Pacto pela Saúde. Portaria 399 de 22 fevereiro de 2006

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    PORTARIA N 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006.

    Divulga o Pacto pela Sade 2006 Consolidao do SUS e aprova as DiretrizesOperacionais do Referido Pacto.

    O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, INTERINO, no uso de suas atribuies, eConsiderando o disposto no art. 198 da Constituio Federal de 1988, que estabelece as aes e

    servios pblicos que integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema nicode Sade - SUS;

    Considerando o art. 7 da Le i n 8080/90 dos princpios e diretrizes do SUS de universalidade doacesso, integralidade da ateno e descentralizao poltico-administrativa com direo nica em cadaesfera de governo;

    Considerando a necessidade de qualificar e implementar o processo de descentralizao,organizao e gesto do SUS luz da evoluo do processo de pactuao intergestores;

    Considerando a necessidade do aprimoramento do processo de pactuao intergestoresobjetivando a qualificao, o aperfeioamento e a definio das responsabilidades sanitrias e degesto entre os entes federados no mbito do SUS;

    Considerando a necessidade de definio de compromisso entre os gestores do SUS em torno deprioridades que apresentem impacto sobre a s ituao de sade da populao brasileira;

    Considerando o compromisso com a consolidao e o avano do processo de Reforma SanitriaBrasileira, explicitada na defesa dos princpios do SUS;

    Considerando a aprovao das Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade em 2006

    Consolidao do SUS na reunio da Comisso Intergestores Tripartite realizada no dia 26 de jane iro de2006; e

    Considerando a aprovao das Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade em 2006 Consolidao do SUS, na reunio do Conselho Nacional de Sade realizada no dia 9 de fevereiro de2006,

    R E S O L V E:Art. 1 Dar divulgao ao Pacto pela Sade 2006 Consolidao do SUS, na forma do Anexo I a

    esta portaria.Art 2 Aprovar as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade em 2006 Consolidao do SUS

    com seus trs componentes: Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gesto, na forma do Anexo II aesta Portaria.

    Art. 3 Ficam mantidas, at a ass inatura do Termo de Compromisso de Gesto constante nasDiretrizes Operacionais do Pacto pela Sade 2006, as mesmas prerrogativas e responsabilidades dosmunicpios e estados que esto habilitados em Gesto Plena do Sistema, conforme estabelecido naNorma Operacional Bsica - NOB SUS 01/96 e na Norma Operacional da Assistncia Sade - NOAS SUS2002.

    Art. 4 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    JOS AGENOR LVARES DA SILVA

    Anexo I

    PACTO PELA SADE 2006Consolidao do SUS

    O Sistema nico de Sade - SUS uma poltica pblica que acaba de completar uma dcada emeia de existncia. Nesses poucos anos, foi construdo no Brasil, um slido sistema de sade quepresta bons servios populao brasileira.

    O SUS tem uma rede de mais de 63 mil unidades ambulatoriais e de cerca de 6 mil unidades

    hospitalares, com mais de 440 mil leitos. Sua produo anual aproximadamente de 12 milhes deinternaes hospitalares; 1 bilho de procedimentos de ateno primria sade; 150 milhes deconsultas mdicas; 2 milhes de partos; 300 milhes de exames laboratoriais; 132 milhes deatendimentos de alta complexidade e 14 mil transplantes de rgos. Alm de ser o segundo pas domundo em nmero de transplantes, o Brasil reconhecido internacionalmente pelo seu progresso noatendimento universal s Doenas Sexualmente Transmissveis/AIDS, na implementao do ProgramaNacional de Imunizao e no atendimento relativo Ateno Bsica. O SUS avaliado positivamentepelos que o utilizam rotineiramente e est presente em todo territrio nacional.

    Ao longo de sua histria houve muitos avanos e tambm desafios permanentes a superar. Isso

    tem exigido, dos gestores do SUS, um movimento constante de mudanas, pela via das reformasincrementais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um pas to grande e desigual; de outro, pela sua fixao em contedos normativosde carter tcnico-processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme

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    complexidade.

    Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os gestores do SUS assumem ocompromisso pblico da construo do PACTO PELA SADE 2006, que ser anualmente revisado, combase nos princpios constitucionais do SUS, nfase nas necessidades de sade da populao e queimplicar o exerccio simultneo de definio de prioridades articuladas e integradas nos trscomponentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gesto do SUS.

    Estas prioridades so expressas em objetivos e metas no Termo de Compromisso de Gesto e

    esto detalhadas no documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade 2006

    I O PACTO PELA VIDA:O Pacto pela Vida est constitudo por um conjunto de compromissos sanitrios, expressos em

    objetivos de processos e resultados e derivados da anlise da situao de sade do Pas e dasprioridades de finidas pelos governos federal, estaduais e municipais.

    Significa uma ao prioritria no campo da sade que dever ser executada com foco em

    resultados e com a explicitao inequvoca dos compromissos oramentrios e financeiros para oalcance desses resultados.

    As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos para 2006 so:SADE DO IDOSO:

    Implantar a Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa, buscando a ateno integral.CNCER DE COLO DE TERO E DE MAMA:Contribuir para a reduo da mortalidade por cncer de colo do tero e de mama.MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doena diarrica e por pneumonias.DOENAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM NFASE NA DENGUE, HANSENASE, TUBERCULOSE,

    MALRIA E INFLUENZAFortalecer a capacidade de resposta do sistema de sade s doenas emergentes e endemias.PROMOO DA SADE:Elaborar e implantar a Poltica Nacional de Promoo da Sade, com nfase na adoo de hbitos

    saudveis por parte da populao brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual daprtica de atividade fsica regula,r alimentao saudvel e combate ao tabagismo.

    ATENO BSICA SADEConsolidar e qualificar a estratgia da Sade da Famlia como modelo de ateno bsica sade

    e como centro ordenador das redes de ateno sade do SUS.II O PACTO EM DEFESA DO SUS:O Pacto em Defesa do SUS envolve aes concretas e articuladas pelas trs instncias

    federativas no sentido de reforar o SUS como poltica de Estado mais do que poltica de governos; ede defender, vigorosamente, os princpios basilares dessa poltica pblica, inscritos na ConstituioFederal.

    A concretizao desse Pacto passa por um movimento de repolitizao da sade, com uma claraestratgia de mobilizao social envolvendo o conjunto da sociedade brasileira, extrapolando os limitesdo setor e vinculada ao processo de instituio da sade como direito de cidadania, tendo ofinanciamento pblico da sade como um dos pontos centrais.

    As prioridades do Pacto em Defesa do SUS so:IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE MOBILIZAO SOCIAL COM A FINALIDADE DE:Mostrar a sade como direito de cidadania e o SUS como sistema pblico universal garantidor

    desses direitos;Alcanar, no curto prazo, a regulamentao da Emenda Constitucional n 29, pelo Congresso

    Nacional;Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos oramentrios e financeiros para a sade.

    Aprovar o oramento do SUS, composto pelos oramentos das trs esferas de gesto,explicitando o compromisso de cada uma delas.ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS USURIOS DO SUSIII O PACTO DE GESTO DO SUS

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    O Pacto de Gesto estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma adiminuir as competncias concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o qu, contribuindo,ass im, para o fortalecimento da gesto compartilhada e solidria do SUS.

    Esse Pacto parte de uma constatao indiscutvel: o Brasil um pas continental e com muitas

    diferenas e iniqidades regionais. Mais do que definir diretrizes nacionais necessrio avanar naregionalizao e descentralizao do SUS, a partir de uma unidade de princpios e uma diversidadeoperativa que respeite as singularidades regionais.

    Esse Pacto radicaliza a descentralizao de atribuies do Ministrio da Sade para os estados, e

    para os municpios, promovendo um choque de descentralizao, acompanhado da desburocratizaodos processos normativos. Refora a territorializao da sade como base para organizao dossistemas, estruturando as regies sanitrias e instituindo colegiados de gesto regional.

    Reitera a importncia da participao e do controle social com o compromisso de apoio sua

    qualificao.Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento pblico tripartite: busca critrios de

    alocao eqitativa dos recursos; refora os mecanismos de transferncia fundo a fundo entregestores; integra em grandes blocos o financiamento federal e estabelece relaes contratuais entreos entes federativos.

    As prioridades do Pacto de Gesto so:

    DEFINIR DE FORMA INEQUVOCA A RESPONSABILIDADE SANITRIA DE CADA INSTNCIA GESTORADO SUS: federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitao.ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA A GESTO DO SUS, com nfase na Descentralizao;

    Regionalizao; Financiamento; Programao Pactuada e Integrada; Regulao; Participao e ControleSocial; Planejamento; Gesto do Trabalho e Educao na Sade.

    Este PACTO PELA SADE 2006 aprovado pelos gestores do SUS na reunio da Comisso

    Intergestores Tripartite do dia 26 de janeiro de 2006, abaixo assinado pelo Ministro da Sade, oPresidente do Conselho Nacional de Secretrios de Sade - CONASS e o Presidente do ConselhoNacional de Secretrios Municipais de Sade - CONASEMS e ser operacionalizado por meio dodocumento de Diretrizes Operacionais do Pacto pela Sade 2006.

    Ministrio daSade

    ConselhoNacional de

    Secretrios deSade

    CONASS

    ConselhoNacional deSecretrios

    Municipais deSade

    CONASEMS

    Anexo II

    DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PACTO PELA SADE EM 2006 CONSOLIDAO DO SUSTranscorridas quase duas dcadas do processo de institucionalizao do Sistema nico de Sade,

    a sua implantao e implementao evoluram muito, especialmente em relao aos processos dedescentralizao e municipalizao das aes e servios de sade. O processo de descentralizao

    ampliou o contato do Sistema com a realidade social, poltica e administrativa do pas e com suasespecificidades regionais, tornando-se mais complexo e colocando os gestores a frente de desafios quebusquem superar a fragmentao das polticas e programas de sade atravs da organizao de umarede regionalizada e hierarquizada de aes e servios e da qualificao da gesto.

