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ETANOL Indiannapolis quer saber mais sobre o combustível verde-amarelo INSS AEAARP promove palestra para orientar associados Engenharia e a natureza SOFTWARE AEAARP oferece curso de informática gratuito Obras antienchente retificam Retiro Saudoso e Ribeirão Preto. Tecnologia e projeto devem aliviar enchentes no centro. painel Ano XII nº 173 agosto/2009 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto AEAARP ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO

Painel - edição 173 – ago.2009

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Revista oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto.

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ETANOLIndiannapolis quer saber mais sobre o combustível verde-amarelo

INSSAEAARP promove palestra para orientar associados

Engenharia e a natureza

SOFTWAREAEAARP oferece curso de informática gratuito

Obras antienchente retificam Retiro Saudoso e Ribeirão Preto. Tecnologia e projeto devem aliviar enchentes no centro.

painelAno XII nº 173 agosto/2009 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

A E A A R PASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO

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A direção da AEAARP visitou uma das principais obras públicas em andamento na cidade. A intervenção na região das avenidas Fábio Barreto e Jerônimo Gonçalves tem a pretensão de fazer his-tória. E pode de fato fazer. Entretanto, o histórico de retificações, canalizações, aterramentos e alterações feitas no espaço urbano obedece mais às necessidades emergentes do que a um planeja-mento que projete a cidade para o futuro, embora apenas agora exista a preocupação de se estudar o problema das enchentes de forma territorial, com a recente contratação de empresa espe-cializada para o estudo da macrodrenagem do município com as possíveis soluções técnicas.

Assim, no sentido das citadas necessidades emergentes, há pou-co mais de três décadas uma obra realizada na Avenida Francisco Junqueira, entre a Rua Sete de Setembro e a Avenida Plínio de Castro Prado, solucionou o problema do escoamento do Córrego Retiro Saudoso naquela região. Há menos de uma década uma nova intervenção, à montante da citada Plínio de Castro Prado, foi necessária para solucionar também problemas de enchentes ocasionadas por um curso d’água que deságua no mesmo córrego (e é quase imperceptível aos passantes).

As obras em andamento na Avenida Presidente Castelo Branco também foram iniciadas quando o trânsito naquele local já estava incontrolável. Situação idêntica de descontrole existe na conflu-ência da Nove de Julho com Portugal e Costábile Romano, ainda sem solução. No Aeroporto Leite Lopes a ampliação do terminal de passageiros também começou quando o movimento de usuários tornou-se inviável (e ainda está) para a estrutura existente.

A legislação brasileira é boa, a cidade tem técnicos competentes, capazes de planejar o crescimento urbano e projetar obras que colaborem para a sustentabilidade do município. Sendo certa esta análise, resta-nos o questionamento inevitável: por que tudo isso não é levado à ação?

A explicação está também na história da cidade. Nenhum go-vernante, em mais de 150 anos de fundação de Ribeirão Preto, teve coragem de respeitar os códigos e as leis de uso e ocupação do solo, a exemplo do que acontece com o recente Plano Diretor, aprovado a duras penas e já emendado várias vezes antes mesmo do previsto pela própria lei. Essa realidade não é restrita a Ribeirão Preto. Todas as grandes cidades do país padecem da ocupação de áreas, nobres ou não, sem planejamento.

A nós, técnicos, cabe sair da reflexão e, literalmente, colocar mãos à obra.

Eng. civil Roberto MaestrelloPresidente da AEAARP

Eng. civilRoberto Maestrello

Editorial

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AssociAçãode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Índice

Expediente Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello Geraldo Geraldi Junior Presidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: Hugo Sérgio Barros RiccioppoDiretor Financeiro: Ronaldo Martins TrigoDiretor Financeiro Adjunto: Luis Carlos Bettoni NogueiraDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Anibal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Newton Pedreschi ChavesDiretora de Comunicação e Cultura: Maria Ines CavalcantiDiretor Social: Paulo Brant da Silva Carvalho

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia Agrimensura e afins: José Mario SarilhoAgronomia, Alimentos e afins: Kallil João FilhoArquitetura, Urbanismo e afins: Luis César BarillariEngenharia Civil, Saneamento e afins: Edison Pereira RodriguesEngenharia Elétrica, Eletrônica e afins: Tapyr Sandroni JorgeGeologia, Engenharia de Minas e afins: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e afins: Giulio Roberto Azevedo PradoEngenharia Química e afins: Paulo Henrique SinelliEngenharia de Segurança e afins: Luci Aparecida SilvaComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins: Orlean de Lima Rodrigues JuniorEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Hirilandes AlvesDa Mulher: Nadia Cosac FraguasDe Ouvidoria: Arlindo Antonio Sicchieri Filho

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Luiz Gustavo Leonel de CastroDilson Rodrigues Caceres Luis Antonio BagatinEdgard Cury Luiz Fernando CozacEduardo Eugenio Andrade Figueiredo Luiz Gustavo Leonel de CastroElpidio Faria Junior Manoel Garcia FilhoEricson Dias Melo Nelson Martins da CostaHideo Kumasaka Pedro Ailton GhideliInamar Ferraciolli de Carvalho Ricardo Aparecido DeBiagiJosé Fernando Ferreira Vieira Sergio Luiz CoelhoJosé Roberto Scarpellini Wilson Luiz Laguna

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP REPRESENTANTES DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz LagunaCâmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo Prado

REVISTA PAINELConselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Giulio Roberto Azevedo Prado, Gustavo Barros Sicchieri e Hugo Sérgio Barros Riccioppo

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269, cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Georgia Rodrigues

Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected] Pajolla Júnior / Jóice Alves

Tiragem: 2.500 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected] Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Fotos: Fernando Battistetti.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expres-sam, necessariamente, a opinião da revista.

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

SAÚDE 05Nova regra não afeta contrato da AEAARP

ENGENHARIA 06Engenharia retifica Retiro Saudoso e Ribeirão Preto

ComPUTAÇÃo 12Curso de informática começa em agosto

INDICADoR VERDE 12

ETANoL 13Interesse no etanol brasileiro

PESQUISA 14Cigarrinha-das-raízes: importância econômica, biologia e controle

CREA 16Nonononononononon

LEGISLAÇÃo 17Norma inédita vai melhorar qualidade das calçadas

INSS 18Contribuições e benefícios

ARTIGo 20Compensação do impacto ambiental

AmBIENTE 21Disque Ambiente tem aumento de 58% no número de ligações

oPINIÃo 22O produtor espera bom senso

SoJA 23CESB lança Desafio Máxima Produtividade para safra 09/10

NoTAS & CURSoS 24

AEAARP 26Harmonia de estilos no Espaço Gourmet

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A partir deste mês de agosto passa a vigorar no país uma nova regra para a contratação de planos de saúde coletivos, nos moldes dos convênios mantidos há três décadas pela AEAARP. “As novas regras não influenciam em nossos contratos que, aliás, sempre tiveram reajustes anuais”, explica Roberto Maestrello, presidente da entidade, citando um dos itens da nova legislação, editada pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

Em dezembro de 2008 a Associação conquistou, em uma negociação inédita, a renovação do contrato com regras exclusivas que vigoram até 2020, mantendo e ampliando diversos benefícios para os associados. O contrato venceria em 2010.

Dentre os benefícios está a manuten-

AEAARPção de dependentes como conveniados até atingirem os 41 anos de idade (an-teriormente todos os dependentes de usuários do plano eram desligados aos 21 e 23 anos). A regra é válida também para os universitários.

Maestrello observa que a equiparação dos valores cobrados dos associados, independentemente da idade do conveniado, é um benefício exclusivo da AEAARP e a negociação antecipada da renovação contratual garantiu que a Associação tivesse, hoje, o contrato mais vantajoso do país.

“É significativo quando observamos mudanças no mercado e, por direito, nosso contrato não pode ser alterado. É uma grande segurança para os associados que usam serviços de saúde”, avalia.

Sobre os planos de saúde

Para saber mais sobre a legislação que

regulamenta os planos de saúde no Brasil, acesse o endereço eletrônico

www.ans.gov.br ou ligue gratuitamente para 0800

701 9656. No canal Ouvidoria, é

possível fazer consultas e esclarecer dúvidas sobre

a legislação, operadores e prestadores de serviços.

saúde

Nova regra não afeta contrato da

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6 AEAARP

engenharia

Engenharia retifica Retiro

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Revista Painel 7

A região da Avenida Jerônimo Gon-çalves já foi um pântano, cortado por um córrego e um ribeirão: o Córrego do Retiro Saudoso e o Ribeirão Preto. Ainda no século XIX foram realizadas obras de saneamento nos córregos, retificações e alargamento dos leitos. Documentos do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto registram que naquela época foi realizado o “aterramento das margens e saneamento dos extensos pântanos que circundam a cidade por meio de valetas e drenos que encaminham para os referi-dos córregos as águas estagnadas”.

As primeiras intervenções naquela região, que compreende também as avenidas Francisco Junqueira e Fábio Barreto, aconteceram há 113 anos, em

Saudoso e Ribeirão Preto

1896. A obra que está em andamento atu-almente, com um custo total de mais de R$ 50 milhões, pretende ser a definitiva. O curso das águas que passam por ali será alterado e haverá o alargamento do leito do córrego e do ribeirão. A primeira etapa está em andamento e compreen-de um investimento de R$ 15 milhões, com obras no trecho que inicia na Rua Visconde do Rio Branco até a Rotatória Amin Calil.

O projeto original, licitado pela Prefei-tura no ano passado sofreu alterações, necessárias para adequar o método construtivo adotado pela Leão Engenha-ria, responsável pela obra. O engenheiro civil José Aníbal Laguna, que era secretá-rio de Obras Públicas quando a licitação

foi decidida, disse que as alterações aprimoraram o projeto original. “O mais importante é que não há ônus para o município”, elogiou.

