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P P P P R R A A Programa de Prevenção de Riscos Ambientais OGMO/RG Órgão de Gestão de Mão-de-Obra do Trabalho Portuário Avulso do Porto Organizado de Rio Grande Março/2013

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ÍNDICE

1 APRESENTAÇÃO 04

1.1 Dados da Empresa 04

1.2 Dados do Responsável Técnico 04

1.3 Caracterização do Prédio 04

1.4 Caracterização do Trabalho 05

1.5 Caracterização do Porto Novo 05

1.6 Caracterização do Super Porto 06

1.7 Caracterização dos Navios 07

2 OBJETIVO 09

3 ANÁLISE DAS NORMAS REGULAMENTATORAS (NR´s) 09

3.1 Norma Regulamentadora de Seg. e Saúde no Trabalho Portuário (NR-29) 09

3.1.1 Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalho Portuário (SESSTP) 09

3.1.2 Comissão de Prevenção de Acidentes do Trabalho Portuário (CPATP) 10

3.2 Equipamento de Proteção Individual (NR-6) 10

3.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7) 11

3.4 Máquinas e Equipamentos (NR-12) 11

3.5 Atividades e Operações Insalubres (NR-15) 11

3.6 Atividades e Operações Perigosas (NR-16) 12

3.7 Ergonomia (NR-17) 12

3.8 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis (NR-20) 12

3.9 Proteção Contra Incêndios (NR-23) 12

3.10 Sinalização de Segurança (NR-26) 13

4 DEFINIÇÕES 13

5 DESENVOLVIMENTO DO PPRA 14

5.1 Descrição dos locais de trabalho

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5.1.1

Trabalhos em Terra

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5.1.2 Trabalhos à bordo 15

5.2 Descrição das atividades 16

5.3 Descrição das atividades específicas, locais de trabalho e riscos ambientais 17

5.3.1 Trabalhadores de CAPATAZIA 17

5.3.2 Trabalhadores de ESTIVA 18

5.3.3 Trabalhadores de CONFERÊNCIA DE CARGAS 19

5.3.4 Trabalhadores de CONSERTO DE CARGA 19

5.3.5 Trabalhadores de VIGILÂNCIA DE EMBARCAÇÕES 20

5.3.6 Trabalhadores de BLOCO 20

5.3.7 Trabalhadores de MULTIFUNCIONAIS 21

6 INSTRUÇÕES BÁSICAS QUANTO AO FORNECIMENTO E USO DO EPI e EPC

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7 PRIORIDADES, ESTRATÉGIAS E METODOLOGIA DE AÇÃO 23

8 PERIODICIDADE DE AVALIAÇÃO 25

9 RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS 25

10 MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO AOS RÍSCOS 26

11 DISPOSIÇÕES FINAIS 26

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1. APRESENTAÇÃO 1.1 Dados da Empresa Razão Social: Órgão de Gestão de Mão-de-Obra do Trabalho Portuário Avulso do

Porto Organizado de Rio Grande (OGMO/RG) CNPJ: 00.429.911/0001-39 CNAE: 9412-0/00 Inscrição Municipal: 420.168 Endereço: Av. Honório Bicalho, s/nº - Armazém C1 - Porto Novo CEP: 96.201-020 Rio Grande – RS Fone: (53) 2126.5000 Fax: (53) 2126.5036 Site: http://www.ogmo-rg.com.br E-mail: [email protected]

Turno de Trabalho: manhã, tarde e noite. SESSTP: sim CPATP: sim, reg. DRT/RS nº 8512

Diretor: André Luís Ruffier Ortigara E-mail: [email protected]

Gerente: Maria Lucilene Zafalon Garcia E-mail: [email protected] 1.2 Dados do Responsável Técnico Engenheiro de Segurança do Trabalho: Elton Luis Araújo Silveira Endereço: Av. Honório Bicalho, s/nº - Armazém C1 - Porto Novo CEP: 96.201-020 Rio Grande – RS Fone: (53) 2126.5000 (ramal: 5017) E-mail: [email protected] / [email protected] 1.3 Caracterização do Prédio Localizado na Av. Honório Bicalho s/nº, no Porto Novo, está disposto dentro do armazém C1, sendo composto por três unidades: A primeira apresenta uma área aproximada de 560,00 m², composta pelos setores de recepção, secretaria, diretoria, gerência, fiscalização, saúde e

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segurança do trabalho, treinamento, CPD, cálculo, financeiro, departamento de pessoal, contabilidade, cozinha, almoxarifado e WC’s. A segunda apresenta uma área aproximada de 259,00 m², composta por um arquivo morto e pela Escola do Trabalhador Portuário Avulso, onde temos 03 (três) salas de aula, sendo 02 (duas) com capacidade de 20 (vinte) alunos cada e 01 (uma) com capacidade para 40 (quarenta) alunos, além de uma sala destinada a biblioteca e informática. A terceira apresenta uma área aproximada 791,00 m², composta por salas e WC’s, onde funcionam as unidades de requisição e atualização de histórico de serviço da mão-de-obra avulsa.

