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EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA FLIC 2016 Jornal Oficial da Igreja Metodista | Setembro de 2017 ano 131 | nº 09 | Distribuição Gratuita CONFESSIONALIDADE METODISTA JOHN WESLEY Relembre a história do pai do metodismo. Página 12 METODISMO: Conheça a história da 7ª Região Eclesiástica. Página 6 Página 8

Página 8 - Expositor Cristão - Site de notícias cristãs · Torres, Luis Mendes, Pr. Odilon Chaves, Nancy Vianna e Jorge Vidigal Expositor ... SCHOKEL, Luís Alonso. A Bíblia

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EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA FLIC 2016

Jornal Oficial da Igreja Metodista | Setembro de 2017 ano 131 | nº 09 | Distribuição Gratuita

CONFESSIONALIDADE METODISTA

JOHN WESLEYRelembre a história do pai do metodismo. Página 12

METODISMO: Conheça a história da 7ª Região Eclesiástica. Página 6

Página 8

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Setembro de 2017 | www.expositorcristao.com.br

2 EDITORIAL

COMENTÁRIOSEdição de Agosto de 2017

ENVIE SEU COMENTÁ[email protected]

[email protected]

Alcançando CidadesIsso sim é fazer missão! Parabéns para todas as pessoas que se dedicaram aos projetos missionários regionais e ao Expositor Cristão por mais essa cobertura!

Robson Santos de Almeida Rio de Janeiro/RJ

Ação SocialA Igreja Metodista me conquistou há mais de vinte anos exatamente por causa do trabalho social que ela desenvolve. Ajudar o próximo em qualquer trabalho social é um dos mandamentos de Jesus e práticas de Wesley.

Rosângela Souza Prado Fortaleza/CE

Delegacia da MulherSofri violência doméstica por vários anos e nunca tive coragem de denunciar. Meu marido faleceu há três anos e hoje percebo o quanto é importante esse tipo de apoio.

Priscila Albuquerque Santos Belo horizonte/MG

150 anos de metodismo

Todas as edições de 2017 abordam, em al-gum momento, a história da Igreja Meto-dista nesses 150 anos de metodismo per-

manente no Brasil. Na edição deste mês, estamos publicando um artigo sobre a confessionalidade metodista nas instituições de ensino. A va-lorização da educação como possibili-dade de transformação da pessoa e da sociedade na Igreja Meto-dista tem suas origens no mo-vimento religioso na Ingla-terra do século XVIII, com John Wesley – um homem cuja vida fora marcada por uma intensa intimidade com Deus, pela convic-ção da justiça social como parâmetro nos relaciona-mentos e por um profundo amor pelas pessoas.

Muito se pergunta se as instituições devem ou não ex-pressar a sua confessionalidade. Resgatar essa história em tempos de celebrações é importante, até porque a Igre-ja Metodista completa em setembro 87 anos de autonomia, e a confessionalidade está sendo res-gatada com a produção de um novo currículo de Ensino Religioso para a Educação Básica. As crianças também poderão entender melhor o que significa a autonomia da Igreja Metodista.

Na Palavra Episcopal, o Bispo Roberto Alves de Souza destaca que não é só um tempo de festa, mas de refletir, de fazer um autoexame de como tem sido o nosso papel de Igreja de Cristo em ter-ras brasileiras.

Ainda em tempos de celebrações, a histó-ria da 7ª Região Eclesiástica é contada

nesta edição também. Aliás, este ano o metodismo em Teresó-

polis completa 120 anos. Nas páginas 6 e 7 você pode con-

ferir muitas histórias mis-sionárias e de pessoas que se doaram pela missão.

E para finalizar esta edi-ção com as celebrações do metodismo, tendo em vista os novos membros

que chegam a cada dia às comunidades, aos pequenos

grupos, à escola dominical, optamos por publicar um texto

sobre a vida de John Wesley. Isso inclui infância, vida em Oxford e o mi-

nistério na Igreja. Para ilustrar essa página, apresentamos o novo desenho de John Wesley.

Que Deus abençoe sua vida!

Pr. José Geraldo Magalhães Editor-chefe | Expositor Cristão

Ênfases missionáriasda Igreja Metodista1 Estimular o zelo

evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;

2 Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;

3 Promover o discipulado na perspectiva da salvação, santificação e serviço;

4 Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;

5 Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;

6 Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.

OPINIÃO | CONFESSIONALIDADE

“O ensino religioso confessional cristão tem muito a contribuir para que sejam experienciados no espaço

escolar o respeito às diferentes religiões, o desenvolvimento de aprendizagens significativas através de conteúdos e metodologias que atendam à integralidade do ser humano.”

Telma Martins | Redatora do Departamento Nacional de Escola Dominical

"Em um contexto com tanto desamor e violência, penso que o ensino religioso nas escolas pode se constituir num instrumento de valorização do diálogo, do respeito e da tolerância. Há muitas vozes gritando ‘ódio!’. Entendo que precisamos

de todas as vozes que possam gritar ‘paz!'”

Jônatas Cavalheiro | Pastor na Igreja Metodista de Vila Planalto/SP

"Acredito na importância da presença do ensino religioso em todas as escolas, com foco em valores

como justiça, ética e respeito. Às instituições confessionais deve ser preservado o direito de desenvolver as práticas da sua fé, o que deve ser feito de forma não impositiva e pautada nesses

mesmos valores universais.”

Luan Matias Correia | Igreja Metodista em Rudge Ramos/SP

“A Educação Metodista sempre avançou em todas as áreas do conhecimento. O nosso trabalho

está fundamentado e foi construído em uma interlocução entre a confessionalidade metodista, nossos valores e entre as orientações do MEC, que norteia todo o processo educativo na sociedade brasileira.”

Pastora Renilda Martins Garcia | Pastoral Instituto Metodista Bennett

SIGA A GENTE!

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Jornal oficial da igreJa MetodistaFundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom

Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa

Conselho Editorial:Camila Abreu, Bispa Hideide Brito Torres, Luis Mendes, Pr. Odilon Chaves, Nancy Vianna e Jorge Vidigal

ExpositorCristão

Editor e jornalista responsável:Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP)

Repórter: Sara de PaulaMarketing e Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos e Carolina CardenaFoto de Capa: Rodrigo de Britos/EC

Arte: Fullcase ComunicaçãoRevisão: Adriana GiustiTiragem: 30 mil exemplares

Entre em contato conosco:(11) 2813-8600 | [email protected]. Piassanguaba, 3031 - Planalto PaulistaSão Paulo/SP - CEP 04060-004

(11) 98335-9034*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.

OPS! ERRAMOSNa edição passada nós erramos. Na página 2, publicamos a opinião de Ester Lopes com uma foto trocada, infelizmente. E na página 3, na Pa-lavra Episcopal, mencionamos que o Bispo João Carlos Lopes é da 8ª Re-gião, sendo que, na verdade, o Bispo preside a 6ª Região. Pedimos descul-pas aos nossos leitores e leitoras por esse equívoco, mas principalmente ao Bispo João Carlos e à nossa irmã Ester.

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3NACIONAL

PALAVRA EPISCOPAL

Bispo Roberto Alves de Souza 4ª Região Eclesiástica

Autonomia da Igreja Metodista no Brasil completa 87 anos

A Igreja Metodista no Brasil está comemorando 150 anos de trabalhos mis-

sionários, que se iniciaram com a implantação definitiva do tra-balho metodista em 5 de agosto de 1867 pelo Pr. Junius Estaham Newman, o qual, com suas pró-prias economias, chegou à cidade do Rio de Janeiro e fixou residên-cia em Saltinho, cidade próxima a Santa Bárbara do Oeste, provín-cia de São Paulo.

Em 2 de setembro de 1930, na Catedral Metodista de São Paulo, foi lido o documento que declara a tão sonhada e desejada “auto-nomia da Igreja Metodis-ta no Brasil”. De lá até os nossos dias são 87 anos de autonomia que cele-bramos como metodistas em terras brasileiras.

Mas o que é autono-mia? Segundo o Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “au-tonomia é a capacidade de autogovernar; direito reconhecido de se dirigir segundo suas próprias leis e soberania; faculda-de que possui determinada ins-tituição de traçar as normas de sua conduta, sem que sinta im-posições restritivas de ordem es-tranha; direito de se administrar livremente, dentro de uma orga-nização mais vasta, regida por um poder central; direito de um indi-víduo tomar decisões livremente; liberdade, independência moral ou intelectual; capacidade apre-sentada pela vontade humana de se autodeterminar segundo uma legislação moral por ela mesma estabelecida, livre de qualquer fator estranho ou exógeno com uma in fluência subjugante, tal como uma paixão ou uma incli-nação afetiva incoercível”.

Nós traduzimos todo signi-

ficado de “autonomia” em pelo menos três fatores: autogoverno + autoproclamação + autossus-tento = autonomia. Podemos afirmar que essas três condições juntas, unidas na vida da igreja, tornam-na uma igreja autôno-ma. Isso implica que tenhamos uma forte liderança que não seja autoritária nem frouxa, mas que seja firmada no modelo de nos-so Senhor Jesus Cristo; digo isso por se tratar de sermos Igreja de Cristo. Precisamos também de uma mensagem centralizada na Palavra de Deus que, aliás, para nós, metodistas, a Palavra de

Deus é a nossa única regra de fé e prática. Precisamos sustentar essa obra missionária sendo fiéis no nosso compromisso de teste-munho, dons, dízimo e ofertas. Sem esses elementos e práticas, seremos tudo, porém, jamais uma Igreja com autonomia.