O engenheiro civil José Américo do Nascimento Junior, gerente da obra, sa-lienta que duas questões relevantes que vão colaborar na redução das frequentes cheias daquela região estão sendo solu-cionadas pela obra em questão. A primei-ra diz respeito ao aumento da vazão do canal, decorrente do aumento da seção do mesmo bem como do aumento da velocidade da água, proporcionada pela diminuição da rugosidade do fundo do canal – atualmente composto de rochas irregulares – e que passará a ser de concreto armado. A segunda e mais im-

Desvio do Córrego do Retiro Saudoso.

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8 AEAARP

portante refere-se à eliminação do ponto de conflito das águas na junção dos dois rios. “Os rios que hoje se encontram de forma quase perpendicular passarão a encontrar-se paralelamente, eliminando o ponto de conflito e diminuindo o repre-samento”, explica.

O leito passará de 12m para 20m de lar-gura e de 3,5m para 5m de profundidade. Nascimento Junior explica que as pare-des laterais seriam sustentadas por fun-dações executadas após a escavação do terreno. Entretanto, o método construtivo foi alterado e os engenheiros optaram pela fundação tipo estaca raiz. Este tipo de fundação permite a execução antes da escavação. “Essa alteração foi muito importante para evitar a interrupção do tráfego na Avenida Fábio Barreto, além de permitir que a obra tivesse continuida-de mesmo no período das chuvas”.

As estacas sustentam a parede de

concreto que, na parte inferior, tem 2,2m de altura e até 35 cm de espessura, pelo menos 10 cm a mais do que a parede superior. Nascimento Junior explica que a diferença, que produz um “dente” entre uma e outra, é necessária para que as paredes inferiores suportem o esforço causado pelo peso do terreno e pelo tráfego na rua. As fundações são executadas pela Base Fundações.

IntrusosBoa parte da obra antienchente é sub-

mersa. E a água é a maior inimiga do bom andamento dos trabalhos. O leito do Retiro Saudoso é desviado à direita ou esquerda conforme o andamento dos trabalhos. Uma parede de ensecadeira foi erguida no meio do córrego. A bar-reira é composta por terra e pedra, que são retiradas do leito, e é amparada por placas de concreto fixadas no solo por

vergalhões de aço.A ocorrência de chuvas, entretanto,

acarreta um inevitável alagamento e o canteiro de obras fica submerso. Os operários demoram pelo menos três dias para esgotar a água com bombas hidráulicas e reiniciar os trabalhos. A previsão do tempo é acompanhada de-talhadamente pelo menos três vezes por dia e o andamento da obra foi acelerado para driblar o período das chuvas, que ocorre entre os meses de novembro a abril. Contratualmente o trabalho deveria ser encerrado em dezembro de 2009 e o engenheiro Nascimento Junior informou que o cronograma atual prevê o encerramento em outubro deste ano, justamente para driblar e anteceder as chuvas.

No início da obra todo o maquinário era colocado sobre módulos que ficavam há alguns metros do chão. A operação, feita

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todos os dias, tinha por objetivo evitar a perda dos equipamentos em decorrência das frequentes cheias naquela região. Hoje essa medida não é mais necessá-ria em razão do período de estiagem e do alargamento do canal que permite maior vazão da água na ocorrência de chuvas.

EsgotoO estágio atual da obra atingiu uma das

partes mais importantes do projeto, que é a intersecção dos dois leitos d’água. O curso das águas foi alterado pelas interferências realizadas naquela região no decorrer dos anos. Atualmente o cór-rego e o ribeirão se encontram em um ângulo de aproximadamente 90 graus na confluência das avenidas Jerônimo Gonçalves e Francisco Junqueira, o que causa o represamento, uma vez que a vazão do Ribeirão Preto, em decorrência da declividade do terreno, é maior do que a do Córrego do Retiro Saudoso.

Ao final dos trabalhos, as águas passa-rão paralelamente em dois módulos de 7m de largura sob o terreno da Divisão Regional Agrícola (DIRA) e do asfalto da Avenida Fábio Barreto, até se encontra-rem mais à frente, já a céu aberto.

O engenheiro civil Alexandre Duarte conta que foram encontrados emissá-rios de esgoto no local exato onde serão construídos os módulos. Ele diz que ali também o método construtivo foi revisto. Uma máquina está escavando o terreno no limite do local onde estão os emissá-rios. Dois ramais novos de esgoto serão construídos para permitir a execução da galeria, sendo que um deles passará sob a mesma, através de um sifão. O trecho do emissário que está no meio da obra será refeito pela Leão Engenharia.

Meio ambienteAs figueiras centenárias que ladeavam

o trecho do córrego na Avenida Fábio Barreto foram ao chão logo no início da obra. O engenheiro Nascimento Junior conta que a reação da sociedade, de sentir falta das gigantescas sombras, não teve eco no comércio da redondeza, que ganhou em visibilidade.

Todo o material retirado daquela área – árvores, pedras, lodo – é depositado em um terreno na região do bairro Heitor Rigon onde, segundo o engenheiro, parte do material é utilizada para aterramento. Todo o projeto da obra, que avança até a Rua Primo Tronco, prevê a retirada de 311 árvores. A contrapartida, prevista em um termo de recuperação ambiental, determina o plantio de 8.825 árvores em local de preservação permanente.

A ponte da Rotatória Amin Calil será refeita com vigas de concreto protendido.

Estaca raiz

A escavação chegou até as rochas.

Maestrello e diretores no canteiro de obras.

A estaca raiz é usada também na fundação da ponte.

Engenheiros Américo e Duarte com Edgard Cury, conselheiro da AEAARP e inspetor do CREA.

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10 AEAARP

O canteiro central das avenidas Fábio Barreto, Francisco Junqueira, Maurílio Biagi e Celso Charuri deixam a céu aber-to a evolução do método construtivo e da visão urbanística sobre a cidade. Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, lembra que há três décadas uma obra realizada na conflu-ência das avenidas Francisco Junqueira e Plínio de Castro Prado solucionou problemas de enchentes, daquele período. O revestimento lateral foi erguido em forma de trapézio, uma solução apontada pelo então Departamento de Urbanização e Saneamento de Ribeirão Preto (Dursarp) para baratear a obra e dar velocidade à água.

Antes desse trecho, as laterais são verticais e mais à frente, já nas modernas avenidas Maurílio Biagi e Celso Charuri, optou-se pelo talude natural gramado. Os canteiros mais largos e com vegetação formam um parque linear. Essas avenidas foram concebidas já sob a legislação imposta pelo Estatuto das Cidades, que estabelece normas para o uso e ocupação do solo.

Maestrello observa que a impermeabilização da cidade, especialmente com a expansão para a zona sul, colabora no acúmulo de água na região da Jerônimo Gonçalves. “Não po-demos esquecer que há 50 anos, o que é muito pouco tempo, a Avenida Independência era de terra, assim como a Avenida 9 de Julho. O crescimento desordenado influenciou nos pro-blemas que agora enfrentamos e temos de ser vigilantes para não cometermos os mesmos equívocos do passado”, diz.

Traçado da Junqueira mostra evolução do urbanismo

Operários estão envolvidos diretamente

na obra:

85

Volume de concreto: aproximadamente

8.000 m3

Aço: aproximadamente

628.000 kgEscavação em rocha: aproximadamente

7.000 m3

Projeto socioambientalEstão sendo desenvolvidos paralelamente à execução da obra trabalhos

de educação sanitária e ambiental junto à comunidade. Este projeto socioambiental é uma das exigências da Caixa Econômica Federal, órgão financiador da obra, e contempla desde palestras, apresentações teatrais sobre temas relevantes no combate às enchentes em locais públicos tais como rodoviária, praças, escolas, e até mesmo a criação de um site com informações sobre as obras e as atividades desenvolvidas pelo projeto

(www.obrasantienchenterp.com.br).

Diretores da AEAARP visitam a obra.

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O curso das águas tinha originalmente um traçado serpenteado, como mostra o mapa. Referindo-se à antiga Praça da Estação, que se avizinhava ao Ribeirão Preto, Rodrigo Faria descreve o desenho do antigo leito, antes das obras de urbani-zação: “Enfim, sobre sua área, desenhada pela irregularidade da natureza através do Córrego, e alinhada pela ordem car-tesiana da técnica – da Engenharia e do Urbanismo –, com os trilhos da ferrovia e canalização do córrego, a Praça da Es-tação era o limite territorial, simbólico e ideológico da cidade burguesa”.

Ainda assim, a cidade continuou so-frendo com as enchentes. Apesar das obras, relatos antigos mostram que o problema persiste na história. A primeira grande enchente relatada seria a da ma-drugada de 7 de março de 1927, que ge-rou prejuízo aos comerciantes, destruiu obras da Prefeitura à época e castigou bairros populares, conforme relatório do então prefeito Martimiano da Silva.

Em 1929, o prefeito Camilo de Matos apre-senta balanço dos trabalhos realizados. Se-gundo Faria, o então prefeito comemora o fato de que a Avenida do Café está prestes a se tornar uma das mais belas de todo o estado, pois os aterros das ruas e as pontes sobre o Córrego do Retiro, os canais dos dois córregos (no caso, o Ribeirão Preto e o Córrego do Retiro Saudoso) e as balaus-tradas estão quase prontos e o local não demorará a receber novas construções.

