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Ribeirão Preto elegeu 13 delegados para a IV Conferência de Cidades UNIÃO Aos 62 anos da AEAARP, reportagem discute o papel da entidade e como ela pode atuar no futuro AEAARP e Ministério Público começam a Campanha Civilidade nas Eleições Associados tomam posse no Conselho Deliberativo Ano XII nº 181 abril/2010 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto AEAARP ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO painel

Painel - edição 181 – abr.2010

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Revista oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto.

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Ribeirão Preto elegeu 13 delegados para a IV Conferência de Cidades

UniãoAos 62 anos da AEAARP, reportagem discute o

papel da entidade e como ela pode atuar no futuro

AEAARP e Ministério Público começam a Campanha Civilidade nas Eleições

Associados tomam posse no Conselho Deliberativo

Ano XII nº 181 abril/2010 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

A E A A R PASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETOpainel

Eng. civilRoberto Maestrello

Editorial

Presidir a AEAARP pelo terceiro ano consecutivo é uma honra e um desafio. Afinal, os 62 anos desta casa representam uma história de trabalho e conquistas em duas frentes: de um lado a valorização profissional e, de outro, toda a colaboração que a AEAARP prestou à comunidade, com muito debate e estudos sobre os problemas da cidade.

Por isso, a entidade chega aos 62 anos independente e madura. Em que pesem as dificuldades – e com elas crescemos enquanto cidadãos e enquanto seres humanos – as conquistas de todos os homens que fizeram essa história transformaram a AEAARP em uma das três maiores associações do país no segmento da engenharia, arquitetura e agronomia.

A responsabilidade e desafios de cada nova diretoria são enormes. E é com orgulho que nos vemos participando de uma das maiores transformações empreendidas nesta casa nas áreas administrativa, operacional, na modernização de nossos espaços e nos serviços prestados aos associados. Além disso, ampliamos imensamente nossa participação nos assuntos relevantes do município. Esta grande atuação técnica, cívica, política sem partidarismos, sempre de altíssimo nível, nos trouxe a um estágio que nos cobra o compromisso de não parar por aí. Temos que avançar. E fizemos tudo isso em respeito ao nosso associado e ao que todas as diretorias desta casa já fizeram.

Agora, manter a independência em relação aos poderes públicos, a questões político-partidárias, ou de interesses pessoais e de grupos torna-se o grande desafio não só da Associação como de todo ser humano. E, aqui na AEAARP, pela sua tradição, temos a grande oportunidade de exercitar tudo isso.

E por falar em exercício, a AEAARP acaba de se engajar na Campanha Civilidade nas Eleições, junto com o Ministério Público. Historicamente, a AEAARP sempre trabalhou para a comunidade em assuntos ligados diretamente às profissões tecnológicas.

Pela primeira vez, nesta campanha poderemos ter uma atuação maior junto à comunidade e estamos trabalhando numa área que extrapola os limites das profissões abrangidas pela nossa casa. A campanha tem por objetivo enfatizar a importância das eleições para o aprimoramento do processo democrático. E o movimento deve ser lançado brevemente junto com outras associações, sindicatos, ONGs, empresas e cidadãos que se interessarem.

Para que a campanha tenha sucesso, vamos depender da participação de todos. A AEAARP tem obrigação, pela sua história, de ter papel de destaque neste trabalho.

Nesta edição, a Painel apresenta a abertura da 1ª Semana de Tecnologia da Construção, um evento de alto nível técnico organizado pelo engenheiro Luiz Gustavo Leonel de Castro. E também traz a cobertura da posse dos novos conselheiros – a renovação do terço do Conselho Deliberativo é muito importante para que mantenhamos a transparência e a pluralidade das ações da AEAARP.

Eng. civil Roberto MaestrelloPresidente da AEAARP

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AssociAçãode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Índice

Expediente

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

EspEcial 05O papel da aEaaRp no futuro da cidade

ElEiçõEs 10campanha civilidade será reeditada em Ribeirão preto

EducaçãO 11aEaaRp faz convênio com Faculdades cOc

cidadEs 1213 delegados representação Ribeirão preto na conferência Nacional das cidades

cONstRuçãO 13semana de tecnologia da construção debateu sistemas pré-fabricados

aRtigO 14são paulo agroindustrial-exportador num Brasil primário-exportador

pEsquisa 16Seletividade de herbicidas em mudas de quatro espécies florestais nativas de florestas estacionais semideciduais de São Paulo

sOlENidadE 18aEaaRp empossa um terço do conselho deliberativo

cREa 20Como a ART ajuda os profissionais

cREa 20cREa-sp disponibiliza consulta gratuita das normas da aBNt

aEaaRp 21convênio uNiMEd: comunicado aos associados

pONtO dE vista 22unindo o urbano dividido no urbanismo contemporâneo

iNdicadOR vERdE 24

agENda 25iv Workshop agroenergia – matérias-primas

NOtas 26

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello Geraldo Geraldi Junior Presidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: Hugo Sérgio Barros RiccioppoDiretor Financeiro: Ronaldo Martins TrigoDiretor Financeiro Adjunto: Luis Carlos Bettoni NogueiraDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Anibal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Newton Pedreschi ChavesDiretora de Comunicação e Cultura: Maria Ines CavalcantiDiretor Social: Paulo Brant da Silva Carvalho

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia Agrimensura e afins: José Mario SarilhoAgronomia, Alimentos e afins: Calil João FilhoArquitetura, Urbanismo e afins: Luis César BarillariEngenharia Civil, Saneamento e afins: Edison Pereira RodriguesEngenharia Elétrica, Eletrônica e afins: Tapyr Sandroni JorgeGeologia, Engenharia de Minas e afins: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e afins: Giulio Roberto Azevedo PradoEngenharia Química e afins: Paulo Henrique SinelliEngenharia de Segurança e afins: Luci Aparecida SilvaComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins: Orlean de Lima Rodrigues JuniorEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Hirilandes AlvesDa Mulher: Nadia Cosac FraguasDe Ouvidoria: Arlindo Antonio Sicchieri Filho

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Luiz Gustavo Leonel de Castro

Arlindo Clemente Filho José Fernando Ferreira VieiraDilson Rodrigues Caceres José Roberto Scarpellini Edgard Cury Luis Antonio BagatinEduardo Eugenio Andrade Figueiredo Manoel Garcia FilhoElpidio Faria Junior Marco Antonio PinheiroEricson Dias Melo Nelson Martins da CostaFernando Ferrucio Rivaben Pedro Ailton GhideliGilberto Marques Soares Ricardo Aparecido DeBiagiHideo Kumasaka Sergio Luiz Coelho Wilson Luiz Laguna

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP REPRESENTANTES DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz LagunaCâmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo PradoCâmara Especializada em Engenharia Elétrica: Tapyr Sandroni Jorge

REVISTA PAINELConselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Giulio Roberto Azevedo Prado e Hugo Sérgio Barros Riccioppo - [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39, cj. 24, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180Fones: 16 3916.2840 | 3021.0201 - [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Georgia Rodrigues

Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected] Pajolla Júnior / Jóice Alves

Tiragem: 2.500 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected] Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Fotos: Fernando Battistetti.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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futuro da cidadeO papel da AEAARP no

especial

A história da AEAARP já foi contada várias vezes nas páginas da Painel. O empre-endedorismo de seus fundadores, a coragem daqueles que ousaram fazê-la viva em períodos inóspitos da política e da economia brasileira – com a aquisição da primeira sede, a construção da sede atual e a realização de reuniões para debater políticas públicas nos anos de 1970. Agora, cabe a pergunta: qual é o papel que a Associação quer ter no futuro da cidade.

O questionamento pode nos remeter a um futuro nem tão distante. E foi proposto por Cláudia Souza Passador, docente da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto (FEA/USP-RP) e coordenadora do Centro de Pesquisas e Gestão de Políticas Públicas (Gpublic), também da USP. À Painel, Cláudia traçou um panorama das associações de classe e suas responsabilidades na sociedade contemporânea.