1.4 Caracterização do Trabalho Criado pela lei 8.630/93, o Órgão de Gestão de Mão-de-Obra do Trabalho Portuário Avulso do Porto Organizado do Rio Grande (OGMO/RG) é constituído por operadores portuários da base do porto marítimo de Rio Grande. Sua principal atribuição é administrar o fornecimento de mão-de-obra dos trabalhadores avulsos, mantendo o cadastro e registro de tais trabalhadores, arrecadando e repassando aos mesmos, os valores devidos pelos operadores portuários e os correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários. Além de viabilizar o treinamento e habilitação dos referidos trabalhadores. O OGMO/RG hoje conta com 67 (sessenta e sete) colaboradores no seu quadro, sendo 56 (cinqüenta e seis) funcionários e 11 (onze) estagiários.

1.5 Caracterização do Porto Novo O Porto de Rio Grande possui um cais em linha reta para atracar embarcações de longo curso, um frigorífico (desativado), armazéns para estocar mercadorias e pátio para depositar as cargas que são movimentadas em contêineres.

O Porto Novo com seus 1952 m de cais acostável e profundidade média de 30 pés, está situado a 32˚7’30” latitude sul e a 52˚5’36” longitude oeste, na parte mais meridional do Brasil, com marés de pequena amplitude situando-se entre 0,3 m e 1,5 m, respectivamente mínima e máxima, oferecendo proteção natural contra ventos, ondas e correntes marítimas, possuindo instalações para atracação e amarração de

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embarcações, áreas de armazenagem e equipamentos para movimentação de cargas, possibilitando aos navios: atracar, amarrar, embarcar e desembarcar mercadorias. extensão. O porto possui armazéns convencionais, para carga geral, dispostos em três linhas perfazendo uma área total de 60.000 m² e vários pátios para depósito de cargas e contêineres.

A faixa de cais, área pavimentada sobre terrapleno, destinada ao trânsito de mercadorias e/ou volumes transportados por veículos automotores quando da operação de carga e/ou descarga de navios é composta por duas ruas, várias travessas, três parques de circulação, galpões situados nos espaços entre armazéns, estes construídos em alvenaria, com vigas de ferro, cobertura de telhas de fibrocimento, fechados por todos os lados, possuindo portões de ferro para o lado de terra, permitindo a entrada e saída de pessoas, mercadorias e equipamentos.

Os armazéns possuem escritório para o fiel, escritório para a aduana, banheiro e área para cozinha. Os de primeira linha (A) são os mais próximos do mar, sendo o A4 e A6 considerados para as cargas de longo curso e dotados de estrutura alfandegária, o que permite receber no seu interior todas as mercadorias importadas. Os armazéns A7 e A8 destinam-se ao recebimento, armazenagem e posterior embarque de mercadorias nos navios. Hoje os armazéns A7 e A8 encontram-se arrendados a Operadores Portuários. O armazém A5 é exclusivo para mercadorias especiais (Cargas Perigosas), permanecendo sempre fechado quando não utilizado.

Os armazéns de segunda linha (B) são subseqüentes aos de primeira linha para a linha de terra e, a seguir são localizados os de terceira linha (C).

O cais comercial passou por obras de remodelação, iniciadas em 2002 que abrangem um total de 450 metros de cais, visando ampliar dois locais de atracação de navios, que movimentam fertilizantes e contêineres, composta por estrutura de concreto armado e peças pré-moldadas, propiciando um aprofundamento do calado no local, permitindo assim a atracação de navios de maior porte.

1.6 Caracterização do Super Porto

O Super Porto é composto por vários terminais, sendo subdividido em áreas distintas: Área de Serviços, destinada a prestação de atividades de serviços marítimo-portuárias; Área de Granéis Líquidos e Fertilizantes, compreendida entre os terminais da Braskem e Yara Brasil, destinada a carga e descarga de produtos químicos, como petróleo e ácidos em geral;

Áreas de Expansão, destinada á atividades portuárias em geral;

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Área de Graneis Agrícolas, destinada a carga e descarga de produtos agrícolas, como soja, trigo e outros; Área de contêineres situada ao sul do terminal Termasa, com a destinação de carga e descarga de contêineres;

Área de armazenagem de Cargas Especiais, localizada na 4ª Secção da Barra, Via 9, antiga ZPE, composto por um armazém destinado a Cargas Especiais.

1.7 Caracterização dos Navios

O nome genérico que se dá a todo navio projetado para o transporte de cargas é navio cargueiro. Segundo sua especialização, ele pode se chamar graneleiro ou cargueiro. Se forem projetados para transporte de cargas a granel, são chamados de Graneleiros, sendo ainda divididos em grupos, conforme a carga a ser transportada:

a) Graneleiro – para transporte de granel sólido (grãos, minérios, neo-bulk, etc);

b) Petroleiros – especialmente projetado para transporte de produtos derivados do petróleo;

c) Químico – especialmente projetado para transporte de produtos químicos;

d) Gaseiro – especialmente projetado para transporte de gases liquefeitos; Se forem projetados para transporte de cargas embaladas, são chamados

de Cargueiros, sendo ainda divididos em grupos, conforme a carga a ser transportada:

a) Convencional – projetado para transporte de todo o tipo de carga embalada;

b) Multipropósito – projetado para transporte de cargas embaladas, soltas e contêineres. São navios com finalidades operacionais múltiplas, de tonelagem média e pouco calada, mas com grande versatilidade operacional;

c) Porta-contêineres – projetado para transporte de contêineres;

d) Roll-On/Roll-Off – projetado para carregamento/descarregamento a ser processado sobre rodas. Automóveis, caminhões, carretas, trens, contêineres e paletes sobre carretas ou conduzidos por empilhadeiras. De um modo geral estes navios se apresentam sob as seguintes características:

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Ro-Ro/Contêiner – são dotados de rampas de acesso para cargas rolantes e de guindastes. Os de guindastes possibilitam rapidez no carregamento de contêineres e as rampas oferecem condições para embarques de cargas especiais não conteinerizadas, como, por exemplo, locomotivas, vagões de trens, grandes equipamentos, etc; Ro-Ro (roll-on/roll-off) – é o tipo de navio destinado a cargas diversas, todavia, com o acesso através de rampa, sobre rodas; Lo-Lo (lift-on/lift-off) – a carga é içada para dentro ou para fora do navio por meio de guindaste de terra ou guindaste de bordo; Ro-Lo – é uma combinação dos sistemas Ro-Ro e Lo-Lo. No sistema Ro-Ro a carga é localizada, usualmente, no convés ou nos porões dianteiros;

Flo-Flo (floar-on/foalt-off) – as cargas são carregadas e descarregadas por flutuação; Lash (lighter aboard ship) – as cargas são acondicionadas em barcaças, essas por sua vez, são içadas a bordo;

Se possuírem equipamento próprio para o içamento de cargas ou não, os navios se dividem em:

a) geared - navio com equipamento próprio (self sustained); b) gearless - navio sem equipamento próprio.

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2. OBJETIVO

O objetivo deste PPRA é de levar os conhecimentos de prevenção de acidentes a todos os Trabalhadores Portuários Avulsos e aos empregados do OGMO/RG, contribuindo para a redução dos mesmos, e atender as exigências da Norma Regulamentadora nº 9 (NR-9), que trata dos riscos ambientais e estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implantação do Programa de Riscos Ambientais (PPRA), visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de tais riscos existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O PPRA deve ser articulado com as demais Normas Regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle Médico Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7.

3. ANÁLISE DAS NORMAS REGULAMENTATORAS (NR´s)

As Normas Regulamentadoras aprovadas pela Portaria 3.214/78, em conformidade com a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, serão estudadas a seguir.

No caso específico dos OGMO’s a NR29, estabelece a criação de um SESSTP e de uma CPATP: 3.1 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

(NR-29)

Esta norma tem como objetivo regular a proteção obrigatória contra acidente e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. 3.1.1.1 Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário

(SESSTP)

O dimensionamento do SESSTP é realizado de acordo com o quadro I, tomando-se como número de trabalhadores a soma da média aritmética obtida pela divisão do número de trabalhadores avulsos tomados no ano civil anterior e pelo

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número de dias efetivamente trabalhados, e a média do número de empregados com vínculo empregatício do ano civil anterior.

Ano civil anterior (2012)

N° de TPA’S escalados em 2012 = 217.935

Dias trabalhados em 2012 = 365

Média para dimensionamento do SESSTP = 597 TPA’s

Segundo a observância do quadro I da referida norma, o SESSTP deverá ser composto por 01 (um) Engenheiro de Segurança do Trabalho, 02 (dois) Técnicos de Segurança do Trabalho, 01 (um) Médico do Trabalho*, 01 (um) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

* horário parcial de 3 horas. 3.1.2 Comissão de Prevenção de Acidentes do Trabalho Portuário (CPATP)

O dimensionamento da CPATP é realizado de acordo com o quadro II, tomando-se o número médio de trabalhadores igual a 597 TPA’s.

Segundo a observância do quadro II da referida norma, a CPATP, será composta por 06 (seis) Representantes Titulares e Suplentes do Empregador, 06 (seis) Representantes Titulares e Suplentes dos Trabalhadores.

3.2 Equipamento de Proteção Individual (NR-6)

Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo o dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, dos diversos agentes agressivos que compõem os ambientes de trabalho.

A empresa fica obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI

adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis ou ineficazes, ou enquanto estiverem sento implantadas ou ainda para atender às situações de emergência.

Todo o EPI fornecido aos empregados deverá possuir o Certificado de Aprovação (CA), ficando este obrigado a usá-lo apenas para a finalidade que se destina, responsabilizando-se por sua guarda e conservação e também deverá comunicar imediatamente a empresa, qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.