Décadas mais tarde, o problema se mostra ainda persistente, a despeito de todas as obras já realizadas. Em 2002 a cidade entrou em estado de calamidade pública por conta da enchente conside-rada a maior dos últimos 40 anos, que gerou um prejuízo de R$ 2,5 milhões, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

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è

Corrego do Retiro Saudoso: traçado original serpenteado

Corrego do Retiro Saudoso: traçado retificado

Mapa da cidade de Ribeirão Preto 1932. Acervo: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto

No final do século XIX, Ribeirão Preto já desfrutava as benesses do progresso. Mas com os bônus da efervescência da economia impulsionada pela cultura ca-feeira vieram também os ônus, decorren-tes da falta de planejamento urbano.

A preocupação das autoridades mu-nicipais voltava-se especialmente para o embelezamento da cidade. E também para a região central, onde fervilhava a vida econômica, política, cultural e social da elite ribeirão-pretana. Para fora dessa área, estavam os trabalhadores, a maioria formada por italianos que vieram substituir a mão-de-obra escrava. Eles iniciaram suas vidas no Núcleo Colonial Antonio Prado, região do antigo Barra-cão, onde, mais tarde, nascem bairros como o Ipiranga e Campos Elíseos.

A iluminação elétrica chegou em 1883, mas não para as vias públicas. As primei-ras lâmpadas elétricas foram instaladas na casa do coronel Schmidt e só em 1899 a população da cidade teria o mesmo benefício, conforme o livro AEAARP 60 anos: Histórias e Conquistas, dos autores Adriana Capretz, Blanche Amâncio, Carlo Monti e Daniela Antunes. A obra conta também como personalidades da época investiram em melhoramentos para em-belezar a cidade: o advogado Dr. Loiola, custeou o ajardinametno perto da velha Matriz; o Tte. Cel. João Evangelista Gui-marães doou um chafariz para o mesmo jardim; o Cel. Schmidt doou o coreto, o Cel. Diederichsen, os bancos da praça.

Esses melhoramentos financiados pela iniciativa privada e outros feitos pela municipalidade também significavam imprimir à cidade “novos modos de vida civilizada que a urbanização e a europeiza-ção da sociedade representaram”, diz Ro-drigo Santos de Faria em sua dissertação de mestrado Ribeirão Preto, uma cidade em construção (1895-1930): o moderno discurso da higiene, beleza e disciplina.

Segundo o trabalho, em 1874, a admi-nistração municipal alardeia grandes obras na área urbana. Dentre elas, “uma que envolvia não somente enormes quantidades de recursos, mas também de operários e profunda alteração na es-trutura física da cidade era a Avenida do Café” (que corresponde à atual Francisco Junqueira). Rodrigo Faria relata que o projeto previa aterro dos brejos que mar-

Retificação dos leitos começou há mais de 100 anos

geavam o Córrego do Retiro Saudoso, calçamento e arborização.

Mas a preocupação voltava-se ao embe-lezamento da cidade. “Em Ribeirão Preto, optou-se primeiramente pela transforma-ção da imagem da cidade, pela consoli-dação do ambiente urbano burguês euro-peizado. Por outro lado, a emergência dos problemas sanitários levantados pelos mo-radores, na carta, acaba concorrendo com a intenção do poder público em priorizar as questões de embelezamento, tanto quanto as sanitárias e de infraestrutura urbana”, diz o pesquisador. A carta mencionada por Faria refere-se a um abaixo-assinado entregue à Intendência Municipal em 1894 por moradores da área central da cidade, solicitando ações de higiene e civilidade no município.

Faria diz ainda que a falta de infraestru-tura colocava a cidade “diante da possi-bilidade do aparecimento de problemas sanitários”. Segundo ele, “a proximidade dos córregos da área urbana da cidade naquele momento de passagem do sé-culo XX, alinhada à inexistência daqueles serviços urbanos ao grande contingente populacional e, consequentemente, um aumento da quantidade de lixo, entre ou-tros vários dejetos das atividades huma-nas, tornava a cidade ambiente favorável para o surgimento de moléstias”. O que de fato aconteceu. Em 1893, ata da Câma-ra Municipal pede auxílio financeiro ao Dr. Presidente do Estado para canalização de água, pois a cidade estava sofrendo com uma epidemia de febre amarela.

As obras iniciam e até 1896 continuam os trabalhos de retificação dos córregos. Segundo relatório da Câmara Municipal citado no trabalho de Faria, as obras rasgaram, retificaram e alargaram os leitos, alterando margens e saneando extensos pântanos, utilizando valetas e drenos para levarem águas estagnadas para os córregos.

Em 1907, no jornal Diário da Manhã, o pre-feito da época, Manoel Aureliano de Gus-mão, fala de um convênio entre Câmara Municipal e Companhia Mojiana, feito em 1901. Em troca do aterro na Praça Francisco Schmidt, a Mojiana faria obras de aterro na praça, o cais à margem do Córrego Ribei-rão Preto e também o aterro da margem esquerda do córrego. À Câmara Municipal coube o aterro da margem direita.

Revista Painel 11

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O primeiro deles será o pacote Offi-ce, do sistema operacional Windows, o mais utilizado nas plataformas de microcomputadores pessoais. Ele agrega os softwares Word, Excel, Access e Power Point. Já o AutoCAD é unanimidade na área tecnológica e indispensável para o trabalho de engenheiros e arquitetos. “Toda refe-rência gráfica, obrigatoriamente, tem utilização desse software. Ele tornou-se padrão na elaboração de desenhos técnicos”, explica Orlean.

A idéia é fazer os cursos, tanto do Office quanto do AutoCAD, em dois formatos: extensivo, de 6 a 10 meses para quem quer aprender passo-a-passo, e intensivo, com duração de 4 a 8 horas, para quem já conhece o software (Office ou AutoCAD), mas deseja aprender alguns recursos que ainda não domina. “Os cursos serão formatados com dois concei-tos distintos: o desenvolvimento do

ensino em sua forma mais didática para iniciantes e o desenvolvimento do ensino de forma específica, voltado para a atividade técnica do profissional”, diz o diretor.

A Diretoria Universitária, sob coorde-nação do engenheiro Hirilandes Alves, apoia o projeto e vai intensificar campa-nha entre estudantes para divulgação dos cursos.

Para participar o associado deve se inscrever pelo telefone (16) 2102.1700, com Solange Fecuri. O interessado deve informar o horário e dias mais disponí-veis da semana.

O site O Eco preparou um mapa virtual das queimadas em todo o mundo. Pode ser conferido em www.oeco.com.br.

São Carlos vai coletar lixo por meio de Parceria Pública-Privada (PPP). A abertura de propostas para coleta e destinação do lixo está prevista para o dia 10 de setembro. O projeto da Prefeitura da cidade, considerado modelo, prevê investimentos pela empresa vencedora de R$ 179,2 milhões nos próximos 20 anos, incluindo o custo com desapropriação de área e implantação de um novo aterro, calculado em R$ 19 milhões.

O desenvolvimento sustentável é um dos pré-requisitos que garantem a competitividade das indústrias, além da sobrevivência das gerações futuras. Identificar e reconhecer as melhores práticas na indústria é o objetivo do Prêmio CNI 2009, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) anualmente com indústrias de todo o país.

Mais informações e o formulário de inscrição estão disponíveis no endereço eletrônico www.cni.org.br/premiocni.

Indicador verde

computação

A AEAARP oferece, a partir de agosto, dois cursos de informática, do pacote Office e da plataforma AutoCAD. Os associados terão a conteúdos básicos e também temas específicos. Os cursos vão fornecer conhecimentos em lingua-gem fácil e objetiva.

O conteúdo será ministrado por profes-sores do Senac. O objetivo é possibilitar a realização de tarefas profissionais cor-riqueiras, como elaboração de memorial descritivo com formato personalizado e exclusivo, desenvolvimento de planilhas quantitativas e planilhas orçamentárias com totalização de resultados, criação de trabalhos de apresentação multimídia, estruturação de banco de dados, utiliza-ção dos recursos da internet como ferra-menta profissional e desenho de projetos de Engenharia ou Arquitetura.

“Esse conhecimento é essencial para a atualização dos profissionais que es-tão no mercado, além de proporcionar o acesso também aos associados que são estudantes”, diz Orlean de Lima Ro-drigues Junior, diretor de Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins da AEAARP, que está organizando os cursos.

Curso de informática começa em agosto

12 AEAARP

Orlean Rodrigues e Hirilandes Alves

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etanol

AEAARP18

anúncio Joice vai mandar

Em visita à sede da FAPESP, dia 27/7, o prefeito da cidade norte-americana de Indianápolis, Gregory Ballard, afirmou que vê o etanol brasileiro como um promissor aliado nos esforços dos Estados Unidos para a redução das emissões de dióxido de carbono.

Liderando uma comitiva que incluiu membros do governo e do setor privado local, Ballard se reuniu com o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, com o objetivo de conhecer iniciativas no campo da pesquisa científica e tecnológica que levaram o Brasil a se tornar o primeiro país industrializado a ter um recurso renovável – a cana-de-açúcar – como segunda principal fonte de energia.

Segundo Ballard, o pioneirismo brasileiro no uso de biocombustíveis em larga escala é um exemplo que deve ser seguido. A cana-de-açúcar é responsável

Interesse no

por cerca de 16% de toda a energia usada no país, que é o segundo maior produtor de etanol do mundo – sendo que mais da metade dessa produção cabe ao estado de São Paulo.

“Indianapolis tem um centro emergente para energias renováveis e nos interessa muito saber como o Brasil tem feito para se destacar nesse setor. E São Paulo é um ator muito importante no sucesso brasileiro no uso de bioenergia a partir do etanol”, disse Ballard à Agência FAPESP.

