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 1 Teste 1 ………………………………………………………………………………….. 2 Teste 2 ………………………………………………………………………………….. 10 Teste 3 ………………………………………………………………………………….. 17 Teste 4 ………………………………………………………………………………….. 24 Teste 5 ………………………………………………………………………………….. 32 Teste 6 ………………………………………………………………………………….. 40 Teste 7 ………………………………………………………………………………….. 48 Teste de compreensão oral 1 ……………………………………... 54 Teste de compreensão oral 2 ……………………………………... 55 Teste de compreensão oral 3 ……………………………………... 56 Teste de compreensão oral 4 ……………………………………... 57 Teste de compreensão oral 5 ……………………………………... 58 Teste de compreensão oral 6 ……………………………………... 59 Teste de compreensão oral 7 ……………………………………... 60 Cenários de resposta ……………………………………....................  61 Nota: Este livro de testes foi redigido conforme o novo Acordo Ortográfico  Índice 

P9 Livro Testes

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ndiceTeste 1 .. 2Teste 2 .. 10Teste 3 .. 17Teste 4 .. 24Teste 5 .. 32Teste 6 .. 40Teste 7 .. 48

Teste de compreenso oral 1 ... 54Teste de compreenso oral 2 ... 55Teste de compreenso oral 3 ... 56Teste de compreenso oral 4 ... 57Teste de compreenso oral 5 ... 58Teste de compreenso oral 6 ... 59Teste de compreenso oral 7 ... 60

Cenrios de resposta .................... 61

Nota: Este livro de testes foi redigido conforme o novo Acordo Ortogrfico

Teste 1Unidade 1 Crnicas e ContosGRUPO IParte AL os textos seguintes.A volta ao mundo em 80 livros parte 1A volta ao mundo em 80 livros. Conhea aqui as escolhas de Afonso Cruz e Carlos Vaz Marques.

Afonso Cruz

Anatomia da Errncia, de Bruce Chatwin Um Brbaro na sia, de Henri Michaux Do Monte Sinai Ilha de Vnus, de Nikos Kazantzakis Dirios de Viagem, de Eduardo Salavisa (org.) O Caminho Estreito para o Longnquo Norte, de Matsuo Basho

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O universo sobretudo espao entre as coisas. O motivo bvio: o universo foi feito para viajar. H muitas estrelas, mas, entre elas, h pouqussimos lugares para se ser sedentrio. H uns planetas, verdade, onde se encontra a melhor hotelaria, mas pouco mais. E nessa vastido anda tudo a errar, exceto alguns homens que nunca viajam, nem para fora deles mesmos, nem para dentro deles mesmos, so como aqueles pssaros que no fogem quando lhes abrem a gaiola. sobre isto que fala Kazantzakis.

Carlos Vaz Marques

A Viagem dos Inocentes, de Mark Twain Jerusalm, Ida e Volta, de Saul Bellow Viagem de autocarro, de Josep Pla Caminhar no Gelo, de Werner Herzog O Colosso de Maroussi, de Henry Miller

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25Ao ser-me pedida uma lista de cinco livros de viagens de que gosto especialmente, hesitei entre as viagens j realizadas e as viagens ainda por fazer. Lembrei-me de imediato dos dez j publicados na coleo que coordeno para a Tinta-da-china e de como, por razes diferentes, gosto de cada um deles sua maneira. Mas esses esto a disponveis para quem quiser descobri-los. Sendo assim, a minha lista uma lista de viagens futuras. Cinco livros de que tambm gosto particularmente e que, mais tarde ou mais cedo (alguns deles, muito em breve), vo ter edio portuguesa. Se tiver de destacar um, desculpem o clich, mas o prximo. sempre o prximo. E o prximo A Viagem dos Inocentes, com as gargalhadas que Mark Twain nos faz dar at a respeito de ns prprios, os portugueses, nesta extraordinria viagem Europa. O facto de 2010 ser ano de centenrio de Twain acrescenta um aspeto comemorativo a esta edio, naturalmente. Mas essencial descobrir como est vivo (e nos faz sentir to vivos) este escritor extraordinrio que morreu h precisamente cem anos.Jornal de Letras, 24 de julho de 2012 (adaptado)

A volta ao mundo em 80 livros parte 2Prosseguimos a volta ao mundo em 80 livros, recuperando o tema que publicmos no vero de 2010. Conhea agora as escolhas de Hlia Correia e Jos Eduardo Agualusa.At porque ler a melhor forma de viajar.

Hlia Correia

Caderno Afego e Oriente Prximo, de Alexandra Lucas Coelho Recollections of a tour made in Scotland, de Dorothy Wordsworth The Dictionary of Imaginary Places, de Alberto Manguel e Gianni Guadalupi Viagens com Garrett, de Isabel Lucas e Paulo Alexandrino O Colosso de Maroussi, de Henry Miller

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Na impossibilidade de recomendar o mais precioso livro de viagens que existe na minha biblioteca Imagens da Grcia, de Maria Madalena Monteiro, alis da dr. Maria Helena da Rocha Pereira, em edio da autora de 1958 , por no estar acessvel ao leitor, dedico umas palavras a um livro que converte o que pareceria ser um simples itinerrio entre literatos numa invulgar experincia espiritual. Numa das suas ltimas entrevistas, Miller elegeu O Colosso de Maroussi como a sua obra mais amada. Ele viajou para a Grcia nas vsperas da 2.a Guerra Mundial com o intuito primeiro de visitar Lawrence Durrell (autor de outras excelentes impresses do pas). O que h de extraordinrio nestas pginas que o mais improvvel dos peregrinos, um americano deslumbrado com Paris, tenha entendido to profundamente a linguagem antiqussima do cho grego.

Jos Eduardo Agualusa

Goa and the Blue Montains, de Richard Burton Longe de Manaus, de Francisco Jos Viegas Monglia, de Bernardo de Carvalho Na Patagnia, de Bruce Chatwin Vou l visitar pastores, de Ruy Duarte de Carvalho15

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Deste conjunto destaco Vou l visitar pastores, de Ruy Duarte de Carvalho, por ser uma mistura nica entre relato de viagens, ensaio de antropologia e pura poesia. Creio que um livro destinado a ser, daqui a 100 anos, um dos grandes clssicos da literatura angolana, um livro fundador, semelhana d'Os Sertes, de Euclides da Cunha, ou de Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre.Jornal de Letras, 24 de julho de 2012 (texto adaptado)

(5 pontos)1. Associa cada elemento da coluna A ao elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido dos textos e de modo a identificares as afirmaes de cada um dos autores.Os nmeros podero ser usados mais do que uma vez.Coluna AColuna B

a) Aluso a uma obra que poder tornar-se uma referncia literria futura.1. Afonso Cruz

b) Listagem de viagens ainda por realizar.

c) Convico de que o nmero de seres humanos que nunca viajaram, dentro ou fora de si prprios, muito reduzido.

d) Referncia ao centenrio da morte do autor de um livro de viagens.2. Carlos Vaz Marques

e) Livro em que o autor, apesar de estrangeiro, revela um profundo conhecimento do pas para onde viajou.

f) Meno explcita a um livro com caractersticas poticas.

g) Defesa da ideia de que o universo um vasto espao de viagem.3. Hlia Correia

h) Obra ainda por publicar que, na opinio do crtico, provocar riso no leitor.

i) Referncia ao autor que viajou para a Europa numa poca politicamente conflituosa. (4 pontos)4. Jos Eduardo Agualusa

j) Obra que no est acessvel ao pblico em geral.

2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.4), a nica opo que permite obter uma afirmao adequada ao sentido dos textos.2.1 As opinies apresentadas a propsito dos livros de viagens tm em comum o facto de todas inclurema) pelo menos duas referncias a autores estrangeiros.b) apenas referncias a autores de lngua estrangeira.c) pelo menos duas referncias a autores portugueses.d) pelo menos uma referncia a um autor portugus.2.2 A expresso alguns homens que nunca viajam, nem para fora deles mesmos, nem para dentro deles mesmos, so como aqueles pssaros que no fogem quando lhes abrem a gaiola (linhas 6-8 do primeiro texto ) contma) uma personificao.b) uma adjetivao.c) uma comparao.d) uma anttese.

2.3 O autor cujas sugestes so predominantemente em lngua portuguesa a) Hlia Correia.b) Jos Eduardo Agualusa.c) Carlos Vaz Marques.d) Afonso Cruz.2.4 Seleciona a opo que corresponde nica afirmao falsa, de acordo com o sentido do primeiro texto. a) O pronome que (linha 6) refere-se a homens.b) O pronome lhes (linha 8) refere-se a aqueles pssaros.c) -los (linhas 15-16) refere-se a esses.d) que (linha 26) refere-se a este escritor extraordinrio.

(2 pontos)3. Transcreve duas passagens que exprimam um ponto de vista crtico de dois dos autores sobre os livros escolhidos.

(3 pontos)4. Com base nos teus conhecimentos sobre os textos de imprensa, indica quais as afirmaes falsas e quais as verdadeiras, apresentando uma alternativa verdadeira para as frases falsas.a) O interesse de uma notcia tem em conta fatores como a atualidade e a proximidade.b) O texto de imprensa onde predomina o discurso direto a entrevista.c) A crnica est dependente da atualidade e a linguagem pode ser subjetiva.d) A reportagem um texto curto e utiliza uma linguagem objetiva.e) Na crtica, visvel o ponto de vista do jornalista.f) A publicidade tem uma funo exclusivamente comercial.Parte BL o excerto da crnica Um silncio refulgente.

5101520Acho que a coisa mais importante que me aconteceu na vida foi uma viagem de cerca de um ms, a Itlia, com o meu av. O meu av guiava e eu sentado ao lado dele, com um volante de plstico, fingia que guiava tambm. O carro era um Nash encarnado. O meu volante de plstico tinha, ao centro, uma bola de borracha. Apertando, a bola emitia um som que na minha fantasia era uma buzina. O barulho do motor, arranjava-o com a boca, de forma que no havia dvidas de ser eu quem conduzia o automvel. De vez em quando o meu av fazia-me uma festa no pescoo. engraado, mas ainda sinto os dedos dele.Durante os dois primeiros dias o cheiro da gasolina enjoou-me e vomitava para cartuchos de papel. amos ficando em hotis pelo caminho. Lembro-me dos gelados que comi em Saragoa, lembro-me de assistir a uma tourada em Barcelona com Luis Miguel Dominguin e ter ido ao teatro ver Carmen Sevilha. Estive apaixonado por ela at aos doze anos, altura em que assisti a Os dez Mandamentos e a troquei por Anne Baxter, a mulher do fara. Nem Carmen Sevilha nem Anne Baxter me deram troco por a alm. As paixes demoravam a passar nesta poca, em que tudo era lento. Dias compridssimos, desses que demoravam sculos a nascer. O meu padrinho dava-me dinheiro por dentes de leite. Se eu fosse jacar estava rico.

