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Nº 14 - Set / Out / Nov

Páginas Vazias 14

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Edição 14 do fanzine Páginas Vazias.

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Nº 14 - Set / Out / Nov

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eDitorial14

Salve salve!!! aqui estamos novamente. 6 anos produzindo esse material, aprendendo muito e felizmente, colhendo bons frutos.e mais uma vez trazemos novidades! pra começar, essa é uma edição mais que especial pois tri-plicamos a tiragem, agora 6.000 cópias e passamos o número de páginas de 28 para 40.um salve ao colégio Inei coc e ao festival jambolada que somaram com a gente mais uma vez e proporcionaram essas mudanças.outra novidade é a estréia do nosso site oficial, www.paginasvazias.com.br.agora você poderá ter todas as edições anteriores do zine, além de conferir vídeos, matérias, novidades, fotos, podcast PV, arte e a seção que promete agitar ainda mais o cenário de bandas independentes: Garagem Páginas Vazias. visite o site e saiba como funciona.bem, chega de falar das novidades, é melhor você conferir com seus próprios olhos. Boa leitura! Divirta-se! e visite nosso site! valeu! Marco henriques

Equipe Páginas Vazias: Marco Paulo Henriques - [email protected] Marcelo “Pudim” Marques - [email protected] Henriques - [email protected]

Conecte-se com o Páginas: [email protected] www.myspace.com/paginasvaziaszine www.fotolog.net/paginasvazias

Colaboradores nessa edição: Jambolada, Inei COC, Estéfani Martins, Guilherme Miranda, Eddie, Ana Mogadouro, Eliton Tomasi, Fox Club, Ativa Tattoo, Danilo Brandão, Breno Angelotti, Jaime Metal Vox, Programa 1/4. Capa: Vinícius Zumpano - [email protected]

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- Equipe de profissionais; - Material 100% esterilizado;

- Jóias de padrão internacional.

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Danilo Brandão - 25 anos - Artista e designer gráfico, graduado pela

Universidade Católica de Goiás. Para conhecer mais sobre o artista

e ver mais de suas obras, acesse www.paginasvazias.com.br

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O aumento do consumo de aparelhos celulares e musi-

cais portáteis aponta um novo risco entre adolescentes:

o uso de fones de ouvido com volume acima de 85 dB

(decibéis) que resultam em perda auditiva e sérios

problemas de audição na fase adulta. Um estudo realiza-

do pelo Hospital das Clínicas de São Paulo apontou que

35% dos problemas de audição foram causados pelo uso

excessivo e alto de fones de ouvido de mp3 e IPods.

A organização inglesa Deafness Research, especializada

em problemas de audição, já apontava em 2006 que o

uso de MP3 players vai adiantar em três décadas a perda

de audição dos jovens da atual geração, isso porque o

volume emitido diretamente nos tímpanos chega a 120

dB, valor acima do estipulado pela ISO que é de 85 a 90

dB. Quase metade dos jovens desta pesquisa escutavam

música alta por mais de uma hora por dia, sendo que um

quarto deles ouviam um total de 21 horas por semana.

O uso destes aparelhos e a proximidade a caixas acústi-

cas em show e baladas comprometem a audição e pode

ocasionar problemas no futuro, como a falta de atenção

em sala de aula e, posteriormente, na atuação profis-

sional, pois diversas empresas realizam exames audio-

métricos em seus processos seletivos. O produtor musical

Lou Schmidt já fez audiometria e detectou uma pequena

perda auditiva. “Quando trabalhamos demais em um dia a

tendência é aumentar cada vez mais o volume. Eu controlo

o volume tentando ouvir em um nível que de pra perceber

as freqüências, mas que não seja exagerado”. Os tipos de

fones desses aparelhos portáteis não são os mesmos utiliza-

dos por produtores musicais em estúdios. Estes utilizam um

fone denominado noise cancelling, que elimina ruído e deixa

o som muito mais limpo, logo, não é necessário escutar as

produções em alto volume. “Os jovens não tem noção do quanto pode ser prejudicial

ouvir música no último volume. Ao caminhar pela rua e

passar um rapaz com seu IPod é possível identificar qual

música ele está ouvindo. Meu trabalho depende de uma boa

audição e procuro me policiar, mas nem todos sabem que

com o tempo o rock n’ roll pode nos tornar surdos”, comenta

Marcelo Naral, produtor da Comando S Audio.

Os pais podem ajudar a salvar essa geração MP3, basta

perguntar aos seus filhos se percebem algum zumbido ou se

queixam depois de escutarem altos volumes sonoros.

por Ana Mogadouro - Visar Planejamento - [email protected]

Adolescentes hoje, surdos aos 40!

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LeitURA VALE TUDOO Som e a Fúria de Tim Maia

Neste livro Nelson Motta, jornalista e produtor musical renomado no cenário artístico, nos leva à uma viagem in-crível pela vida de um dos maiores músicos que nosso país já teve. Amigo e fã do rei do funk-soul brasileiro, o autor foi

quem mostrou o poder da voz de Tim Maia ao produzir o dueto Elis Regina e Tim em 1969. Daí pra frente todos já sabem o que o nome Tim Maia significou. O livro nos conta desde o nascimento de Sebastião Rodrigues Maia até o momento de seu último show, de onde teve que ser levado às pressas para o hospital. Com uma linguagem

empolgante, curiosidades são mostradas sem censuras, de um jeito completamente distraído e bem humorado. Entre um “baurete” e outro, que Tim amava, várias histórias e amizades foram feitas e desfeitas a todo o momento. Tudo

Por Marcelo”Pudim”

ao estilo explosivo Maia: “Mais retorno! Mais eco! Mais Grave! Mais agudo! Mais tudo! Mais tu é burro mesmo hein mermão!”. É com esse grito de guerra que Tim passou a vida inteira infernizando gravadoras, empresários, técnicos de som e até namoradas! Chegando a romper com todas as grandes produ-toras e editoras musicais. Todavia, o “gordinho mais simpático da Tijuca” sempre tinha uma saída para tudo, e ao seu estilo, foi um dos primeiros músicos a montar sua própria gravadora, o que lhe deu o direito de controlar sua carreira. Mas as dívidas, processos judiciais e o temperamento Maia, não deixaram os negócios da Seroma Editora Musical fluírem muito bem.Uma leitura fácil, emocionante e cheia de risadas. Vale Tudo - O Som e a Fúrida de Tim Maia, não conta somente a história do “preto gordo e cafageste” Tim Maia. Mas também nos dá uma aula sobre o cenário musical brasileiro e todas as dificuldades, alegrias e tristezas que um músico passa para conseguir chegar ao sucesso. Vale à pena, uma leitura divertidíssima com um final nada feliz.