Ballard se declarou receptivo sobre a possibilidade de inserir o uso do etanol brasileiro na capital do estado de Indiana. “Queremos combinar os esforços acadêmicos e industriais como foi feito no Brasil e tentar adaptar esse processo em Indianapolis, a fim de, como vocês, aprender a usar os recursos naturais para desenvolver o país com

menos impacto para o meio ambiente. Ao mesmo tempo, estudamos como ampliar o uso do etanol brasileiro”, destacou.

De acordo com Ballard, parte dos 420 mil litros de combustível usados anualmente na competição automobilística da Fórmula Indy, em Indianapolis, consiste em etanol fornecido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), sediada em Ribeirão Preto.

Segundo Brito Cruz, o etanol de cana-de-açúcar feito no Brasil não concorreria com uma eventual produção de etanol celulósico. “Só optamos pelo etanol da cana-de-açúcar porque ele atualmente é mais fácil de produzir. A produção de cana-de-açúcar do estado de São Paulo disponibiliza imensas quantidades de celulose, que está na palha da cana. São alternativas complementares”, disse.

Fonte: Agência FAPESP | Por Fábio de Castro

etanol brasileiro

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AEAARP14

pesquisa

Bruno Henrique Sardinha de Souza

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar (Saccharum sp.), cuja produção é estimada em 630 milhões de toneladas para a safra de 2009, em uma área plantada de aproximadamente 7,8 milhões de hectares (CONAB, 2009). Destes valores, cerca de 365 milhões de toneladas são referentes à produção do estado de São Paulo, que tem a região de Ribeirão Preto como um dos maiores polos sucroalcooleiros do país.

Com o aumento da mecanização da colheita da cana-de-açúcar, método ado-tado por várias usinas em cerca de 50% da colheita devido aos protocolos que exigem o fim das queimadas até 2014, um novo problema vem se agravando nos talhões: os prejuízos inerentes ao ataque da cigarrinha-das-raízes.

Esse inseto, de nome científico Maha-narva fimbriolata (Stal.), pertence taxono-micamente à ordem Hemiptera e família Cercopidae. Há pouco tempo, essa praga tinha importância econômica apenas na Região Nordeste, principalmente em Sergipe e na Bahia (MENDONÇA et al., 1996), e hoje pode causar perdas superio-res a 25% da produtividade no estado de São Paulo (BOTELHO et al., 2004).

A cigarrinha-das-raízes é eficientemen-te controlada por meio da queima da palha da cana-de-açúcar anteriormente ao corte manual, onde o fogo é respon-sável por destruir as formas biológicas do inseto. Porém, a colheita da cana crua propicia condições favoráveis ao desen-volvimento da cigarrinha devido à alta umidade proporcionada pela deposição de cobertura vegetal no solo aliada às

Cigarrinha-das-raízes:

altas temperaturas.No estado de São Paulo, o ciclo da

cigarrinha começa em setembro com o início do período chuvoso. Os ovos de M. fimbriolata são colocados nas bainhas das plantas, restos da cultura e na superfície do solo, durante abril e maio, onde permanecem em diapausa (fenômeno no qual os insetos ficam em dormência, voltando às atividades após o período desfavorável à sua sobrevi-vência) até setembro em decorrência de déficit hídrico, baixas temperaturas e menor fotoperíodo.

As ninfas de M. frimbriolata eclodem em média 20 dias após a postura, diferindo dos adultos apenas pelo menor tamanho, ausência de asas e aparelho reprodutor pouco desenvolvido. Elas se fixam na região do coleto ou nas raízes da planta onde se alimentam por sucção da seiva, provocando a “desordem fisiológica” que se caracteriza pela deterioração dos vasos lenhosos, impedindo a condução de água e nutrientes em seu interior (GARCIA et al., 2004). Ao mesmo tempo, produzem a espuma que as protege de altas temperaturas, sintoma caracterís-tico da presença da praga.

O estágio ninfal dura de 35 a 40 dias, período em que sofre quatro mudas (ecdises), passadas as quais o inseto atinge a fase adulta, sem passar pelo estágio de pupa (desenvolvimento hemi-metabólico). Os machos adultos são de coloração vermelha com as asas orladas de preto enquanto as fêmeas são mais escuras e com asas marrom-avermelha-das. Possuem hábitos crepusculares e noturnos, ficando escondidos durante o dia no interior dos cartuchos ou na face inferior das folhas. A fase adulta dos machos e fêmeas dura em média 17 e 21 dias, respectivamente (GARCIA et al., 2006).

A cigarrinha adulta, ao se alimentar, causa a “queima da cana-de-açúcar”. Além disso, pode injetar toxinas durante a sucção da seiva, provocando redução no tamanho e espessura dos entrenós do colmo da planta. As folhas ataca-das apresentam pequenas manchas

importância econômica,

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amarelas que gradualmente se tornam avermelhadas e, por fim, opacas, o que reduz a área fotossintética e consequen-temente o teor de sacarose no colmo (GARCIA, 2002).

O monitoramento da cigarrinha-das-raízes é imprescindível para se estabele-cer quais medidas devem ser adotadas a fim de se obter um controle eficiente da praga. Normalmente utiliza-se um nível de controle de 2 a 3 ninfas e um nível de dano econômico de 5 a 8 ninfas por metro linear obtidos através de amostra-gens no campo.

Atualmente existem no mercado várias formulações à base do fungo Metarhizium anisopliae para o controle biológico da cigarrinha. O fungo-verde,

Referências bibliográficasBOTELHO, P. S. M.; GARCIA, J. F.; CUNHA, U. S.; HADDAD, M. L. Flutuação populacional e avaliação de danos de Mahanarva fimbriolata (Stal, 1854) (Hemípte-ra: Cercopidae), em cana-de-açúcar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20., 2004, Grama-do. Resumos...Gramado: Embrapa, 2004. p. 387.CONAB. Acompanhamento da safra brasileira. Dis-ponível em: <www.conab.gov.br/conabweb/download/safra/1cana_de_acucar.pdf>. Acesso em: 25 jul 2009.GARCIA, J. F.; APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B.; GRISOTO, E.; PARRA, J. R. P.; BOTELHO, P. S. M. Sítio de alimentação da cigarrinha-da-raiz, Mahanarva fimbriolata (Stal, 1854) (Hemiptera: Cercopidae), em cana-de-açúcar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 20., 2004, Gramado. Resumos...Gramado: Embrapa, 2004. p. 216.GARCIA, J. F.; BOTELHO, P. S. M.; PARRA, J. R. P. Biology and fertility life table of Mahanarva fim-briolata (Stal) (Hemiptera: Cercopidae) in sugarcane. Scientia agricola, Piracicaba, v. 63, n. 4, p. 317-320, jul./ago. 2006.GARCIA, J. F. Técnica de criação e tabela de vida de Mahanarva fimbriolata (Stal., 1854) (Hemiptera: Cercopidae). 2002. 59 p. Dissertação (Mestrado em Entomologia) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002.MENDONÇA, A. F.; BARBOSA, G. V. S.; MARQUES, E. J., 1996. As cigarrinhas da cana-de-açúcar no Brasil, p. 171-192. In: MENDONÇA, A. F. (Ed.). Pragas da cana-de-açúcar. Maceió, Edição do autor, 239 p.

biologia e controle

como é conhecido, tem a capacidade de infectar tanto ninfas quanto adultos, e deve ser aplicado na dose mínima de 500 g/esporos por hectare.

Para o controle químico das ninfas do inseto, recomenda-se a aplicação de inseticidas granulados, quais sejam, thiamethoxam, terbufós ou carbofuran em um dos lados da touceira. Já para os adultos, deve-se utilizar carbaril, triclor-fon, malation, clorpirifós ou deltametrina em pulverização, todos compatíveis com o fungo M. anisopliae.

Bruno Henrique Sardinha de Souza é biólogo, aluno de pós-graduação

em Agronomia (Entomologia Agrícola) – FCAV/UNESP

[email protected]

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16

crea

AEAARP

Na atual realidade econômica, quando se fala em fiscalização do exercício pro-fissional das atividades desenvolvidas no sistema Confea-Crea, logo se pensa em aumento dos custos financeiros, burocracia nos processos de produção e interferência direta na vida dos pro-fissionais e empresas. Mas observando os resultados das ações da fiscalização do Crea-SP, verificamos um aumento considerável nas atividades dos profis-sionais, ou seja, através das ações de fiscalização, coibindo o leigo de exercer essas atividades, as contratações de profissionais, sejam pessoa física ou pessoa jurídica, têm aumentado.

É bom para todos. Para o Crea, por-que consegue desenvolver o seu papel instituído pela Lei Federal 5194/66, de defesa da sociedade, e valorização do profissional que paga o sistema. Para o profissional, que consegue trabalho por consequência dessas ações e as-sim pode se sustentar dignamente e promover o desenvolvimento do país. E para sociedade como um todo, que fica legalmente amparada para administrar suas atividades em que o profissional do sistema Confea-Crea esteja presente, dando as garantias de conforto, seguran-ça e solidez dos serviços ali prestados.

Agora, esta prática não vai acontecer apenas pela ação de fiscalização do Crea. Há que ter conduta ética por parte dos profissionais e também de quem contrata, para que o resultado no final seja satisfatório.

Ultimamente temos abordado muito este assunto, porque também a socie-dade, por uma questão unicamente econômica, não tem dado a devida importância para as responsabilidades assumidas na contratação desses servi-ços que, na maioria das situações, são atividades simples e de pequena monta,

Fiscalização:

mas são os causadores do maior volume de acidentes, reclamações de danos e insatisfação.