6 especial

ProtagonismoNos últimos 62 anos muita coisa mu-

dou no país. A política do ex-presidente Getulio Vargas, o pós-guerra dos anos de 1940 e até mesmo o então recém-criado sistema que rege a atuação dos profissionais das áreas tecnológicas – o CONFEA/CREA – pautaram a criação da AEAARP. Apesar da mudança do contexto político, a essência do associativismo daqueles anos ainda é a mesma: relações horizontais, sem o poder de hierarquia,

reconhecendo seus membros como iguais. Cláudia Passador acredita que entidades como a AEAARP têm papel fundamental na sociedade atual e que devem pautar discussões e ações em defesa do desenvolvimento regional.

As associações, em seu entendimento, devem extrapolar o papel de proteção ao associado e de oferta de serviços. Precisam ser protagonistas de políticas públicas capazes de avançar além das fronteiras do município. Para Ribeirão

Preto, a docente cita a necessidade de articulação para um projeto de desen-volvimento regional e para as discussões do Plano Diretor.

No atual modelo de gestão pública, com a criação de conselhos para as mais diferentes áreas, as associações colabo-ram com a elaboração de políticas públi-cas e dão legitimidade a elas. Segundo a coordenadora do Gpublic, é a parceria entre setores do governo e associações de classe e outras personagens represen-tativas da sociedade civil que legitimam as políticas públicas e podem, inclusive, abrir as portas para financiamentos por meio das Parcerias Público Privadas (PPPs), por exemplo, que ela defende que sejam acompanhadas por associações. O único problema é que as PPPs, assim como o protagonismo das entidades de classe na elaboração de políticas públi-cas, ainda engatinham no país.

“Parceria e governança permeiam a sociedade contemporânea”, diz a docen-te. Ao Estado fica o papel de articulador dos setores envolvidos com a elaboração de políticas públicas, e as entidades de classe são as legítimas representantes da

Qual é o desafio da AEAARP para os próximos anos?

Não somente da AEAARP, mas de todos nós, o maior desafio é a nossa própria carreira. Então pergunto: estamos contentes com ela?. Se a resposta for não é porque está na hora de fazermos uma autogestão da vida profissional. Planejar, estabelecer objetivos e decisões corretas. Para tanto, temos agenda (CRP-Congresso Regional de Profissionais, CEP-Congresso Estadual de Profissionais, CNP-Congresso Nacional de Profissionais e SOEAA-Semana Oficial de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – este, em agosto, em Cuiabá-MT). Que tal mudarmos o quadro!?

Hélio Secco, presidente da Faeasp

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sociedade, assim como do conhecimento de um determinado setor. A probabilida-de de erro, em sua visão, é menor do que se fosse uma empresa privada.

Na sociedade contemporânea, os processos são cada vez mais coletivos. A Comunidade Europeia, com seu mer-cado e moeda comuns, o Mercosul, que busca o mesmo objetivo são exemplos de que a partir da união de pensamentos, ações, desejos e profissões afins é pos-sível erguer um projeto coletivo que dê resultados para toda a sociedade.

Para a AEAARPOpinar, participar, influenciar e apon-

tar caminhos. Esse papel a AEAARP vem desempenhando desde a sua fundação, quando participou das primeiras reuniões, convocadas pela Câmara Municipal, para elaborar o Código de Obras do município, exatamente no ano em que a Associação nasceu – 1948. Roberto Maestrello, presi-dente da AEAARP, defende que a entidade deve modernizar-se e estreitar ainda mais a inserção na sociedade.

Representantes da AEAARP participam de quase todos os conselhos constituídos

Qual é o desafio da AEAARP para os próximos anos?

O grande desafio da AEAARP é fortalecer cada vez mais, através de parcerias, a cooperação de seus associados e outras entidades de classe em relação ao desenvolvimento de políticas e programas eficazes para a preservação do meio ambiente, planos diretores urbanos, bacias hidrográficas e outros projetos de interesse coletivo e que visam ao desenvolvimento sustentável da cidade.

José Carlos Carvalho, presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto

pelo poder público municipal – obras, patrimônio, saúde etc. – e integram gru-pos técnicos que elaboram, por exemplo, sugestões para o uso e a ocupação do solo na zona leste, cujo relatório será divulgado nos próximos dias, e a lei de assistência técnica gratuita.

“Participar dessas discussões dá quali-dade ao debate, uma vez que apresenta-mos a visão técnica como representantes de uma parcela da sociedade”, analisa Maestrello. Aprofundar essas ações, agregar novos profissionais e estimular

a participação dos associados são obje-tivos permanentes.

José Tadeu da Silva, presidente do CREA-SP, em recente passagem pela AE-AARP, ressaltou o papel das associações de classe e a parceria com o Conselho, que permite investimentos em aperfeiço-amento técnico e profissional, mobiliza e integra a categoria. Essa união, somada ao conhecimento técnico dos membros da entidade, dá segurança à sociedade, respalda e provoca ações concretas do poder público.

8 especial

AEAARP em 2010Integra a comissão especial que elabora a •regulamentação da Lei da Assistência Técnica Gratuita

Assina, com outras entidades, o relatório que aponta •soluções para novas construções na zona leste da cidade

Lidera, com o Ministério Público Estadual, a Campanha •Civilidade nas Eleições

Participa da Conferência Municipal de Cidades e elege •representante para as etapas estadual e nacional da Conferência

Amplia convênios com instituições de ensino •

Moderniza os convênios de saúde•

Desenvolve campanha de esclarecimento sobre a ART, •que será lançada este ano

Realiza semanas técnicas: Semana Agronômica, Semana •do Meio Ambiente, Semana Tecnologia da Construção, Semana de Arquitetura e Semana de Engenharia

Qual é o desafio da AEAARP para os próximos anos?

Com um histórico de conquistas e de intensa busca pelo fortalecimento e valorização profissional, em benefício da sociedade, o desafio que se coloca diante de nossos olhos é, a partir das diferentes realidades nas quais podemos interferir positivamente, construir um projeto de nação, com soluções inovadoras e desenvolvimento sustentável.

Marcos Tulio de Melo, presidente do CONFEA

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A nossa AEAARP é uma das mais importantes entidades de profissionais do estado de São Paulo com uma linda história progressista nestes 62 anos de vida, dos quais tenho orgulho de ter vivido os seus últimos 27, com as minhas opiniões que envolvem mudanças de paradigmas. Os nossos profissionais precisam se conscientizar de que são os mais preparados para fazer política partidária, assumindo o papel de bons condutores das políticas

públicas e sociais da cidade, com a base em princípios morais aliados à nossa capacidade técnica e de gestão. Esse é o nosso maior desafio para os próximos anos! Fazer política inicialmente apoiando publicamente os nossos profissionais para cargos eletivos. Politicamente, não nos preparamos para assumir, apesar da nossa capacidade, mas temos que começar.

José Batista Ferreira, diretor regional do SindusCon

Qual é o desafio da AEAARP para os próximos anos?

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CAMPANHA CIVILIDADEserá reeditada em

eleições

A AEAARP - Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto e o Ministério Público realizaram a primeira reunião de trabalho da cam-panha Civilidade nas Eleições.

“No ano de 2010 o Brasil passará por mais um processo eleitoral. É papel da AEAARP colaborar para a solidez da de-mocracia. A campanha quer enriquecer o debate acerca dos temas que influen-ciam no desenvolvimento da cidade e a qualidade de vida das pessoas”, explica Roberto Maestrello, presidente da AE-

Ribeirão Preto

A campanha terá, inicialmente, cinco ações iniciais já aprovadas:

Cartilha educativa1. Debate2. Exibição de filme3. Divulgação nas escolas4. Dia da Civilidade5.

