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·, Pto. · D. Ma ria. Ru a d Exma. Snra. Margar i da F rr ira Flor s, 281 P O R TO PORTE PAGO 23126 QuinzenárÍ<J * 4 de Outwbro de 1980 * Ano. XXXVll- N.• 954- Preço 5$00 I Propriedade da Obra da Rua · Obra de para pelos Rapazes . · Padre Américo t Pequenmas mas muitQ signi- ficativas e fonte alento nes- te mundo lfla1ho de serenidade em que v-ivemos. Ambas põem em evidência uma virtude que hoje, envergonhada e se chama gratidão. 1 Da prime· f.ra dá-nos "' con- . ta uma carta de Tondela, ll"épassada de ·· recoll'hooi- mento e amizade: <(Era meu desejo (e mtnha obrigação também) tê-los vi- sitadQ mais tempo ou até, , I como o if ·aço agora, serviado- . -me deste meio para contac- ta.runos. Eu sinto quanto todos nós tondelens·es 'lhes devemos, pois estão 'a rtl"'ansformar em pão, o que owbrora lfoi !Jixo. Além de muito ter para .Jhe dizer, queria tpedk-lhe mats um favor: que o sr. Padre tvies- se · até Tondel'a um domingo q'ue ' tirv.esse mais avagado, para ce1ehrar a Santa Missa e pre- gar a Verdade! par.a esta gente ouvi:r. Lançamento do 3. o volume do livro · / «· DOUTRINA» O 3. 0 volume do livro DOU- TRINA vai já para a rUÇt; me- lhor, prós CTT, a fim de ser entregue no domicílio dos assi- nantes - pela mão dos cartei- ros. Entretanto, e pa:ra não per- dermos tempo, cada· exemplar da última edição de O GAIATO foi portador de um postJal RSF, expressamente ·destinado aos lei- tores que não pertençam ao rol de assinantes da Editorial, os quais podem, assim, requisit.ar o DOUTRINA. E, os que já são, aproveitam o para solicitar outras obras da nossa colecção. começarar.n a chegar as primeiras respostas, de rodo o lado, pedindo um ou todos os livros que possuimos em stock! Outros ainda, não resiste-m à chamada e assinalam, também, desejar receber O GAIATO em suas casas, ,por assinatura. N or- malmente são leitores eventuais, que nem sempre encontram os nossos pequenitos na venda avulsa do jornal. Como é óbvio, o postal dáJ pa.ra tudo e facilita a vida a muita gente, especialmente .nas grandes urbes, onde, às vezes; mal tempo de se mastígar o _ caldo em família... Radiografia do tempo! Oportunamente, vamos. trans- crever uma ou outra ressonâ;n- cia de quem não perde'{t tempo a saborear, imediatament€, os textos do DO UT RI NA, desde a primeira página. Até nós que, por força das circunstâncias, . ' acompanhámos a edição da obra desde o original..., à fótocomposição e. offset - n'ão deixamos, uma vez por outra, de ler e reler algumas notas mais expressivas que a pena carismada de Pai ·Américo nos legou; e cuja · actualidade permanece duma maneira geral! Exactamente porque, como afir- ma no frontespí:cio da obra, <<ffllla Doutrina não é minha - é do Júlio Mendes .. / . - . . ,_ ' Este convite , t.em :a colabo- l!"ação do nos·so Pároco. Ti nh a pensado, melhor di- zendo, !f a!lado a uma camioneta pa•.'a i rmos até aí. Mas gasta- -se tanto que .seria pre:feríve 1 l o sr. 'Padre vir e ·colher aquilo que com isso !Se gastariã. Se fizesse o favor tr , ar •ia ·os nossos pequenos todos seriam nos- ISOs . h6S1pedes pelo 1 tempo que po1 r câ.» Eu preparava uma v-iagem a AfTica quando deixei <tluz verde» pall"a a vinda dos dois pequenos · t0111delenses. A eró- n·ica deles era de tons . carre- gados e o caso movimentou vanas pessoas da terra que têm olihos · PBM os Outros. os conheci no regresso. Que me causou 'a simpatia de ambos, quanto ao · mais no- vo tão hwadiante que lhe foi po·sto, até, o nóme de <cRi-•ri»! E graças a Deus nunca m•ais roblemas graves a .res- peiJto Lixo os · fez pare- cer o mundo; não que eles o fossem ailguma vez, de tão fá- cil tem sido transformá-tos em pão! O rosto alegre do «lrmãozinho», na bela piscina da nossa Aldeia - em Paço de Soousa. e nunca · mais foram esquecidos por quem, então, os viu e se doeu por eles. E tão · J'IMO! V·ulgar, em quem e se dói, é arrumar o caso e Os nossos dois , irmãos nunca for· am aTruma- dos. Quem os vlu uma vez e se doeu, _ amou-os e fieou a , São passados uns anos largos e esta carta tes- temuniha que é assim. Que atentem nisto e s· aboreiem esta felicidade os nossos dois nMsos de nós, gaiatos. e de <«odos nós tondelenses»! E a pamr das suas ori ... •A gens, neSita v· iJI':tude que nobi- Uta o homem e se chama gra- tidão. Pois iremos, se Deus qu,iser, um . domingo Ou•tubro. Do que acontecer dará co- Con1:. na 3. • pâgJina IJDla experieneia . !Na tar.de de domingo subi. é sinal, com a eficácia da Pa- ao al:to do I]:lor .ro. Naquele lu- '1avra que opera e transforma. gar, outrora vazio, árido, sem É assim ·a fgreja co1ll.lprometi- o homem começou· a da e ao serviço do Povo de conS:truür casas. Era um sítio !Deus que solfr.e e espera a hora mais saudâEVel, arejado, lçmge da das onde os mosqui- A dois passos, um acampa. tos e o ohe·iro das águas esta- menta de refugiados, vindos !faziam a vida difícil. do interior, onde deixaram suas Apareceram a pouco e p<m: co, ' laJV· ras com o mi'liho que é seu no a<l oo do morro,_ casas linda·s, 'Pão, a baJtJaita doce, sua terra, de janelas voltadas ao mar, a paz das . suas aldeias. Víti- .rua:s rusif.altadas - uma oida- mas da guerra. !São ceroa de nova . a crescer. A gente qe · 2.000 pessoas. Col!l strui- que antes vivia em cuibatas •ram .oubatas, cobel'ltas de .ca- lpl1 antadas no meio da l• ama pim, de paru a pique, como quando chovia,. também se des- !pOVo que ergue suas tendas, 'lo· c:ara pam o cimo do imagem vi· va de uma Igreja -onde construiu suas casas de - que sabe ser peregrina, na tijolo .e chaP'a de por es pe r ança de voltar à terra cobertura. Uma comunidade de das suas lavras, dos seus quim- qtiatro religiosas mootou aH lbos, do seu trarbalho, da vida ..sua tenda, para acompanhar em comnnidade onde to.dos se mais de perto o viver do povo. entrea]ud-am, se veúnem e fa·- I ES'con:ctidas, actuam como fer- zem fes1.a à roda d:e· uma fo- · men to no meio da massa, como gueira. sal na comida, como luz que Oheguei ao acampamento. Levava as mãos vazias. No coração o safrimento daquele povo. Jov,ens, crianças, os mais velhos e· as mães CéliiiJta- ram a 1alegria deste encontro. IFiquei conlfumctido-:-- Senti-me p. e:quenino. Não sabi·a o que dizer. Um povo que sofT<e tan- to na sua na sua vida, e canta. Oa nta a alegria de s er cristã- o. Canta a a:l 'egri'a de saber que Deus está com .e le. Que tem . Sua mor-ada à de le, no mesmo acampamen- to, construída com os mes- mos p1aus e coberta de capim. AH se reúne, ,ali O escuta, ali lf eza. A está no seu · co- ração. Para onde vai, tamlYém a Igtrej1a vai. A minha presença /foi o sinal dia presença da Igrej, a. . Que expe.r.iência! Que lição! Que contTaste! Padre Manuel

P O R TO - obradarua.pt - 04.10.1980.pdf · Pto. · D. Ma ria. Rua d Exma. Snra. Margarida F rr ira Flor s, 281 P O R TO PORTE PAGO 23126 QuinzenárÍ

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·,

Pto. ·

D. Maria. Rua d

Exma. Snra. Margarida F rr ira

Flor s, 281 P O R TO

PORTE PAGO

23126

QuinzenárÍ<J * 4 de Outwbro de 1980 * Ano. XXXVll- N.• 954- Preço 5$00 I

Propriedade da Obra da Rua · Obra de Rapaze~~ para R~pazes, pelos Rapazes . · ~- FÚ~dac!or: Padre Américo

tPequenmas mas muitQ signi­ficativas e fonte d~ alen•to nes­te mundo lfla1ho de serenidade em que v-ivemos. Ambas põem em evidência uma virtude que par~e, hoje, envergonhada e se chama gratidão.