Por essas questões, essas atividades acabam sendo mais onerosas para o país, pois, por não haver técnica e nem responsabilidade civil, acabam provocando, entre outros, as seguintes situações:

- prejuízos que encerram atividades econômicas, gerando desemprego, pois não há direito de uma ação de regresso;

- acidentes com mortes e invalidez que causam sequelas irreversíveis em famílias inteiras;

- atividades onde o custo gerado é maior que a realidade de mercado, provocando descontentamento e des-perdício de recursos, geralmente por parte da população economicamente mais carente.

Portanto, nesse ato de fiscalização, exe-cução dos serviços gerados e contrata-ção dos profissionais e empresas temos, além da responsabilidade profissional, civil, criminal, trabalhista e ética, tam-bém a responsabilidade social de pregar-mos um desenvolvimento sustentável e justo com o meio ambiente e as pessoas que vivem e viverão dentro dele.

Engº civil José Galdino Barbosa da Cunha Júnior

Chefe da UGI - Ribeirão Preto - CREA - SP

e mail [email protected]

Rua João Penteado 2237Jd. São Luis - Ribeirão Preto -SP Fone 16 3623.7627

instrumento de valorização profissional e responsabilidade social

CR

EA

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Avenida Meira Junior, 314 | Ribeirão - SPTel: (16) 3441-0100 | Nextel: 7* 44632

AÇO ARMADO - TRELIÇA TELA - PREGO - ARAME

legislação

A principal fonte de problemas de cal-çadas e ruas pavimentadas com pisos intertravados de concreto está com os dias contados para desaparecer. É que começaram as reuniões de trabalho da Comissão Técnica do Comitê Brasileiro 18 (CB 18), responsável pela normaliza-ção na área de concreto da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e encarregada de discutir e tratar da reda-ção da norma brasileira de assentamento de pisos intertravados de concreto. Essa será a primeira norma mundial nesse segmento.

Boa parte das deficiências encontradas em calçadas e ruas pavimentadas com pisos intertravados em concreto deve-

Norma inédita vai melhorar qualidade das calçadas

se à execução de má qualidade, feita por empresas e profissionais que não cumprem os procedimentos corretos para esse tipo de serviço, de acordo com o arquiteto Carlos Alberto Tauil, diretor executivo da Bloco Brasil (Associação Nacional dos Fabricantes de Blocos de Concreto).

A norma de assentamento está sendo desenvolvida com a participação da cadeia produtiva setorial (fabricantes de pisos de concreto, fornecedores de cimento, agregados e demais insumos, e projetistas, entre outros) e de consumi-dores. Esse procedimento, segundo a en-genheira Inês Battagin, superintendente do CB 18, é necessário para que a norma

seja feita de forma mais eficiente e com a participação mais ampla possível. Além dela, será feita também a revisão das duas normas existentes na área, de pe-ças de concreto para pavimentação: uma de especificação dos produtos (NBR 9781/87) e outra de métodos de ensaio (NBR 9780/87), visando à sua atualização e aperfeiçoamento.

Após a publicação da norma pela ABNT - em prazo que pode variar de seis meses a um ano -, ela terá de ser incluída obrigatoriamente nos editais de órgãos públicos, como prefeituras, por exemplo, ao contratarem os serviços de execução de calçadas e de pavimentação de ruas com pisos intertravados de concreto.

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AEAARP18

Algumas questões previdenciárias têm tirado o sono de quem está próximo da aposentadoria e causado pesadelo nas pessoas que não sabem como contribuir. Profissionais liberais, dentre eles enge-nheiros, arquitetos e agrônomos, ainda quando empregados, têm sido mal orien-tados sobre como, com quanto e de que forma contribuir. Essa insegurança, muitas vezes decorrente do desconhecimento da legislação, é plenamente justificável, mas causam enormes danos que culminam em benefícios previdenciários com valores insignificantes.

A contribuição previdenciária decorre do exercício da atividade profissional, devendo o segurado contribuir para cada uma das atividades quando exercer mais de uma, respeitando-se o limite mínimo e máximo do valor fixado anualmente para as contribuições. O segurado é obrigado a contribuir para a Previdência Social, pouco importando a natureza da sua filiação ao INSS (profissional liberal ou empregado).

As contribuições do segurado empre-gado são calculadas mediante a aplicação progressiva de alíquotas que variam de 8 a 11%, dependendo do salário-de-contribui-ção mensal, devendo a empresa recolher a quota de contribuição patronal de acordo com o regime fiscal adotado.

O contribuinte individual sem retenção de contribuição pela empresa, assim con-siderado o profissional liberal, autônomo, sócio, empresário e equiparado, deverá recolher 20% da remuneração auferida em uma ou mais empresas, não podendo a contribuição mensal ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao valor máximo das contribuições.

O contribuinte individual, com renten-ção de contribuição de 11% da remune-ração, que prestar serviço a uma ou mais empresas, terá descontado de sua remu-neração o valor referente a 11%, ficando a empresa responsável pelo recolhimento juntamente com as contribuições a seu cargo (20%), até o dia dois do mês seguinte

ao da competência da remuneração. O contribuinte individual que quiser contri-buir com valor superior aos 11% desconta-dos pela empresa somente poderá fazê-lo se exercer outra atividade que o enquadre como segurado obrigatório; todavia, sobre a parcela complementar deverá ser aplica-da a alíquota de 20%, observado o limite máximo do salário-de-contribuição.

Benefícios A legislação previdenciária possui um

grande leque de benefícios destinados aos seus segurados e dependentes. Es-ses benefícios são classificados como “programáveis” ou “de risco”, como a pensão por morte, auxílio-reclusão e os de incapacidade (auxílio-doença, invalidez e auxílio-acidente) decorrentes ou não de acidente do trabalho.

Os benefícios programáveis são, por essa razão, os mais solicitados. São eles: a aposentadoria por tempo de contribuição, a aposentadoria especial e a aposentado-ria por idade.

A aposentadoria por tempo de con-tribuição é devida ao segurado, do sexo masculino, quando completar 35 anos de contribuição e à mulher com 30 anos. É bom frisar que, neste caso, não é preciso ter idade mínima para aposentar. A idade mínima somente será exigida para o se-gurado (homem) que tiver entre 30 e 35 anos incompletos de contribuição, e para a segurada (mulher) que possuir entre 25 e 30 anos incompletos de contribuição. Neste caso a idade mínima será, respec-tivamente, 53 e 48 anos.

A aposentadoria por idade é devida ao segurado que possui 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher. Para os trabalhadores rurais o requisito etário é de 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher.

Destaca-se que não basta possuir a idade mínima para almejar o benefício. O interessado, além da idade, deverá com-provar que contribuiu para o INSS por pelo menos durante 15 anos.

Há uma regra de transição que permite a aposentadoria por idade aos 14 anos de contribuição no ano de 2009; com 14 anos e 6 meses no ano de 2010; e, a partir de 2011, somente com 15 anos de contribuição.

A aposentadoria especial é o benefício mais perseguido em razão de seu valor. Ele representa a integralidade da média salarial, chegando seu valor bem pró-

ximo da remuneração do segurado em atividade.

Este benefício é devido ao segurado que trabalhadou em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física por mais de 15, 20 ou 25 anos, dependendo da profis-são. Para ter direito à aposentadoria espe-cial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, a efetiva exposição aos agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais por período exigido para sua concessão.

O trabalhador pode ter direito à aposen-tadoria especial sem nem mesmo receber o adicional de insalubridade ou periculosi-dade. Podemos concluir que são os estu-dos técnicos da Medicina e da Engenharia de Segurança e Higiene do Trabalho que dirão qual atividade é especial.

O agrônomo, por exemplo, exposto a agentes químicos poderá ter direito a esse benefício caso comprove esse fato. O en-genheiro, da mesma forma, demonstrado o exercício de atividade com exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos, também poderá ter acesso a essa modali-dade de benefício.

Assim, qualquer atividade pode ser es-pecial e fazer jus ao benefício com tempo de serviço reduzido, desde que comprova-damente coloque em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.

Como comprovar a atividade é especial?Quando o segurado é empregado, a em-

presa tem a obrigação legal de lhe fornecer um documento cujo modelo foi aprovado pelo INSS o qual especifica quais são as suas atividades, como elas são exercidas e quais os riscos que oferecem. Esse documento é suficiente para provar a ati-vidade especial, desde que corretamente preenchido e aprovado pelo INSS por in-termédio de seus técnicos especialmente contratados para este fim.

Quando o segurado for trabalhador avul-so, vinculado a um Sindicato ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), estes lhe fornecerão o documento.

Quando o segurado não é empregado ou trabalhador avulso, por exemplo um contribuinte individual (médico, dentista, engenheiro, arquiteto, agrônomo etc.), deverá produzir laudo pericial, a cargo de um engenheiro ou médico necessaria-mente inscritos no Ministério do Trabalho, que evidencie a natureza especial de suas atividades.

Contribuiçõesinss

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O que é PPP?O PPP – Perfil Profissiográfico Previdenci-

ário – nada mais é do que o documento que a empresa tem a obrigação de fornecer ao empregado para que este comprove suas atividades especiais e que é preenchido com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, devidamente ins-critos no Ministério do Trabalho.

Quando converter tempo de serviço?Quando o segurado tiver exercido alter-

nadamente atividades especiais e comuns sem preencher em relação aquelas espe-ciais o tempo de serviço mínimo para con-cessão da aposentadoria especial, poderá somar esses períodos com acréscimo para concessão da aposentadoria por tempo de contribuição.

O acréscimo varia de acordo com a moda-lidade da aposentadoria desejada e do sexo do segurado, conforme a tabela abaixo:

Cálculo do valor dos benefíciosTodos os benefícios pagos pelo INSS,

exceto o salário-família e o salário-ma-ternidade, são calculados com base no salário-de-benefício, que é a média dos salários-de-contribuição.