1520Depois foi a Frana. A torre Eiffel pareceu-me uma coisa por acabar, que julgava que s existia dentro dos pisa-papis. Voltava-se ao contrrio e um remoinho de palhetas doiradas esvoaava ao redor daquilo. Talvez o meu av tivesse fora para voltar a de Paris mas por um motivo que me escapa no o fez, e portanto no houve palhetas doiradas nenhumas. Ainda pensei em pedir-lhe. Respeitei o seu desinteresse pelos pisa-papis e, dececionado, afastei o pescoo quando os dedos vieram. J a seguir, claro, arrependi-me: se calhar o meu av ia voltar-me, a mim, ao contrrio, e eu cercado de palhetas doiradas. Voltando a Portugal oferecia-me ao marido da costureira e iria ficar lindamente em cima do rdio. Como me diziam sempre

2530354045 To bonito, to loirocumpriria decerto, s mil maravilhas, uma vocao de bibel. Seguia-se a Sua onde, em Berna, uma bicicleta me veio a atropelar, o que me pareceu uma falta de grandeza. O sujeito da bicicleta, que cuidava pedalar um camio, desceu do selim para apanhar os meus restos. Para tranquilidade do marido da costureira encontraram-me intacto. O suo(h suos com alma)partiu a pedalar, de calas presas com molas de roupa como ourives da feira de Nelas. Para os imitar, amarelo de inveja, pinava molas nos cales antes de me instalar no triciclo, e a pensar no triciclo cheguei a Pdua: com um volante de plstico e uma buzina de borracha alcana-se Itlia num rufo. Itlia, de incio, pareceu-me o stio para onde os suos varriam o lixo deles, ou seja uma espcie de Portugal com mais pedras e as construes que os romanos se esqueciam de completar: umas colunas, um bocado de teto, umas pores de mosaico, mais ou menos o jardim dos meus pais depois de eu ter andado por ali com uma fisga. Ao ver o Coliseu tive a certeza de que o meu irmo Pedro j l estivera antes. Com um martelo. Explicaram-me haver sido construdo por um sujeito que inventou o arco e no foi capaz de parar. O nosso objetivo, no entanto, era Pdua, para a primeira comunho na igreja do Santo com o meu nome. A o meu av tocou no tmulo com a mo, e mandou-me tocar no tmulo com a mo: Promete-me que quando tiveres um filho o trazes aqui.Foi a nica altura em que lhe vi os olhos cheios de lgrimas. Assim os dois sozinhos. Deu-me um abrao, beijou-me, e nunca ningum me abraou e beijou como ele. Para quem olhasse de fora podia ser um bocadinho esquisito: um homem a abraar uma criana e um volante de plstico. Para mim foi o momento de mais intenso amor da minha vida.Antnio Lobo Antunes, Segundo Livro de Crnicas, D. Quixote, 2002

Vocabulrio Carmen Sevilha: atriz espanhola, cantora, danarina e apresentadora de TV, famosa na dcada de 50 do sculo XX.2 Anne Baxter: atriz norte-americana, popular nas dcadas de 40 e 50, nomeada para diversos scares.

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

(5 pontos)5. Indica o acontecimento que deu origem a esta crnica.

(6 pontos)6. Identifica o tempo verbal predominante no primeiro pargrafo e justifica a sua utilizao.

(6 pontos)7. Explica de que modo visvel o entusiasmo do narrador durante a viagem com o av.

(7 pontos)8. Rel as seguintes palavras do narrador. A torre Eiffel pareceu-me uma coisa por acabar, que julgava que s existia dentro dos pisa-papis.Indica dois motivos atravs dos quais se torna evidente que o narrador uma criana durante a viagem com o av, a partir das informaes presentes no terceiro pargrafo.

(6 pontos)9. Identifica, entre o stimo e o ltimo pargrafos, dois aspetos que contribuam para a caracterizaoindireta do narrador enquanto criana.Parte C

(6 pontos)10. Depois de terem lido este texto na aula, a Eva e o Francisco fizeram os comentrios seguintes:Eva: Parece-me que este texto transmite uma mensagem sobre a importncia do afeto.Francisco: Quanto a mim, o texto contm uma mensagem sobre a importncia da viagem na vida do ser humano.Escreve um texto expositivo, com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras, em que, de entre os dois comentrios, defendas aquele que te parece mais adequado ao sentido do texto da Parte B.O teu texto deve incluir uma parte de introduo, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Organiza a informao da forma que considerares mais pertinente, tratando os tpicos apresentados a seguir: Indicao do comentrio que, na tua opinio, mais adequado ao sentido do texto. Justificao da escolha desse comentrio atravs de uma transcrio que evidencie a ideia que ests a defender. Explicitao do ponto de vista do narrador em relao sua viagem com o av. Referncia s caractersticas psicolgicas do narrador e do av. Apresentao do teu ponto de vista sobre a relao do narrador com o av e a importncia da viagem a Itlia.Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2011/).GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

(8 pontos)11. L a seguinte frase. Voltando a Portugal oferecia-me ao marido da costureira e iria ficar lindamente em cima do rdio. Como me diziam sempre To bonito, to loiroNa passagem transcrita, identifica:a) os advrbios e seu valor;b) uma locuo adverbial;c) o adjetivo e respetiva subclasse;d) dois nomes, bem como a sua subclasse, gnero, nmero e grau; e) uma forma verbal no finita;f) uma forma verbal finita, bem como o tempo, o modo e a pessoa em que se encontra conjugada;g) duas preposies simples e uma contrao de preposio.

(2 pontos)12. L a frase seguinte.Se eu fosse jacar estava rico.Reescreve a frase, usando o adjetivo no grau superlativo absoluto analtico.

(2 pontos)13. Identifica o grau em que se encontra o adjetivo presente na frase abaixo. Dias compridssimos, desses que demoravam sculos a nascer.

(4 pontos)14. Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parnteses, no tempo e no modo indicados.Escreve a letra que identifica cada espao, seguida da forma verbal correta.a) Pretrito perfeito simples do indicativoO narrador __________ (querer) que o av virasse a torre Eiffel ao contrrio.b) Pretrito imperfeito do conjuntivoCaso __________ (haver) outra oportunidade, o narrador voltaria a viajar com o av.c) Pretrito mais-que-perfeito do conjuntivoSe o narrador __________ (ver) a bicicleta, teria evitado o acidente.d) Pretrito perfeito composto do conjuntivoTalvez o narrador j __________ (contar) a histria da viagem com o av aos seus netos.

(3 pontos)15. Rel a frase. () se calhar o meu av ia voltar-me, a mim, ao contrrio, e eu cercado de palhetas doiradas.Conjuga o verbo destacado no presente do conjuntivo em todas as pessoas e nmeros.

(1 ponto)15.1 Classifica o verbo a que pertence a forma verbal destacada como regular ou irregular e indica a respetiva conjugao.

(5 pontos)16. Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a identificares o tipo de sujeito presente em cada frase.Coluna AColuna B

a) Estive apaixonado por ela at aos doze anos.b) Nem Carmen Sevilha nem Anne Baxter me deram troco por a alm.c) O nosso objetivo, no entanto, era Pdua.d) com um volante de plstico e uma buzina de borracha alcana-se Itlia num rufo1. Sujeito simples2. Sujeito composto3. Sujeito nulo subentendido4. Sujeito nulo indeterminado

(25 pontos)GRUPO IIIEscreve um texto a partir de um dos temas propostos.O teu texto deve ter um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras.AComo sabes, a crnica um texto com caractersticas diversificadas, que apresenta o ponto de vista do seu autor em relao a um determinado assunto.Escreve uma crnica que pudesse ser publicada no jornal da tua escola, a partir de um acontecimento mais pessoal ou de um assunto de interesse mais geral.Escolhe o registo principal da tua crnica: narrativo, se optares por apresentar um ponto de vista pessoal sobre um determinado acontecimento; descritivo, se optares por apresentar um ponto de vista pessoal sobre as caractersticas de um espao, um objeto, uma personagem.Atribui um ttulo tua crnica.B semelhana dos autores mencionados na Parte A e do narrador na Parte B, tambm j te marcou, com certeza, algum livro que leste ou filme que viste.Tendo em conta a leitura ou o visionamento do filme, escreve um comentrio crtico sobre esse objeto artstico que te marcou.Em ambos os casos, o teu texto deve ter um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras.FIM

Observaes relativas ao Grupo III:1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2008/).2. Relativamente ao desvio dos limites de extenso indicados um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras , h que atender ao seguinte: a um texto com extenso inferior a 60 palavras atribuda a classificao de 0 (zero) pontos; nos outros casos, um desvio dos limites de extenso requeridos implica uma desvalorizao parcial (at dois pontos) do texto produzido

Teste 2Unidade 1 Crnicas e ContosGRUPO IParte AL a crnica de Maria Judite Carvalho A Gerao Lunar.

51015Era uma garotinha pequena de visita a um palcio, o da vila de Sintra, creio eu. Ou seria o de Queluz? Um palcio real em todo o caso, daqueles de salas imensas, e mveis importantes, de museu, agressivamente dignos, afetados, sados das mos de um autor conhecido, como os quadros e as esttuas. Quem pode conviver com um mvel assim?A menina parou, olhou, observou com ateno. Teria seis, sete anos. Depois de muito olhar, de por assim dizer entrar ou tentar entrar no ambiente, voltou-se para os pais e disse, lamentando muito: Como esta pobre gente vivia!Os presentes sorriram e at riram com vontade. Com que ento aquela pobre gente! Com que ento Pois claro, aquela pobre gente sem aparelho de rdio nem televiso, que aborrecimento naquelas grandes salas doiradas, sem ir ao cinema sequer, naquela imensa cozinha sem mquinas. No, aquilo j no servia para os sonhos de oito anos (ou sete). Isso era dantes, quando ns ramos crianas e lidvamos com princesas e prncipes encantados. A miudinha, ali, era porm produto de uma civilizao diferente, sem estpidos e velhos sonhos de palcio, com desejos mais modestos muito mais confortveis e fabulosos, como estar sentado na sala de estar sem doirados nem mveis de autor, a ver no pequeno ecr os homens a passear na Lua. Sim, sim, ela, a menina, tinha razo. Porque aquela pobre gente nem sequer suspeitava. Para ali estava naquelas grandes salas luxuosas, sem nada saber de uma prxima gerao lunar. Que ns ainda achamos maravilhosa. Que para a menina, ali, no palcio real, to natural talvez como respirar. Como aquela pobre gente vivia.

Dirio de Lisboa, 26.01.71Maria Judite de Carvalho, A Gerao Lunar, Este Tempo, Caminho, 2007

(6 pontos)1. Seleciona, para responderes a cada item (1.1 a 1.4), a nica opo que permite obter uma afirmao adequada ao sentido do texto.1.1 Na perspetiva da cronista, expressa no primeiro pargrafo, os mveis daquele museu caracterizavam-se por serem sobretudoa) banais.b) perfeitos.c) nobres.d) antigos.1.2 Na expresso Quem pode conviver com um mvel assim? (linha 4), est presentea) uma frase interrogativa usada para fazer uma pergunta.b) uma frase imperativa usada para fazer um pedido.c) uma frase imperativa que corresponde a um chamamento.d) uma frase interrogativa usada para exprimir um ponto de vista crtico.

1.3 A frase Como esta pobre gente vivia! (linha 7) apresenta o ponto de vistaa) da cronista. b) dos pais da menina.c) da menina.d) dos outros visitantes do museu.1.4 Na expresso Com que ento () (linha 8) o uso das reticncias pretende a) exprimir dvida.b) manifestar surpresa.c) interromper uma ideia.d) indicar que a frase no terminou.

(4 pontos)2. Associa cada elemento da coluna A ao elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto e de modo a identificares o valor semntico do advrbio destacado.Coluna AColuna B

a) () mveis importantes, de museu, agressivamente dignos, afetados, sados das mos de um autor conhecido, como os quadros e as esttuas.1. Valor de quantidade e grau

2. Valor de negao

b) () voltou-se para os pais e disse, lamentando muito3. Valor de tempo

c) No, aquilo j no servia para os sonhos de oito anos ()4. Valor de excluso

d) Que ns ainda achamos maravilhosa.5. Valor de modo

(5 pontos)3. Classifica cada uma das afirmaes seguintes (3.1 a 3.5) como verdadeira ou falsa, apresentando uma alternativa verdadeira para as frases falsas.3.1 Apesar da estranheza relativamente ao espao, a menina tentou integrar-se no ambiente.3.2 Os visitantes do museu sorriram face ao uso adequado do adjetivo.3.3 Esta crnica apresenta os pontos de vista de duas geraes diferentes.3.4 Para a gerao da cronista, as viagens Lua so perspetivadas como um facto usual. 3.5 Segundo a cronista, a estranheza da menina deveu-se ao facto de as salas do palcio serem imensas e vazias.