Editora: Objetiva

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Os festivais sempre tiveram uma importância capital na evolução da música no século XX especialmente. Iniciativas como o Abril pro Rock, o Mada, o Calango, o Jambolada, o Vaca Amarela são ar fresco num mundo poluído por superproduções culturais, mais focadas no invólucro do que no conteúdo. Por outro lado, os festi-vais já tiveram um papel maior, ligado a mudanças nos costumes e nas mentalidades. Quando se fala em festivais de música popu-lar é natural lembrar de Woodstock, Monterey, Wight, Montreaux, Record, FIC entre tantos outros que conformaram em vários as-pectos inclusive a forma como pensamos e agimos. Infelizmente, alguns festivais cruciais para o desenvolvimento da música e da humanidade tem sido esquecidos, dentre eles destaco o de Newport, nos EUA, que, além de ter proporcionado inúmeras apresentações históricas de nomes como Muddy Waters, Billie Holiday, Miles Davis, T-Bone Walker, possibilitou que nos EUA das décadas de 1950 e 1960 ocorresse uma união antes inimaginável de figuras importantes do country music com deuses caídos do blues, como Son House. Festivais como o de Newport estimularam o convívio entre negros e brancos num país, que em grande parte da sua região sul, pade-

cia das chamadas leis “Jim Crow”, muita assemelhadas às orientações ideológicas do “apartheid” sul-africano. Nesse tempo, ver tantos negros sendo aplaudidos e reverencia-dos por uma platéia de maioria branca, além dos encontros entre astros de estilos filhos de uma mesma mãe, mas mui-tas vezes oponentes é a prova de que a música unida a pessoas com idéias bacanas é uma força poderosa. Vivemos um outro tempo, é verdade, em que as fronteiras a serem quebradas por festivais como o Jambolada são fundamentalmente estéticas e de mercado. Isso porque o maior trabalho foi em grande parte feito. Esse é o legado desses tempos de equipamentos precários, de apresenta-ções grandiosas e de fé em um mundo menos babaca e sem graça. Essa é aposta que renovamos simplesmente vindo a eventos de música dita independente, ainda que eu prefira chamar de música dependente... de quê? De quem? De nós que batemos cabeça, que fazemos moshs ou que simplesmente contribuímos com essa nova ordem indo aos shows de nossas bandas preferidas e ficando num canto tomando uma cevinha, vendo uma nova revolução rolar.

Estéfani Martins, professor de Redação e Atualidades do INEICOC, co-ordenador da CCCult, produtor cultural, gaitista da banda Original Urublues Band, palestrante nas áreas de cultura e multimeios.

OuvidosNegroscoluna

Por Estéfani Martins

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INGREDIENTES DYF é: Ávner (vocal), Dicroiz (guitarra), Lucrão (guitarra), Zé (baixo) e João (bateria).

MODO DE PREPARO A banda se formou em 2003, de uma forma muito inocente e sem grandes pretensões. Uma turma que só queria fazer

um barulho na linha de Bad Religion e Dead Fish. Mas com o tempo a parada foi ficando mais séria e hoje estamos com um EP lançado, vários shows dentro e fora de Uberlândia, ensaiando regularmente, compondo e buscando cada vez mais espaço no cenário brasileiro.

MOLHO Ouvimos praticamente tudo relacionado ao rock, mas as principais influências são bandas tradicionais do hardcore como: Satanic Surfers, Garage Fuzz, Strung Out, Reffer, MxPx... Também nos deixamos levar um pouquinho pelos riffs do metal tradicional do Iron Maiden e do metalcore do Haste The Day. Além de bandas como Foo Fighters, Incubus e Thrice.

TEMPERO Sabemos absorver e aplicar todas essas influências em doses certas, dando origem a um som autêntico, sincero e inovador em seu estilo. Trazemos em nossas músicas uma “nova velha” proposta que soa bem aos ouvidos dos fãs de um bom skate rock e hardcore melódico com mensagens positivas.

SOBREMESA Lançamos em abril de 2008, o nosso 1º EP, “Novo Norte”, com 6 faixas e desde então estamos trabalhando na divulgação do mesmo, através da internet e de vários shows que fizemos em Uberlândia e fora daqui. Tivemos algumas resenhas bem legais, inclusive uma com o título “DYF é uma promessa Uberlan-dense”, além da participação no festival Udi Rock Scene III, que contou com bandas de todo o Brasil, dentre elas o Matanza e o Krisiun e atualmente o DYF se prepara para tocar no Festival Jambolada. Para comprar o EP, mande um e-mail pra gente, custa só R$5 e nós damos um jeito de te enviar. Acho que por hoje é só. Hasta!

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Em 2005 um grande passo foi dado na música independente em Uberlândia, a segunda maior cidade do interior mineiro. De lá pra cá o que podemos perceber é um esforço enorme de músicos, produtores musicais, e um grande aumento na profissionalização destes. E um dos principais responsáveis é o Festival Jambolada que chega à sua 4ª edição. E a cada ano fica mais certo que o Jambolada pode ser considerado o maior festival de música independente de Minas Gerais. Dentre os nomes que já passaram pelo festival estão Macaco Bong, Daniel Belleza e os Corações em Fúria, Astronautas, Nação Zumbi, Tom Zé, Ecos Falsos, Vanguart entre outros. Além dos shows, há também ciclos de debates e palestras que oferecem espaço para discutir toda a cena independente em geral. Isso nos dá formas e ações para pensar uma melhor perspectiva

do que está rolando no cenário indepen-dente como um todo. Sendo filiado a Abrafin

(Associação Brasileira de Festivais Independentes) e inte-grante do Circuito Fora do Eixo, onde o objetivo é mostrar ao Brasil que música independe também se faz fora do eixo Rio - São Paulo, o Jambolada se profissionaliza através da soma e da contribuição de todos. A semente plantada pelo festival nasce e dá frutos a cada ano que é feito. O que coloca a cidade de Uberlândia como destaque no mapa brasileiro de música independente. E mais uma vez a organização surpreende, tra-zendo atrações de estilos bem variados e mostrando, de uma forma bem ampla, quais os nomes que merecem destaque no cenário musical nacional. Entre as atrações deste ano estão Ratos de Porão, Mallu Magalhães, Wander Wildner, Cordel do Fogo Encantado, Macaco Bong, Porcas Borboletas, U-Ganga, Krow, DYF e muito mais.

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Nossa equipe bateu um papo com Talles Lopes e Alessandro Carvalho, idealizadores do festival, para saber quais as novidades que o Jambolada prepara para esse ano e o que mudou desde a primeira edição deste evento que já se destaca como um dos mais importantes do país.

Pra começar, como surgiu o Jambolada?O Festival Jambolada nasce num momento em que nós percebemos que tínhamos bons trabalhos artísticos relacio-nados ao cenário independente, mas que estes trabalhos tinham grandes dificuldades em circular. Trabalhávamos como produtores das bandas Porcas Borboletas e Dead Smurfs, respectivamente e resolvemos então criar um festival que serviria como referência de intercâmbio e integração da cena local com as demais cenas nacionais.

E qual tem sido a maior dificuldade para fazer o Jambolada?Num primeiro momento nossa maior dificuldade foi a que assola não só os produtores culturais, mas a população brasi-

leira em sua maioria: grana. Mas além da questão do financia-mento percebemos também como uma série de preconceitos relacionados ao universo da música independente, alternativa ou underground, como você preferir chamar, acabam por criar barreiras consistentes entre os produtores e principalmente a iniciativa privada e a mídia tradicional, que por desconheci-mento acaba fazendo julgamentos desqualificados e não en-tendendo a importância e a força de ações como essa, neste novo momento da produção cultural nacional.

