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Saídas para a crise HOMENAGEM Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 AGRONEGÓCIO Conheça a história de Mombuca EVENTO Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel

Painel - edição 246 - set.2015

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Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

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Page 1: Painel - edição 246 - set.2015

Empreendedorismo e inves� mento em novos produtos e tecnologias podem ser soluções

Saídas paraa crise HOMENAGEM

Os Profissionais do Ano AEAARP 2015

AGRONEGÓCIOConheça a história de Mombuca

EVENTOCobertura da 6ª Semana de Arquitetura

painelAno XVIII nº 246 setembro/ 2015

A E A A R P

Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

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Nos úl�mos dias, a cidade sofreu uma alteração: no centro da cidade, foram

pintadas no asfalto faixas específicas para os veículos do transporte público. Nelas,

só os ônibus devem trafegar. Sem entrar no mérito da decisão de priorizar o trans-

porte público, ainda que por meio de uma simples pintura, cabe refle�rmos sobre

a organização de nossa cidade e qual é a nossa responsabilidade diante disso, como

profissionais e cidadãos.

Tramita, ainda, na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, projeto de lei que trata

da mobilidade urbana. É, mais uma vez, o debate sobre o Plano Diretor. Esta revista

Painel já se dedicou ao tema inúmeras vezes nesses mais de 30 anos de existência. E,

ao que parece, não é o debate que não tem fim, é o problema que não acaba nunca.

O Jornal A Cidade publicou reportagem de capa sobre o Plano Diretor de 1945,

que foi matéria também na revista Painel bem antes, em outubro de 2011. Este

projeto previa a organização da cidade para comportar 400 mil habitantes, o que

veio a acontecer nos anos de 1990. Não adotar aquela organização – ou qualquer

outra proposta urbanís�ca que pudesse surgir – não foi crime. Devemos levar em

consideração que naquela época a cultura era diferente e o modo de pensar de

técnicos e polí�cos também. Para se ter ideia, o teatro foi demolido, apesar de ser

descrito como uma joia da arquitetura, atendendo ao clamor popular pela higie-

nização do centro.

A cidade, os governantes e os técnicos, por meio das en�dades de classe, en-

tretanto, não têm mais jus�fica�va plausível para permi�r que uma cidade como

Ribeirão Preto avance sem qualquer ordenamento. Desde a adoção do Estatuto das

Cidades, em 2001, a população tem o direito de par�cipar da elaboração do projeto.

A AEAARP, por meio do Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro,

segue desempenhando o seu papel, que é o de provocar e fornecer subsídios para

o debate qualificado.

Hoje, temos o dever de projetar a cidade para as próximas gerações e o que se vê

é a movimentação polí�ca sobre um tema eminentemente técnico. Os profissionais

da prefeitura municipal que se dedicam a esse assunto têm grande experiência e

são comprovadamente capacitados para propor alterações ao Plano Diretor e fazer

valer as regras. A AEAARP pode colaborar neste sen�do. Porém, as posições técnicas

não podem ser atropeladas pela ingerência poli�ca e, desde 1945, é o que acontece

na cidade em se tratando desse tema.

Eng. civil Carlos AlencastrePresidente

Eng. civilCarlos Alencastre

Editorial

Page 4: Painel - edição 246 - set.2015

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente

Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge1º Vice-presidente

Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. agr. Callil João FilhoDiretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes AraújoDiretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes PeixotoDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira RosaArquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes SantosEngenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. civil Edgard CuryEng. civil Elpidio Faria JuniorArq. e eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Franco do AmaralEng. agr. Geraldo Geraldi JrEng. agr. Gilberto Marques SoaresEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoArq. Luiz Eduardo Siena MedeirosArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Ricardo Aparecido Debiagi

Conselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziEng. civil Fernando Brant da Silva CarvalhoArq. e urb. Fernando de Souza FreireEng. agr. Ronaldo Posella Zaccaro

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. civil Arlindo Sicchieri, eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres,eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editora: Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.

Expediente

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ÍndiceESPECIAL 05É preciso coragem e conhecimento

PRÊMIO 10Profissionais do Ano AEAARP 2015

AGRONEGÓCIO 14Avicultura e agricultura são carro-chefe em Mombuca

PESQUISA 17IAC mantém programa de melhoramento de macadâmia

ARQUITETURA 186ª Semana de Arquitetura

ARTIGO 22Florestas Urbanas ou Parques Ecológicos?

