Paganismo e Feminismo

7/24/2019 Paganismo e Feminismo

1/29

Sobre Faeries e

Feministas..

Por: Jennifer Homan.

Traduo: Gabriel Mallet Meissner..

A espiritualidade neopag tradicional,

embora tenham as suas razesfirmemente baseadas em autonomia,flexibilidade, anti-autoritarismo e sistemasde crenas pessoais, tem tido dificuldadede aceitar os radicais em seu meio. Os"radicais" do movimento neopago so,na minha opinio, as feministas ou bruxas"dinicas" e os grupos de homens ga!sdentro da Arte, s vezes chamadas de#adical $aeries %&.'.( $adas #adicais."$aerie" ) uma gria americana parahomossexuais masculinos. *or falta deum termo + euivalente emportugu/s, preferi manter o termo emingl/s0. Os medos e as suspeitas ue ospagos mais tradicionais t/m destesgrupos no so de surpreender uandolevamos em considerao ue todos n1s,neopago includos, fomos criados eeducados nesta sociedade patriarcal.Assim como ) difcil para a populao emgeral aceitar o feminismo e a

homossexualidade, os neopagos t/m as


2/29

suas pr1prias dificuldades nestesassuntos.

2mbora neopagos geralmente aceitemnovas id)ias e mudanas de boa vontade,desafios s normas aceitas so sempreameaadoras. *ortanto, aueles uedesafiam na Arte as id)ias convencionaisda polaridade masculino3feminino ou oculto de euilbrio entre a 4eusa e o 4eus

so compreendidos mal ou vistos comouma ameaa.

A Arte Tradicional

56 muitas "seitas" diferentes dentro dopaganismo tradicional. 2mbora cada um

tenha diferentes rituais, deuses, focos,


3/29

heranas e enfeites, todos t/m princpios,estruturas e normas similares. *orexemplo, um princpio de um coventradicional ) o euilbrio entre o 4eus e a4eusa. A 4eusa, a as mulheres ue elarepresenta, so consideradas portadorasde aspectos "femininos", tais comofertilidade. Os homens e o 4eus soassociados a aspectos "masculinos", taiscomo a caa e o ciclo demorte3renascimento. 2mbora este estilode culto realmente inclua e d/ importnciatanto aos homens uanto s mulheres,algumas feministas sentem ue ele ) umaperpetuao das - e pode levar novoscaminhos de continusmo - regraspatriarcais. 7uitos covens tradicionais

insistem na polaridademasculino3feminino no coven, eespecialmente para o 8rande #ito. 9sto, )claro, exclui ga!s e l)sbicas fisicamente,e possivelmente metafisicamente %emtermos de energia0. Outro paradoxo daArte tradicional ) ue embora se:a anti-

autorit6ria, h6 alguns lderes eprofessores nomeados %a Alta;acerdotisa e o Alto ;acerdote0 em cadacoven. $re


4/29

pessoa pode comear o seu pr1priocoven.

2stes e outros aspectos da Artetradicional so re:eitados pelos gruposdinicos e #adical $aeries. 2sta ) umafonte de disputa e desentendimento entretradicionalistas e os ramos mais "radicais"de paganismo. 7uitas mulheres e

homens dos grupos tradicionais estopreocupados pela re:eio resoluta deprincpios, estruturas e normas, assimcomo por afirma=es tais uais "... ue asmulheres so bruxas pelo direito do fatode serem mulheres..." %Adler, p.+>?0.@ruxas dinicas tamb)m trazem a Arte aopblico por misturarem poltica comreligio. &em sempre isto ) aceit6vel paraa Arte tradicional. As polticas separatistasde algumas feministas e covens ga!stamb)m so ameaadoras s bruxas eaos pagos tradicionais. 7as estasdiferenas externas so :ustamente isto(externas. As reais "ameaas" bruxaria eao neopaganismo convencionais so asrevolu=es no pensamento, id)ias esimbolismo ue esto tomando lugar emcovens feministas e ga!s. 2stes gruposesto redefinindo os conceitos dematriarcado, poder, diverso,crescimento, polaridade, 4eusa, 4eus,

poltica, masculinidade, feminilidade e


5/29

ritual. 2ssencialmente, o ue eles estomudando so os seus conceitos deg/nero sexual e seus pap)is. Ao acharnovos caminhos de ver e utilizar o poder,o aru)tipo e a polaridades destes gruposesto mudando radicalmente as suasa=es, consci/ncia e subconsciente.2stas so as pessoas ue podemrealmente revolucionar a nossa sociedadee os pap)is dos g/neros sexuais nela.

