12
Jornal do CFC, abril de 2001 JORNAL DO CFC ANO 4, N 0 36, ABRIL DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Editorial Novos Manuais Pág. 2 Pág. 9 O deputado federal Germano Rigotto (PMDB-RS) conta em detalhes como foi elaborada a proposta de reforma tributária aprovada por comissão especial da Câmara. (Páginas 6 e 7) Calendário Contábil Pág. 8 Exame de Suficiência Pág. 9 Câmara oficializa CFC como gestor da Contabilidade Veja ainda: Projeto que dispensa escrituração contábil tem parecer contrário em comissão da Câmara do Deputados. Os contabilistas estão entre os principais usuários da Rede Governo, site da internet que concentra os serviços do governo. O CFC inicia a implantação de projeto de Educação a Distância. Conheça dois novos livros sobre Contabilidade que estão sendo lançados no país. (Página 4) (Página 10) (Página 12) (Página 11) Entrevista: “Sem reforma tributária, país pagará preço alto” A Associação Interamericana de Contabilidade (AIC) terá financiamento do BID para projetos vinculados à educação e ao controle de qualidade do trabalho contábil nos 21 países associados à AIC. Os resultados do pedido feito ao BID serão acompanhados por técnicos e consultores da AIC e do Conselho Federal de Contabilidade. (Página 12) (Página 3) O Conselho Federal de Contabilidade e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vão dividir responsabilidades na elaboração de estudo de divulgação dos princípios, procedimentos e padrões de Contabilidade. O projeto da nova Lei das Sociedades Anônimas, aprovado pela Câmara dos Deputados, incluiu no Comitê de Padões Contábeis, além do CFC e CVM, entidades representativas de empresas de auditoria, universidades e institutos de pesquisa. A proposta aprovada pela Câmara foi enviada ao Senado Federal. Os deputados decidiram que o Comitê terá uma maioria de contadores e a sua coordenação será escolhida pelo ministro da Fazenda. Para conseguir suas reivindicações, o CFC fez um trabalho eficiente de acompanhamento do projeto. A Câmara também aprovou uma emenda que permite o acesso, pelo CFC, aos papéis de trabalho das empresas de auditoria contábil e dos auditores contábeis independentes. O presidente do CFC, José Serafim Abrantes, disse que dividir “as responsabilidades com outras entidades na elaboração das normas contábeis significa um avanço no trabalho realizado pelo Conselho ao longo dos últimos anos”. Um perfil ideal para o dirigente do Sistema CFC/CRCs Habilidade política, história profissional e pessoal, anseios, credibilidade, disponibilidade, ética, oratória, poder de convencimento e habilidade para atrair simpatizantes. Estes são os valores, na visão do presidente do CFC, José Serafim Abrantes, que devem ter todos os candidatos a cargos de direção no Sistema CFC/CRCs. A partir deste número do Jornal do CFC, será publicada a opinião de profissional especializado sobre as qualidades ideais de um futuro dirigente. O motivo para a elaboração e discussão deste perfil surgiu durante o XVI Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em Goiânia em outubro do ano passado. Trata-se da Responsabilidade Social. Ou seja, para que o trabalho do contabilista possa ter crédito diante da sociedade, o profissional deve dar o exemplo dentro da categoria, isto é, deve fazer, e bem, o dever de casa. Em decorrência dessa responsabilidade, não será tarefa simples o profissional mostrar a transparência, eficiência e credibilidade. É uma tarefa que requer, além de técnica apurada, coragem e ética. O artigo que inaugura a série sobre o perfil ideal do dirigente do Sistema CFC/ CRCs é assinado pelo presidente José Serafim Abrantes. (Página 5) TCU e CFC, unidos pela LRF Os presidentes José Serafim Abrantes e Humberto Souto analisam proposta para formar especialistas na Lei de Responsabilidade Fiscal. (Página 4) Deputado Antônio Kandir (PSDB-SP), relator da Lei das S.A.

(Páginas 6 e 7) Novos Manuais JORNAL DO CFC · Uma boa leitura. * é presidente do CFC JORNAL DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC BRASÍLIA - DF ANO 4 - NÚMERO 36 - ABRIl

  • Upload
    trandat

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Jornal do CFC, abril de 2001 1pág.

JORNAL DO CFCANO 4, N0 36, ABRIL DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Editorial

Novos Manuais

Pág. 2

Pág. 9

O deputado federal Germano Rigotto (PMDB-RS) conta emdetalhes como foi elaborada a proposta de reforma tributáriaaprovada por comissão especial da Câmara. (Páginas 6 e 7)

Calendário Contábil Pág. 8Exame de Suficiência Pág. 9

Câmara oficializa CFC como gestor da Contabilidade

Veja ainda:Projeto que dispensa escrituração contábil tem parecer contrário em comissão da Câmara do Deputados.Os contabilistas estão entre os principais usuários da Rede Governo, site da internet que concentra os serviços do governo.O CFC inicia a implantação de projeto de Educação a Distância.Conheça dois novos livros sobre Contabilidade que estão sendo lançados no país.

(Página 4)(Página 10)

(Página 12)(Página 11)

Entrevista: “Sem reforma tributária, país pagará preço alto”

A Associação Interamericana de Contabilidade (AIC) terá financiamento do BID para projetos vinculados à educaçãoe ao controle de qualidade do trabalho contábil nos 21 países associados à AIC. Os resultados do pedido feito aoBID serão acompanhados por técnicos e consultores da AIC e do Conselho Federal de Contabilidade. (Página 12)

(Página 3)

O Conselho Federal de Contabilidade e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vão dividirresponsabilidades na elaboração de estudo de divulgação dos princípios, procedimentos e padrõesde Contabilidade. O projeto da nova Lei das Sociedades Anônimas, aprovado pela Câmara dosDeputados, incluiu no Comitê de Padões Contábeis, além do CFC e CVM, entidades representativasde empresas de auditoria, universidades e institutos de pesquisa.

A proposta aprovada pela Câmara foi enviada ao Senado Federal. Os deputados decidiram queo Comitê terá uma maioria de contadores e a sua coordenação será escolhida pelo ministro daFazenda.

Para conseguir suas reivindicações, o CFC fez um trabalho eficiente de acompanhamento do projeto.A Câmara também aprovou uma emenda que permite o acesso, pelo CFC, aos papéis de trabalhodas empresas de auditoria contábil e dos auditores contábeis independentes.

O presidente do CFC, José Serafim Abrantes, disse que dividir “as responsabilidades comoutras entidades na elaboração das normas contábeis significa um avanço no trabalho realizadopelo Conselho ao longo dos últimos anos”.

Um perfil ideal para o dirigente do Sistema CFC/CRCs

Habilidade política, história profissional e pessoal, anseios, credibilidade,disponibilidade, ética, oratória, poder de convencimento e habilidade para atrairsimpatizantes.

Estes são os valores, na visão do presidente do CFC, José Serafim Abrantes,que devem ter todos os candidatos a cargos de direção no Sistema CFC/CRCs.

A partir deste número do Jornal do CFC, será publicada a opinião de profissionalespecializado sobre as qualidades ideais de um futuro dirigente.

O motivo para a elaboração e discussão deste perfil surgiu durante o XVICongresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em Goiânia em outubro do anopassado. Trata-se da Responsabilidade Social.

Ou seja, para que o trabalho do contabilista possa ter crédito diante da sociedade,o profissional deve dar o exemplo dentro da categoria, isto é, deve fazer, e bem, odever de casa.

Em decorrência dessa responsabilidade, não será tarefa simples o profissionalmostrar a transparência, eficiência e credibilidade. É uma tarefa que requer, alémde técnica apurada, coragem e ética.

O artigo que inaugura a série sobre o perfil ideal do dirigente do Sistema CFC/CRCs é assinado pelo presidente José Serafim Abrantes. (Página 5)

TCU e CFC, unidos pela LRF

Os presidentes José Serafim Abrantes e Humberto Souto analisam propostapara formar especialistas na Lei de Responsabilidade Fiscal. (Página 4)

Deputado Antônio Kandir (PSDB-SP), relator da Lei das S.A.

pág.Jornal do CFC, abril de 2001 2

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

Conselheiros Efetivos

Contador Alcedino Gomes BarbosaContador Antonio Carlos Morais da SilvaContador Daniel Salgueiro da SilvaContadora Delza Teixeira LemaContador Dorgival Benjoíno da SilvaContador José Martônio Alves CoelhoContador José Serafim AbrantesContador Olivio KoliverContador Raimundo Neto de CarvalhoContador Washington Maia FernandesTéc. Cont. Gil Nazareno LossoTéc. Cont. Marta Maria Ferreira ArakakiTéc. Cont. Mauro Manoel NóbregaTéc. Cont. Paulo Viana NunesTéc. Cont. Waldemar Ponte Dura

Conselheiros Suplentes

Contador Edilton José da RochaContador Francisco de Assis Azevedo GuerraContador Gastão BrockContador João Batista LobatoContador Jomar da Silva MarquesContador José Antonio de GodoyContador Liduíno CunhaContadora Maria do Socorro Bezerra MateusContador Solindo Medeiros e SilvaContadora Verônica Cunha de Souto MaiorTéc. Cont. Edeno Teodoro TostesTéc. Cont. Gaitano Laertes P. AntonaccioTéc. Cont. José Augusto Costa SobrinhoTéc. Cont. Luilson Gomes da SilvaTéc. Cont. Windson Luiz da Silva

PresidênciaPresidenteJosé Serafim Abrantes

Vice-presidente de Administração Delza Teixeira Lema

Vice-presidente OperacionalJosé Martônio Alves Coelho

Vice-presidente de Controle InternoDaniel Salgueiro da Silva

Vice-presidente de Registro e FiscalizaçãoAlcedino Gomes Barbosa

Vice-presidente TécnicoOlivio Koliver

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS - QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFEndereço eletrônico: www.cfc.org.bre-mail: [email protected]

JORNAL DO CFC

SUPERVISÃO EDITORIAL: AP Vídeo Comunicação Ltda.JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marccio W. Varella -MTb 108/2/20PROJETO GRÁFICO: Anagraphia Designe-mail: [email protected]ília-DFAno 4 - Número 36Abril de 2001Tiragem: 64.000 exemplares

C F CC F CC F CC F CC F C

Para aperfeiçoar o conhecimento dos gestoresC F CC F CC F CC F CC F C EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL CARTASC F CC F CC F CC F CC F C

> José Serafim Abrantes *

Imagem distorcida

“Lendo a reportagem da revista VocêS.A., de fevereiro deste ano, página 121,no artigo ́ Os pés primeiro ,̀ escrito pelosr. Carlos A. Diniz, da Spencer & Stuart,não pude deixar de notar a conotaçãoque ele dá à profissão do contador.Como recrutador, esse senhor deveriater uma idéia melhor sobre a classecontábil, sua importância para asociedade e, principalmente, para umaempresa. Diz ele “que o rapaz da fotodeveria trabalhar no departamentocontábil pelo desleixo com seus sapatose que este é piegas, pouco imaginativo econservador”.É esta a imagem que eletem de um contador???