    Frente a esta necessidade, o Ministrio da Sade, o Conselho Nacional de Secretrios de Sade -CONASS e o Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade - CONASEMS, pactuaramresponsabilidades entre os trs gestores do SUS, no campo da gesto do Sistema e da ateno sade. O documento a seguir contempla o pacto firmado entre os trs gestores do SUS a partir de umaunidade de princpios que, guardando coerncia com a diversidade operativa, respeita as diferenasloco-regionais, agrega os pactos anteriormente existentes, refora a organizao das regiessanitrias instituindo mecanismos de co-gesto e planejamento regional, fortalece os espaos emecanismos de controle social, qualifica o acesso da populao a ateno integral sade, redefine osinstrumentos de regulao, programao e avaliao, valoriza a macro funo de cooperao tcnica

    entre os gestores e prope um financiamento tripartite que estimula critrios de equidade nastransferncias fundo a fundo.A implantao desse Pacto, nas suas trs dimenses - Pacto pela Vida, Pacto de Gesto e Pacto

    em Defesa do SUS - possibilita a efetivao de acordos entre as trs esferas de gesto do SUS para areforma de aspectos institucionais vigentes, promovendo inovaes nos processos e instrumentos degesto que visam alcanar maior efetividade, eficincia e qualidade de suas respostas e ao mesmotempo, redefine responsabilidades coletivas por resultados sanitrios em funo das necessidades de

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    sade da populao e na busca da equidade social.I PACTO PELA VIDAO Pacto pela Vida o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que

    apresentam impacto sobre a s ituao de sade da populao brasileira.A definio de prioridades deve ser estabelecida atravs de metas nacionais, estadua is, regionais

    ou municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas s prioridades nacionais,conforme pactuao local.

    Os estados/regio/municpio devem pactuar as aes necessrias para o alcance das metas e

    dos objetivos propostos.So seis as prioridades pactuadas:Sade do idoso;Controle do cncer de colo de tero e de mama;Reduo da mortalidade infantil e materna;Fortalecimento da capacidade de respostas s doenas emergentes e endemias, com nfase na

    dengue, hansenase, tuberculose, malria e influenza;Promoo da Sade;Fortalecimento da Ateno Bsica.A SADE DO IDOSOPara efeitos desse Pacto ser considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais.

    1 - O trabalho nesta rea deve seguir as seguintes diretrizes:Promoo do envelhecimento a tivo e saudvel;Ateno integral e integrada sade da pessoa idosa;Estmulo s aes intersetoriais, visando integralidade da ateno;A implantao de servios de ateno domiciliar;O acolhimento preferencial em unidades de sade, respe itado o critrio de risco;Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da ateno sade da pessoa idosa;Fortalecimento da participao social;Formao e educao permanente dos profissionais de sade do SUS na rea de sade da

    pessoa idosa;Divulgao e informao sobre a Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa para profissionais de

    sade, gestores e usurios do SUS;Promoo de cooperao nacional e internacional das experincias na ateno sade da

    pessoa idosa;Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.2 - Aes estratgicas:Caderneta de Sade da Pessoa Idosa - Instrumento de cidadania com informaes relevantes

    sobre a sade da pessoa idosa, possibilitando um melhor acompanhamento por parte dos profissionaisde sade.

    Manual de Ateno Bsica e Sade para a Pessoa Idosa - Para induo de aes de sade, tendopor referncia as diretrizes contidas na Poltica Nacional de Sade da Pessoa Idosa.

    Programa de Educao Permanente Distncia - Implementar programa de educaopermanente na rea do envelhecimento e sade do idoso, voltado para profissionais que trabalham narede de ateno bsica em sade, contemplando os contedos especficos das repercusses doprocesso de envelhecimento populacional para a sade individual e para a gesto dos servios de

    sade.Acolhimento - Reorganizar o processo de acolhimento pessoa idosa nas unidades de sade,como uma das estratgias de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso.

    Assistncia Farmacutica - Desenvolver aes que visem qualificar a dispensao e o acesso dapopulao idosa.

    Ateno Diferenciada na Internao - Instituir avaliao geritrica global realizada por equipemultidisciplinar, a toda pessoa idosa internada em hospital que tenha aderido ao Programa de AtenoDomiciliar.

    Ateno domiciliar Instituir esta modalidade de prestao de servios ao idoso, valorizando oefeito favorvel do ambiente familiar no processo de recuperao de pacientes e os benefciosadicionais para o cidado e o sistema de sade.

    B CONTROLE DO CNCER DE COLO DE TERO E DE MAMA:

    1 - Objetivos e metas para o Controle do Cncer de Colo de tero:Cobertura de 80% para o exame preventivo do cncer do colo de tero, conforme protocolo, em

    2006.Incentivo da realizao da cirurgia de a lta freqncia tcnica que utiliza um instrumental especial

    para a retirada de leses ou parte do colo uterino comprometidas (com leses intra-epiteliais de altograu) com menor dano possvel, que pode ser realizada em ambulatrio, com pagamento diferenciado,

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    em 2006.2 Metas para o Controle do Cncer de mama:Ampliar para 60% a cobertura de mamografia, conforme protocolo.Realizar a puno em 100% dos casos necessrios, conforme protocolo.C REDUO DA MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL:1 - Objetivos e metas para a reduo da mortalidade infantilReduzir a mortalidade neonatal em 5%, em 2006.

    Reduzir em 50% os bitos por doena diarrica e 20% por pneumonia, em 2006.Apoiar a elaborao de propostas de interveno para a qualificao da ateno as doenasprevalentes.

    Criao de comits de vigilncia do bito em 80% dos municpios com populao acima de 80.000habitantes, em 2006.

    2 - Objetivos e metas para a reduo da mortalidade maternaReduzir em 5% a razo de mortalidade materna, em 2006.Garantir insumos e medicamentos para tratamento das sndromes hipertensivas no parto.Qualificar os pontos de distribuio de sangue para que atendam as necessidades das

    maternidades e outros locais de parto.D FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTAS S DOENAS EMERGENTES E ENDEMIAS,

    COM NFASE NA DENGUE, HANSENIASE, TUBERCULOSE, MALARIA E INFLUENZA.Objetivos e metas para o Controle da DenguePlano de Contingncia para ateno aos pacientes, elaborado e implantado nos municpios

    prioritrios, em 2006;Reduzir a menos de 1% a infestao predial por Aedes aegypti em 30% dos municpios

    prioritrios ate 2006;2 - Meta para a Eliminao da Hansenase:Atingir o patamar de eliminao enquanto problema de sade pblica, ou seja, menos de 1 caso

    por 10.000 habitantes em todos os municpios prioritrios, em 2006.3 - Metas para o Controle da Tuberculose:Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de tuberculose bacilfera diagnosticados a cada

    ano;4- Meta para o Controle da MalriaReduzir em 15% a Incidncia Parasitria Anual, na regio da Amaznia Legal, em 2006;5 Objetivo para o controle da InfluenzaImplantar plano de contingncia, unidades sentinelas e o sistema de informao - SIVEP-GRIPE,

    em 2006.E PROMOO DA SADE1 - Objetivos:Elaborar e implementar uma Poltica de Promoo da Sade, de responsabilidade dos trs

    gestores;Enfatizar a mudana de comportamento da populao brasileira de forma a internalizar aresponsabilidade individual da prtica de atividade fsica regular, alimentao adequada e saudvel ecombate ao tabagismo;

    Articular e promover os diversos programas de promoo de atividade fsica j existentes e apoiara criao de outros;

    Promover medidas concretas pelo hbito da alimentao saudvel;Elaborar e pactuar a Poltica Nacional de Promoo da Sade que contemple as especificidades

    prprias dos estados e municpios devendo iniciar sua implementao em 2006;F FORTALECIMENTO DA ATENO BSICA1 - Objetivos

    Assumir a estratgia de sade da famlia como estratgia prioritria para o fortalecimento daateno bsica, devendo seu desenvolvimento considerar as diferenas loco-regionais.Desenvolver aes de qualificao dos profissionais da ateno bs ica por meio de estratgias de

    educao permanente e de oferta de cursos de especializao e residncia multiprofissional e emmedicina da famlia.

    Consolidar e qualificar a estratgia de sade da famlia nos pequenos e mdios municpios.Ampliar e qualificar a estratgia de sade da famlia nos grandes centros urbanos.

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    Garantir a infra-estrutura necessria ao funcionamento das Unidades Bs icas de Sade, dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de aes propostaspara esses se rvios.

    Garantir o financiamento da Ateno Bsica como responsabilidade das trs esferas de gesto doSUS.

    Aprimorar a insero dos profissionais da Ateno Bsica nas redes locais de sade, por meio devnculos de trabalho que favoream o provimento e fixao dos profissionais.

    Implantar o processo de monitoramento e avaliao da Ateno Bsica nas trs esferas degoverno, com vistas qualificao da gesto descentralizada.

    Apoiar diferentes modos de organizao e fortalecimento da Ateno Bsica que considere os

    princpios da estratgia de Sade da Famlia, respe itando as especificidades loco-regionais.II - PACTO EM DEFESA DO SUSA DIRETRIZESO trabalho dos gestores das trs esferas de governo e dos outros atores envolvidos dentro

    deste Pacto deve considerar as seguintes diretrizes:Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidao da Reforma Sanitria

    Brasileira, explicitada na defesa dos princpios do Sistema nico de Sade estabelecidos naConstituio Federal.

    Desenvolver e articular aes, no seu mbito de competncia e em conjunto com os demaisgestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema nico de Sade como poltica pblica.

    2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar atravs de iniciativas que busquem:A repolitizao da sade, como um movimento que retoma a Reforma Sanitria Brasileiraaproximando-a dos desafios atuais do SUS;

    A Promoo da Cidadania como estratgia de mobilizao social tendo a questo da sade comoum direito;

    A garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema;3 Aes do Pacto em Defesa do SUS:As aes do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar:Articulao e apoio mobilizao social pela promoo e desenvolvimento da cidadania, tendo a

    questo da sade como um direito;Estabelecimento de dilogo com a sociedade, alm dos limites institucionais do SUS;Ampliao e fortalecimento das relaes com os movimentos sociais, em especial os que lutam

    pelos direitos da sade e cidadania;Elaborao e publicao da Carta dos Direitos dos Usurios do SUS;Regulamentao da EC n 29 pelo Congresso Nacional, com aprovao do PL n 01/03, j

    aprovado e aprimorado em trs comisses da Cmara dos Deputados;Aprovao do oramento do SUS, composto pelos oramentos das trs esferas de gesto,

    explicitando o compromisso de cada uma delas em aes e servios de sade de acordo com aConstituio Federal.

    III - PACTO DE GESTOEstabelece Diretrizes para a gesto do sistema nos aspectos da Descentralizao;

    Regionalizao; Financiamento; Planejamento; Programao Pactuada e Integrada PPI; Regulao;Participao Social e Gesto do Trabalho e da Educao na Sade.