1 Da prime·f.ra dá-nos"' con­. ta uma carta de Tondela,

ll"épassada de ··recoll'hooi­mento e amizade:

<(Era meu desejo (e mtnha obrigação também) tê-los vi­sitadQ hã mais tempo ou até,

, I

como o if·aço agora, serviado­. -me deste meio para contac­

ta.runos.

Eu sinto quanto todos nós tondelens·es 'lhes devemos, pois estão 'a rtl"'ansformar em pão, o que owbrora lfoi !Jixo.

Além de muito ter para .Jhe dizer, queria tpedk-lhe mats um favor: que o sr. Padre tvies­se ·até Tondel'a um domingo q'ue 'tirv.esse mais avagado, para ce1ehrar a Santa Missa e pre­gar a Verdade! par.a esta gente ouvi:r.

Lançamento do 3. o volume do livro ·

/

«·DOUTRINA» O 3.0 volume do livro DOU­

TRINA vai já para a rUÇt; me­lhor, prós CTT, a fim de ser entregue no domicílio dos assi­nantes - pela mão dos cartei­ros.

Entretanto, e pa:ra não per­dermos tempo, cada· exemplar da última edição de O GAIATO foi portador de um postJal RSF, expressamente ·destinado aos lei­tores que não pertençam ao rol de assinantes da Editorial, os quais podem, assim, requisit.ar o DOUTRINA. E, os que já são, aproveitam o di~ para solicitar outras obras da nossa colecção.

lá começarar.n a chegar as primeiras respostas, de rodo o lado, pedindo um ou todos os livros que possuimos em stock! Outros ainda, não resiste-m à chamada e assinalam, também, desejar receber O GAIATO em suas casas, ,por assinatura. N or­malmente são leitores eventuais, que nem sempre encontram os nossos pequenitos na venda avulsa do jornal.

Como é óbvio, o postal dáJ pa.ra tudo e facilita a vida a muita gente, especialmente .nas grandes urbes, onde, às vezes; mal há tempo de se mastígar o _ caldo em família... Radiografia do tempo!

Oportunamente, vamos . trans­crever uma ou outra ressonâ;n­cia de quem não perde'{t tempo a saborear, imediatament€, os textos do DO UT RI NA, desde a primeira página. Até nós que, por força das circunstâncias, .

' acompanhámos a edição da obra desde o original ... , à fótocomposição e . offset -n'ão deixamos, uma vez por outra, de ler e reler algumas notas mais expressivas que a pena carismada de Pai ·Américo nos legou ; e cuja · actualidade permanece duma maneira geral! Exactamente porque, como afir­ma no frontespí:cio da obra, <<ffllla Doutrina não é minha - é do Pa~ Celeste» ~

Júlio Mendes ..

/ . - ~ . . ,_ '

Este convite ,t.em :a colabo­l!"ação do nos·so Pároco.

Tinha pensado, melhor di­zendo, !fa!lado a uma camioneta pa•.'a irmos até aí. Mas gasta­-se tanto que .seria pre:feríve1l o sr. 'Padre vir e ·colher aquilo que com isso !Se gastariã. Se fizesse o favor tr,ar•ia ·os nossos pequenos ~ todos seriam nos­ISOs. h6S1pedes pelo 1tempo que e~tivesserri po1r câ.»

Eu preparava uma v-iagem a AfTica quando deixei <tluz verde» pall"a a vinda dos dois pequenos ·t0111delenses. A eró­n·ica deles era de tons .carre­gados e o caso movimentou vanas pessoas da terra que têm olihos ·PBM os Outros. Só os conheci no regresso. Que s~presa me causou 'a simpatia de ambos, quanto ao · mais no­vo tão hwadiante que lhe foi po·sto, até, o nóme de <cRi-•ri»! E graças a Deus nunca m•ais houv~ p·roblemas graves a .res­peiJto del'i~i. Lixo os ·fez pare­cer o mundo; não que eles o fossem ailguma vez, de tão fá­cil tem sido transformá-tos em pão!

O rosto alegre do «lrmãozinho», na bela piscina da nossa Aldeia - em Paço de Soousa.

Vl~ram e nunca· mais foram esquecidos por quem, então, os viu e se doeu por eles. E tão ·J'IMO! V·ulgar, ~esmo em quem vê e se dói, é arrumar o caso e esquecê-~Io. Os nossos dois ,irmãos nunca for·am aTruma­dos. Quem os vlu uma vez e se doeu,_ amou-os e fieou a

,

amã...~Ios. São passados uns anos largos e esta carta tes­temuniha que é assim. Que atentem nisto e s·aboreiem esta felicidade os nossos dois nMsos de nós, gaiatos. e de <«odos nós tondelenses»! E cres~m; a pamr das suas ori ...

•A

gens, neSita v·iJI':tude que nobi­Uta o homem e se chama gra­tidão.

Pois iremos, se Deus qu,iser, um . domingo d~ Ou•tubro. Do que acontecer dará d~pois co-

Con1:. na 3. • pâgJina

• IJDla experieneia cc::acccccc::cca:..:~::~c~cccccc:::fa::c::accc

. !Na tar.de de domingo subi. é sinal, com a eficácia da Pa­ao al:to do I]:lor.ro. Naquele lu- '1avra que opera e transforma. gar, outrora vazio, árido, sem É assim ·a fgreja co1ll.lprometi­árvo~es, o homem começou· a da e ao serviço do Povo de conS:truür casas. Era um sítio !Deus que solfr.e e espera a hora mais saudâEVel, arejado, lçmge da lilb erd~cte.

das manga~s. onde os mosqui- A dois p assos, um acampa. tos e o ohe·iro das águas esta- menta de refugiados, vindos ~adas !faziam a vida difícil. do interior, onde deixaram suas Apareceram a pouco e p<m:co, 'laJV·ras com o mi'liho que é seu no a<l•oo do morro,_ casas linda·s, 'Pão, a baJtJaita doce, sua terra, de janelas voltadas ao mar, a paz das .suas aldeias. Víti­.rua:s •rusif.altadas - uma oida- mas da guerra. !São ceroa de nova . a crescer. A gente qe · 2.000 pessoas. Col!lstrui­que antes vivia em cuibatas •ram .oubatas, cobel'ltas de .ca­lpl1antadas no meio da l•ama pim, de paru a pique, como quando chovia,. também se des- !pOVo que ergue suas tendas, 'lo·c:ara pam o cimo do mo~ro, imagem vi·va de uma Igreja -onde construiu suas casas de - que sabe ser peregrina, na tijolo . e chaP'a de lusaH.~te por esperança de voltar à terra cobertura. Uma comunidade de das suas lavras, dos seus quim­qtiatro religiosas mootou aH lbos, do seu trarbalho, da vida ..sua tenda, para acompanhar em comnnidade onde •to.dos se mais de perto o viver do povo. entrea]ud-am, se veúnem e fa·­IES'con:ctidas, actuam como fer- zem fes1.a à roda d:e· uma fo­·men to no meio da massa, como gueira. sal na comida, como luz que Oheguei ao acampamento.

Levava as mãos vazias. No coração o safrimento daquele povo. Jov,ens, crianças, os mais velhos e· as mães CéliiiJta­ram a 1alegria deste encontro. IFiquei conlfumctido-:-- Senti-me p.e:quenino. Não sabi·a o que dizer. Um povo que sofT<e tan­to na sua oa~rne, na sua vida, e canta. Oanta a alegria de ser cristã-o. Canta a a:l'egri'a de saber que Deus está com .e le. Que tem . Sua mor-ada ilgua~l à de le, no mesmo acampamen­to, construída com os mes­mos p1aus e coberta de capim. AH se reúne, ,ali O escuta, ali lfeza. A J;g~eja está no seu · co­ração. Para onde vai, tamlYém a Igtrej1a vai. A minha presença /foi o sinal dia presença da Igrej,a. .