A grande obra missionária iniciada pelo Rev. John Wesley e o povo chamado metodista iniciou-se em Londres, Bristol e em muitas outras cidades ingle-sas após a “Experiência do Co-ração Aquecido”, em 24 de maio de 1738, bem como antes e de-pois. Nesse grande avivamento, desde 24 de maio de 1738, nós vemos o movimento metodis-ta se expandir para o mundo e

hoje está presente em mais de 100 países com mais de 100 milhões de fiéis. Tudo isso significa uma grande responsabilidade, pois o Rev. John Wesley já dizia: “Não tenho medo de que o povo cha-mado metodista um dia deixe de existir, tanto na Europa como na América; mas tenho medo de que exista somente como uma seita morta, tendo forma de religião sem o poder de Deus”.

Quando celebramos 87 anos de nossa autonomia e 150 anos de Metodismo no Brasil, não é tem-po somente de festa, porém de refletir, de fazer um autoexame

de como tem sido o nosso papel de Igreja de Cristo em terras brasileiras, pois vivemos dias de profun-da crise política, empre-sarial, econômica e ética em nosso Brasil. Infeliz-mente, somos mais de 40 milhões de evangélicos/as neste país, mas não temos feito diferença no Brasil a favor da vida abundante em Cristo. Que o medo que John Wesley tinha não venha a se concretizar

em nossa amada Igreja Metodista, mas que possamos, no clima dos 500 anos de Reforma Protestante, sermos uma “Igreja Reformada sempre Reformando”, que possa-mos “espalhar a santidade bíblica por toda a terra”.

Ore, celebre, pare, pense e transforme-se para a missão que Jesus Cristo confiou a você.

BIBLIOGRAFIA:

HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Grande Dicionário Houaiss da Lín-gua Portuguesa, Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2008.

SCHOKEL, Luís Alonso. A Bíblia do Pere-grino, Paulus, São Paulo, 2002.

“Ao celebrar 87 anos de autonomia e 150 anos de

Metodismo no Brasil, não é tempo somente de festa, mas de refletir e fazer um autoexame de como tem sido o papel de Igreja”

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“Mas algo existe que trago à memória e me dá esperança” (Lamentações 3.21)

NOVAS REVISTASO Departamento Nacional da Escola Domi-

nical da Igreja Metodista acaba de lançar mais uma série de revistas com um novo e

atual tema: A FÉ QUE NOS DESAFIA NA CIDA-DE. O assunto conversa com o tema escolhido para este ano pelo Colégio Episcopal da Igreja Metodis-ta: Discípulas e discípulos nos caminhos da mis-são: alcançam as cidades. Confira abaixo os deta-lhes sobre a temática escolhida para este semestre.

Em Marcha, Cruz de Malta, Flâmula JuvenilAs revistas para adolescentes [Flâmula Ju-

venil], jovens [Cruz de Malta] e adultos/as [Em Marcha] possuem 23 estudos. Essa

edição traz 18 estudos que trabalham o tema “a fé que nos desafia na cidade”. A partir das experiên-cias de mulheres e homens na Bíblia, os estudos contribuem com o fortalecimento da fé e da nossa atuação missionária em meio aos desafios urba-nos cotidianos. Jesus nos chama a alcançar as ci-dades, anunciando seu amor e salvação. Por conta dos 500 anos da Reforma protestante, elaboramos cinco estudos que abordam a história e os pressu-postos teológicos desse episódio que deu origem ao movimento protestante no mundo.

Coleção Bem-Te-Vi

A Coleção Bem-Te-Vi trabalha com diferentes publicações que atendem o público de 0 até 13 anos de idade. A nova edição, que tem

como tema: Missão – Aventura Possível, apresenta homens e mulheres que foram desafiados/as a ter fé em Deus, cidades que foram alcançadas por aque-les/as que aceitaram a missão de anunciar a palavra de Deus, igrejas comprometidas com a missão e, por último, um estudo em comemoração aos 500 anos da Reforma Protestante.

Acesse www.angulareditora.com.br ou ligue (11) 2813-8600

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INTERNACIONAL

José Geraldo Magalhães

O secretário regional do Upper Room (El Apo-sento Alto) para Améri-

ca Latina, Jorge Berríos, visitou o Brasil durante o mês de agos-to e participou de uma série de programações organizadas pelo no Cenáculo e pela Sede Nacio-nal da Igreja Metodista.

O Expositor Cristão realizou uma entrevista com Berríos, além de acolhê-lo com outros departamentos da Igreja nas dependências da Sede Nacional, em São Paulo.

Berríos destacou quatro prin-cipais enfoques do El Aposen-to Alto para a América Latina

• Trabalho editorial: arti-gos escritos por pastores/as e outras pessoas, além do desenvolvimento de oficinas como alguns tó-picos enfatizados na linha editorial.

• Apoio na distribuição: vi-sitar todos os/as distribui-dores/as nas regiões com a finalidade de melhorar a distribuição.

• Formação espiritual: criar comunidade de Emaús – retiro espiritual. Organizar e levar esse retiro para a academia.

Redação EC

O Pastor Ronilson Lopes de Almeida, do Ministério Emanuel de Belo Horizonte/MG, e sua esposa, Priscila Lopes – intérprete –, estive-ram com os/as surdos/as do DEAF DANCE Emanuel no 4º Congresso Mundial de Mis-sões de Surdos Metodistas, realizado entre os dias 1º e 4 de agosto, no Texas, Esta-

dos Unidos da América. Na ocasião, Ronilson foi eleito a presidente da Federação Mundial de Surdos Meto-distas. Ele será o anfitrião e pastor presidente da 20ª Conferência Mundial de Missão Metodista dos Sur-dos que será realizada em 2021, no Brasil.

Também em agosto, no dia 18, o Pastor Ronilson foi homenageado pela Polícia

Militar de Minas Gerais, com o troféu O Audacioso. “Dedico essa homenagem a Deus e a minha família, aos/às surdos/as e aos/às ou-vintes do Ministério Ema-nuel, à comunidade surda e aos membros da Igreja Metodista e aos/às surdos/as da Federação Mundial de Surdos Metodistas que me elegeram como presidente”, destacou o pastor.

PASTOR É ELEITO A PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO MUNDIAL DE SURDOS METODISTAS

Secretário regional do Upper Room para América Latina visita o Brasil

Pastor Ronilson Lopes, à esquerda, é eleito a presidente da Federação Mundial de Surdos Metodistas.

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• Trabalho corporativo: oficina regional, trabalhar iniciativas comuns.

Berríos ficou no Brasil até o dia 21 de agosto. O El Aposento Alto completa 89 anos em 2018. Para Berríos, o encontro diário com Deus é um lugar onde to-dos/as se encontram para orar. “O El Aposento Alto é um mi-nistério mundial ecumênico dedicado a apoiar a formação

espiritual. Essa é a essência principal do El Aposento Alto”, disse Berríos.

no CenáculoO editor nacional do no Ce-

náculo, Bispo Adriel de Souza Maia, e sua esposa, Mariluse Maia, participaram de um re-tiro espiritual nos Estados Uni-dos da América. O convite veio do Reverendo Johnny Sears, di-retor da Academia de Formação Espiritual. A programação é um dos projetos importantes do The Upper Room (no Cenáculo) e aconteceu entre os dias 30 de julho e 4 de agosto, no centro de programas da Igreja Episcopal

dos Estados Unidos, nos limites da Conferência de Virgínia.

“A ideia é que as pessoas que já participaram da academia espiritual possam fazer a sua aplicabilidade no contexto da América Latina e Brasil. Há uma faixa carente desse tipo de programação. Na academia, a pessoa aprende a ouvir a voz de Deus”, disse o Bispo desta-cando que o projeto vai além da instituição.

Mariluse Maia também des-tacou a importância de partici-par desse momento espiritual. “Aprendi a valorizar as priori-dades em minha vida espiritual. O encontro é muito rico e nos

leva a pensar o valor que é estar na presença de Deus e ouvi-lo”, declarou Mariluse.

O Bispo participou também, no dia 29 de julho, na Igreja Bon Air, de uma programação envo-volvendo cerca de 150 mulheres da Conferência da Virgínia, onde apresentou uma exposição do Projeto Sombra e Água Fresca.

Academia EspiritualO programa tem por objetivo

o exercício de uma espirituali-dade profunda contemplando o exercício da oração, estudo bíblico, contemplação, silêncio, reflexão pessoal e comunitária. O programa é desenvolvido numa metodologia incluindo os seguintes tempos: início do dia na capela para oração ma-tinal, estudo, período de refle-xão pessoal durante uma hora, compartilhamento após o pe-ríodo de reflexão pessoal. No período da tarde, a programa-ção segue incluindo no encer-ramento da tarde a celebração da Santa Ceia. A noite é reser-vada para o compartilhamento do pequeno grupo (no máximo com seis pessoas), sob a coor-denação de um/a facilitador/a. O dia encerra-se com a oração da noite na capela.

“A intenção do projeto é a mudança de atitude, buscar uma disciplina cristã, revitali-zar a interioridade, dar tempo para ouvir a voz de Deus, redes-cobrir a espiritualidade do si-lêncio e renovar o compromisso com uma vida cristã e frutífera. O projeto visa também à cura interior e a uma melhor quali-dade do nosso testemunho cris-tão na igreja e na sociedade”, finalizou o bispo.