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As Convenções Coletivas de Trabalho firmadas entre os Sindicatos

Patronais e os Sindicados dos Trabalhadores Portuários Avulsos estabelecem que os EPI’s sejam fornecidos pelo OGMO/RG, que juntamente com os Sindicatos dos Trabalhadores procederão à fiscalização do seu uso efetivo. Estas também estabelecem que a guarda e higienização dos EPI’s fique sob-responsabilidades os TPA’s. 3.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7)

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) tem como objetivo a promoção e prevenção da saúde do conjunto dos seus trabalhadores, através de exames admissionais, periódicos, de mudança de função, de retorno ao trabalho e demissionais. Devido ao crescimento contínuo do número de acidentes com danos materiais envolvendo TPA’S nos últimos anos, fica estabelecido que após investigação realizada pelo SESSTP e constatada reincidência do trabalhador, o mesmo será encaminhado para exame médico-psicológico, conforme necessidade, sendo que, somente será liberado para exercer a função após o resultado do exame. 3.4 Máquinas e Equipamentos (NR-12)

Esta Norma Regulamentadora estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas na instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho, tendo como existência jurídica assegurada através dos artigos 184 e 186 da CLT. 3.5 Atividades e Operações Insalubres (NR-15)

A Norma Regulamentadora nº 15, através de seus anexos, define os agentes insalubres, bem como os seus limites de tolerância, através de critérios técnicos e legais, descrevendo os adicionais devidos a cada caso. A insalubridade fica descaracterizada pela utilização dos EPI’s, que neutralizam ou reduzem os índices, mantendo-os, dentro do tolerável, a entrega e controle são realizados pelo OGMO, com seu respectivo n° C.A registrado nas fichas de controle. O SESSTP orienta, treina o TPA, sobre o uso adequado, guarda e conservação dos equipamentos. Para manipulação de cargas perigosas, classificadas pela ONU, todo o TPA devidamente

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habilitado, recebe um kit completo com os EPI’S específicos e treinamento para sua utilização.

3.6 Atividades e Operações Perigosas (NR-16)

A Norma Regulamentadora nº 16, através de seus anexos, define os critérios técnicos e legais para avaliar e caracterizar as atividades e operações perigosas, fixando os adicionais de periculosidade devidos, tendo como existência jurídica assegurada através dos artigos 193 e 197 da CLT. Devido o sistema de escalação rodiziária, realizado por trabalhadores que exercem a mesma atividade profissional, fica caracterizado a eventualidade da participação do trabalhador avulso, diante de operações perigosas, implicando na ausência de qualquer permanência ou habitualidade com agentes periculosos.

3.7 Ergonomia (NR-17)

Esta Norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, alem de uma melhor segurança e um melhor desempenho.

3.8 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis (NR-20)

A Norma Regulamentadora nº 20, trata das definições e aspectos de segurança envolvendo as atividades com líquidos inflamáveis e combustíveis, gás liquefeito de petróleo (GLP) e outros gases inflamáveis, tendo como existência jurídica assegurada através do inciso II do artigo 200 da CLT.

3.9 Proteção Contra Incêndios (NR-23)

Sob a denominação de proteção contra incêndios e combate ao fogo, englobamos as normas técnicas da ABNT, de modo a atingir o objetivo que é de regulamentar e orientar pessoas responsáveis por treinamento e adequação técnica, de modo a evitar o princípio de um incêndio ou danos de maior gravidade.

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Possuímos também um Plano de Emergência, preparando os funcionários do OGMO-RG para um rápido e eficiente ponto de encontro e abandono do prédio, em caso real de incêndio ou qualquer outra emergência. 3.10 Sinalização de Segurança (NR-26)

Esta Norma estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança, nos ambientes de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores.

4 DEFINIÇÕES Para efeito da Norma Regulamentadora NR-9, considera-se os Riscos Ambientais os seguintes agentes: Físicos, Químicos, Biológicos, de Acidentes e Ergonômicos existentes nos ambientes de trabalho, que, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores,

Agentes Físicos: Diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e ultra-som; Agentes Químicos: São as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão; Agentes Biológicos: São as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros; Agentes Mecânicos ou de Acidentes: São as máquinas e equipamentos inadequados, arranjo físico inadequado, ferramentas inadequadas ou sem proteção, sistemas elétricos, sistemas hidráulicos, sistemas mecânicos, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado e animais peçonhentos;

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Agentes Ergonômicos: São os esforços físicos intensos, atitudes e hábitos profissionais, relação do homem com máquinas e equipamentos e iluminação deficiente.

5 DESENVOLVIMENTO DO PPRA Para a elaboração deste PPRA, foram executados levantamentos qualitativos e quantitativos da análise das instalações, métodos e processos de trabalho, recursos utilizados, condições de operação, identificando os riscos de acidentes, bem como as medidas de controle já implantadas, devendo ser avaliadas sempre que necessário. 5.1 Descrição dos locais de trabalho

Os locais de trabalho onde são desenvolvidas as atividades dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPA) estão subdivididos em: trabalhos em terra e a bordo dos navios.

Também descreveremos as atividades dos colaboradores do OGMO/RG, os locais e os levantamentos de riscos em anexo.

No levantamento de dados para a realização deste PPRA, foram utilizados os seguintes equipamentos:

Luxímetro: Luxímetro Digital modelo LD-209 (Instrutherm Instrumentos de Medição Ltda);

Decibelímetro: Medidor de Nível de Pressão Sonora modelo DEC-405 (Instrutherm Instrumentos de Medição Ltda);

Dosimetro: Dosímetro de ruído, para cálculo da dose de exposição ocupacional; DOS - 500 (Instrutherm Instrumentos de Medição Ltda);

5.1.1 Trabalhos em Terra

Armazém: São prédios em alvenaria, com cobertura de telhas de fibrocimento, pisos de concreto com revestimento em cimento alisado, sendo o piso dos escritórios e banheiros revestidos com cerâmica, possuem no mínimo dois portões de ferro, que permite a entrada e de caminhões. Também apresentam iluminação natural e artificial.