Que expe.r.iência! Que lição! Que contTaste!

Padre Manuel

2/0 GAIATO

Setúbal :MAJR:INHiO E .RJUII - Nas andan­

ças ·do vai e vem.~ sr. Pad·re AcíJ~o

fui albast:e:oer os nossos que estão na praia. Mamtho e Rui (os dois reis) fizeram -1lhe compan!hia. No a-campa· mento os nossos reis foram juntar-se

a outras crianças e,. muito nwtur·al­men'te, pogax.am .nos brinquedos dos seus companheir,os d:e «inocência». DeSJ)'reocupados, os nossos dei:x;aram os !brinquedos ao Deus dará.

Duas ooruhoras. uma espanho.la outtra :port~·guesa, - eram as vigilantes das ootras crianças. Fizeram cons~ar a fa!Lta de aJ.guma !PCÇa _e:ios brinquedos, o :que levou sr. Padre Acílio, como pai que é, a procurar a dita. Não .a~pareceu. ;E a sen<hor·a (po,rrugu.esa} não teve mais doo que confundir um

brinquedo d'e CT'i~nça com uma car­teira que se roUJba! . <~Carteirista» era o que faJtiWa · ohamar a um Padre da Rua. « ... tEsta senhora devia ajoe­lhar di.ante dos nossos pequeninos e pOO.itr perdão» · - desalbafJS. connosco sr. •Padre .Ad!lio. Gomo ele' nã·o tem tempo :para contar, conto eu.

!REOAI[)IO - Hoje passei pelaiS nlo$ll.S ofid.:nas e .re!cehi rooado de a;lg:u'ém que pergunta porque é que não temos escrito n'O GALATO. É

ol.aro que não tem sido po-r não ter 'que contar. É um nll'diniha de pre· guiga. Somos viv()s, sim · senhor, e

vamos fazer um nadinha de es~mço

q>ava que os nossos Amigos tenham a nossa presença n'O GAIATO. Nu-. ma Casa como a nossa . há sempre que conta:r, sempre que .dizer, sem­pre que a'Prender!

mihl.A!S - Épooa dé férias. Todos ~'S salborear:am, a cofueçar pelos m~s p~queninúS. A .prata da Anrá!bida tem sido ~ no~sas termas. Acampamos na sm>va e, lá em haixo, as banhocas. ·os mais ve1hos, alguns vã(} passar uns dias oom às respocüvas famí.1ias de satngue:

iFUGA6 - Fio i o . que aoon teceu com o ~Y.i1a Real», que então fez .a qú;arta ol.asse. Foi a casa e regreiS­sou. Deyois. :t:ugiu pela se~gunda vez. Ó · que seria? É a ma a puxar. São os di:tos e os mimos que as . f.amHias fazem em rrne~a dúzia de dias. D~pois são {)'S desaires, as dooiiusões, tanta vez o retornar a uma vidla de lam.a ·de onde sair.am, a"creS'Cirda ag(}ra pelo •pexrgo d'a ·adolescência. Quiséramos que o -<<1'\:iJ.a Rea2·~ não se perca: Ele sa!he o que é bem · e o que é mal Que eile se a'Pereeba 'das nossas cOOÍIVersas, das quais, às 'Vez~, era o pr&p.rio meStre.

'<~ T A~llNiHAJS» ·- Ontem 'll,ão •ga· · nháanos pró susto ! Depois do almoço foi lJUdo pró recreio. Logo a seguior ~ ta ·h{)r.a dios m~ pequenos e dum ou outro mais necessitado ir do:rmir a sesta.

·Mll'I'CdHno e outro vêm arflitos. ~­tão fal.iJos de proounr o Luizito mai­·lo <dlanan·a» e eles não a,parocem. Marcolino é um nadinha mãe destes . nossos mais pequenitO"S. Ele anda preO'Cu'Pado. Nós tarn.hém tivemos tellliPo pa.r.a sen•tir o mesmo. Mas tudo passou. A- nossa quinta que é

grande e não temos «v;igil.antes»~ nem prós mais pequenos. lst>o é a Casa do Gaiato.

VrSIT .AJNTES Pess(}as .radi'ca'4as na América v-ieram ao n{)sso País e nã{) se esqueceram de nos visitar. Há sete an.qs que não o faziam. An­·dar.am a •ver as modificações da nos:;.a 'Casa. ·Gostar•BllllJ muit{) Aj'lldaram. iPI'ometeram ajudar mais. Foram con· ten'tes. N &s 'llamhém. E esperamos por

·unais visitas. Quem passa por Setúba-l, é . só um desvio:oi'llho. Não se .perde te<mpo.

'AlPElliO - A casa um,. ·a casa nova, 'tem um quarto à esp~ra duma se­n.bo.ra que se sinta ca'Paz de ser

. Mãe dos nassos 1pequeni.nos! Res­ponde . ..

cesso será deferido apenas quando lá chegarer:n os documentos ...

Há q:uantos anos est~ fundoná:das - unoüvadas pelas carências da. Vi.V.· va - se mexem pelo seu .pé, por sUa inid·ativa, 'Para que a .pensã10 sej.a deferrda!

Na verdade, eJlas nada têm a ver dire'ctamen•te com o .pr.Qiblema - nã"O perte'lltceilllJ à CNJ> - mas andam para a frente, a 400 quilómetros de distâlnda!

Que 'sentido huma:nista deste Pes­soal do MAS, no su•l do .País, com a dhefe à calbeça!

iÉ caso para ser reveiado · - com a discreção 'prÓp·ria .de O GAIA. 'DO

'PO.Ís sabemos ·como, . _haMtual­mente, nes'tas bruhil.óni•as de pa'P·ê.l e funcionalismo, mal se dá fé do Hu-

construido a minha casa! ... - suibH­~a o pdbre moç'O, ·tristeme'llte.

Há dias, visitámos um cal'pin:teiro qwe, no bom tempo, fez àas tt:r.ipas coração e levantou .uma casa para as necessi.d·ades imediatas, com o mini­mo de oondições.

IPassararm os anos. Os filhos cres­ceram. Agora, porém, o :déficit de moradias, nesta ·regiã'O, é de •tai ordem que, .para dar guarida à filiha casar doira, se .dispôs a fa2ler da cave uma boa vivenda.

- É uma solução. V. sabe perfei­tamente que, por - aqui, as JTU)raáias não chega:m prós pr:etendentes ...

lCom{) quem diz: se houvesse ou­tros ·te:ctos não \PrOlongaria 'O sacri­fí'Cio.

- Hoje não se pode fazer nada,

nada! Está a ver esta.. caixilharia? Ernesto Pinto . mem, reduzido a números ... E a acção

·. IP'O'derá se>rvir de estímulo, ~u de in· · A madeira é uma fortuna! E mais eu sou carpinteiro ...

Paco de Sousa ,

tFlUT.FlBOL - A nossa equipa, como já foi .dito, ~tá a participar nllllllJ tomei10 organizado .pe'lo Lusi­'tano Cl·ube da Retort•a, com um biO:m !Comportamento. G<mhou ao ·Retorta B poc 6-0. Nou~ro enoon:tr.o, para 'O mesmo

· torneio, real1izado no dia 21 de Se­'tem'hro, defrontámos o Retorta A, que saiu vencedor por 1-0. O jogo, !POrém, não foi até f.inal do tempo reguJa.fuent.ar 'POrque e~távamos a ser '<<'CoiTili.d{)s» pela axbitva.gem.

Ox·alá () Grupo Des.po-r.tivo d-a Çasa dto Gaiato continue com o nível de­mqnstrado até rug.ora, pois os nossos jovens sahem tocar a bola. '

'El5PliGAS - Após a .retir~d·a das espi·gas da can-a do mrLho, o tmctor foi trazendo a oo1heita pa•ra a eira. AGSim, a malha da .lenha, com os ho­mens ·do c~m'Po, lá ll'lldam ·a debu­l·har. São muitas espi~as para o .1,1osso pão!

