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Paciente Deprimido A depressão refere-se: SINTOMA e GRUPO DE ENFERMI que possuem TRAÇOS EM COMUM Caracteriza-se por um tom afetivo de TRISTEZA acom sentimentos de DESAMPARO e REDUÇÃO da AUTO-ESTIMA. Experimenta sentimentos de SEGURANÇA AMEAÇADA, fal CAPACIDADE para enfrentar seus problemas. Todos os aspectos da vida: EMOCIONAL, COGNITIVA, FISIOLÓGICA, COMPORTAMENTAL e SOCIAL podem ser afetados. PSICOPATOLOGIA E PSICODINÂMICA

Paciente Deprimido - Katlyn e Ana Camila

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Page 1: Paciente Deprimido - Katlyn e Ana Camila

Paciente Deprimido

A depressão refere-se: SINTOMA e GRUPO DE ENFERMIDADESque possuem TRAÇOS EM COMUM

Caracteriza-se por um tom afetivo de TRISTEZA acompanhado desentimentos de DESAMPARO e REDUÇÃO da AUTO-ESTIMA.

Experimenta sentimentos de SEGURANÇA AMEAÇADA, falta de CAPACIDADE para enfrentar seus problemas.

Todos os aspectos da vida: EMOCIONAL, COGNITIVA, FISIOLÓGICA, COMPORTAMENTAL e SOCIAL podem ser afetados.

PSICOPATOLOGIA E PSICODINÂMICA

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PSICOPATOLOGIA E PSICODINÂMICA

Nos DEPRESSIVOS MODERADOS, ou em FASE INICIAL, o paciente tenta ativamente ALIVIAR seu sofrimento.

Nos DEPRESSIVOS CRÔNICOS, o paciente se entrega. Sente queos outros NÃO PODEM ou NÃO QUEREM ajudá-lo.

Os síndromes clínicos da depressão oscilam de graves psicoses a neuroses moderadas e reações de ajustamento.

O SUICÍDIO é fenômeno de importância crucial na COMPREENSÃO do funcionamento psicológico da pessoa deprimida.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

AFETO:

O paciente deprimido PERDE O INTERESSE PELA VIDA. Seus apetites diminuem antes de ser afetada sua conduta manifesta e,nas depressões moderadas, passa pelos mecanismos da:ALIMENTAÇÃO, SEXO, ATIVIDADE, mas com pouco entusiasmo.

A ANSIEDADE constitui RESPOSTA PSICOLÓGICA ao perigo e é notada com frequência quando o indivíduo sente existir contínuaameaça ao seu bem-estar.

Nas depressões graves a ansiedade pode ser substituída por APATIA E AFASTAMENTO.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

AFETO:

O paciente APÁTICO não faz qualquer tentativa para ajudar a sipróprio e consegue pouca simpatia ou assistência.

O AFASTAMENTO protege-o do sofrimento causado pelos própriossentimentos internos.

A DESPERSONALIZAÇÃO desempenha função DEFENSIVA – nãosente mais seu corpo ou suas reações emocionais como parte de si.

A CÓLERA é elemento PREDOMINANTE no afeto de pacientes depressivos – modos: DIRETAMENTE ou SUTIL.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

PENSAMENTO:

Há preocupação consigo e com seu estado, ATORMENTANDO-SEcom seu infortúnio e com o efeito causado em sua vida.

Rumina sobre seu PASSADO e cobre-se de REMORSO, imaginando SOLUÇÕES MÁGICAS para seus problemas presentes.

Os temas que NÃO chegam à mente do paciente são tãoimportantes quanto aqueles que o preocupam.

Os PROCESSOS COGNITIVOS do paciente estão perturbados, os pensamentos estão reduzidos em quantidade, pouca variedade.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

COMPORTAMENTO:

A LENTIDÃO caracteriza não somente os processos mentais do paciente deprimido como também sua vida toda.

Seus movimentos exigem mais tempo, e mesmo quando pareceagitado e hiperativo, a conduta determinada ou intencional é reduzida.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

SINTOMAS FÍSICOS:

Queixas mais comuns:

Conciliar o sono Constirpação Despertar de madrugada Perda da libido Dor de cabeça, pescoço e costas FadigaSecura e ardor na boca

A escolha específica dos sintomas somáticos possui significadosimbólico para o paciente.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

RELAÇÕES SOCIAIS:

A pessoa depressiva ALMEJA O AMOR DOS OUTROS, mas falhaem corresponder de modo a RECOMPENSAR o companheiro ou emreforçar a relação.

Nos estados LEVES ou BENIGNOS, pode haver AUMENTO da atividade social.