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Nos armazéns estão instalados escritórios, vestiários, instalações sanitárias e copas. As copas e os sanitários possuem paredes revestidas total ou parcialmente com azulejos e pisos com cerâmicas antiderrapantes; Alpendres: São estruturas metálicas, sem paredes de fechamento laterais, com telhas de fibrocimento, iluminação natural e artificial, pisos em concreto alisado, ou asfáltico, utilizados para depósito de cargas, máquinas e equipamentos; Pátios de Armazenamento: São espaços aberto, com pisos em pedra paralelepípedos ou asfaltado em toda a sua extensão destinada a depósitos de contêineres, máquinas, equipamentos, entre outros. Pátio automotivo: delimitado por muros de alvenaria em toda a sua extensão; com a área 10.000 m² pavimentada destinada a armazenamento de veículos leves e pesados bem como o carregamento-descarga dos mesmos em cegonhas. Guindastes: São estruturas metálicas, compostas por uma cabine de comando fechada, lança e Grab. Os guindastes têm como principal finalidade a movimentação de cargas por içamento.

5.1.2 Trabalhos a bordo

Convés: É a superfície principal a céu aberto, à bordo do navio, utilizados para depósito de mercadorias, como contêineres e equipamentos pesados, que possam ser transportados nestas condições; Porões: São espaços físicos localizados a bordo dos navios, cuja abertura começa no convés e desce até o limite inferior da superestrutura, são utilizados para armazenamento e transporte de diversos tipos de cargas; Guindastes (paus de cargas, guincho, pontes rolantes): São estruturas metálicas que fazem parte dos navios utilizados para movimentação de cargas, podendo ser utilizados para abertura e retirada das tampas dos porões e também em manobras de cabos para amarração do navio. Os guindastes de bordo apresentam como vantagens em relação aos paus-de-cargas uma maior velocidade de operação, maior capacidade de carga, além de posicionar a lingada com precisão em qualquer parte do porão. Todos estes movimentos são efetuados por um sistema elétrico ou eletro-hidráulico, sendo este mais usual apresentando

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maior facilidade de controle, suavidade, precisão de movimentos e resistência a choque e sobrecarga.

5.2 Descrição das atividades As atividades dos Trabalhadores Portuários Avulsos classificados conforme Art. 57 § 3º da Lei 8.630/93, de 25/02/93, que altera o regime jurídico dos portos organizados, considera-se:

I – Capatazia: a atividade de movimentação de mercadorias nas instalações de uso público, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário. A atividade de capatazia compreende também o serviço de ova e desova de containeres contendo produtos especiais classificados pela ONU como perigosos. II – Estiva: a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga das mesmas, quando realizados com equipamentos de bordo; III – Conferência de carga: a contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto, e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações; IV – Conserto de carga: o reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição; V – Vigilância de embarcações: a atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; VI – Bloco: a atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos.

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5.3 Descrição das atividades específicas, locais de trabalho e riscos ambientais

Os maquinários, equipamentos e locais de trabalho e EPI’s, são específicos a cada atividade, em conformidade com as Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho vigentes.

Respeitando o horário de funcionamento do porto, o trabalho é realizado em turno em até 04 (quatro) turnos de 06 (seis) horas cada, a critério do operador portuário, conforme abaixo:

a) Das 08h00min às 13h45min b) Das 13h45min às 19h30min c) Das 19h30min às 01h15min d) Das01h15min às 07h00min. Nos horários acima consignados já estão considerados os últimos 15

(quinze) minutos de cada turno para atender o intervalo previsto no parágrafo 1º do artigo 71 da CLT.

As jornadas de trabalho de um mesmo TPA deverão respeitar o intervalo mínimo de 11 (onze) horas, salvo situações operacionais excepcionais, tais como, tempo necessário para concluir uma operação de carga e descarga em fase de término, situações emergenciais e/ou falta de pessoal eu implique na paralisação da operação, tudo na conformidade do previsto na Lei nº 9.719/98.

5.3.1 Trabalhadores de CAPATAZIA

Esta atividade conta com os TPA’s das Categorias dos Arrumadores, Portuários e Guindasteiros, conforme Art. 57 § 3º da Lei 8.630/93, de 25/02/93.

Na Categoria dos Arrumadores estão registrados 462 (quatrocentos e sessenta e dois), cadastrados 13 (treze), Portuários temos 64 (sessenta e quatro) registrado e 3 (três) cadastrados.

Para a realização das atividades, os TPA’s de Capatazia utilizam diversas máquinas, equipamentos e acessórios, fornecidos pelos Operadores Portuários, sendo destes a responsabilidade do fornecimento em bom estado e condições de segurança. São exemplos: cabos de aço, spreader (quadro posicionador), guindastes, varões, escadas, empilhadeiras, retroescavadeiras, pás carregadeiras entre outros.

A composição das equipes de trabalho se dá em função do tipo de faina a ser realizada de acordo com as Convenções e Acordos de Trabalho existentes.