    DIRETRIZES PARA A GESTO DO SUS

    Premissas da descentralizaoBuscando aprofundar o processo de descentralizao, com nfase numa descentralizao

    compartilhada, so fixadas as seguintes premissas, que devem orientar este processo:Cabe ao Ministrio da Sade a proposio de polticas, participao no co-financiamento,

    cooperao tcnica, avaliao, regulao, controle e fiscalizao, alm da mediao de conflitos;Descentralizao dos processos administrativos relativos gesto para as Comisses

    Intergestores Bipartite;As Comisses Intergestores Bipartite so instncias de pactuao e deliberao para a realizao

    dos pactos intraestaduais e a definio de modelos organizacionais, a partir de diretrizes e normaspactuadas na Comisso Intergestores Tripartite;

    As deliberaes das Comisses Intergestores Bipartite e Tripartite devem ser por consenso;A Comisso Intergestores Tripartite e o Ministrio da Sade promovero e apoiaro processo de

    qualificao permanente para as Comisses Intergestores Bipartite;O detalhamento deste processo, no que se refere descentralizao de aes realizadas hojepelo Ministrio da Sade, ser objeto de portaria especfica.

    RegionalizaoA Regionalizao uma diretriz do Sistema nico de Sade e um eixo estruturante do Pacto de

    Gesto e deve orientar a descentralizao das aes e servios de sade e os processos de

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    negociao e pactuao entre os gestores.Os principais instrumentos de planejamento da Regionalizao so o Plano Diretor de

    Regionalizao PDR, o Plano Diretor de Investimento PDI e a Programao Pactuada e Integrada daAteno em Sade PPI, detalhados no corpo deste documento.

    O PDR dever expressar o desenho final do processo de identificao e reconhecimento dasregies de sade, em suas diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal, objetivando agarantia do acesso, a promoo da equidade, a garantia da integralidade da ateno, a qualificao doprocesso de descentralizao e a racionalizao de gastos e otimizao de recursos.

    Para auxiliar na funo de coordenao do processo de regionalizao, o PDR dever conter osdesenhos das redes regionalizadas de ateno sade, organizadas dentro dos territrios das

    regies e macrorregies de sade, em articulao com o processo da Programao PactuadaIntegrada.O PDI deve expressar os recursos de investimentos para atender as necessidades pactuadas no

    processo de planejamento regional e estadual. No mbito regional deve refletir as necessidades parase alcanar a suficincia na ateno bsica e parte da mdia complexidade da assistncia, conformedesenho regional e na macrorregio no que se refere a lta complexidade. Deve contemplar tambm asnecessidades da rea da vigilncia em sade e ser desenvolvido de forma articulada com o processo daPPI e do PDR.

    2.1- Objetivos da Regionalizao:Garantir acesso, resolutividade e qualidade s aes e servios de sade cuja complexidade e

    contingente populacional transcenda a escala local/municipal;Garantir o direito sade, reduzir desigualdades sociais e territoriais e promover a eqidade,

    ampliando a viso nacional dos problemas, associada capacidade de diagnstico e deciso loco-regional, que possibilite os meios adequados para a reduo das desigualdades no acesso s aes eservios de sade existentes no pas;

    Garantir a integralidade na ateno a sade, ampliando o conceito de cuidado sade noprocesso de reordenamento das aes de promoo, preveno, tratamento e reabilitao comgarantia de acesso a todos os nveis de complexidade do s istema;

    Potencializar o processo de descentralizao, fortalecendo estados e municpios para exercerempapel de gestores e para que as demandas dos diferentes interesses loco-regionais possam serorganizadas e expressadas na regio;

    Racionalizar os gastos e otimizar os recursos, possibilitando ganho em escala nas aes eservios de sade de abrangncia regional.

    - Regies de SadeAs Regies de Sade so recortes territoriais inseridos em um espao geogrfico contnuo,

    identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econmicas esociais, de redes de comunicao e infra-estrutura de transportes compartilhados do territrio;

    A Regio de Sade deve organizar a rede de aes e servios de sade a fim de assegurar ocumprimento dos princpios constitucionais de universalidade do acesso, eqidade e integralidade docuidado;

    A organizao da Regio de Sade deve favorecer a ao cooperativa e solidria entre osgestores e o fortalecimento do controle social;

    Para a constituio de uma rede de ateno sade regionalizada em uma determinada regio, necessrio a pactuao entre todos os gestores envolvidos, do conjunto de responsabilidades nocompartilhadas e das aes complementares;

    O conjunto de responsabilidades no compartilhadas se refere ateno bsica e s aesbs icas de vigilncia em sade, que devero ser assumidas por cada municpio;

    As aes complementares e os meios necessrios para viabiliz-las devero ser compartilhados e

    integrados a fim de garantir a resolutividade e a integralidade de acesso;Os estados e a unio devem apoiar os municpios para que estes assumam o conjunto deresponsabilidades;

    O corte no nvel assistencial para de limitao de uma Regio de Sade deve estabelecer critriosque propiciem certo grau de resolutividade que le territrio, como suficincia em ateno bsica e parteda mdia complexidade;

    Quando a suficincia em ateno bsica e parte da mdia complexidade no forem alcanadasdever ser considerada no planejamento regional a estratgia para o seu estabelecimento, junto coma definio dos investimentos , quando necessrio;

    O planejamento regional deve considerar os parmetros de incorporao tecnolgica quecompatibilizem economia de escala com eqidade no acesso;

    Para garantir a ateno na alta complexidade e em parte da mdia, as Regies devem pactuarentre si arranjos inter-regionais, com agregao de mais de uma Regio em uma macrorregio;

    O ponto de corte da mdia complexidade que deve estar na Regio ou na macrorregio deve serpactuado na CIB, a partir da realidade de cada estado. Em alguns estados com mais adensamentotecnolgico, a alta complexidade pode estar contemplada dentro de uma Regio.

    As regies podem ter os seguintes formatos:Regies intraestaduais, compostas por mais de um municpio, dentro de um mesmo estado;Regies Intramunicipais, organizadas dentro de um mesmo municpio de grande extenso

    territorial e densidade populacional;

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    Regies Interestaduais, conformadas a partir de municpios limtrofes em diferentes estados;Regies Fronteirias, conformadas a partir de municpios limtrofes com pases vizinhos.Nos casos de regies fronteirias o Ministrio da Sade deve envidar esforos no sentido de

    promover articulao entre os pases e rgos envolvidos, na perspectiva de implementao dosistema de sade e conseqente organizao da ateno nos municpios fronteirios, coordenando efomentando a constituio dessas Regies e participando do colegiado de gesto regional.

    - Mecanismos de Gesto RegionalPara qualificar o processo de regionalizao, buscando a garantia e o aprimoramento dos

    princpios do SUS, os gestores de sade da Regio devero constituir um espao permanente de

    pactuao e co-gesto solidria e cooperativa atravs de um Colegiado de Gesto Regional. Adenominao e o funcionamento do Colegiado devem ser acordados na CIB;O Colegiado de Gesto Regional se constitui num espao de deciso atravs da identificao,

    definio de prioridades e de pactuao de solues para a organizao de uma rede regional de aese servios de ateno sade, integrada e resolutiva;

    O Colegiado deve ser formado pelos gestores municipais de sade do conjunto de municpios epor representantes do(s) gestor(es) estadual(ais), sendo as suas decises sempre por consenso,pressupondo o envolvimento e comprometimento do conjunto de gestores com os compromissospactuados.

    Nos casos onde as CIB regionais esto constitudas por representao e no for possvel aimediata incorporao de todos os municpios da Regio de Sade deve ser pactuado um cronogramade adequao, no menor prazo possvel, para a incluso de todos os municpios nos respectivoscolegiados regionais.

    O Colegiado deve instituir processo de planejamento regional, que defina as prioridades, asresponsabilidades de cada ente, as bases para a programao pactuada integrada da ateno asade, o desenho do processo regulatrio, as estratgias de qualificao do controle social, as linhasde investimento e o apoio para o processo de planejamento local.

    O planejamento regional, mais que uma exigncia formal, dever expressar as responsabilidadesdos gestores com a sade da populao do territrio e o conjunto de objetivos e aes quecontribuiro para a garantia do acesso e da integralidade da ateno, devendo as prioridades eresponsabilidades definidas regionalmente estar refletidas no plano de sade de cada municpio e doestado;

    Os colegiados de gesto regional devero ser apoiados atravs de cmaras tcnicaspermanentes que subsidiaro com informaes e anlises relevantes.

    - Etapas do Processo de Construo da Regionalizao- Critrios para a composio da Regio de Sade, expressa no PDR:Contigidade entre os municpios;Respeito identidade expressa no cotidiano social, econmico e cultural;Existncia de infra-estrutura de transportes e de redes de comunicao, que permita o trnsito

    das pessoas entre os municpios;Existncia de fluxos assistenciais que devem ser alterados, se necessrio, para a organizao da

    rede de ateno sade;Considerar a rede de aes e servios de sade, onde:Todos os municpios se responsabilizam pela ateno bsica e pelas aes bsicas de vigilncia

    em sade;O desenho da regio propicia relativo grau de resolutividade quele territrio, como a suficincia

    em Ateno Bsica e parte da Mdia Complexidade .A suficincia est estabelecida ou a estratgia para alcan-la est explicitada no planejamento

    regional, contendo, se necessrio, a definio dos investimentos.O desenho cons idera os parmetros de incorporao tecnolgica que compatibilizem economia deescala com eqidade no acesso.

    O desenho garante a integralidade da ateno e para isso as Regies devem pactuar entre siarranjos inter-regionais, se necessrio com agregao de mais de uma regio em uma macrorregio; oponto de corte de mdia e alta-complexidade na regio ou na macroregio deve ser pactuado na CIB, apartir da realidade de cada estado.