Sobre a Abrafin, qual a importância desse órgão pro evento?Sem dúvida nenhuma participar de uma associação como a Abrafin foi fundamental para os rumos e o crescimento que o

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festival teve desde sua primeira edição. Além da chancela que a entidade dá aos festivais, servindo como um selo de quali-dade que amplia a legitimidade e reconhecimento do mesmo, o mais bacana, sem dúvida nenhuma, é a possibilidade de trocas que a associação possibilita. Conviver ativamente com todos estes guerreiros que lutam pela valorização do cenário independente é uma experiência extremamente enriquece-dora e estimulante.

Sem esquecer do Circuito Fora do Eixo que vem sendo um nome de muita importância no cenário independente.Poucas pessoas sabem, mas a 1ª edição do Jambolada foi fundamental para a construção do Circuito Fora do Eixo. Naquele momento, pela primeira vez a experiência do Espaço Cubo entrava em contato com outras cenas e num bate papo na Univ. Federal de Uberlândia nasceu a idéia. De lá pra cá o Circuito se transformou no maior movimento cultural integrado do país e Uberlândia participa ativamente desta articulação, juntamente com as cidades de Cuiabá e Rio Branco, formando a trinca Fora do Eixo, responsável hoje pelo planejamento nacional das ações do circuito. Ficamos muito felizes em ver iniciativas que se pautam na ação coletiva e cooperação, como é o caso da Abrafin e do Circuito Fora do Eixo, ganharem cada vez mais espaço e resignificarem a lógica de produção cultural em nosso país.

E como funciona o processo de seleção de bandas pro festivall?Sem dúvida nenhuma esta é uma das tarefas mais interes-santes da produção de um festival, ao mesmo tempo que é uma das mais complexas, pois envolve você saber qual o conceito e identidade que quer dar para o lance todo. No Jambolada estas decisões são tomadas em conjunto pelos realizadores, e demandam muita conversa, análise do momento de ban-das e cenários e também de trocas solidárias que acabam sendo estabelecidas em todo este universo. Como Uberlân-dia e o estado de Minas Gerais são caracterizados por uma grande diversidade cultural, o festival Jambolada busca tam-bém adotar este princípio para compor sua escalação, o que acaba sendo um diferencial importante e que já vem começan-do a fazer escola. Neste ano, além da diversidade dentro do próprio universo do rock, teremos samba, hip hop, soul, funk, música instrumental, e uma série de ações que exploram outras expressões artísticas como cinema, moda e artes visuais.

E Uberlândia? O que vocês tem a dizer sobre o cenário independente da cidade? O cenário independente em Uberlândia cresce a passos largos nestes últimos anos e hoje podemos falar que já nos colocamos como um dos principais entrepostos desta nova lógica de produção em todo o país. Além do Jambolada, que já é hoje uma

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referência nacional, o movimento recente de nascimento dos coletivos locais, como é o caso do Goma (www.gomacultura.org) e do Valvulado (www.valvulado.org), criam um ambiente de ação cotidiana em prol desta cena e complementa todo o processo que envolve o Jambolada. O Valvulado “cultura amplificada” é também um selo musical “ Valvulado Discos” que disponibiliza no seu site ep’s virtuais de bandas de Uber-lândia e região e realiza no primeiro semestre o Festival Udi-rockscene. Há o Goma, que foi inaugurado em dezembro de 2007 e já recebeu 150 shows em 7 meses, com a participação de artistas de todas as regiões do país e o mais impressio-nante, com apresentação de mais de 50 nomes da cena local. O coletivo também realiza o Festival Goma no primeiro semestre. Estes números demonstram a força da cidade e das pessoas que trabalham pela cena local, já que o Goma trabalha em parceria com a maioria dos produtores indepen-dentes de nossa cidade.

Sites como MySpace e Trama Virtual ajudam bastante as bandas e ao mesmo tempo geram uma dificuldade já que o volume de artistas é muito alto. O que vocês acham disso?Esta dificuldade faz parte desta nova realidade que é justa-mente marcada pela ampliação dos espaços que podem ser ocupados nos dias de hoje. Como o volume é cada vez

maior não basta você estar integrado simplesmente, é pre-ciso criar mecanismo que levem a sua visualização, ou seja, é necessário ter diferencial e foco de trabalho. Se antes o grande gargalho era ser escolhido por uma grande gravadora, hoje este gargalho está nesta necessidade de se diferenciar nesta imensidão, fato que só ocorre quando você consegue aliar qualidade com muito trabalho.

E o Mp3? Acham que esse é realmente o futuro da música?O cd não vai acabar assim como o vinil não deixou de existir com a criação do cd, o que acontece é que existe uma recon-figuração da importância e papéis para as mídias, o Mp3 é um arquivo digital otimizado para internet, e vinculado a canais de distribuição tem grande importância para divulgação dos trabalhos de novos artistas. Hoje vemos a importância do Myspace em revelar a nova mísica brasileira, papel que antes era exercido pelas rádios. Entendemos que o cd vai ter um outro significado na cadeia produtiva da música, passa a ser um ítem de divulgação mais dirigida e de comercialização em menor escala, é para quem já tenha tinha tido contato com o mp3 e passa a ter o cd como item de colecionador, para quem realmente quer ter o produto físico nas mãos.

www.jambolada.com.br

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PROGRAMACAO

Palco 1

WANDER WILDNER(RS) 00H

CORDEL DO FOGO

ENCANTADo(PE) 1:45H

DCV(URA-MG) 20h

VANDALUZ(PTM-MG) 23h

LINHA DURA(MT) 21h

METAL

CARNAGE(UDI-MG) 22h

Palco 2

DYF(UDI-MG) 20:30h

U-GANGA(URA-MG) 21:30h

CAROLINA DIZ(BH-MG) 22:30h

SICK SICK SINNERS(PR) 23:30h

MACACO BONG(MT) 01h

SEXTA - 12/09 - Acropole

SABADO - 13/09 - AcropolePalco 1

TRANSMISSOR(BH-MG) 20h

KROW(UDI-MG) 21h

MALLUMAGALHAES

(SP) 23h

PORCAS BORBOLETAS

(UDI-MG) 0:30h

Palco 2

GALINHA PRETA(DF) 20:30h

JUANNABARBERA(UDI-MG) 21:30h

DIEGO DE MORAESE O SINDICATO

(GO) 00h

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SABADO - 13/09 - AcropolePalco 1

KROW(UDI-MG) 21h DISSIDENTE

(UDI-MG) 22h

PORCAS BORBOLETAS

(UDI-MG) 0:30h

RATOS DE PORAO(SP) 1:45h

Palco 2

JUANNABARBERA(UDI-MG) 21:30h

ENNE(BH-MG) 22:30h

MADAME SATTAN(PA) 01h

DOMINGO - 07/09 - Praça Sérgio Pacheco

DORA GROSSI(UDI-MG) 13h

LUIZ MELODIA(RJ) 15h

DOMINGO - 14/09 - CC UFU Sta. Monica

OPHELIA AND

THE THREE(UDI-MG) 17h

FILOMEDUSA(AC) 18h

RENEGADO(BH) 19h

ALINE CALIXTO

E ETERNA CHAMA(BH/UDI-MG) 20h

MARKUS RIBAS(BH-MG) 21h

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Excelente a iniciativa deste documen-tário que traça um panorama interes-sante sobre a evolução do gênero, suas raízes na musica clássica (e posteriormente no blues) até chegar ao extremismo de hoje em dia. Entre as várias entrevistas destaco a com Toni Iommi (Black Sabbath - com certeza o “pai da criança”), Bruce Dickson (Iron