CREA-SP 23Responsabilidade técnica em elevadores e escadas rolantes

FOCO 24

SUSTENTABILIDADE 25Pesquisa revela mercado em ascensão

NOTAS E CURSOS 26

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AEAARP

ESPECIAL

e conhecimentoA redução da oferta de vagas no mercado de trabalho pode

ser oportuna para começar o próprio negócio

É preciso coragem e

O Produto Interno Bruto (PIB) brasi-O Produto Interno Bruto (PIB) brasi-

leiro tem fortes alicerces nas a�vidadesleiro tem fortes alicerces nas a� vidades

desempenhadas por engenheiros, ar-desempenhadas por engenheiros, ar-

quitetos e agrônomos. Quando há arre-quitetos e agrônomos. Quando há arre-

fecimento na economia, queda no PIB efecimento na economia, queda no PIB e

paralização na indústria, o reflexo nesteparalização na indústria, o refl exo neste

mercado de trabalho é imediato.mercado de trabalho é imediato.

Nos úl�mos anos, análises davamNos úl� mos anos, análises davam

conta de que faltariam engenheirosconta de que faltariam engenheiros

para o desafio que a economia brasi-para o desafi o que a economia brasi-

leira enfrentaria. Contava-se em mi-leira enfrentaria. Contava-se em mi-

lhares as necessidades do mercado delhares as necessidades do mercado de

trabalho. Faltariam engenheiros paratrabalho. Faltariam engenheiros para

dar conta do desafio de crescimento dodar conta do desafi o de crescimento do

país. A crise econômica, alicerçada empaís. A crise econômica, alicerçada em

razões financeiras, fiscais e polí�cas,razões fi nanceiras, fi scais e polí� cas,

derrubaram quase todas essas avalia-derrubaram quase todas essas avalia-

ções.ções.

“A crise é sempre boa para pensar,“A crise é sempre boa para pensar,

coloca todo profissional em um circuitocoloca todo profi ssional em um circuito

de possibilidades, medo e inseguran-de possibilidades, medo e inseguran-

ças, mas também provoca mobilidade.ças, mas também provoca mobilidade.

Nesta fase, pensamos em outras possi-Nesta fase, pensamos em outras possi-

bilidades de ganhos, de complementosbilidades de ganhos, de complementos

ou aquisição de competências”, avalia aou aquisição de competências”, avalia a

consultora Danielle Moro, especialistaconsultora Danielle Moro, especialista

em gestão de carreiras e de pessoas.em gestão de carreiras e de pessoas.

De acordo com a empresa de recru-De acordo com a empresa de recru-

tamento Kelly Services, o momentotamento Kelly Services, o momento

atual não é exatamente de crise paraatual não é exatamente de crise para

algumas carreiras ligadas à engenharia.algumas carreiras ligadas à engenharia.

Há retração, mas não esgotamento deHá retração, mas não esgotamento de

oferta de trabalho.oferta de trabalho.

A engenharia civil, por exemplo, é aA engenharia civil, por exemplo, é a

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Revista Painel

carreira menos afetada. A análise da

consultoria conclui que, em São Paulo,

os contratos migram de grandes empre-

sas para pequenas construtoras. Nos ou-

tros estados da federação, o número de

profissionais disponíveis é bastante re-

duzido em relação ao mercado paulista.

A consultora Danielle vê também uma

movimentação de vagas dentro das em-

presas: saem os profissionais de nível

médio e ascendem os iniciantes. Se, por

um lado, significa redução de vagas no

mercado, por outro é a oportunidade

de recém-formados enfrentarem a res-

ponsabilidade de estarem à frente de

projetos e obras.

“Empresas tendem a fechar posições

e redistribuir a�vidades. Nesta fase,

muitos profissionais têm oportunidades

de conhecerem outras áreas, acumular

a�vidades, mas se deparam também

com mais estresse e dificuldade de ge-

renciamento de tempo”, explica.

Segundo o levantamento da Kelly

Services, pelo caráter inovador da a�-

vidade, a engenharia de computação é

carreira em ascensão. Já na engenharia

ambiental, o mercado é de baixa procu-

ra, justamente em razão da retração nos

inves�mentos. No ranking de remune-

ração preparado pela consultoria, a en-

genharia química aparece com melhor

desempenho. Em segundo lugar está a

engenharia mecânica, seguida pelas en-

genharias elétrica e eletrônica. Em se-

guida, ocupando a quarta posição, apa-

rece a campeã em vagas de trabalho,

a engenharia de computação, seguida

pelas engenharias civil e de produção.