AARP. Para o promotor público, Carlos Cezar Barbosa, “pessoas e entidades dotadas de consciência política devem orientar a sociedade sobre a importância do processo eleitoral”.

A primeira reunião de trabalho definiu as primeiras ações para o movimento.

HistóriaA campanha “Civilidade nas Eleições”

foi idealizada pelo Pensamento Nacio-nal das Bases Empresariais e Ministério Público, em 1994. A primeira edição da campanha mobilizou associações de bair-ros, sindicatos, lojistas e Polícia Militar.

Foram contabilizadas 72 denúncias de irregularidades cometidas por candida-tos ou partidos políticos. O Ministério Público ganhou um Disque-Civilidade – uma linha telefônica exclusiva para atendimento ao público. Cerca de 25 mil cartilhas educativas com orientações so-bre a legislação eleitoral foram impressas e distribuídas. De 15 representações do Ministério Público, oito decorreram das denúncias recebidas pelo Disque-Civili-dade. Foi criado um personagem sím-bolo da campanha (uma urna estilizada) estampado em camisetas patrocinadas por empresas da cidade.

Cartilha educativaA cartilha abrangerá três temas:• quais os cuidados que o eleitor deve ter para escolher seu

candidato nas próximas eleições• orientações sobre como denunciar fraudes ou ações que violem

as leis eleitorais• divulgação de canais idôneos de informações para o eleitor

Será criada uma comissão de organização da cartilha para:Incentivar a comunidade (pessoas físicas, jurídicas, entidades 1. representativas – sindicatos, ONGs, associações, instituições em geral) a enviarem sugestões para a cartilha. Objetivo é conquistar a participação popular.Triar2. Elaborar texto final3.

DebateSerá realizado um debate sobre os temas já propostos para a cartilha que será editada. A organização da campanha convidará o jurista Helio Bicudo para o debate.

Exibição de filmeA organização da campanha divulgará buscará espaços para a exi-bição do documentário “Vocação do poder”, de 2005. O material, de 110 minutos, foi dirigido por Eduardo Escorel e José Joffly.Sinopse: Qual o atrativo de uma carreira política? Essa é uma das perguntas feitas por “Vocação do poder”. Para tentar responder, a equipe do filme acompanhou as campanhas de seis candidatos ao cargo de vereador no Rio de Janeiro durante as eleições municipais de 2004. O documentário traça um panorama das ações de cada personagem, acompanhando todo o processo eleitoral - desde as convenções partidárias, passando pelo trabalho nas ruas, a apuração dos votos, até a reação dos eleitos e dos derrotados. Foram escolhidas seis pessoas de perfis diferenciados. O que os seis personagens têm em comum é o fato de estarem se candidatando a um cargo político pela primeira vez.

Divulgação nas escolasComo nas edições anteriores da Campanha Civilidade nas Eleições, os organizadores do movimento desenvolverão ações para motivar trabalhos e debates nas escolas públicas (estaduais e municipais) e particulares do município.

Dia da CivilidadeSerá realizado o “Dia da Civilidade”. A data, ainda a ser definida, terá ações em espaços públicos para distribuição da cartilha educativa e divulgação da campanha.

11educação

A AEAARP e as Faculdades COC acabam de firmar um convênio que prevê descontos de 10% nos cursos de graduação e 20% nos cursos de MBA, este último oferecido pela Fundação Getulio Vargas. Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, e Hirilandes Alves, responsável pela Diretoria Especial Universitária da Associação, acertaram os termos do acordo com Leopoldo Andretto, diretor geral das Faculdades COC. O convênio já está em vigor e é extensivo aos familiares dos associados e aos funcionários da entidade.

Os dirigentes da AEAARP expuseram a vocação da entidade e os serviços que presta aos associados e à comunidade, ressaltando a importância do associativismo na valorização das carreiras profissionais. Andretto disse que a direção da instituição de ensino está entusiasmada com o sucesso do vestibular de Engenharia Civil para a formação de turmas em 2010.

Nos próximos dias, Maestrello vai ministrar palestra nas Faculdades COC para apresentar a entidade, o sistema CONFEA/CREA e a importância dessas profissões para o desenvolvimento econômico e social do país.

AEAARP faz convênio com Faculdades COC

Roberto Maestrello, Hirilandes Alves e Leopoldo Andretto

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AR

T 0

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cidades

Ribeirão Preto elegeu 13 delegados que farão parte da 4ª Conferência Nacio-nal das Cidades, entre os dias 19 e 23 de junho, em Brasília. Os eleitos foram defi-nidos durante a Conferência Estadual, em março. Essa foi a maior conquista desde a 1ª Conferência, realizada em 2003, e aumenta a chance da conquista de uma vaga no Conselho Nacional.

Representada por 26 delegados na capital paulista, Ribeirão Preto conquis-tou 13 vagas para a delegação nacional, sendo oito titulares e cinco suplentes, ou seja, 50% dos membros da delega-ção conseguiram se eleger. Ao todo, 240 municípios do estado de São Paulo efetivaram sua adesão à 4ª Conferência Estadual. “Houve, um incremento de 30% da participação em relação à Con-ferência anterior, realizada em 2005”, afirma Eder Silva, assistente da Secretaria

Municipal de Planejamento e Gestão Pública e membro do Conselho Nacional das Cidades.

Entre os principais temas apresentados nas conferências municipal e estadual, está a criação imediata do Conselho Municipal de Ribeirão Preto. A resolu-ção foi aprovada. O trânsito caótico nas cidades, transporte público, habitação entre outros também foram temas de-batidos. “O aumento da frota de ônibus urbano, a necessidade de melhorias no sistema de transporte público coletivo e a imediata elaboração do Plano de Mobi-lidade Urbana para todos os municípios do estado”, também foram discutidos, completa Eder Silva.

Entre os 13 eleitos, a AEAARP será re-presentada por Adriana Quites Arantes, titular no segmento de Entidades Acadê-micas, Profissionais e de Pesquisa.

13 delegados representação Ribeirão Preto na

Conferência Nacional das Cidades

Conselheiros Eleitos

Segmento Poder executivoTitular: Eder Silva – Secretaria do Planejamento Suplente: Aires Rodrigues da Cunha – Secretaria do PlanejamentoTitular : Marina Amorim – COHAB-RP Suplente – Maria Claudia Moura Borges – Secretaria do Planejamento

Movimentos SociaisTitular: França – Associação de Moradores do Ribeirão Verde (CONAM) Suplente: Rosana Luiza de Lima – Associação de Moradores do Bairro Maria de Lourdes

Movimento SindicalTitular: Maurilio Ribeiro Chiaretti – Sindicato dos Arquitetos (SASP) Suplente: Débora Prado – Sindicato dos Arquitetos (SASP)

Entidades Acadêmicas, Profissionais e de PesquisaTitular – Prof.ª Rose Elaine Teixeira Borges – Centro Universitário Barão de Mauá Titular – Adriana Quites Arantes – Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP)

ONGs com atuação na áreaSuplente – Simone Kandratravicius – Associação Cultural e Ecológica PauBrasil

EmpresáriosTitular – José Miguel dos Santos - Construarq Arquitetura e Urbanismo LTDA

Ao preparar sua ART, não se esqueça de preencher o campo 31 com o código 046. Assim, você destina 10% do valor recolhido para a AEAARP. Com mais recursos poderemos fortalecer, ainda mais, as categorias representadas por nossa Associação.

Contamos com sua

colaboração!

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As novas tecnologias que empregam os sistemas pré-fabricados em construções foram tema da Semana de Tecnologia da Construção – Sistemas Construtivos Pré-Fabricados, que aconteceu entre 12 e 16 de abril, na AEAARP. O evento reuniu construtores, especialistas, professores, técnicos e profissionais para debater os novos conceitos, técnicas e aplicações do pré-fabricado, além do contexto atual da construção civil e a atuação dos profissionais.