    - Constituio, Organizao e Funcionamento do Colegiado de Gesto Regional:A constituio do colegiado de gesto regional deve assegurar a presena de todos os gestores

    de sade dos municpios que compem a Regio e da representao estadual.Nas CIB regionais constitudas por representao, quando no for possvel a imediata

    incorporao de todos os gestores de sade dos municpios da Regio de sade, deve ser pactuado

    um cronograma de adequao, com o menor prazo possvel, para a incluso de todos os gestores nosrespectivos colegiados de gesto regionais;Constituir uma estrutura de apoio ao colegiado, atravs de cmara tcnica e eventualmente,

    grupos de trabalho formados com tcnicos dos municpios e do es tado;Estabelecer uma agenda regular de reunies;O funcionamento do Colegiado deve ser organizado de modo a exercer as funes de:Instituir um processo dinmico de planejamento regional

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    Atualizar e acompanhar a programao pactuada integrada de ateno em sadeDesenhar o processo regulatrio, com definio de fluxos e protocolosPriorizar linhas de investimentoEstimular estratgias de qualificao do controle socialApoiar o processo de planejamento localConstituir um processo dinmico de avaliao e monitoramento regional- Reconhecimento das RegiesAs Regies Intramunicipais devero ser reconhecidas como tal, no precisando ser homologadas

    pelas Comisses Intergestores.

    As Regies Intraestaduais devero ser reconhecidas nas Comisses Intergestores Bipartite eencaminhadas para conhecimento e acompanhamento do MS.As Regies Interestaduais devero ser reconhecidas nas respectivas Comisses Intergestores

    Bipartite e encaminhadas para homologao da Comisso Intergestores Tripartite.As Regies Fronteirias devero ser reconhecidas nas respectivas Comisses Intergestores

    Bipartite e encaminhadas para homologao na Comisso Intergestores Tripartite.O desenho das Regies intra e interestaduais deve ser submetida a aprovao pelos respectivos

    Conselhos Estaduais de Sade.

    Financiamento do Sistema nico de Sade3.1 - So princpios gerais do financiamento para o Sistema nico de Sade:

    Responsabilidade das trs esferas de gesto Unio, Estados e Municpios pelo financiamento doSistema nico de Sade;Reduo das iniqidades macrorregionais, estaduais e regionais, a ser contemplada na

    metodologia de alocao de recursos, considerando tambm as dimenses tnico-racial e social;Repasse fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferncia de recursos entre

    os gestores;Financiamento de custeio com recursos federais constitudo, organizados e transferidos em blocos

    de recursos;O uso dos recursos federais para o custeio fica restrito a cada bloco, atendendo as

    especificidades previstas nos mesmos, conforme regulamentao especfica;As bases de clculo que formam cada Bloco e os montantes financeiros destinados para os

    Estados, Municpios e Distrito Federal devem compor memrias de clculo, para fins de histrico emonitoramento.

    - Os blocos de financiamento para o custeio so:Ateno bs icaAteno de mdia e alta complexidadeVigilncia em SadeAssistncia FarmacuticaGesto do SUSBloco de financiamento para a Ateno BsicaO financiamento da Ateno Bsica de responsabilidade das trs esferas de gesto do SUS,

    sendo que os recursos federais comporo o Bloco Financeiro da Ateno Bsica dividido em doiscomponentes: Piso da Ateno Bsica e Piso da Ateno Bsica Varivel e seus valores seroestabelecidos em Portaria especfica, com memrias de clculo anexas.

    O Piso de Ateno Bsica - PAB consiste em um montante de recursos financeiros, que agregamas estratgias destinadas ao custeio de aes de ateno bsica sade;Os recursos financeiros do PAB sero transferidos mensalmente, de forma regular e automtica,

    do Fundo Nacional de Sade aos Fundos de Sade dos Municpios e do Distrito Federal.O Piso da Ateno Bsica Varivel - PAB Varivel consiste em um montante financeiro destinado

    ao custeio de estratgias especficas desenvolvidas no mbito da Ateno Bsica em Sade.O PAB Varivel passa a ser composto pelo financiamento das seguintes estratgias:Sade da Famlia;Agentes Comunitrios de Sade;Sade Bucal;Compensao de especificidades regionaisFator de incentivo da Ateno Bsica aos Povos IndgenasIncentivo Sade no Sistema Penitencirio

    Os recursos do PAB Varivel sero transferidos ao Municpio que aderir e implementar asestratgias especficas a que se destina e a utilizao desses recursos deve estar definida no PlanoMunicipal de Sade;

    O PAB Varivel da Assistncia Farmacutica e da Vigilncia em Sade passam a compor os seusBlocos de Financiamento respectivos.

    Compensao de Especificidades Regionais um montante financeiro igual a 5% do valor mnimodo PAB fixo multiplicado pela populao do Estado, para que as CIBs definam a utilizao do recurso de

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    acordo com as especificidades estaduais, podendo incluir sazonalidade, migraes, dificuldade defixao de profissionais, IDH, indicadores de resultados . Os critrios definidos devem ser informados aoplenrio da CIT.

    b) Bloco de financiamento para a Ateno de Mdia e Alta ComplexidadeOs recursos correspondentes ao financiamento dos procedimentos relativos mdia e alta

    complexidade em sade compem o Limite Financeiro da Mdia e Alta Complexidade Ambulatorial eHospitalar do Distrito Federal, dos Estados e dos Municpios.

    Os recursos destinados ao custeio dos procedimentos pagos atualmente atravs do Fundo deAes Estratgicas e Compensao FAEC sero incorporados ao Limite Financeiro de cada Estado,

    Municpio e do Distrito Federal, conforme pactuao entre os gestores.O Fundo de Aes Estratgicas e Compensao FAEC se destina, assim, ao custeio deprocedimentos, conforme detalhado a seguir:

    Procedimentos regulados pela CNRAC Central Nacional de Regulao da AltaComplexidade;

    Transplantes;Aes Estratgicas Emergenciais, de carter temporrio, implementadas com prazo pr-definido;Novos procedimentos: cobertura financeira de aproximadamente seis meses, quando da incluso

    de novos procedimentos, sem correlao tabela vigente, at a formao de srie histrica para adevida agregao ao MAC.

    c) Bloco de financiamento para a Vigilncia em SadeOs recursos financeiros correspondentes s aes de Vigilncia em Sade comporo o Limite

    Financeiro de Vigilncia em Sade dos Estados, Municpios e do Distrito Federal e representam oagrupamento das aes da Vigilncia Epidemiolgica, Ambiental e Sanitria;O Limite Financeiro da Vigilncia em Sade composto por dois componentes: da Vigilncia

    Epidemiolgica e Ambiental em Sade e o componente da Vigilncia Sanitria em Sade;O financiamento para as aes de vigilncia sanitria deve consolidar a reverso do modelo de

    pagamento por procedimento, oferecendo cobertura para o custeio de aes coletivas visando garantiro controle de riscos sanitrios inerentes ao objeto de ao, avanando em aes de regulao,controle e avaliao de produtos e servios associados ao conjunto das atividades.

    O Limite Financeiro de Vigilncia em Sade ser transferido em parcelas mensais e o valor datransferncia mensal para cada um dos Estados, Municpios e Distrito Federal, bem como o LimiteFinanceiro respectivo ser estabelecido em Portaria especfica e detalhar os diferentes componentesque o formam, com memrias de clculo anexas.

    Comporo ainda, o bloco do financiamento da Vigilncia em Sade Sub-bloco VigilnciaEpidemiolgica, os recursos que se destinam s seguintes finalidades, com repasses especficos:

    Fortalecimento da Gesto da Vigilncia em Sade em Estados e Municpios (VIGISUS II)Campanhas de VacinaoIncentivo do Programa DST/AIDSOs recursos alocados tratados pela Portaria MS/GM n 1349/2002, devero ser incorporados ao

    Limite Financeiro de Vigilncia em Sade do Municpio quando o mesmo comprovar a efetiva contrataodos agentes de campo.

    No Componente da Vigilncia Sanitria, os recursos do Termo de Ajuste e Metas TAM,destinados e no transferidos aos estados e municpios, nos casos de existncia de saldo superior a40% dos recursos repassados no perodo de um semestre, constituem um Fundo de Compensao emVISA, administrado pela ANVISA e destinado ao financiamento de gesto e descentralizao daVigilncia Sanitria.

    Em Estados onde o valor per cpita que compe o TAM no atinge o teto oramentrio mnimo

    daquele Estado, a Unio assegurar recurso financeiro para compor o Piso Estadual de VigilnciaSanitria PEVISA.d) Bloco de financiamento para a Assistncia FarmacuticaA Assistncia Farmacutica ser financiada pelos trs gestores do SUS devendo agregar a

    aquisio de medicamentos e insumos e a organizao das aes de assistncia farmacuticanecessrias, de acordo com a organizao de servios de sade.

    O Bloco de financiamento da Assistncia Farmacutica se organiza em trs componentes: Bsico,Estratgico e Medicamentos de Dispensao Excepcional.

    O Componente Bsico da Assistncia Farmacutica consiste em financiamento para aes deassistncia farmacutica na ateno bsica em sade e para agravos e programas de sadeespecficos, inseridos na rede de cuidados da ateno bsica, sendo de responsabilidade dos trsgestores do SUS.

    O Componente Bsico composto de uma Parte Fixa e de uma Parte Varivel, sendo:Parte Fixa: valor com base per capita para aes de assistncia farmacutica para a AtenoBsica, transferido Municpios, Distrito Federal e Estados, conforme pactuao nas CIB e comcontrapartida financeira dos estados e dos municpios.

    Parte Varivel: valor com base per capita para aes de assistncia farmacutica dos Programasde Hipertenso e Diabetes, exceto insulina; Asma e Rinite; Sade Mental; Sade da Mulher;Alimentao e Nutrio e Combate ao Tabagismo.

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    A parte varivel do Componente Bsico ser transferida ao municpio ou estado, conforme

    pactuao na CIB, medida que este implementa e organiza os servios previstos pelos Programasespecficos.

    O Componente Estratgico da Assistncia Farmacutica consiste em financiamento para aes deass istncia farmacutica de programas estratgicos.

    O financiamento e o fornecimento de medicamentos, produtos e insumos para os ProgramasEstratgicos so de responsabilidade do Ministrio da Sade e rene:

    Controle de Endemias: Tuberculose, Hansenase, Malria e Leischmaniose, Chagas e outrasdoenas endmicas de abrangncia nacional ou regional;

    Programa de DST/AIDS (anti-retrovirais);Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados;Imunobiolgicos;Insulina;O Componente Medicamentos de Dispensao Excepcional consiste em financiamento para

    aquisio e distribuio de medicamentos de dispensao excepcional, para tratamento de patologiasque compem o Grupo 36 Medicamentos da Tabe la Descritiva do SIA/SUS.

    A responsabilidade pe lo financiamento e aquisio dos medicamentos de dispensao excepcional do Ministrio da Sade e dos Estados, conforme pactuao e a dispensao, responsabilidade doEstado.