Jorge Berríos visita redação do Expositor Cristão

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5MISSÃO

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Anuncio Sustentabilidade EC - Set V1.pdf 1 18/08/2017 10:34:10

Uma Juname profética!

Sara de Paula

“O profetismo não te faz ser santo, te faz ser mais humilde, um

instrumento nas mãos de Deus. Te faz entender o chamado e vo-cação, o que Deus quer que eu faça”. A frase é do conselheiro nacional da Confederação Me-todista de Juvenis (CoMeJu), Pastor Djalma Barbosa. Lem-

Presidente: Arthur F. Lopes Brevilheri 6ª Região

Vice-Presidente: Caio Anderson Remne

Secretário de Atas: Pedro Paradela 4ª Região

Secretário de Comunicação: Gustavo Fernandes 3ª Região

Secretária de Comunicação: Ana Beatriz Mendes 5ª Região

Assessora Financeira: Ester Agnes 1ª Região

Estado de Sergipe acolhe projeto Missão NordesteAconteceu entre os dias

22 e 30 de julho, no es-tado de Sergipe, mais

uma Viagem Missionária para o Nordeste, realizada pela Igre-ja Metodista de Botafogo/RJ através do Ministério IDE, em parceria com o Instituto Me-todista de Formação Missio-nária (IMForM). A evangelista Alessandra Bezerra, uma das coordenadoras do projeto, já participou de três viagens com o Instituto nas missões a curto prazo para o Nordeste. “Eu te-nho o Nordeste no meu cora-ção. Sempre que tenho a opor-tunidade dessa missão a curto prazo eu tenho ido e Deus tem abençoado”, explicou ressal-tando a importância das parce-rias que possibilitam esse tipo de ação. Alessandra defendeu ainda a reflexão de Dick Hills durante a viagem: cada coração com Cristo é um missionário e cada coração sem Cristo é um campo missionário.

O irmão Sebastião Castro, da Igreja Metodista em Botafogo, ministrou palestras sobre mis-são e evangelismo, atendendo ao chamado missionário do Senhor, tanto no “ide” quanto ao propor o desafio para 14 pes-soas que formaram uma equipe

igreja do amanhã, mas de hoje. Foi construído um momento muito especial na vida deles/as”, afirmou o conselheiro.

O presidente da CoMeJu, Gustavo Leme, compartilhou a alegria que sentiu ao lembrar que fez parte da organização

desse encontro que marcou tantas vidas. “Foi muito emo-cionante olhar ao redor, ver as pessoas sendo ministradas e entender que fiz parte de uma Confederação que entregou uma Juname assim”, explicou Gustavo.

Entre coreografias divertidas e momentos de descontração, o que os/as adolescentes destaca-ram foram as oportunidades de vivenciar momentos de reno-vação espiritual, conduzidos/as pelos Bispo Luiz Vergílio, presi-dente do Colégio Episcopal, que dirigiu o culto de abertura e o momento de ceia no encerra-mento, Bispo Paulo Rangel, pre-sidente da 1ª Região Eclesiásti-ca, e pela Bispa Hideide Brito Torres, presidente da 8ª Região Eclesiástica, que trouxe o desa-fio de refletir sobre a caminha-da de metodistas, com o convite de permanecer como uma igre-ja que trabalha na contramão do mundo. O Pastor Denilson Gomes da Silva ministrou du-rante o luau e trabalhou no evento ao lado de pastores/as e conselheiros/as que fazem parte das pastorais regionais, a quem a CoMeJu direcionou especial agradecimento pela dedicação e esforço que fizeram para leva-rem suas caravanas.

Oficinas e sériesConsiderando uma realida-

de em que adolescentes e jovens discutem com empenho sobre as séries do momento, a organiza-ção do evento tratou de trabalhar os temas propostos, com base em títulos já conhecidos: Black Mir-ror (Tecnologia e Missão), oficina ministrada pelo Pr. Tiago Costa (1ª RE); 13 porquês (O valor da sua vida), ministrada pelo Pr. George Paradela (4ª RE); Guerra dos Tronos (Quem manda na sua vida?), ministrada pelo Pr. Georg Emmerich e por Jane Emmerich (REMNE); The Walking Dead (A importância ativa do Juvenil na vida da igreja!), ministrada pelo Pr. Rodrigo Petrechi (6ª RE); e 3% (Moral, limites e justiça social), ministrada por Cristiano Santos e Thaiana Assis (1ª RE).

Eleição

A nova mesa da Confedera-ção Metodista de Juvenis foi eleita na Juname 2017, em um momento de muita emoção. “Não foi algo estressante como as pessoas falam, eu me senti muito em paz”, contou o novo presidente eleito, Arthur Lopes Brevilheri, que seguiu para o encontro com o sonho de parti-cipar da mesa, mas sem o obje-tivo da presidência.

bramos que a última edição da Juname foi tida como um evento missionário, já a deste ano, que aconteceu entre os dias 27 e 30 de julho no Sesc Praia Formosa, em Aracruz/ES, foi um evento profético em todos os sentidos para as mais de 500 pessoas pre-sentes. “A gente orou para que os/as presentes tivessem uma experiência com o Senhor, mos-trando que o Juvenil não é uma

MESA ELEITA NA JUNAME 2017

abençoada conduzida pelo pró-prio Deus. “Em vários locais pe-los quais passamos, como pra-ças, ônibus, escolas, hospitais e nos centros das cidades, apre-sentamos de forma criativa, ar-tística e pessoal o evangelho do Senhor Jesus”, explica o irmão Sebastião ao agradecer o apoio da Igreja Metodista Central de Aracaju, que serviu como base para a missão.

Além de ter a colaboração dos membros voluntários da Central, o projeto contou com o apoio dos pontos missioná-rios e congregações metodis-tas da região (Santos Dumont, Marcos Freire e Malhador). O objetivo foi levar o plano da sal-vação com material ilustrativo, como pulseiras explicativas, cartilhas sobre drogas, livre-tos infantis, folhetos, louvor, oração, palavra e trabalho com artes circenses para crianças e adultos/as. Também foi realiza-do um mutirão de limpeza em um dos pontos missionários, evangelismo na feira livre e vi-sitas nos assentamentos, levan-do ações sociais.

Outra voluntária a compor o grupo foi Angie Puelles, uma jovem peruana de 26 anos, membro da IM em Botafogo/

RJ que, junto com sua família, é fruto de uma missão meto-dista. “Os esforços realizados pelos/as integrantes do projeto e pela igreja local geraram re-sultados que agradaram o co-ração de Deus. Pessoas que já estavam andando na fé se fir-maram mais ainda, enquanto outras aceitaram Jesus como salvador de suas vidas”, contou com alegria ao compartilhar as estratégias usadas pelo grupo. “Fizemos um trabalho lindo no assentamento com as crianças e com as mães dessas crianças.

Para mim, foi muito gratifican-te ter aberto mão das minhas férias para trabalhar na obra de Deus”, contou. Joana Araújo compôs o time de apoio da IM Central em Aracaju e articulou seu tempo conversando com a coordenação da faculdade onde estuda e com os/as professo-res/as para poder participar de forma integral da missão. “Eu expliquei que ia faltar uma se-mana de aula, mas que estava fazendo um projeto da igreja e que sentia que deveria estar ali”, conta Joana. “Pude apren-

der muito com eles/as. Em uma semana sinto que amadureci muito. Sinto que eles/as vieram para cá não só para comparti-lhar como funciona o trabalho deles/as, mas para despertar so-nhos adormecidos”.

Assim, esses dias foram de-dicados ao serviço da expansão do Reino de Deus, com vidas se rendendo ao Senhor, reconcilia-ção e muito despertamento das igrejas para servir na missão.

Deisiree FeitosaIgreja Metodista Vitória da Conquista

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“A 7ª Região Eclesiástica iniciou oficialmente em 2017, mesmo com a missão dos 120 anos do movimento metodista na cidade de Teresópolis”

METODISMO

A proposta de multiplica-ção das 1ª e 7ª Regiões Eclesiásticas (RE) foi

apresentada no 41º Concílio Re-gional Ordinário da 1ª Região Eclesiástica, sob a presidência do Bispo Paulo Lockmann, que a divulgou na 3ª Sessão, em 9 de novembro de 2013. A propos-ta destacou o crescimento da 1ª RE como fator significativo na multiplicação para a criação da 7ª RE, tendo como expectativa: “o avanço missionário da Igreja e a potencialização da Visão que o Senhor nos concedeu” (vide p. 65 das Atas e Documentos do 41º Concílio Regional).

É bom lembrar que a multi-plicação das Regiões Eclesiásti-cas faz parte do Plano Nacional Missionário aprovado no 19º Concílio Geral e referendado no 20º Concílio, com vistas a termos uma RE em cada estado de nosso país. A partir de 2014, a 7ª RE passou a funcionar como tal após a aprovação da Cogeam e do Colégio Episco-pal, com a seguinte composição geográfica: Distritos de Niterói, São Gonçalo, Itaocara, Santo Antônio de Pádua, Cabo Frio, Macaé, Três Rios, Petrópolis e Teresópolis, com um total de 52.778 membros e com a arre-cadação de 47% do total da 1ª Região Eclesiástica (Atas e Do-cumentos 41º CR, p. 67, 2013).