Historicamente, 30% do material empregado em uma construção vão para o lixo. O desperdício é inevitável em qualquer fase da obra, desde os pregos até a tinta para o acabamento. Um dos grandes diferenciais é a redução do tempo de execução da obra, além de gerar economia de materiais e número de funcionários. A Semana foi organizada pelo Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro e coordenado pelo engenheiro civil Luiz Gustavo Leonel de Castro.

As ações modernizantes na construção civil brasileira, logística da construção, construção industrializada de concreto, construção metálica com perfis lamina-dos, mercado da construção civil, sustentabilidade e construções em dry wall foram alguns dos temas abordados durante o evento. A cobertura completa da Semana estará disponível na próxima edição da revista Painel.

construção

Semana de Tecnologia da Construção debateu sistemas pré-fabricados

Abertura da Semana de Tecnologia da Construção

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1 Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciências Econômicas Pesquisador Científico do Instituto de Economia agrícola (iEa) da agência paulista de tecnologia dos agronegíocios (apta).e-mail :[email protected]

artigo

No período 1997-2009 as exportações de produtos básicos dos agronegócios paulistas saltam de patamar, saindo de pouco mais de US$ 1,0 bilhão no período 1997-2002, para níveis superiores a US$ 2,6 bilhões no biênio 2004-2005 e atingindo US$ 3,60 bilhões em 2008-2009. Quando são considerados os produtos processados, os valores das vendas externas dos agronegócios paulistas são maiores, tendo evoluído de patamares em torno dos US$ 5,0 bilhões no período 1997-2002 para níveis muito mais elevados, acima de US$ 13,38 bilhões em 2008, embora tenham recuado para US$ 12,38 bilhões em 2009 (Tabela 1).

Quando se avalia o comportamento das exportações dos agronegócios brasileiros, verifica-se que as vendas de produtos básicos, que eram de US$ 11,20 bilhões em 1997, re-cuaram para US$ 8,63 bilhões em 1999, face à sobrevalorização cambial do período. Desse ano em diante apresentaram vertiginoso processo de expansão atingindo US$ 39,83 bilhões em 2008, conquanto tenham recu-ado para US$ 37,64 bilhões em 2009, como decorrência da crise mundial que afetou o co-mércio exterior desde a segunda metade de 2008. Em termos de produtos processados, os incrementos foram expressivos, uma vez

que de US$ 13,77 bilhões em 1997 atingiu-se US$ 36,31 bilhões em 2008, patamar esse que recua para US$ 29,92 bilhões em 2009 (Tabela 1).

Já as exportações das demais unidades da federação concentram-se em produtos básicos as quais, após recuarem de US$ 9,90 bilhões em 1997 para 7,51 bilhões em 1999, ganham notável dinamismo para alcança-rem US$ 36,22 bilhões em 2008, conquanto tenham recuado para US$ 34,04 bilhões em 2009. Já nos produtos processados, após manutenção no patamar de US$ 8,70 bilhões entre 1997 e 2001, também ocorre expansão expressiva alcançando US$ 22,93 bilhões em

2008. Em 2009 esse perfil de agregação de valor nas exportações recuou para US$ 17,54 bilhões (Tabela 1).

Em função desses indicadores, os agro-negócios paulistas apresentam uma baixa participação dos produtos básicos na pauta de exportações. Excetuando-se o ano 2004, quando o câmbio impulsionou as exportações paulistas de grãos, em todos os demais anos do período 1997-2009, tem-se proporções de produtos básicos em torno de um quinto (20,0%). Nos anos recentes há crescimento da participação dos produtos básicos de 17,42% em 2006 para 22,52% em 2009 (Tabela 2).

São Paulo agrondustrial-exportador num Brasil primário-exportador

José Sidnei Gonçalves1

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Isso em decorrência da condição agroin-dustrial exportadora dos agronegócios paulis-tas, uma vez que quatro quintos (80,0%) das exportações setoriais do período 1997-2008 foram de produtos com agregação de valor por transformação agroindustrial. Entretanto, nos últimos anos nota-se um recuo da parti-cipação de produtos processados de 82,58% em 2006 para 77,48% em 2009 (Tabela 2).

Em termos percentuais, as vendas externas de produtos básicos dos agronegócios brasi-leiros, não apenas são muito superiores aos verificados para o caso paulista, como são crescentes indo de 44,86% em 1997 para 55,71% em 2009. Nota-se de forma nítida que nos anos recentes as exportações seto-riais brasileiras reforçam a condição histórica de nação primário-exportadora; ou seja, as vendas externas não consistem num processo que reforce a difusão de agroindústrias mul-tiplicando a renda e o emprego no mercado interno (Tabela 2).

Essa expressiva participação dos produtos básicos faz com que as vendas de produtos processados, cujos percentuais cresceram de 55,14% em 1997 para 60,17% em 1999, passem a constituir tendência de queda persistente, atingindo 44,29% em 2009, o que confirma o argumento de que a inserção mais recente dos agronegócios brasileiros no mercado internacional deu-se pela maior expansão das vendas de produtos básicos (Tabela 2).

Em termos proporcionais, há uma nítida prevalência dos produtos básicos nas expor-tações dos agronegócios das demais unidades

da federação, indicador que após recuar de 53,21% em 1997 para 47,79% em 2000, cres-ce de forma significativa para atingir 66,00% em 2009. Com os produtos processados, após crescimento de 46,79% em 1997 para 52,21% em 2000, há o expressivo recuo para 34,00% em 2009 (Tabela 2). Configura-se assim a realidade primário-exportadora verificada no conjunto das outras unidades da federação brasileira quando se exclui São Paulo.

A análise dos indicadores acima apre-sentados mostra algumas diferenciações estruturais relevantes no movimento das ex-portações brasileiras. Numa leitura nacional, nota-se não apenas uma realidade primário exportadora, como também fica patente o fato de que os anos recentes vem reforçando essa característica com percentuais cada vez maiores de produtos básicos (Tabelas 1 e 2). Esse desempenho ocorre na contramão da leitura de desenvolvimento de tradição ce-palina que preceituava o aprofundamento do processo de industrialização, o que em econo-mias continentais como a brasileira implicaria na multiplicação de agroindústrias. Um dos elementos fundamentais para estimular esse processo consiste na denominada “Lei Kandir” (Lei Complementar n° 87 de 13 de dezembro de 1996) que desonera as vendas externas de produtos básicos mas mantêm a tributação de produtos processados, num nítido tratamento de desestímulo às expor-tações de produtos processados.

Noutra leitura da regionalidade das expor-tações dos agronegócios nota-se as relevantes diferenças estruturais entre os agronegócios

paulista e do conjunto das outras unidades da federação, na medida em que, em São Paulo, a parcela expressiva das vendas externas correspondem a produtos proces-sados, enquanto que nas demais unidades da federação prevalecem os produtos básicos (Tabelas 1 e 2). Noutras palavras, uma economia agroindustrial exportadora nas terras paulistas face à condição

ainda primário-exportadora das demais re-giões brasileiras. Nesse sentido o processo de desconcentração produtiva atingiu a mo-derna agropecuária, mas ainda não alcançou expressão na estrutura agroindustrial de processamento. Nos anos recentes (2008-09) a crise econômica mundial, ao impactar mais duramente as economias industriais, levou à redução mais expressiva das exportações de produtos processados, com o que os efeitos sobre os agronegócios paulistas foram mais expressivos.

Essa territorialidade mostra o equívoco da centralização da capacidade de realizar políticas públicas no Governo Federal, além de que coloca em discussão o sentido do fulcro da política voltada para a expansão da fronteira agropecuária, com intenso uso da guerra fiscal, apoio de políticas federais que não solucionam a realidade de endivida-mento crescente e que produzem o aumento da dependência externa na importação de fertilizantes. Isso sem contar que todo esse processo de estímulo às vendas externas de produtos básicos acaba por refletir-se na ocupação dos espaços de vegetação nativa nos Cerrados e mesmo na Amazônia. As obras de infra-estrutura que chancelam a expansão realizada sustentando o pretérito processo de acumulação primitiva pelos ganhos patrimoniais da abertura de novas “fazendas” acabam por dar os contornos mais dramáticos à realidade. Esses elementos devem fazer parte da agenda das políticas para um novo ciclo de desenvolvimento da agricultura brasileira.