    O Ministrio da Sade repassar aos Estados, mensalmente, valores financeiros apurados emencontro de contas trimestrais, de acordo com as informaes encaminhadas pelos Estados, com base

    nas emisses das Autorizaes para Pagamento de Alto Custo APAC.O Componente de Medicamentos de Dispensao Excepcional ser readequado atravs depactuao entre os gestores do SUS, das diretrizes para definio de poltica para medicamentos dedispensao excepcional.

    As Diretrizes a serem pactuadas na CIT, devero nortear-se pelas seguintes proposies:Definio de critrios para incluso e excluso de medicamentos e CID na Tabela de

    Procedimentos, com base nos protocolos clnicos e nas diretrizes teraputicas.Definio de percentual para o co-financiamento entre gestor federal e gestor estadual;Reviso peridica de valores da tabe la;Forma de aquisio e execuo financeira, considerando-se os princpios da descentralizao e

    economia de escala.e) Bloco de financiamento para a Gesto do Sistema nico de SadeO financiamento para a gesto destina-se ao custeio de aes especficas relacionadas com a

    organizao dos servios de sade, acesso da populao e aplicao dos recursos financeiros do SUS.O financiamento dever apoiar iniciativas de fortalecimento da gesto, sendo composto pelos

    seguintes sub-blocos:Regulao, controle, avaliao e auditoriaPlanejamento e OramentoProgramaoRegionalizaoParticipao e Controle SocialGesto do TrabalhoEducao em SadeIncentivo Implementao de polticas especficasOs recursos referentes a este Bloco sero transferidos fundo a fundo e regulamentados por

    portaria especfica.- Financiamento para InvestimentosOs recursos financeiros de investimento devem ser alocados com vistas superao das

    desigualdades de acesso e garantia da integralidade da ateno sade.Os investimentos devero priorizar a recuperao, a re-adequao e a expanso da rede fsica

    de sade e a constituio dos espaos de regulao.Os projetos de investimento apresentados para o Ministrio da Sade devero ser aprovados

    nos respectivos Conse lhos de Sade e na CIB, devendo refletir uma prioridade regional.So eixos prioritrios para aplicao de recursos de investimentos:Estmulo Regionalizao - Devero ser priorizados projetos de investimentos que fortaleam a

    regionalizao do SUS, com base nas estratgicas nacionais e estaduais, considerando os PDI (Planode Desenvolvimento Integrado) atualizados, o mapeamento atualizado da distribuio e oferta de

    servios de sade em cada espao regional e parmetros de incorporao tecnolgica quecompatibilizem economia de escala e de escopo com eqidade no acesso.Investimentos para a Ateno Bsica - recursos para investimentos na rede bsica de servios,

    destinados conforme disponibilidade oramentria, transferidos fundo a fundo para municpios queapresentarem projetos selecionados de acordo com critrios pactuados na Comisso IntergestoresTripartite.

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    4 Planejamento no SUS4.1 O trabalho com o Planejamento no SUS deve seguir as seguintes diretrizes:O processo de planejamento no mbito do SUS deve ser desenvolvido de forma articulada,

    integrada e solidria entre as trs esferas de gesto. Essa forma de atuao representar o Sistemade Planejamento do Sistema nico de Sade baseado nas responsabilidades de cada esfera degesto, com definio de objetivos e conferindo direcionalidade ao processo de gesto do SUS,compreendendo nesse sistema o monitoramento e avaliao.

    Este sistema de planejamento pressupe que cada esfera de gesto realize o seu planejamento,articulando-se de forma a fortalecer e consolidar os objetivos e diretrizes do SUS, contemplando as

    peculiaridades, necessidades e realidades de sade locorregionais.Como parte integrante do ciclo de gesto, o sistema de planejamento buscar, de formatripartite, a pactuao de bases funcionais do planejamento, monitoramento e avaliao do SUS, bemcomo promover a participao social e a integrao intra e intersetorial, considerando osdeterminantes e condicionantes de sade.

    No cumprimento da responsabilidade de coordenar o processo de planejamento se levar emconta as diversidades existentes nas trs esferas de governo, de modo a contribuir para aconsolidao do SUS e para a resolubilidade e qualidade, tanto da sua gesto, quanto das aes eservios prestados populao brasileira.

    4.2 - Objetivos do Sistema de Planejamento do SUS:Pactuar diretrizes gerais para o processo de planejamento no mbito do SUS e o elenco dos

    instrumentos a serem adotados pelas trs esferas de gesto;

    Formular metodologias e modelos bsicos dos instrumentos de planejamento, monitoramento eavaliao que traduzam as diretrizes do SUS, com capacidade de adaptao s particularidades decada esfera administrativa;

    Promover a anlise e a formulao de propostas destinadas a adequar o arcabouo legal notocante ao planejamento no SUS;

    Implementar e difundir uma cultura de planejamento que integre e qualifique as aes do SUSentre as trs esferas de governo e subsidiar a tomada de deciso por parte de seus gestores;

    Desenvolver e implementar uma rede de cooperao entre os trs entes federados, que permitaum amplo compartilhamento de informaes e experincias;

    Promover a institucionalizao e fortalecer as reas de planejamento no mbito do SUS, nas trsesferas de governo, com vistas a legitim-lo como instrumento estratgico de gesto do SUS;

    Apoiar e participar da avaliao peridica relativa situao de sade da populao e aofuncionamento do SUS, provendo os gestores de informaes que permitam o seu aperfeioamento eou redirecionamento;

    Promover a capacitao contnua dos profissionais que atuam no contexto do planejamento noSUS;

    Promover a eficincia dos processos compartilhados de planejamento e a eficcia dos resultados,bem como da participao social nestes processos;

    Promover a integrao do processo de planejamento e oramento no mbito do SUS, bem como asua intersetorialidade , de forma articulada com as diversas etapas do ciclo de planejamento;

    Monitorar e avaliar o processo de planejamento, as aes implementadas e os resultadosalcanados, de modo a fortalecer o planejamento e a contribuir para a transparncia do processo degesto do SUS.

    4.3 - Pontos de pactuao priorizados para o PlanejamentoConsiderando a conceituao, caracterizao e objetivos preconizados para o sistema de

    planejamento do SUS, configuram-se como pontos essenciais de pactuao:

    Adoo das necessidades de sade da populao como critrio para o processo de planejamentono mbito do SUS;Integrao dos instrumentos de planejamento, tanto no contexto de cada esfera de gesto,

    quanto do SUS como um todo;Institucionalizao e fortalecimento do Sistema de Planejamento do SUS, com adoo do

    processo planejamento, neste includo o monitoramento e a avaliao, como instrumento estratgicode gesto do SUS;

    Reviso e adoo de um elenco de instrumentos de planejamento tais como planos, relatrios,programaes a serem adotados pelas trs esferas de gesto, com adequao dos instrumentoslegais do SUS no tocante a este processo e instrumentos dele resultantes;

    Cooperao entre as trs esferas de gesto para o fortalecimento e a eqidade no processo deplanejamento no SUS.

    Programao Pactuada e Integrada da Ateno em Sade PPIA PPI um processo que visa definir a programao das aes de sade em cada territrio enortear a alocao dos recursos financeiros para sade a partir de critrios e parmetros pactuadosentre os gestores.

    A PPI deve explicitar os pactos de referencia entre municpios, gerando a parcela de recursosdestinados prpria populao e populao referenciada.

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    As principais diretrizes norteadoras do processo de programao pactuada so:A programao deve estar inserida no processo de planejamento e deve considerar as

    prioridades definidas nos planos de sade em cada esfera de gesto;Os gestores estaduais e municipais possuem flexibilidade na definio de parmetros e

    prioridades que iro orientar a programao, ressalvados os parmetros pactuados nacional eestadualmente.

    A programao realizada prioritariamente, por reas de atuao a partir das aes bsicas desade para compor o rol de aes de maior complexidade;

    A tabela unificada de procedimentos deve orientar a programao das aes que no estoorganizadas por reas de atuao, considerando seus nveis de agregao, para formar as aberturas

    programticas;A programao da assistncia devera buscar a integrao com a programao da vigilncia emsade;

    Os recursos financeiros das trs esferas de governo devem ser visualizados na programao.O processo de programao deve contribuir para a garantia de acesso aos servios de sade,

    subsidiando o processo regulatrio da assistncia;A programao deve ser realizada a cada gesto, revisada periodicamente e sempre que

    necessrio, em decorrncia de alteraes de fluxo no atendimento ao usurio; de oferta de servios;na tabe la de procedimentos; e no teto financeiro, dentre outras.

    A programao pactuada e integrada deve subsidiar a programao fsica financeira dosestabe lecimentos de sade.

    A programao pactuada e integrada deve guardar relao com o desenho da regionalizaonaquele estado.

    Regulao da Ateno Sade e Regulao AssistencialPara efeitos destas diretrizes, sero adotados os seguintes conceitos:Regulao da Ateno Sade - tem como objeto a produo de todas as aes diretas e finais

    de ateno sade, dirigida aos prestadores de servios de sade, pblicos e privados. As aes daRegulao da Ateno Sade compreendem a Contratao, a Regulao do Acesso Assistncia ouRegulao Assistencial, o Controle Assistencial, a Avaliao da Ateno Sade, a Auditoria Assistenciale as regulamentaes da Vigilncia Epidemiolgica e Sanitria.

    Contratao - o conjunto de atos que envolvem desde a habilitao dos servios/prestadores ata formalizao do contrato na sua forma jurdica.

    Regulao do Acesso Assistncia ou Regulao Assistencial - conjunto de relaes, saberes,tecnologias e aes que intermedeiam a demanda dos usurios por servios de sade e o acesso aestes.

    Complexos Reguladores - uma das estratgias de Regulao Assistencial, consistindo naarticulao e integrao de Centrais de Ateno Pr-hospitalar e Urgncias, Centrais de Internao,Centrais de Consultas e Exames, Protocolos Assistenciais com a contratao, controle assistencial eavaliao, assim como com outras funes da gesto como programao e regionalizao. Oscomplexos reguladores podem ter abrangncia intra-municipal, municipal, micro ou macro regional,estadual ou nacional, devendo esta abrangncia e respectiva gesto, serem pactuadas em processodemocrtico e solidrio, entre as trs es feras de gesto do SUS.