EmpreendedorismoAs engenharias, a arquitetura e a agro-

nomia têm, em várias áreas, forte apelo

empreendedor. Para Danielle, esta ca-

racterís�ca, por si só, é insuficiente para

garan�r o sucesso do negócio. “É boa

opção desde que o profissional tenha

condição de gerir o seu negócio. Empre-

ender não é apenas abrir uma empresa

de produtos ou serviços, é saber geren-

ciar caixa, fazer projeções financeiras e

liderar pessoas. E, sobretudo, estar pre-

parado para aumentar a carga de traba-

lho”, explica.

O Serviço de Apoio à Micro e Peque-

na Empresa (SEBRAE), tem importante

por�ólio de cursos e treinamentos paraFonte: Kelly Service

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AEAARP

As 10 caracterís�cas comportamentaisdo empreendedor de sucesso

¯ Busca de oportunidade e inicia�va

¯ Persistência

¯ Correr riscos calculados

¯ Exigência de qualidade e eficiência

¯ Comprome�mento

¯ Busca de informações

¯ Estabelecimento de metas

¯ Planejamento e monitoramento sistemá�cos

¯ Persuasão e rede de contatos

¯ Independência e autoconfiança

Fonte: SEBRAE

aqueles que desejam explorar novas

possibilidades para suas empresas ou

desejam iniciar um novo negócio. O

público-alvo é de empresários, pessoas

jurídicas ou pessoas |sicas que buscam

orientações.

O Empretec é o mais completo trei-

namento de empreendedorismo ofere-

cido pelo órgão. A metodologia foi de-

senvolvida na Organização das Nações

Unidas (ONU) e desenvolve caracterís�-

cas de comportamento empreendedor

nos par�cipantes, além de colaborar na

iden�ficação de novas oportunidades

de negócios. O treinamento é promovi-

do em 34 países.

Anualmente, o Empretec capacita

em torno de 10 mil par�cipantes em

todo o país. Uma pesquisa feita pelo

SEBRAE revelou que 75,4% dos em-

presários que par�ciparam do treina-

mento em 2014 confirmaram aumento

do lucro mensal; 91,8% disseram que

o Empretec contribuiu para melhorar

o conhecimento sobre o seu negócio,

atualizar metas, planos e projetos e

84,9% disseram que foi ú�l para iden�-

ficar novas oportunidades.

O treinamento tem duração de 60

horas, no modelo de imersão. O par�-

cipante é desafiado em a�vidades prá-

�cas, cien�ficamente fundamentadas

que apontam como um empreendedor

de sucesso age, tendo como base 10 ca-

racterís�cas comportamentais (Veja no

box).

Outro programa do SEBRAE é o Agen-

te Local de Inovação (ALI), criado em

parceria com o Conselho Nacional de

Desenvolvimento Cien�fico e Tecnoló-

gico (CNPq). Bolsistas do CNPq visitam

empresas interessadas em ter acompa-

nhamento próximo em médio e longo

prazos. A ação é gratuita e começa com

o diagnós�co dos pontos em que as

empresas estão defasadas e precisam

de ajustes. Na sequência, é montado

um plano estratégico de ações levando

em consideração as prioridades. O ob-

je�vo é promover a prá�ca con�nuada

de ações de inovação nas empresas de

pequeno porte, por meio de orientação

proa�va, gratuita e personalizada.

Danielle considera que as ferramen-

tas do SEBRAE oferecem oportunidades

de acessar métodos de gerenciamento.

“Empreender não é nunca trabalhar

menos e sim aumentar a carga de tra-

balho”, enfa�za. Ela também aconselha

que o candidato a empreendedor alinhe

expecta�vas em relação à realidade. As

ferramentas de gestão, por exemplo,

são essenciais nesse processo. “Em-

preender em momentos de crise pode

exigir inves�mentos maiores. É preciso

saber se o profissional consegue a�ngir

o plano de negócio delimitado”, ponde-

ra a consultora. Ela conclui, porém, que

a queda no mercado de trabalho pode

ser um bom momento para repensar a

carreira e qualificar-se com as expecta-

�vas voltadas para o futuro.

Oportunidade na crisePara José Goldemberg, presidente

da Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado de São Paulo (FAPESP), a crise é

oportuna para inves�r em ciência e tec-

nologia e desenvolver produtos e áreas

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Revista Painel

Fonte: Kelly Service

nas quais o país apresenta vantagens

compe��vas.

Ele avalia que a cotação do dólar em

torno de R$ 2 no Brasil nos úl�mos anos

desencorajou a produção local e levou

a indústria nacional, que representava

18% do Produto Interno Bruto (PIB) bra-

sileiro há dez anos, diminuir sua par�ci-

pação para 9%. Era mais barato comprar

produtos da China do que fabricá-los

em território nacional.

