de trabalho. Os setores que mais influenciaram negativamente para o resultado deste território de identidade foi o de Agropecuária e Construção Civil, que arcaram com a perda, respectivamente, de 291 e 277 postos de trabalho em outubro de 2014.

No território de identidade Sertão Produtivo (+627 postos), os municípios que mais geraram empregos, em outubro, foram Brumado (+406 postos) e Guanambi (+84 postos). Neste território de identidade, o setor de Construção Civil foi responsável pela criação de 398 novos postos de trabalho e o setor de Comércio gerou 106 postos.

O segundo território de identidade que mais contribuiu para o saldo de empregos no mês de outubro foi Litoral Norte e Agreste Baiano (+464 postos). A desagregação por municípios aponta Alagoinhas como o principal responsável pela geração de novos postos de trabalho neste território, com a criação de 356 empregos formais. O município de Pojuca, com a geração de 65 novos postos, surge com o segundo melhor desempenho. O município de Mata de São João ocupou a terceira posição em relação à geração de emprego no território Litoral Norte e Agreste Baiano, produzindo 53 empregos de carteira assinada. O setor propulsor neste território foi Serviços, tendo criado 509 novos postos de trabalho, seguido pelo setor de Comércio, que gerou 65 novas posições com carteira assinada.

O território de Médio Rio de Contas (+344 postos) obteve o terceiro maior saldo de empregos formais em outubro deste ano e apresentou como principais polos de geração de novas oportunidades os municípios de Jequié (+127 postos), Ubatã (+120 postos) e Barra do Rocha (+102 postos). Em termos setoriais, o maior saldo de empregos com carteira assinada ocorreu no setor de Indústria de Transformação, com 119 novos postos de trabalho. O setor de Serviços criou 87 postos de trabalho e apresentou o segundo maior saldo entre os municípios pertencentes ao território Médio Rio de Contas em outubro. O setor Construção Civil, terceiro maior saldo do território, criou 84 postos.

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, os territórios de identidade que se destacaram como os maiores geradores de postos de trabalho foram: Metropolitano de Salvador (+8.352 postos), Sertão do São Francisco (+6.767 postos) e Extremo Sul (+3.067 postos). Por outro lado, entre os territórios de identidade que apresentaram os menores saldos no ano, encontram-se o de Recôncavo (-1.106 postos), o de Sisal (-456 postos) e o de Médio Sudoeste da Bahia (-259 postos).

No território de identidade Metropolitano de Salvador (+8.352 postos), o setor que impulsionou o mercado de trabalho formal foi o de Serviços, com a geração de 11.965 novos empregos celetistas, seguido pelo setor de Indústria de Transformação (+1.321 postos). O setor de Agropecuária (+4.395 postos) e Indústria de Transformação (+1.548 postos) foram os principais responsáveis pela geração de empregos no território de identidade Sertão do São Francisco (+6.767 postos). E no território de Extremo Sul (+3.067 postos), o setor de Agropecuária foi o que obteve maior saldo, com 1.083 postos de trabalho no acumulado do ano, seguido por Indústria de Transformação (+800 postos).


No território de identidade Recôncavo (-1.106 postos), o setor de Construção Civil foi o principal responsável pelo saldo negativo apurado, já que eliminou 1.990 postos ao longo do ano. No Sisal (-456 postos), o setor de Indústria de Transformação foi o de pior desempenho, com a redução de 1.222 postos de trabalho. O fraco desempenho do mercado de trabalho formal no território de identidade do Médio Sudoeste da Bahia (-259 postos) foi influenciado, principalmente, pela Construção Civil, setor responsável pela redução de 482 postos de trabalho no acumulado do ano.

Tabela 6 – Comportamento do mercado de trabalho celetista, por Território de Identidade, Bahia, out. 2014 / jan.- out. 2014

Território de IdentidadeOutubro de 2014 Jan. - Out. de 2014

Admitidos Desligados Saldo Ranking Mensal Admitidos Desligados Saldo Ranking AnualBahia 64.360 -70.567 -6.207 719.046 -682.834 36.212Bacia do Jacuípe 499 -694 -195 19 5.147 -4.421 726 13Bacia do Paramirim 77 -53 24 14 888 -662 226 22Bacia do Rio Corrente 652 -562 90 8 5.833 -5.167 666 16Bacia do Rio Grande 4.045 -4.233 -188 18 41.697 -38.797 2900 5Baixo Sul 580 -497 83 10 7.050 -5.828 1222 10Chapada Diamantina 322 -617 -295 22 3.984 -3.549 435 18Costa do Descobrimento 1.988 -2.443 -455 24 24.123 -23.918 205 23Extremo Sul 2.164 -2.103 61 12 27.214 -24.147 3067 3Irecê 362 -273 89 9 3.500 -3.205 295 20Itaparica 339 -323 16 15 4.040 -3.650 390 19Litoral Norte e Agreste Baiano 2.208 -1.744 464 2 21.706 -19.918 1788 6Litoral Sul 2.360 -2.192 168 5 23.763 -22.267 1496 8Médio Rio de Contas 1.240 -896 344 3 11.998 -9.095 2903 4Médio Sudoeste da Bahia 304 -587 -283 21 4.504 -4.763 -259 25Metropolitano de Salvador 31.223 -36.624 -5.401 27 356.710 -348.358 8352 1Piemonte da Diamantina 435 -394 41 13 4.682 -3.940 742 12Piemonte do Paraguaçu 264 -406 -142 17 3.477 -3.226 251 21Piemonte Norte do Itapicuru 507 -370 137 6 4.834 -3.558 1276 9Portal do Sertão 5.077 -5.433 -356 23 56.735 -56.017 718 14Recôncavo 1.853 -2.099 -246 20 23.164 -24.270 -1106 27Semiárido Nordeste II 291 -185 106 7 3.231 -2.680 551 17Sertão do São Francisco 2.088 -2.652 -564 26 25.966 -19.199 6767 2Sertão Produtivo 1.523 -896 627 1 11.713 -11.785 -72 24Sisal 672 -770 -98 16 8.222 -8.678 -456 26Vale do Jiquiriçá 326 -245 81 11 2.944 -2.142 802 11Velho Chico 472 -291 181 4 3.985 -3.308 677 15Vitória da Conquista 2.489 -2.985 -496 25 27.936 -26.286 1650 7



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Outubro de 2014 - Bahia · Secretaria do Planejamento BAHIA TEM SALDO NEGATIVO DE 6.207 POSTOS EM OUTUBRO. NO ACUMULADO DO ANO FORAM GERADOS 36.212 NOVOS POSTOS. Foto: Agecom De acordo