    Auditoria Assistencial ou clnica processo regular que visa aferir e induzir qualidade doatendimento amparada em procedimentos, protocolos e instrues de trabalho normatizados epactuados. Deve acompanhar e analisar criticamente os histricos clnicos com vistas a verificar aexecuo dos procedimentos e realar as no conformidades .

    Como princpios orientadores do processo de regulao, fica estabelecido que:

    Cada prestador responde apenas a um gestor;A regulao dos prestadores de servios deve ser preferencialmente do municpio conformedesenho da rede da assistncia pactuado na CIB, observado o Termo de Compromisso de Gesto doPacto e os seguintes princpios:

    da descentralizao, municipalizao e comando nico;da busca da escala adequada e da qualidade;considerar a complexidade da rede de servios locais;considerar a efetiva capacidade de regulao;considerar o desenho da rede estadual da assistncia;a primazia do interesse e da satisfao do usurio do SUS.A regulao das referencias intermunicipais responsabilidade do gestor estadual, expressa na

    coordenao do processo de construo da programao pactuada e integrada da ateno em sade,do processo de regionalizao, do desenho das redes;

    A operao dos complexos reguladores no que se refere a referencia intermunicipal deve serpactuada na CIB, podendo ser operada nos seguintes modos:Pelo gestor estadual que se relacionar com a central municipal que faz a gesto do pres tador.Pelo gestor estadual que se relacionar diretamente com o prestador quando este estiver sob

    gesto estadual.Pelo gestor municipal com co-gesto do estado e representao dos municpios da regio;Modelos que diferem do item d acima devem ser pactuados pela CIB e homologados na CIT.

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    So metas para este Pacto, no prazo de um ano:Contratualizao de todos os prestadores de servio;Colocao de todos os leitos e servios ambulatoriais contratualizados sob regulao;Extino do pagamento dos servios dos profissionais mdicos por meio do cdigo 7.Participao e Controle SocialA participao social no SUS um princpio doutrinrio e est assegurado na Constituio e nas

    Leis Orgnicas da Sade (8080/90 e 8142/90), e parte fundamental deste pacto.

    7.1 - As aes que devem ser desenvolvidas para fortalecer o processo de participao social,dentro deste pacto so:

    Apoiar os conselhos de sade, as conferncias de sade e os movimentos sociais que atuam nocampo da sade, com vistas ao seu fortalecimento para que os mesmos possam exercer plenamente osseus papis;

    Apoiar o processo de formao dos conselheiros;Estimular a participao e avaliao dos cidados nos servios de sade;Apoiar os processos de educao popular em sade, para ampliar e qualificar a participao social

    no SUS;Apoiar a implantao e implementao de ouvidorias nos estados e municpios, com vistas ao

    fortalecimento da gesto estratgica do SUS;Apoiar o processo de mobilizao social e institucional em defesa do SUS e na discusso do

    pacto;Gesto do Trabalho8.1 - As diretrizes para a Gesto do Trabalho no SUS so as seguintes:A poltica de recursos humanos para o SUS um eixo estruturante e deve buscar a valorizao do

    trabalho e dos trabalhadores de sade, o tratamento dos conflitos, a humanizao das relaes detrabalho;

    Estados, Municpios e Unio so entes autnomos para suprir suas necessidades de manutenoe expanso dos seus prprios quadros de trabalhadores de sade;

    O Ministrio da Sade deve formular diretrizes de cooperao tcnica para a gesto do trabalhono SUS;

    Desenvolver, pelas trs esferas de gesto, estudos quanto s estratgias e financiamentotripartite de poltica de repos io da fora de trabalho descentralizada;

    As Diretrizes para Planos de Cargos e Carreira do SUS devem ser um instrumento que visaregular as relaes de trabalho e o desenvolvimento do trabalhador, bem como a consolidao dacarreira como instrumento estratgico para a poltica de recursos humanos no Sistema;

    Promover relaes de trabalho que obedeam a exigncias do princpio de legalidade da ao doEstado e de proteo dos direitos associados ao trabalho;

    Desenvolver aes voltadas para a adoo de vnculos de trabalho que garantam os direitossociais e previdencirios dos trabalhadores de sade, promovendo aes de adequao de vnculos,onde for necessrio, nas trs esferas de governo, com o apoio tcnico e financeiro aos Municpios,pelos Es tados e Unio, conforme legislao vigente;

    Os atores sociais envolvidos no desejo de consolidao dos SUS atuaro solidariamente na buscado cumprimento deste item, observadas as responsabilidades legais de cada segmento;

    Estimular processos de negociao entre gestores e trabalhadores atravs da instalao deMesas de Negociao junto s esferas de gesto estaduais e municipais do SUS;

    As Secretarias Estaduais e Municipais de Sade devem envidar esforos para a criao ou

    fortalecimento de estruturas de Recursos Humanos, objetivando cumprir um papel indutor demudanas, tanto no campo da gesto do trabalho, quanto no campo da educao na sade;8.2 - Sero priorizados os seguintes componentes na estruturao da Gesto do Trabalho no

    SUS:Estruturao da Gesto do Trabalho no SUS - Esse componente trata das necessidades exigidas

    para a estruturao da rea de Gesto do Trabalho integrado pelos seguintes eixos: base jurdico-legal; atribuies especficas; estrutura e dimensionamento organizacional e estrutura fsica eequipamentos. Sero priorizados para este Componente, Estados, Capitais, Distrito Federal e nosMunicpios com mais de 500 empregos pblicos, desde que possuam ou venham a criar setores deGesto do Trabalho e da Educao nas secretarias estaduais e municipais de sade;

    Capacitao de Recursos Humanos para a Gesto do Trabalho no SUS - Esse componente tratada qualificao dos gestores e tcnicos na perspectiva do fortalecimento da gesto do trabalho em

    sade. Esto previstos, para seu desenvolvimento, a elaborao de material didtico e a realizao deoficinas, cursos presenciais ou distncia, por meio das estruturas formadoras existentes;Sistema Gerencial de Informaes - Esse componente prope proceder anlise de sistemas de

    informao existentes e desenvolver componentes de otimizao e implantao de sistemainformatizado que subsidie a tomada de deciso na rea de Gesto do Trabalho.

    Educao na Sade

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    9.1 A - As diretrizes para o trabalho na Educao na Sade so:Avanar na implementao da Poltica Nacional de Educao Permanente por meio da

    compreenso dos conceitos de formao e educao permanente para adequ-los s distintas lgicase especificidades;

    Considerar a educao permanente parte essencial de uma poltica de formao edesenvolvimento dos trabalhadores para a qualificao do SUS e que comporta a adoo de diferentesmetodologias e tcnicas de ensino-aprendizagem inovadoras, entre outras coisas;

    Considerar a Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade uma estratgia do SUS para aformao e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor, tendo como orientao os princpios daeducao permanente;

    Assumir o compromisso de discutir e avaliar os processos e desdobramentos da implementaoda Poltica Nacional de Educao Permanente para ajustes necessrios, atualizando-a conforme asexperincias de implementao, assegurando a insero dos municpios e estados neste processo;

    Buscar a reviso da normatizao vigente que institui a Poltica Nacional de Educao Permanenteem Sade, contemplando a conseqente e efetiva descentralizao das atividades de planejamento,monitoramento, avaliao e execuo oramentria da Educao Permanente para o trabalho no SUS;

    Centrar, o planejamento, programao e acompanhamento das atividades educativas econseqentes alocaes de recursos na lgica de fortalecimento e qualificao do SUS e atendimentodas necessidades sociais em sade;

    Considerar que a proposio de aes para formao e desenvolvimento dos profissionais desade para atender s necessidades do SUS deve ser produto de cooperao tcnica, articulao edilogo entre os gestores das trs esferas de governo, as instituies de ensino, os servios e controlesocial e podem contemplar aes no campo da formao e do trabalho.

    B - RESPONSABILIDADE SANITRIAEste captulo define as Responsabilidades Sanitrias e atribuies do Municpio, do Distrito

    Federal, do Estado e da Unio. A gesto do Sistema nico de Sade construda de forma solidria ecooperada, com apoio mtuo atravs de compromissos assumidos nas Comisses IntergestoresBipartite (CIB) e Tripartite (CIT).

    Algumas responsabilidades atribudas aos municpios devem ser assumidas por todos osmunicpios. As outras responsabilidades sero atribudas de acordo com o pactuado e/ou com acomplexidade da rede de servios localizada no territrio municipal.

    No que se refere s responsabilidades atribudas aos estados devem ser assumidas por todoseles.

    Com relao gesto dos prestadores de servio fica mantida a normatizao estabelecida naNOAS SUS 01/2002. As referncias na NOAS SUS 01/2002 s condies de gesto de estados emunicpios ficam substitudas pelas situaes pactuadas no respectivo Termo de Compromisso deGesto.

    RESPONSABILIDADES GERAIS DA GESTO DO SUS MUNICPIOSTodo municpio responsvel pela integralidade da ateno sade da sua populao,

    exercendo essa responsabilidade de forma solidria com o estado e a unio;Todo municpio deve:garantir a integralidade das aes de sade prestadas de forma interdisciplinar, por meio da

    abordagem integral e contnua do indivduo no seu contexto familiar, social e do trabalho; englobandoatividades de promoo da sade, preveno de riscos, danos e agravos; aes de assistncia,assegurando o acesso ao atendimento s urgncias;

    promover a eqidade na ateno sade, considerando as diferenas individuais e de grupos

    populacionais, por meio da adequao da oferta s necessidades como princpio de justia social, eampliao do acesso de populaes em situao de desigualdade, respeitadas as diversidades locais;participar do financiamento tripartite do Sistema nico de Sade;assumir a gesto e executar as aes de ateno bsica, incluindo as aes de promoo e

    proteo, no seu territrio;assumir integralmente a gerncia de toda a rede pblica de servios de ateno bsica,

    englobando as unidades prprias e as transferidas pelo estado ou pela unio;com apoio dos estados, identificar as necessidades da populao do seu territrio, fazer um

    reconhecimento das iniqidades, oportunidades e recursos;desenvolver, a partir da identificao das necessidades, um processo de planejamento,

    regulao, programao pactuada e integrada da ateno sade, monitoramento e avaliao;formular e implementar polticas para reas prioritrias, conforme definido nas diferentes

    instncias de pactuao;

    organizar o acesso a servios de sade resolutivos e de qualidade na ateno bsica,viabilizando o planejamento, a programao pactuada e integrada da ateno sade e a ateno sade no seu territrio, explicitando a responsabilidade, o compromisso e o vnculo do servio e equipede sade com a populao do seu territrio, desenhando a rede de ateno e promovendo ahumanizao do atendimento;

    organizar e pactuar o acesso a aes e servios de ateno especializada a partir dasnecessidades da ateno bsica, configurando a rede de ateno, por meio dos processos de