Portanto, Goldemberg es�ma que o

aumento na cotação da moeda norte-

-americana no Brasil pode dar novo im-

pulso para o desenvolvimento de pro-

dutos e da ciência e tecnologia no país.

“A ciência e tecnologia não dependem

apenas de boas ideias, mas também da

situação econômica do país. A subida

do dólar, agora, é favorável para o de-

senvolvimento da ciência e tecnologia

localmente”, afirma.

Na avaliação do dirigente da FAPESP,

uma das áreas que o Brasil apresenta

vantagens compe��vas em relação a

outros países é a de automóveis elé-

tricos. “Como os combus�veis fósseis

estão com prazo de validade limitado,

por diversas razões – incluindo o aque-

cimento global –, não vão ser países

Page 9: Painel - edição 246 - set.2015

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AEAARP

PROJETOS ELÉTRICOS EMMÉDIA TENSÃO

CONSTRUÇÃO DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIAELETRICA AEREA

TRANSFORMADOR EM PEDESTAL EM REDESUBTERRÂNWEA

ILUMINAÇÃO ORNAMENTAL

INSTALAÇÃO CAIXA DE INSPEÇÃO CI

[email protected]

FONE (16) 3102 5017 RIBEIRÃO PRETO—SP

INSTALAÇÃO DE TUBULAÇÃO REDESUBTERRÂNEA

www.lopesesilva.net.br

PROJETOS E EXECUÇÃO DE REDES DEDISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

que produzem eletricidade a par�r do

carvão que vão viabilizar os automóveis

elétricos. Mas, o Brasil pode fazer isso,

porque tem energia hidrelétrica”, avalia

Goldemberg.

Além dos automóveis elétricos e da

agricultura, há diversas outras áreas em

que o Brasil tem vantagens compe��-

vas, es�ma o dirigente da FAPESP.

“A grande tarefa que temos agora é

iden�ficar essas áreas em que nós pos-

samos, efe�vamente, fazer a diferença,

por nossas caracterís�cas próprias e lo-

cais”, disse Goldemberg.

Com informações da Agência Fapesp

Page 10: Painel - edição 246 - set.2015

10

Revista Painel

O engenheiro José Aníbal Laguna, o

arquiteto Orlando Barbosa de Freitas e

o agrônomo Guido De Sordi têm mar-

cas profundas na história econômica de

Ribeirão Preto. Eles são os Profissionais

do Ano AEAARP 2015, indicados respec-

�vamente pelo engenheiro João Paulo

Figueiredo, a arquiteta Ercília Pamplona

e o agrônomo Paulo Peixoto.

Aníbal Laguna é responsável, direta e

indiretamente, por centenas de obras

no município e está sempre à frente

de importantes debates acerca da qua-

lidade de vida na cidade. Barbosa de

Freitas usa a arquitetura para modificar

conceitos e inovar. Foi assim que criou

o Edi|cio Minas Gerais, por exemplo,

que ele mesmo já esclarece tratar-se do

“marmitão”, como ficou popularmen-

te conhecido o prédio redondo na Rua

Amador Bueno. De Sordi teve apenas

um emprego em toda a vida profissio-

nal, de 1961 a 2005, no Ins�tuto Agro-

nômico de Campinas, e fez história na

PRÊMIO

direção da Fazenda Experimental de

Ribeirão Preto.

Eles têm em comum o envolvimento

com a AEAARP. Aníbal Laguna foi pre-

sidente da diretoria e também do con-

selho, ocupou diretorias na en�dade e

é o fundador da revista Painel, que co-

meçou a circular em 1979 em formato

tabloide. Barbosa de Freitas par�cipou

do fortalecimento da associação quan-

do a en�dade surgiu e obteve reconhe-

cimento disso na 1ª Semana de Arqui-

tetura. De Sordi foi diretor, conselheiro

e é a�vo par�cipante da comissão que

define ações específicas para os agrô-

nomos.

A escolha dos três profissionais foi to-

mada em reunião conjunta da diretoria

e do conselho da AEAARP. Para o enge-

nheiro Carlos Alencastre, presidente da

en�dade, eles encarnam caracterís�cas

essenciais aos seres humanos: dedica-

ção à carreira e responsabilidade social

em relação à comunidade onde vivem.