Vou .falar de iiê:r.ias. Não das nossas que já termina.ram. Sim de um holandês, Ha.rry Ikink, que !lodos os anos vem pa:ssar uns dias a P.oi'tu.glrl~ a nossa Casa inclu­sivé. Elle g{)sta da nossa Obra e de "C<>n'VIiver com os l'apazes. Todos os dias faz l1IDa visita pe1·as oficinas. ·Gosta .da nossa bela qu.inta. , !Para ele é uma ale~a estar connosco.

«Salsichas»

notí[ios do [onfl!ri!n[iU dE! PU[O dE! 5DU5D

e O 'tel~one toca. Do outro looo ti:den ti.fica-se uma voz :femi'!lina:

«Chefe de serviços da Caixa de ... » fMoti'Vo da 'Ohamada: · ultimação do pro•cesso d.e pe.nsãlo d.e s~brevivência . · daqucll·a Viúva, já por nós referida, com u.m bando de fiJ.hos deficientes.

- Veja se os hospitais não demo­'ral!l a remessa das declarações para a Caixa tomar conhecimento de quem pa(jJ!:L o intername[l-to das crianças e de qu6ln recebe · o-s subsí.­d~s regulamentares. Já falei com a minha colega de Lisboa e o pro-

centivo, para a resolução de muitos impasses qu-€ col~dam ~om JOs direitos Í!Ilalienáveis .do Poihre.

e Temos •um contTaste, por mero 181easo, após eSita lufada de ar

fresco! Topamos ·uma &ente deses· pe.rada: ~requereu · .pensão de .itnva•li­dez "há cerca de 1\Lm mo e nem reca· do nem resposta!

- Fui oitra vez à médeco ... , õ Porto. Está admirado com a demora dos homes da Caixa. Diz ele para meter novos 'Pap~les, a ver se ·a cousa anda. Estão p'ra lá metidos numa gaveta, com certeza... 6 meu senhor, já lá vai um ano! ...

- Traga novo documento do mé­dico coufitrmandu o e:i.ragnóstioo da doença e, depois, manda:rfflllos se· gunda-via do requerimem.to.

É Justiça Sooial a actwaLização de benefícios, ou a criaÇão de IO'utros, para 'Pr.ocuranmos a'linhar com os países evQlluídos. Mas 10 que a 1gente não ·vê tarefa ciclópica· - é ,remédio eficaz :para as infraes· t·ru!t•urag admin.i-strativa&, onde os di­rd1tos -ci·o P.oibre . ( criangas, vã.úvas, doentes, vel:b.os ... ) possam vir a ser ~spaohados .prontamenite; isso é q~ue

a gente não vê!

e A a!lta do custlo de vida e .dos materiais, em espi•ral, tem . blu­

quea"d.o vasta gama de Awto--constru· tffi'es - üS mais caxendados e de mais baixos salários.

Os terrenos são .pagos a peso de ouro! Mas a falta . deles, para ·cons· .trução, é :problema -grave em det&· m~na:das :wnas. S<:hretudo porque há ge'llte que sutpõe •levar, na mesma caixa, os 'VIa[üres .deste para o outro mundo ...

Neste ponto - sem feri.r .o . direito natural - muito poderia ser feito, sensibi!1izando os pr01p1rie'tári.os, por mcios adequados às suas caracterí~i­

cas tpsicol&gicas, em hentrlí'Ci{) do bem~comum.

rporém, há tamlb-ém 'OS qu'e ven-dem indi&erimi'll81damente, .aproveitando a ânsia in'O'Onti.d'a .dos que precisam de um -tecto, e vêm a sofrer as conse­quêrucias. Hoje, iPOr exelrruplo, somos col).fidente de iUIIl m'O'ço que pagou,

·adiantadamente, JO valor duma paTCela owjo i:oteament{) f{)i indeferido - e muito he~ - por via da exilitidade dos !lotes. O caso- a.r.rasta-se. ·Mas, aJgora, 'COm o . .fa.Iocilmen-to do vende· dor é mu,ilto. ma.is compiticado.

- Com o dinheiro gasto ~o terre­

no,. e nestas tmdanças todas. já teria

FaiJámos muito . . Chei·rámiOs todos os can·tos d.a moradia. E ;vamo~ .dei­tar a q:1ãlo .a es'ta gente. É um acto de justiça.

• . Hoje há casos que muito afl.igffllll o vi·cen tino. Sã{) os !problemas

cla Tercei:râ Idade. :Part.itcularmenlte os so-litários: viÚJvias(os) aú soltei·

· ras(os). Pior ainda: os .marginalÍ2ia·

dos p~a própria famÍili·a~ qu-e os há, e muitos, po.r esse .mundo fora!

No ú:ltirn1o .domingo, regressados

dtuma acção que nos ocwpara quase a ta.r.de inteiro, ll'lguém faz pa.ragem

em 'Plena estrada: - É uma receita de F .• que levá­

mos 'o lwspital, S~ria uma trombose ... Batemos logo ·à povta d<a fanmácia.

Fe(jhada! Da."l[, seguimos à Casa do -Gaiato ·e, no re'Posiltóriu dos fárma­pos, não havia qu'ê; mas a Se<lllhor.a a!lert.ad·a, dispensa p:ronta.'ffiente uma emhal&gem do ti ·Pedro. Seria o me­.dicamtento mais urgente.

A-vançamos para. a moradia .do doen­te .- Património d·os Poores - já nO'ite escura, no extrem_o da pB!FÓ· quia; e natuTaJ.mente, com a massa dnzenta a frmcionar para se ccmse­{l!Uir, de ilmedilllto, entre a vizinh.a'llç.a, quem prestasse apoio regul.ar; o mais difícil nem Sfflll!IJre .im•possível, graças a Deus ~ em situações itdên­tircas.

IGhe,gados à moradia d'O nosso Ami­g'O, oruzarn~o-nos com flllmiliares. Sus­'Piramos fundo. E mais ainda porque a trombose, graQas a Deus, não pros­trara o doente! Então, preparamos a cama, o remédio, wma rcl'eição ku•gal, outros cOJJJÍortos - e segui­rolOs para nossa casa, dormindo ~.ais tranqu>iJlos.

P Al.R.TILHA - · Por intermédio .do Espe'l•hu .. da Moda: •1.000$00 do assi­nante 13519, «referentes aos meses

de Setembro e Outubro»; 800$00 da assin;mte 3119, «;por alma .de meu Ma:rido» ; e l Jl00$00 da assin·ante 19177 <<'Por llima Graça que o Senhor

!feZ».

~Uma figueirense» - doi ·sempre o nome que l!idoptei», súhlinha -!Presente com vail.ioso donativo <qmr alma de rn.oos Pais».

·Rua da Lapa, Lisboa, 200$00 que são produto de m'llilto sacrifício de uma tEmp.regada dornéstioa:

«ManJarei sempre enquanto esti­-ver a trabalhar. Mas isto já deve · durar po-uco ...

Este a1W não VO'U de férias porque

4 de Outubro de 1980

a mÍlnha senhora está llULiro doenti­nha. Dá muito trabalho, não se ·pode deixar. Deus se lembre dela e cdivie o safrimento.»

'<<'Uma portilloose qualquer», muito 'Peroove.rante nesta coluna, &gora manda «a m~galliinha .(25Ó$00) rela. tiva ao mês de Agosto e con>tinuo a loutVar a Deus pelo bem que se faz a ÍaJVor de .tant.os l:rmãos que­encontram SO'luçã~o para problemas de vária ordem».

Leir.ia, 700$00. . PresenÇa que já nã() víamos «há bastante tempo» : Canvallhosa ( Coim'bra).

1Lis.boa:

«Uma pequenina ajuda para mino­rar . algum pequeno problema da Viú­va que espera pensão de sabrevivên· cia (0 GAIATO de 6/9/80) e para «as bocas pequeninas com apetite devorai/Km>. É pela aiJma dos me~

pcris e sogros e para pedir uma ora­ção por '1.tm rapazinho que tem tudo mas é ciumento, egoista ~ preguiçoso, mas tem possibilidade de vir a . me­lhorar . com a ajuda de Deus.

Desejo ITIWMer o anonimato. Deus vos dê saúde e bons olhos a quem de direito para lerem· ·os vo-ssos "pe·

didos de j~tiça.>>

IDos lad10s de Aveiro: .