Vera Obregão de OliveiraAcadêmica do Curso de CiênciasContábeis da UNIJUI - Ijuí - RS

Agradecimentos

“Venho através desta externar meussinceros agradecimentos no que dizrespeito a prática do Exame deSuficiência. Este instrumento deavaliação pode selecionar melhor osnossos profissionais. Atitude esta,tomada por todo o corpo administrativodo CFC. Essa sim é a postura corretase queremos ser vistos e ouvidos pelasociedade. Sou estudante de CiênciasContábeis no Instituto Cuiabano deEducação - MT. Estou concluindo esteano, e tenho certeza que com este

aprendizado terei inúmeras ofertas detrabalho. Atenciosamente”.

Paulino Júnior / Cuiabá - MT

Mestrado e doutorado

“Após ler a reportagem “Novos mestrese doutores no ensino da Contabilidade”,onde o Jornal do CFC (ano 4 - número 3- fevereiro de 2001) foi feliz na divulgaçãodo trabalho do Conselho Federal deContabilidade, despertou-me o interessepela formação em mestrado e doutoradoem Contabilidade. Para tanto, gostaria deobter mais dados sobre como fazerinscrição.”

Ademar S. P. Júnior / Estudante daUniversidade Estadual de MontesClaros (MG)

Cargos no governo

“Ao ler a entrevista do chefe da Secretariade Controle Interno do Ministério daFazenda, Domingos Poubel de Castro, noJornal do CFC nº 34, de fevereiro, nãome contive, pois sei da situação dosverdadeiros contabilistas no serviçopúblico federal. A remuneração inicialnesses cargos no governo federal é de R$400,00 para o técnico e de R$ 700,00para o contador. E não venham me dizerque auditores e analistas do governopossuem contadores nos seus quadros,pois qualquer profissional de nível superiorpode ocupar esses cargos.

Josemar M. de Miranda - Contabilista

Estamos nos encaminhando para umfuturo bem melhor para a nossa profissão.O caminho que estamos trilhando, isto ossenhores podem ter certeza, é o maissensato, o mais viável: é o caminho doconhecimento.

Não por acaso, este século que ora seinicia, já começa por se caracterizar comosendo marcado pelo conhecimento. Equando se fala em conhecimento, ele temde ser o mais universalizante possível. Nãopodemos mais departamentalizar asnossas faculdades cognitivas. Já não nosbasta termos um conhecimento técnicoreconhecido, já não nos basta umaeficiência operacional, campos em quetemos predominado.

Nesse sentido, estamos, cada vezmais, abandonando uma perspectiva “deescritório” para uma visão mais ampla dosacontecimentos. E o sinal mais visíveldessa expansão se nos apresenta com aResponsabilidade Social, que é a sementedo futuro. Por isso, se torna cada vez maisóbvio que é certa nossa opção pelacontinuidade dos programas de EducaçãoContinuada.

Este nosso programa, que tem tido umbom grau de sucesso, visa não apenasatingir somente os profissionaiscontabilistas que lutam no dia-a-dia, mastambém a maior qualificação daqueles quese candidatam a cargos eletivos dentro doSistema CFC/CRCs. De agora em diante,nas edições do nosso Jornal do CFC,passaremos a ter um artigo assinado porespecialistas de determinadas áreas sobretemas de formação ética, política,econômica, etc. Os artigos terão como

objetivo instigar nossa reflexão sobre osnossos pontos fortes, virtudes,potencialidades, mas também chamar aatenção sobre os eventuais pontos fracos,que necessitam de maior cuidado nessaempreitada.

Um bom sinal do sucesso dessa nossaopção de melhor projetar o CFC peranteoutras instituições pode ser medido pelagrande sintonia que conquistamos juntosno Núcleo de Estudos Contábeis eTributários da Câmara dos Deputados,presidido pelo deputado GermanoRigotto. Fomos até a Câmara mostrar anossa disposição para o deputado, quenos retribuiu a visita no dia da nossaPlenária de março de 2001.

Uma boa leitura.* é presidente do CFC

JORNAL DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFCBRASÍLIA - DFANO 4 - NÚMERO 36 - ABRIl DE 2001

Este espaço pertence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que será feita ainteração entre a vontade do leitor e os editores do Jornal. Para incentivar este diálogo,

cartas, opiniões, sugestões e pedidos serão bem-vindos. Os editores.

Conselho Federal de Contabilidade – SAS - Quadra 5 - Bloco J - Ed. CFC,Tel; (61) 314-9600 - Fax: (61) 226-6547 – Cep 70070-920 - Brasília-DF

e-mail: [email protected]

Jornal do CFC, abril de 2001 3pág.

C F CC F CC F CC F CC F C LEIS DAS S.A.LEIS DAS S.A.LEIS DAS S.A.LEIS DAS S.A.LEIS DAS S.A.

Contadores são maioria no Comitê de Padrões ContábeisUm trabalho de acompanhamento insistente e eficiente com as principais

lideranças parlamentares do país, tendo à frente o presidente do Conselho Federalde Contabilidade, José Serafim Abrantes, deu aos contadores uma posição dedestaque no Comitê de Padrões Contábeis, criado pelo Projeto de Lei 3.115-B/97(Lei das S.A.), aprovado no dia 28 de março último pelo plenário da Câmara dosDeputados. A nova Lei das Sociedades Anônimas teve 374 votos a favor, 30 contrae uma abstenção. O projeto agora segue para o Senado. O texto aprovado naCâmara criou o Comitê de Padrões Contábeis (CPC), que terá (se for aprovado noSenado e depois sancionado pelo presidente da República) por objeto o estudo, aelaboração e a divulgação de princípios, procedimentos e padrões de Contabilidade.

MAIORIA DE CONTADORES - O CPC será integrado por nove membros,a maioria formada por contadores, e será integrado pelo órgão federal de fiscalizaçãodo exercício da profissão contábil (CFC), pelo órgão regulador do mercado decapitais (Comissão de Valores Mobiliários - CVM), por entidades nacionaisrepresentativas de quem elabora, audita e analisa informações e demonstraçõescontábeis e por universidades e institutos de pesquisa. O coordenador do CPCserá nomeado pelo ministro da Fazenda. O Comitê vai deliberar por maioria devotos e estabelecer em regimento próprio a sua estrutura, recursos e as condiçõesde seu funcionamento.

Para o presidente do CFC, José Serafim Abrantes, dividir o Comitê com ostécnicos da CVM vai resultar “em ganho para toda a sociedade. Teremos asinteligências brilhantes de professores universitários também, que, com certeza,elevarão bastante o nível do trabalho”.

ACESSO AOS PAPÉIS - Das 56 emendas apresentadas ao projeto, apenasquatro foram aprovadas. E uma delas, apresentada pelo deputado Pedro Eugênio(PSB-PE), coloca à disposição do Conselho Federal de Contabilidade os papéisde trabalho elaborados por empresas de auditoria contábil e auditores contábeisindependentes.

Os papéis deverão ser mantidos em perfeita ordem e estado de conservaçãopelo prazo mínimo de cinco 5 (cinco) anos. “O acesso do CFC a esses papéis éuma grande vitória que conseguimos na Câmara. Esperamos que o Senado mantenhaessa emenda”, afirmou o presidente Serafim.

Na votação do projeto na Câmara, mais dois deputados, além de Pedro Eugênio,se destacaram na defesa das reivindicações do CFC: Emerson Kapaz (PSDB-SP)e Aloizio Mercadante (PT-SP). No encaminhamento da votação, o deputado

Mercadante elogiou o trabalho do CFC como órgão fiscalizador.PRESSÃO CONSTANTE - O trabalho de acompanhamento ao projeto da

nova Lei das S.A. começou quando o projeto foi apresentado na Câmara, há trêsanos. O CFC enviou aos líderes parlamentares, por meio de ofício e de visitaspessoais, todas as reivindicações que achava justas. Em agosto passado, o presidenteSerafim foi ao plenário da Câmara defender a coordenação, pelo CFC, do Comitêde Padrões Contábeis. Seu discurso foi aplaudido não somente pelos representantesde outras entidades presentes ao debate, proposto pelo relator Antônio Kandir(PSDB-SP), mas também pelos ministros e autoridades da área econômica dogoverno federal.

Na véspera da votação, o presidente Serafim entregou pessoalmente ao deputadoKandir um ofício com duas alternativas de propostas: uma, que seria a ideal, e outra,uma alternativa que também satisfaria a classe contábil. “Fomos além dos nossos limitesem termos de pressão sobre o Congresso Nacional. Conseguimos uma vitória importanteque deve ser entendida pela nossa categoria como mais um passo em direção àvalorização do nosso profissional”, garantiu o presidente José Serafim Abrantes.