O Revdo. Odilon Massolar, em seu livro “Um século e meio sob o Deus de Deus”, diz que o protestantismo entrou no país a partir de 1810 por permissão do Imperador D. João VI, quando foi decretado o Tratado de Li-vre Comércio com a Inglaterra. Essa foi uma das condições que favoreceram a presença do pro-testantismo e por conseguinte o

Movimento Metodista no Brasil (ODILON, 1989).

Podemos entender que esta abertura possibilitou, em cada lugar da RE, surgir o movimen-to metodista chegando de modo peculiar e desafiador, superan-do as dificuldades, fossem elas oriundas dos transportes, fos-sem outras, mas os/as primei-ros/as metodistas chegaram às diversas áreas geográficas mis-sionárias, buscando de modo criativo, perseverando o evan-gelho e alcançando o maior nú-mero de pessoas (cf. Mc 2.1-12).

TeresópolisNas terras serranas de Tere-

sópolis/RJ, com o avanço mis-sionário, cuja estratégia deu-se a partir da doação de terras por parte do Imperador, alguns/as suíços/as vieram povoar a re-gião que hoje é chamada de Te-resópolis. Foi assim que chegou o movimento metodista. Em 1828, o pastor Robert Walsh veio à serra de Teresópolis. Não foi diferente para os/as meto-distas quando da visita do pas-tor Metodista Daniel P. Kidder no período de 1837-1840, vindo ao encontro do povo da serra de Teresópolis (ODILON, 1989).

O metodismo alcançou 58 cidades do estado do Rio de Ja-neiro, cada uma delas com sua peculiaridade. Nesses 150 anos de história do metodismo bra-sileiro, destaca-se a presença do pastor José de Mello na serra de Teresópolis, em julho de 1897. Ele recebeu, à Comunhão da Igreja de Cristo, os/as primeiros/as metodistas nesta área serra-na do estado (cf. Mt 10.32-33; 16.18-19): Henrique Pfister, Lui-za Pfister, Luiza Pfister (filha), Elisa Dumard, Carlos Dumard

e André Gueldi. Dois anos mais tarde é o pastor Metodista Her-man Gartner que chega, em 12 de junho de 1899. Ele recebe as famílias: Francisco Antônio Féo, Maria Madalena Féo, Maria dos Anjos Teixeira e Tereza Maria Freitas (ODILON, 1989). Essas famílias mantiveram acesa a chama do metodismo brasileiro, sendo mentoreadas pelo Pastor Edmund A. Tilly, o qual super-visionava o trabalho missionário na Colônia Alpina. Em seu rela-tório diz: “que havia progresso no processo de formação da Co-munidade Metodista nesta Co-lônia e assim o novo campo em Teresópolis é muito promissor” (ODILON, 1989). A Comunida-de Metodista estava vivendo o vento do Espírito.

O pastor J. E. Tavares, em 28 de setembro de 1903, batizou: Alexandre, filho de Luís e Elisa Dumard – Colônia Alpina; Eu-nice de Francisco e Madalena Féo – Teresópolis. Na Família Dumard foram batizados/a: Emília – 1905, Louis – 1909, e Henri – 1909. Assim como no restante de nossa Região Ecle-siástica, as famílias vão se cons-tituindo, avançando e expan-dindo o Movimento Metodista. Em 1931, Henrique e Argentina Dumard casam-se e, como nova

O avanço missionário do metodismo na7ª Região Eclesiástica

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“Atualmente são dez Distritos Eclesiásticos, com cerca de 288 Igrejas, Projetos Distritais Missionários, 231 pastores e 68 pastoras, totalizando 299 obreiros e obreiras na missão”

METODISMO 7

família, fazem de sua residência em Sobradinho uma nova fren-te missionária.

PassadoApesar de Teresópolis ser de

difícil acesso em seu início, o trabalho missionário continua-va avançando. O transporte era feito de barca a vapor do porto do Rio de Janeiro, com dura-ção de três horas de viagem, até o porto de Piedade, na bai-xada. Ao chegar a esse ponto, a viagem era feita de mula por mais três horas, até a Raiz da Serra, em Guapimirim. Havia uma parada e depois seguiam mais três horas de mula subin-do a serra. Mesmo com toda a duração da viagem, isso não foi impeditivo para o acompanha-mento pastoral dessas famílias, bem como o avanço da Missão, sem perder a continuidade do Movimento Metodista. Uma peculiaridade interessante era que quando da visita do pastor, Francisco Féo era avisado por carta ou por telegrama, eles iam a cavalo até Itaipava, levando um a mais para buscarem-no. No retorno o levavam até Pedro do Rio, e de lá ele continuava sua viagem de trem.

O missionário Messias Ce-sário dos Santos, para pregar o Evangelho nas terras serranas de Teresópolis, montava num burro emprestado por Francis-co Féo, viajava 24 quilômetros para ir à Colônia Alpina, e ali pregava a Palavra de Deus, na casa de Luís e Elisa Dumard.

PresenteHoje estamos em processo de

construção da história da Igreja Metodista na 7ª Região Eclesiás-tica, escrevendo de modo pon-tual e dando continuidade aos 150 anos do metodismo brasilei-ro, com seus desafios missioná-rios, quer seja em área praiana, serrana, rural ou nos grandes desafios das metrópoles, onde a presença do movimento meto-dista torna-se necessária.

A família Féo, na pessoa do patriarca Francisco, viu que era necessário continuar avan-çando o trabalho missionário e precisava firmar-se em um local além das celebrações de casa em casa e propõe a construção de um Santuário Metodista para reunir as famílias para adora-ção e louvor ao Deus missio-nário. Reúne-se com o pastor e com os/as demais integrantes da Comunidade e, junto com sua família, compromete-se, com os seus/as 14 filhos/as, a uma forma de participação na compra de materiais de cons-trução e, portanto, em 5 de ou-tubro de 1930, compram o ter-reno e no mesmo ano lançam a pedra fundamental.

Em 4 de agosto de 1933, o Pastor Messias Cesário dos Santos organiza a Igreja com

os/as agentes missionários/as: Madalena Féo, Santiago Del-gado, Francisco Féo Jr., João C. Leal, Luiza Claussen Soares, Delbe Soares Féo, Presciliana Soares, João Barreiros Amorim, Gracinda de Amorim, Eunice Féo, Ester Féo, Célia Féo, Mi-rella Féo, Maria Pinheiro Caire, Eunice Caire, Mirza Borges Pi-nheiro, Samuel Caire, Olda Vi-dal. A Oração, CHAVE de todo o avivamento e sempre presen-te na expansão do Movimento Metodista, tem em 1936 a orga-nização do Círculo de Oração para fortalecer a Espiritualida-de da Igreja.

Desafios atuaisAlém de a Igreja Metodista

Central ter sido organizada em 1933, outras Igrejas Metodis-tas foram estabelecidas, dando origem ao Distrito Eclesiásti-co de Teresópolis. Portanto, a 7ª Região Eclesiástica iniciou oficialmente em 2017, mesmo com a missão dos 120 anos do movimento metodista na cida-de de Teresópolis. Atualmente são dez Distritos Eclesiásticos, com cerca de 288 Igrejas, Pro-jetos Distritais Missionários, 231 pastores e 68 pastoras, tota-lizando 299 obreiros e obreiras na missão.

As Igrejas estão realizando seus projetos de avanço missio-nário em 58 cidades do estado do Rio de Janeiro, cuja popula-ção que necessitamos alcançar, segundo o Censo Demográfico de 2010, é de 5.260.714 pessoas.

Em julho de 2016 realizou--se o 20º Concílio Geral, o qual, além de aprovar novas diretri-zes para o novo quinquênio eclesiástico (2017-2021) com o tema “Discípulas e discípu-los nos caminhos da Missão”, homologou a formação da 7ª

Igreja Teresópolis.

Região Eclesiástica, elegendo novos bispos e bispas, e o Colé-gio Episcopal designou o Bispo Emanuel Adriano para presidir nossa Região Eclesiástica.

No site de nossa Região Ecle-siástica (http://metodista7re.org.br/noticias/convocacao--para-o-4-concilio-regional-7a--regiao-eclesiastica/), você vai verificar os Projetos Missioná-rios que estão acontecendo e que acontecerão, cumprindo o NOS-SO INDO missionário, “em Di-reção às Águas Profundas!”

Nosso 4º Concílio Regional Ordinário – de 9 a 12 de novem-bro de 2017 – foi convocado e será pela primeira vez presidido pelo Bispo Emanuel Adriano, no qual aprovaremos o Plano Regional Missionário para o próximo biênio: 2018-2019, sen-do nosso alvo: “O Evangelho para cada pessoa no estado do Rio de Janeiro, um grupo de discipulado para cada rua, e uma igreja para cada bairro ou cidade. Para alcançar 1.000.000 de discípulos até 2021”, como desafio à luz das resoluções do 20º Concílio Geral.

Novos DESAFIOS MISSIO-NÁRIOS estão sendo colocados diante de nós em cada cidade em que nossas Igrejas, Pasto-res e Pastoras, Missionários e Missionárias, Instituições Re-gionais – Carlota Pereira Lou-ro (Asilo) – ou Locais, Grupos Societários e respectivas Fede-rações, Secretarias Executivas Regionais estão localizados para que as Ênfases Missioná-rias possam ser um facilitador na implementação do Plano Nacional Missionário.