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Agentes Ambientais: Físicos: ruído, frio, calor; Químicos: poeiras incômodas, vapores, gases e liquídos quando em desova/ova de produtos químicos.

Mecânicos: equipamentos, arranjo físico e ferramentas inadequadas, risco de quedas de diferentes níveis (ex.: trabalho sobre cargas e contêineres, escadas, buracos no calçamento “costado do cais”, escadas de acesso aos guindastes, etc.), trabalho sob cargas suspensas;

Ergonômicos: esforços físicos intensos, iluminação deficiente.

5.3.2 Trabalhadores de ESTIVA

Para esta atividade estão registrados 273 (duzentos e setenta e três) TPA’s e 0 (zero) cadastrados, que exercem conforme as seguintes qualificações, atribuições e definições:

a) TPA Contra-Mestre Geral; b) TPA Contra-Mestre de Porão; c) TPA Contra-Mestre de Conexos; d) TPA Guincheiro e TPA Operador de Ponte Rolante; e) TPA Operador de Máquinas Auxiliares e TPA Motorista; f) TPA Sinaleiro; g) TPA de Estiva.

Para a realização das atividades, os TPA’s Estivadores utilizam diversas máquinas, equipamentos e acessórios, fornecidos pelos Operadores Portuários, sendo destes a responsabilidade do fornecimento em bom estado e condições de segurança. São exemplos: cabos de aço, spreader (quadro posicionador), guinchos de bordo, varões, escadas, empilhadeiras, retroescavadeiras, pás carregadeiras entre outros.

A composição das equipes de trabalho se dá em função do tipo de faina a ser realizada de acordo com as Convenções e Acordos de Trabalho existentes.

Agentes Ambientais: Físicos: ruído, frio, calor;

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Químicos: poeiras incômodas;

Mecânicos: equipamentos, arranjo físico e ferramentas inadequadas, risco de quedas de diferentes níveis (ex.: trabalho sobre contêineres, escadas de bordo ...), trabalho sob cargas suspensas;

Ergonômicos: esforços físicos intensos, iluminação deficiente.

5.3.3 Trabalhadores de CONFERÊNCIA DE CARGAS

Hoje contamos com 53 (cinquenta e três) TPA’s Conferentes registrados e 0 (zero) cadastrados, que exercem suas atividades conforme as Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho vigentes, sendo que a composição das equipes deverá atender as normas de segurança e prevenir a fadiga, visando à eficiência dos serviços prestados e as operações, de acordo com as seguintes funções:

a) Conferente Chefe; b) Conferente Cela/Porão; c) Conferente Controlista; d) Conferente Balanceiro; e) Conferente Auxiliar; f) Conferente Lingada.

Na realização de suas atividades os Conferentes utilizam-se de

pranchetas, caneta e papel, pois exercem a conferencia das cargas/volumes quanto sua pesagem, quantidade de volumes, etc. Agentes Ambientais: Físicos: ruído, frio, calor; Químicos: poeiras incomodas;

Mecânicos: arranjo físico inadequado, risco de quedas de diferentes níveis (ex.: escadas a bordo, buracos no calçamento “costado do cais”...), trabalho sob cargas suspensas;

Ergonômicos: iluminação deficiente, postura inadequada.

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5.3.4 Trabalhadores de CONSERTO DE CARGA

Esta atividade conta com 08 (oito) TPA’s Consertadores registrados e 08 (oito) cadastrados, compondo as equipes de trabalho conforme as Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho vigentes.

Na realização de suas atividades os Consertadores utilizam-se de cabos de aço, cintas metálicas, redes de nylon, madeiras, pregos etc. Agentes Ambientais: Físicos: ruído, frio, calor; Químicos: poeiras incômodas;

Mecânicos: arranjo físico inadequado, riscos de quedas de diferentes níveis (ex.: escadas a bordo, buracos no calçamento “costado do cais” e espaços vazios criados entre as embalagens embarcadas a bordo dos navios, no caso de carga geral, toras de madeira entre outras), trabalho sob cargas suspensas;

Ergonômicos: iluminação deficiente, postura inadequada. 5.3.5 Trabalhadores de VIGILÂNCIA DE EMBARCAÇÕES

Esta atividade conta com 28 (vinte e oito) TPA’s Vigias Portuários registrados, 0 (zero) cadastrados que exercem suas atividades conforme as Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho vigentes. Como as atividades dos Vigias Portuários são de fiscalização, através da observação de anormalidades a bordo, estes não utilizam equipamentos e/ou ferramentas para tal. Agentes Ambientais: Físicos: ruído, frio, calor;

Químicos: poeiras incômodas, gases e vapores provenientes de produtos químicos, quando em serviço nos terminais da Copesul e Transpetro, sempre que estiverem próximo das operações de conexão e desconexão de mangotes dos navios.

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Mecânicos: arranjo físico inadequado, riscos de quedas de diferentes níveis (ex.: escadas a bordo),

Ergonômicos: iluminação deficiente, postura inadequada.

5.3.6 Trabalhadores de BLOCO

Esta atividade conta com 13 (treze) TPA’s registrados, 0 (zero) cadastrados que exercem suas atividades conforme as Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho vigentes.