No corredor dos gabinetes da Câmara, o Presidente Serafim conversa com o deputado Kandir

Presidente do CRCMG parabeniza CFC pela vitória

O Conselho Federal de Contabilidade recebeu a seguinte carta do presidente do

CRCMG, Domingos Xavier Teixeira:

“Caro Presidente Serafim:

É com muita satisfação que venho lhe cumprimentar, em meu nome e de toda a

classe contábil de Minas Gerais, sobre a sua vitória na votação do Projeto de Lei

3.115, que muda a Lei das S.A e a Lei 6.385 (Lei da CVM), e no qual foi inserida

pelo deputado Antônio Kandir a emenda que tirava do Conselho Federal de

Contabilidade a prerrogativa de estabelecer os princípios contábeis daqui para a

frente, passando todo esse poder para uma entidade sob a qual não teríamos

nenhuma influência e que seríamos apenas um simples membro. O que você conseguiu

não foi só uma vitória. Foi mais que isso. Você conseguiu que os deputados

aprovassem um artigo atribuindo ao Conselho Federal de Contabilidade as seguintes

prerrogativas:

1 - Ser membro nato do Comitê de Padrões Contábeis (CPC) juntamente com

a CVM;

2 - Assessorar, juntamente com a CVM, e somente os dois, os procedimentos

para a elaboração do Regimento Interno do CPC e sua instalação;

3 - Que a maioria dos membros do CPC sejam contadores;

4 - Ter aberto um canal direto com o presidente da República para a discussão

das leis delegadas, que serão o suporte dos princípios contábeis.

Ou seja, presidente Serafim, foi uma grande vitória. Como você sabe, a CVM já

tinha todos esses poderes com base na Lei 6.385. Agora, o CFC passou a tê-los

legalmente e, então, serão os mesmos divididos com a CVM. O que antes o CFC

fazia informalmente, passará agora a ser feito com base na lei.

E a sua vitória foi além. Você conseguiu alterar o artigo 26 da Lei 6.385, no

sentido de dar ao CFC e aos CRCs o poder legal de fiscalizar as empresas de

auditoria e os auditores contábeis. Ou seja, algo que somente a CVM podia

anteriormente fazer em relação às empresas abertas. Agora, o CFC passa a

ter poderes de fazê-lo em relação a todas as empresas auditadas, abertas ou

fechadas.

Caro presidente: se você tivesse feito somente isso em sua gestão, já teria justificado

a sua eleição. E não precisaria ter feito nada mais. Pela vitória, aceite os meus parabéns

e de todos os 40 mil contabilistas de Minas Gerais”.

pág.Jornal do CFC, abril de 2001 4

O presidente do Conselho Federal de Contabilidade, José Serafim Abrantes,acompanhado do contador e assessor do CFC, Ynel Alves de Camargo, e dodeputado-constituinte José Maria Eymael, visitou na Câmara Federal o deputadoGermano Rigotto (PMDB-RS), no final do mês de março. O assunto da conversafoi a reforma tributária. Sobre esta mesma questão, o deputado falou durante areunião plenária do CFC de março.

O deputado Germano Rigotto é o novo presidente do Núcleo Parlamentarde Estudos Contábeis e Tributários da Câmara. Nas páginas 6 e 7, o leitorpoderá ler uma entrevista concedida pelo deputado sobre o assunto.

Serafim visita RigottoREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAC F CC F CC F CC F CC F C

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Humberto Souto, recebeuem seu gabinete, em março passado, a visita do presidente do CFC, contador JoséSerafim Abrantes, e do vice-presidente Daniel Salgueiro da Silva.

O principal assunto do encontro foi a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), queservirá de guia para a elaboração dos balanços das mais de 3 mil prefeituras brasileiras.Esses balanços serão exaustivamente analisados pelo Tribunal de Contas da União,informou o presidente do órgão ao presidente do CFC. O presidente Serafim fez umaexposição ao dirigente do TCU sobre a importância da LRF para os contabilistas.Explicou que o CFC, por iniciativa própria, elaborou o Guia LRFfácil, já distribuídopara contabilistas e administrações municipais e estaduais de todo o país. “O Guiaobteve apoio irrestrito do ministro Martus Tavares, do Planejamento, e já está em suaterceira edição”, adiantou Serafim.

CONVÊNIO ENTRE TCU E CFC - O presidente do TCU, que também écontabilista, ressaltou o papel do órgão que dirige em defesa da LRF e sugeriu aopresidente Serafim que TCU e CFC firmassem um protocolo de intenções para aformação de convênio destinado a formar técnicos contabilistas. Esses cursos teriamo objetivo de estudar a LRF e divulgar seus aspectos em defesa dos interesses da lei

TCU e CFC podem treinar especialistasC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F C LRFLRFLRFLRFLRF

Contadores Daniel Salgueiro e José Serafim Abrantes com o presidente do TCU, Humberto Souto

José M. Eymael, Serafim Abrantes, Germano Rigotto e Ynel A. de Camargo, na Câmara

e da sociedade. O presidente Serafim achou excelente a sugestão de Humberto Souto,lembrando a ele que o CFC está formando, em treinamentos realizados na sede daentidade em Brasília, cerca de 250 multiplicadores da LRF de todas as regiões do país.

O Conselho Federal de Contabilidade tem uma equipepermanente no Congresso Nacional, acompanhando atramitação de projetos de interesse da classe contábil.

Entre esses projetos, destacamos o da Reforma Tributáriae o da Lei das S.A. O Projeto de Lei nº 3.044/97, de

autoria do deputado José Borba (PPB-PR), que dispensa aescrituração contábil, por exemplo, é um dos assuntos que

demanda a atenção dos técnicos do CFC. Este projetodeverá ser votado em plenário ainda neste ano comparecer contrário das Comissões de Constituição eJustiça e de Finanças e Tributação da CâmaraFederal.

Na Comissão de Economia, Indústria eComércio, o relator Lima Neto (PFL-RJ) deuparecer favorável ao projeto. Na Comissão deConstituição e Justiça, o relator Renato Viana(PMDB-SC) deu parecer contrário; o deputadoMarcos Cintra (PL-SP), que relatou o projeto naComissão de Finanças e Tributação, também deuparecer contrário ao projeto. Agora, o projeto

retorna à Comissão de Constituição e Justiça, antes de servotado em plenário.

CFC CONTRA O PROJETO - A posição do ConselhoFederal de Contabilidade é contrária à aprovação deste projeto.O pensamento da classe contábil brasileira a respeito do assuntopode ser resumido nesta explicação do professor e contadorYnel Alves Camargo, assessor do CFC: “A Lei 9.317/96estabelece um tratamento diferente no regime tributário para asmicroempresas e empresas de pequeno porte, criando oSimples.

Porém, os caminhos a serem seguidos pela escrituraçãocontábil não são os mesmos que conduzem à escrituração fiscal(fonte de arrecadação). Segundo as Leis da Contabilidade,existe nítida separação entre escrituração comercial eescrituração fiscal.”

A obrigatoriedade da escrituração já faz parte de livroseditados pelo CFC em parceria com o Sebrae, como o Manualde Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas Empresas,que tem sido distribuído para contabilistas de todo o país.

C F CC F CC F CC F CC F C CÂMARA DOS DEPUTCÂMARA DOS DEPUTCÂMARA DOS DEPUTCÂMARA DOS DEPUTCÂMARA DOS DEPUTADOSADOSADOSADOSADOS

Projeto que dispensa escrituração tem parecer contrário

Deputado Marcos Cintra (PL-SP)

Jornal do CFC, abril de 2001 5pág.

“responsabilidade social”. Ora, paraque tenha crédito nossa ação perante asociedade, devemos dar o exemplodentro da categoria. Devemos fazer o

nosso “dever de casa”. E, emdecorrência dessa responsabilidade,vemos que o desempenho dessa funçãocom transparência, eficiência, eficácia ecredibilidade não é uma tarefa simples.É uma tarefa que requer, além dashabilidades técnicas, coragem e ética,disponibilidade para doar parte dotempo em serviços voluntários, pois oscargos nos Conselhos de Contabilidadenão são remunerados. Por isso,considero que falar do perfil que oprofissional deve ter para se candidatare concorrer a uma vaga num Plenário,seja do Conselho Federal deContabilidade ou seja de um ConselhoRegional, é fundamental neste momentode eleição, quando as chapas estãosendo formadas.

Pela minha experiência de dirigentedo Sistema CFC/CRCS, penso que,para fazer parte do Plenário do SistemaCFC/CRCs, o profissional deve possuiralguns encantos dos quais destaco, alémdos requisitos previstos na legislação,conhecimentos específicos como aestrutura e funcionamento do Sistema

É visível o crescimento dasinstituições do Sistema CFC/CRCs nosúltimos anos. Atestam esse vigor omodo como a profissão se projetouperante a sociedade, ao defendercausas de interesse público para acidadania, ao projetar uma imagem deseriedade e de compromisso da classe.Esses resultados que agora vemos sóforam possíveis com o compromisso eo engajamento dos conselheiros e dospresidentes de cada regional, quetomaram para si a liderança de umprocesso que levou a mudanças. Mascomo é próprio do regime democrático,está chegando a oportunidade de umarenovação, com as eleições que seaproximam.

Nesses quase quatro anos à frentedo Conselho Federal de Contabilidade,tenho refletido muito acerca dosdesafios mais comuns enfrentados pelanossa profissão. Tenho trabalhado nabusca de soluções para essas questõesem diversas ocasiões e em fórunsdiferentes. Essa reflexão conjunta me faztocar em um assunto delicado que é apossibilidade de existir um “Perfil Idealdo Dirigente do Sistema CFC/CRCs”.E digo que essa questão é delicada emfunção do componente político queenvolve a figura de um Conselheiro deCRC ou CFC. A título de contraste,tomemos a escolha de um auditor, paracontratação, na condição defuncionário. Basta traçar um perfiltécnico, submetê-lo a uma bateria detestes, que incluem entrevistas eavaliações psicológicas e teremos umelenco de candidatos aptos a seremcontratados. Está resolvido. Mas não éassim a escolha de um dirigente. Oprocesso é quase inverso. O candidatose lança para ser escolhido pelo colégioeleitoral.