A 2spiritualidade $eminista


6/29

"Obviamente h6 uma /nfase excessiva

em certas coisas, mas a minha hip1tese )ue uando a balana pesou demais paraum lado, ) necess6rio pesar muito o outrolado." 7ar! #itter @eard.

A espiritualidade feminista comeou domovimento feminista dos anos > e

daueles ue dentro deste movimentoestavam insatisfeitos com as id)ias e areligio patriarcais. 7ulheres estocomeando a criar a sua pr1pria religio."As mulheres ho:e esto descobrindo uea espiritualidade ) aut/ntica uando )intrinsicamente sub:etiva, uando )

trazida para fora, penadamente do teroda sua pr1pria experi/ncia"%Bolbenschlag, p.+C0. As mulheres estocomeando a olhar as suas pr1priasexperi/ncias e sensa=es %intuio0 e aconfiar nelas. D importante para asmulheres validar e confiar nas suas

experi/ncias e sensa=es pessoais antesde confiar em si mesmas. Aespiritualidade ue vem de dentro est6tomando o lugar do dogma ue vem defora. Algumas mulheres ue estoexplorando a sua espiritualidadeparticiparam de grupos de expanso daconsci/ncia aonde elas pela primeira vezforam permitidas a examinar e validar as


7/29

suas sensa=es e experi/ncias. 2lascomearam a olhar para as id)iasdefeituosas do patriarcado %tais como adiviso entre o esprito e o corpo, aracionalidade linerar e o "poder sobre"0 ea achar alternativas a esta id)ias %vidaspolticas e espirituais interdependentes,pensamento EintuitivoF no-linear e poder-de-dentro0.

Algumas revistas feministas comearam aolhar para a id)ia de religarespiritualidade e poltica. Gountr! Homandedicou uma edio %Abril de +I>J0 aoassunto(

*ara mulheres "polticas", "espiritual"significa institui=es e filosofias ue t/mimobilizado mudanas pr6ticas ecanalizados as energias das mulherespara servir a outros em seu pr1priodetrimento. *ara mulheres "espirituais","poltica" significa institui=es e filosofias

ue negam a unidade das pessoas e uet/m canalizado a criatividade dasmulheres para destrui-las e faz/-las lutarumas contra as outras... 4esde ue asmulheres comearam a notar asdiferentes partes das suas experi/ncias ea categoriz6-las em termos usados pelacultura patriarcal, elas comearam asuspeitar umas das outras. %Adler,


8/29

p.+I?K0.

7as muitas pessoas dese:am e gravitamem torno da espiritualidade e asfeministas no so exceo. As mulheresue precisam de uma espiritualidadefeminista comearam a olhar para asreligi=es e aru)tipos da 4eusa. D claro,elas acharam a bruxaria. Gomo um das

nicas religi=es ue do um papel igual,se no superior, a bruxaria logo foireinvidicada pelas feministas como suapropriedade.

2m +IC?, H9'G5, "um grupo de mulheresue esto enga:adas em a=es de

protesto polticas e surrealistas" %Adler,p.+>I0, distriburam panfletos ue usavamo aru)tipo da bruxa. 2las afirmavam ueuma bruxa era uma mulher ue fazia assuas pr1prias regras, ue tirava o poderde si mesma e ue lutava pelas suasirms %Adler, p.LC-L>0. 2ste grupo via

as mulehres como bruxas inatas e asbruxas como as primeiras revolucion6riase resistentes. 4esta forma, feministas socapazes de reconciliar poltica comespiritualidade. 9sto era de grandeimportncia para muitas novas bruxasfeministas. Mm revista feminista chamada

Nuest fez uma edio especial dedicada espiritualidade %olume +, PJ,


9/29

*rimavera de +I>K0 para publicar umartigo de Qud! 4avis e Quanita Heaver

ue dizia(

A assim chamada diviso entre feministacultural e feminismo poltico ) umresultado debilitante na nossa opresso.2la vem da noo patriarcal de ue oespiritual e o intelectual operam em reinosseparados. &egar o espiritual ao fazerpoltica ou cultivar o espiritual s custasdo bem-estar poltico ou econRmico )continuar o :ogo patriarcal. %Adler, p.+?K0.