16 pesquisa

Daniel C. Tablas

Introdução Os efeitos da degradação ambiental

têm motivado experimentos sobre a adequação de práticas e protocolos de restauração de ecossistemas naturais (ENGEL & PARROTA, 2003; ARAKI 2005; HOOPER et al., 2005; BARBOSA & SANTOS, 2006), além de sua avaliação temporal (AIDE et al., 2000; FARAH 2003; ROZZA, 2003; SOUZA & BATISTA, 2004). Tais experimentos apresentam relação direta com os princípios de restauração ecológica de florestas, na medida em que práticas de adequação e manejo podem ser estabelecidas (HARDWICK et al., 2004; HOOPER et al., 2005), de modo a garantir o restabelecimento e continuidade dos diversos processos ecológicos da comunidade até a retomada da fisionomia, estrutura e função da floresta, o mais próximo possível da condição original. Logo, o acúmulo de informações sobre a dinâmica de florestas tropicais tem gerado mudanças nas orientações dos programas de manejo e restauração de florestas, deixando de ser mera aplicação de práticas agronômicas ou silviculturais (ARAKI, 2005; FARAH, 2003).

Nesse sentido, há necessidade e extre-ma urgência em pesquisar e desenvolver protocolos de plantio de mudas, seme-adura direta e, principalmente, sobre a utilização adequada de herbicidas que diminuam os impactos da competição de espécies nativas com espécies ruderais ou daninhas para garantir a recomposição e manutenção em médio e longo prazo de áreas de reflorestamento, capazes de ge-rar menos gastos e maior eficiência na re-

Seletividade de herbicidas em mudas de quatro espécies florestais nativas de florestas estacionais semideciduais de São Paulo

cuperação, de acordo com pré-requisitos ecológicos já estabelecidos.

Material e métodosO experimento foi desenvolvido nas

dependências do Centro de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Federal de São Carlos, campus de Araras, São Paulo.

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, contando com oito tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelos produtos: (1170 + 27,77 g i.a ha-1) de diuron + hexazinone, (1170 + 330 g i.a ha-1) de diuron + hexazinone, (1500 + 1000 g i.a ha-1) de clomazone + ametrina, (900 + 600 g i.a ha-1) de clomazone + ametrina, 600 g i.a ha-1 de sulfentrazone, 800 g i.a ha-1 sulfentrazone, 125 g i.a ha-1 de imazapyr e 200 g i.a ha-1 de imazapyr.

As aplicações foram realizadas com pulverizador costal pressurizado por CO2, e pressão constante de 2,5 kgf cm2, barra de aplicação provida de bicos com pontas de pulverização do tipo leque 110.03 e consumo de calda de 200 L ha-1. As plantas de Acacia polyphylla apresentavam, no momento da aplicação, aproximadamente 15 cm de altura, as de Ceiba speciosa 10 cm de altura, as de Enterolobium contortisiliquum 10 cm de altura e as de Luehea divaricata 15 cm de altura. A seletividade dos herbicidas às plantas de interesse foi avaliada visualmente aos 7, 15, 30 e 60 dias após aplicação (DAA), tomando-se por base as plantas testemunhas, e sendo atribuídas notas percentuais de controle, utilizando-se uma escala variando de 0 a 100%, sendo: 0% - nenhuma injúria; e 100% - morte total das plantas (ALAM, 1974).

Os dados foram submetidos à análise de variância para obtenção dos valores de F dos tratamentos. A comparação das médias dos herbicidas foi feita pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Resultados e discussãoA espécie L. divaricata foi bastante

sensível à ação do diuron + hexazinone, sendo que nas duas doses utilizadas o controle foi completo (100%) aos 60 DAA (Tabela 1). Este é um herbicida bastante utilizado em pré-emergência das plantas daninhas em culturas importantes como a cana-de-açúcar. Além disto, este herbicida se mostra estável ao longo do tempo, podendo causar fitotoxicidade em bioindicador até 90 DAA (MONQUERO et al. 2008). O herbicida clomazone + ametrina causou fitotoxicidade de 76 e 53%, na maior e menor dose respectivamente, observou-se folhas novas albinas o que corresponde aos sintomas clássicos destes herbicidas. Os demais tratamentos não apresentaram fitotoxicidade que pudem comprometer o desenvolvimento desta espécie.

A C. speciosa foi tolerante a todos os herbicidas utilizados, não havendo diferenças estatísticas entre os tratamentos. A espécie E. contortisiliquum, por sua vez, apresentou toxicidade quando se utilizou a formulação de diuron + hexazinone apresentanto controle de 76,25% de controle aos 60 DAA.

A espécie A. polyphylla mostrou-se bastante sensível ao herbicida clomazone + ametrina, independentememte da dose utilizada, e a maior dose de diuron + hexazinone, para os demais tratamentos, não houve efeito acentuado sobre o desenvolvimento das plantas.

17

Letras iguais indicam que, no nível de 5%, não há diferença significativa entre as respectivas médias

ConclusõesO herbicida diuron+hexazinone pode causar 1. fitotoxicidade nas espécies L. divaricata, E. contortisiliquum e A. polyphylla O herbicida clomazone + ametrina causou 2. fitotoxicidade nas espécies L. divaricata e A. polyphylla.Os herbicidas imazapyr e sulfentrazone não 3. apresentaram fitotoxicidade em nenhuma das espécies estudadas, podendo ser utilizados no controle de plantas daninhas em áreas de reflorestamento. Daniel C. Tablas - Estudante de Graduação em 4. Engenharia Agronômica - UFSCar - Estagiário do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar / PMGCA - RIDESA

Profa. Dra. Patrícia Andréa Monquero

Este trabalho foi apresentado pelo estudante Daniel C. Tablas no XII Congresso De La Sociedad Española De Malherbologia,

que ocorreu entre os dias 10 e 13 de novembro de 2009, na Fundação Calouste

Gulbenkian em Lisboa – Portugal. O projeto de Tablas foi financiado pela CNPq.

Avenida Meira Junior, 314 | Ribeirão - SPTel: (16) 3441-0100 | Nextel: 7* 44632

AÇO ARMADO - TRELIÇA TELA - PREGO - ARAME

18 solenidade

No dia 9 de abril, a AEAARP empos-sou os novos conselheiros eleitos para mandato de três anos. A cada ano, a entidade renova um terço do Conselho Deliberativo.

A solenidade, que também comemo-rou os 62 anos da Associação, foi aberta com apresentação do coral Som Geo-métrico, que iniciou entoando o Hino Nacional Brasileiro, sob a regência da en-genheira civil e maestrina Regina Foresti. Para animar a noite, o grupo apresentou mais duas peças musicais.

Na oportunidade, foram entregues os certificados para os conselheiros que encerraram o mandato e empossados os eleitos e reeleitos.

O engenheiro agrônomo José Roberto Scarpellini, presidiu a sessão substitu-indo o então presidente do Conselho,

AEAARP empossa um terço do Conselho Deliberativo

Conselheiros que encerraram o mandato

Eng. agr. Marcos Vilela Lemos

(in memoriam)

Eng. civil Edgard Cury

Eng. civil Inamar Ferraciolli de Carvalho

Eng. civil João Paulo S. C. Figueiredo

Eng. civil Luiz Fernando Cozac

Eng. civil Luiz Gustavo Leonel de Castro

Eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros empossados

Eng. civil Edgard Cury

Eng. civil Luiz Gustavo Leonel de Castro

Eng. civil Wilson Luiz Laguna

Arq. Fernando Ferrucio Rivaben

Eng. civil Marco Antonio Pinheiro

Eng. agr. Arlindo Clemente Filho

Eng. agr. Gilberto Marques Soares

Luiz Gustavo Leonel de Castro, que foi reeleito e tomou posse.