E, nesse caso, não é a descrição deum perfil eminentemente técnico queprevalece. Ao contrário, contam, entreoutros, valores, habilidade política docandidato, sua história pessoal eprofissional, seus anseios, suadisponibilidade, sua credibilidade, suaética, sua oratória, seu poder deconvencimento e sua habilidade paraarregimentar simpatizantes. Dessaconstatação, vemos a necessidade deque esse “perfil ideal” do dirigente dosistema CRC/CFC deve estar nacabeça do “eleitor” e não na nossa,atuais dirigentes. Obviamente, comosomos as pessoas com maiorvisibilidade, temos um papel nessaescolha. Mas não o poder de escolher,que está nas mãos dos colégioseleitorais. Lembremos sempre que, domesmo modo que é legítimo aos atuaisdirigentes postularem uma reeleição, é

lícito aos outros membros da categoriapostularem uma renovação. Estaquestão toma mais relevância nos diasatuais. Em todas as ocasiões em que,

como representante do CFC, vou aosEstados, ouço falar nas próximaseleições. Embora ainda faltem mais desete meses para as votações, o processoeleitoral para renovação de 2/3 dosPlenários dos Conselhos Federal eRegionais de Contabilidade já foi,espontaneamente, iniciado. Essesprofissionais a serem eleitos emnovembro próximo é que irão conduziro Sistema CFC/CRCs nos próximosanos. Os candidatos eleitos serão osresponsáveis pela continuidade docrescimento da nossa profissãoapresentado nos últimos anos.

Conduzir uma entidade do porte deum Conselho de Contabilidade é, semdúvida, uma honra para qualquerprofissional. É, também, um motivo deorgulho. Entretanto, não é uma questãopessoal. Não é, nem mesmo, umaquestão de afinidade pessoal. É umaquestão de natureza política, da políticados profissionais de Contabilidade.

O mote para o perfil desse dirigentefoi, sem dúvida, sancionado em nossoúltimo Congresso. Trata-se da

Perfil do dirigente do Sistema CFC/CRCsC F CC F CC F CC F CC F C ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

> José Serafim Abrantes (*)

CFC/CRCs, passando peloconhecimento da legislação específicado Tribunal de Contas da União e,obviamente, por habilidades econhecimentos de natureza política, deeconomia, e domínio de técnicasgerenciais e de administração derecursos humanos e noções de oratóriae debates.

Ou seja, o profissional ao secandidatar, deve estar consciente, ou jádominar tais conhecimentos ehabilidades, ou ter disponibilidade parafamiliarizar-se, com isso, em poucotempo.

Sem isso, administrar fica muitodifícil. Ainda assim vai ter muito trabalhopela frente. Mas se os senhorescandidatos estão pensando que é só,estão enganados. Não é. O maisimportante é ter “compromisso com aprofissão”. Ter vontade de contribuircom a evolução da profissão contábil.

Por isso, reafirmo que estamos nummomento importante. Todos essescritérios devem pesar na hora daformação de uma chapa, no momentode se formularem as alianças. Devemospesar se a pessoa convidada a fazerparte da chapa possui os requisitosnecessários para participar do Plenáriode um Conselho de Contabilidade; seesta pessoa vai, de fato, ter agenda econtribuir para o crescimento da nossaprofissão. Ao fazer essa avaliação, sehouver alguma dúvida, aconselho abuscar outro nome, pois nossa profissãonão pode correr o risco de vir a serprejudicada por uma escolhainadequada. Muitas vezes, os interessespessoais e as habilidades de articulaçãode um determinado “candidato acandidato” se sobrepõem aos interessesda coletividade, e isto não deveriaacontecer. Advirto e admito que nãotemos o dom da verdade. Mas nãopodemos deixar de dividir com nossospares essas reflexões. Esperamos queelas possam ser úteis. O ideal é que, nofuturo, haja, além dessas criteriosasescolhas, programas de formação paraos novos dirigentes. Além doconhecimento das habilidadesespecíficas, os futuros dirigentes teriama oportunidade de firmar compromissoscomuns com a ética, a moralidade e aresponsabilidade coletiva. Pretendemoscontinuar a tratar deste tema naspróximas edições do Jornal do CFCcom a publicação, se possível, a cadamês, de um artigo sobre itensconsiderados importantes no perfil dosmembros dos Plenários do SistemaCFC/CRCs. Desde já, colaboraçõespara enriquecer este debate sãosolicitadas e bem-vindas.

(*) é presidente do CFC

pág.Jornal do CFC, abril de 2001 6

“Parece que o governo não quer acabar com a cumulatividade dosimpostos”

C F CC F CC F CC F CC F C ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA - GERMANO RIGOTTOA - GERMANO RIGOTTOA - GERMANO RIGOTTOA - GERMANO RIGOTTOA - GERMANO RIGOTTO

Sem reforma tributária, Brasil pode pagar um preço muito alto

O governo, mais uma vez, por meiodo próprio presidente da República,Fernando Henrique Cardoso, voltou aprometer que vai concluir a reforma dosistema tributário ainda em seugoverno, que se encerra em 2002. OCongresso Nacional cumpriu o seupapel, ao elaborar uma proposta queteve o apoio unânime da sociedadebrasileira, inclusive dos governosestaduais. Estes até abriram mão eaceitaram uma nova legislação para oICMS. O CFC não ficou fora destadiscussão. Muito pelo contrário:participou dos debates com váriosrepresentantes na Comissão Especialda Reforma Tributária da Câmara dosDeputados. A conselheira do CFCMarta Arakaki esteve presente desdea discussão até a votação do projetofinal.

A reforma pronta e acabada teveque ser modificada, pois o governo nãoaceitou os termos do projeto aprovadoquase que por unanimidade naComissão Especial. Mais uma vez, ogoverno não gostou. Resultado: ogoverno quer “fatiar” a reforma, votá-la aos pedaços. O Congresso rejeita.Como ficamos, então?

Para responder a esta questão eexplicar os principais pontos daproposta da Comissão Especial, oJornal do CFC entrevistou opresidente desta Comissão, odeputado Germano Rigotto (PMDB-RS).

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – Como foi o trabalho deelaboração do projeto da reforma dosistema tributário?

GR -GR -GR -GR -GR - É bom a gente lembrar que aComissão Especial da ReformaTributária fez, em 12 meses, umtrabalho que dificilmente uma outracomissão ao longo da história doCongresso tenha trabalhado tanto,tenha reunido tanta gente e tantasidéias, tenha reunido os mais diferentessegmentos da sociedade, inclusive oConselho Federal de Contabilidade, nadiscussão da reforma tributária, dentroe fora do Congresso Nacional. Dentrodo Congresso, nós realizamos 70reuniões. Fora do Congresso,estivemos em todos os estados dafederação, falando com governadores,prefeitos, com as entidades maisdiversas, procurando, além de ouvir oque pensavam e desejavam comrelação às mudanças no sistematributário, mobilizar a sociedade a favorda reforma. Pois bem, este trabalhoacabou em março do ano passado. Jáhavia uma comissão anterior, mas estanova fase da comissão aconteceu apartir do momento em que a Câmararesolveu colocar a reforma na linha de

frente. Foi uma decisão do presidenteda Câmara, deputado Michel Temer(PMDB-SP), apoiado por todos oslíderes. A reforma avançou, masavançou sempre com o governo naretranca, com o governo, na verdade,dizendo que queria a reforma mas nãodemonstrando isto com atos, com umaposição clara a favor da reforma.

Jornal -Jornal -Jornal -Jornal -Jornal - O projeto da ComissãoEspecial não chegou a ser votado. Oque aconteceu?

GRGRGRGRGR - Chegamos em novembro de1999 e votamos o projeto naComissão, que foi aprovado por 35votos a um. A partir daí o governocomeçou a criticar a proposta. Ficouclara a má vontade do governo, quetinha se omitido em todo o processode discussão, que tinha começado emmarço. O presidente da República,então, chamou a área econômica doseu governo e determinou que seformasse uma comissão tripartite, coma participação de vários ministros,representantes de estados, da MesaDiretora da Câmara dos Deputadospara tentar encontrar o que poderia sermodificado naquela proposta aprovadaem novembro. Pois bem, essacomissão tripartite se reuniu seis vezes,no mínimo, horas e horas de reunião, eavançamos naquilo que pareciaimpossível. Fizemos um grandeentendimento com os estados para queeles tivessem um ICMS com uma únicalegislação, um ICMS com um máximode cinco alíquotas, um ICMS com amudança da origem para o destino – ototal arrecadado levaria emconsideração o estado que consome enão o estado que produz, para atacaro problema da guerra fiscal. Um ICMSque não teria mais alíquota interna,alíquota interestadual diferente,acabando com este passeio da notafiscal, um ICMS que teria uma alíquotamuito reduzida para os produtosessenciais. Fizemos aquilo que pareciaimpossível: um acordo com os estados.Mas quando chegamos aos tributosfederais, mais uma vez, o retrocesso.A área econômica do governo federaldemonstrou um conservadorismoincrível, resistindo ao fim dos chamadostributos cumulativos: Cofins, PIS eCPMF. Conseguimos concluir maiseste trabalho, dentro daquilo que nósacreditávamos que seria o grandeentendimento tirado naquela comissãotripartite. Modificamos o projetoaprovado em novembro e oentregamos no dia 13 de março de2000 à presidência da Câmara. O queé que aconteceu depois? O governosilenciou de março a agosto. Noperíodo eleitoral, em agosto de 2000,

voltou a falar em reforma, mas sempredizendo que a proposta que nóstínhamos apresentado tinha que sofrermodificações. Entre as mudanças, amanutenção de todos os tributoscumulativos. Isto criou um mal-estarenorme, uma rejeição de todas aslideranças da Casa, e uma rejeição dasentidades representativas da sociedadecom relação à posição do governo.

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – Em que pé está hoje areforma tributária?