$eministas so capazes de praticarbruxaria %uma religio de poucos

aspectos hist1ricos de opresso patriarcalsobre as mulheres0, bem como de


10/29

continuar a sua pr1pria vida poltica.4esta forma, ambas as coisas so

capazes de alimentar um outra( abruxaria d6 s mulheres fora em suaslutas polticas e o ativismo poltico d6 bruxaria uma voz no foro pblico.Ssuzsanna @udapest, ue comeou a suavida na Am)rica exilada da 5ungria,achaou ue a sua herana de bruxariapoderia ser unida sua nova viso detrabalho poltico como feminista.

Ssuszanna ) agora um membro da Artefeminista e autora de numerosos livros eartigos. 2la acredita ue a religio ) "apoltica suprema." "#eligio est6 aonde

voc/ pode alcanar as pessoas em seusmist)rios, nas partes dos seus seres ueforam negligenciadas, mas ue so toimportantes e dolorosas..." %Adler, p.+??0.2sta ) uma afirmao inteligente. O uepodem ser melhor do ue mudar umapessoa e o seu futuro seno atrav)s donvel subconsciente do simbolismoreligiosoT

&o livro de 7arion Simmer @radle!, As@rumas de Avalon, os personagensprincipais, iviane e 7orgaine, combinama sua religio com o seu envolvimento

poltico. A Antiga #eligio da terra davaimportncia s mulheres assim como aos


11/29

homens e no sub:ugava um ao outro. ;eo 8rande #ei no :urava lealdade

Antiga #eligio %e ao ;acerdote e ;acerdotisa de Avalon0, a religio iriamorrer. Mma vez ue a poltica do reinadoteria um efeito direto sobre a sua religioe suas vidas, 7orgaine e iviane estavamdeterminadas a influenciar o 8rande #ei.4esta forma, elas podiam assegurar a

sobreviv/ncia da religio e do velho modode vida.

7uitas bruxas feministas v/em omatriarcado como uma parte importantedo seu passado e do seu futuro. 7uitosacad/micos iro debater a exist/ncia de

ualuer matriarcado passado. *ara asbruxas feministas, a uesto no ) sehouve realmente verdadeirosmatriarcados, mas como a sociedadeseria diferente se "princpios femininos"fossem valorizados. 2mbora o significadoliteral de "matriarcado" se:a "governo feito

pelas mes", a sua traduo literal temmuito do mesmo significado de "governofeito pelos pais", ue ) a traduo literalde "patriarcado". &a sociedade atual,uando uma feminista fala em patriarcadoela no uer dizer um governo benigno dehomens. A sua conotao de patriarcado) a sub:ugao das mulheres e arepresso de tudo o ue ) feminino. As


12/29

bruxas feministas fre


13/29

2isler chama de sistemas androcr6ticosem seu livro "'he Ghalice and the @lade"

%&.'.( O G6lice e a 2spada0. 4e fato, ospostulados feitos por 2isler em seu livrosobre sociedades igualit6rias e como elasfuncionam so apoiados pelasobserva=es de outras escritorasfeministas sobre sistemas %ideais0 demulheres. 2 as bruxas feministas esto

comeando a utilizar estes sistemas emseus grupos e covens.

@ruxas feministas tamb)m utilizam o maispoderoso instrumen!o na sua busca pelareivindicao do esprito feminino( oaru)tipo. O aru)tipo ) o aspecto mais

potente de ualuer religio, se:a oaru)tipo de 2va condenando toda ahumanidade ao exlio do *araso ou4iana criando os c)us e levando Uciferpara a 'erra. Atrav)s de imagenspoderosas da 4eusa, as mulheres socapazes de fortalecer e mudar as suas

pr1prias imagens. D claro, isto alcanadoatrav)s do uso do mito. As bruxasfeministas uerem ir al)m das simplesimagens da 4eusa como uma mebenevolente e ue cuida dos seus filhos,como proposto pela Arte tradicional. Asbruxas feministas abraam todos osaspectos da 4eusa. A 4eusa no ) vistaapenas como a criadora do universo, mas


14/29

tamb)m como destruidora, pois no fundotodos os atos de criao so atos de

destruio. 2la vem de muitas culturas.2la s vezes ) representada como o sol%luz0 "ativo", ao inv)s da lua %sombra0passiva. 2la ) a guerreira ue protege o;eu povoV 2la ) 2rishWegal bem como9nanna. 2la ) Bali. 2la ) /nus. 2la )$re!a. 'odas as criaturas so ;uas e a'erra ) o ;eu corpo. ;uas energias estoao nosso redor na forma de rios, raios evento, criando e destruindoconstantemente. @udapest claramentearticula sobre a necessidade por umadeidade feminina em seu 'he 5ol! @ooWof HomenXs 7!steries %&.'.( O Uivro;agrado dos 7ist)rios $emininos0(

... um deus masculino auto-criado ueno tem me ) um conceito totalmenteinsustent6vel. D, para dizer o mnimo, nosobrenatural, mas meramente no-natural. &ada na natureza se parece talabsurdo. 'udo, mesmo uma estrela uesurge em algum lugar, toda criatura temuma fora-me. Obviamente, negar amaternidade ) negar as mulheres. %p.Y0.