(1 ponto)4. Identifica o antecedente do pronome sublinhado na frase: Que ns ainda achamos maravilhosa (linha 17).

(2 pontos)5. Indica duas caractersticas que permitam classificar este texto como uma crnica.

(2 pontos)6. A partir do ponto de vista da cronista, indica uma consequncia do avano da tecnologia.Transcreve uma expresso onde esteja presente a ironia utilizada pela cronista para referir este facto.

Parte BL o texto de Ea de Queirs. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado no final.

510152025303540Ao fundo, e com um altar-mor, era o gabinete de trabalho de Jacinto. A sua cadeira, grave e abacial1, de couro, com brases, datava do sculo XIV, e em torno dela pendiam numerosos tubos acsticos, que, sobre os panejamentos de seda cor de musgo e cor de hera, pareciam serpentes adormecidas e suspensas num velho muro de quinta. Nunca recordo sem assombro a sua mesa, recoberta toda de sagazes e subtis instrumentos para cortar papel, numerar pginas, colar estampilhas2, aguar lpis, raspar emendas, imprimir datas, derreter lacre3, cintar documentos, carimbar contas! Uns de nquel4, outros de ao, rebrilhantes e frios, todos eram de um manejo laborioso e lento: alguns com as molas rgidas, as pontas vivas, trilhavam e feriam: e nas largas folhas de papel watman em que ele escrevia, e que custavam quinhentos reis, eu por vezes surpreendi gotas de sangue do meu amigo. Mas a todos ele considerava indispensveis para compor as suas cartas (Jacinto no compunha obras), assim como os trinta e cinco dicionrios, e os manuais, e as enciclopdias, e os guias, e os diretrios, atulhando uma estante isolada, esguia, em forma de torre, que silenciosamente girava sobre o seu pedestal, e que eu denominara o Farol. O que porm mais completamente imprimia quele gabinete um portentoso5 carter de civilizao eram, sobre as suas peanhas6 de carvalho, os grandes aparelhos, facilitadores do pensamento a mquina de escrever, os autocopistas7, o telgrafo Morse, o fongrafo8, o telefone, o teatrofone9, outros ainda, todos com metais luzidios, todos com longos fios. Constantemente sons curtos e secos retiniam no ar morno daquele santurio. Tic, tic, tic! Dlim, dlim, lim! Crac, crac, crac! Trrre, trrre!... Era o meu amigo comunicando. Todos esses fios mergulhavam em foras universais. E elas nem sempre, desgraadamente, se conservavam domadas e disciplinadas! Jacinto recolhera no fongrafo a voz do conselheiro Pinto Porto, uma voz oracular10 e rotunda11, no momento de exclamar com respeito, com autoridade: Maravilhosa inveno! Quem no admirar os progressos deste sculo?Pois, numa doce noite de S. Joo, o meu supercivilizado amigo, desejando que umas senhoras parentas de Pinto Porto (as amveis Gouveias) admirassem o fongrafo, fez romper do bocarro do aparelho, que parece uma trompa, a conhecida voz rotunda e oracular: Quem no admirar os progressos deste sculo?Mas, inbil ou brusco, certamente desconcertou alguma mola vital porque de repente o fongrafo comea a redizer, sem descontinuao, interminavelmente, com uma sonoridade cada vez mais rotunda, a sentena o conselheiro: Quem no admirar os progressos deste sculo?Debalde, Jacinto, plido, com os dedos trmulos, torturava o aparelho. A exclamao recomeava, rolava, oracular e majestosa: Quem no admirar os progressos deste sculo?Enervados, retirmos para uma sala distante, pesadamente revestida de panos de arrs12. Em vo! A voz de Pinto Porto l estava, entre os panos de Arrs, implacvel e rotunda: Quem no admirar os progressos deste sculo?Furiosos, enterrmos uma almofada na boca do fongrafo, atirmos por cima mantas, cobertores espessos, para sufocar a voz abominvel. Em vo! sob a mordaa, sob as grossas ls, a voz rouquejava, surda mas oracular: Quem no admirar os progressos deste sculo?As amveis Gouveias tinham abalado, apertando desesperadamente os xailes sobre a cabea. Mesmo cozinha, onde nos refugimos, a voz descia, engasgada e gosmosa: Quem no admirar os progressos deste sculo?Fugimos espavoridos para a rua.Era de madrugada.Ea de Queirs, Civilizao, Contos, Livros do Brasil, 2000

Vocabulrio1 Abacial: como a cadeira de um abade (superior religioso).2 Estampilhas: selos.3 Lacre: mistura de uma substncia resinosa com matria corante que serve para fechar e selar cartas.4 Nquel: moeda feita com este metal.5 Portentoso: assombroso.6 Peanhas: bases ou pedestais em que esto colocados objetos.7 Autocopistas: aparelhos prprios para autocopiar.8 Fongrafo: instrumento que fixa e reproduz os sons.9 Teatrofone: aparelhagem que transmitia diretamente de teatros, por meio de um telefone e de um microfone, peas musicais em exibio.10 Oracular: proftica, que antev o futuro.11 Rotunda: sonora.12 Arrs: tapearia antiga para ornar paredes de salas ou galerias.Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

(4,5 pontos)7. No primeiro pargrafo, o narrador descreve o gabinete de trabalho da personagem Jacinto.Indica os trs aspetos do gabinete do amigo que mais causaram admirao no narrador.

(2,5 pontos)8. Na perspetiva do narrador, os grandes aparelhos tinham uma funo determinada. Identifica essa funo e transcreve uma expresso que evidencie o ponto de vista do narrador.

(3 pontos)9. A partir de determinado momento visvel uma alterao na ao narrada. Descreve o acontecimento que determina essa alterao.

(4,5 pontos)10. A frase repetida que provm do fongrafo provoca reaes nas personagens. Indica as aes encadeadas das personagens a partir deste acontecimento.

(1,5 pontos)10.1 Identifica trs adjetivos que traduzam o estado de esprito das personagens perante o inslito acontecimento.

(3 pontos)11. Classifica o narrador deste excerto quanto presena e posio, justificando.

(3 pontos)12. Identifica, no excerto, exemplos de narrao, descrio e monlogo. Parte C

(8 pontos)13. L os excertos dos contos A galinha, de Verglio Ferreira e A aia, de Ea de Queirs. Responde, de forma completa e bem estruturada, apenas a um dos itens, 13.1 ou 13.2.Texto AA galinha

5Minha me trouxe, pois, as duas galinhas na carroa do Antnio Capador, e a minha tia ficou. E quando tarde ela voltou da feira, foi logo buscar a sua. Minha me j a tinha ali, embrulhada e tudo como minha tia a deixara, e deu-lha. Mas minha tia olhou a galinha de minha me, que j estava exposta no aparador, e, ao dar meia volta, quando se ia embora, no resistiu: Tu trocaste mas foi as galinhas. Disse isto de costas, mas com firmeza, como quem se atira de cabea. E minha me pasmou, de mos erguidas ao cu:

10 Louvado e adorado seja o Santssimo Nome de Jesus! Ento eu toquei l na galinha! Ento a galinha no est ainda conforme tu ma entregaste? Ento tu no vs ainda o papel dobrado? Ento no estars a ver o n do fioEstavam s as duas e puderam desabafar. Trocaste, trocaste. Mas fica l com a galinha, que no fico mais pobre por isso.Verglio Ferreira, Contos, Bertrand, 1991

13.1 Aps lerem o conto A galinha, a Mafalda e o Antnio fizeram os comentrios seguintes.Mafalda: Na minha opinio, o conto contm uma importante mensagem sobre determinados comportamentos humanos.Antnio: Quanto a mim, este conto contm uma mensagem sobre a relao entre as pessoas.Escreve um texto de opinio, com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras, em que, de entre os dois comentrios, defendas aquele que te parece mais adequado ao sentido do conto.O teu texto deve incluir uma parte de introduo, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Organiza a informao da forma que considerares mais pertinente, tratando os tpicos apresentados a seguir: Indicao do comentrio que, na tua opinio, mais adequado ao sentido do texto. Referncia ao motivo da zanga entre as duas irms. Caracterizao da evoluo da zanga e respetivas consequncias. Explicitao do ponto de vista do narrador em relao ao conflito e indicao do teu ponto de vista. Apresentao da inteno crtica do autor e da moralidade do conto.

Caso respondas ao item 13.1, no respondas ao item 13.2

Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2011/).

Texto BA AiaFoi um espanto, uma aclamao. Quem o salvara? Quem? L estava junto do bero de marfim vazio, muda e hirta, aquela que o salvara! Serva sublimemente leal! Fora ela que, para conservar a vida ao seu prncipe, mandara morte o seu filho Ento, s ento, a me ditosa, emergindo da sua alegria exttica, abraou apaixonadamente a me dolorosa, e a beijou, e lhe chamou irm do seu corao E de entre aquela multido que se apertava na galeria veio uma nova, ardente aclamao, com splicas de que fosse recompensada, magnificamente, a serva admirvel que salvara o rei e o reino.Ea de Queirs, Contos, Livros do Brasil, 2004

13.2. Aps lerem o conto A aia, a Mariana e o Tiago fizeram os comentrios seguintes.Mariana: Na minha opinio, a palavra que melhor caracteriza a atitude da aia perante a sua condio de escrava humildade.Tiago: Quanto a mim, a palavra que melhor caracteriza a atitude da aia perante a sua condio de escrava resignao.Escreve um texto de opinio, com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras, em que, de entre os dois comentrios, defendas aquele que te parece mais adequado ao sentido do conto.O teu texto deve incluir uma parte de introduo, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Organiza a informao da forma que considerares mais pertinente, tratando os tpicos apresentados a seguir: Indicao do comentrio que, na tua opinio, mais adequado ao sentido do texto. Justificao da escolha desse comentrio, atravs da transcrio de uma expresso que evidencie o carter da aia. Descrio da atitude da aia e explicitao da sua inteno. Referncia a duas caractersticas psicolgicas da aia. Identificao de um recurso expressivo presente no excerto e explicitao do seu significado. Apresentao do teu ponto de vista sobre a opo da aia, e respetiva justificao.

Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2011/).GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

(6 pontos)14. L as frases seguintes. a) Quem no admirar os progressos deste sculo? b) Uns de nquel, outros de ao, rebrilhantes e frios, todos eram de um manejo laborioso e lento: alguns com as molas rgidas, as pontas vivas, trilhavam e feriam c) Ao fundo, e com um altar-mor, era o gabinete de trabalho de Jacinto. d) Mas a todos ele considerava indispensveis para compor as suas cartas (Jacinto no compunha obras), assim como os trinta e cinco dicionrios, e os manuais, e as enciclopdias, e os guias, e os diretrios Justifica o uso da pontuao destacada em cada uma das frases.

(3 pontos)15. Constri duas frases onde utilizes a vrgula com cada uma das seguintes funes: a) Isolar o vocativo.b) Separar a orao subordinada da orao subordinante.

(3 pontos)16. Reescreve em discurso indireto a fala seguinte. Maravilhosa inveno! Quem no admirar os progressos deste sculo?