GRGRGRGRGR – Olha, depois da discussãodaquele novo projeto, veio o silêncionovamente. O governo viu que aquelaposição que eles haviam anunciado nãoseria aprovada. E só voltaram a falarem reforma tributária agora, quando opresidente foi ao exterior, há quasedois meses. Ele disse que iria trabalhara favor da reforma, mas uma reformafatiada, uma reforma feita em etapas.Naquele momento, eu pensei: areforma fatiada pode determinar novosremendos fiscais. Não vai determinaraquilo que o país precisa, que é umareforma estrutural que desonere a folhade pagamentos, que desonere aprodução, a exportação, que diminuaa carga sobre os produtos essenciais,que amplie o número de contribuintes.Fazendo isto, poderia até reduzir ascargas que são pesadas sobre algunssetores, ou seja, distribuir melhor acarga tributária. Hoje nós temos umacarga excessivamente concentrada

sobre os que pagam, deixando muitagente de fora. A reforma tributária deveter por objetivo ampliar o número decontribuintes, ampliar a base tributária,e com isso poder reduzir cargas setoriaisde setores que estão muitosobrecarregados hoje.

Jornal – Do jeito que está, o Brasilperde competitividade lá fora, com asexportações?

GR -GR -GR -GR -GR - A perda de competitividade denossa economia, com certeza, vaicontinuar. O sistema complexo que nóstemos, e que dá margem ao crescimentoda evasão, da sonegação, da elisão fiscal,da informalidade, vai nos prejudicar. Atéacreditamos, quando o presidenteFernando Henrique deu aquela entrevistadizendo que iria fatiar a reforma, que ogoverno poderia concordar, porexemplo, com aquilo que acordamos comos estados: o ICMS com uma únicalegislação e uma desoneração total dasexportações com relação àscontribuições. Só que, quanto tempo fazque o presidente falou? Até agora nósnão temos posição nenhuma clara dogoverno. O que é que o governo pretendeneste fatiamento? Ninguém sabe. Pareceque o governo afastou essa questão dadesoneração das exportações, e afastoutambém a possibilidade de acabar acumulatividade das contribuições, comoestava acenando. O pessoal que cuida doICMS fez uma reunião com osrepresentantes dos estados, mas,

“O que é que o governo pretende com o fatiamento da Reforma?” (Germano Rigotto)

Jornal do CFC, abril de 2001 7pág.

com certeza, o fato de o governo sóbuscar uma legislação única, e não irna direção daquilo que nós tínhamosnegociado com os estados, vai dificultaraté um acerto com os governadores.E se os estados concordarem vai serapenas um remendo, vai ser apenasuma mudança muito distante do que sepoderia mudar sobre os tributos querecaem sobre o consumo. A áreadentro do governo que mais resiste auma reforma estrutural continuaentendendo que o sistema atualdetermina uma arrecadação muito alta,que está batendo recordes, e que porisso não deve haver uma mudançamuito profunda. No meu modo de veré um erro porque estamos perdendocompetitividade, estamos dependendo,cada vez mais, do capital especulativodevido aos déficits na balançacomercial, porque as nossasexportações estão mais travadas doque deveriam estar, principalmentedevido à carga tributária que recaisobre o produto nacional. O produtoimportado é beneficiado em relação aoproduto nacional porque não existeisonomia competitiva na questão dascontribuições cumulativas. Elas recaemem todas as etapas da produção, recaiCofins, recai PIS, recai CPMF, e parao produto importado recai apenas umavez. Então nós estamos numa situaçãoem que se não houver mudançateremos que pagar um preço muito altopor isso. Um preço muito alto. Essasdificuldades já estão começando aaparecer no setor de exportação. Sevocê observar, a nossa balança estácom déficits muito superiores aos queeram previstos. Dos indicadoreseconômicos que nós temos, um dospiores é o da balança comercial. E umadas razões é o produto importadoentrando e competindo em condiçõesmelhores que o produto nacional, e oproduto nacional tendo dificuldades decompetir no mercado internacionaldevido a essa carga tributária que existesobre o produto nacional. Então euacredito que vamos ter umagravamento dessa situação se nãohouver uma tomada de posiçãomostrando que não é só daarrecadação que se deve cuidar. Ogoverno é obrigado a ver qual seria oefeito dessa arrecadação. Hoje ogoverno olha a arrecadação e pergunta:por que é que vou mudar se aarrecadação é alta? Só que o governonão está se dando conta dos efeitosnegativos que este sistema tributárioestá determinando para a economiacomo um todo.

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – Quem sofre mais com estesistema tributário?

GR -GR -GR -GR -GR - O sistema tributário nacionaltributa de uma forma excessiva,principalmente o trabalhador de baixa

renda. Nós temos uma quantidadeenorme de tributos de recai sobre abase de consumo e o trabalhador debaixa renda, quando vai comprar umproduto essencial, não sabe aquantidade de tributos que estáembutido no preço deste produto. Otrabalhador que ganha até três saláriosmínimos paga 14% do que ganha nummês em tributos sobre alimentos. Istoé injusto. Então o governo não podecontinuar olhando apenas para o caixa.E não se dá conta dos efeitos dessaarrecadação sobre a sociedade, sobrea economia.

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – O governo FHC ainda temcondições de fazer uma boa reformatributária?

GR –GR –GR –GR –GR – Não acredito. E nós vamospagar um preço muito alto por essaindecisão, dessa posição do governocontra a reforma estrutural. Sabe o queé que vai acontecer? 2002 será um anoeleitoral. É claro que fazer reforma emano eleitoral é muito mais difícil; só sefor uma reforma que o governo possatirar partido depois. Outra coisa: nãopodemos esquecer que votar a reformatributária, que é uma emendaconstitucional, exige 3/5 (três quintos)de votos em dois turnos na Câmara eem dois turnos no Senado. Isso semcontar que os candidatos a presidente

já vão estar em campanha e vão, comcerteza, dizer o seguinte: se o governonão fez a reforma tributária até agoradeixa que eu faço quando assumir apresidência da República. Por isto queeste atraso, este claudicar do governo,esta má vontade de setores do governocom a reforma estrutural, nos levam acrer que vamos chegar ao fim dogoverno Fernando Henrique sem tervotado a reforma.

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – Quem está a favor dareforma tributária?

GR –GR –GR –GR –GR – O país inteiro, à exceção dogoverno federal. Na verdade, ogoverno está perdendo a oportunidadede encaminhar uma reforma que ele jádisse que encaminharia. Se não o fizer,que não jogue a culpa em cima doCongresso ou em cima dos estados.O Congresso não votou porque ogoverno foi contra. E não existe paísno mundo que se vote reformatributária com o governo trabalhandocontra ou cruzando os braços,principalmente numa repúblicapresidencialista como o Brasil. Quenão se jogue essa responsabilidadesobre a oposição. A oposição ajudoumuito nessa questão da reformatributária. Na reforma tributária eu tive

sempre o apoio dos partidos deoposição dentro e fora da Comissão.Também não se jogue aresponsabilidade em cima dos estados,porque os governadores chegaram,depois de uma grande discussão, abater o martelo, modificando alegislação de seu tributo, o ICMS.Então não me venham com a históriade que os estados não quiseram, oCongresso não quis, a oposiçãotrabalhou contra. A reforma não saiuporque dentro do governo existe umsetor na área econômica que acha quenão deve haver uma mudança profundado sistema tributário.

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – E quanto à Aliança de LivreComércio das Américas (ALCA), oBrasil, com um modelo tributárioantigo, poderá participar das reuniõescom tranqüilidade?

GR –GR –GR –GR –GR – Claro que não. Existe apossibilidade de um prejuízo terrível senós tivermos a antecipação da ALCA.Imagina o governo dos EstadosUnidos, que vem com tudo para tentarantecipar a implantação da ALCA. Aínós vamos concorrer com a economiamoderna, com a indústria moderna,com toda a tecnologia da indústria eda economia americanas, com umsistema tributário que não tem a mínimapossibilidade de competir com o quese produz nos EUA. O nosso sistematributário não tem nada a ver com oresto do mundo. Enquanto nós tínhamos

a economia fechada, na década de 80 einício da década de 90, nós podíamosdizer que o nosso sistema tributário tinhaimperfeições, tinha problemas, mas issonão ficava muito claro porque tínhamosa economia protegida. Com a aberturada economia ficou muito mais claro queo nosso sistema tributário tirava acompetitividade da nossa economia.Então, a partir da abertura foi ficandomais clara a necessidade de umareforma. A partir de 1992 apareceu commais força a necessidade de uma reformatributária, e o pior: os governos, ao invésde caminharem para a reforma, forammodificando o sistema tributário, com osajustes fiscais, com os remendos fiscais,com os aumentos de alíquotas, com acriação de novos tributos, por meio deprojetos de lei, de lei ordinária, de leicomplementar, de decretos, de portarias,de medidas provisórias. Forammodificando o sistema, fazendo com queele cada vez ficasse mais complexo, maisirracional, mais injusto e, cada vez mais,diferente do resto do mundo.

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – O que é que o governo podepropor neste “fatiamento” ao Congresso?

GR –GR –GR –GR –GR – Nós temos trabalhado, temosprocurado mobilizar a sociedade a favorda reforma, mas temos encontrado

sempre esta má vontade e esta pressãocontrária do Executivo. Agora falam emfatiar a reforma. Primeiro, não se sabeainda nem quando e nem o quê vai serfatiado. Qual é o fatiamento? Quais sãoas partes que vão ser votadas? O meureceio é que o grupo que pensa no caixatermine gerando algumas modificaçõesque, ao invés de melhorar, vão complicarainda mais o sistema. O governo já falaem transformar a CPMF em tributopermanente. Uns dizem que, se oCongresso não fizer isto, que arranje umoutro tributo para substituir a receitagerada pela CPMF. Mas vem cá, aCPMF não era provisória? No momentoem que terminou o prazo de validade daCPMF, o governo não sabia que nãopodia contar com aquela receita. Em vezde até pensar num processo desimplificação, de reduzir o número detributos, o governo pensa em transformarem permanente tributos que eramprovisórios e que têm problemas. Se aCPMF viesse num processo desimplificação, acabando comdeterminados encargos sobre a folha depagamentos... mas não, ela vem comomais um tributo que agora teve mais umaumento de alíquota (de 0,30% para0,38%), e amanhã vai ter outro aumentode alíquota e mais carga sobre os que jápagam. Então, este quadro tende a seagravar se nós não conseguirmossensibilizar o governo da importânciadessa reforma estrutural. Eu estou commuito pouca esperança que, durante ogoverno Fernando Henrique, a genteconsiga fazer com que esta reformatermine avançando.