Agentes Ambientais: Físicos: ruído, frio, calor; Químicos: poeiras incomodas;

Mecânicos: equipamentos, arranjo físico e ferramentas inadequadas, risco de quedas de diferentes níveis (ex.: trabalho sobre contêineres, escadas de bordo ...), trabalho sob cargas suspensas;

Ergonômicos: esforços físicos intensos, iluminação deficiente. 5.3.7 Trabalhadores MULTIFUNCIONAIS

As Convenções Coletivas de Trabalho mais recentes estabelecem que as partes promovam esforços em prol da multifuncionalidade, conforme estabelecido no Artigo 57 da Lei 8.630/93, cabendo ao OGMO a promoção de cursos de treinamento e aperfeiçoamento profissional, com vistas à implantação progressiva da multifuncionalidade do trabalho portuário, podendo os operadores portuários colaborar nesse sentido, organizando e custeando cursos internos de adequação, sempre com a autorização e sob supervisão do OGMO.

Neste sentido, o Sindicato dos Trabalhadores em Serviço de Bloco e Consertadores de Carga e o Sindicato dos Estivadores do Rio Grande, assinaram acordo de multifuncionalidade, onde fica estabelecido que os Trabalhadores de Bloco e Consertadores possam exercer as mesmas atividades entre si e as mesmas que os Estivadores, quando forem requisitados. Também ocorreram os acordos de

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multifuncionalidade dos Sindicatos dos Portuários, de Bloco e dos Consertadores com o Sindicato dos Vigias de Embarcação; assim como entre os Sindicatos dos Portuários e dos Conferentes de Carga e Descarga;e entre os Sindicatos dos Portuários e de Bloco.

6 INSTRUÇÕES BÁSICAS QUANTO AO FORNECIMENTO E USO DO EPI

e EPC

Entende-se como EPI, o equipamento que possua Certificado de Aprovação (CA) aprovado pelo MTE, de uso pessoal e intransferível e que tenha por finalidade proteger ou atenuar lesões provenientes dos agentes no ambiente de trabalho.

A empresa deve prover um programa de segurança adequado para a prevenção, lembrando que a simples utilização do EPI não evita ou previne os acidentes, sendo que este quando utilizado corretamente, pode evitar ou atenuar as lesões decorrentes do acidente.

Quando houver necessidade do uso de um novo EPI não relacionado durante a admissão do funcionário ou TPA, seu fornecimento deve ser feito mediante autorização do SESSTP. Todos os Trabalhadores Portuários Avulsos recebem EPI’s através da ficha de entrega de EPI, ficando sob sua responsabilidade a guarda e higienização dos mesmos, conforme as Convenções Coletivas e Acordos Coletivos de Trabalho vigentes.

Proteção para a cabeça: • Óculos de segurança, para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos,

provenientes do impacto de partículas; • Óculos de segurança, para trabalhos que possam causar irritação nos olhos

provenientes de poeira; • Capacetes de segurança, para proteção do crânio nos trabalhos sujeitos à

quedas e projeção de objetos.

Proteção para os membros superiores: • Luvas de raspa de couro com lona; • Luvas de acrilon;

Proteção para os membros inferiores:

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• Calçado de proteção contra riscos de origem mecânica;

• Calçados impermeáveis, para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados.

Proteção auditiva: • Protetores auriculares, para trabalhos em locais onde o nível de ruído seja

superior ao estabelecido pela NR 15 Anexos I e II. Obs.: Fornecemos protetores tipo concha para todos os operadores de máquinas (retroescavadeira, pás carregadeiras e bobcat’s).

Proteção contra quedas com diferença de nível: • Cinto de segurança tipo pára-quedista, para trabalhos em contêineres;

Sistema contra quedas, que é composto por trava-quedas e cinto de segurança, sendo obrigado o uso nas atividades em que os TPA’s estivadores fiquem expostos ao risco de queda de altura, ou seja, em atividades exercidas sobre contêineres a bordo dos navios.

• Cinto de segurança tipo pára-quedista, para uso no interior do pátio automotivo;

Sistema contra quedas, que e composto por tröller trava quedas e cinto de segurança sendo obrigado seu uso nas atividades em que os tpa´s capatazia fiquem expostos ao risco de queda de altura, ou seja, em atividades exercidas nos caminhões cegonhas.

Proteção respiratória: • Respiradores descartáveis do tipo PF1, contra poeiras, para trabalhos que

impliquem em produção de poeiras; • Respiradores com filtro químico para exposição a agentes químicos

prejudiciais a saúde, sempre que necessário e com o acompanhamento de um profissional da Segurança do Trabalho; Obs.: Para os TPA’s habilitados nas funções operadores de máquinas, é fornecido um respirador não descartável com filtro mecânico.

Proteção de tronco: • Conjunto composto por calça e jaqueta tipo jardineiro, para trabalhos com

chuva; • Japonas de inverno, para trabalhos com temperaturas baixas.

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Obs.: Para os TPA’s de capatazia que exercem atividades em contato com produtos perigosos, após o treinamento do SESSTP, é fornecido, macacão tyvek, luvas de borracha nitrílica ou PVC, máscaras de borracha ou silicone com filtros combinados para vapores orgânicos, gases ácidos e óculos de segurança para produtos químicos, conforme o caso.