Salário-de-contribuição é o valor da remuneração sobre a qual incide a contri-buição previdenciária, ou seja, o salário do empregado, os honorários do profissional liberal, o pró-labore dos sócios etc.

Nem todas as pessoas têm conhecimento que a partir de novembro de 1999 a fórmula do cálculo da aposentadoria foi alterada. A partir de então existem três regras para calcular o valor das aposentadorias:

Para quem poderia se aposentar até •28/11/1999, o cálculo do valor dos bene-fícios será feito com base nas últimas 36 contribuições anteriores à data em que o benefício for requerido.Para quem começou a contribuir após •28/11/1999, o cálculo será feito com base em todas as contribuições efetuadas pelo segurado: desde o mês da primeira contribuição até o mês anterior à data

Revista Painel 19

e benefíciosem que o benefício for requerido.Para quem já contribuía antes •28/11/1999, mas não possuía os requi-sitos para aposentadoria, o cálculo será feito com base nas contribuições pagas desde julho de 1994 até o mês anterior à data em que o benefício for requerido.

Fator previdenciárioFator previdenciário é o índice resultante

de uma operação matemática que leva em conta a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de vida.

A expectativa de vida será anualmente fixada pelo IBGE no mês de dezembro.

O fator previdenciário opera no valor do benefício da seguinte forma:

Quanto maior a idade do segurado, me-•nor será sua expectativa de vida. Quanto menor for a expectativa de vida, •maior será o valor do benefício.Quanto maior for a expectativa de vida, •menor será o valor do benefício.Assim, quanto mais cedo se aposentar, •menor será o valor da aposentadoria.

O fator previdenciário deve ser obriga-toriamente aplicado apenas no cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição e, facultativamente, apenas se beneficiar o segurado na aposentadoria por idade.

Programe sua aposentadoriaO valor do benefício é fruto do valor das

contribuições, logo, o segurado que qui-ser pagar mais contribuições para obter maiores benefícios terá que tomar alguns cuidados.

É certo que qualquer pessoa pode ter mais de uma atividade e, quando isso acon-tece, tem que contribuir para a Previdência Social em cada uma delas. Essas contribui-ções nem sempre se somam e dependendo do benefício que está sendo programado a somatória deve ser planejada.

O pretendente a um benefício previ-denciário saudável deve se fazer algumas perguntas:

Qual é a sua situação previdenciária? Tem certeza que todas suas contribui-

ções estão contabilizadas junto ao Insti-tuto de Previdência?

Que espécie de aposentadoria será mais vantajosa, considerando seu tempo de serviço, o valor das suas contribuições, sua idade e a expectativa de vida?

Preciso aumentar ou diminuir as con-

tribuições? Que dia, mês e ano é o mais adequado

para aposentar? Caso não saiba responder ao menos uma

destas perguntas, você necessita urgente-mente de um diagnóstico previdenciário.

Não jogue dinheiro no lixoO diagnóstico previdenciário serve para

saber se você não está jogando dinheiro no lixo, aliás, contribuições com valores altíssimos nem sempre são sinônimos de benefício alto. Você poderia destinar a diferença dos valores que não servirão para aumentar o valor do benefício pre-tendido para uma previdência privada, por exemplo.

Em segundo lugar, serve para saber se a redução do valor da contribuição manterá o mesmo valor da aposentadoria, então po-deria economizar dinheiro ou investir o ex-cedente em outro plano de previdência.

Finalmente, serve de base para planejar o valor das futuras contribuições, definir a melhor espécie de aposentadoria, decidir quando se aposentar e analisar a necessi-dade da contratação de uma previdência complementar para manter o mesmo pa-drão de vida após a aposentadoria.

Diagnóstico previdenciárioVocê já viu uma obra de construção civil

ser executada sem um projeto? Sem uma avaliação de um engenheiro ou definições arquitetônicas? Sem investigar as condi-ções do terreno e planejamento prévio?

Então, como programar sua aposenta-doria sem um diagnóstico previdenciário? Sem uma avaliação das contribuições? Sem investigar o tempo de serviço, idade e expectativa de vida?

O simples fato de fazer o diagnóstico pre-videnciário já é uma vantagem. Ele tem a missão de potencializar, desde já, o futuro valor da aposentadoria bem como traçar um planejamento estratégico para alcan-çar o melhor benefício e em menos tempo. Pense finalmente que a aposentadoria lhe acompanhará até o fim de sua vida.

Hilário Bocchi Junior é advogado especiali-zado em Previdência Social e mestre em Di-

reito Público. Palestrante, colunista, professor universitário e de cursos de pós-graduação em Direito Previdenciário.. Autor de vários

artigos jurídicos e dos livros A prova do tempo de serviço para fins previdenciários e a Igual-dade dos trabalhadores urbanos e rurais ao

acesso aos benefícios previdenciários.

Tempo a Multiplicadoresconverter Para 30 anos Para 35 anos (mulher) (homem)De 15 anos 2,00 2,33De 20 anos 1,50 1,75De 25 anos 1,20 1,40

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artigo

AEAARP

Compensação do

Em maio deste ano foi publicado o Decreto nº. 6.848, que estabeleceu um limite para o cálculo da compensação decorrente de impacto ambiental sig-nificativo, ocasionado pela instalação e construção de empreendimentos. A grande mudança instituída pela nova regulamentação é que o cálculo da compensação ambiental passou a ter um percentual limitado a 0,5%.

O impacto ambiental é o resultado ocasionado por qualquer alteração no meio ambiente, benéfica ou adversa, decorrente de atividades humanas ou na-turais. A definição de impacto ambiental é necessariamente abrangente, uma vez que deve abarcar as alterações, princi-palmente as significativas, incidentes sobre o meio ambiente natural, artificial, cultural e, também, do trabalho.

O meio ambiente está amplamente consagrado na Constituição Federal (artigo 225), uma vez que o legislador resguarda o tema de forma que tanto sua preservação quanto sua recuperação são vistas como prioridades dos cidadãos e do Estado.

O meio ambiente, mesmo antes da Constituição de 1988, passou a ter como medida de proteção, em 31/08/81, a Lei nº. 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, cujos ob-jetivos gerais são: a) preservação do meio ambiente; b) melhoria da qualidade ambiental; c) recuperação do meio am-biente; d) assegurar ao país condições de desenvolvimento socioeconômico e e) proteção da dignidade da pessoa humana.

Já o Direito Ambiental visa regula-mentar e respeitar os procedimentos necessários para a aplicação efetiva da Política Nacional do Meio Ambiente. O Direito Ambiental tem como um de seus escopos regular as ações de empreen-dedores, quando iniciam atividades que interfiram direta e indiretamente sobre o meio ambiente.

Para que o empreendedor possa viabili-zar o início de sua atividade, independen-temente de sua natureza, necessita obter a licença ambiental. É o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambien-tal competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de em-preendimentos e atividades que empre-gam recursos ambientais considerados

efetiva e potencialmente poluidores, ou que, de algum modo, possam ocasionar degradação ambiental.

Para que o empreendimento obtenha o licenciamento ambiental, faz-se necessá-ria a apresentação, ao órgão competente, do EIA - Estudo de Impacto Ambiental, de acordo com a Resolução Conama 1/86. Além do EIA, deve o empreendedor apresentar o RIMA - Relatório de Impacto ao Meio Ambiente. Este estudo envolve técnicos e especialistas das mais va-riadas áreas, como químicos, biólogos e geólogos, para fornecer uma análise cabal do impacto a ser ocasionado pelo empreendimento em caso de deferi-mento do pedido de licença ambiental. Torna possível, assim, uma mensuração aproximada sobre o nível do impacto, bem como dos possíveis danos a serem suportados pelo meio ambiente.

Mesmo que o relatório seja desfavorá-vel ao empreendimento, não significa que as atividades, tanto para instalação quanto para operação, não poderão ser viabilizadas. Ao contrário, constatada a ocorrência de impactos ambientais negativos, o empreendimento poderá ser iniciado mediante apoio, por parte de seus idealizadores, à implementação e manutenção de unidade de conservação voltada à proteção ambiental.

O empreendedor não tem que criar, ne-cessariamente, algo voltado à proteção e recuperação do meio ambiente. Mas, sim, despender valores com a finalidade de compensar os danos que seu empre-endimento ocasionará ao equilíbrio am-biental. Tem-se, assim, a compensação pecuniária decorrente da constatação de impacto ambiental.

Tais efeitos e resultados negativos devem ser apurados e analisados pelo órgão ambiental na apresentação do EIA e do RIMA pelo empreendedor, em virtude do pedido de licenciamento am-biental realizado.

Assim, verificada a ocorrência de im-pactos ambientais significativos, o em-preendimento, para ter prosseguimento em suas atividades, é obrigado a pagar valor a título de compensação pelos danos e degradações ao meio ambiente, baseado em percentual incidente sobre o montante total a ser gasto.

Até o período anterior à vigência do De-creto nº. 6.848, não havia uma previsão

máxima do percentual incidente sobre o valor total vinculado à execução do empreendimento. Apenas não poderia ser inferior, conforme previsto no § 1º, do artigo 36, da Lei nº. 9.985/2000, a 0,5%. Ou seja, para o empreendedor nunca era certo o valor total que seria investido em suas atividades, uma vez que a quantia atribuída à compensação ambiental poderia influenciar consideravelmente em suas despesas.

A partir da instituição do decreto, o cálculo da compensação ambiental passou a ter um percentual limitado de 0,5%, gerando um grande alívio aos em-preendedores brasileiros. A nova regra determina que o “Valor da Compensa-ção Ambiental - CA será calculado pelo produto do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência - VR”.

O Valor de Referência é “a somatória dos investimentos necessários para implantação do empreendimento, não incluídos os investimentos referentes aos planos, projetos e programas exigi-dos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendi-mento, inclusive os relativos às garan-tias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e reais”.