(4 pontos)17. De entre as palavras destacadas, identifica os pronomes, os determinantes e os quantificadores.a) Eram vrios os aparelhos facilitadores do pensamento.b) O mais original era o teatrofone.c) O fongrafo, cujo som assustou as Gouveias, estava avariado.d) Quem no admirava os progressos daquele sculo?e) Ao fundo, via-se um escritrio, que era a diviso mais organizada.

(3 pontos)17.1 Indica as subclasses dos pronomes e determinantes que identificaste.

(1 ponto)18. L a frase abaixo e indica o advrbio a presente. () os diretrios, atulhando uma estante isolada, esguia, em forma de torre, que silenciosamente girava sobre o seu pedestal ()

(1,5 pontos)19. Indica o tempo e o modo das formas verbais destacadas na passagem seguinte. Pois, numa doce noite de S. Joo, o meu supercivilizado amigo, desejando que umas senhoras parentas de Pinto Porto (as amveis Gouveias) admirassem o fongrafo, fez romper do bocarro do aparelho, que parece uma trompa, a conhecida voz rotunda e oracular

(1,5 pontos)19.1 Classifica o verbo a que pertencem essas formas verbais como regular ou irregular e indica a respetiva conjugao.

(2 pontos)20. Classifica o sujeito da passagem seguinte. Todos esses fios mergulhavam em foras universais.

(25 pontos)GRUPO III A frase que encerra o excerto do conto Civilizao, de Ea de Queirs, na Parte B do Grupo II, pode ser um incio de uma outra narrativa, agora imaginada por ti.Escreve um texto narrativo, correto e bem estruturado, com um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras, iniciado pela frase: Era de madrugada.Na tua narrativa, deves incluir uma descrio de um espao e um momento de dilogo.No final, rev o teu texto para verificares a ortografia, a pontuao, a estrutura das frases e dos pargrafos e a coerncia.FIMObservaes relativas ao Grupo III:1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2008/).2. Relativamente ao desvio dos limites de extenso indicados um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras , h que atender ao seguinte: a um texto com extenso inferior a 60 palavras atribuda a classificao de 0 (zero) pontos; nos outros casos, um desvio dos limites de extenso requeridos implica uma desvalorizao parcial (at dois pontos) do texto produzido.

Teste 3Unidade 2 Gil Vicente

Teste 3Unidade 2 Gil VicenteGRUPO IParte AL o texto seguinte.Comunicaes. O primeiro SMS da histria foi enviado h 20 anos, a 3 de dezembro de 1992. Tornou-se um dos mais populares servios de comunicao de sempre e dever continuar a crescer em trfego e receitas apesar da concorrncia de outros meios, nomeadamente aplicaes gratuitas para smartphones. A consultora Informa Telecoms prev que os SMS representem 98 mil milhes de euros de receitas em 2016.SMS FAZ 20 ANOSA msg q mudou o mundoAna Rita Guerra

510152025A nica coisa que Neil Papworth queria era testar se o servio de mensagens escritas funcionava fora do laboratrio. O engenheiro britnico de apenas 22 anos na altura, em dezembro de 1992, usou um computador pessoal para enviar a mensagem Feliz Natal ao engenheiro da Vodafone Richard Jarvis. O texto apareceu num telefone Orbitel 901 a meio da festa de Natal da operadora no Reino Unido, usando a sua rede GSM. Um ano depois, em 1993, a Nokia lanou os modelos 2110 que permitiam a troca de SMS sigla de Short Message Service e a operadora finlandesa Radiolinja foi a primeira a oferecer o servio, ainda nesse ano. S muito mais tarde se percebeu quem tinha sido o inventor da tecnologia, o finlands Matti Makkonen, que nos anos 70 teve a ideia e a levou s discusses dos standards GSM. Nunca patenteou nada nem recebeu um cntimo pela inveno. Mas a novidade demorou a ser bem-sucedida: em 1995, os clientes de telemveis enviavam apenas 0,4 mensagens por ms. S no incio da dcada de 2000 a adeso s mensagens curtas se tornou viral, medida que a tecnologia melhorou e o telemvel se massificou. At hoje, mantido o limite de caracteres por SMS, algo que foi definido em 1985 por Friedhelm Hillebrand, da Deutsche Telekom. Era um dos engenheiros responsveis pela definio de standards GSM nos anos 80 e trabalhou com o francs Bernard Ghillebaert. Porqu 160 caracteres? A largura da rede analgica era limitada e Hillebrand usou a referncia dos caracteres que se podiam escrever num postal ou numa mensagem de telex. O standard permite 140 bytes de informao e a codificao de sete bytes por carter gerou ento o limite de 160. O grande salto do SMS acabou por se dar h dez anos. Em 2002, foram enviados 250 mil milhes de SMS, de acordo com os dados da consultora Informa Telecoms & Media, e em 2012 devero ser enviados 6,7 bilies de SMS, um aumento de 13,6% face a 2011. A analista Pamela Clark-Dickson, da Informa, sublinha que existem dvidas sobre a sobrevivncia do SMS a longo prazo devido s novas tecnologias a que os consumidores aderiram. O SMS est a lutar pela sobrevivncia em alguns mercados, onde v o seu papel de comunicao mvel a ser usurpado por servios gratuitos como o WhatsApp, iMessage, Viber, KakaoTalk e Facebook, diz. De facto, o envio de SMS est a diminuir em vrios pases, como o caso da Holanda, da Espanha, da China, da Coreia do Sul e das Filipinas. A Informa acredita que sero os pases emergentes, com pouco acesso a computadores, a manter o sucesso da inveno.Dirio de Notcias, 1 de dezembro de 2012 (adaptado)

(6 pontos)1. As afirmaes a) a g) baseiam-se em informaes do texto A msg q mudou o mundo.Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem pela qual essas informaes aparecem no texto. Finaliza a tua sequncia com a letra g).a) O servio de mensagens de texto corre o risco de ser substitudo a longo prazo por novas tecnologias. b) O envio de SMS comeou por uma experincia de um engenheiro britnico.c) O criador das mensagens escritas enviadas atravs de telemvel de nacionalidade finlandesa.d) O nmero mximo de caracteres a utilizar em cada SMS mantm-se desde o surgimento desta forma de comunicao.e) O primeiro SMS surgiu durante o sculo XX, na dcada de noventa.f) A partir do incio do sculo XXI, generalizou-se o uso do telemvel.g) A expedio de SMS apresenta, na atualidade, uma reduo em diversos pases.

(6 pontos)2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.4), a nica opo que permite obter uma afirmao adequada ao sentido do texto.2.1 Pela leitura do texto, pode afirmar-se quea) a comunicao por SMS teve um sucesso imediato.b) a adeso em massa s mensagens escritas atravs do telemvel coincidiu com o aperfeioamento da tecnologia.c) o trfego de SMS parar de crescer a curto prazo.d) o SMS est a ser substitudo por outros servios que so disponibilizados pelas empresas de comunicao, com custos para o consumidor.2.2 Na frase A Informa acredita que sero os pases emergentes, com pouco acesso a computadores, a manter o sucesso da inveno., o vocbulo emergentes (linhas 28-29) poderia ser substitudo pela expressoa) subdesenvolvidos.b) desenvolvidos.c) em desenvolvimento.d) estagnados.2.3 A palavra Mas (linha 11) indica que, em relao ao segundo, o terceiro pargrafo apresentaa) uma concluso.c) uma explicao.b) um acrscimo. d) um contraste.

(2 pontos)3. Seleciona a opo que corresponde nica afirmao falsa, de acordo com o sentido do texto.a) que (linha 1) refere-se a a nica coisa.b) que (linha 6) refere-se a Nokia.c) que (linha 9) refere-se a o finlands Matti Makkonen.d) que (linha 17) refere-se a caracteres.

Parte BL o excerto do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio.Fidalgo A estoutra barca me vou.Hou da barca! Para onde is?Ah, barqueiros! No me ouvis?Respondei-me! Houl! Hou!

510152025303540(Par Deos, aviado1 estou!Quanta isto j piorQue giricocins2, salvanor3!Cuidam que sam4 eu grou5?)

Anjo Que quers?Fidalgo Que me digais,pois parti to sem aviso6,se a barca do Paraso esta em que navegais.Anjo Esta ; que demandais7?Fidalgo Que me leixeis embarcar.Sou fidalgo de solar8, bem que me recolhais.

Anjo No se embarca tiranianeste batel divinal.Fidalgo No sei porque haveis por malque entre a minha senhoriaAnjo Pera vossa fantesia9mui estreita esta barca.Fidalgo Pera senhor de tal marcanom h aqui mais cortesia?

Vocabulrio1 Aviado: bem arranjado.2 Giricocins: diminutivo pejorativo de jerico; asnos.3 Salvanor: salvo seja.4 Sam: sou.5 Grou: ave pernalta palradora.6 Sem aviso: inesperadamente.7 Demandais: pretendeis.8 Fidalgo de solar: de linhagem nobre e antiga.9 Fantesia: vaidade, orgulho.10 Atavio: apetrecho da embarcao.11 Senhorio: categoria, importncia.12 Fumosa: vaidosa.13 Generoso: nobre.14 Achar-vos-s tanto menos: menos digno de entrar na barca do Anjo.Venha prancha e atavio10!Levai-me desta ribeira!Anjo No vindes vs de maneirapera ir neste navio.Essoutro vai mais vazio:a cadeira entrare o rabo cabere todo vosso senhorio11.

Vs irs mais espaosocom fumosa12 senhoria,cuidando na tiraniado pobre povo queixoso;e porque, de generoso13,desprezastes os pequenos,achar-vos-s tanto menos14quanto mais fostes fumoso.Diabo barca, barca, senhores!

4550556065707580Oh! que mar to de prata! Um ventezinho que matae valentes remadores! Diz, cantando:Vs me veniredes15 a la mano,a la mano me veniredes.

Fidalgo Ao Inferno todavia!Inferno h i pera mi? triste! Enquanto vivino cuidei que o i havia.Tive16 que era fantasia17;folgava ser adorado;confiei em meu estado18e no vi que me perdia.

Venha essa prancha! Veremosesta barca de tristura.Diabo Embarq a vossa doura,que c nos entenderemosTomars um par de remos,veremos como remais,e, chegando ao nosso cais,todos bem vos serviremos.

Fidalgo Esperar-me-s vs aqui,tornarei outra vidaver minha dama queridaque se quer matar por mi.Diabo Que se quer matar por ti?Fidalgo Isto bem certo o sei eu.Diabo namorado sandeu19,o maior que nunca vi!

Fidalgo Como podr isso ser,

Vocabulrio15 Veniredes: vireis.16 Tive: pensei.17 Fantasia: imaginao.18 Estado: condio social.19 Sandeu: tolo, ingnuo.20 Escarnecer: trocar.21 Que nom havia mais no bem: no havia amor maior.22 Querer: amor.23 Preo: valor.que mescrivia mil dias?Diabo Quantas mentiras que liase tu morto de prazer!FidalgoPera que escarnecer20,que nom havia mais no bem21? Diabo Assi vivas tu, amen,como te tinha querer22!

FidalgoIsto quanto ao que eu conheoDiabo Pois estando tu espirando,se estava ela requebrandocom outro de menos preo23.

859095100Fidalgo D-me licena, te peo,que v ver minha mulher.Diabo E ela, por no te ver,despenhar-se- dum cabeo24. Quanto ela hoje rezou,antre seus gritos e gritas, foi dar graas infinitasa quem a desassombrou25.FidalgoQuanto ela26, bem chorou!Diabo Nom h i choro de alegria?FidalgoE as lstimas27 que dezia?Diabo Sua me lhas ensinou.