Jornal –Jornal –Jornal –Jornal –Jornal – O que vai acontecer agora?GR – GR – GR – GR – GR – O que vamos ter de fazer é

esperar este encaminhamento que ogoverno diz que vai dar nas próximassemanas. Acho que a sociedade tem deestar atenta para se mobilizar, caso asfatias que o governo decidir mandar parao Congresso signifiquem novosretrocessos. A sociedade tem que estaratenta para pressionar o Congresso e ogoverno e não aceitar novos remendosfiscais que signifiquem aumento de cargapara os que já pagam, incentivo à evasãofiscal, mais perda de competitividade denossa economia. As entidadesrepresentativas da sociedade, oscontabilistas, por intermédio do ConselhoFederal de Contabilidade, que tem umtrabalho muito forte, já estão nos ajudandoa fazer frente a qualquer tentativa querepresente novos retrocessos. Estoupresidindo o Núcleo de EstudosContábeis da Câmara, e já conversei como presidente do CFC, contador JoséSerafim Abrantes, que nos garantiu quevai continuar nos ajudando nessa reforma.É desse tipo de colaboração queprecisamos. A classe contábil éimportantíssima nesse processo, e otrabalho dos representantes do ConselhoFederal de Contabilidade na ComissãoEspecial de Reforma Tributária quepresidimos foi admirável.

“A reforma avançou, mas avançou sempre com o governo na retranca”

“A área econômica do governo demonstrou um conservadorismo incrível”

pág.Jornal do CFC, abril de 2001 8

C F CC F CC F CC F CC F C

Estatuto da FBC

C F CC F CC F CC F CC F C NOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEIS

Declaração por telefone

O Ministério Público do DistritoFederal e Territórios aprovou na íntegraas alterações no Estatuto propostas peloConselho Curador da Fundação Brasileirade Contabilidade (FBC).

Entre as mudanças, ficou aberta apossibilidade de a Fundação Brasileirade Contabilidade abrir filiais em outrosestados. Além de promover e subsidiar

Os contribuintes que não têm condições de fazer a declaração de Imposto deRenda 2001 (ano-base 2000) pela internet e nem querem preencher as informaçõespor formulário, ganharam uma opção a mais de prestar as contas com o Fisco. É queo Receitafone – que funciona pelo número 0300 780300 – entrou em operação nasemana passada. Podem fazer a declaração por telefone apenas os contribuintescom patrimônio de até R$ 20 mil, que são aqueles que podem usar o modelosimplificado de declaração. As ligações custam R$ 0,27 por minuto, para ligaçõesfeitas de telefone fixo, e R$ 0,51, ligações feitas a partir de celular. O prazo paraentrega da declaração é o dia 30 deste mês de abril.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve reconhecer a aplicação do Códigode Defesa do Consumidor aos contratos de caderneta de poupança. A questão foilevantada no julgamento de recurso da Associação Paranaense de Defesa doConsumidor que busca legitimidade para ajuizar ação civil pública em nome detitulares de poupança do extinto banco Bamerindus. A maioria dos ministros doSTJ defendeu a tese de que os contratos de poupança se enquadram na definiçãoque o CDC dá a produto ou a serviço, o que assegura a legitimidade da associaçãona ação em que os poupadores reivindicam a reposição de perdas decorrentes deplanos econômicos – junho de 1987, janeiro de 1989 e março de 1990.

Brasília – Nos dias 18 e 19 de abril, nasede do CFC, serão realizadas asReuniões das Câmaras. Nos dias 19 e20, a Reunião Plenária.Tubarão – A Universidade do Sul deSanta Catarina (Unisul) realiza entre osdias 23 e 27 deste mês a VI Semana deAtualização em Contabilidade. Esteencontro não se realizava há três anos,mas agora, graças ao esforço de alunose professores, foi reativado. Rio Claro - A Universidade de RioClaro (UNICLAR) realiza nos dias 17 e18 de maio deste ano, em Rio Claro-SP,o I Fórum de Estudos Contábeis. Oobjetivo do encontro será debater osnovos caminhos da Contabilidade em umcenário de mudanças sociais etecnológicas. As inscrições paraparticipação do Fórum e as instruções

para o envio de trabalhos são gratuitase estão disponíveis no endereçoeletrônico http://contabil.claretianas.com.br.João Pessoa - O CFC e o CRCPBrealizam entre os dias 13 e 15 de junho,na capital paraibana, o 5º EncontroNordestino de Contabilidade (Enecon).O encontro será realizado no EspaçoCultural José Lins do Rego e terá comotema central “Contabilidade: ReflexoSocial e Político”. As inscrições podemser feitas diretamente nos ConselhosRegionais ou pelo Correio, no endereçoRua Rodrigues de Aquino, 208, Centro,Cep 58013-030. A taxa de inscriçãodeve ser depositada em nome doCRCPB/5º Enecon, agência 0037,conta corrente 1955-7, na CaixaEconômica Federal.

programas de ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão na área daContabilidade, a Fundação Brasileirade Contabilidade também vaiestimular a pesquisa e a profissãocientífica na área contábil, inclusivemediante a edição e publicação delivros, revistas, periódicos e outrosmeios de divulgação.

Defesa do consumidor chega à poupança Emprego no BID

CURTAS

O Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID) estáanunciando na internet vagas em seusquadros, em Washington – DC (EUA),para um contador senior/administradorde sistemas contábeis e para doisespecialistas em auditoria financeira eoperacional. Se o leitor tem interesseou conhece pessoas com os requisitos

1 - Para o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo,a pressão exercida sobre o dólar é temporária. Segundo ele, o Brasil vive uma situaçãoinédita. “O país hoje é sólido e forte e temos um câmbio flutuante. O mercado tem queaprender isto”.2 - Diante da medida tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), queaumentou a taxa Selic – referência básica de juros da economia – em 0,5%, Luiz

Carlos Andrade, recém-empossado presidente da Anef, associação que representaos bancos das montadoras, informa que, dependendo da reação de mercado naspróximas semanas, é muito provável elevação das taxas de juros de financiamento deveículos. “Estamos analisando as expectativas do mercado.”3 - O ministro José Jorge (Minas e Energia) reiterou que a Aneel e o OperadorNacional do Sistema Elétrico (ONS ) estão preparando o plano de racionalização doconsumo de energia elétrica para ser utilizado caso não chova satisfatoriamente até ofinal de abril. O plano fica pronto dentro de quinze dias.4 - Com a crise e o fantasma do fim da conversibilidade na Argentina como pano defundo, o Brasil continua apostando no reforço do Mercosul para melhorar asnegociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Oministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, repete, desde que assumiu em janeiro aliderança da diplomacia, que a “Alca é uma opção, enquanto o Mercosul é um destino”.

exigidos para estas atividades, é sópreencher fichas no seguinte endereçoeletrônico: http://www.iadb.org/dpa/jobpost1.htm.

Cartas com os pedidosde preenchimento das vagas podemser dirigidas para T. Karoutsos, 1300New York Avenue, NW, Washington,DC 20577.

Calendário Contábil

Você, que é profissional de Contabilidade registrado no CRC, pode se tornarmais um colaborador da Revista Brasileira de Contabilidade. Escreva seuartigo sobre tema relevante ligado à profissão e o submeta à análise doConselho Editorial da RBC. Para outras informações, entre em contatocom o Departamento de Comunicação Social do CFC.

Jornal do CFC, abril de 2001 9pág.

CFC edita Manual de Registro e moderniza Manual de FiscalizaçãoC F CC F CC F CC F CC F C QUALIDADEQUALIDADEQUALIDADEQUALIDADEQUALIDADE

O CFC já iniciou a distribuição, para todos os Conselhos Regionais, do novoManual de Fiscalização. A primeira edição do Manual de Registro já está sendoimpressa. O Manual de Registro mostra todas as normas relativas aos registrosprofissional e cadastral e traz, em detalhes, de forma prática e objetiva, todos osprocedimentos que devem ser observados pelos CRCs, contabilistas e organizaçõescontábeis nas concessões, alterações e baixas de registros.

O Manual de Registro traz também asresoluções CFC 867/99 e 868/99, quepromoveram alterações fundamentais nosconceitos e formalidades de registros,principalmente no que se refere àassociação de contabilistas com outrosprofissionais. Mostra ainda um capítulopróprio sobre a processualística do registro,onde se estabelece os ritos, prazos e formasadequadas à tramitação dos processos deregistros.

Este manual é apresentado em oitodocumentos, cada um deles atendendo aobjetivos definidos e específicos, e estáformatado de modo a facilitar o manuseioe a assimilação de seu conteúdo.

FISCALIZAÇÃO – A terceira ediçãodo Manual de Fiscalização, revisada e ampliada, traz importantes alterações nas normasda profissão contábil, como as resoluções CFC 867/99, 868/99, 871/00 e 880/00.Traz também os novos enquadramentos de infrações éticas e disciplinares, especialmenteas relativas às NBCs, exigência de escrituração contábil, Decore, DHP, etc., entreoutras inovações introduzidas pelo Estatuto dos Conselhos de Contabilidade (ResoluçãoCFC 825/98). Além disso, o Manual de Fiscalização ganhou um novo formato, a fimde possibilitar o arquivamento de um maior número de páginas de seu conteúdo,tornando-o mais operacional. Além das normas aprovadas pelo Plenário do CFC, asalterações resultaram também de sugestões enviadas por vários CRCs e dos debatespromovidos pelos Seminários de Fiscalização.