Uogicamente, o raciocnio de @udapestfunciona. 7as no ) a l1gica ue leva as

mulheres a acharem-se nas antigasmitologias. Os aru)tipos da 4eusa


15/29

fortalecem as mulheres e as inspiram a setornarem deusas %a trabalharem rumo aoseu potencial total0.

2ntretanto, h6 uma t/nue linha antrearu)tipo e estere1tipo. Algumas bruxasfeministas sentem ue a Arte tradicionalcolocam /nfase demais sobre asmulheres como mes3criadoras. 2las

perguntam a si mesmas at) onde istopode se aproximar das atitudes Birche,B


16/29

cuidar de toda a vida... a escolha de serme podem envolver a escolha dedestruir foras destrutivas... uma me,como outros, podem ter ue matar parasobreviver %p.IC0. ;e a imagembenevolente da me est6 ou no presentena comunidade feminista pag, como5oagland sugere, ) difcil de dizer. Apesardisso, isto ) uma crtica ue toda acomunidade pago deveria ter em mente.

&esta nossa )poca, muitos indivduosesto lidando com uest=es destanatureza. &a nossa sociedade emmutao, com seus avanos tecnol1gicose separao da natureza, ual ) o papeldos deusesT Nuais devem ser os seusaspectosT Gomo n1s podemos mudar osaru)tiposT Mma autora uefre


17/29

de pap)is das mulheres e dos homens naArte.

7as muitos covens feministas notrabalham com homens. &em eles seimportam com a polaridademasculino3feminino ou, at) mesmo, com ainvocao e o culto do 4eus. 2sta ) umafonte de muita irritao para a Artetradicional. Govens feministas geralmentetrabalham de forma muito diferente dos

covens tradicionais. 8eralmente no h6uma Alta ;acerdotisa do covenV asmulheres revezam o papel de liderar ocoven em seus trabalhos e rituais. Nuemuer ue conhea melhor e este:a maisfamiliarizada com um trabalho m6gico ouritual lidera o grupo nauela ocasio. Os

covens feministas criam os seus pr1prios


18/29

exerccios e rituais. 2les no trabalhamcom um "Uivro das ;ombras" padro oulivro de segredos m6gicos. 2lesfre e ? viram umaumento de cartas e artigos reacion6riosem :ornais e peri1dicos neopagos.@ruxas feministas foram taxadas de"sexistas" e "inve:osas" %Adler, p.L++0.7uitos artigos pediam menos /nfase na4eusa e no ;eu culto exclusivo. Algunsdestes artigos foram escritos pormulheres. 5o:e, muito desta controv)rsia:6 morreu. 2u acredito, entretanto, uemuitos pagos %especialmente os mais:ovens0 ainda so afetados pela imagemue a mdia criou das feministas e, at)certo ponto, a aceitam. O pblico emgeral ainda compra a imagem ue a mdacriou das feministas. 2m alguns pagos,infelizmente, ainda so cr)dulos osuficiente para engolir isto.


19/29

&o importando se a Arte tradicional uerou no ouvir e aprender, os covensfeministas esto minando as no=espatriarcais de g/nero sexuais e seuspap)is. 2les esto comeando nas razesdo problema. As pr6ticas separatistaspermitem as mulheres a trabalharem paraas mulheres e com outras mulheres. 2lesse focam em assuntos femininos e cadauma tem uma parte igual no seu coven.'rabalhar em grupo ue no ) hier6ruicod6 s mulheres a chance de experimentaro poder-de-dentro, ao inv)s do poder-sobre. 2las ganham uma grandeuantidade de poder ao focarem-se na4eusa e estudando os ;eus novosaru)tipos. 4esta maneira, elas criam

novas imagens para si mesmas e de simesmas. Ao trabalhar sem a polaridademasculino3feminino elas t/m invalidadod)cadas de ensinamentos de to famososhierofantes como Qanet e ;teZart $arrar e8erald 8ardner. 2la t/m reconciliadoesprito com mat)ria. 2las tem ouvido a

"temerosa" intuio e nem sempre so"l1gicas".