Já o Grau de Impacto é o nível de im-pacto sobre os ecossistemas, calculado de acordo com índices determinados conforme a especificidade do caso. O percentual é delimitado pelo Grau de Im-pacto, que, após ser delineado mediante análise do empreendimento, deve atingir percentuais entre 0 e 0,5%.

Apesar de esta delimitação do cálculo da compensação estar regulamentada, encontra-se pendente no Supremo Tri-bunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que tem como propósito discutir o método de cálculo da compensação ambiental. Ou seja, o decreto atual ainda pode sofrer alte-rações em seu texto, trazendo novas delimitações e as formas para o cálculo da compensação ambiental.

Victor Penitente Trevizan é advogado de Direito Ambiental do Peixoto e Cury Advogados [email protected]

impacto ambiental

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ambiente

Tels: (16) 3630.1818Fax: (16) 3630.1633R. Roque Nacarato, 81 Ribeirão [email protected]

Tudo em material elétrico

Ligada em você

Durante as comemorações da Semana do Meio Ambiente (de 02 a 05 de junho) a Secretaria do Meio Ambiente do Es-tado de São Paulo (SMA) lançou uma campanha de divulgação do Disque Ambiente - 0800 11 35 60 -, o canal de denúncias e informações para o cidadão que presenciar crimes ambientais, como desmatamentos, queimadas, tráfico de animais silvestres, poluição do ar e emergências químicas. Os resultados foram animadores: aumento de 58% no número de ligações na compara-ção entre os meses de maio e junho. A média de atendimentos do Disque Ambiente sempre girou em torno de 3 mil ligações por mês. Durante o mês de junho foram 4.686 ligações, a maior parte delas (51%) foram solicitações de informações. Apesar de existir há mais de 10 anos, a população ainda

não tinha o conhecimento desse canal. Desde setembro do ano passado o Disque Ambiente passou a funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana, com aten-dimento feito por especialistas da área ambiental e com um menu simplificado. Atualmente, 25 funcionários se dedicam no atendimento das ligações. O denun-ciante que quiser se identificar pode acompanhar o caso, recebendo em casa uma correspondência com os resultados da denúncia, que são encaminhadas aos órgãos vinculados à SMA, como a Polícia Militar Ambiental, a CETESB e o Departamento Estadual de Prote-ção dos Recursos Naturais (DEPRN). A SMA quer intensificar a divulgação do canal de denúncias, ampliando a participação da sociedade, grande aliada no combate aos crimes ambientais. O Disque Ambiente tem capacidade ope-

racional para atender até 12 mil ligações todos os dias.

Disque Ambiente tem aumento de 58% no número de ligações

- 51,1% das ligações são solicitações de informações sobre meio ambiente.

- Em segundo lugar vêm as denúncias por emissão de fumaça preta, que representam 17,4% das ligações.

- 4% são denúncias de poluição ambiental atendidas pela CETESB.

- A Polícia Militar Ambiental é responsável pelo atendimento de 6,3% das denúncias, como supressão de vegetação, tráfico ilegal de animais silvestres e ocupações irregulares em áreas de proteção.

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AEAARP22

Em um ponto, nós, que somos produtores rurais e parte do agronegócio brasileiro, temos de dar o braço a torcer: somos péssimos em fazer propaganda da nossa atividade e importância. E como ficamos calados, permitimos que a sociedade construísse uma imagem do setor produtivo com base no que os outros falam a nosso respeito.

Assim, nossa omissão fez com que fôssemos transformados no bode expiatório de grande parte das mazelas do país. O setor produtivo desmata, polui o ambiente e não cumpre a lei. Essa é a ideia que grande parte da sociedade faz de nós, talvez por não ter conhecimento das nossas qualidades e contribuições: somos responsáveis por 25% do PIB, 36,2% das exportações e 37% dos empregos gerados.

As cidades poluem mais do que a atividade agropecuária e nem por isso a legislação é mais branda sobre o setor produtivo. Muito pelo contrário. Atualmente estão em vigor mais de 16 mil normas ambientais e 130 projetos em tramitação no Congresso Nacional para a criação de mais leis. Além do número exagerado de artigos, parágrafos e capítulos que o produtor rural deve cumprir à risca, a legislação ambiental acabou se tornando numa colcha de retalhos, descolada da realidade atual.

A primeira versão do Código Florestal Brasileiro é de 1934 e a segunda, de 1965. De lá para cá, sofreu mais de 60 alterações. Nesse intervalo, a atividade agropecuária sofreu uma revolução e o Brasil se transformou em um dos principais fornecedores de alimentos do mundo. E o produtor rural cumpriu os limites estabelecidos no Código. Agora, depois de 40 anos e com a área de produção já consolidada, a legislação foi alterada, sem qualquer referencial científico, e o produtor, que lá atrás cumpriu a lei, hoje é obrigado a reflorestar parte de sua propriedade, perder produção e renda.

E nesse debate sobre a questão ambiental, o produtor é sempre colocado como aquele que não quer cumprir a lei, quando, na verdade, cobra apenas bom senso na definição das normas. No final de maio, a Frente Parlamentar da Agropecuária, que reúne deputados

opinião

O produtor espera

federais e senadores, apresentou o projeto de lei 5367/09, que, se aprovado, irá substituir o atual Código Florestal e revogará outras leis da área ambiental.

O projeto foi elaborado com a par t ic ipação de ent idades que representam o setor e em linhas gerais transfere para os estados o planejamento técnico e científico de toda ocupação territorial, cria um fundo de compensações, extingue penas de prisão para crimes ambientais e garante áreas de produção rural já consolidadas no país.

Prevê também que a unidade de conservação da biodiversidade passaria a ser a bacia hidrográfica e não mais a propriedade, como está atualmente. Assim, as exigências recairiam sobre cada estado e não sobre cada fazenda. As áreas de preservação permanente e de reserva legal seriam transformadas em áreas de reserva ambiental, cuja proteção seria determinada segundo a topografia e a presença de rios.

Há ainda um longo caminho a ser percorrido e um intenso debate a ser travado sobre o projeto, mas já é um ponto de partida. Sem uma definição, o produtor fica perdido, inseguro quanto à legislação que terá de seguir e, ainda por cima, com uma imagem negativa, que foi sendo construída ao longo dos anos e do nosso silêncio. A discussão desse projeto, que promete ser um novo Código Ambiental, precisa da nossa participação e da contribuição das entidades que representam o setor produtivo. Não podemos repetir o erro da omissão.

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan é presidente da Canaoeste

(Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo)op

iniã

o bom senso

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Ao preparar sua ART, não se esqueça de preencher o campo 31 com o código 046. Assim, você destina 10% do valor recolhido para a AEAARP. Com mais recursos poderemos fortalecer, ainda mais, as categorias representadas por nossa Associação.

Contamos com sua colaboração!

O Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), entidade sem fins lucrativos criada em 2007 por profissionais ligados à cultura da soja no Brasil, lança em agosto o Desafio Nacional de Máxima Produtivi-dade de Soja da safra 2009/2010. Voltado aos sojicultores e técnicos recomendan-tes de todo país, o Desafio tem como objetivo criar um ambiente nacional e regional que estimule estes produtores e técnicos a desafiar seus conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de práticas inovadoras de cultivo, que possibilitem uma maior produtividade na mesma área plantada com sustentabilidade.

São duas as categorias do Desafio: Área Irrigada (I) e Área não Irrigada (II). Os participantes poderão competir nas duas categorias, desde que as inscrições sejam independentes. Cada participante pode inscrever de uma a três de suas áre-

soja

CESB lança

as ou propriedades onde atuam, ou então talhões distintos na mesma propriedade, desde que também cada área tenha uma ficha e uma taxa de inscrição.

Para que os sojicultores estejam aptos a participar do Desafio, devem atender alguns pré-requisitos exigidos no regula-mento do programa como, por exemplo, obedecer a legislação trabalhista e/ou os contratos coletivos de trabalho firmados pelos sindicatos da região em que atuam. Além disso, os participantes poderão culti-var soja em áreas próprias ou arrendadas, desde que as mesmas estejam em dia com as obrigações fiscais e não estejam em Áreas de Preservação Permanente (APPs). As regras e demais informações para inscrição são encontradas no site oficial do CESB: www.cesbrasil.org.

O Desafio é uma iniciativa pioneira do CESB, criado para promover estratégias

que contribuam para elevar a produtivi-dade e valorizar a sojicultura brasileira, além de incentivar a sustentabilidade de uma das culturas mais importantes do país. Para participar do programa, os so-jicultores e técnicos devem se inscrever até 15 de dezembro de 2009. Após paga-mento da taxa de inscrição (R$ 100,00), o produtor receberá a confirmação através de seu e-mail.

Ao término do Desafio será proclamado o produtor com a maior produtividade nacional de soja. Os vencedores serão reconhecidos em uma cerimônia ainda a ser definida e também ganharão uma viagem técnica aos Estados Unidos em 2010, com duração de sete dias, período em que terão oportunidade de trocar ex-periências com os maiores sojicultores e técnicos do país e apresentar as técnicas empregadas no Brasil.

Ganhadores do Desafio vão aos Estados Unidos participar de programa de troca de experiências na produção de soja

Desafio Máxima Produtividadepara safra 09/10

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a FAO Brasil, o livro descreve as possi-bilidades dos setores do agronegócio e do saneamento básico, geradores de re-síduos sólidos e efluentes orgânicos, ou biomassa residual, de gerarem energia elétrica ou energia térmica e veicular.

Juntamente com o Congresso acontece a 2ª BioTech Fair – Feria Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocom-bustível, onde mais de 50 empresas expositoras apresentam inovações e tendências na área.