MATURIDADE - O vice-presidente de Registro e Fiscalização do CFC, AlcedinoGomes Barbosa, disse ao Jornal do CFC que com mais essas obras “o sistema contábil

Mais de 15 mil contabilistas recém-formados, em todo o país, fizeram o Exame de Suficiência do ConselhoFederal de Contabilidade no dia 26 de março. O número de candidatos neste primeiro Exame de 2001 (osegundo será em setembro) foi superior ao número de inscritos nos dois Exames realizados no ano passado,que chegou aos 12 mil. O Exame é um pré-requisito para que técnicos e bacharéis em Contabilidaderecebam o Registro Profissional.

“Esta terceira prova sedimenta o Exame de Suficiência, mostrando que o CFC estava certo aoimplantá-lo no ano passado. A grande procura pelo Exame dá validade a mais esta iniciativa do CFC”,disse o supervisor das Comissões de Aplicação e Correção das Provas e também conselheiro e vice-presidente Operacional do CFC, José Martônio Alves Coelho.

O Exame de Suficiência foi criado com o intuito de aferir o nível de conhecimento dos contabilistase melhorar ainda mais a qualidade dos profissionais credenciados a prestar serviços contábeis. Oresultado do Exame será publicado até o dia 17 de abril; também estará na internet, no endereço

www.cfc.org.br.Todos os candidatos aprovados no Exame de Suficiência deverão procurar a sede dosrespectivos Conselhos Regionais. Os documentos necessários para o pedido de registroestão no edital da prova. O próximo Exame de Suficiência será realizado no mês desetembro deste ano.

O presidente do CFC, José Serafim Abrantes, aconselha os candidatos: “Estudem,mas estudem muito. O resultado deste estudo será muito valioso para o futuro de todosvocês”.

Mais de 15 mil candidatos fazem o Exame de Suficiência

C F CC F CC F CC F CC F C EDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADA

brasileiro dá um salto de qualidade em seuatendimento, além da demonstração clarade maturidade e transparência em suasações, fatores que resultarão em maiorrespeito e credibilidade perante acomunidade contábil e toda a sociedadebrasileira”. O presidente do CFC, JoséSerafim Abrantes, afirmou que “comesses dois manuais à mão os ConselhosRegionais poderão desempenhar suastarefas com muito mais eficiência,ajudando a construir umasociedade mais justa emais ética”.

Alcedino Gomes Barbosa, vice-presidente de Registro e Fiscalização

José Martônio Alves Coelho, vice-presidente Operacional

pág.Jornal do CFC, abril de 2001 10

C F CC F CC F CC F CC F C ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

O normativo e as condições da objetividade

(Sobre o projeto de reforma da Leidas Sociedades Anônimas que estátramitando no Congresso Nacional eque subtrai direitos aos contadores eespecificamente ao Conselho Federal deContabilidade.)

A divergência de opinião entrepessoas é algo que ocorre em todas asprofissões, mas, profissionalmente, épreciso que exista objetividade para quehaja crédito no trabalho. Ademais,quando o que se pede é uma opinião,quer em matéria de auditoria, quer deperícia, quer de medicina, quer deengenharia, quer para outros fins, nadivergência o prejudicado é semprequem solicita o parecer.

Entre o subjetivo e o objetivo,todavia, desenrola-se toda uma questãoque tem alimentado muitas polêmicas.Não se pode excluir do homem agenialidade do pensamento, da criação,mas não se deve também outorgar apossibilidade da prática de abusos.

Nesta questão desenvolve-se omovimento dos que são favoráveis anormas e dos que se opõem a elas. Avocação dos destinos sociais temsempre favorecido a grupos e atingidoas massas, e este determinismo do cursoda história enseja reflexões sobre adisciplina de comportamento e orespeito pertinente que deve existir.

A inteligência, a criatividade, acultura são coisas que sempre andarammal distribuídas desde que o homem se

organizou socialmente, mas parecetambém algo inexorável. SatiricamenteDescartes afirmava que o bom senso éa coisa melhor distribuída no mundoporque todos dele se achampossuidores, mas a realidade é que ospróprios limites do bom senso impedema quantidade distributiva.

Até os animais que dizemos seremirracionais se deixam comandar, nãosabemos se por falta de autonomia econfiança nos seus atos ou se porcomodismo ou conformação genética.As estruturas da existência ditam anecessidade de comando, desde ossistemas em suas organizações do microao macrocosmos até as manifestaçõesque habitualmente a nossa inteligênciaconsegue captar por observaçõeshabituais e corriqueiras.

A maior clarividência parece ser umprivilégio de poucos, por natureza e umcurso das coisas é preciso que seestabeleça para que exista ordem.Entendo, portanto, que as normasajudam as maiorias e que podem criarproblemas a minorias geniais, mas elastendem mais a beneficiar que aprejudicar, se elaboradas comcompetência e lisura.

O problema apenas ocorre quandoum grupo minoritário dominante não temrespeito pelas comunidades e cede ainteresses que, também sendo próprios,tendem a prejudicar a maioria. Tal fatotem ocorrido, inclusive, na produção deleis que se aprovam nos parlamentos,

em diversas partes do mundo.Vejo agora que prestes

estamos no Brasil a modificarprocedimentos que atingem àssociedades por ações. Semprefui um crítico severo do queocorreu nesta referidalegislação, desde o seunascimento, em face da matériacontábil.

Em livros, artigos, aulas,conferências, procurei mostrarque a influência legislativaproduzia evidentes erros. O queaconteceu em decorrência dedemonstrações contábeis quenão são claras e nem sepreocupam com a fidelidade doque deveriam evidenciar, todosconhecem pelos noticiários daimprensa.

Agora, entretanto, a questãoparece-me ainda de maior gravidade. Oprojeto tira da entidade máxima daclasse contábil, o Conselho Federal deContabilidade, dos especialistas, opoder de normatizar, cometendo, a meuver, mais um gravíssimo erro.

Enseja-se, desta forma, aparticipação de leigos em questão quesó aos peritos deveria estar entregue eabre-se um leque para o subjetivismo,para a facilidade de pressões. Entre asnormas e a liberdade absoluta, repito,há diferenças notórias, mas o objetivodeve estar em colocar nas mãos dosque possuem competência a

responsabilidade para aquelasestabelecer.

O problema contábil édemasiadamente específico e aqualidade dos informes envolve sériasresponsabilidades que não devem estarao sabor de alternativas e debilidadesculturais.

Entendo, de forma oposta ao queestá em projeto, que a questão deveaumentar rigores e não abrir portas anormatizações que possam causardanos a todos, inclusive ao próprioPoder Público.

(*) é contador e escritor

Os contabilistas estão entre osprincipais usuários da Rede Governo,o portal que concentra todo oconteúdo de serviços do GovernoFederal (www.redegoverno.gov.br).

A constatação é de uma pesquisada Secretaria de Logística e Tecnologiada Informação, ligada ao Ministério doPlanejamento. A Rede Governo e ossites ComprasNet, GovernoEletrônico, Brasil Transparente eInfraestrutura Brasil são alguns dosprojetos de governança eletrônicaimpulsionados pelo Comitê ExecutivoGoverno Eletrônico, que tem comopresidente o ministro-chefe da CasaCivil, Pedro Parente.

O Portal Rede Governodisponibiliza mais de 800 serviçosinterativos e 4.200 itens de informaçãona esfera federal. O aumento deconteúdo reflete diretamente na

audiência do portal. De setembropara cá o número de páginas vistaspassou de 4 para 16 milhões por

Rede Governo é fonte de informações para contabilistasC F CC F CC F CC F CC F C INTERNETINTERNETINTERNETINTERNETINTERNET

mês. A Rede Governo vai oferecer jáem abril 12 mil links, graças à inclusãode serviços dos estados (São Paulo,

Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande doSul, Pernambuco e Pará) e dasprincipais capitais brasileiras.

PARCERIAS - Boa parte doaumento da audiência da RedeGoverno também se deve às parceriascom os principais portais brasileiros.Uol, IG, Via.Networks, MSN,América Online, Banco do Brasil,ShopFácil, InvestShop e outros 150sites de todo o país instalaram a “Caixade Busca Rede Governo”, que permiteaos usuários desses sites acesso diretoàs informações do governo brasileiro.

O secretário de Logística eTecnologia da Informação, SolonLemos Pinto, fala com entusiasmodessas parcerias: “Este projetorepresenta uma revolução no processode universalização do acesso on-line aserviços de utilidade pública”.

> Antônio Lopes de Sá (*)

Jornal do CFC, abril de 2001 11pág.

C F CC F CC F CC F CC F C EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAEDUCAÇÃO A DISTÂNCIAEDUCAÇÃO A DISTÂNCIAEDUCAÇÃO A DISTÂNCIAEDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Novos conhecimentos com fácil acesso e baixo custo

O CFC não deverá aceitar o registrodos alunos formados pelos cursostécnicos em Contabilidade implantadosrecentemente pelo governo federal.Segundo o coordenador da Comissão deAcompanhamento do Ensino na ÁreaContábil, do Conselho Federal deContabilidade, contador Francisco deAssis Azevedo Guerra, do CRCPB, oscursos aprovados pela Resolução MEC499/99, com 800 (oitocentas) horas-aulae um ano de duração, contrariam a leianterior, que criou os cursos já existentes(com 2.200 horas-aula).

Por essa razão, a Comissão de Ensinodeverá recomendar ao CFC que nãoaceite os registros desses formandos.Também por esbarrarem na legislaçãocontábil, os cursos seqüenciais criadospelo governo federal também não serãoaceitos pelo CFC.

CURSO SEQÜENCIAL - AComissão do CFC ouviu exposição daprofessora Abigail França Ribeiro, deBelo Horizonte – MG, sobre os cursos

seqüenciais, que são de nível superior etêm apenas um ano de duração. Ocontador Guerra achou boa a exposiçãode motivos da professora, mas, reafirmou,que a aceitação do registro desses alunosesbarraria na legislação contábil. “A nossarecomendação é que esses alunos façamum curso de graduação normal se quiseremfazer o Exame de Suficiência”, disseGuerra.