Maiden), Ronnie Dio (em duas partes), Lemmy (Motorhead), Tom Araya e Kerry King (Slayer), Dee Snider (Twisted Sister) e o impagável e insano papo com a banda norueguesa de black metal Mayhem no backstage do Festival “Wacken” na Alemanha (o paraíso para qualquer headbanger que se preze). O ecletismo do metal se faz presente na grande variedade de pessoas entrevistadas (indo desde Korn até Gorgoroth, do glam ao death metal) e nos focos do autor, que sabiamente fez árvores gene-alógicas de cada subdivisão do estilo (ou quase, já que o funk metal de Mordred, Scatterbrain, Scat Opera etc...foi esquecido), o que torna o material em questão interessante tanto pra galera mais old school quanto para quem está se iniciando no universo metálico. De negativo eu citaria

METAL– A HEADBANGER´S JOURNEY

Diretor: Sam Dunn

a falta de informações sobre a cena brasileira que só teve menção ao Sepultura e uma pequena referência ao Sarcófago (na parte onde falam do mercado que envolve a cena, com zines, distros, etc...), o que con-venhamos é muito pouco haja visto a relevância do metal tupiniquim em todo mundo. Em todo caso item obrigatório para qualquer um que se diga apaixonado pelo estilo de música mais legal do planeta. Estão rolando informações de uma segunda parte e espero que dessa vez o pessoal não se esqueça da América Latina, em especial nosso querido país que a muito é uma potência do metal mundial. Por Manu Henriques

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UberlândiaÉ nossa terceira vez aqui. Nós tocamos em 2005 no Estação Cultura, com os Uberlandenses do Porcas Borboletas, no lan-çamento do livro do Danislau, vocalista do Porcas. E no ano passado tocamos no Festival Jambolada.

Cada show aquiOs três shows foram bem distintos. Ter vindo tocar na UFU (Universidade Fed. de Uberlândia) hoje foi bem especial, ficamos hospedados na Amarelinha (casa do pessoal do Porcas). Já no Jambolada a gente tocou meio tarde, estáva-mos meio mal...mas o de hoje foi bem especial, ao ar livre, um clima legal.

Semáforo (novo clip da banda)Semáforo pra mim é uma música muito séria, tem um significado bem sério. E no clip a gente tentou quebrar isso. As pessoas acham que é lúdico, e não é...mas realmente acabou ficando meio lúdico para o público.

FuturoNessa semana a gente ainda toca em Belo Horizonte, na quinta-feira. Minas né velho, Minas Gerais é balada!. E depois vamos pra São Paulo. Estamos preparando o lançamento de um EP pra Setembro, só virtual, com 5 músicas inéditas. E depois lançar um disco no ano que vem, que não sabemos ainda como vai ser.

Cuiabá atualmente possui um dos cenários independentes mais fortes e organizados do país e algumas bandas tem parcela totalmente importante nisso. É o caso do Vanguart, já conhecida no cenário nacional e apon-

tada como uma das revelações da música independente. A banda acaba de lançar um novo vídeo clipe e está concorrendo no VMB como banda revelação. Em sua passagem por Uberlândia, Helio Flanders (voz/violão) trocou uma idéia com o Páginas Vazias após o show. Jogo rápido!

www.myspace.com/vanguart

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www.paginasvazias.com.br

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Os dias estão mais curtos. Falta tempo pra tudo. Trabalhar mais, estudar mais, namorar mais, se divertir mais. Estamos sempre voando contra o tempo e nunca conseguimos realizar tudo o que planejamos. Há sempre um compromisso pendente. Antes isso acontecia somente com a população das grandes metrópoles, mas esse vai-e-vem frenético parece que hoje é um mal que assola toda raça humana, seja em Brasília, numa típica cidadezinha sulista dos Estados Unidos, na sofisticada Paris ou mesmo no oriente. Aliás, até os indianos parecem não ter resistido aos impulsos do “tudo-ao-mesmo-tempo-agora”. Mesmo eles, um povo espiritualizado, bem centrado e mestres nas práticas de meditação. A capital Nova Deli hoje consegue ser tão ou mais caótica que Nova Iorque, por exemplo. Segundo os próprios hindus, vivemos na era de ferro chama-da por eles em sânscrito como Kali-Yuga. Também conhecida como A Era de Kali – Deusa da Morte – esses são tempos turbulentos, de muitas catástrofes, mortes e um completo

Era das BugigangasPor Eliton Tomasi

desvio do caminho de boa fortuna. Nessa era o povo se distan-ciou por completo dos valores espirituais e religiosos e vive numa espécie de sono profundo, iludido pelas coisas superficiais da e x i s t ê n c i a humana e desatentos quanto à f rag i l idade de nossas próprias vi-das. A razão da existên-cia se limita aos padrões sociais impostos – trabalho, matrimônio, filhos e acúmulo de riquezas materiais. O homem finge que a morte não existe e acredita viver “feliz para sempre” dentro de um ciclo imperma-nente de existência. Essa “falta de tempo” é justamente um sintoma que caracteriza

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o homem na Era de Kali. Estamos destituídos de um sentido altruísta para a vida e acabamos por buscar felicidade em coi-sas e afazeres diversos. A maioria devota-se exclusivamente ao ofício. A sua felicidade é inerente ao sucesso profissional e a pessoa sacrifica tudo para alcançar sua meta. Trabalha sempre dobrado, abre mão dos finais de semana, férias, deixa de acompanhar o próprio crescimento dos filhos que, pra ele, “são a razão do árduo trabalhar”. Às vezes até abre mão da vida sexual, já que está sempre cansado e sem tanta disposição para o relacionamento a dois, obrigando o par-ceiro ou a parceria a satisfazer suas necessidades sexuais fora do matrimônio. Quando essa pessoa percebe, os filhos já cresceram e saíram de casa, a(o) parceira(o) está vivendo com outro e ela cai doente numa cama para viver seus últimos dias de vida. Após a morte, a riqueza acumulada permanece para gerar conflito entre os herdeiros gananciosos que nem mais se lembram de quem foi a pessoa que as acumulou. Ao contrário desse tipo de pessoa, há outra que também vive correndo contra o tempo. Mas ao contrário da primeira, essa outra não quer devotar todo o seu tempo – e um pouco mais - ao trabalho, mas sim a uma completa vida hedonista. Trabalha o mínimo para gozar o máximo. Isso quando não procura se apropriar da boa condição alheia para seu próprio proveito. Para essa classe de pessoas, o matrimonio e a

família não servem como desculpa para uma vida desprovida de sentido altruísta, isso porque raramente essa pessoa quer constituir ou se preocupa com a condição familiar, ela vive irresponsavelmente e não se sente envergonhada por isso. Se precisar, até viola os direitos conquistados honestamente pelo homem – quantas pessoas aqui no Brasil, por exemplo, não vivem ás custas de instituições como o INSS estando comple-tamente aptas para o ofício? – e passam sua vida gozando e gozando, cada vez mais, não sobrando tempo para os valores existenciais. No mundo globalizado as classes de pessoas e gêneros de vida são infinitos. Apesar das discrepâncias, todas são iguais no sentido de que vivem pensando que são imortais. A morte só acontece com o vizinho e elas não precisam se preocupar com isso. A irresponsabilidade existencial é disfarçada com ditados infames como “a gente vai morrer mesmo, então vamos aproveitar”, que não passa de um medo disfarçado de dizer “a gente vai morrer mesmo, qual o sentido disso tudo?”. O questionamento gera dúvida, dúvida requer solução e solução implica em mudança. É muito esforço para o homem da Kali Yuga, e por isso ele prefere tapar seus olhos. Ao invés de procurar por uma resposta ao problema evidente, ele prefere simplesmente fingir que o problema não existe. Mas esse “problema” vive nos rodeando, mesmo que o homem queira