Entrai! Entrai! Entrai!Ei-la prancha! Ponde o pFidalgoEntremos, pois que assi .Diabo Ora, senhor, descansai,

Vocabulrio24 Cabeo: monte.25 Desassombrou: consolou.26 Quanto ela: quanto a ela.27 Lstimas: lamentaes.passeai e suspirai.Entanto vinr mais gente.Fidalgo barca, como s ardente!Maldito quem em ti vai!Gil Vicente, Auto da barca do Inferno, Fixao do texto a partir das edies seguintes: As obras de Gil Vicente, dir. cientifica de Jos Cames, INCM, 2002; Teatro de Gil Vicente,apresentao e leitura de Antnio Jos Saraiva, Portuglia, s.d.

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

(2 pontos)4. Justifica a afirmao do Fidalgo Par Deos, aviado estou! (v. 5), caracterizando a sua atitude ao chegar barca do Anjo.

(6 pontos)5. Confrontado com a presena do Fidalgo, o Anjo defende uma opinio. Explicita a posio do Anjo, apresentando os argumentos usados pela personagem para a fundamentar.

(3 pontos)6. Rel a afirmao do Diabo. Oh! Que mar to de prata! / Um ventezinho que mata / e valentes remadores (vv. 42-43) Identifica o recurso expressivo presente no verso destacado e explicita a intencionalidade comunicativa da personagem.

(5 pontos)7. Identifica trs argumentos usados pelo Fidalgo perante a evidncia de que teria de embarcar na barca infernal e trs contra-argumentos apresentados pelo Diabo.

(5 pontos)8. Identifica os tipos de cmico presentes neste excerto, explicitando os objetivos com que so utilizados.

(5 pontos)9. L o comentrio seguinte. As personagens da barca do Inferno so tipos sociais e profissionais do Portugal quinhentista em trnsito para o seu destino, que julgam ser o Paraso.Ana Paula Dias, Para uma leitura de Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, Editorial Presena, 2002A partir do teu conhecimento da personagem do Fidalgo, e com base no excerto apresentado, defende ou contradiz esta afirmao.Parte CA cena efetivamente representa a margem de um rio o rio do outro mundo com duas barcas prestes a partir: uma delas, conduzida por um anjo, leva ao Paraso; a outra, conduzida por um diabo, leva ao inferno. Uma srie de personagens vo chegando praia.Paul Tessyer, Gil Vicente, o autor e a obra, Biblioteca Breve, Instituto de Cultura e Lngua Portuguesa, 1985

(10 pontos)10. Para alm do Fidalgo, so diversas as personagens que vo chegando ao cais e aguardam o destino final.Escreve um texto expositivo, com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras, no qual apresentes uma outra personagem da pea de Gil Vicente.O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Organiza a informao da forma que considerares mais pertinente, tratando os tpicos apresentados a seguir: Classe/grupo social representado pela personagem. Smbolo(s) cnico(s) associado(s) personagem e respetivo significado. Percurso cnico da personagem. Argumentos utilizados pela personagem perante o Diabo ou o Anjo. Destino final da personagem e sua justificao.Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2011/).

GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

(3 pontos)11 Classifica as formas verbais presentes na frase seguinte indicando pessoa, nmero e modo.Entrai! Entrai! Entrai! (v. 96)

(4 pontos)11.1 Reescreve a frase na forma negativa, fazendo as alteraes necessrias.

(3 pontos)12. Identifica quatro arcasmos presentes no texto da Parte B, justificando a tua escolha.

(5 pontos)13. L a frase seguinte. Inferno h i pera mi? (v. 49)As palavras destacadas deram origem a trs palavras presentes no vocabulrio do portugus atual. Indica-as.

(3 pontos)13.1 Refere os processos fonolgicos ocorridos na evoluo das palavras destacadas.

(4 pontos)14. Indica o processo de formao das palavras seguintes. a) angelicalc) teocracia (Gr. Thos, Deus + Gr. Kratos, governo)b) embarcar

(3 pontos)15. Seleciona, para responderes a cada item (15.1 a 15.3), a nica opo que permite obter uma afirmao correta.15.1 A frase que inclui um pronome pessoal com a funo sinttica de sujeito a) Assi vivas tu, amen?b) No me ouvis?.c) Respondei-me! Houl! Hou!d) Sou fidalgo de solar, bem que me recolhais.15.2 Na frase todos bem vos serviremos, a expresso destacada desempenha a funo sinttica de a) complemento indireto.c) complemento direto.b) complemento oblquo.d) sujeito.15.3 Na frase Esperar-me-s vs aqui, tornarei outra vida, a expresso destacada desempenha a funo sinttica dea) complemento direto.c) modificador do grupo verbal.b) complemento indireto.d) complemento oblquo.

(25 pontos)GRUPO III Entre a escrita das cartas pela mulher do Fidalgo e as trocas de mensagem por SMS decorreu um longo perodo de tempo, em que as formas de comunicao se alteraram significativamente.Escreve um texto argumentativo, que pudesse ser publicado num jornal escolar, no qual apresentes as vantagens da escrita para comunicar, tentando convencer os jovens da importncia de sabermos exprimir-nos por escrito.O teu texto deve ter um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras e no deves assin-lo.

FIM

Observaes relativas ao Grupo III:1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2008/).2. Relativamente ao desvio dos limites de extenso indicados um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras , h que atender ao seguinte: a um texto com extenso inferior a 60 palavras atribuda a classificao de 0 (zero) pontos; nos outros casos, um desvio dos limites de extenso requeridos implica uma desvalorizao parcial (at dois pontos) do texto produzido.

Teste 4Unidade 2 Gil VicenteGRUPO IParte AL o texto seguinte.Um priplo horripilante, de crimes e fantasmas, pelas ruas de LisboaPor Catarina Duro Machado

Uma empresa de animao d a conhecer uma capital diferente. Em vez de guias, so atores que se encarregam de liderar o caminho por entre histrias de uma Lisboa de outros tempos.

51015202530Arco da Rua Augusta, 21h30. Ouvem-se as solas dos sapatos marcando a calada. Mas a cidade est quase silenciosa, a imaginao que compe um cenrio de suspense: os efeitos dos focos de luz vindos do cho, junto ao arco, iluminam os queixos dos transeuntes, e h quem passe com a gola do sobretudo virada para cima. O vento no sopra, o frio suporta-se. So as sombras e os silncios que incomodam quem no est habituado a observar este tipo de noite em Lisboa.Esta uma histria de fantasmas, para quem acredita neles. Para quem no acredita, ento esta uma histria de teatro, onde o palco so as ruas inclinadas do centro histrico da capital, os espetadores so os clientes e os transeuntes ocasionais. H um ator principal, vestido de capa preta com capuz e lanterna na mo. Os atores secundrios, esses, so os fantasmas. O contador de capa preta tem como funo fazer ressuscitar os mortos de que fala, com o foco da lanterna na cara ou apontando-o para os edifcios onde eles, os mortos, tero vivido. Foi aqui que viveu uma assassina, conta o narrador do passeio noturno, dirigindo a luz janela de um prdio devoluto. A histria assume contornos de filme policial e os caminhantes escutam com ateno. Finda a narrativa, o priplo percorrido de um flego, sem parar. E no fim, o contador grita ou sussurra um sigam-me. E o grupo segue-o, pois claro.

Crimes e lendas assim que a Ghost Tours trabalha (www.ghost-tours-portugal.pt). noite, para portugueses ou estrangeiros, fugindo da confuso do dia, onde turistas e lisboetas se atropelam numa cidade cada vez mais concorrida. De inverno, o cenrio fica mais carregado, o frio agua a imaginao, e at em dias de chuva Lisboa parece ficar mais assustadora. O motivo do passeio so crimes e criminosos, lendas e acontecimentos horripilantes da Histria de Lisboa. O contador leva o grupo pela colina do Castelo acima e, na S, no obstante os gritos incomodados de um sem-abrigo, a atmosfera macabra adensa-se. O cu est mesmo preto e a catedral profundamente amarela, a Lua cheia a um canto. O contador est entusiasmado e lembra o dia em que um bispo foi lanado da torre da S, em pleno sculo XIV. Conta-se que os seus restos mortais foram arrastados pela cidade e comidos pelos ces, vocifera. Os improprios do sem-abrigo persistem, mas o contador no desmancha o seu papel. A sua voz colocada e parece ecoar no silncio da rua. No admira que incomode os que j dormem, apesar de no passar das dez da noite.A subida acentua-se, desfilam fantasmas de assassinos, h muito falecidos, e das suas vtimas. E no Ptio do Carrasco, a caminho de Santa Luzia, que o ambiente chega a gelar. De repente, o grupo transporta-se para um trio quadrangular do sculo XIX, com casinhas baixas e janelas pequenas, carreiros interminveis de plantas e vasos, roupa estendida nos varais, capachos porta e gente que, embora ali viva, no vem espreitar, mas respira do outro lado da parede. A histria a de Lus Negro e o nome do ptio diz tudo. Adiante.

3540455055606570Sangue, suor e gargalhadasO contador segue agora o fantasma de Manuela de Zamora, uma ladra, pelas Escadinhas de So Crispim. Mais uma vez, ningum vem janela, por mais que o contador berre os feitos da mulher. O grupo arfa da subida, mas constata, com surpresa, que no conhecia aquele trajeto que desemboca porta do Chapit. A ladra ficou para trs, mas, uns minutos frente, encontra-se uma outra, Giraldinha, agora nas Escadinhas de So Cristvo. As pinturas murais alusivas ao fado acompanham a narrativa, enquanto um grupo de raparigas passa e estaca, olhando o contador com curiosidade. Querem seguir as palavras que captaram no ar, mas o mensageiro j voa pela Rua de Santa Justa, com a capa a ondular.Com a Praa da Figueira no horizonte, o grupo de caminhantes exibe alguma expectativa, agora que comea a entrar em territrio mais conhecido. Com o Castelo de So Jorge pendurado no cu, numa faixa amarelada de muralhas, o contador aproveita para lembrar que Lisboa tem lendas fundadoras, e que Ulisses protagonizou uma delas. A histria perde dramatismo, mas ganha romance e fantasia, para contrabalanar a slaba tnica dada aos crimes e assassnios. Em torno, vislumbram-se rostos da noite, habituados, porventura, a homens de capa preta. Rapazes deslizando em skates, aos ps do mestre de Avis. O contador persiste no fito de aterrorizar transeuntes: senhoras e casais a passear, ou espera de qualquer coisa ao p do carro, turistas deambulantes. Os sustos so genunos e parece que o contador j ter mesmo provocado gritos de pavor que tero acordado meia Baixa Pombalina. No entanto, a maioria destes sustos acaba por transformar-se em gargalhadas bem-dispostas. Tempo para aterrorizar um pouco mais os caminhantes, com os fantasmas dos cristos-novos massacrados no Rossio. A luz da lanterna incide sobre a porta fechada da Igreja de So Domingos. Os pormenores violentos das mortes provocam esgares de reprovao nos rostos. J houve quem tivesse reclamado contra o sadismo que o contador emprega ao relatar o Massacre dos Judeus de 1506, mas esse o propsito, afirmar, mais tarde, o narrador. O priplo termina da pior maneira. Junto esttua de D. Pedro, no Rossio, o contador apresenta a escrava Catarina Maria, que foi acusada de ser bruxa pela Inquisio. A imaginao dos espetadores arde com o relato da sua tortura e da sua morte, em auto-de-f, numa fogueira anormalmente lenta. Histrias de outros tempos, mas que se tornam reais quando se olha para uma das fontes da praa e, em vez dela, se distingue claramente uma pira ardente e uma mulher que morre sufocada com o fumo e o pnico.