2stas mulheres t/m abandonado osconceitos mais b6sicos sobre o ue asmulheres "so". 2las no t/m se tornadohist)ricas, profundamente infelizes ou

inf)rteis. 2las t/m re:eitado o modelo


20/29

dominador da nossa sociedade. Aindaassim, elas no tem mergulhado no caosue supostamente reina supremo uandoo sistema masculino no ) usado.

#adical $aeries

"2st6 na moda ho:e encora:ar os homensa serem sensveis. 2ntretanto, esteencora:amento ) parcialmente lembra atentativa de fazer um homem alei:ado acorrer." 5erb 8oldberg, 'he 5azards of@eing 7ale.

;e as hist1rias e tradi=es da bruxaria


21/29

forem esuecidas e difamadas, ento aespiritualidade ga! em todo lugar seriapraticamente erradicada. 2m umatentativa de reivindicar a sua :ustaposio de respeito na espiritualidadepag, os #adical $aeries comearamuietamente a reunir energia em +I>?. &o;udoeste, v6rias conven=es espirituaisdo tema paganismo e da contra-culturaga! eram as sementes do ue ) ho:e umramo muito necess6rio do paganismo.

Os ga!s, embora a cultura atual tenteneg6-lo, existiram em todas as raas,religi=es e sociedades do mundo. Mmacultura em ue os ga!s e as l)sbicaseram honrados e respeitados eram astribos dos nativos americanos. Mmaautora ue tem nos suprido com umagrande uantidade de informao sobrega!s e seus pap)is nestas tribos ) *aula8unn Allen. 2ntre os seus muitos livros,'he ;acred 5oop ) um bom livro falandode feminismo, cultura nativo americana ega!s dentro de muitas tribos. Allen cita aautora Qud! 8rahn %Another 7other'ongue( 8a! Hords 8a! Horlds0, ue,por sua vez, citou a antrop1loga ;ue 2llenQacobs em um afigura de "... ?? triboscu:os atributos culturais registradosincluem refer/ncias homossexualidade,

com vinte destas incluindo refer/ncias


22/29

especficas ao lesbianismo" %p. +I>0. onzetribos negaram %para forasteiros0 ualuerpr6tica de homossexualidade. Allen afirmaue isto "... indica a presena delesbianismo e homossexualidade emtodas as 6reas da Am)rica do &orte" %p.+I>0. 4iferentes tribos nativo americanastinham muitos nomes diferentes paraga!s e l)sbicas. 7as a palavra ue aspessoas mais conhecem e usam ho:e )berdache, significando "homem vestido demulher" %2ste termo tem sido mal utilizadotanto para l)sbicas uanto para homensga!s das tribos. D uma palavra francesaue veio de uma palavra 6rabe para umgaroto ue fosse escravo sexual ou paraum garoto de programa. 9nfelizmente, o

nome pegou.

#adical $aeries esto ho:e trabalhandopara ganhar o status e a honra ue umdia foi tida pelos berdaches. *or causa daopressiva influ/ncia dos colonizadorescristos e da falta de linguagens escritasdos nativo americanos, os pap)is e vidasdas l)sbicas e dos ga!s dentro das tribos) difcil de averiguar. 5ist1rias de xamsue se vestiam de mulheres e faziam otrabalho de mulheres no so incomuns.&em ) incomum ler sobre uma garota ueabdicou do seu sexo fsico, vestiu-se

como um homem, tomou o nome de um


23/29

homem e fez o trabalho de um homem.2la fre


24/29

7uitos homens t/m achado umairmandade de outras pessas com asmesmas necessidades espirituais emgrupos de #adical $aeries. 2les sentemorgulho em serem diferentes das pessoas"h)tero"V eles acreditam ue a habilidadede mudar os pap)is sexuais pode tornar o"andar entre os mundos" mais f6cil. 2lesacreditam ue a sua "energiahomossexual" ) um ingrediente principalem trabalhos m6gicos. Os #adical$aeries no procuram se assemelhar comunidade h)tero dizendo ue a nicadiferena entre eles e os heterossexuais )o ue eles fazem na cama. 2les recuramessa assimilao, pois traz perda decomunidade e inspirao. 2les acreditam

ue a nica coisa ue eles t/m emcomum ) o ue eles fazem na cama%Adler, p.YJJ0.