«Leio sempre O GAIATO com en­tusiasmo, pois {J)S notícias que insere sã{) páginas vivas, retalho-s humanos de alegria, sofrimento, dor,. mas tam­bém de estender de mã·os •.

A rubrica <<iViúvas» atraiu-me a atenção, pois sé mais nada houvesse é o estar eu nesta situação de viúva. E logo senti vantade de escrever e respoooer ao apelq aí leito ...

Hoje-, dia em que o meu marido completaria 40 arws. tive mesmo de pegar nq c<m-e•ta para enviar um vale d·~ 600$00 destinados a uma Viúva jovem que _agf.!,(Lrda pensão de sob~e­vwência.

Sei o que é isso, ·pois também demorou imenso tempo a ser-me con­cedida! ...

Esses 600$00 é o abono de Julho · do-s meus filhos. qae ainda são pe­queTWs.

c~cei a construir a minha ca.sa e sei bem a angústia que é não ter­mos casa própria e ter-se senhorio ... Não me lamento. pois sei que há cas.os muito mais angustiantes do que o meu, pois estou empregada e em­bora não ganhe muito. sef!tpre chega para comer e sem necessidade de me deixcor escravizar, que é no meio disto tudo o mais terrível.

O que vai, não é para ser agrade­·cido, pois se o cris.tão não reparte

com o Irmão. afinal, o ~ue é ele?»

!Miu[her vailente! tFina1mente, M. P., de Coh:nh.ra,

c'helgada .de :flérias «e como pr-ometi,

cá estou .a juntar uma n<dtita de 500$00 que. é apenas um.a gma de IÍ!gua ,para as !lleoessidades da Omfe· rênda>>.

E'm nome dos Pobres, • mu~to O'bri­g·ado.

Júlio Mendes

4 de Outubro de 1980

Azurara Te:vminaram a& férias em hura.ra. 'Semp-re que possÍVt:)~1 em cada tur­

no há um que esoreve a cróni·oa

pa:ra O GAIATO. Desta feita, sou eu

o cron·ista. Alpesar de alguns dias se a.preserc

t>a.rem n.elbulosos, houve outros muito bons .para a maha e.e bron:reM.

Mas não er.a só estar ao sol e tomar lbanlho. Tarn!hém era preciso fazer os traiha!llhos do dia -.a-dia: co­zin'har, Emparr a casa1 Iii às coon­

pras, etc. !Passámos WlS di.a:s di·vertidos e, de

vez e:n quan.do, Ílllm\)s ao ci'Ilema. E demos também mui1Jos passeios

rpell•a costa, junto au mar-. rQ nosso grrupo sentiu um p.mhle·

ma, muito_ ctborrecido: faltta de água.

A~-iás, deveria ter &do comum a todos os turnos. O n:osso poço tem muitto pouca áogua!

Glregou o dia de nos virmos em­

hora! Virí'amos a 11, mas aiCBlhá.mos po-r regressa.r a 8 de Setemhro, à noite, -com oa festa do costulme. Apa·

receu, de , surpresa, o «~Eusélbil()» -ex-ohefe ma·i&al - que -cumpre ser­viço mililtar nos Açores. Rimo-nos muci.to com as anedot-as que co-ntou.

En•.fim, tudo dec:orreu em franca harmonia. Os nossos chefes.- Fran­çois e Henrique - fizeram o possí­vel para que a rida andoa:55e elm o-r­

dem, se~ pro.bllemas. Resta-me agradecer à Agros, de

Vil-a do Gonde, _.o produto q'lle nos ofereoeu, como de costume. E bem je-ito nos fez! Ohrirgado.

Em nome d10s rapazes do 4.0 turno envio um grande abraço aos nossos esltim•I!Jdos •leitores.

Qalsichas» ·

11111111111111 no IIDDIID

No meu grupo .de Catequese1 foi­-nos aptresentado como tema de uma

o nosso iÉ a primeira vez que me ell!Conti'o

aqui, em 6. :Domingos, mas a segun..: da vez que escrevo pal'a o ~amoso» dando notítcias aos que já gQzaram ou ainda -estão a •gozar !férias.

Pois ·lá nos encontrámos cotm o

ami•gio Za.oo e sr. lPe. Ca.rlos, muitú bem ·dispostx>s, não só pelo bom -temlpo ·ao .longo dos nove dias que passámos mas, :tarnMm, pelo silêncio. N~ primeii'o di-a fomos à casa da

sr.• AJ.zira hi.US'cat as coisas que eram ptreci.sas e tíamlhém [á est81V'am alguns

d'il•hos e 10_ nosso •gran-de amig& sr. Manuel, · :qll(e sr. 'P.e Caruos já oo-

• n:he~eia.

Tinham opoosa;,do que já não íaJmos

a LS. IDommgos. •E, como estl'!'va tudo al'il'anjado no moinho, tir&l'am tudo de [á e nós •ti'Vem<>S que wrrumar outr·a 'Vez; não 10ustou muri'to.

!Correu tuoo km. Eu pensava, e o Zaoo também, que h10uvesse algum ri'O perto ,p.wra tomar banho. Mas

não! É 59 o \Douro que fka mui-to J<>n:ge, e tcom ·tudo isto não ·houve pro'ble•mas com o nosso çiliutVeiro­-íbaJ.·de que era uma . !maravilha pll!ra

"l:o!llJar um !b-an1ho ao fim <ia tarde, · depois de uns jogos de fut~bol eu

m-ais o naro, enquanto o &. P.e Car­los dormia a sesta delhaixo dos

das liçõest a opa.rábo-la que Cristo nos diri·giu no último dommgo: · a

parábola do ;Fitlho iPródigo.

!Porque sempre gostei de .par~ho·

las (pois ora atrarvés del•as que Cristo .nos dava e dá a conhecer sitD'llplifica­damen:te .a Su.a Mensagem) e porque

-esta é a mais !bela do Evangelho,

enten-di que devia parti'Jh·ar a l·ição

com oO'S leitores.

O arrependimento! A grand·e lição

que nos traz esta Pa'layora do Senhor. ·Ü .fi!llho que pedindo a sua p'lll'te da ·herança ao rpai, esbanj-a tudú na má vida, cai no pecado. .

O ihom pai que Teconhe~cendo o di..reitt:o que o filho .tinha a herdar, e não querendo infringii" esse direito, 'IIJCe.ita com muita triste7ía e humi!t­

-demente o pedido e dá &> filihô a su-a p•ante da herança, saihendo pois o per1go que aque'le fil•ho iria carrer.

ID~ois, já o filho arrependidÕ -que cai em si e reconbe-cend(} o maJ que

.fez, JVolta -1pa11a •casa (vo-ha ao bom

oamirrlw).

O hom pai ([)eus) que movido de

compaixão para -oom o filho, o con­sidera com misericórdi·a e dá-~he as mais 'ternas provas de amor.

C01nt. da 1. • página

-nhecimooto o mais · velho dos dois tonde.Iooses em quem con­corre a'C•tuailmente a função de cronis·ta de Paço de Sousa. ·

2 A segunda nota surgiu­-me ontem ao Mlnoço em -casa do João Lucia­

no. Há 14 ano~ q~ àssisti, em nome da Igreja é em repre­sentação da nossa Família1 ao seu casamen.to e nunea ti·nha ido a sua cas·a! Q·u·antos con­v.ites ... Quantas promessas de que ida ... Fui ontem.

Dois rapagões,_ uma casa . muito armnjada e confortável, uma refeição duplamente sa­borosa, porque · ·partilhada na su:a confecção pQr ela e por ele, que foi nos· seus tempos connosco um famoso cozinh~i-1'10. Que momentos a gente per­de com a nossa vida af·adigada! Quantas vezes eu poder~

ter goz.ado o que ontem foi, ali · e em tantos outros l•ares de Rapazes nossos, tantos,. já, que é verdadeimmen.te difíei1l manter este convívio que a ambas as partes, certamente,­faz .tão bem! · · ·

A1indla o repasto não princi­piara e uma vizinha que sabia da minha ida •lá, aparece com o seu dom: e a sua simpa.rtia.

No fim, J•oQo, entrega-me l·ista d2 asSiinantes do Banco onde t·raba!lba e presta contas. Em um senhor de l·á que se encar­regava desta •tarefa,. mas,. não . podendo agora,. ··pediu-lhe que o ajudasse.