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    integrao e articulao dos servios de ateno bsica com os demais nveis do sistema, com base noprocesso da programao pactuada e integrada da a teno sade;

    pactuar e fazer o acompanhamento da referncia da ateno que ocorre fora do seu territrio,em cooperao com o estado, Distrito Federal e com os demais municpios envolvidos no mbitoregional e estadual, conforme a programao pactuada e integrada da ateno sade;

    garantir estas referncias de acordo com a programao pactuada e integrada da ateno sade, quando dispe de servios de referncia intermunicipal;

    garantir a estrutura fsica necessria para a realizao das aes de ateno bsica, de acordocom as normas tcnicas vigentes;

    promover a estruturao da assistncia farmacutica e garantir, em conjunto com as demais

    esferas de governo, o acesso da populao aos medicamentos cuja dispensao esteja sob suaresponsabilidade, promovendo seu uso racional, observadas as normas vigentes e pactuaesestabelecidas;

    assumir a gesto e execuo das aes de vigilncia em sade realizadas no mbito local,compreendendo as aes de vigilncia epidemiolgica, sanitria e ambiental, de acordo com as normasvigentes e pactuaes estabelecidas;

    elaborar, pactuar e implantar a poltica de promoo da sade, considerando as diretrizesestabelecidas no mbito nacional.

    ESTADOSResponder, solidariamente com municpios, Distrito Federal e unio, pela integralidade da a teno

    sade da populao;Participar do financiamento tripartite do Sistema nico de Sade;

    Formular e implementar polticas para reas prioritrias, conforme definido nas diferentesinstncias de pactuao;Coordenar, acompanhar e avaliar, no mbito estadual, a implementao dos Pactos Pela Vida e

    de Gesto e seu Termo de Compromisso;Apoiar tcnica e financeiramente os municpios, para que estes assumam integralmente sua

    responsabilidade de gestor da ateno sade dos seus muncipes;Apoiar tcnica, poltica e financeiramente a gesto da ateno bsica nos municpios,

    considerando os cenrios epidemiolgicos, as necessidades de sade e a articulao regional, fazendoum reconhecimento das iniquidades, oportunidades e recursos;

    Fazer reconhecimento das necessidades da populao no mbito estadual e cooperar tcnica efinanceiramente com os municpios, para que possam fazer o mesmo nos seus territrios;

    Desenvolver, a partir da identificao das necessidades, um processo de planejamento,regulao, programao pactuada e integrada da ateno sade, monitoramento e avaliao;

    Coordenar o processo de configurao do desenho da rede de ateno, nas relaesintermunicipais, com a participao dos municpios da regio;

    Organizar e pactuar com os municpios, o processo de referncia intermunicipal das aes eservios de mdia e alta complexidade a partir da ateno bsica, de acordo com a programaopactuada e integrada da ateno sade;

    Realizar o acompanhamento e a avaliao da ateno bsica no mbito do territrio estadual;Apoiar tcnica e financeiramente os municpios para que garantam a estrutura fsica necessria

    para a realizao das aes de ateno bsica;Promover a estruturao da assistncia farmacutica e garantir, em conjunto com as demais

    esferas de governo, o acesso da populao aos medicamentos cuja dispensao esteja sob suaresponsabilidade, fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaesestabelecidas;

    Coordenar e executar e as aes de vigilncia em sade, compreendendo as aes de mdia ealta complexidade desta rea, de acordo com as normas vigentes e pactuaes estabelecidas;

    Assumir transitoriamente, quando necessrio, a execuo das aes de vigilncia em sade nomunicpio, comprometendo-se em cooperar para que o municpio assuma, no menor prazo possvel, suaresponsabilidade;

    Executar algumas aes de vigilncia em sade, em carter permanente, mediante acordobipartite e conforme normatizao especfica;

    Supervisionar as aes de preveno e controle da vigilncia em sade, coordenando aquelasque exigem ao articulada e simultnea entre os municpios;

    Apoiar tcnica e financeiramente os municpios para que executem com qualidade as aes devigilncia em sade, compreendendo as aes de vigilncia epidemiolgica, sanitria e ambiental, deacordo com as normas vigentes e pactuaes estabe lecidas;

    Elaborar, pactuar e implantar a poltica de promoo da sade, considerando as diretrizesestabelecidas no mbito nacional;

    Coordenar, normatizar e gerir os laboratrios de sade pblica;

    Assumir a gesto e a gerncia de unidades pblicas de hemoncleos / hemocentros e elaborarnormas complementares para a organizao e funcionamento desta rede de servio. DISTRITO FEDERALResponder, solidariamente com a unio, pela integralidade da ateno sade da populao;Garantir a integralidade das aes de sade prestadas de forma interdisciplinar, por meio da

    abordagem integral e contnua do indivduo no seu contexto familiar, social e do trabalho; englobando

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    atividades de promoo da sade, preveno de riscos, danos e agravos; aes de assistncia,assegurando o acesso ao atendimento s urgncias;

    Promover a eqidade na ateno sade, considerando as diferenas individuais e de grupospopulacionais, por meio da adequao da oferta s necessidades como princpio de justia social, eampliao do acesso de populaes em situao de desigualdade, respeitadas as diversidades locais;

    Participar do financiamento tripartite do Sistema nico de Sade;Coordenar, acompanhar e avaliar, no mbito estadual, a implementao dos Pactos Pela Vida e

    de Gesto e seu Termo de Compromisso de Gesto;Assumir a gesto e executar as aes de ateno bsica, incluindo as aes de promoo e

    proteo, no seu territrio;

    Assumir integralmente a gerncia de toda a rede pblica de servios de ateno bsica,englobando as unidades prprias e as transferidas pe la unio;Garantir a estrutura fsica necessria para a realizao das aes de ateno bsica, de acordo

    com as normas tcnicas vigentes;Realizar o acompanhamento e a avaliao da ateno bsica no mbito do seu territrio;Identificar as necessidades da populao do seu territrio, fazer um reconhecimento das

    iniqidades, oportunidades e recursos;Desenvolver, a partir da identificao das necessidades, um processo de planejamento,

    regulao, programao pactuada e integrada da ateno sade, monitoramento e avaliao;Formular e implementar polticas para reas prioritrias, conforme definido nas instncias de

    pactuao;Organizar o acesso a servios de sade resolutivos e de qualidade na ateno bsica,

    viabilizando o planejamento, a programao pactuada e integrada da ateno sade e a ateno

    sade no seu territrio, explicitando a responsabilidade, o compromisso e o vnculo do servio e equipede sade com a populao do seu territrio, desenhando a rede de ateno e promovendo ahumanizao do atendimento;

    Organizar e pactuar o acesso a aes e servios de ateno especializada a partir dasnecessidades da ateno bsica, configurando a rede de ateno, por meio dos processos deintegrao e articulao dos servios de ateno bsica com os demais nveis do sistema, com base noprocesso da programao pactuada e integrada da a teno sade;

    Pactuar e fazer o acompanhamento da referncia da ateno que ocorre fora do seu territrio,em cooperao com os estados envolvidos no mbito regional, conforme a programao pactuada eintegrada da ateno sade;

    Promover a estruturao da assistncia farmacutica e garantir, em conjunto com a unio, oacesso da populao aos medicamentos cuja dispensao esteja sob sua responsabilidade,fomentando seu uso racional e observando as normas vigentes e pactuaes estabe lecidas;

    Garantir o acesso de servios de referncia de acordo com a programao pactuada e integradada ateno sade;

    Elaborar, pactuar e implantar a poltica de promoo da sade, considerando as diretrizesestabelecidas no mbito nacional;

    Assumir a gesto e execuo das aes de vigilncia em sade realizadas no mbito do seuterritrio, compreendendo as aes de vigilncia epidemiolgica, sanitria e ambiental, de acordo comas normas vigentes e pactuaes estabe lecidas;

    Executar e coordenar as aes de vigilncia em sade, compreendendo as aes de mdia e altacomplexidade desta rea, de acordo com as normas vigentes e pactuaes estabe lecidas;

    Coordenar, normatizar e gerir os laboratrios de sade pblica;Assumir a gesto e a gerncia de unidades pblicas de hemoncleos / hemocentros e elaborar

    normas complementares para a organizao e funcionamento desta rede de servio. UNIO

    Responder, solidariamente com os municpios, o Distrito Federal e os estados, pela integralidadeda ateno sade da populao;Participar do financiamento tripartite do Sistema nico de Sade;Formular e implementar polticas para reas prioritrias, conforme definido nas diferentes

    instncias de pactuao;Coordenar e acompanhar, no mbito nacional, a pactuao e avaliao do Pacto de Gesto e

    Pacto pe la Vida e seu Termo de Compromisso;Apoiar o Distrito Federal, os estados e conjuntamente com estes, os municpios, para que

    assumam integralmente as suas responsabilidades de gestores da ateno sade;Apoiar financeiramente o Distrito Federal e os municpios, em conjunto com os estados, para que

    garantam a estrutura fsica necessria para a realizao das aes de ateno bs ica;Prestar cooperao tcnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios para o

    aperfeioamento das suas atuaes institucionais na gesto da a teno bsica;

    Exercer de forma pactuada as funes de normatizao e de coordenao no que se refere gesto nacional da ateno bs ica no SUS;Identificar, em articulao com os estados, Distrito Federal e municpios, as necessidades da

    populao para o mbito nacional, fazendo um reconhecimento das iniqidades, oportunidades erecursos; e cooperar tcnica e financeiramente com os gestores, para que faam o mesmo nos seusterritrios;

    Desenvolver, a partir da identificao de necessidades, um processo de planejamento, regulao,

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    programao pactuada e integrada da ateno sade, monitoramento e avaliao;Promover a estruturao da assistncia farmacutica e garantir, em conjunto com as demais

    esferas de governo, o acesso da populao aos medicamentos que estejam sob sua responsabilidade,fomentando seu uso racional, observadas as normas vigentes e pactuaes estabelecidas;

    Definir e pactuar as diretrizes para a organizao das aes e servios de mdia e altacomplexidade, a partir da ateno bsica;