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negá-lo, sempre chega a hora de olhar em seus olhos. É quando o homem se comporta como uma criança que ganha um pirulito do médico ao procurar abrigo num carro novo, numa namorada nova, um churrasco com os amigos talvez, ou seria melhor fazer um novo filho? Uma nova facul-dade? Quem sabe um novo corte de cabelo ou seria melhor montar uma banda de rock’n’roll? Tudo é valido para esque-cer os problemas, menos enfrentá-los. A fuga da verdade é que faz o homem não ter tempo. Ele está sempre correndo da verdade e não pode parar. A cada 1 “não” que diz à Vida e a tudo que ela contempla, ele diz 10 “sim” às várias coisas e afazeres fugitivos para as quais acaba devotando todo seu tempo. E ele continua correndo... Diz que pensar na morte ou na impermanência da vida é viver negativamente, pessimistamente. Ele prefere “viver a vida intensamente”, mas ele vive tanto “na correria”, sempre muito ocupado com as bugigangas que comprou ou com os compromissos inúteis que criou, que de intenso a sua vida não tem nada. Como viver intensamente se falta tempo para um simples respirar profundo? Ele corre, corre e não encon-tra nada, muito menos felicidade. Só cansa (risos). Viver a vida intensamente é aceitá-la em sua plenitude, é dizer SIM a vida. E dizer sim a vida é também dizer sim a morte, já que uma é inerente a outra. Não se vive sem morrer

Este texto é baseado nos ensinamentos de Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) e Sua Divina Graça Swami Prabhupada.

Eliton Tomasi é produtor cultural e crítico musical, diretor da SOM DO DARMA Produção e Comunicação em Cultura que presta serviços de empresariamento, booking e assessoria de imprensa para bandas e músicos independentes, entre eles U-Ganga, Lumina, Apocalypse e Hellish War. Contatos: [email protected] – www.somdodarma.com.brCrédito Imagens: Reprodução

e não se morre sem viver. Tampouco se conhece o verdadeiro viver eterno sem que seja preciso o definitivo morrer pra tudo o que é passageiro. É preciso encarar todas as circunstâncias da vida como um nobre guerreiro. Que espadas sejam empunhadas.

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Uma visão totalmente pessoal da cena rock no Triângulo Mineiro (1980 - 2008) - Parte 7 Capítulo 20 – Ganga Zumba

Eu estava morando no Flat Universitário inicialmente com um camarada de Araguari chamado Grilo e depois sozinho. Nessa época comecei a me interessar por artes marciais e esportes em geral, e digo que foi uma excelente escolha pois no ritmo insano de baladas que eu estava indo as coisas não poderiam acabar bem. Comecei com a capoeira (no grupo Liberdade – Uberaba) onde fiquei por dois anos e meio, depois migrando pro jiu-jitsu (Castro, Pantera e por fim Atleta Gym), onde fiquei por 8 anos. Passei a seguir uma alimentação livre de carnes, deixei química e destilados de lado (opção que mantenho até hoje) e raspei a “outrora” vasta cabeleira (mas não virei straight-edge ou algo parecido, mesmo que simpatize com algumas idéias). Contudo acho que a mais importante mudan-ça foi conhecer o raja yoga por intermédio do centro Brahma Kumaris de Araguari. Sempre fui uma pessoa ansiosa e sabia que isso não era bom, as vezes tenho dificuldades em lidar com certas situações de maneira focada e calma e isso é uma merda! Digamos que não sou nenhum Dalai Lamma hoje em

dia mas esse simples porém decisivo passo com certeza me tornou alguém mais aturável (lembrando que espiritualidade NÃO é religião). Por intermédio dos esportes e do rock’n’roll conheci um calouro da arquitetura chamado Leopoldo “Leospa” Cortes, um pirado de Uberlândia que era praticante de capoeira no grupo do finado Mestre Corisco e acabara de chegar em Uberaba pra estudar (ao menos na teoria era isso). Logo uma grande amizade começava a se formar e renderia frutos. Uma das primeiras vezes que conversamos foi quando nos encontramos em Sampa no Hollywood Rock mais foda de todos: Alice In Chains, Nirvana, Red Hot Chilli Peppers, L7, De Falla e Dr. Sin (Tá, teve Bikini Cavadão tam-bém, mas não dei a mínima...). Putz, pouco tempo depois disso o Kurt se suicidaria e mais a frente o Layne Stanley também bateria as botas devido ao vício em heroína... O rock (assim como tudo na vida) tem esse lado de “perdas e ganhos” e agradeço até hoje por ter presenciado esse evento histórico. Nos encontramos na fila para entrar no Morumbi,

Por Manu Henriques

O Som do Bico da Galinha

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eu tinha ido com uns camaradas de Araguari e ele com seu irmão Lucas, e no papo cogitamos fazer um som juntos. O Leospa nunca tinha cantado em bandas e estava na pilha pra montar a primeira, e por termos gostos musicais pare-cidos combinamos de fazer um som quando voltássemos a Uberaba. Assim foi feito. As coisas estavam bem devagar no Nuts já que todos tocavam em outras bandas e decidi fazer o mesmo, montar meu projeto paralelo pra não enferrujar. Para completar a formação chamamos o Edinho (guitarra - Seu Ju-venal, então tocando no D.O.T.) que tinha uma pegada foda e idéias similares as nossas. Com esses três montamos o núcleo do projeto que depois foi completado pelo Gustavo (Dibadá) na segunda guita, o César (irmão do Gustavo) no baixo e o Renato (Seu Juvenal, ex-D.O.T. e irmão do Edinho) na percussão. Só faltava o nome e a idéia veio do Leospa: Ganga Zumba, Rei de Palmares. O fato deste personagem (tio de Zumbi) ter sido mais focado na ciência e na paz do que seu sobrinho (que a bem da verdade pôs tudo a perder) nos inspirou mais ainda em usá-lo como nome da banda, que faria sua estréia um mês após o primeiro ensaio. Nes-sa época rolavam vários grupos tocando na galeria Souk Marrakesh em Uberaba e fomos convidados para tocar num sábado. Tínhamos somente 5 sons no repertório, um era um esboço de música (que misturava uma ladainha de capoeira

com hardcore, bem antes do Catapulta da Bahia), e 4 covers: Butthole Surfers, Rollins Band, Fugazi e Rage Against The Machine (sendo que essas 3 últimas seriam influências decisi-vas para o som que o Ganga Zumba / U-Ganga viria a fazer), e foi o que tocamos. Para aumentar um pouco o repertório o Leospa declamou um poema e fizemos uma jam no final do Fugazi que nos rendeu mais uns 5 minutos no mínimo hahahaha. Várias pes-soas estavam presentes neste dia como o Léo Punk (radialista), os dj´s Junão e Putz, o Paulo Moratelli (futuro vocal do Nuts), entre outros parceiros que somariam com a banda de maneira muito forte num futuro próximo. Mesmo com uma platéia digamos “um pouco comportada pro repertório” foi uma boa estréia e considero o start pro que veio a se tornar efetivamente o U-Ganga 15 anos depois. Com o Nuts parado o Ganga Zumba foi uma novidade muito bem vinda.