#adical $aeries tamb)m fazem coisasmuito diferentes das ue a comunidadepag tradicional faz. 2les no estointeressados em rituais formaisV a maioriados seus rituais ) completamenteespontneo. 2les so anaruistaspblicos ue utilizam o humor e osurrealismo para chocar as pessoas. 2lesfre


25/29

encontro pago ao irem para l6 gritando"Ateno[ Aui a espontaneidade )proibida[ &1s somos a polcia deespontaneidade[" %Adler, p.YJC0. 2les temlevado a "dana do ch6" da comunidadega! aos encontros pagos - o ue parecemuito fora de lugar em uma programaofixa. 5omens %ga!s e h)teros0 vestemroupas de mulher e danam msicapopular. 2mbora parea tolo, )fre


26/29

na @ruxaria". 2ste captulo cai no sexismo%em mais de um sentido0, na inve:a e naauto-importncia. 2m A Hitches @ibleGompleat, Qanet e ;teZart $arrar incluemuma peuena seo em seu livro %*art 99,p.+>0, dizendo-nos uo "absolutamenteheterossexuais" e como, embora elestenham amigos ga!s, eles no acreditamue covens ga!s possam funcionarporue a Zicca foi construda sobre um"masculinidade e feminilidade natural damente, do corpo e do esprito." O livro*ersuasions of the HitchXs Graft %+I?I0,por '.7. Uuhrmann, ) um livro ao estilo do4raZing 4oZn the 7oon, mas o seu temaest6 restrito aos bruxos ingleses. O autoraponta a evid/ncia do conservadorismo

destes bruxos em suas atittudes arespeito de considerar a permisso dega!s em seus covens. Mm indivduoiluminado %ue eu tenho certeza ue tevemuitas experi/ncias em primeira-modeste tipo[0 disse "... voc/ no podetrabalhar magicamente com um

homossexual. 5omossexuaissimplesmente no criam a corrente."%p.CJ0.


27/29

&o ) apenas a atitude e a anaruia dos#adical $aeries %ou de ualuer outrogrupo ga! da Arte0 ue incomodam aspessoasV ) a sua pr1pria presena.;tarhaZW escreve em 4reaming the 4arW(

er homens ue deliberadamente

abraam as caractersticas associadas smulheres %suavidade, tolice, vontade decuidar dos outros, vulnerabilidade0 podeser terrveis para outros homem poruetanto da identidade masculina na culturaalienada depende da diferena deles comas mulheres, ue ) definida

negativamente. Ainda assim, al)m domedo pode haver poder para redefinir oself masculino positivamente como umatodo enraizado, no como uma parteseparada. %p. +JL0.

2sta ) a chave de porue a comunidade

pag tradicional sente-se perturbada por


28/29

homens ga!s em sua religio. 2steshomens esto uebrando os pap)issexuais e :ogando-os no lixo. Gomo asmulheres em covens separatistasfeministas, eles homens t/m re:eitado ospap)is tradicionais designados pelasociedadeV ambos esto se movendo emterrit1rio desconhecido. O ue eles iroachar l6T O ue eles traro de l6T 2mue sentido isto ir6 alterar a comunidadepag ou possivelmente a cultura popularTO ue ser6 abandonado e o ue ser6ganhoT 2stas so as perguntas ue acomunidade pag deveria estarperguntando a si mesma. ;o perguntasameaadoras porue muitas dasrespostas podem ser radicais. ;e n1s

comearmos a escutar estas pessoas -aueles ue esto vivendo fora de todasas estruturas, dos pap)is e das normasue n1s fomos ensinados - e comear aviver as nossas vidas em liberdade eharmonia, n1s iremos realizar um dosmaiores experimentos :6 feitos at) ho:e.

*odemos viver sem hieraruiaT5ieraruia ) algo mais do ue umasociedade dominadoraT Gomo n1spodemos funcionar sem pap)is sexuaisT

*or cinco mil anos, os princpios e as

moralidades de um mundo androcr6ticot/m sido o nosso inconsciente coletivo. O


29/29

nosso subconsciente se confunde uandocomeamos a considerar alternativas.Auela voz inve:osa e sexista fala dedentro de n1s uando ela ) ameaadapor novas escolhas. A comunidade pag -os revolucion6rios originais e osresistentes - ) um lugar prim6rio aonde as"t6ticas de guerrilhas" dos "rebeldes"feministas e ga!s podem formar razes esobreviver. A Arte ) um solo f)rtil para assementes do dissentimento.

Qennifer 5oman%:ennifer\:aneroeisdead.com0
mailto:[email protected]:[email protected]

Documents

Paganismo e Feminismo