O Movimento Metodista con-tinua crescendo desde o tempo em que ele foi organizado, em 24 de maio de 1738, quando da experiência do Coração Aque-

cido de João Wesley, à Alders-gate Street (Londres), cujo Mo-vimento de Avivamento parou uma Revolução na Inglaterra.

Hoje nós estamos presentes no mundo em cerca de 130 países e somos milhões de metodis-tas espalhados/as dando nossa contribuição missionária ao mundo, cuja finalidade é juntar--nos como povo cristão e levar a humanidade de nossa sociedade para vivermos num lugar mais justo e fraterno, onde a plenitu-de do Evangelho de Jesus Cris-to possa ser vivenciada, como Ele mesmo disse: “Eu vim para dar vida e vida em abundância” (João 10.10).

ConclusãoPortanto, nesta celebração dos

150 anos do Metodismo Brasi-leiro, tomei os 120 anos do mo-vimento metodista na cidade de Teresópolis como chave de leitu-ra desta história, na qual o exer-cício de nossos ministérios, gru-pos societários, órgãos coletivos, escola dominical, instituições e outros modos de organizar (cf. Ex 18.13ss; At 6; Ef 4; I Co 12; Rm 12) devem ter sempre como objetivo nosso Planejamento Missionário e outras propostas de projetos missionários.

O esforço das famílias suí-ças, italianas, americanas, in-glesas, negras, indígenas vindo em nossos primórdios tiveram como referência o amor de Deus encarnado em suas vidas através de seus ministérios, ser-viços, através dos dons – Graça, para o exercício em parceria, e assim estando juntos, nesta tarefa missionária (I Co 12.7), conforme a necessidade da Missão em cada cidade no esta-do do Rio de Janeiro, aqui na 7ª Região Eclesiástica.

Por isso, vejo que, para cele-

Pastor Marcos Gomes Tôrres7ª Região

/// ReferênciasCHAVES, Odilon M. – Um século e meio sob o Dedo de Deus, Revista da Cidade Gráfica e Editora Ltda, 1989.Colégio Episcopal da Igreja Meto-dista (2017-2021) – Plano Nacional Missionário 2017, Editeo, São Ber-nardo do Campo: 2017.Site da Igreja Metodista na Sétima Região Eclesiástica: http://metodis-ta7re.org.br/

brar os 150 anos de metodismo no Brasil, é preciso considerar a história da 7ª Região como refe-rência. Isso nos desafia missio-nariamente a construir um novo Corpo de Cristo, em que necessi-tamos ter claro o que diz o Evan-gelho de João: “haverá um Reba-nho e um Pastor” (cf. Jo 10.16; I Co 12.1-31; Ef 4.1-16). Nossa visão do Movimento Metodista é instrumento para realizarmos o Reino de Deus como um todo, superando a concepção indivi-dualista, buscando responder à realidade em que estão localiza-dos/as para fazer valer a Missão que é de Deus, quer seja como Comunidade de Fé em nossa 7ª Região Eclesiástica, quer seja nas demais Igrejas Cristãs espalha-das em nosso país, celebrando a continuidade do movimento metodista nesses 150 anos de permanência no Brasil.

Devemos manter acesa a chama do projeto missionário do movimento metodista, que foi semeado em 1835 e depois nasceu em 1867. Esse trabalho missionário feito pelos/as pio-neiros/as do Evangelho de Jesus Cristo em nossas terras, espe-cificamente na 7ª Região Ecle-siástica, busca dar conta dos desafios missionários a partir das necessidades do povo bra-sileiro, e que hoje cabe a nós, diante da realidade que estamos vivendo, continuar afirman-do nossa fé, levando outros/as a também experimentarem uma vida com Jesus Cristo: “O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará” (Sl 23), e assim “es-palhar a santidade bíblica por toda a terra da 7ª Região Eclesi-ástica” (João Wesley).

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8 CAPA

de metodismoA Igreja Metodista, no exercí-

cio de sua vocação missio-nária por meio da educação,

desde sua gênese, tem contribuí-do de maneira significativa para a transformação da pessoa e da so-ciedade por meio da confessiona-lidade metodista: um jeito de ser, de existir e coexistir que tem como fundamento a ética cristã.

Na intenção de trazer à memó-ria o que nos dá esperança e tendo como inspiração os 150 anos de metodismo no Brasil, nada mais propício do que relembrar, reviver para recriar, ressignificar um estilo de vida, a partir da confessionali-dade, da educação e do ensino reli-gioso na tradição wesleyana.

Confessionalidade e educação nos tempos de John Wesley

A valorização da educação como possibilidade de transformação da pessoa e da sociedade na Igre-ja Metodista tem suas origens no movimento religioso na Inglaterra do século XVIII com John Wesley (1703-1791), um homem cuja vida fora marcada por uma intensa inti-midade com Deus, pela convicção da justiça social como parâmetro nos relacionamentos e por um pro-fundo amor pelas pessoas. Amor que nutriu a “fé” no ser humano, na convicção de que a potenciali-dade humana floresceria pela força de Deus e, na convivência com Ele, as pessoas seriam capazes de supe-rar suas fragilidades e promover sua humanidade. E para tal finali-dade, a educação, a formação eram essenciais. No entanto, na Ingla-

terra do século XVIII, a educação popular era quase desconhecida. Havia apenas as escolas “circulan-tes” de Gales, escolas primárias de Eduardo e Elizabeth destinadas à educação religiosa1.

Com a crise econômica, política e social que pairava na Inglaterra, os/as pobres não tinham condições de custear as escolas particulares. Porém, o que mais preocupava os/as metodistas era o estado moral que existia neles/as. Diante dessa constatação, John Wesley estudou minuciosamente o sistema educa-cional inglês e fundou escolas nas quais procurou unir o saber à pie-dade com base em uma educação religiosa para a promoção da vida. Acreditava que, sendo alfabetizadas, as pessoas pobres poderiam educar a si mesmas por meio da leitura.

A primeira escola fundada por João Wesley, e também seu maior empreendimento educacional, foi a escola de Kingswood. O idealiza-dor desta escola foi Whitfield, com o objetivo de atender os/as filhos/as dos mineiros que estavam entrando para as sociedades metodistas.

Após receber 60 libras em dinhei-ro, e crendo nas promessas de mais ajuda, lançou a pedra fundamental da escola e foi para a América do Norte. João Wesley transformou esse ideal em evidente realidade. Em uma de suas cartas, define a ra-zão da existência dessa instituição: “propõe-se nas horas usuais do dia a ensinar as crianças a escrever, ler e contar; mas especialmente, com a

1 REILY, D.A. Metodismo Brasileiro e Wesleyano: ref lexões históricas sobre a autonomia. São Paulo: Imprensa Metodista, 1981, p. 157.

A confessionalidade nesses150 anos

“Primeira escola fundada por João Wesley, e também seu maior empreendimento educacional, foi a escola de Kingswood. O idealizador desta escola foi Whitfield,com o objetivo de atender os/as filhos/as dos mineiros que estavam entrando para as sociedades metodistas”

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9CAPA

ajuda de Deus, a conhecer a Deus e a Jesus Cristo que Ele enviou.”2

Na convicção de que os prin-cípios cristãos eram fontes que possibilitariam uma vida movida pela compaixão, gene-rosidade e solidariedade para a construção de um mundo melhor, mais humano e mais gentil, Wesley seguiu promo-vendo a educação. Imbuído desta perspectiva, outras es-colas foram criadas pelos/as metodistas, como a Escola da Fundação em Londres e a Casa dos Órfãos em Bristol.

A Confessionalidade e a Educação Metodista no Brasil

John Wesley exerceu o mi-nistério pastoral tendo a educa-ção para a humanização como princípio norteador da vivência e anúncio da fé em Jesus Cris-to. Uma educação delineada pelo amor a Deus, às pessoas, à criação. Concepção de edu-cação que permeou e norteou, de maneira decisiva, o metodis-mo na Inglaterra, na América do Norte e na América do Sul, onde se encontra o Brasil. E, ao chegar a terras brasileiras, em 1835, trouxe a mensagem cristã mediada pela educação e levou adiante esta metodologia como prática missionária: Metodismo e educação para a transforma-ção pessoal e social.

No exercício de sua vocação missionária por meio da educa-ção, desde 1881, a Igreja Meto-dista Brasileira implantou diver-sas instituições educacionais no que diz respeito à Educação Bá-sica, Educação Superior, Pesqui-sa e Extensão (Pós-graduação).

Além dos colégios, havia também as Escolas Paroquiais3, que atendiam as pessoas de bai-xa renda. Eram gratuitas, ou semigratuitas, e mantidas pela igreja local.

Nessa missão educativa, a Igreja Metodista Brasileira aprovou, no 13º Concílio Ge-ral, as Diretrizes para a Edu-ca ção na Igreja Metodista (DEIM). Na implementação dessas diretrizes, desenvolveu, ao longo dos anos, diversas al-ternativas para gerir suas insti-tuições educacionais. Para tan-to, criou o Sistema Metodista de Educação, configurado na Rede Metodista de Educação, que “[...] é constituída das Ins-tituições Metodistas de Educa-ção - IME, e tem por objetivo oferecer uma educação de boa qualidade, com as marcas de sua confessionalidade”.

A educação como parte da missão é o processo que visa oferecer à pessoa e à socieda-

2 Ibid, p. 159.

3 Cf. Ibid, p. 44.

de uma compreensão da vida e da sociedade, comprometido com uma prática libertadora, recriando a vida e a socieda-de segundo o modelo de Jesus Cristo e questionando os sis-temas de dominação e morte à luz do Reino de Deus (IGREJA METODISTA, 2012, p. 106).