No indivíduo MODERADAMENTE deprimido pode ser um COMPANHEIRO FIEL E DE CONFIANÇA, mas subordinará os seus próprios desejos e interesses aos da outra pessoa.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

PSICÓTICA E NEURÓTICA E TRISTEZA NORMAL:

O contato do indivíduo PSICÓTICAMENTE deprimido, com o mundoreal está PREJUDICADO.

REGRIDE a um nível em que suas mais amadurecidas eindependentes funções do ego podem ser sacrificadas,se necessário, para MANTER O AMOR PRÓPRIO FALIDO.

O paciente NEUROTICAMENTE deprimido CONTINUA a funcionarno mundo real e seus sentimentos depressivos ou são moderados, ou parecem adequados aos desencadeantes externos.

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• FATORES DESENCADEANTES

• Depressões EXÓGENAS ou REATIVAS são vistas como resposta a experiências traumáticas desencadeantes na vida do paciente.

• Depressões ENDÓGENAS vêm-se como a expressão padronizada de uma reação constitucionalmente condicionada, POUCO AFETADA por acontecimentos externos.

• As depressões neuróticas podem ser ligadas a FATORES DESENCADEANTES ESPECÍFICOS com mais facilidade do que qualquer outro tipo de sintoma neurótico.

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• FATORES DESENCADEANTES | Tensões Específicas

• PERDA: A perda de um objeto de amor é o desencadeante mais comum da depressão.

• Traduz-se, em geral, pela MORTE ou SEPARAÇÃO do OBJETO.

• Ou ainda, da PERDA PSICOLÓGICA INTERNA, resultante da suposição de ser rejeitado pela família e pelos amigos.

• Essa perda pode ser REAL ou IMINENTE.

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• FATORES DESENCADEANTES | Tensões Específicas

• AMEAÇAS À AUTOCONFIANÇA E À AUTO-ESTIMA

• A REDUÇÃO da autoconfiança e da auto-estima são sintomas primordiais da depressão.

• O AMOR-PRÓPRIO da maior parte dos indivíduos com tendência à depressão fundamentou-se na CONTÍNUA absorção de amor, respeito e aprovação das outras figuras importantes da sua vida.

• A RUPTURA de uma relação com dita pessoa representa AMEAÇA à fonte de amor a gratificação dependente do pacientem, que supre seus sentimentos narcisistas.

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• FATORES DESENCADEANTES | Tensões Específicas

• SUCESSO: Algumas pessoas tornam-se paradoxalmente deprimidas em resposta a aparente sucesso.

• 1) O paciente SENTE QUE NÃO MERECE tal êxito, a despeito de provas objetivas em contrário. Crê que o AUMENTO DA RESPONSABILIDADE irá mostrá-lo INCAPAZ.

• 2) O paciente TEME À REPRESÁLIA por afirmação e agressão. Ele LUTOU frequentemente para alcançar alta posição, porém equipara a confirmação de sucesso à agressão hostil, SENTINDO-SE CULPADO por qualquer conduta que tenha favorecido seu próprio avanço.

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• PADRÕES PSICODINÂMICOS

• Identificação e Projeção

• INTROJEÇÃO é quando a representação mental do objeto perdido torna-se parte permanente da personalidade.

• IDENTIFICAÇÃO é quando o indivíduo modifica sua auto-imagem de acordo com a imagem que faz da pessoa importante que perdeu, modificando somente em áreas escolhidas.

• Estas duas defesas servem para recapturar o objeto perdido, pelo menos nos termos da vida psicológica do paciente.

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• PADRÕES PSICODINÂMICOS

• Depressão e Cólera

• O paciente deprimido DESLOCA sua cólera para pessoas substitutas que, ele espera, SUBSTITUIRÃO sua perda e CONTINUARÃO a gratificar suas necessidades.

• Esta hostilidade coercitiva manifesta-se frequentemente CONTRA O TERAPEUTA.

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• PADRÕES PSICODINÂMICOS

• Isolamento e Negação

• O indivíduo deprimido luta com frequência para CONSERVAR seus sentimentos FORA DA CONSCIÊNCIA e para IGNORAR suas origens do mundo externo.

• O isolamento e a negação são defesas características da personalidade obsessiva.

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• PADRÕES PSICODINÂMICOS

• Síndromes Maníacos

• Apesar de sua APARENTE EXALTAÇÃO, a mania é melhor compreendida como DEFESA contra a depressão.

• É PRODUTO da negação e da inversão do afeto.

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• PADRÕES PSICODINÂMICOS

• Projeção e reações paranóides

• Se utiliza a defesa da projeção, a fim de PROTEGER-SE de sua dolorosa auto-recriminação, sente que os outros não somente FRACASSARAM EM AUXILIÁ-LO como também são a CAUSA de sua dificuldade.