A Comissão de Ensino foi constituídapelo CFC em fevereiro do ano passado,com o objetivo de sugerir adaptações doensino contábil à Lei de Diretrizes e Basesda Educação, do governo federal. AComissão é formada por dois membrosdo CRCSP, dois do CRCRJ, um doCRCMG, um do CRCRS, um doCRCAL e um do CRCPB.

AUDIÊNCIA - O Presidente doConselho Federal de Contabilidade, JoséSerafim Abrantes, tem uma audiênciamarcada com o ministro da Educação,Paulo Renato, no próximo mês de maio.Os assuntos em discussão na Comissão

O Conselho Federal deContabilidade está implantando umprojeto de Educação a Distância (EAD)no Sistema CFC/CRCs com o objetivode ajudar os contabilistas brasileiros aatualizarem seus conhecimentos. Comuma melhor formação profissional, ocontabilista ficará mais apto a conseguirbons empregos. A Educação aDistância faz parte do projeto deEducação Continuada levada a efeitopelo CFC em todas as áreas de atuaçãoda entidade.

A EAD vai oferecer aos profissionaiscontábeis uma melhor qualificaçãotécnica, com fácil acesso e baixo custo.Ainda neste mês de abril, CFC e CRCs,em reunião que está sendo marcada paraBrasília, vão definir quais ostreinamentos que serão oferecidos aoscontabilistas e de que maneira esteserviço será disponibilizado para oprofissional.

GLOBALIZAÇÃO - O fato quegerou a necessidade deste programa foio próprio termômetro do mercadomundial: a economia que a cada dia ficamais globalizada, exigindo doprofissional, de qualquer área, novosconhecimentos, novas experiências. OBrasil ainda não tem a cultura da EAD,mas a tecnologia que chega ao país,vinda de países como a Inglaterra, porexemplo, é fácil de ser assimilada e

implantada. Os ingleses têm aexperiência da EAD desde1971, quando um programadeste tipo foi inaugurado naOpen University (UniversidadeAberta de Londres).

O Ministério da Educaçãojá deu um grande passo nosentido de regulamentar oscursos oferecidos pela EAD.Cinco dispositivos da Lei deDiretrizes e Bases da EducaçãoNacional (Lei 9.394/96) jáoriginaram os Decretos 2.494/98 e 2.561/98 e a Portaria 301/98. Até então, os cursos viaEAD não tinham efeito legal.Agora, a história é diferente eestudantes e profissionais detodo o país já podem sebeneficiar desta forma deensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediaçãode recursos didáticos sistematicamenteorganizados.

ANTENAS PARABÓLICAS -Algumas instituições brasileiras jáoferecem, com o apoio do ConselhoNacional de Educação (MEC), cursosde graduação e até de pós-graduação.Esta também é uma forma de asempresas oferecerem atualização deconhecimentos a seus funcionários semque eles precisem sair da própria

empresa. Inicialmente, a empresaDTCON está instalando antenasparabólicas da EAD na sede do CFC,em Brasília, e em 11 CRCs: Alagoas,Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso,Minas Gerais, Pará, Paraná, RioGrande do Sul, Rondônia, SantaCatarina e São Paulo. Até o final doano, a empresa terá instalado antenasem todos os CRCs do país. A antenatem 90cm de diâmetro e pesa 17

quilos. Para o presidente do CFC, JoséSerafim Abrantes, “com a implantaçãodeste projeto, a classe contábil dá umgrande passo para a mudança da suahistória, e até mesmo de seus clientes.Estamos começando um novo milêniocom o que há de mais novo emtecnologia de educação, quecertamente irá contribuir para dar ànossa classe o apoio e o destaque quemerece”.

Comissão de Ensino analisa cursos criados pelo MEC

ILUSTRAÇÃO

de Ensino do CFC certamente serãorelatados ao ministro da Educação.

O presidente Serafim disse ao Jornaldo CFC que não vai medir esforços parafazer as adaptações necessárias do ensinocontábil à Lei de Diretrizes e Bases da

Educação. As reuniões realizadas pelaComissão de Ensino do Conselho Federalde Contabilidade estão sendoacompanhadas de perto pelo própriopresidente Serafim, já que o trabalho fazparte do programa Educação Continuada.

C F CC F CC F CC F CC F C EDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADA

Reunião da Comissão de Ensino do CFC, em Brasília; nodestaque, o coordenador da Comissão, contador Franciscode Assis Azevedo Guerra, do CRCPB

pág.Jornal do CFC, abril de 2001 12

C F CC F CC F CC F CC F C EXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕES

Galeria de Arte do CFC elabora calendário para 2001A Galeria de Arte do Conselho

Federal de Contabilidade (CFC),inaugurada em 1996, está elaborandoo calendário de exposições para 2001.

A Galeria funciona no segundo eterceiro andares do prédio-sede doCFC, em Brasília, no Setor deAutarquias Sul. Os artistas interessadosem expor os seus trabalhos nesseespaço devem encaminhar, o mais brevepossível, portfólio para apreciação doConselho Curador.

Aprovada a exposição, o CFC cedeo direito de uso da Galeria de Artedurante duas semanas, sem custo algum.

Os artistas selecionados ainda

O contador e professor espanhol JesúsLizcano Álvarez acaba de lançar nomercado o livro “Glossário Ibero-americano de Contabilidade de Gestão”.É mais uma contribuição para facilitar acompreensão de estudantes eprofissionais a respeito de termos comunsutilizados nos países de línguas portuguesae espanhola.

O autor da obra é presidente daComissão de Contabilidade de Gestão daAssociação Espanhola de Contabilidadee Administração de Empresas (AECA) eprofessor catedrático de EconomiaFinanceira e Contabilidade daUniversidade Autônoma de Madri.

Segundo ele, o glossário tem o objetivode promover o conhecimento mútuo entreos diversos países que constituem omundo ibero-americano. As terminaçõese vocábulos presentes no livro são os maissignificativos e os mais utilizados no âmbitoda Contabilidade interna das empresas,com uma explicação detalhada sobre osignificado e o conteúdo de cada um deles.

Os contadores Róbison Gonçalves deCastro e Diana Vaz de Lima lançaram nasede do CFC, em Brasília, no dia 14 demarço, o livro “Contabilidade Pública -Integrando União, Estados e Municípios”,pela Editora Atlas.

A novidade da obra é a linguagemdidática e de fácil assimilação adotadapelos autores. O livro é dirigidoprincipalmente aos estudantesuniversitários. “De um modo geral, alinguagem contábil é um pouco árida. Anossa intenção, com este livro, é ajudaros estudantes a entenderam melhor aquiloque estão estudando”, afirmou Róbison.

Além disso, o livro traz um dicionáriode termos contábeis e, no final de cadacapítulo, um resumo com principais itenstratados.

Outra novidade nesta obra são osíndices para análise de balanços do setorpúblico. “Adotamos uma metodologiaespecífica para que o leitor possa fazeruma leitura mais fácil desses balanços e,assim, poder avaliar, por exemplo, a

recebem apoio logístico, desde amontagem da mostra e confecçãode convites à divulgação doevento na mídia impressa eeletrônica.

Os interessados devem enviaro portfólio de trabalhos no seguinteendereço: SAS Quadra 5 Bloco JEdifício CFC, 9o andar,Departamento de ComunicaçãoSocial, telefone 314-9689.

Vários artistas de renomenacional e internacional jámostraram seus trabalhos naGaleria de Arte do CFC, entre eles,Athos Bulcão e Tarciso Viriato.

Este glossário, explicou o professorÁlvarez, é uma primeira versão básica, queserá ampliada e enriquecida com osurgimento de novas expressõescontábeis. O livro, já nas livrariasbrasileiras, está escrito em espanhol e foieditado pela AECA e AssociaçãoInteramericana de Contabilidade (AIC).

situação financeira de uma prefeitura”,explicou o contador Róbison Gonçalvesde Castro.

O livro foi lançado no auditório doandar térreo do CFC, com a presença decontabilistas do Conselho e de Brasília.Durante lançamento, os autoresexplicaram que o livro está à disposiçãodos interessados em livrarias técnicas detodo o país. Pode ser conseguido tambémpor reembolso postal. Basta ligar para (61)343-1267 ou 343-1397.

Glossário de Contabilidade de Gestão Linguagem didática para o estudante

C F CC F CC F CC F CC F C LANÇAMENTOS

Diana Vaz de Lima e Róbison Gonçalves de Castro

Galeria de Arte do CFC: Calendário

A Associação Interamericana de Contabilidade (AIC) obteve apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID) para o financiamento de projetos vinculados à educação e ao controle de qualidade do trabalho contábil nos 21países latino-americanos associados à AIC. O apoio do BID aos projetos da AIC foi relatado pelo contador IrineuDe Mula, representante do Conselho Federal de Contabilidade no seminário “Um novo olhar sobre o mercado decapitais da América Latina e do Caribe”, promovido pelo BID em Washington – EUA, em fevereiro deste ano.

CONTROLE DE QUALIDADE - Irineu De Mula e o presidente da AIC, o brasileiro AntonioCarlos Nasi, mantiveram audiências com o chefe da Divisão de Infraestrutura e MercadoFinanceiro do BID, Pietro Masci; e com o chefe do Setor de Desenvolvimento e de AuditoriaExterna do banco, Dagoberto Antonio Rodoschi. Segundo De Mula, os diretores do bancoapoiaram os objetivos da AIC “hoje representados pela necessária implementação de umefetivo e uniforme programa de controle de qualidade nos trabalhos dos auditores”.

O contador De Mula explicou ainda que a tramitação do pedido da AIC ao BIDserá acompanhada detalhadamente e as informações sobre a evolução do processo serãodadas, em primeira mão, ao Conselho Federal de Contabilidade.

BID apóia projetos para educação e controle de qualidade da AIC

C F CC F CC F CC F CC F C INVESTIMENTOINVESTIMENTOINVESTIMENTOINVESTIMENTOINVESTIMENTO

Antonio Carlos Nasi, presidente da AICContador Irineu De Mula