- Óra há alguém lá que ·te­nba lil1Jalis .obrigação de fazer este trabalho do que eu?!

Há anQS, num coneu~so quaJI­quer qUJe então corria na Te­leVisão, eh in:OOTveio e foi con-· templado. Na entrega do pré­mio, pergunrtarnm....Mte se que­da fazer a!lguma saud•ação e ele quis: - Quero- saudar da­qui todos da Casa do Gaiato, ond ~ me criei.

•E ele foi criado ~n·a Oasa de Mliranda do COI"Vo e na de ~Pa­.ço de Sousa ·e no Lar de S. João da Madeiora e fina1lm:ente no do Porto, donde s-aíu, ho­men4 para a v·ida. Está b3m. Não preci.sa de -nós1 material!-

tE, fin-a•lmente, ,o filho mais velho ·que, caindo . na mediocridade, no egoísmo e tendo o coração fechado, se relou'S-a a entrar. A figura dal'tue­les homens .que murmU!l'awÍm contra Jesus, oo'm os corações fechados, só !J)a.-ra eles, p·ensand:o que os outros (pooadores) não são seus irmãos e que não salhem .perdoar como o boon 1----~---------------------------: pai iperdúou ao fi11ho o seu erro.

O SenhiQT através deSta paráfb•ola

reiVel.ou àqueles homens, e a nós, a . !J)rintciopal razão da Sua vinda ao mundo!:

'<~lli vim 'Pa:r·a dloamar os pecado­res ao a:rrepeil.di:mento.»

E para justificar esta afirmação, diz: - «1Como não são os são8 que precisam de méodiro, mas siím: os doen­tes, assim tam'hém eu ·vim pa~a cha­mar os pecadores ·ao arrependim'ento

e não os justos».

Carlitos

moinho pi'O!he>i<ros ,qUe :Faziam uma bela som· hra e também lQ ar puro que os mesmos e outras áwores nos davam.

Algumas vezes jogávamos à «h·a­t&a nmab>. Isto era o nosso paí'Sa­tempo, · ,porque não levámos cartas nelm outros jogos.

Quem não ogosta.ria de go:z:ar umas férias aqui conngsoo?

Os de1iciosos comeres, que o sr. IP.e >Carlos fez, eram uma ma:ravill'ha! Al1gumas 'VezeS não esta'V'am a horas porque eu e o Zaco era só brinca­

deira. ILá nos íamos ·distraindo um · pouoo aillé cheg.ar a !hora de cele­

brarmos oa. 1Missa, antes -do j'antar.

De segu·i<1a · era o Terço, enq-wanto íamos o!l!han·do !para o hari:ron.te q'lle

nos orode!IIV'a: as :luz.eS da Régua, Lamego, N.a S.a dos Remédios, V.iJa Re'a1, Y.aldi.gem e -outras 'terras. Que bonito quando chega a h.ora dos

· oandeeiros acenderem! É uma -mara­

viJ•ha!

Nlo Teg•resso, !Viemos muÍ'to t.ristes po:vque tivemos que deixar u'rn:a v-ista mararvi·Lhosa e silenciosa.

.Agradeço ·às .pessoas que parti.l•ha­II'alll -connosoo e nos deram a.l.gumas :coisas. Muito dhrigado rprincipa-lmente à ·família do sr. Manuel e sr.a Alzira. Um .gmnd:e abraço .para o.s -leitores,

RIQUEZA E INDIGÊNCIA O ~recOIVeiro dos Pobres tem

Obrigação moral de acompa­n1har {queríamos dizer conhe­cer) as co!'lrentes de pensa­mento .e de acção vi.r-adas à promoção social d<Os ~.obres.

A!liás, o mundo d'hoje já não é dos antílpodas... Os habitan­.tes do planeta, 1pelos mais s-o­fisticados meios de C.omumcà­ção Sochrl Cbem ou mal agora não vem para o caso), podem tomar conhecimento de notí­cias ou faU divers m•esmo sobre o acon!t-ecimento. As.sim, neste momento, o nosso :;>equeno Mundo não pass•a de uma ·re­duzida aldeola. Minai, o que é ·ele no meio do Cosmos -na-s mãos do Cdador?!

O prálogo é motivado pelas declarações de célebres espe­cialistas - com destaque para Gallbrait!h. - sobre ~a proble­mática d:os <f~>ovo-s •imensamen­te ricos frente 1aos drnmática­mente pobres>>, mais conhecida pelo «Debate Norte .. Sub>,. que a TV apresentou recentemente a-os telespectadores.

Não temos hipótese de fazer um relato ponnenori.ztado do diá1logo. Sublirrlhamos, . no en­.ta.Illto, a oportuna intervenção de Gallbr~i-th - laureado em Economia - quando afi.rma: ~<Não temos o direito de per­manecer indiferentes perante a misél'li·a de millhões de ho­mens. O aspecto coneret)o é não menos urgente. O fosso

espooi-aimen.té .p·ara o8 po-veiros1 avei­orenses~e setuhalenses, do amigo

- · Carlos Mendáo

entre a extrema riqu~za e a extrema indi-gência é ·a mais perigosa frente de tensão no interior de ·um país. E na me­dida ~ que os meios de comu­oni-eação estreitam cada vez mais o .nosso planeta (corro­borando o que já disse-mos) o p:otencial de afrontamento en­tre países de níveis diferentes a~a-se».

Nos !bastidores da ONU de­CQ:I'Ire, lpresentemecrrte, uma ses­são !para aná•lise , e ~elança­

m·ento do udiâlogo Norte-Sub>; para que, de futuro, haja uma firontei-r.a menos nítida entre aomlbas .as !latitudes - se os homens ·l~ddos quiserem. M~ lhor ainda, na opinião de .'W al­diheim, -o qllle ·está em causa é' a Paz, que depende lógi-ca­mente de um <<padrão de vida ~oável para tod-a a Humani­dade».

IA. Jlgr.eja - por ·ll'atureza Mãe dos .Pobres e OipTim-idos - não se al:h·eia, não ·Se po­deria alhear, do problema em equa•ção, tendo o Santo Padre

· nomeado um Cardeal para in­rtel"Vir na sessão que . decorre em Nova Yorque. JoãÇ> tPau'!o II, em mensagem di.ri-gida à as.sem­llJleia, a~pela novamente parra uma mai's equitativa gestão e distrilbuição dos ~ecursos mun­di•ai-s; exorta o.s responsáveis a renunciél!l'lem, coraijosame.nte, aos es1rei,tos egoismos na-cio­nais e a reconhecerem - nes­•tes traJbalhos da QINU - uma oportuna -sensi!bi-lização pal"a se encontrarem .novos rumos em benefício de uma melhor Justiça Social para a Human-i­dade inteira - à luz do Evan­g~liho.

Júlio Mendes

~/0 GAIATO

men·te, mas quer_.nos. Ele, o enjeitado de ontem, não nos enjeita. ~ justo,_ mas n2m sem­pre a justiça é a regM. Deus ·seja louv·ado! ·

3 Sociedade de consumo e sociedad~ de desper­dício ·acabam por se

~nfun4ir. A primeira designa. ção pro~ a _segtm.da; e esta acaba 1por obrigar à primeira. É um ciclo. Vicioso? ..• · Acho que sim. •Por sensibiUdade acho mesmo. E ontem,. então, de qu2 maneiro. o experimen•tei!