Capítulo 21 - Caos no Circo do Povo

Comecei a ter contato com os punks de Uberaba atrávés do Sid e do Lukão que colaram na “Casa Do Som” pra trocar uma idéia

Edinho - Ganga Zumba

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logo que cheguei de Araguari em 91. Já conhecia algumas bandas da cidade como Krofader, Rosa Negra, Alkimia, Sco-ria, Fog mas a primeira (e talvez mais emblemática) banda punk local que tive contato foi o Kaostrofobia, formada pelo Sid nos vocais (hoje jornalista em Sampa), Lukão na bateria (que era meu colega no curso de arquitetura), o artista plás-tico Mizac (Guitarra) e Sandro “Goiabada” (baixo, que depois entraria na política). Lembro de ver uma apresentação dos caras no Circo do Povo que foi clássica. O Circo Do Povo é um projeto que rola em Uberaba com uma lona itinerante, cada mês num bairro, com apresentações gratuitas para as comunidades de baixa renda. Uma boa idéia mas muito mal explorada, infelizmente. Pois bem, no dia que eles tocaram rolaram antes 3 duplas sertanejas (!!!) e o Kaostrofobia encerraria o evento. Nos intervalos rolava o palhaço Farofa que vinha pulando no palco e falava: “Ê pessoaaal!!! Daqui a pouco, banda KAOS-TRO-FO-BIAAAAA!!!”. Hahahaha, muito insano! Rolaram as duplas na boa, com um público em sua grande maioria formado por populares (famílias in-teiras que haviam saído de casa para um pouco de diversão e cultura grátis), e por alguns punks, entre eles o Kiko e o Perón (ambos ex-A.I.P., outra banda punk de Uberaba) e o Diamantino (DCV). O Kaostrofobia era composto por pes-soas que não sabiam nada, ou quase nada sobre seus intru-

mentos, (o Lukão com certeza foi um dos piores bateristas que já vi na vida) e o resultado só poderia ser caos sonoro total na mais pura escola anti-música de bandas como Attack Epilético, Brigada Do Ódio entre outras. Quando deram o primeiro acorde desafinado e o Sid começou a berrar era só gente vazando pra tudo que é lado, enquanto 5 ou 6 caras faziam levantar poeira numa roda de pogo na frente do palco. Eu e o Tobé (cartunista, outro parceiro da arquitetura) lamentamos até hoje não termos tirado ao menos uma mísera foto desse histórico dia! Logo na terceira música o cara do som, que já estava na maior cara de merda, corta a energia e fica só a batera descompassada do Lukão naquele tistumpá-tistumpá-tistumpá... Ele resistiu brava-mente por algum tempo enquanto o Sid continuava gritando a letra sem dar a mínima (e sem largar o microfone) e os outros dois mandavam todos se foder com o tradicional dedo do meio em riste. Com certeza um clássico show punk do sertão da farinha podre!!!

Capítulo 22- Tríade e a improvável estréia do Nuts

Com a banda principal indo no banho-maria e os ensaios do Ganga Zumba rolando quando dava, com certeza sobraria tempo pra mais som e isso viria com um convite do Walley (ex-Reticências) para uma nova empreitada musical. Mesmo não estando tão animado para outros projetos não poderia perder a

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chance de voltar a tocar com uma das minhas maiores influên-cias. O Reticências foi sem sombra de dúvida uma das bandas mais legais e injustiçadas de Minas, os caras já eram stoner em 84, antes do termo existir. Zé “Cueca” Roberto na guitarra, Walley no baixo e vocal, Vaguinho no vocal e Zé Carlos na batera (depois substituído por Leandro “Boy”), que banda foda! Como disse no primeiro capítulo é uma pena que não tenham registrado sequer uma demo. Voltando a década de noventa, o Walley (que morava em Uberlândia) estava querendo dar con-tinuidade a proposta do antigo grupo e batizou a nova banda de Tríade, que segundo ele era uma referência à tríade paz, amor e rock’n’roll (ligação direta com o “Reticências..”?). Pra deixar a coisa ainda mais dentro do contexto optamos pelo formato de power trio, ao menos no começo. Inicialmente o André Cabelo tocaria a guitarra, ficando o Walley no baixo e vocal e eu na batera, mas devido ao estilo das composições do Walley pedirem um guitarrista mais técnico o Jorginho acabou cuidando das 6 cordas e o Cabelo foi se dedicar ao seu outro grupo, o Mickey Mouse Exterminator (onde também tocou o Edinho). O Tríade ensaiava em Uberlândia na sala da casa do Walley, primeiro no bairro Saraiva e depois no Santa Mônica, perto da UFU. Na verdade fizemos somente alguns ensaios com essa formação pois ficava muito complicado pro Jorginho vir de Araxá pra ensaiar em Uberlândia, ainda mais com os

outros projetos que ele tinha e que lhe rendiam uma grana. Resultado? Saiu. Pro lugar dele veio um cara de Patrocínio que havia mudado pra Uberaba, o Cristiano, vulgo “Branco”. O Branco morava numa pensão em Uberaba e tava metendo as caras na música a contra gosto da família que queria que ele estudasse medicina. Ele tocava legal e acabou entrando na banda, descolando de cara uma data para tocarmos em sua cidade no Rock House Festival, organizado por uma loja de mesmo nome que vendia cds de metal em Patrocínio e hoje infelizmente acabou (tanto a loja quanto o festival). Pouco an-tes desse show o Leospa entraria na banda dividindo os vocais com o Walley, ficando o Tríade agora como um quarteto. Com essa formação fomos à Patrocínio optando por tocar somente uma música já que o Leospa tinha acabado de entrar. Isso mesmo, subimos no palco para tocar UMA música (de 5:40 min.) chamada “Missing A Feeling”, um rockão a lá Sabbath com vocais mais punks que foi muito bem recebido pela galera presente. O detalhe inusitado é que o pessoal da organização trocou as bolas e colocou o nome do Nuts no cartaz ao invés de Tríade, fazendo do show no Rock House a estréia do Nuts, mesmo que totalmente fora do planejado. Pra tudo ficar ainda mais estranho o Branco havia feito plástica no nariz (que mes-mo assim continuava grande) e tava com umas olheiras ner-vosas hahahaha. O pior é que por causa disso o cara ganhou

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o apelido de Cadáver hahahaha (na verdade o Branco com olheiras era quase um corpse paint). Esse festival foi muito foda, rolaram ônibus de várias cidades, de Araguari vieram as bandas Fear Of Death e Vovó Miséria, veio gente de Goiânia, Uberlândia, Patos de Minas, Catalão, e como o festival rolou numa praça cercada de bares a mesma ficou lotada. O mais legal é que meus pais vieram de Guimarânia (cidade onde moravam na época) para me encontrar juntamente com meu irmão do meio João César, e levaram o Marco (meu irmão mais novo e hoje baterista do U-Ganga) e um primo de Goiânia para curtirem o festival. Qual foi minha surpresa ao constatar que aqueles moleques estavam virando roqueiros de responsa! Nem poderia imaginar que hoje em dia estaríamos correndo juntos na música, no zine e em outras trocentas coisas. “Ces’t la vie”, ou algo assim...