Despindo a capaA noite continua enigmtica, uma hora e meia depois. A Lua cheia rodeia-se de uma nvoa escura e o som das solas dos sapatos persiste no horizonte auditivo. No Rossio, o contador sorri, pela ltima vez, e, sem que diga sigam-me, desaparece, rodando sobre si, como se, na verdade, nunca tivesse existido. Afinal, o contador no desapareceu. Deu a volta esttua de D. Pedro e regressou, sem a capa.Pblico, 2 de dezembro de 2012 (adaptado)

(6 pontos)1. As afirmaes a) a g) referem-se a informaes do texto sobre uma viagem especial pelas ruas de Lisboa.Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem cronolgica dos acontecimentos, do mais antigo ao mais recente. Comea a sequncia pela letra a).a) Junto ao arco da Rua Augusta, o incio da aventura noturna marcado por um ambiente silencioso e expectante.b) A luz da lanterna foca uma igreja, em plena baixa pombalina.c) O percurso finda na praa do Rossio junto esttua de D. Pedro.d) O priplo horripilante conduzido por um ator, que guia o grupo pela colina do Castelo. e) A verdadeira caminhada comea nas ruas ngremes da capital portuguesa.f) Entre as Escadinhas de So Crispim e as de So Cristvo, um grupo de jovens para, embalado pelas palavras do contador. g) A voz de um sem-abrigo ouve-se no silncio da noite, junto S.

(6 pontos)2. Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto. Coluna AColuna B

a) Personagem condenada por feitiaria pela Inquisio, queimada num auto-de-f.1. Ulisses

b) Personagem coletiva, massacrada por motivos religiosos.2. Um bispo

c) Protagonista de uma queda, cujo corpo foi devorado por animais.3. Cristos-novos

d) Personagem famosa pelos roubos cometidos.4. Lus Negro

e) Figura ligada ao mito portugus da fundao.5. A escrava Catarina Maria

f) Homem do sculo XIX, cuja histria associada ao Ptio do Carrasco.6. Manuela de Zamora

(3 pontos)3. Seleciona, para responderes a cada item (3.1 a 3.3), a nica opo que permite obter uma afirmao adequada ao sentido do texto.3.1 Pela leitura do texto, pode afirmar-se que o tema deste percurso a) os principais monumentos da cidade de Lisboa.b) as labirnticas ruas de Lisboa.c) as misteriosas lendas ligadas s ruas da baixa pombalina.d) as figuras histricas associadas capital portuguesa.3.2 A expresso De inverno, o cenrio fica mais carregado, o frio agua a imaginao, e at em dias de chuva Lisboa parece ficar mais assustadora (linhas 19-20 ) contma) uma anttese e uma metfora.b) uma dupla adjetivao e uma hiprbole.c) um eufemismo e uma comparao.d) uma metfora e uma personificao.3.3 Com a expresso o ambiente chega a gelar (linha 31), ilustra-se a ideia de quea) o clima de suspense aumentara devido s histrias assustadoras. b) o grupo sentia medo porque a escurido aumentara.c) estava muito frio porque o vento soprava.d) o frio se tinha acentuado, visto j ser noite profunda.

(2 pontos)4. Seleciona a opo que corresponde nica afirmao falsa, de acordo com o sentido do texto. a) A palavra neles (linha 6) refere-se a fantasmas.b) A palavra o (linha 11) refere-se a foco da lanterna.c) A palavra me (linha 15) refere-se a o contador.d) A palavra sua (linha 63) refere-se a bruxa.4.1 Transforma a afirmao falsa, de forma a torn-la verdadeira, de acordo com o sentido do texto.Parte BL o excerto do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio.Tanto que o Frade foi embarcado, veio a Alcouveteira, per nome Brsida Vaz, a qual, chegando barca infernal, diz desta maneira:Brsida Vaz Hou l da barca, hou l!Diabo Quem chama?Brsida Vaz Brsida Vaz.Diabo E aguarda-me, rapaz

510152025como nom vem ela j?Companheiro Diz que nom h de vir c sem Joana de Valds1.Diabo Entrai vs, e remars.Brsida Vaz Nom quero eu entrar l.

Diabo Que sabroso arrecear!Brsida Vaz No essa barca que eu cato2.Diabo E trazs vs muito fato3?Brsida Vaz O que me convm levar.Diabo Que o quhavs dembarcar?Brsida Vaz Seiscentos virgos postios4e trs arcas de feitiosque nom podem mais levar.

Vocabulrio1 Santa Joana de Valds: nome referido anteriormente, o qual correspondera a alguma figura conhecida do pblico.2 Cato: procuro.3 Fato: bagagem, como roupa e joias.4 Virgos postios: hmenes falsos.5 Almrios: armrios.6 Enlheos: enredos, intrigas.7 Casa movedia: casa de armar e desarmar.8 Coxins: almofadas grandes, para assento.9 Mercaderia: mercadoria.10 Bof: na verdade. Trs almrios5 de mentir,e cinco cofres de enlheos6,e alguns furtos alheos,assi em joias de vestir,guarda-roupa dencobrir,enfim casa movedia7;um estrado de cortiacom dous coxins8 dencobrir.

A mor crrega que :essas moas que vendia.Daquesta mercaderia9trago-a eu muito, bof10!

303540455055606570Diabo Ora ponde aqui o pBrsida Vaz Hui! e eu vou pera o Paraso!Diabo E quem te dixe a ti isso?Brsida Vaz L hei dir desta mar.

Eu s a mrtela11 tal,aoutes tenho levadose tormentos soportadosque ningum me foi igual.Se fosse fogo infernal,l iria todo o mundo!A estoutra barca, c fundo, me vou, que mais real12.

Barqueiro mano, meus olhos,prancha a Brsida Vaz!Anjo Eu no sei quem te c trazBrsida Vaz Peo-vo-lo de giolhos13!Cuidais que trago piolhos,anjo de Deos, minha rosa?Eu s aquela preciosaque dava as moas14 a molhos,

a que criava as meninas15pera os cnegos16 da SPassai-me, por vossa f,meu amor, minhas boninas17,olho de perlinhas finas!

Vocabulrio11 Mrtela: mrtir.12 Mais real: mais bonita, melhor.13 Giolhos: joelhos.14 Moas: raparigas do povo.15 Meninas: raparigas burguesas (geralmente delicadas e de boa educao).16 Cnegos: padres que pertencem a direo ou administrao de uma igreja.17 Boninas: flores campestres.18 E eu som apostolada, / angelada e martelada, / e fiz cousas mui divinas: a Alcoviteira compara-se aos apstolos, aos anjos e aos mrtires.E eu som apostolada,angelada e martelada,e fiz cousas mui divinas18.

Santa rsula nom converteotantas cachopas como eu:todas salvas polo meu,que nenha se perdeo.E prouve quele do Coque todas acharam dono.Cuidais que dormia sono?Nem ponto se me perdeo!

Anjo Ora vai l embarcar,no ests emportunando.Brsida Vaz Pois estou-vos eu contandoo porque me havs de levar.AnjoNo cures de emportunar,que nom podes ir aqui.Gil Vicente, Auto da barca do Inferno, Fixao do texto a partir das edies seguintes: As obras de Gil Vicente, dir. cientifica de Jos Cames, INCM, 2002; Teatro de Gil Vicente,apresentao e leitura de Antnio Jos Saraiva, Portuglia, s.d.Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

(4 pontos)5. Caracteriza a atitude de Brsida Vaz ao chegar barca infernal, fundamentando as tuas afirmaes com expresses do texto.

(4 pontos)6. Identifica o recurso expressivo utilizado para indicar os smbolos da Alcoviteira, explicitando o valor dos mesmos, tendo em conta o grupo que o principal alvo de crtica nesta cena.

(6 pontos)7. Rel a afirmao seguinte:Eu s a mrtela tal (v. 33)A partir deste verso, a personagem feminina apresenta diversos argumentos para justificar a sua entrada no Paraso.Apresenta dois desses argumentos e refere o trao de carter evidenciado pelas suas palavras.

(6 pontos)8. Explica o sentido da expresso Se fosse fogo infernal, l iria todo o mundo! (vv. 37-38), referindo a crtica inerente a estas palavras.

(5 pontos)9. L o comentrio seguinte.Pela leitura das falas do Anjo, percebe-se que ele no vai permitir que Brsida Vaz embarque na barca da glria.Apresenta dois argumentos a favor deste comentrio, considerando as falas do Anjo ao longo do texto.Parte C

(8 pontos)10. Escreve um texto expositivo-argumentativo sobre a prtica teatral de Gil Vicente, com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras.Deves partir da afirmao e tentar valid-la, recorrendo a argumentos e exemplos que a clarifiquem. O mundo s avessas da tradio popular estava ainda muito vivo no Portugal do primeiro tero do sculo XVI. Era tolerado pelo rei e pela Igreja. Foi essa tolerncia que permitiu a Gil Vicente, fiel servidor do Monarca na sua qualidade de poeta de corte, passar alm da ordem estabelecida sem provocar escndalo.Paul Tessyer, Gil Vicente, o autor e a obra, Biblioteca Breve, Instituto de Cultura e Lngua Portuguesa, 1985O teu texto deve incluir uma parte de introduo, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Organiza a informao da forma que considerares mais pertinente, tratando os tpicos apresentados a seguir: o teatro na poca de Gil Vicente; a relao do dramaturgo com a corte; as diversas funes que desempenhou no contexto teatral; a compilao das obras organizadas pelo filho.

GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

(6 pontos)11. Seleciona, para responderes a cada item (11.1 a 11.3), a nica opo que permite obter uma afirmao correta.11.1 A frase que contm uma interjeio com valor de chamamento :a) Hou l da barca, hou l!c) Hui! e eu vou pera o Paraso!b) Nom quero eu entrar l.d) Ora vai l embarcar11.2 A frase onde est presente um advrbio interrogativo :a) L hei de ir desta mar. b) E aguarda-me, rapaz / como nom vem ela j?c) Diz que nom h de vir c / sem Joana de Valds.d) No cures de importunar / que no podes vir aqui.11.3 A frase onde a palavra a uma preposio :a) Emprestei uma pea de teatro minha prima mas ainda no a fui buscar.b) Consultei uma biografia e encontrei dados sobre a vida de Gil Vicente.c) A ltima personagem a embarcar no batel infernal foi o Enforcado.d) O Pajem trazia a cadeira do Fidalgo, mas o Diabo no a deixou embarcar.

(4 pontos)12. Rel o ttulo do texto da Parte A.Um priplo horripilante, de crimes e fantasmas, pelas ruas de LisboaIndica o processo de formao da palavra priplo (Gr. peri, em torno de + Gr. plos, navegao) e apresenta um sinnimo para a mesma, tendo em conta o contexto da frase.

(2 pontos)12.1 Reescreve a frase, substituindo o adjetivo presente por um sinnimo.

(4 pontos)13. Associa cada expresso destacada da coluna A ao nico elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a identificares a funo sinttica desempenhada pela expresso destacada em cada frase.Coluna AColuna B

a) Diz que no h de vir c.b) Nom quero eu entrar l.c) Ora ponde aqui o p. d) Cuidais que dormia sono? Nem ponto se me perdeo!1. Sujeito2. Complemento direto3. Complemento indireto4. Complemento oblquo5. Modificador do grupo verbal

(4 pontos)14. Indica, para cada um dos itens (14.1 e 14.2), a funo sinttica que a expresso destacadadesempenha em cada uma das frases.14.1 Aps o embarque do frade, chegou a Alcoviteira ao cais.14.2 Aps o embarque do frade, encontraram a Alcoviteira no cais.

(3 pontos)15. Utiliza modificadores do grupo verbal com os valores indicados para completares as frases15.1 a 15.3.15.1 A Alcoviteira chegou ao cais (valor de modo).15.2 O Frade cantava o tordio (valor de tempo).