    Coordenar e executar as aes de vigilncia em sade, compreendendo as aes de mdia e a ltacomplexidade desta rea, de acordo com as normas vigentes e pactuaes estabe lecidas;

    Coordenar, nacionalmente, as aes de preveno e controle da vigilncia em sade que exijamao articulada e s imultnea entre os estados, Distrito Federal e municpios;

    Proceder investigao complementar ou conjunta com os demais gestores do SUS em situao derisco sanitrio;Apoiar e coordenar os laboratrios de sade pblica Rede Nacional de laboratrios de sade

    Pblica/RNLSP - nos aspectos relativos vigilncia em sade;Assumir transitoriamente, quando necessrio, a execuo das aes de vigilncia em sade nos

    estados, Distrito Federal e municpios, comprometendo-se em cooperar para que assumam, no menorprazo possvel, suas responsabilidades;

    Apoiar tcnica e financeiramente os estados, o Distrito Federal e os municpios para queexecutem com qualidade as aes de vigilncia em sade, compreendendo as aes de vigilnciaepidemiolgica, sanitria e ambiental, de acordo com as normas vigentes e pactuaes estabelecidas;

    Elaborar, pactuar e implementar a poltica de promoo da sade.RESPONSABILIDADES NA REGIONALIZAO

    MUNICPIOSTodo municpio deve:contribuir para a constituio e fortalecimento do processo de regionalizao solidria e

    cooperativa, assumindo os compromissos pactuados;participar da constituio da regionalizao, disponibilizando de forma cooperativa os recursos

    humanos, tecnolgicos e financeiros, conforme pactuao estabelecida;participar dos colegiados de gesto regionais, cumprindo suas obrigaes tcnicas e financeiras.

    Nas CIB regionais constitudas por representao, quando no for possvel a imediata incorporao detodos os gestores de sade dos municpios da regio de sade, deve-se pactuar um cronograma deadequao, no menor prazo possvel, para a incluso de todos os municpios nos respectivoscolegiados de gesto regionais.

    participar dos projetos prioritrios das regies de sade, conforme definido no plano municipal desade, no plano diretor de regionalizao, no planejamento regional e no plano regional deinvestimento;

    A responsabilidade a seguir ser atribuda de acordo com o pactuado e/ou com a complexidadeda rede de servios localizada no territrio municipal

    Executar as aes de referncia regional sob sua responsabilidade em conformidade com aprogramao pactuada e integrada da ateno sade acordada nos colegiados de gesto regionais.

    ESTADOSContribuir para a constituio e fortalecimento do processo de regionalizao solidria e

    cooperativa, assumindo os compromissos pactuados;Coordenar a regionalizao em seu territrio, propondo e pactuando diretrizes e normas gerais

    sobre a regionalizao, observando as normas vigentes e pactuaes na CIB;Coordenar o processo de organizao, reconhecimento e atualizao das regies de sade,

    conformando o plano diretor de regionalizao;

    Participar da constituio da regionalizao, disponibilizando de forma cooperativa os recursoshumanos, tecnolgicos e financeiros, conforme pactuao estabelecida;Apoiar tcnica e financeiramente as regies de sade, promovendo a eqidade inter-regional;Participar dos colegiados de gesto regional, cumprindo suas obrigaes tcnicas e financeiras;Participar dos projetos prioritrios das regies de sade, conforme definido no plano estadual de

    sade, no plano diretor de regionalizao, no planejamento regional e no plano regional deinvestimento.

    DISTRITO FEDERALContribuir para a constituio e fortalecimento do processo de regionalizao solidria e

    cooperativa, assumindo os compromissos pactuados;Coordenar o processo de organizao, reconhecimento e atualizao das regies de sade,

    conformando o plano diretor de regionalizao;

    Apoiar tcnica e financeiramente as regies de sade, promovendo a eqidade inter-regional;Participar dos colegiados de gesto regional, cumprindo suas obrigaes tcnicas e financeiras,conforme pactuao estabelecida;

    Participar dos projetos prioritrios das regies de sade, conforme definido no plano estadual desade, no plano diretor de regionalizao, no planejamento regional e no plano regional deinvestimento;

    Propor e pactuar diretrizes e normas gerais sobre a regionalizao, observando as normas

  • 8/2/2019 Pacto pela Sade. Portaria 399 de 22 fevereiro de 2006

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    vigentes, participando da sua constituio, disponibilizando de forma cooperativa os recursos humanos,tecnolgicos e financeiros, conforme pactuao estabelecida.

    UNIOContribuir para a constituio e fortalecimento do processo de regionalizao solidria e

    cooperativa, assumindo os compromissos pactuados;Coordenar o processo de regionalizao no mbito nacional, propondo e pactuando diretrizes e

    normas gerais sobre a regionalizao, observando as normas vigentes e pactuaes na CIT;Cooperar tcnica e financeiramente com as regies de sade, por meio dos estados e/ou

    municpios, priorizando as regies mais vulnerveis, promovendo a eqidade inter-regional e

    interestadual;Apoiar e participar da constituio da regionalizao, disponibilizando de forma cooperativa osrecursos humanos, tecnolgicos e financeiros, conforme pactuao estabelecida;

    Fomentar a constituio das regies de sade fronteirias, participando do funcionamento deseus colegiados de gesto regionais.

    RESPONSABILIDADES NO PLANEJAMENTO E PROGRAMAO MUNICPIOSTodo municpio deve:formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo permanente de planejamento participativo

    e integrado, de base local e ascendente, orientado por problemas e necessidades em sade, com aconstituio de aes para a promoo, a proteo, a recuperao e a reabilitao em sade,

    construindo nesse processo o plano de sade e submetendo-o aprovao do Conselho de Sadecorrespondente;formular, no plano municipal de sade, a poltica municipal de ateno em sade, incluindo aes

    intersetoriais voltadas para a promoo da sade;elaborar relatrio de gesto anual, a ser apresentado e submetido aprovao do Conselho de

    Sade correspondente;operar os s istemas de informao referentes ateno bs ica, conforme normas do Ministrio da

    Sade, e alimentar regularmente os bancos de dados nacionais, assumindo a responsabilidade pelagesto, no nvel local, dos sistemas de informao: Sistema de Informao sobre Agravos deNotificao SINAN, Sistema de Informao do Programa Nacional de Imunizaes - SI-PNI, Sistema deInformao sobre Nascidos Vivos SINASC, Sistema de Informao Ambulatorial - SIA e CadastroNacional de Estabelecimentos e Profissionais de Sade CNES; e quando couber, os sistemas: Sistemade Informao Hospitalar SIH e Sistema de Informao sobre Mortalidade SIM, bem como de outrossistemas que venham a ser introduzidos;

    assumir a responsabilidade pela coordenao e execuo das atividades de informao,educao e comunicao, no mbito local;

    elaborar a programao da ateno sade, includa a assistncia e vigilncia em sade, emconformidade com o plano municipal de sade, no mbito da Programao Pactuada e Integrada daAteno Sade;

    A responsabilidade a seguir ser atribuda de acordo com o pactuado e/ou com a complexidadeda rede de servios localizada no territrio municipal

    Gerir os s istemas de informao epidemiolgica e sanitria, bem como assegurar a divulgao deinformaes e anlises.

    ESTADOSFormular, gerenciar, implementar e avaliar o processo permanente de planejamento participativo

    e integrado, de base local e ascendente, orientado por problemas e necessidades em sade, com a

    constituio de aes para a promoo, a proteo, a recuperao e a reabilitao em sade,construindo nesse processo o plano estadual de sade, submetendo-o aprovao do ConselhoEstadual de Sade;

    Formular, no plano estadual de sade, e pactuar no mbito da Comisso Intergestores Bipartite -CIB, a poltica estadual de ateno em sade, incluindo aes intersetoriais voltadas para a promooda sade;

    Elaborar relatrio de gesto anual, a ser apresentado e submetido aprovao do ConselhoEstadual de Sade;

    Coordenar, acompanhar e apoiar os municpios na elaborao da programao pactuada eintegrada da ateno sade, no mbito estadual, regional e interestadual;

    Apoiar, acompanhar, consolidar e operar quando couber, no mbito estadual e regional, aalimentao dos sistemas de informao, conforme normas do Ministrio da Sade;

    Operar os sistemas de informao epidemiolgica e sanitria de sua competncia, bem como

    assegurar a divulgao de informaes e anlises e apoiar os municpios naqueles de responsabilidademunicipal. DISTRITO FEDERALFormular, gerenciar, implementar e avaliar o processo permanente de planejamento participativo

    e integrado, de base local e ascendente, orientado por problemas e necessidades em sade, com aconstituio de aes para a promoo, a proteo, a recuperao e a reabilitao em sade,construindo nesse processo o plano estadual de sade, submetendo-o aprovao do Conselho de

  • 8/2/2019 Pacto pela Sade. Portaria 399 de 22 fevereiro de 2006

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    06/05/12 PORTARIA N 399/GM DE 22 DE FEVE

    20/27dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-399.htm

    Sade do Distrito Federal;Formular, no plano estadual de sade, a poltica estadual de ateno em sade, incluindo aes

    intersetoriais voltadas para a promoo da sade;Elaborar relatrio de gesto anual, a ser apresentado e submetido aprovao do Conselho

    Estadual de Sade;Operar os sistemas de informao epidemiolgica e sanitria de sua competncia, bem como

    assegurar a divulgao de informaes e anlises;Operar os sistemas de informao referentes ateno bs ica, conforme normas do Ministrio da

    Sade, e alimentar regularmente os bancos de dados nacionais, assumindo a responsabilidade pelagesto, no nvel local, dos sistemas de informao: Sistema de Informao sobre Agravos de

    Notificao SINAN, Sistema de Informao do Programa Nacional de Imunizaes - SI-PNI, Sistema deInformao sobre Nascidos Vivos SINASC, Sistema de Informao Ambulatorial - SIA e CadastroNacional de Estabelecimentos e Profissionais de Sade CNES; Sistema de Informao Hospitalar SIHe Sistema de Informao sobre Mortalidade SIM, bem como de outros sistemas que venham a serintroduzidos;

    Assumir a responsabilidade pela coordenao e execuo das atividades de informao,educao e comunicao, no mbito do seu territrio;

    Elaborar a programao da ateno sade, includa a assistncia e vigilncia em sade, emconformidade com o plano estadual l de sade, no mbito da Programao Pactuada e Integrada daAteno Sade.

    UNIOFormular, gerenciar, implementar e avaliar o processo permanente de planejamento participativo

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