Foi no Lar. Não ·longe, hã um~a fábdea de confeeções. ~ frente mora wna preciosa ve­lhinha que, vendo todas as tar­des àquela porta saeos e s·acos d~ retalhos esperando a remo­ção do )!ixlot se fez ~armpeill'la por amor. «Vocês têm tantos meninos que rompem tanto - eu ~ei. Então bolsos, com'O deve ser ... ! Por isso me lem­brei d2 aproveitar eSJtes reta­lhinhos que servem para isso. E quando escurece, a~ntes que venha o camião do· lixo, vou aos s•aoos e escolho os que -me par2cem melhores. Mas queria saber se ·vale a 1pena ••• »

Devo ~r que ·não fui o nosso 1primeiro enco~tro; e, desde esse,_ a m ~ma res·pei­tosa interrogação foi feita: «Vale a p·ena? ... » Eu n'llltlCa tive a coragem de dizer que n'âo valia, perante tão amorosa : boa vonltade. Mas hoje sempre lhe respondi que tínhamos jâ um grande ·s.tock e que, com· ás dliit1icUildades da mão de obra, 'Outro ·aproveitam ~tt:o para os farrapinhos, toma-se caro. Ela ficou triste e eu também. • Quase ao f•im do dia, ei-Ia de novo, tímida, ohei~a de des­culpas. ~razia um p3quenino saco de plâSitico com tiras mais compridas e mais lar.gas - estas, n•a verdade, capazes já de outro f.im, como cobertas par.a camas, feitas de rectân­gu,los e quadrados afanosa­mente harmoll'iz.ados e cosidos. São desta· espécie ·as lindas cobertas que re-IÍ:IlauguMraom. a lllOssa easa 4. E temos a · oasa s à bieru

Disse..1lho e como e·I•a ficou contente! E como eu .fiquei conJtente! <d>esoul-i>e, eu não queda maçá-lo. Mas, então, dest~s V'a!le ~a pena aproveitar?, posso trazer?»

Muito ·trabalho vai ·ter a nos­S'a ap~ada . «farmpeira», tralbalho para muito tempo! Que bom! E P .e Abel que se vã preparando para escolher . e coloocionar tamanhos e cores. E D. Emestina para os coser à máquina. Que bom!

Tão bom que, se não tivesse outras razões muilto mais pro­fundas, esta me bastaria pa-ra dool•arar sem rebuço o meu d~or à sociedade de ron­s_umo, à sooiedlade do desper­dício.

.t'a<ke Car'Ios

/ TRI Neste Verão, como de <:os-

1ume, !fomos às dgrejas de al­gumas pra.oi:as e termas do cen­tl"o. 'Encontrámos sempre os cristãos que t11os esoutam se­quiosos da Mensagem que o Senhor Ilhes envia por nós. A Mensagem do Sen1hor é a maiO!!' força que nos 'leva. Se fosse pelo dinheiro não irí•amos •assim.

Gonso•l.am-!I1os os .sorrisos e .as •lágrimas que vemos nos o'lihos e no rosto e os acenos de ocabeça e as palavras de gratidão .e as bênçãos que nos dão e que nos pedem. E aque-1es que, com coragem, nos· vêm es:timu1ar te com quem podem9's contar sempre. Os sacerdotes recebem-nos de bra­ços a.ooei'Itos. Bendito seja Deus rpor tuçlo.

!Pegámos ho]e na agenda oride a1notamos ~as oifer:tas que nos chegam. É tão consolador .saborearmos al'g;umatS mensa­:gens que a1oompanham as ofer­tas! Vamos todos saborear:

Mi'l .e o fiato do marido que o Senhor ·chamou; todós os vLsHat11tes que nos animam; 3.740$ mai's 2.170$ mais 3.820$ mais 1.44Ô$ - Ofertas de millita•res de Coimbra; têm ido muitos Amigos levar suas dfevta,g em dililheiro .e outras coisas ao rioss·o Léllr de Coim­lbra; 500$ de professor vizi­nho; mimos e a v.isi,t:a de alunos do Co11égio de S. Teo- · tónio, de Coimtbra; cheques e v-ales de correio mensais, · de Lisboa; iOiferba de Ferreira do Zêzere pela nossa Casa · de tPaço de :Sousa; 500$ mais 220$ e mimos e a visita. dou-

tro Cdlégio de Coi1mbra; 1.000$ <<lpa~a os mais ne·cessirtados», áo vendedor, no Tortosendo.

Quinhentos em cheque,_ da ~eoalhada; 1.000$ em Casielo Branco; vales de .correi·o por Helena e João; 1.000$ em che­que, de n'OVo médi'co, nosso vizÍ!Ilho; 500$ de Pombal; car­Da de S. Romão; cheque dia CoV'i11hã; 1.100$ na igreja de Miranda do Coi"Vo; ofe:ntas ao~ nossos vendedores, às portas dws igrej1as; 1. 750$ do Pessoal das Telecomunicações de Coim­lbra; 500$ mai.s 400$, pelo em­op.rego da fi'llha; 500$ em vale, de AI"gatnil; os va'les mensais de Vilar Formoso; cheque de SaJce.I'Idlote de Ca:stelo Branco; 250$ em va'le,. de Condeixa;­oarta de Amiga da Cruz Que­brada; 1.000$ e roupas da Co­vmthã; 1.000$ da Granja, peJa Mãe e 1pel.a 1Fillha; · 1.000$ pela Esposa que s-empre 1110s amou; 5.000$ que vizilnho nos trouxe, com muito esfor-ço do seu tra­ba•liho.

Quinhentos em .cheque, de Chorosa - Bebres; 2.000$ que Sobrinha- veio entregar a pe­dido da Tia; 3.000$ e a visita das Escolas de Liceia; o pri­meiro ordenado dum dos nos­sos; 500$ mais 1.000$ de Bom­beiifos, em nossa Casa; 1.000$ de doeillte; 500$ doutro; olferta de Senihql'!a à porta do Teatro tA!Venida; Prdfes·sora noosa vi­zinha, · com visLtas, pela Mãe e pelo Irmão que Deus cha­mou; 1.000$ mais 1.000$, mais 1500$, mais 100$, mais 100$, na itgreja da Figueira; ofertas do mealheiro dos <<!Netinhos»

AUTO~CONSTRUÇÃO Ouvimos, há di•as, tCom muit'0 ·interesse,. o responsá:v·el ·

por uma região do grande Porto. Bntrevista bem conduzi­da. As imagens enbratvam pelos olhos dentro! Ponto fukral: a carência de moradias e plat11os concretos !patfa f.omentar a oonst:nução. Partioculaddalde mu~to importante: lotes pa-ra Auto-·construtores, oom as tlleces'Sárias in!f.ra-estrurturas -.e dispensa do lfa'migerado ca.liyário burocrático!! ·

O ·entrevistado, jwstilficamdo a apo.I'tuníssima decisãio, di-s·Sie e muito .bem: - Se o AUito-·oonstrutor .tem hipóteses de consúruir clandestÍ!Ilamente a !?Ua moradia ... , nós damos­-·lhe, assim, a :melhor oporturrridàde (legal) sem mai!s butfo­or.a:cia!

Um verda_~deiro tplan·o de fiomento ihalbitacional,. enqua­drado no JP.aís real!

1Fmq.ua:nto as .imagens e o our.to diá'logo rolavam a gran­de velocidade, o nosso cor·ação fervia. Temos ,sido - e con­tinuamos a ser, irufelizmente! - dolorosas tes.temun'has de pr-O'hl'emas de habitação que .não são resolvidos, mais opor alltpa do círculo· vidoso da empatocrada reinante, pa­tlaciaJna, do que pela eres.cente :falta de terrenos ( ... ) a pre­ços jus·tos __:.._ hoje, ttam'b:ém, um grave problema.

Os responsátVei.s d.e todos os quadrantes rteriam visto, ouvido ou saJbido que 111uma região do grande Porto se .pro­cura pô:r o dedo na ferida, com eficácia? Tlerão meditado que o ex:empllo poderia estender.;se a outras Tegiões subuT-

: banas e às 1prótprias zonas mm-a•is on:de se procuraria evitarr, assim, inclrusivé, desum~nas migrações internas, na sequên­cia ·de planos eivados de mac:rocefatlia desenvo•livimentits•ta?·

Como é· 'óibv·io; paTa d>m'bater o mal só o Bem. E, quan­do hem feito - .como no caso vertente - o proveito é da Família, do País.

Mãos à obi"a! O -Auto-construtor, o oid-adão comum não quer tpalav·I"as; quer acções, dbras que ifirutifiquem e sejam autêntic·a bola de ri·eve.

Júlio Mendes

de Mação; l.OOQ$ de rooúnci·as das cri•anças de Un'ha1s da Ser­·ra; cheque pelo Pai que muito n:os amarva; 1 :OOO$ pelo Irmão; oheque de Meãs do Campo; . 600$ em carta, de Bras!femes; cinco m~l de família vizinha, pelo Pai que De~s cihamoo.