O presidente da AEAARP, Roberto Maestrello, falou da importância da renovação do Conselho para a ma-nutenção da transparência das gestões. E completou: “O papel dos conselheiros é fiscalizar as ações da diretoria, mas na AEAARP o Conselho Deliberativo tem sido muito mais atuante na tomada de decisões estratégicas para a entidade, para os associados e para a comuni-dade”.

Para encerrar, a AEAARP serviu um coquetel aos convidados e apresentou a exposição “Imagens que fazem história” com fotos de vários períodos da vida da entidade. Muitas dessas fotos, estão ilustrando a reportagem especial desta edição da Painel.

Abertura da Semana de Tecnologia da Construção

Paulo Brant Carvalho Marco Antonio Pinheiro e Carlos Palladini

Geraldo Geraldi Jr e Roberto Maestrello

BarillariZé da Conceição

19

Angélica Rospantini, Alice Giagio Leonel de Castro e Luciana Leonel Maurin

Cecílio e Ana Helena Calixto,Renata e Carlos Palladini, Fernando e Zelena Rivaben

Dilson Cáceres entre Sônia e Arlindo Clemente FilhoGilberto Marques Soares e esposa

Giulio de Azevedo Prado, Tapir Sandrini Jorge e Paulo Henrique SinelliJoão Paulo Figueiredo, Roberto Maestrello e Wilson Luiz Laguna

Luiz Gustavo Leonel de Castro e Roberto Maestrello

Stela Borin Sarilho e Paulo Brant Carvalho

20 crea

Eng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorChefe da UGI - Ribeirão Preto - CREA - [email protected] João Penteado 2237Jd. São Luis - Ribeirão Preto -SP 16 3623.7627

A ART foi instituída pela Lei Federal 6496/77 e o principal objetivo dessa lei é que todo contrato, seja escrito ou verbal, deve ter uma ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – anotada antes do início da atividade.

Na emissão da ART, é recolhida uma taxa ao Conselho e, desse valor, 10% vol-tam para a entidade de classe para investi-mento na valorização do profissional.

A destinação desse recurso está sujeita a prestação de contas ao Tribunal de Contas da União.

O recurso pode ser utilizado pela entidade de classe para desenvolver atividades que atendam a divulgação, estudo e atualização de toda a legislação

Como a ART ajuda os profissionais

e atividades pertinentes ao exercício profissional, com cursos, debates, semi-nários e outros.

E como você, profissional, ajuda a enti-dade que escolheu para representá-lo no plenário do CREA a receber este recurso? É só colocar no momento do preenchi-mento da ART, no campo 31, o código dessa entidade. No caso da Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto – AEAARP – o código é o número 046.

Esses recursos têm propiciado à AEAARP custear boa parte de suas atividades.

Se a ART não indica o código da enti-dade no campo 31, os recursos entram em um rateio para todas as entidades registradas no Conselho.

Não deixe que o recurso da sua entidade e região seja rateado para todo o Estado e indique o código da sua associação.

Todos os profissionais que atuam no mercado prestando serviços são consi-derados perante a Lei Federal 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor) como fornecedores, no caso de projetos e ser-viços técnicos.

Enquadrado como fornecedor, o pro-fissional deve planejar as suas ações e principalmente tomar muitos cuidados com o fornecimento do seu trabalho e com sua realização dentro das normas técnicas vigentes.

O Artigo 39º da Lei Federal 8078/90, que está localizado na Seção IV, prevê as práticas abusivas dos fornecedores e em seu texto diz o seguinte:

Art. 39º. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

CREA-SP disponibiliza consulta gratuita das normas da ABNT

No item - VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

O CREA-SP atento a essa questão está proporcionando aos profissionais a consulta gratuita das normas da ABNT na íntegra do seu texto.

O profissional deve dirigir-se a qualquer Inspetoria do CREA onde será disponibilizado um terminal de computador com uma senha exclusiva do CREA-SP para que possa visualizar a Norma Técnica da ABNT que desejar gratuitamente.

Se o profissional quiser adquirir a

Norma, basta preencher um cadastro dentro da ABNT e CONFEA para comprá-la, com entrega via correio, com 50% de desconto do valor de tabela.

Qualquer parte do projeto ou serviço profissional que não esteja fundamentado dentro da Norma Técnica pode comprometer todo o trabalho, porque em uma apuração de responsabilidades um serviço executado fora da norma já está condenado como erro técnico.

Portanto, engenheiros, arquitetos e agrônomos devem tomar todos os cuidados com a prestação dos seus serv iços , garant indo que sejam executados integralmente dentro das Normas Técnicas vigentes para evitar situações desagradáveis com a Justiça da área Civil e Criminal.

Para AEAARP escolha o código 046

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Por decisão unânime da Assembleia Ge-ral Extraordinária dos associados fundado-res, titulares e usuários do Plano UNIMED, ocorrida nos dias 25/03 e 05/04 próximos passados, ficou decidido:

1) A mensalidade de todos os planos Unimed dos associados da AEAARP está reajustada em 30% a partir de abril/2010 com cobrança exigível no boleto do mês corrente, conforme reza o contrato de pré-pagamento vigente. Esse aumento é necessário para a manutenção do equilíbrio financeiro do contrato, que tem acumulado sucessivos déficits nos últimos meses.

2) A cobrança da mensalidade acrescida do percentual anteriormente citado será efetuada a partir do mês de abril pela Unimed, como de costume.

3) O déficit existente no contrato, acu-

mulado até março de 2010, ainda em fase de auditoria, deverá ser pago pelos usuários em até 12 pagamentos mensais e consecutivos de no máximo R$10,00 cada parcela por usuário a partir de maio/2010, sendo que a última parcela será a de ajus-te, ou seja, poderá ser maior ou menor do que R$10,00.

4) Por imposição da ANS-Agência Nacio-nal de Saúde Suplementar do Ministério da Saúde, através da Resolução Normativa 195 de 14 de julho de 2009, a AEAARP, a exemplo de todas as associações de classe, passará a ser a gestora do atual contrato entre UNIMED e associados, que deverá ser aditado por delegação da Assembleia Geral Extraordinária acima citada. Assim, a responsabilidade da cobrança de mensali-dades, fator moderador e demais custos, além da gestão administrativa do plano,

passam para a responsabilidade da AEA-ARP, a partir do mês de maio/2010.

5) Para que a AEAARP possa fazer frente aos custos administrativos, com pessoal, manutenção do sistema, emissão de fatu-ras e boletos, com a inadimplência e tam-bém para acumular uma reserva técnica em benefício do plano e dos usuários, será cobrado no boleto mensal dos usuários do plano, o percentual de 12% sobre o total deste, iniciando-se em maio de 2010.

Sendo estas as decisões da Assembleia Geral Extraordinária, contando com a compreensão de todos, enfatizamos que mesmo com esses encargos, o prêmio pago pelos usuários da AEAARP ainda é um dos menores do mercado.

A ata da referida assembleia encontra-se à disposição de todos os interessados na sede da AEAARP.

aeaarp

Convênio UNIMED:comunicado aos associados

22 ponto de vista

Tels: (16) 3630.1818Fax: (16) 3630.1633R. Roque Nacarato, 81 Ribeirão [email protected]

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Eder Silva

Unindo o urbano dividido noV Fórum Urbano

Entre os dias 22 e 26 de março, o Rio de Janeiro sediou a 5ª Sessão do Fórum Urbano Mundial com o tema “O direito à cidade: unindo o urbano dividido”, promovida pela ONU-HABITAT. Foram 3.748 participantes representando 150 países de todos os continentes.