O programa completo do evento e deta-lhes da feira estão disponíveis no endere-ço www.eventobioenergia.com.br .

notas e cursos

AEAARP24

ArquiteturaHeliane Batista Arquitetura e UrbanismoFlavia Greggi de Araujo Fabio Leandro da Silva Engenharia AgronômicaPriscilla Aparecida Mendes Pinto Engenharia CivilGilberto Antonio Rissatto Jose Augusto Passos de Menezes Marco Antonio Pedreschi Monteiro Junior

Congressos discutem energia alternativaGeração de energia alternativa irá triplicar até 2017

NO

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Até 2017 o Brasil produzirá 6,2 mil me-gawatts a partir de energia proveniente da biomassa, do vento e de pequenas hidrelétricas, de acordo com plano do governo federal. Este potencial poderá inclusive ser ampliado se levado em consideração o potencial ainda não explorado para fontes alternativas no Brasil.

O aumento no uso de energias renová-veis também beneficia outro importante negócio: a venda de créditos de carbono. A energia eólica e as pequenas centrais hidrelétricas podem proporcionar esse tipo de receita. Até o final do último ano somente o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) já havia aprovado 144 projetos capazes de gerar energia suficiente para evitar a emissão atmosférica de 2,8 mi-lhões de toneladas de carbono anuais, podendo valer R$ 100 milhões por ano com a venda de créditos de carbono.

Por outro lado, no agronegócio o Brasil pode ganhar por ano em torno de U$$ 160 milhões com a venda de créditos de carbono obtidos mediante a utilização da biomassa para gerar energia. O maior potencial está nos cultivos de cana-de-açúcar, que hoje cobrem 7 milhões de hectares no país, com previsão de au-mentar 50% até 2015, em decorrência da expansão do uso de biocombustíveis.

Cada megawatt por hora de energia produzida pelo bagaço da cana evita que mais de meia tonelada de CO2 seja

lançada na atmosfera – caso essa ener-gia fosse obtida por óleo combustível ou carvão mineral.

Temas importantes como estes serão amplamente debatidos durante a reali-zação do IV Congresso Internacional de Bioenergia e 1º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Energias Renová-veis, que acontecem de 18 a 21 de agosto de 2009, em Curitiba. Neste período, 46 palestrantes e painelistas do Brasil e de diversos países do mundo estarão transmitindo informações importantes sobre o atual estágio e perspectivas das energias renováveis em nosso planeta.

LivrosPara valorizar o tema biocombustíveis

serão lançados, durante o Congresso, dois importantes livros sobre energias alternativas. Um deles é Álcool Combus-tível, uma publicação da Confederação Nacional da Indústria, Instituto Euvaldo Lodi e Itaipu, contendo uma coletânea de artigos de renomados pesquisadores e técnicos nacionais, coordenados pelo engenheiro Luiz Antonio Rossafa, dire-tor de Gestão Corporativa da Copel. A obra tem como objetivo apresentar uma análise a partir de diferentes perspec-tivas e vertentes de pensamentos que contribuem para o avanço da política energética. O outro é Agroenergia da biomassa residual - Perspectivas ener-géticas, socioeconômicas e ambientais. Patrocinado pela Itaipu, em parceria com

Eventos:

IV Congresso Internacional de Bioenergia

I Congresso Brasileiro de

Geração Distribuída e Energias Alternativas

II BioTech Fair – Fera

Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível

Data: 18 a 21 de agosto de 2009 Local: ExpoUnimed Curitiba e Teatro Positivo Contato: [email protected] Fone : (41) 3072-3131

Engenharia ElétricaLuiz Guilherme Carmanhan Rogerio Cesar Tirado Engenharia Industrial MecânicaJose Laporte Estudante – Agronomia e afinsBruna Fernanda Bueno da Silva Bruno Bonfiglioli Machel Souza da Costa

Estudante – Tecnologia AmbientalTauan Henrique da Silva Gomes

Estudante – Engenharia Civil e afinsDouglas Faria Marcomin Tiago Tostes Teixeira

Técnico AgrícolaFernando Cesar Tasinaffo Técnico em EletrotécnicaSergio Collela Técnico em TopografiaAntonio Carlos Cury

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Prêmios, workshops e exposição marcam a 8ª edição da Bienal

Internacional de Arquitetura (BIA), realizada neste ano entre os dias 31 de outubro e 6 de dezembro. Com o tema “Ecos Urbanos”, a curadoria

do evento confirmou a realização da Expo Brasil e Expo Internacional com trabalhos e projetos de vários países

que concorrerão a prêmios.O espaço da Oca do Parque do

Ibirapuera será utilizado para sediar a exposição “Materiais e Tecnologias para a Construção Sustentável”. Pelo menos doze workshops com foco em

qualificação urbana serão realizados. O lançamento da Bienal em julho contou

com a presença do comitê da União Internacional de Arquitetos (UIA) que

esteve no Brasil.

ECOARQ

O II Seminário Brasileiro sobre Arquitetura Sustentável (ECOARQ) elegeu a cidade de Curitiba como sede desta edição. Entre os temas abordados durante os três dias de evento está a discussão sobre como a arquitetura, o urbanismo, engenharia civil, paisagismo e o design de materiais e interiores podem colaborar com a minimização do impacto do homem sobre o meio ambiente. O Seminário será realizado entre os

dias 30 de setembro e 2 de outubro, no Centro Universitário Curitiba, sendo uma noite com palestra de abertura, um dia reservado para palestras e outro dedicado

aos minicursos. Mais informações: www.unicuritiba.edu.br

O período da aposentadoria é, muitas vezes, sinônimo de correria, especial-mente para os profissionais que trilha-ram carreira autônoma. O advogado Hilário Bocchi Junior vai ministrar pa-lestra na AEAARP, no dia 24 de agosto, para orientar os associados sobre como se organizar para enfrentar este período sem problemas.

Roberto Maestrello, presidente da

A Petrobras e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) inauguraram, em julho, as novas instalações do Laboratório de Petroleômica. A reforma deste laboratório e a aquisição de no-vos equipamentos, que contaram com recursos de cerca de R$ 6 milhões da Petrobras, é parte de uma estratégia de investimentos da Petrobras em universidades e institutos de pesquisa brasileiros que tem possibilitado uma revolu-ção na academia nacional. Desde 2006, a Petrobras tem investido cerca de R$ 400 milhões por ano em mais de 100 instituições de todo o Brasil, que, organizadas em redes temáticas coordenadas pelo

entidade, diz que o advogado Samuel Domingos Pessoti, que compõe a equipe do escritório de Bocchi, estará disponível uma vez por mês na Associação para esclarecer dúvidas pessoalmente. “Va-mos começar este trabalho a partir da palestra”, esclarece o presidente.

A palestra acontecerá às 19h30 no sa-lão nobre Antônio Duarte Nogueira, da AEAARP, e a entrada é gratuita.

Advogado orienta sobre aposentadoria

Petrobras e Unicamp inauguram laboratório para caracterização de petróleo

Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), desenvolvem soluções tecnológicas para os principais desafios da indústria de energia. O Laboratório de Petroleômica tem como objetivo principal a investiga-ção detalhada de novos indicadores moleculares do petróleo e seus deri-vados. A identificação com rapidez e precisão de dezenas de milhares de compostos químicos que for-mam os diversos tipos de petróleo é fundamental para aumentar a espe-cificidade do diagnóstico da origem do óleo e da idade das rochas gera-doras, entre outras características. Tais dados são fundamentais para minimizar o risco exploratório na perfuração de poços.

Palestra

8ª BIA já tem data confirmada

Na matéria ‘Alecrim: aroma forte e marcante do orvalho do mar’, publicada na edição 172 da revista Painel, o crédito da foto da

página 16 é do site www.greenchem.biz.

USP e Fapesp integram projeto mundial de biocombustíveis

Os pesquisadores mostrarão experiência do país no assunto

Um grupo de pesquisadores da Universi-dade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) se juntará a uma equipe internacional de cientistas que estuda-rão a aplicação de biocombustíveis em larga escala no mundo.

A iniciativa faz parte do projeto Global Sustainable Bioenergy: Feasibility and Implementation Paths. A contribuição dos profissionais brasileiros será na abordagem da experiência nacional na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar.

“Esse debate mundial será muito importante para o Brasil porque a subs-tituição bem-sucedida de petróleo por biocombustíveis gera dúvidas sobre em que escala a experiência brasileira poderia ser replicada em outros países”, avalia Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor científico da Fapesp.

Fonte: Webtranspo

Revista Painel 25

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Harmonia de estilos no Espaço Gourmet

O Espaço Gourmet da AEAARP agora está completamente mobiliado. Os móveis foram desenhados especialmente para o local, que passou por reformas e ampliação e é usado para eventos da entidade e l o c a ç ã o p a r a f e s t a s d e aniversário, jantares, eventos de empresas etc.

O novo mobiliário valoriza o local e tem sido um dos motivos do aumento na locação para terceiros.

O espaço ganhou uma mesa de jantar para 10 pessoas, um balcão de madeira e 6 banquetas, banquetas também na chopeira, uma mesa bistrô com cadeiras fabricadas em ferro e madeira e um espaço do tipo sala de visitas com sofá, mesa de centro, mesas laterais e cadeiras complementares. Todas a madeira utilizada na fabricação dos móveis é de demolição.

O design dos móveis prioriza a madeira e couro em cores como o preto e tonalidades variadas de marrom que dão uma atmosfera de aconchego e, ao mesmo tempo, descontração ao ambiente.

A composição harmônica de estilos permite atender a vários públicos e diferentes tipos de eventos. O Espaço Gourmet conta com 102,79 m2.

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