Leospa, Branco, Manu, Marco Paulo e Lucas (Rock House Festival – Patrocínio)

* Manu Henriques é arquiteto, gestor ambiental e toca nas bandas U-Ganga e Angel Butcher. Ah! E é fanático por queijo!

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Muito maior do que esperávamos, e muito maior do que se possa imaginar. Pessoas de todas as idades param o Barão na rua para parabenizar o programa. Até eu (MP) sou reconhecido mesmo sem aparecer.

Se pudessem escolher 3 convidados para irem ao programa, quais seriam?Silvio Santos, Ramones e Grande Othelo.

O espaço na mídia para a cultura alternativa independente em geral está crescendo. Concordam?Claro, se formos pensar em alguns anos atrás, esse espaço praticamente inexistia. Não existia união. Era um querendo derrubar o outro. Ultimamente tenho percebido que essa briga tem acabado, parcerias estão sendo formadas, bandas e artistas estão se ajudando. Isso é muito legal e tem dado certo.

E os projetos do 1/4 para o futuro?Chegar à MTV (risos). Brincadeira. Nossa meta daqui pra frente é profissionalizar ainda mais o programa, dedicando mais tempo a ele. Todos nós trabalhamos em outros lugares e não temos muito tempo pra nos dedicar ao programa. Agora que os primeiros frutos estão sendo colhidos, resolvemos por o programa como prioridade e correr atrás de parceiros que viabilizem essa profissionalização.

Especial PROGRAMA 1/4Uberlândia atualmente possui um espaço na tv voltado para pessoas envolvidas com o meio independente,

sejam elas artistas, atores, bandas, cantores... Estamos falando do Programa 1/4, uma idéia muito legal que

vem crescendo e dando o que falar na cidade e região. Aqui você confere um bate-papo com o produtor

e idealizador do 1/4, Marco Paulo, e fica sabendo um pouco mais sobre essa iniciativa. Antene-se!

Como surgiu a idéia do programa?Surgiu a cerca de 4 a 5 anos atrás, com a idéia de criar algo divertido, com o intuito de dar espaço para bandas, atletas e artistas independentes da região.

E o que mudou do surgimento do programa até hoje? A ideia básica de trabalhar apenas com o segmento de rock e tribos alter-nativas foi substituída pela profissionalização do programa, trabalhando com o real público jovem que possui acesso ao canal. Para nossa surpresa, os programas que menos gostaríamos de fazer (bandas de pagode e ser-tanejo) foram super divertidos e tiveram as melhores repercussões. Fazer o quê né? Estamos em Uberlândia.

Qual a entrevista mais divertida que já rolou no programa? E a pior?Por incrivel que pareça a mais divertida foi com a dupla Marco e Mario, pois os caras são figuras super divertidas, levaram tudo na brincadeira e ainda brincaram com o Barão (apresentador). Entrevistas chatas tiveram algumas, não pelo assunto dito, mas talvez pela timidez do entrevistado ou em alguns casos pelo excesso de estrelismo do mesmo...prefiro não citar nomes.

Como tem sido a receptividade por parte do público? www.umquarto.com

por Marco Henriques

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1349 --- Hellfire (2008) --- Parece muito simples, se falarmos apenas black metal e considerarmos a varie-dade de bandas que se encaixam no estilo. Eles não parecem com muita coisa nova, apesar da brutalidade moderna embasada na crueza old school dos grandes mestres. Mas o 1349 conseguiu aliar uma produção clara portando aqueles timbres característicos do black metal, com tudo audível bem na sua cara. Composições brutais, geladas, apoiadas na pegada insana dos instrumentistas. Temos blast-beats em profusão, muitos momentos black’n’roll, e alguns mais cadenciados. A presença de Frost (Satyricon) na bateria garante a destruição correta para seus ouvidos. Cada letra evoca um cenário diferente de discórdia com a realidade vigente, questionada de forma inteligente através dos temas obscuros. Considero esse um ótimo disco para se ouvir por inteiro. Mas já vou avisando pros escoteiros passarem longe, podem ir tomar o leitinho quente ouvindo Helloween. por Breno Angelotti ([email protected])

ALBERT HAMMOND JR. --- Cómo Te LLama (2008) --- Ao contrário do que disse sobre o disco anterior do Albert, este não termina nunca. É um disco chato, sem sal, sujo às vezes, e ainda conta com uma música instrumental enorme e insuportável pra piorar. Ele tentou experimentar coisas novas para este álbum, isso é evidente, grande erro, estava bem melhor antes disso. Enfim, Cómo Te LLama é um fracasso. Você não precisa ficar triste por isso, existem muitos outros artistas lançando discos bons no mercado, talvez você tenha que procurar um pouco, talvez deva simplesmente acatar meu conselho e ouvir o disco solo de Jakob Dylan (Wallflowers) intitulado Seeing Things, um disco muito simples e agradável, é o que posso recomendar hoje. por Eddie ([email protected])

PLASTIC FIRE --- Existência Parcial (2008) --- A banda carioca Plastic Fire está lançando seu primeiro EP e com ele um futuro promissor. Com um hard core melódico bem trabalhado, a banda aparece no cenário com muita garra e determinação para mostrar um som que nos faz lembrar bandas de punk rock e hc melodico como: Nofx, Hot Water Music, Reffer, Dead Fish, etc... A melodia se destaca pelos riffs e letras que ficam na cabeça logo quando você escuta pela primeira vez. O EP tem 7 faixas e é difícil selecionar uma música em especial, devido a alta qualidade que os hermanos do “Rio de Janeiro, cidade hard core” tem a mostrar neste trabalho. Fique ligado ao ouvir o nome Plastic Fire, a galera é responsa! por Marcelo Pudim ([email protected])

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RESENHASRESENHASRESENHAsresenhasRESENHASRESENHASRESENHASFLASHOVER --- Superior (2008) --- Rápido e ríspido. É assim que se inicia o novo disco do Flashover, banda que tem uma longa estrada e conta com um público cativo e fiel. O play começa com uma batera nervosa, vocal furioso, insano, e guitarras que entram na cabeça como um tiro. Superior com certeza é um grande lançamento, conta com excelente produção e figura entre os melhores lançamentos destes que contribuíram e continuam acrescentando muito ao cenário metal nacional. por Guilherme Miranda ([email protected])