(2 pontos)15.3 A Moa Florena tambm embarcou (valor de lugar).16. Identifica na cena da Alcoviteira: a) uma frase imperativa e afirmativa que corresponda a uma interpelao;b) uma frase imperativa usada para fazer um pedido.

(25 pontos)GRUPO IIIL atentamente o pargrafo extrado do texto da Parte A, assim como as palavras e expresses apresentadas a seguir.Esta uma histria de fantasmas, para quem acredita neles. Para quem no acredita, ento esta uma histria de teatro, onde o palco so as ruas inclinadas do centro histrico da capital (). H um ator principal, vestido de capa preta com capuz e lanterna na mo.luzsilnciocuLuafantasma

Escreve a continuao da narrativa por ele iniciada, onde integres as palavras apresentadas acima.Define o assunto da tua narrativa, o ambiente recriado, a sequncia dos acontecimentos, as personagens, o tempo e o espao.Escreve o teu texto: usando expresses diversificadas para assinalares a passagem do tempo e para situares os acontecimentos no espao; incluindo uma sequncia descritiva, em que caracterizes uma personagem, e uma sequncia descritiva, em que caracterizes o espao.Rev o teu texto para verificares a ortografia, a pontuao, a estrutura das frases e dos pargrafos e a coerncia.O teu texto deve ter um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras.FIMObservaes relativas ao Grupo III:1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada por espaos em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hfen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer nmero conta como uma nica palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2008/).2. Relativamente ao desvio dos limites de extenso indicados um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras , h que atender ao seguinte: a um texto com extenso inferior a 60 palavras atribuda a classificao de 0 (zero) pontos; nos outros casos, um desvio dos limites de extenso requeridos implica uma desvalorizao parcial (at dois pontos) do texto produzido.

Teste 5Unidade 3 Os LusadasGRUPO IParte AL o texto sobre a exposio da Gulbenkian As Idades do Mar. A Idade dos Mitos

51015202530Ilustram-se aqui algumas das narrativas matriciais do universo e da humanidade, fontes conservadas atravs de tradies transpostas para a escrita e suporte permanente do imaginrio visual. A mitologia clssica divulgou o universo dos deuses e heris eternizados nos textos gregos atribudos a Homero e nos romanos de Virglio e Ovdio Odisseia, Eneida e Metamorfoses. Os seus mares agitados so povoados por divindades de referncia humana, como Vnus, deusa nascida da espuma das ondas, ou Neptuno e Anfitrite, casal que governa os mares. A tambm vivem fantsticos seres, como nereidas, trites e sereias.Referido na Bblia em vrios episdios, o mar tambm cenrio nos milagres de santos na Europa catlica em mitos fomentados pela Contra-Reforma, como os episdios da vida de S. Francisco Xavier.

A Idade do PoderO mar foi cenrio de jogos de poder determinados por ambies econmicas e polticas que obrigaram formao de grandes esquadras confrontando-se para o seu domnio. Multiplica-se a representao de conjuntos poderosos de navios pertencentes s potncias martimas europeias, tanto em circulaes comerciais como em batalhas. Tal figurao desenvolve-se sobretudo a partir da poca das grandes navegaes ocenicas, quando o conhecimento cientfico substitui as vises medievais geradas pela imaginao.Ao princpio, concedia-se representao de navios a funo de cenrio para temticas religiosas. Mas as Provncias Unidas protestantes desenvolveram uma pintura ostentatria, laica, que pretendia ilustrar e divulgar os seus sucessos no mar contra o domnio dos Habsburgos da Espanha catlica. Em meados do sculo XVII, os motivos preferenciais da afirmao de poder pela Holanda so os confrontos com a Inglaterra, a nova potncia naval europeia.

A Idade do TrabalhoTrabalhos relacionados com o mar apontam atividades continuadas de resposta a necessidades fundamentais, tanto as de sobrevivncia material (a pesca como fonte de alimento) como as das comunicaes com outras terras (os comrcios que implicam o movimento dos portos como lugares de abrigo e trnsito de pessoas, bens, servios e culturas).Os areais e os lodos junto ao mar tambm guardam meios de subsistncia, que por vezes evidenciam a dureza da sobrevivncia humana, em contraponto com a representao do negcio. A pesca prolonga-se no comrcio, feito nas lotas ou nos centros urbanos, onde chegam s populaes os alimentos do mar. Fecha-se assim o ciclo do trabalho.

Idade das TormentasA morfologia dos mares agitados e dos acontecimentos meteorolgicos a eles associados, matria de assombro e pavor que os pintores foram registando, relativiza a dimenso humana perante a sua violncia destruidora.

354045Num jogo entre objetivos documentais e representaes cenicamente fantasiadas, estas pinturas centram-se tanto no motivo das tormentas como no dos naufrgios que delas resultam, numa luta entre a fora monumental da Natureza e a audcia humana para nela navegar.O sentimento trgico acentuado na representao dos naufrgios, com o desaparecimento das embarcaes e das pessoas e bens. O cenrio do mar pode assim propiciar reflexes ticas e polticas sobre o drama social da perda do pescador enquanto sustento da famlia e suscita tambm meditaes transcendentes sobre a vida dos homens como povo ou sobre a definitiva solido existencial do indivduo.A Idade EfmeraA partir de finais do sculo XIX, o mar pretexto para explorao pictrica autnoma, pelas matrias resultantes da pincelada que restituem realidades sensorialmente mais intensas. O mar como objeto preferencial de contemplao gera mimetismos entre os estados anmicos do espetador e o mar nos seus diferentes tempos, originando muitas vezes o impulso da partida e da viagem. A praia estabelece-se como lugar de passeio das gentes burguesas, cuja circulao o caminho de ferro facilita. A moda das grandes temporadas de veraneio massifica-se durante o sculo XX, por impulsos sociais e lgicas sanitrias que levam vulgarizao dos banhos de mar.http://www.museu.gulbenkian.pt/ (adaptado)

(7 pontos)1. As afirmaes a) a h) referem-se a informaes do texto.Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem pela qual essas informaes surgem no texto. Comea a sequncia pela letra e).a) Determinadas provncias protestantes usam a pintura para difundir os seus xitos no mar.b) As imagens criadas pela imaginao na poca medieval so substitudas por outras influenciadas pelo conhecimento cientfico.c) Os quadros passam a representar, por exemplo, o comrcio nas lotas ou nos centros das cidades.d) O mar referido nos textos bblicos como cenrio de milagres.e) Algumas das lendas fundadoras do universo e do ser humano so alvo de ilustrao.f) O mar objeto de contemplao e desperta sensaes no espetador.g) O cenrio do mar desencadeia reflexes sobre os dramas sociais e o sentido da vida humana.h) O registo pictrico da violncia destrutiva do mar acentua o poder das foras da natureza.

(5 pontos)2. Associa cada elemento da coluna A ao elemento da coluna B que lhe corresponde, deacordo com o sentido do texto.Coluna AColuna B

a) Era representada nas pinturas como um tempo de confronto entre o Homem e o poder do universo que o rodeava.b) poca em que o mar se destaca como fonte de recursos essenciais e veculo de comunicao.c) Perodo que valoriza o mar sobretudo como espao de fuga e recreio.d) Etapa em que o mar representado como um lugar habitado por divindades e seres fantsticos.e) poca de afirmao das grandes potncias martimas.1 Idade dos Mitos2. Idade do Trabalho3. Idade do Poder4. Idade das Tormentas5. Idade Efmera

(3 pontos)3. Seleciona a opo que corresponde nica afirmao falsa, de acordo com o sentidoa) O pronome que (linha 7) refere-se a Neptuno e Anfitrite.b) O pronome que (linha 17) refere-se a uma pintura ostentatria.c) O pronome que (linha 26) refere-se a meios de subsistncia.d) O pronome que (linha 31) refere-se a matria de assombro e pavor .Parte BL o excerto de um episdio de Os Lusadas. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado no final.

19J no largo Oceano1 navegavam,As inquietas ondas apartando;Os ventos brandamente respiravam,Das naus as velas cncavas inchando;Da branca escuma os mares se mostravamCobertos, onde as proas vo cortandoAs martimas guas consagradas2,Que do gado de Prteo3 so cortadas, 20Quando os Deuses no Olimpo luminoso,Onde o governo est da humana gente,Se ajuntam em conslio4 glorioso,Sobre as cousas futuras do Oriente.Pisando o cristalino Cu fermoso,Vem pela Via Lctea juntamente,Convocados, da parte do Tonante5,Pelo neto gentil do velho Atlante6. 21Deixam dos sete cus7 o regimento8,Que do poder mais alto lhe foi dado,Alto poder, que s co pensamentoGoverna o Cu, a Terra e o Mar irado.Ali se acharam juntos, num momento,Os que habitam o Arcturo congelado9E os que o Austro tem10, e as partes ondeA Aurora nasce e o claro Sol se esconde. 22Estava o Padre11 ali, sublime e dino,Que vibra os feros raios de Vulcano12,Num assento de estrelas cristalino,Com gesto alto, severo e soberanoDo rosto respirava um ar divino,Que divino tornara um corpo humano;Com a coroa e ceptro rutilante,De outra pedra mais clara que diamante.23Em luzentes assentos, marchetados13De ouro e de perlas, mais abaixo estavamOs outros Deuses todos, assentadosComo a Razo e a Ordem concertavam14:Precedem os antiguos, mais honrados,Mais abaixo os menores se assentavam;Quando Jpiter alto assi dizendo,Cum tom de voz comea grave e horrendo: 24 Eternos moradores do luzente,Estelfero plo15 e claro assento16:Se do grande valor da forte genteDe Luso17 no perdeis o pensamento,Deveis de ter sabido claramenteComo dos Fados grandes certo intentoQue por ela se esqueam os HumanosDe Assrios, Persas, Gregos e Romanos. 25J lhe foi, bem o vistes, concedido,Cum poder to singelo e to pequeno,Tomar ao Mouro forte e guarnecidoToda a terra que rega o Tejo ameno.Pois contra o Castelhano to temidoSempre alcanou favor do Cu sereno.Assi que sempre, em fim, com fama e glria,Teve os trofus pendentes da vitria18. 26Deixo, Deuses, atrs a fama antiguaQue coa gente de Rmulo19 alcanaram,Quando, com Viriato, na inimigaGuerra Romana tanto se afamaram.Tambm deixo a memria que os obrigaA grande nome, quando alevantaramUm por seu capito, que, peregrino,Fingiu na cerva esprito divino20.