A educação, sem distinção de etnia, classe social… é conside-rada como parte da Missão de Deus e da Igreja Metodista, um dos principais meios de contri-buir com a promoção da cidada-nia por meio do conhecimento, que tanto pode transformar a vida da pessoa quanto da socie-dade. É uma forma de possibili-tar a interpretação da vida e dos acontecimentos a fim de propor iniciativas, intervenções para a promoção da dignidade humana e correção das distorções sociais. Neste sentido, muito embora ações afirmativas da confessio-

nalidade metodista fossem reali-zadas pelas gestões educacionais em consonância, diálogo com as Pastorais Escolares e Universitá-rias, ainda se detectava a ausên-cia de um material literário de Ensino Religioso para as escolas metodistas.

A Confessionalidade e o Ensino Religioso

O Ensino Religioso assume o compromisso de ser uma forma de expressão do projeto educati-vo da Igreja Metodista explícito em seus documentos, e o dese-jo tão esperado de um material de ensino religioso por muitos educadores e educadoras se tor-na realidade para a Educação Básica da Igreja Metodista para o próximo ano.

A definição dos referenciais do Ensino Religioso pautado na confessionalidade metodista objetiva nortear os princípios

“No exercício de sua vocação missionária por meio da educação, desde 1881, a Igreja Metodista Brasileira implantou diversas instituições educacionais no que diz respeito à Educação Básica, Educação Superior, Pesquisa e Extensão”

da sua prática pedagógica na verdade proclamada por João Wesley, fundador da Igreja Me-todista, no século XVIII, na In-glaterra, quando afirmou: “Va-mos unir ciência e piedade vital, há tanto tempo separadas”. Com essa afirmação, trazemos à me-mória o retrato da nossa rea-lidade carente da união entre teoria e prática. Para o Ensino Religioso, traduz-se no cuidado com o resgate da Vida; como lugar da comunhão e recriação das relações e da conexão entre todos e tudo, pois, segundo o Credo Social da Igreja Metodis-ta: “Cremos que ao Senhor per-tence a terra e a sua plenitude, o mundo e todos e todas que nele habitam, por isso proclamamos que o pleno desenvolvimento humano, a verdadeira seguran-ça e ordem sociais só se alcan-çam na medida em que todos os recursos técnicos, econômicos e os valores institucionais estão a serviço da dignidade humana na efetiva justiça social.”

Portanto, a definição da mis-são do Ensino Religioso afirma sua crença no ser humano, cria-do e sustentado na prática do amor, que é gratuito, que move a concretude da solidariedade e igualdade entre todas as pes-soas. Deus é amor! Esse amor é que determina, pela fé, uma conduta ética coletiva de sua expressão no mundo. No Ver-bo que se torna Filho – O Deus revelado que se faz imanente – Jesus Cristo.

Assim, a construção do cur-rículo do Ensino Religioso nas suas concepções, dimensões e eixos está fundada na natureza confessional metodista, na ade-quação entre as normas e leis que regem a educação nacio-nal (LDB9394\96\PNE\BNCC e PNCs do Ensino Religioso), bem como no referencial di-dático-pedagógico para a Edu-

cação Básica da Educação Me-todista. Explicita, ainda, seus pressupostos conceituais na teo ria e prática do resgate do ser humano como projeto pessoal e coletivo, onde a Ética Cristã tem como princípio a alteridade para a construção da respon-sabilidade para o bem viver. O sonho confessional da fé cidadã.

Enfim, o projeto de Ensino Religioso como construção co-letiva do saber/conhecimento humano nas escolas metodistas, por meio das Pastorais Escola-res e Universitárias (CONA-PEU), fez-se unindo vocação e esperança, utopia e realidade, ciência e fé. Pois a esperança ajuda a transcender a nós mes-mos/as, a nossa conjuntura, a nossa realidade. Renascer na es-perança4 é celebrar a vida, par-tilhar o pão em peregrinação, anunciar na terra boa brasilei-ra que Deus renova a criação, que Jesus ensina como ser feliz quando se vive em comunhão. Ou seja, nos marcos da fé meto-dista crermos que o Ser de Deus é o amor testemunhado e vivi-do nos projetos do Ensino Reli-gioso com práticas de diálogo, igualdade e respeito.

Suprir essa lacuna do Ensi-no Religioso é prioridade para qualificar, ainda mais, a edu-cação, que é o processo que oferece formação mais bem qualificada nas suas diversas fases, possibilitando às pes-soas desenvolvimento de uma consciên cia crítica e seu com-prometimento com a transfor-mação da sociedade segundo a missão de Jesus Cristo (IGRE-JA METODISTA, 2012, p. 112), mas não é toda educação que produz este efeito, e sim aque-la que promove uma formação para além do desenvolvimento de competências e habilidades; uma educação que contribua para que a pessoa na inten-cionalidade e na busca de ser mais, seja mais humana, cons-ciente, reflexiva e crítica, tendo em vista a construção de um mundo melhor, mais humano e solidário na promoção da vida.

A vida é dádiva de Deus, e regá-la com sabedoria e conhe-cimento é um dos desafios do Ensino Religioso.

4 Renascer na Esperança! Música do prof. Jaci Maraschin, Flavio Irala e Simei Monteiro. Agora o que mais importa, É renascer na esperança, É renascer, renascer na esperança.

Pastora Renilda Martins Garcia apresenta proposta de currículo em reunião na Sede Nacional.

Revda. Renilda Martins Garcia Dra. em Educação

Profa. Horizontina Mello CanfieldMª em Educação

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“Nós tivemos o privilégiode iniciar com a fala do nosso diretor-geral, professor Robson Ramos de Aguiar, falando sobre características do/a líder e, por se tratar de uma instituição confessional”

EDUCAÇÃO

Reunião com a Rede de Educação Básica

Redação EC

Representantes da Rede Metodista de Educação Básica estiveram reu-

nidos/as na Sede Nacional da Igreja entre os dias 7 e 9 de agosto. A coordenadora de Educação Básica, Débora Cas-tanha, explicou que a proposta foi discutir o planejamento para 2018. “Nós tivemos o privilégio de iniciar com a fala do nosso diretor-geral, professor Robson Ramos de Aguiar, falando so-bre características do/a líder e, por se tratar de uma instituição confessional, que essas caracte-rísticas sejam de acordo com o nosso líder maior, o Senhor Je-sus”, afirmou. A diretora desta-cou a oportunidade de discutir questões pedagógicas, como a preocupação em estar atentos/

A chamada autonomia universitária se expressa no cotidiano universitário e, no caso da UMESP, no funcionamento regular dos/as colegiados/as e instâncias representativas, previstos em seu Estatuto, com competências claramente definidas. O melhor exemplo que temos neste momento é o da construção do Pla-no de Desenvolvimento Institucional da Universidade para os próximos cinco anos, cujo processo vem sendo coletivamente trabalhado, a ponto de ter recebido mais de mil contribuições individuais, de alunos/as, funcionários/as e docentes, que vêm sendo sistematizadas de modo que esse importante documento represente as aspirações dos/as diferentes atores/atrizes institu-cionais, que servirá como plano de governo para esse período.

A UMESP vai acolher a realização do ENAME (Encontro Nacional Metodista de Educadores) em seu Campus Rudge Ramos nos dias 9 e 10 de novembro. Já estamos trabalhando no planeja-mento para sua sempre exitosa realização. Este é um evento importante que vem sendo realizado pelo Cogeime em sua XV edição, sendo um amplo espaço de reflexão para educadores/as e gestores/as que atuam no sistema educacional metodista. No ENAME, busca-se debater temas contemporâneos, instigantes e eventualmente controversos. Para a edição de 2017 o tema é Educação como missão: desafios e oportunidades da crise eco-nômica e política brasileira. Serão convidados/as especialistas para estimular tão relevante debate.

A Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) pertence à Igreja Metodista do Brasil, sendo parte relevante da missão edu-cadora da Igreja, construída no país ao longo de mais de 130 anos.

São Bernardo do Campo, 17 de agosto de 2017

Prof. Dr. Paulo Borges Campos Jr. Reitor

AÇÕES POSITIVAS NA UMESP

as às propostas de inclusão. “Como proposta de educação metodista, não deixaríamos jamais de pensar nas questões de inclusão, não de um, mas no propósito de uma escola inclu-siva que acolhe todos/as com objetivo de inclusão para cada um/a deles/as, reconhecendo que aprendemos de formas di-ferentes”, defendeu a professora Débora.

Professores/as, diretores/as e coordenadores/as pedagógicos/as tiveram a oportunidade de conhecer o caderno de educação religiosa durante o encontro. “O desejo de ter na Educação Meto-dista cadernos de educação reli-giosa é um anseio tanto de nós, educadores/as da atualidade, como de irmãos/ãs que descan-sam no Senhor e que lutaram muito por essa causa”, explicou

a Pastora Renilda Martins Gar-cia, uma das responsáveis pela elaboração do material.

A pastora compartilhou que o momento de apresentação do conteúdo foi singular, como confirma a coordenadora pe-dagógica do Colégio Metodista Granbery, Cleide Mara dos San-tos Rocha. “Nós estamos perce-bendo que é um sonho realizado. Acho que por sermos metodis-tas, algumas pessoas têm a ex-periência da Escola Dominical, têm a experiência de conhecer também o material da Angular Editora, e percebemos que pre-cisávamos de algo mais”, contou ao defender que o material fará a diferença no ensino religioso das instituições metodistas.