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• MASOQUISMO E CARÁTER DEPRESSIVO

• É traço central de caráter dos indivíduos depressivos.

• 1)Para alguns, a dor é pré-requisito necessário para o gozo do prazer; TRANSFORMA-SE em meio de aplacar o superego e expiar a culpa.

• Evita, ou pelo menos diminui, os tormentos da consciência procurando punição do mundo real.

• 2) Tem relação com o desejo infantil de MANTER O CONTROLE onipotente sobre o universo.

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• MASOQUISMO E CARÁTER DEPRESSIVO

• 3) Relaciona-se com a segurança e o conforto proporcionado por tudo que é familiar.

• A conduta masoquista pode proporcionar grande benefício secundário, pois as pessoas costumam compadecer-se dos miseráveis e dos infelizes e o paciente pode tirar satisfação da simpatia dos demais.

• Nem todos os pacientes masoquistas são clinicamente deprimidos.

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• SUICÍDIO

• Gestos suicidas = conduta tentada conscientemente como dramática comunicação.

• Tentativa de suicídio = ato autodestrutivo

• 1) Dentre os motivos, temos que algumas pessoas deprimidas sentem-se incapazes de controlar de outra maneira suas próprias vidas.

• 2) Um impulso para cometer suicídio pode estar relacionado com um impulso de matar alguém. Serve como meio de controlar a própria agressividade.

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• PSICODINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO

• O depressivo vem, freqüentemente, de família com história de depressão e suas altas aspirações e auto-imagem medíocre têm sido transmitidas de geração para geração.

• O paciente predisposto à depressão não sente alegria de viver. Seu superego é punitivo e sádico, originando-se de suas próprias fantasias agressivas e da incorporação das exigências de progenitores perfeccionistas.

• Concede pouco prazer a sí próprio e julga constantemente seus desempenhos a fim de determinar se tem vivido de acordo com seus modelos internos, achando-se sempre devedor.

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• CONDUÇÃO DA ENTREVISTA

• Exige participação ativa do médico (terapeuta).

• APRESENTAÇÃO INICIAL

• Não costuma vir desacompanhado ao consultório médico.

• Ao prosseguir a entrevista, o paciente gravemente deprimido esperará que o médico fale primeiro.

• O paciente responde com lentidão e suas réplicas são curtas e repetitivas, revelando a constrição de seus processos mentais.

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• EXPLORAÇÃO DOS SINTOMAS DEPRESSIVOS

• É importante o médico organizar a entrevista e proporcionar constante apoio e aprovação pela participação do paciente, para que possa ter efeito terapêutico.

• EXAME DO SUICÍDIO NA ENTREVISTA

• É de grande importância para aferir a gravidade e o perigo da depressão do paciente, assim como para o planejamento de um programa terapêutico.

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• TRATAMENTO

• PSICOTERAPIA DE APOIO – objetivo de aliviar a dor e o sofrimento.

• TERAPÊUTICA ORGÂNICA - tratamentos farmacológicos e organicos.

• ENTREVISTA COM A FAMÍLIA - não raro, a família proporciona informação importante a respeito dos desencadeantes ou estresses da vida do paciente, que este tivesse negado tão completamente a ponto de não aparecerem nas primeiras entrevistas.

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• TRANSFERÊNCIA

• O paciente deprimido desenvolve uma relação sem iniciativa e dependente, esperando que o terapeuta detenha o poder onipotente e mágico de efetuar a cura.

• O terapeuta precisa atentar para que, sem que se dê conta, esteja orientando não apenas a entrevista, mas também a vida do paciente, oferecendo conselhos, implícita ou explícitamente.

• O terapeuta é colocado em posição de assumir a responsabilidade da decisão do paciente ou de privá-lo de valioso conselho e orientação.

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Paciente Deprimido

• TRANSFERÊNCIA

• Muitas vezes, frustração e rejeição parecem mais cômodas que a gratificação, pois tendo seus desejos satisfeitos sua cólera mostra-se inadequada e a culpa persiste.

• O paciente pode, com sua conduta autodestrutiva, tentar desafiar a auto-estima do terapeuta demonstrando sua impotência.

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• CONTRATRANSFERÊNCIA

• Depressão empática = a pessoa deprimida provoca fortes sentimentos naqueles que possui contato íntimo.

• O terapeuta pode ter seu estado de ânimo diminuído durante a entrevista => não é contratransferência, mas identificação do entrevistador .

• MANIFESTAÇÕES

• 1) Dá certeza ao paciente e este compreende que o médico está prometendo mais do que pode cumprir. (exemplo)

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• CONTRATRANSFERÊNCIA

• 2) Sentimentos de culpa e cólera do terapeuta (exemplo)

• 3) Aborrecimento e impaciência comuns ao tratar de pacientes deprimidos.