TENEBRYS --- Mundano (2008) --- Após dez anos a Tenebrys finalmente consegue lançar um registro oficial de sua tenebrosa e melancólica musicalidade. O EP “Mundano” não teve o suporte de nenhuma gravadora e foi lançado de forma independente, um procedimento que na humilde opinião deste redator é a melhor forma nos dias de hoje, de downloads e pouca compra de cds. No track list temos cinco músicas, todas calcadas num doom metal que me lembrou de imediato a produtiva e criativa fase que os nossos patrícios lusitanos do Moonspell tiveram num passado não muito distante. Mas não pense também de imediato que estou afirmando que o Tenebrys é um “clone” do Moonspell, mas é indubitavelmente sua maior influência e como tal posso afirmar categoricamente que a Tenebrys soube “sorver” o melhor desta benéfica influência. Destaco a “The Murderous” como a melhor música do cd, e também “Buried Alive”, onde a banda soube com bastante sutileza introduzir um trio de cordas que deu um colorido a mais na música. Em suma caros leitores, temos aqui mais uma excelente banda brasileira que merece nosso respeito! Por Jaime - Metal Vox ([email protected])

SEU JUVENAL --- Caixa Preta (2008) --- Um das bandas mais importantes da cena mineira atual está de cd novo! Em seu segundo trabalho o agora quarteto (mais o colaborador Léo Brasil) Seu Juvenal apresenta um trabalho ainda superior ao excelente Guitarra De Pau Seco (2004). Todo produzido pela banda o novo cd mostra um grupo mais conciso, pesado e direto, mesmo que a veia experimental da banda esteja intacta. Da psicodelia de “Passarins” (que já tem video rolando no YouTube) ao peso de “Atro”, passando pela poesia de “A Espera” e pela insanidade de “Coroné Belzebu” o que se tem é 100% Seu Juvenal. Indicado pra quem quer conhecer rock mineiro de qualidade com fortes referências de hard rock anos 70, punk rock, guitar, surf music, mpb e o que mais cair no balaio desses malucos... Ouça sem medo de ser feliz! Por Manu Henriques ([email protected])

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Pra começar, como vocês definiriam o som do Embrioma para quem nunca ouviu a banda?

Denis: Definiríamos como metal moderno e pesado, com influências de música eletrônica. Embrioma é um tipo de tumor composto por tecidos bem diferentes entre si, nascendo num lugar do corpo onde não deveria nascer com aqueles tipos de tecidos e forma. É uma bela imagem pra expressar nosso som.

Vocês citam “thrash, death, metal moderno, eletrônico e outras variantes” como influências. Fale mais sobre isso.

Denis: Cada integrante do Embrioma traz uma influência músi-cal diferente. Particularmente minhas maiores influências são Metallica, Fear Factory, Meshuggah, Machine Head, Strapping Young Lad e Pantera.Luiz: Sou muito influenciado por bandas mais hard tipo Van Halen e Extreme, coisas mais novas como Dream Theater e Sevendust, Metallica, música eletrônica dos anos 90, Machine Head, um pouco de grunge, Korn, música pop...

Como foi tocar no Maquinaria ao lado de ícones como Suicidal Tendencies, Biohazard, Sepultura?

por Marco Henriques

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Como foi o processo de gravação do EP “The.Demention.Frequency.Projekt” (2006) e a receptividade do público?

Denis: Ficamos de julho de 2005 até final de agosto do mesmo ano fazendo a pré-produção do trabalho, e de setembro até abril de 2006 pra finalizar ele e fazer o nosso primeiro clipe. E só no final de 2006 que lançamos como quería-mos o “The.Demention.Frequency.Projekt”. Ficamos satisfeitos no sentido que nos superamos e crescemos como músicos e banda durante todo o processo, mas a satisfação total deve ser um sentimento a ser distanciado... No dia que nos sentirmos totalmente satisfeitos, com certeza podemos terminar a banda, pois não haverá nada mais a ser superado.

Quais são os planos pro futuro e quando sai o 1º cd oficial?

Denis: O plano principal agora é terminar a pre produção, e começar a gravar o discão logo, pensamos no lançamento do disco pré intitulado “Post-industrial Metastasis” para ano que vem, disco que atualmente está sendo produzido e vai ser gra-vado pelo próprio guitarrista do Embrioma, Luiz Portinari.

Denis: Foi muito legal pra nós, puta evento, puta es-trutura de som, fomos tratados muito bem, fora ter tocado ao lado de bandas que cresci escutando, que fizeram parte de minha formação musical. Foi muito legal mesmo. Tivemos um retorno positivo, muita gente que não nos conhecia virou fã depois do Maquinaria.

Qual a opinião da banda sobre o rock atual no Brasil?

Denis: Nós sempre conversamos sobre isso, existem muitas bandas boas no Brasil, mas não há espaço para veiculação delas em rádios ou tv, o que me parece é que hoje é melhor você ter um cabelo legal e uma roupa bacana do fazer uma boa música.Luiz: As vezes rola umas tretinhas bestas e organizadores ruins, mas as bandas estão muito legais!

Como é o processo de composição de vocês?

Luiz: Depende muito! Algumas músicas são idéias inteiras de um membro, outras são feitas em jam com alguns membros, às vezes começa com uma idéia de um riff ou teclado, e a gente vai juntando idéias como um quebra-cabeças, depois as linhas de voz, faço a pré-produção pra gravar, fazer as letras em cima por último, e depois a gente grava definitivo. www.myspace.com/embrioma

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Nessa edição a gente fica sabendo o que está rolando no fone de ouvido da lenda do metal mineiro, Juarez “Tibanha” (Scourge, Tributo Ao Sarcófago, Ex-Cirrhosis) e do grupo de rock uberlandense Mata Leão, que se prepara pra lançar seu 1º disco:

BATHORY - Blood Fire Death: “Por ser o disco dos discos!”SARCOFAGO - INRI: “Onde o death/black metal começou de verdade.”EXODUS - Bonded By Blood: “Fantástico! Clássico do thrash metal mundial!”IRON MAIDEN - Iron Maiden: “Sem mais comentários (risos).”SLAYER - Show No Mercy: “De onde saiu tudo dentro do metal extremo, seja black, death, thrash...” www.myspace.com/scourge

STONE TEMPLE PILOTS e QUEENS OF THE STONE AGE: “Como estou em fase de pré-produção do nosso novo disco estou escutando muito, pra dar aquela inspiração.” Sandro Aurélio - voz

SUPERGRASS, TIM MAIA e BEATLES: “Os discos do Tim dos anos 70 são geniais. No mais sempre tô ouvindo Beatles faz parte da minha vida musical.” Zóy - guitarra

INCUBUS, NAÇÃO ZUMBI, HELMET e THE WHO: “Rock’n’roll sempre! Isto é o que me inspira. Rock! Sempre!” Humberto - baixo

GUETO, UDORA, RAMMSTEIN: “No geral escuto bandas nacionais. Ultimamente tenho assistido todos os dias o dvd do GLENN HUGHES e do JOURNEY, grove com rock. Também curto muito o dance music com rock’n’roll... FODA-SE!” Holger - bateria

www.myspace.com/bandamataleaoMATA

LEãO

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