Ouça a reportagem completa sobre o encontro no PodCast Giro de Notícias #034, publica-do no site do Expositor Cristão e no canal do SoundCloud.

Professora Débora Castanha é a coordenadora pedagógica da Educação Básica das Instituições Metodistas.

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11CELEBRAÇÃO

Era uma vez uma mulher com uma VISÃO e um SONHO. Miss Leila Epps

tinha uma visão do potencial da mulher metodista brasileira e a contribuição que ela poderia dar à Igreja. Sonhou com uma revis-ta que unisse as mulheres meto-distas de todo o Brasil no mesmo ideal de servir, capacitando-as e inspirando-as para o trabalho a ser realizado. Miss Leila Epps compartilhou esse sonho e, de repente, o sonho se tornou rea-lidade: em 18 de setembro de 1929, quando um pequeno gru-po de mulheres, representando suas Federações das antigas So-ciedades Missionárias Femini-nas, reunido na Igreja Metodista Central de São Paulo, hoje Ca-tedral Metodista de São Paulo,

resolveu criar uma revista que fosse o elo entre as mulheres metodistas brasileiras. Nascia a revista VOZ MISSIONÁRIA.

Essas mulheres foram inspi-radas por Deus para esse proje-to – em um período em que as mulheres sequer tinham direito ao voto (As mulheres brasileiras só tiveram direito ao voto, sem qualquer restrição, em 1934.) Aquelas mulheres tiveram a vi-são de um novo tempo para as mulheres metodistas.

A VOZ MISSIONÁRIA nas-ceu pequena e humilde, porém cercada de carinho e de atenção daquelas mulheres dinâmicas e idealistas. Foram elas: Eula Kennedy Long e Mercedes Sea-bra, pela Federação do Sul; Lídia W. Silva e Gláucia W. Duarte,

Amélia TavaresRedatora da revista VOZ MISSIONÁRIA

pela Federação do Centro; Ot-tília de Oliveira Chaves e Nair Guedes Martins, pela Federa-ção do Norte; Miss Leila Epps, missionária norte-americana, sua inspiradora e que tinha a incumbência de assessorar as mulheres no trabalho da Igreja. Foram essas sete mulheres de coragem e visão que percebe-ram a importância de se criar um meio de comunicação efi-ciente, que atendesse à necessi-dade de unir as centenas de So-ciedades espalhadas pelo Brasil em torno de metas e desafios.

HistóriaO nome da revista está ligado

ao “ideal missionário da mulher metodista, tendo por missão a propagação do Evangelho, a divulgação de conhecimentos, de orientação, de educação, le-vando a todos mensagens edifi-cantes” (fala de Ottília Chaves). Ottília compartilha como foi o clima da criação da revista: “estas mulheres, apesar de entu-siasmadas, sentiam certo alvo-roço em seus corações, porque não havia recursos financeiros suficientes e nem podiam pre-ver a reação das mulheres diante da revista”. Em janeiro de 1930, com os recursos financeiros de Leila Epps, imprimiu-se, a título

de experiência, mil exemplares, com doze páginas, distribuídos pelas três Federações.

Dois anos após a criação da revista instituiu-se a função de agentes locais. Esta iniciativa, pioneira nos meios de comuni-cação, foi o primeiro passo vito-rioso. A partir daí, a VOZ MIS-SIONÁRIA foi alçando voo e se espalhando por todo o Brasil nessa linda história de 88 anos. A grande inovação da revista foi a figura da agente local, com seu trabalho voluntário. O volunta-riado contribui para um mundo mais justo e mais solidário. No caso da VOZ MISSIONÁRIA, as agentes voluntárias são res-ponsáveis pela divulgação da revista. Mais uma inovação das mulheres desde seu início.

Sabemos que ter uma publica-ção que sobreviva em um mer-cado competitivo durante tanto tempo é um grande desafio para as mulheres metodistas. Mas temos a certeza de que a revis-ta tem como missão divulgar a grande mensagem do amor de Deus. A cada edição, compro-va que inspira a vida, pois tem alcançado várias gerações que proclamaram e experimentaram o amor de Deus, em Jesus Cristo em suas vidas, por intermédio da leitura dos textos publicados

ao longo desses 88 anos.Sonhamos e trabalhamos para

que a nossa revista alcance mais e mais pessoas que possam desfru-tar do seu conteúdo e que a VOZ MISSIONÁRIA continue dei-xando um rastro. O que é rastro? Vestígio, pegada ou sinal deixado ao caminhar. “Que a Voz possa deixar um ‘rastro’ perfumado, perfume de vida para vida, no en-canto de suas páginas que conta-ram e contam parte significativa da história da mulher metodista brasileira” – Percival de Souza, articulista da revista.

Há 88* anos a revista VOZ MISSIONÁRIA exerce seu compromisso com as mulheres metodistas, dando sequência ao sonho de Miss Epps. Nosso compromisso maior é com Deus e com a missão de ser Voz que anuncia o amor de Deus, que salva, restaura, transforma e re-nova. E ainda temos um sonho: que toda mulher metodista seja assinante da revista e que mais vidas possam ser alcançadas por este instrumento que semeia, co-munica e propaga a fé cristã.

inspirando a vidaMissionáriaVoz88 an

os

/// Ao comemorar 88 anos, a Voz Missionária celebra seu Jubileu de Pera.

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12 METODISMO

Nos 150 anos de metodismo uma história que precisa ser relembradaRedação EC

John Wesley viveu na Ingla-terra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela

Revolução Industrial, onde crescia muito o número de de-sempregados/as. A Inglaterra estava cheia de pessoas itineran-tes em situação de rua, políticos corruptos, vícios e violência ge-neralizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apa-tia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles/as que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wes-ley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. A seguir, você vai conhecer as histórias desse homem conhecido por todos nós como o pai do metodismo.

Infância John Wesley, décimo quinto

filho do ministro anglicano Sa-muel e de Susana Wesley, nas-ceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra. Devido às atividades pastorais que im-pediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a admi-nistração financeira da famí-lia e a educação dos filhos e

filhas. Disciplinava-os/as com rigidez, mantendo um horário para cada atividade e reservan-do um tempo de encontro com cada filho/a para conversar, es-tudar e orar.

Incêndio em sua casaAinda na infância, John Wes-

ley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, de um in-cêndio que destruiu toda a sua casa, onde estivera preso no se-gundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial. Aos cinco anos de idade, John começou a ser alfabetizado por Suzana, que usava o livro dos Salmos como apostila.

John estudou com sua mãe até os onze anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos dezessete foi para a Universidade de Oxford.

EstudosJohn Wesley iniciou seus es-

tudos em Oxford, onde começa a se reunir com um grupo de es-tudantes para meditação bíbli-ca e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de

“Clube Santo”, ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam de ‘meto-distas’. Wesley preferia chamá--los simplesmente de ‘Metodis-tas de Oxford’.

Neste grupo, Wesley e seu ir-mão Charles iniciaram visitas e evangelismos em presídios. Wesley passou então a se in-teressar pela questão social de seu país e a miséria que a In-glaterra vivia na época. Assim, gradua-se em Teologia e pode ajudar seu pai na direção da Igreja Anglicana. Isso até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missio-nários/as na Virgínia, Nova Inglaterra.

Há uma equivocada histó-ria de que o reverendo Wesley havia sido maçom. Houve um homem de nome John Wesley em Downpatrick, Irlanda, que se tornou mestre maçom em 13 de outubro de 1788. O reve-rendo Wesley também esteve em Downpatrick algumas ve-zes, mas não nessa data. Em 13 de outubro de 1788 o diário do reverendo John Wesley registra que ele esteve em Wallingford, proximidade de Londres.

“Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A

partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção

especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida

para algo muito especial”

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13METODISMO

Missão em VirgíniaUm dos episódios que marcou

o início do metodismo foi a via-gem missionária de John Wes-ley aos EUA – Virgínia – para “evangelizar os/as índios/as”, sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno, John Wesley expressa sua frustra-ção “fui à América evangelizar os/as índios/as, mas quem me converterá?”. Na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios/as (grupo de cristãos/ãs pietistas que buscavam a conversão pes-soal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, duran-te uma grande tempestade, as crianças e os/as adultos/as mo-rávios/as cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus), e Wesley, vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que Deus não poderia justificá-lo me-diante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude), predispôs a seguir a fé evangélica dos/as morávios/as. Retornou à Ingla-terra em 1738.

Conversão e Coração aquecido

Após dois anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encon-tra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Ale-manha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida huma-na. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinamen-tos de Jesus.

No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião na rua Aldersgate, em Londres, ouvin-do a leitura de um antigo co-mentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protes-tante, sobre a carta aos Roma-

nos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.

Essa experiência espiritual extraordinária é assim narrada em seu diário: “Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a prele-ção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu cora-ção ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu con-fiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tira-do meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Co-mecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração”.

Nos 50 anos seguintes, Wes-ley pregou em média três ser-mões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14 mil pes-soas. Milhares saíram da misé-ria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Charles Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.

IgrejaComo não havia muitas opor-

tunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões – muito em-bora ele não gostasse de pregar fora da Igreja –, e tornou-se co-nhecidíssima esta sua frase: “O mundo é a minha paróquia”.