Documentos oficiais do evento identifi-cam que atualmente mais da metade da população mundial vive em pequenas e grandes cidades. Nesse ritmo de desen-volvimento, estima-se que nos próximos 50 anos, dois terços da população serão urbanos. Nesse sentido, avalia-se que o desafio é minimizar a pobreza crescente nas cidades, melhorar os direitos dos pobres urbanos a serviços básicos, como moradia, água limpa e saneamento, e conseguir que as cidades cresçam e se desenvolvam de forma ecológica e inteli-gente: cidades inclusivas e mais verdes.

A ONU estabeleceu o Fórum com objetivo de internacionalizar um dos problemas mais urgentes que o mundo enfrenta hoje: a rápida urbanização e seu impacto nas comunidades, cidades, eco-nomias, mudanças climáticas e políticas. A cada edição, o encontro, iniciado em Nairóbi-Quênia em 2002, tem crescido em dimensão e importância. Ocorreu novamente em 2004 em Barcelona, em Vancouver em 2006 e Nanjing em 2008. Transformou-se no evento mais impor-tante sobre a gestão do crescimento das cidades em nível mundial.

O tema do 5º Fórum Urbano Mundial – “O Direito a cidade: unindo o urbano dividido” –foi apresentado na 22ª Sessão do Conselho de Administração de ONU-HABITAT, com o objetivo de trabalhar o conceito de cidades harmoniosas, que inclui o direito à cidade e moradia ade-quada, em consonância com a agenda Habitat.

Na fase preparatória do Fórum no Brasil, a secretária geral adjunta das Nações Unidas e diretora executiva da ONU-HABITAT, Ana Tibuaijuka, pautou os rumos para os debates afirmando que “quando falamos do direito à cidade, estamos falando de garantir que mulhe-res, homens, jovens e crianças tenham o mesmo acesso aos serviços básicos nas comunidades onde moram (...) também significa níveis mínimos de segurança, para que as pessoas não vivam com medo constante de serem assaltadas ou roubadas. (...) inclui energia e transporte público acessíveis para facilitar o acesso ao trabalho, à educação e ao lazer.(...) in-clui o direito das pessoas de participarem das decisões que afetam seus meios de vida (...). E, finalmente o direito à cidade deveria se traduzir em oportunidades iguais para que todos melhorem suas condições de vida e sua subsistência sem colocar em risco os direitos das futuras gerações a fazerem o mesmo.”

A ONU-HABITAT evidencia em seus estudos que em cidades de todo o pla-neta existe uma clara divisão urbana. Identificou, por exemplo, os jovens e as mulheres como os grupos que frequen-temente têm de enfrentar barreiras em termos de acesso aos serviços urbanos básicos e às comodidades sociais.

Foi praticamente consensual entre os participantes que devemos pensar a ci-dade que queremos no século 21 em face dos impactos gerados pela globalização. A urbanização traz mudança irreversível no modo como usamos o solo, a água, a energia e outros recursos naturais. Se não forem adequadamente planejadas e geridas, essas mudanças podem ter impactos muito negativos no meio am-biente. Os grandes centros já consomem mais de dois terços de toda a energia e contribuem em proporção semelhante para todos os rejeitos, incluindo as emissões de gás de efeito estufa. E, além disso, nem todos os grupos sociais usufruem das mesmas oportunidades e do mesmo acesso que a cidade tem para oferecer.

Na forma, a proposta de Fórum Ur-bano Mundial também inovou. Por meio de eventos simultâneos, abertos à comunidade local e internacional, conseguiu abrir a complexa temática da cidade com profunda discussão e troca de idéias sobre as melhores práticas do urbanismo contemporâneo. Qual a prio-ridade? Quais possibilidades e condições para a gestão das cidades no cenário internacional?

Nos estandes, países apresentaram experiências e reconceituações na ges-tão urbana incluindo a responsabilidade dos governos para garantir o direito dos pobres urbanos a moradia adequada, saúde, água e serviços de energia. Repre-sentantes brasileiros focaram iniciativas dos governos, principalmente o federal, na política habitacional, em que políticas fundiárias e de acesso à moradia têm sido difundidas em todo o país de modo

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Mundial 2010 no Rio de Janeirourbanismo contemporâneo

descentralizado por meio de recursos disponibilizados diretamente às coope-rativas das comunidades locais.

Paralelamente ao evento ocorreu o Fórum Social Urbano, promovido por movimentos e organizações sociais brasileiras, como contraponto crítico ao Fórum da ONU. Foi realizado no Centro Cultural da Ação da Cidadania Contra a Fome, a 300 metros do evento oficial. As discussões giraram em torno de quatro eixos: criminalização da pobreza e vio-lências urbanas, megaeventos e a globa-lização das cidades, justiça ambiental na cidade, grandes projetos urbanos, áreas

centrais e portuárias. Ao final foi lançada a Campanha Ur-

bana Mundial com intuito de promover e colocar a urbanização sustentável na pauta da elaboração de políticas globais, nacionais e locais. Autoridades mundiais e participantes assinaram um pacto de apoio à campanha. Haverá diversas ações pelo mundo em busca de garan-tir o direito à cidade, aproveitando a riqueza do conhecimento, a informação especializada e a experiência produzida para melhorar a política urbana por meio de ações parceiras entre a esfera pública e a privada.

Também foi lançado o jornal (www.citiscope.org) sobre iniciativas de cidades que buscam garantir o direito à cida-de. Cada participante irá receber um aler-ta por e-mail desse jornal. Todos podem enviar histórias, indicar links e buscar as tendências urbanas. Foi agendado um evento da Cúpula Mundial das 100 Cida-des (www.100citiesinitiative.org/) para abril de 2011, em Alicante-Espanha.

Em síntese, os debates do V Fórum centraram na aplicação efetiva do direito à cidade, com a necessidade de melhoria da qualidade de vida das cidades do planeta e o aumento da participação cidadã no

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Asfalto aprovadoO asfalto absorvente testado pela usp desde novembro do ano passado ganhou nota máxima na sua maior prova de resistência: as chuvas de verão. capaz de absorver um litro de água em poucos segundos, o material reteve 100% do líquido armazenado durante as chuvas nos últimos meses. a capital registrou recordes de precipitação, com até 47 dias contínuos de tempo chuvoso entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010. O diferencial do piso é que ele evita que grandes volumes de água sejam despejados no sistema pluvial de uma só vez. O processo envolve a retenção do líquido em camadas de pedras sob a manta asfáltica. Essa água é gradualmente liberada para as bocas de lobo, ao longo de um período de 12 horas.

Fonte: Instituto de Engenharia

Selo Verdea utilização de selos em produtos informando quanto foi emitido de dióxido de carbono (cO2) na sua produção – conhecida como pegada de carbono – já é adotada por diversos fabricantes europeus. agora surgem os selos com dados sobre o consumo de água, ou simplesmente a pegada hídrica. as empresas interessadas em mapear o uso de água e medir os riscos relativos às operações globais e à cadeia de suprimentos podem utilizar a ferramenta global Water tool, criada pelo conselho Mundial de Negócios para o desenvolvimento sustentável (WBcsd).

Lei verde rigorosaO Brasil é o país mais rigoroso na exigência de formação e preservação de áreas florestais como imposição para a concessão do licenciamento ambiental se comparado com outras dez nações, cita o mais novo estudo encomendado por entidades do setor elétrico. a comparação foi feita por uma equipe de pesquisadores do departamento de Engenharia Florestal da universidade Federal de viçosa (Mg). a iniciativa é parte do esforço do setor empresarial brasileiro para influir nas discussões de revisão do código Florestal, em curso numa comissão especial na câmara dos deputados.

Indicador verde

Os subtemas com maior destaque foram tratados em seis sessões de diálogo durante o evento:

Eder Silva é arquiteto e urbanista, professor universitário, assistente do Secretário de Planejamento e Gestão Pública de Ribeirão Preto e membro do Conselho Nacional das Cidades.