7 PRIORIDADES, ESTRATÉGIAS E METODOLOGIA DE AÇÃO

As prioridades para implantação das medidas de controle são identificadas considerando-se a freqüência e a gravidade dos acidentes ocorridos, obtidos através de levantamento das ocorrências de Acidentes do Trabalho, bem como das funções que exigem o maior número de TPA’s e Colaboradores. Os locais onde os TPA’s exercem suas atividades são vistoriados diariamente pelos técnicos do SESSTP, sendo que nos navios as condições de trabalho são avaliadas através do “Check-List” de bordo de acordo com exigências da NR-29. Na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho, que coloquem em situação grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, o empregador deve garantir que os mesmos possam interromper de imediato suas atividades, comunicando ao seu superior direto suas atividades para as devidas providências.

Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho, deverão executar ações integradas para aplicar medidas preventivas, com vista a diminuir os riscos ambientais no local.

Os riscos ambientais são controlados através de ações de medidas preventivas e/ou corretivas, que visam a eliminação ou a redução dos mesmos a valores compatíveis com a preservação da saúde e conforto do trabalhador, previstos

nas Normas Regulamentadoras da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, sendo as seguintes medidas em função dos riscos:

Agentes Físicos: • Monitoramento dos riscos nos locais de trabalho;

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• Solicitação de limpezas, instalações de luminárias, reparos nas instalações e manutenção de máquinas e equipamentos, por parte dos operadores portuários, Terminais e/ou SUPRG;

• Fornecimento de abafadores de ruídos; • Entrega de EPI’s para trabalhos com chuva e frio;

Agentes Químicos: • Monitoramento dos riscos químicos nos locais de trabalho; • Orientações quanto ao manuseio de produtos químicos, instrução e

treinamento quanto ao uso de EPI’s específicos para esse fim; • Solicitação de enclausuramento da fonte geradora do produto químico e

sinalização e isolamento do local, aos operadores portuários, Terminais e/ou SUPRG;

• Solicitação ventilação no porão durante as operações de carga e descarga de granéis sólidos, com a colocação de exaustores;

Agentes Mecânicos / Ergonômicos: • Solicitação de melhora na iluminação tanto nas embarcações como no cais,

armazéns e alpendres;

• Solicitação de sinalização/isolamento em locais que apresentem riscos de, incêndio, buracos no cais entre outros;

• Verificar junto aos trabalhadores as condições dos equipamentos/utensílios utilizados nas fainas;

Os setores de Treinamento e SESSTP proporcionam a todos os

trabalhadores formação sobre segurança, saúde e higiene ocupacional no trabalho portuário, através da realização de cursos de capacitação do Programa Profissional Marítimo (PREPOM), de atividades como Semana Interna de Prevenção de Acidente no Trabalho Portuário, cursos específicos, cursos de Reintegração pós retorno de Acidente do Trabalho.

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Os riscos ambientais são controlados através de ações de medidas preventivas e/ou corretivas, que visam à eliminação ou a redução dos mesmos a

valores compatíveis com a preservação da saúde e conforto do trabalhador, previstos nas Normas Regulamentadoras da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, sendo as seguintes medidas em função dos riscos:

Nr15 8 PERIODICIDADE DE AVALIAÇÃO

O PPRA deverá ser revisto após o período de 01 (um) ano de sua elaboração, a fim de ser realizar uma análise global para avaliação de seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.

9 RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS DE AVALIAÇÃO

A quantificação dos Riscos Ambientais, as medidas propostas a serem tomadas ou reavaliadas encontram-se no anexo I, bem como planejamento dos cursos/ações a serem tomadas no anexo II. Na fase de reconhecimento como já citado, foram entrevistados os TPA’s e colaboradores expostos aos riscos, no local de suas atividades, expressando-se assim a realidade das atividades desenvolvidas pelos mesmos. A implantação de medidas de controle deve ser acompanhada de treinamentos sobre medidas preventivas, limitações dos EPI’s, responsabilidades dos trabalhadores e o efeito à saúde da exposição aos agentes. 10 MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO AOS RÍSCOS

O PPRA deverá ser articulado com as normas regulamentadoras, em especial com o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – NR-7), pois serve como base complementar e referência de sua eficiência.

11 DISPOSIÇÕES FINAIS

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Todos os investimentos e ações executadas na Segurança do Trabalho devem ser baseados nos pré-requisitos básicos e mínimos de higiene e segurança, tanto pessoal como patrimonial, e também devem ser considerados os aspectos de conforto térmico, acústico, fisiológicos, que possibilitem uma melhora da produtividade dos profissionais, assegurando um maior rendimento em suas tarefas rotineiras, diminuindo-se a incidência de acidentes de trabalho, assim como possíveis danos ao patrimônio da empresa. Considerando-se os aspectos citados anteriormente, são criadas as melhores condições de trabalho aos TPA’s e colaboradores, tanto sob os aspectos de higiene, de ergonomia, também aspectos psicológicos, o que resulta em uma melhoria significativa na qualidade de vidas destes, tanto em relação ao trabalho, como na sua vida familiar.

Rio Grande, 25 de março de 2013. _______________________________ Elton Luis Araújo Silveira

Eng.° de Segurança do Trabalho OGMO-RG CAU-RS A48292-7