Oheque dum dos nossos! d·o !Porto; 2.000$ que satcerdote de Coimbra tr()llE{e da Al·emanha; · o\ferta na Covillhã ·de quem se quer desprende•r; outra ofe:nta na m.esma terr·a, de quem quer dar-~se; e ·ainda outra pela Mãe que :a Filha nunca esquece; 3.000$ no Fundão; um vale e dois cheques de Cebolai•s; 4 .t500$ de jm:em médico; 1.000$ de Amigos, no nosso Lar; 500$ · pelo Neto que Deus levou; che­que de Boia'lvo; 500$ pelo sa­.cristão de Santa Cruz; 5.000$ que Comissão de igrej-a vizi-

.nha vei·o .trazer; 4.500$ e a visita da Cateques·e de Soure; 500$ em cheque, de Alburitel; \Vale de Espadaneira; 1.250$ ·em cheque, de Leiria; 4.000$ que Senhova entre'gou a sacer­'dote pa•ra nós; 200$ em vale, de . Fa'la; convívio em nossa Casa; r.esultado de parte duma ~propriedade, vontade de quem Deus · levou; 500$ em valê de tEscol.as de Proença; 1.500$ em \Proença-a-Nova.

IDe Münster (A'lemanha) veio ·dfe:rta de 7.387$40; 1.000$ de Senhoi"a da Lousã; a !passagem de dois casais nos­'sos, no Br.a!si.l; vale de ~ornar; oheque grande que Amigo de Li•s'boa nos :rnandO!Ú; cheque da M;eal!hada; cheque de sacer­dote de Coimbra; 1.000$ de !franceses que passaram por nossa Casa; também a pas•sa­gem ' dutn ca..sal nosso, em França, com um .amigo; dferma grande que casal 111os.so foi buscar a .casa de Amiga qwe 1110s c'hamou; 400$ em vale, da Varzie:la; dois dheques de um !pároco, a pedido de Senhora; 600$ em cheque, «duas rosas»; 500$ da . Coolferência de Alpe­•drinha; 1.000$ na praia da Viei­ra; 500$, . mais 1.000$, mais 1.'500$, mais 500$, m·ahs 1.200$, mais mimos,, na minha a'ld.eia; . 500$ de Conde~a; cheque que oasa!l nos passou, t11a sacrisüa da tgneja da Figueira; uma casa, .em nossas ·Sacas, na . igreja da Fi.gllleira; vale de flharvo, do primeiro ordenado dos fH.hos; vale d,e Tomar; che­que de S. Mamed1e.

Todos os Amigos d.e Coim-. lbra que vêm "' por va'le, por -cheque, por .carta e por OUJbros modos; todos os que vão à Casa do Oastelo. Ainda ontem, .numa atldeia vizinha, encontrei uma senhora que me veio di­zer que, antes de ir para iiéfi.as, não se .esqueceu de i:r à Ca:sa do Castelo de~ar também para as nossas ~érias. E todos os que entregam aos no.s·sos pe­quenos vendedores · nas terras o.nd,e va·mos vende!!" O GAIA­TO. Muitos mimos e outras oife:ntas na 111ôssa Casa na Praia de Mira, especia'lmente o peixe que os pe~oadores gostam de dar «aos meninos».

- !Por tudo, a nossa comunhão na a~egria de quem dá.

Padve Horácio

.PARTilHANDO e Era uma sen!hom simpática

.e com um sorriso muito bo­nito. No olhar tinha a •atlegria e o bdlho do oiro. Numa cél'i­xi·nha todp o seu oiro pam os «gaiatos do ~~adre AméricO>>. - Era egoismo ter este oiro comigo - desalbafou sem V'ai­dade. ·

.Retirou-se, sem nada exigir, pergun·tando apen•as onde era a Capella. A um canto, lá ao fundo, ajoelhou à semelhança do publieano do •Ev•ange.lho. Evangelh9 que manda dar com uma mão escondendo a outra. Que diz não se poder servir a dois s~:o~es: a Deus e ao di­me·iro. Que manda deitar .per­fume qiUiallldo se jejue. E que~ não .for cap•az de dar tudo não é digno d'Ele. Deixando tudo ...

É assim! Oiro todo! Olhar a sorrir! Coração aberto a quem precisa. Se no oiro todo estiver o tudo incluído, o EV'angelho está a ser cumpl'lldo! A fel~ci­dade do cem por um é uma verdade já deste mundo. Quem guarda o oiro para si podte per­dê..ilo. Quem o .souber <~rd ~n> sabe-~o guard'a·r num lugar onde os ladrões não entram. Guar­dar o oiro para sil significa 1eg0ismo! Só uma consciência supeliormen1te form·ada ou to­cada pelo Evangelho, assim pen.sa e ·ag~.

Ainda !há rtiome no mundo. A1ndta ihã gente s-em tecto. Ai.nda há crianças sem nm­guém. A·inda o mundo é pe­queno pava 'a ambição desu-

mana. !Então? E ttanio pãozi­nho, tmnsf-onmado em dinhei­ro e oiro, a apodrec~ nos oo­tires do medo e da avrarez,a!

Como o nosS.o mundo seria !bem mais !feliz e fraterno se se ~nmsfol'lmasse o oiro e as jóias pessoais em pão para q!J.em ainda morre de fome, em casas para quem dorme em barmcas, em postos de tRbalho para quem está no desemprego!

e Ontem, no .fim da noss'a Missa de domingo, duas se-­

nhoras me procur~am. Em vez. de oiro, traziam a fume .•• De pão, de emprego, de ·alegria na vtida do lar. Uma delas, casada e mãe d~ ,fi.lhos. O mariqo de­sempregado. E ela também. Tinham vindo ·de Angola, se não estou ení erro. Queda in­ternar os seus filhos aqui por causa e só do desemprego. Isto é terrível!

Não aceitámos aquel~ me­n•inos; apenas informámos e orientámos como pudemos e S'OUtbelmiOS 'aquela mãe,. ainda nova, ·a Jprocut~ar ruma solução. M•as q:ue s()lução? Entregar õs fi.lhos raqui ou acolá, ~é o em­pr ego aparec~r? Se 11Íã9 arranjar trabalho !brevemente, que re­médio!? O desemprego dos pais til'la o pão à boca dos .f.ilhos. ·E ~ os !liilhos da casa dos pais!

•Eis ·uma questão a defender. Qu3om 1a defende?!

Badre Moura

Reflectindo !Passa das onze e meia da

1110i.:te. Aqui, em nossa Aldeia, já tudo está sossegado. Uns ralpa~es, nos•sos vizinhos, pro­curam-tll·os por causa· de uma .sen'hor.a · que qúeria falar {!Om

. um padre da Casa. Des{!ernos. EnCQIIltramos uma rapwi:ga de ·v.ilrute anos com uma filha ao 'Colo e preso às suas saias um outro fi·lho de seis ·atnos. Conta a sua hi.Jstória:

!Aos .catorze atnos néllrnol'la um tl'aJPaz de pei"to de vinte. .Fica à espera de um fi'loho. O IIIàmorado, ao saber]. desapare­ce. E os pai•s della, vendo-a grá­!Vida, expulsam-na de casa. Só Deus e ela sabem como se pro­'cessou o nascimento! Com qui•nze anos e um filho nos braços, 'sem amparo de nin­guém, iDica à mercê dta sorte.

IA.ssim •l1he viria a aparecer um homem de trinta anos , com

quem. começa a vi·ver. Era al­coóHco. Bati..aJlihe, mas alimen­!Uarv·a o fi,1ho e 'dava-·lhes tecto. De'le nasce a segunda fi.ilha -e :mais uma vez é abandonada! Sem dinheiro, expU'lsam-na da casa por não pagar renda. Mas urna vizin'ha deixa-a viver! com. os f,iJ.!hos, nos baixo.s da sua moradia. T.amlbém aí não pode continuar; terá de sair porque a dit a vizinha pr.ecisa, agora, de guardar .as batélltas!

·Sem ·ca&a, não .podendo ti"a­balhar sem abandonar os fi­•l'hos ... , pel"dida, vem até nó.s /para os entregar. Vinte e um ano·s ... , uma adolescênda e juventude vividas abraçada à miSiéria ...

Onde ,está a .assistênci·a so­oioal do noSISo PaíiS?... Esta ra­ipariga nunca se cruzou com e'la.

Padre Abet

Tiragem: 4() 650 exemplares

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