Diálogo 1: Levando adiante o direito à cidade: sessão que teve objetivo de identificar políticas e práticas urbanas e de habitação que vinculem os elemen-tos fundamentais do direito à cidade e forneçam resultados reais para cidades inclusivas, participativas e equitativas, além de examinar a viabilidade e as im-plicações políticas das ações.Diálogo 2: Unindo o urbano dividido: sessão de análise das causas enraizadas da desigualdade, da pobreza e das fave-las, e o seu impacto nas cidades, con-siderando mais de 300 cidades mencio-nadas no relatório “Estado das Cidades do Mundo 2010-2011”, para melhorar o entendimento sobre a desigualdade urbana e a busca de alternativas para unir a divisão urbana.Diálogo 3: Acesso equitativo à moradia: sessão de exame das políticas e práticas que possibilitam maior acesso ao solo e à moradia, e ajudam nas estratégias de prevenção de favelas, buscando identi-ficar os diferentes tipos de respostas de políticas, programas e abordagens que possibilitem a oferta de oportunidades de moradia para diferentes grupos sociais. Diálogo 4: Diversidade cultural nas ci-dades: sessão sobre a dimensão cultural nas cidades para entender seus impactos no desenvolvimento urbano sustentável, equitativo e inclusivo, considerando o

conceito de cidades harmoniosas como elementos de abordagem do direito à cidade, e compreensão do papel da diversidade, expressão cultural, etnici-dade, linguagem, gênero e sexualidade ao unir a divisão urbana.Diálogo 5: Governança e participação: sessão de dos elementos básicos de uma cidade democrática que envolv seus cidadãos no desenvolvimento urbano inclusivo e equitativo, tendo em vista mecanismos promotores da participa-ção da sociedade civil na tomada de decisão local, como meio de garantir oportunidades iguais, mais transparência e eficiência na gestão e planejamento urbanos.Diálogo 6: Urbanização inclusiva, sus-tentável: sessão sobre a sustentabilidade ambiental e a inclusão social no direito à cidade, com destaque para as dimensões espaciais do desenvolvimento urbano sustentável e o papel crítico de uma boa governança urbana para atender aos de-safios sociais, econômicos e ambientais atuais que as cidades enfrentam. Debates temáticos abertos e sessões de conclusão: reuniram participantes dos eventos realizados para extrair lições e conclusões sobre assuntos levantados durante as sessões dos diálogos, debates temáticos abertos, eventos em rede e sessões de treinamentos relacionados com o tema do diálogo.

planejamento urbano. Para tanto, urge reflexões para atualizar e reconceituar o desenho e o planejamento urbano, exercitar governança na gestão urbana, promover subsídios e financiamentos para as políticas públicas urbanas, e definir políticas de gênero e de juventude

a toda a população.O sexto Fórum Urbano Mundial

será em 2012 na capital de Barein, Manama. País árabe, com característica insular, localizado no Golfo Pérsico, com fronteiras marítimas com o Irão, Quatar e Arábia Saudita.

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Anúncios e encartesna revista Painel

Mailing (etiquetas) de associados da

AEAARP

ligue 16.3931.1555

A quarta edição do Workshop Agroenergia – matérias-

primas, que tem o apoio da AEAARP e outras entidades, começa dia 30 de junho. O evento será no Centro de

Convenções da Cana-de-Açú-car – IAC (Anel Viário km 321

– Ribeirão Preto). Informações podem ser obtidas no endere-ço www.infobibos.com/agroe-nergia, pelo e-mail [email protected] ou pelos fones (16) 3637.1091, 3919 5959,

3637.1849 e 3621.2717.

IV Workshop Agroenergia - matérias-primas

agenda

26notas

Seguradora

No dia 5 de abril, os engenheiros Wilson Luiz Laguna e Giulio R. Azevedo Prado estiveram em São Paulo para participar da primeira reunião da presidência com integrantes de Grupo de Trabalho (GT) e Comissões Especiais do CREA-SP. Laguna foi nomeado, pelo presidente do CREA-SP, coordenador da Comissão Especial de

O governo federal vai criar uma segura-dora estatal para oferecer seguro de crédito aos grandes projetos de infraestrutura previstos para os próximos anos, como a construção do trem-bala entre São Paulo e Rio. Ele pretende anunciar ainda neste ano a criação da empresa, que deverá ser bancada pelo Tesouro e poderá recorrer a recursos de fundos públicos.

O objetivo é corrigir uma falha de mercado, já que hoje não há seguradoras nacionais de grande porte e as internacio-nais estão combalidas por causa da crise financeira. Além disso, a nova seguradora reduzirá os riscos do BNDES, que desem-bolsará de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões anuais nos próximos quatro anos.

Fonte: Valor Online

Simpósio PCHsO potencial de crescimento das Peque-

nas e Médias Centrais Hidrelétricas será discutido no 7º Simpósio sobre PCHs, nos dias 11, 12 e 13 de maio, em São Paulo. O evento, promovido pelo Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), vai reunir 800 pro-fissionais, entre eles, projetistas, constru-tores, gestores, especialistas, professores, técnicos e investidores envolvidos.

Responsáveis por quase 3% da energia produzida em todo o território nacional, as PCHs são elos importantes da cadeia ener-gética brasileira, baseada essencialmente na produção hidráulica.

NOVOS ASSOCIADOSEngEnHARIA AgRonôMIcA

Fabio de Oliveira Nishi

ENGENhARiA CiViLCiro José Lapria

José Ernesto Brinck

EStUDANtE – AGRONOMiA E AfIns

José Carlos dos Santos Junior

EStUDANtE – ARQUitEtURA E URbANiSMO

José Eduardo Mariano Batista da Silva

Stefanny Sampaio Tavares

EStUDANtE – ENGENhARiA CiViL E AfIns

Camila GanzellaFelipe Cesar Medeiros

Stennyo Gilberto Sampaio Tavares

EStUDANtE – ENGENhARiA ELétRiCA E AFiNS

Alessandro Miguel Russo

O conselheiro Giulio Azevedo Prado, o presidente do CREA-SP, José Tadeu da Silva, o conselheiro Wilson Luiz Laguna e o chefe de gabinete do CREA/SP, Francisco Yutaka Kurimori.

Consolidação do Ato Normativo para a implantação do Livro de Ordem para as obras e serviços de engenharia de forma geral. A implantação é obrigatória (por força de Lei Federal) e deverá ser efetuada até janeiro de 2011. Giulio Azevedo Prado foi nomeado coordenador do GT Equipamentos Eletrônicos Rodoviários.

AlphavilleO diretor comercial do Alphaville, Fábio

Valle, visitou a AEAARP para apresentar o projeto do empreendimento à entidade. A visita reuniu diretores e conselheiros.

Na foto, Hirilandes Alves, Hugo Riccioppo, Luis César Barillari, Orlean de Lima

Rodrigues Junior, Geraldo Geraldi Junior, Roberto Maestrello, José Aníbal Laguna,

Fábio Valle e Luiz Gustavo Leonel.

FalecimentoFaleceu no dia 13 de abril, às 8h,

o engenheiro civil Mahomed Cozac, que foi o primeiro homenageado da

AEAARP com o prêmio Profissionais do Ano, em 1979. No mesmo dia, faleceu o engenheiro eletricista Augusto Cezar Maza. Também em abril faleceram Jose

Alceu Favaro (dia 15, em São Joaquim da Barra) e Mauricio Lataro (dia 2)

Para comemorar os 62 anos de fundação, a AEAARP expôs as fotografias que compõem o acervo da entidade. “Os associados podem se reconhecer nessas imagens, além de verem momentos importantes, como por exemplo aquele que marcou o início da construção da sede que ocupamos”, conta Roberto Maestrello, presidente da AEAARP. Os painéis com as fotografias ainda podem ser vistos na sede e estão disponíveis também no site www.aeaarp.org.br.

Exposição

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