27Agora vedes bem que, cometendo21O duvidoso mar, num lenho leve22,Por vias nunca usadas, no temendoDe frico e Noto23 a fora, a mais se atreve:Que, havendo tanto j que as partes vendoOnde o dia comprido e onde breve24,Inclinam seu propsito e perfiaA ver os beros onde nasce o dia25.28Prometido lhe est do Fado eterno,Cuja alta lei no pode ser quebrada,Que tenham longos tempos o governo

Do mar que v do Sol a roxa entrada26.Nas guas tem passado o duro Inverno;A gente vem perdida e trabalhada27.J parece bem feito que lhe sejaMostrada a nova terra que deseja.29E, porque, como vistes, tem passadosNa viagem to speros perigos,Tantos climas e cus experimentados,Tanto furor de ventos inimigos,Que sejam, determino, agasalhados28Nesta costa Africana como amigos.E, tendo guarnecida a lassa frota,Tornaro a seguir sua longa rotaLus de Cames, Os Lusadas, edio de A. J. da Costa Pimpo, 2003

Vocabulrio1 Largo Oceano: oceano ndico.2 Consagradas: sagradas.3 Gado de Prteo: peixes (Prteo era o deus que guardava os peixes do Oceano).4 Conslio: conselho, assembleia.5 Tonante: Jpiter, deus do trovo.6 Neto gentil do velho Atlante: Mercrio, mensageiro dos deuses.7 Sete cus: referncia ao sistema de Ptolomeu (astrnomo, matemtico e gegrafo grego, c. 85-160 d.C.), segundo o qual a Terra se encontrava no centro, rodeada por sete esferas imaginrias giratrias, s quais estavam fixos os astros seguintes: Lua, Mercrio, Vnus, Sol, Marte, Jpiter e Saturno.8 Regimento: governao.9 Arcturo congelado: Norte gelado (Arcturo uma das estrelas mais brilhantes no cu terrestre e pertence a uma constelao do hemisfrio norte).10 Os que o Austro tem: os que habitam o Sul (o Austro o vento que sopra de Sul).11 Padre: Jpiter, pai dos deuses.12 Vulcano: deus do fogo, filho de Jpiter e de Juno, que fabricava os raios para o seu pai.13 Marchetados: embutidos, ornamentados.14 Concertavam: determinavam.15 Estelfero polo: cu estrelado.16 Claro assento: trono resplandecente.17 Gente/De luso: portugueses (descendentes de Luso, que era, por sua vez, suposto filho ou companheiro de Baco).18 Trofus pendentes da vitria: colunas onde pendiam os despojos dos vencidos.19 Gente de Rmulo: romanos.

20 Um por seu capito, que, peregrino, / Fingiu na cerva esprito divino: referncia a Sertrio, general romano dissidente de Roma que chefiou os lusitanos aps a morte de Viriato e que fez a cora que trazia consigo passar por intrprete da deusa Diana.21 Cometendo: desafiando.22 Lenho leve: pequena embarcao.23 frico e Noto: ventos do sudoeste e do sul.24 Onde o dia comprido e onde breve: referncia diferente durao dos dias e das noites nos hemisfrios norte e sul.25 Beros onde nasce o dia: oriente.26 Mar que v do Sol a roxa entrada: oceano ndico.27 Trabalhada: cansada.28 Agasalhados: recebidos como amigos.

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

(2 pontos)4. Insere as estncias de Os Lusadas na estrutura externa e na estrutura interna da obra.

(3 pontos)5. Caracteriza a viagem descrita na estrofe 19, destacando o uso expressivo de duas formas verbais.

(3 pontos)6. Transcreve das estrofes 19 e 20 as duas expresses que introduzem temporalmente os dois planos narrativos e indica a relao que se estabelece entre estes.

(4,5 pontos)7. Diversas divindades comparecem no Conslio.Indica as etapas percorridas at ao incio da reunio, referindo a forma como se organizavam os deuses antes de Jpiter comear o seu discurso.

(2 pontos)8. Transcreve a expresso que indica o motivo da convocatria enviada por Jpiter, explicando o seu sentido por palavras tuas.

(3 pontos)9. Na estrofe 22, descrito o pai dos deuses. Sintetiza as caractersticas de Jpiter, recorrendo a dois adjetivos tua escolha que no estejam presentes na estrofe.

(2 pontos)10. Rel os seguintes versos da estncia 22.Com a coroa e ceptro rutilante,De outra pedra mais clara que diamante.Identifica o recurso expressivo presente nos versos transcritos e indica a sua funo.

(3 pontos)11. Relaciona o motivo deste conslio e o discurso de Jpiter com a inteno glorificadora do heri.

(2 pontos)12. Comprova que Jpiter utiliza uma perfrase para se dirigir ao auditrio no incio do discurso e indica o valor deste recurso.

(4,5 pontos)13. Explicita trs argumentos utilizados por Jpiter para convencer os deuses do valor dos nautas portugueses.Parte C

(6 pontos)14. L as estrofes 30 a 33 do Canto I de Os Lusadas, a seguir transcritas, e responde, de forma completa e bem estruturada, ao item 13. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

30Estas palavras Jpiter dezia,Quando os Deuses, por ordem respondendo,Na sentena um do outro difiria,Razes diversas dando e recebendo.O padre Baco1 ali no consentia2No que Jpiter disse, conhecendoQue esquecero seus feitos no OrienteSe l passar a Lusitana gente.32V que j teve o Indo6 sojugadoE nunca lhe tirou Fortuna ou CasoPor vencedor da ndia ser cantadoDe quantos bebem a gua de Parnaso7.Teme agora que seja sepultadoSeu to clebre nome em negro vasoDgua do esquecimento, se l chegamOs fortes Portugueses que navegam.

31Ouvido tinha aos Fados que viriaa gente fortssima de Espanha3Pelo mar alto, a qual sujeitariaDa ndia tudo quanto Dris4 banha,E com novas vitrias venceriaA fama antiga, ou sua ou fosse estranha.Altamente lhe di perder a glriaDe que Nisa5 celebra inda a memria.33Sustentava contra ele Vnus8 bela,Afeioada gente Lusitana,Por quantas qualidades via nelaDa antiga to amada sua Romana:Nos fortes coraes, na grande estrelaQue mostraram na terra Tingitana9,E na lngua, na qual quando imagina,Com pouca corrupo cr que a Latina.

34Estas causas moviam Cyterea10,E mais, porque das Parcas11 claro entendeQue h de ser celebrada a clara Dea12,Onde a gente belgera13 se estende.Assi que, um, pela infamia14 que arrecea,E o outro, polas honras que pretende,Debatem e na perfia15 permanecem;A qualquer seus amigos favorecem

Lus de Cames, Os Lusadas,edio deA. J. da Costa Pimpo, 2003

Vocabulrio1 Baco: deus do vinho, conquistador da ndia e adorado no Oriente.2 No consentia: discordava.3 Espanha: Pennsula Ibrica.4 Dris: Ttis, deusa do mar, aqui designada pelo nome da sua me.5 Nisa: lugar lendrio onde Baco teria nascido.6 Indo: habitante da ndia.7 Quantos bebem a gua de Parnaso: os poetas, que eram quem bebia a gua da montanha de Parnaso, na Grcia, que dava inspirao potica.8 Vnus: deusa do amor e da beleza.9Terra Tingitana: antiga provncia romana. 10 Cyterea: nome dado a Afrodite, deusa grega da fecundidade, da beleza e doamor, cuja equivalente romana Vnus.11 Parcas: Deusas que determinavam o destino dos homens.12 Dea: Deusa.13 Belgera: guerreira.14 Infamia: infmia, desonra.15 Perfia: porfia, obstinao.

Escreve um texto expositivo, com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras, no qual explicites o contedo das estrofes 30 a 34.O teu texto deve incluir uma parte de introduo, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Organiza a informao da forma que considerares mais pertinente, tratando os tpicos apresentados a seguir: Identificao do episdio a que pertencem as estrofes e referncia aos intervenientes. Apresentao da opinio dos deuses e referncia a um argumento de defesa utilizado por cada um. Referncia a duas caractersticas dos deuses em dilogo. Indicao de duas figuras de estilo utilizadas e transcrio dos versos correspondentes.Apresentao do teu ponto de vista sobre a posio dos deuses, justificando a tua opinio.

GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

(4 pontos)15. Identifica e classifica as oraes subordinadas nas frases seguintes.a) Os argumentos que Marte usou convenceram-me.b) J li este episdio tantas vezes, que j o conheo de memria.c) Disseste que tinhas um dicionrio de mitologia?d) Embora no tenha acabado a leitura, estou fascinada com a descrio dos deuses.

(4,5 pontos)16. Transforma cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando conjunes e locues conjuncionais das subclasses indicadas entre parnteses. Faz as alteraes necessrias.a) Baco silenciou-se.Vnus apresentou os seus argumentos.(locuo subordinativa temporal)b) Os portugueses chegaro ndia.Os portugueses alcanaro o estatuto de heris.(conjuno subordinativa condicional)c) Marte discursava de um modo to convicto.Todos o ouviam atentamente.(conjuno subordinativa consecutiva)

(3 pontos)17. Seleciona, para responderes a cada item (17.1 a 17.6), a nica opo que permite obter uma afirmao correta.17.1 No verso Estava o Padre ali, sublime e dino, / Que vibra os feros raios de Vulcano, a palavra destacada a) uma conjuno coordenativa explicativa.c) uma conjuno subordinativa completiva.b) uma conjuno subordinativa causal.d) um pronome relativo. 17.2 A orao subordinada introduzida pela palavra destacada em Estava o Padre ali, sublime e dino, / Que vibra os feros raios de Vulcano a) subordinada adjetiva relativa.c) subordinada substantiva completiva.b) subordinada adverbial causal.d) coordenada explicativa.17.3 Nos versos J parece bem feito que lhe seja / Mostrada a nova terra que deseja., a palavra destacada a) um pronome relativo.b) uma conjuno subordinativa completiva.c) uma conjuno coordenativa conclusiva.d) uma conjuno subordinativa causal.17.4 A orao subordinada introduzida pela palavra destacada em J parece bem feito que lhe seja / Mostrada a nova terra que deseja. a) subordinada adjetiva relativa.c) subordinada substantiva completiva.b) subordinada adverbial causal.d) coordenada conclusiva.17.5 A frase Quem viajou nas naus viveu uma experincia inesquecvel contm uma oraoa) subordinada substantiva relativa.c) subordinada adjetiva relativa restritiva.b) subordinada adjetiva relativa explicativa.d) subordinada substantiva completiva. 17.6 A frase que inclui uma conjuno coordenativa explicativa a) Como ainda temos tempo, vamos melhorar o trabalho.b) L o episdio do Adamastor, pois a personagem imponente.c) J acabei esta parte, portanto posso ajudar-te.d) No encontrei a informao sobre Baco, porque emprestei o dicionrio de mitologia.

(1,5 pontos)18. Transcreve a orao subordinada que integra a frase complexa que se segue. Todos os alunos que leram este episdio ficaram curiosos.

(5 pontos)19. Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a identificares a subclasse dos verbos.Coluna AColuna B

a) Estava o Padre ali, sublime e dino.b) Que vibra os feros raios de Vulcano.c) Os ventos brandamente respiravam.d) Vem pela Via Lctea juntamentee) Tomar ao Mouro forte e guarnecido / Toda a terra1 Verbo transitivo direto2. Verbo transitivo indireto3. Verbo transitivo direto e indireto4. Verbo copulativo.5. Verbo intransitivo

(3 pontos)20. Identifica as funes sintticas dos constituintes destacados nas frases seguintes. a) Vnus continuava a favor dos portugueses.b) Um desafio foi colocado pelos deuses a Jpiter.c) Jpiter ficou impressionado com a interveno de Marte.

(4 pontos)21. Reescreve as frases seguintes na passiva ou na ativa.a) Na Proposio, Cames apresenta o assunto e o heri do seu canto.b) Diversos argumentos foram apresentados por Baco aos deuses reunidos.c) Todas as divindades ouviam atentamente as palavras de Jpiter.d) A partir dali, o futuro dos navegadores portugueses seria decidido pelo pai dos deuses.

(25 pontos)GRUPO IIINos livros, nos filmes, nas bandas desenhadas ou mesmo na nossa famlia ou no nosso ciclo de amigos conhecemos personagens que nunca esquecemos e que, frequentemente, passamos a considerar heris.Escreve um texto argumentativo em que apresentes a tua posio relativamente importncia dos heris na nossa vida e no nosso crescimento.O teu texto deve incluir: Introduo apresentao do teu ponto de vista sobre este tema. Desenvolvimento apresentao dos teus argumentos e de eventuais exemplos. Concluso reforo da tua opinio.Rev cuidadosamente o teu texto.FIMObservaes relativas ao Grupo III:1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia delimitada