Influenciados pelos/as mo-rávios/as, John e seu irmão Charles organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos/as, com os objeti-vos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e clas-

ses seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra, e estaria presen-te em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley an-dava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de “O Cavaleiro de Deus”. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilôme-tros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores/as itinerantes e mil pregadores/as locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, or-ganizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).

Legado

Além de milhares de con-vertidos/as e encaminhados/as para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas:

• Dinheiro aos/às pobres (Wesley distribuía);

• Compêndio de medicina (Wesley escreveu e foi largamente difundido);

• Apoio na reforma educa-cional;

• Apoio na reforma das prisões;

• Apoio na abolição da escravatura;

• Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida nesse país é a segunda maior denominação protestan-te;

• Hoje, além dos/as segui-

dores/as do Metodismo, a vida de muitos/as é influenciada pela missão de Wesley;

• Movimentos posteriores como o Movimento de Santidade e o Pentecosta-lismo devem muito a ele;

• A insistência wesleyana na busca da santificação pessoal e social contri-buem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor;

• A Igreja Católica Romana recebeu indiretamente al-guns conceitos de Wesley quando o cardeal John Henry Newman uniu-se a ela, vindo da Igreja An-glicana e concretizando em reformas litúrgicas, sociais, carismática e teo-lógica desde o Concílio Vaticano II. Faleceu a 2 de março de 1791, em Londres, Inglater-ra. Encontra-se sepultado em Wesley’s Chapel, Grande Londres, Inglaterra.

“No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião na rua Aldersgate, em Londres, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados”

Fontes consultadas 1. http://freemasonry.bcy.ca/biography/wesley_j/wesley_j.html2. Dan Graves. John Wesley's Heart Strangely Warmed. Christianity. 2007. 3. The Journal of Reverend John Wesley». T Mason, G Lane. 1837. p. 138. 4. http://www1.uol.com.br/bibliaworld/igreja/historia/metod.htm5. LOCKMANN, Bispo Paulo; CONSTANTINO, Zélia. Seguir a Cristo, manual de discipulado.6. Wesley, John (1744). Primitive Physic, Or, An Easy and Natural Method of Curing Most Diseases. 7. Brycchan Carey (2002). John Wesley (1703-1791). Brycchan Carey. 8. John Wesley (em inglês) no Find a Grave.

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30% DE DESCONTO PARA METODISTASAs Instituições Metodistas de Ensino Superior de todo o país mantêm uma condição especial para membros da Igreja Metodista de todo o país: 30% de desconto em cada mensa-lidade nos cursos de graduação e pós-graduação a partir da segunda mensalidade.

BARCO HOSPITALO Barco Hospital, um dos Projetos Missionários da Re-gião Missionária da Amazônia (REMA) da Igreja Metodis-ta, foi tema de reportagem veiculada pela TV Record, no programa Fala Brasil.

O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

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GIRO DE ExpositorCristão

PRÊMIO ARETÉ 2017O jornal Expositor Cristão é novamente finalista no prêmio Areté, entregue du-rante a Feira Literária Internacional Cris-tã (FLIC). O reconhecimento foi conquis-tado nos dois últimos anos pelo veículo, como sendo o melhor jornal evangélico do país. Quem também compõe a lista de finalistas da Angular Editora é a série de vídeos do Programa Mais Um Pouco, do Departamento Nacional de Escola Dominical.

PROJETO PANAMÁO Projeto Panamá 2017, liderado pela Agência Malta da Confederação Metodista de Jovens, reuniu-se este ano na cidade do Panamá, na Igreja Metodista em Pedregal. Ao todo participaram 17 jovens do Brasil e teve participa-ção de jovens da igreja local de Pedregal, no Panamá.

CHARLOTTESVILLEO site oficial da Igreja Metodista Unida publicou, em agosto, a carta dos pastores latinos da Conferência da Virgínia, que se pronunciaram sobre as manifes-tações racistas ocorridas no úl-timo dia 12 de agosto na cidade de Charlottesville. Os Metodis-tas Associados Representando a Causa Hispânica/Americana (MARCHA) também se pronun-ciaram.

TEMER INOCENTADO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Em pronunciamento oficial no dia 2 de agosto, Michel Temer falou sobre as reformas propostas pela presidência, que devem seguir após a rejeição de denúncia por corrup-

ção passiva. Um dos deputados que disseram “sim” ao arquiva-mento da denúncia foi Áureo Ribeiro do Solidariedade (RJ). Hou-ve várias manifestações contra o posicionamento do deputado, que afirma estar vinculado à Igreja Metodista.

NO CENÁCULO: O secretário regional do Upper Room (El Aposento Alto) para América Latina, Jorge Berríos, visitou o Brasil durante o mês de agosto e participou de uma série de pro-

gramações organizadas pelo no Cenáculo e pela Sede Nacional da Igreja Metodista.

NOTA DE FALECIMENTO: A Igreja Metodis-ta brasileira se despediu no dia 8 de agosto do Reverendo Sérgio Arantes Pinto, atuante na 4ª Região Eclesiástica. O Reverendo foi reitor no Instituto Metodista Granbery entre os anos de

1978 e 1985 e sua história foi marcada por um forte comprometi-mento com a doutrina metodista.

AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

RÁPIDAS

MAIS LIDAS

NOTÍCIAS

Assim, nossa expectativa é de que o diálogo lúcido, a corresponsabilidade e a mútua cooperação superem as razões

que têm mantido esta paralisação das atividades docentesBISPO LUIZ VERGÍLIO B. DA ROSA, PRESIDENTE DO COLÉGIO EPISCOPAL, SOBRE A GREVE NA UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA (UNIMEP)

A Sede Nacional da Igreja Metodista, em São Paulo, acolheu no mês de agosto a reunião com o tema “Violên-cia Contra a Mulher - Como ir mais adiante na prevenção e no cuidado com as vítimas”. Entre as onze mulheres que participaram do encontro, marcaram presença pastoras metodistas, presidente e re-presentantes da Confedera-ção Metodista de Mulheres (CMM), professoras das Ins-tituições de Ensino e missio-nárias em âmbito nacional e internacional. Entre elas, a Dra. Cristina Werner, psicó-loga e terapeuta, que recebeu o convite da Bispa Marisa de Freitas para falar às repre-sentações sobre o tema, e a Pastora Genilma Boehler, que atua na Universidade Bíblica Latino-Americana, em São José, na Costa Rica, condu-zindo a conversa sobre possí-veis ações que podem existir nas igrejas para acolher mu-lheres vítimas de agressão.

Durante o encontro, a cam-panha internacional #Quin-taFeiraUsoPreto, promovida no Brasil pela CMM, ganhou destaque. Com os bótons da ação, elas gravaram vídeos de depoimentos que serão publicados em nossos canais oficiais e redes sociais, com o objetivo de trazer conscienti-zação sobre o tema.

O Jornal Expositor Cristão cobriu o evento, e você con-fere o álbum de fotos com-pleto em nosso Flickr. Foram concedidas entrevistas para o PodCast Giro de Notícias #032, programa semanal publicado pelo veículo. Con-fira em nosso site o material completo e entrevistas que falam sobre o papel da igreja diante de denúncias de vio-lência contra a mulher.

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REPRESENTANTES FEMININAS FALAM SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA IGREJA

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15PÁGINA DA CRIANÇA

O que desejamos para o futuro da nação?A palavra esperança

vem do latim sperare, sentimento que leva

o homem e a mulher para o futuro, sendo assim, fico pensando se estamos tendo esperança em relação aos nossos filhos, filhas, uma vez que muitos pais estão delegando a educação dos/as seus/as filhos/as à igreja, à escola, à babá… E como agravante, muitos pais di-zem uma coisa e fazem ou-tra, pedem para a criança não mentir e mentem. Pa-lavras precisam andar junto de atitudes, lembrando que as crianças aprendem pelo exemplo.

Cada pai e mãe precisa avaliar se estão cumprin-do o seu papel de ensinar à criança o caminho em que deve andar, em Dt 6.7 le-mos que a responsabilidade de instruir, de ensinar é dos pais. Tu as inculcarás a teus filhos e delas falarás assen-tado em tua casa e andando pelo caminho e ao deitar-te e ao levantar-te. Portanto, se estamos terceirizando a

educação dos nossos filhos, filhas, precisamos pedir perdão a Deus e voltarmos ao Evangelho. A esperança de um mundo melhor pre-cisa caminhar junto de um ensino eficaz da palavra de Deus, para que eles/as te-nham seu caráter forjado na sabedoria que vem do Se-nhor. Voltemos ao Evange-lho, caso contrário teremos uma geração de mimados/as, corruptos/as.

A criança precisa ser vista não apenas como o futuro da nação, da igreja ela já é o agora, o hoje. Ela é reino, se delas é o reino, que tipo de reino estamos formando? reino de amor, paz, justi-ça… Ou Reino das trevas? Segundo o dicionário Au-rélio, esperança é o senti-mento de quem vê como possível a rea lização daquilo que se deseja. O que estamos desejando para o futuro da nação? Adultos/as bem preparados/as, sábios/as ou adultos/as tolos/as, corrup-tos/as, mentirosos/as? Pen-semos nisso!

AUTONOMIAUMA HISTÓRIA QUE JÁ TEM 87 ANOS

Ajude o pastor e as crianças a chegarem à igreja.

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