Conheça oengenheiro,o arquiteto eo agrônomoProfissionais doAno AEAARP2015

Dedicação à en]dade, à carreira e à comunidadedefinem o engenheiro, o arquiteto e o agrônomo

homenageados deste ano

Profissionais do AnoAEAARP 2015

Page 11: Painel - edição 246 - set.2015

11

AEAARP

Engenheiro civil, Aníbal Laguna exer-

ce a profissão ininterruptamente há

49 anos. Graduou-se pela Faculdade

de Engenharia da USP de São Carlos

(SP). Fundou a Centrais Telefônicas de

Ribeirão Preto (CETERP), da qual foi o

primeiro superintendente, e o Departa-

mento de Urbanismo de Ribeirão Preto

(DURSARP), ambos ex�ntos. É mem-

bro fundador do Conselho Municipal

de Urbanismo (COMUR), foi secretário

municipal de Planejamento e de Obras,

dirigiu vários departamentos municipais

e a Companhia Habitacional de Ribeirão

Preto (COHAB).

Em 1967 executou os primeiros traba-

Engenheiro civil

José AníbalLaguna

lhos como engenheiro – duas residên-

cias e um edi|cio comercial. Nos anos

seguintes integrou equipes responsá-

veis por edificações que marcam a his-

tória da cidade, como o edi|cio Padre

Euclides, na Rua Visconde de Inhaúma,

onde a sua trajetória se funde à da AE-

AARP. Foi neste prédio a primeira sede

própria da en�dade, conquistada no fi-

nal dos anos de 1960.

Aos 73 anos, Aníbal Laguna segue na

a�va. Trabalha todos os dias como se

fosse aquele primeiro, em 1967, com o

diferencial de exibir no currículo obras

e realizações que o diferenciam no mer-

cado e na sociedade.

Ele exibe hoje a

mesma vitalidade para

trabalhar e debater

novas ideias como em

1967, quando fez seu

primeiro projeto.

Page 12: Painel - edição 246 - set.2015

12

Revista Painel

Arquiteto das ideias

inovadoras, que

investe em projetos

ousados e marcantes,

sempre com omesmo

frescor que o levou a

cruzar o continente

em busca do seu ideal.Decidido a ser arquiteto, Barbosa de

Freitas enfrentou uma banca examina-

dora no ves�bular que elaborou uma

capciosa questão de |sica. Ele deveria

responder o que faria se es�vesse a

cavalo e começasse uma tempestade

com raios. Respondeu que desceria do

animal e buscaria abrigo. O professor

o repreendeu. Afirmou que a resposta

correta seria a busca por uma valeta.

Barbosa de Freitas retrucou que, sob

tempestade, a valeta poderia inundar.

Foi reprovado.

Então, decidiu vender o carro e inves-

�u em uma empreitada ousada para a

época: estudar em Miami, nos Esta-

dos Unidos, onde graduou-se em 1961

Arquiteto

Orlando Barbosade Freitas

como Engenheiro Arquiteto. Naquela

época, já havia concluído o curso de Pi-

loto Civil no Aeroclube de Ribeirão Pre-

to e, depois, cursou, durante um ano, a

faculdade de Filosofia do Ins�tuto Cató-

lico de Paris, na França.

Trata-se de uma personalidade in-

quieta, com visão à frente de seu tem-

po. Quando todos desprezavam um ter-

reno na Rua Alvares Cabral, em virtude

do grande declive, ele o arrematou e fez

surgir o edi|cio Minas Gerais, em for-

mato redondo, marcante na paisagem

da cidade desde os anos de 1970.

Aos 81 anos, segue inquieto e inven�-

vo. Desenhando sempre e com os pen-

samentos voltados para o futuro.

PRÊMIO

Page 13: Painel - edição 246 - set.2015

13

AEAARP

Entusiasmado com a

profissão e com a sua

história à frente da

Estação Experimental

de Ribeirão Preto, é

um homem inspirado

e um profissional

da agronomia por

vocação.

Os 43 anos, cinco meses e três dias

dedicados ao Ins�tuto Agronômico de

Campinas (IAC) proporcionou a De Sor-

di a possibilidade de abrir as portas da

Estação Experimental de Ribeirão Preto,

da qual foi diretor até aposentar-se em

2005. Ele recebeu, durante vários anos,

grupos de estudantes para visitas, con-

cluídas no pomar com a degustação de

frutas colhidas na hora. Fazia questão

de ser o guia da visita.

Tem vocação de administrador, além da-

quela que o levou a formar-se agrônomo

na Escola Superior de Agricultura Luiz de

Queiroz (ESALQ), em 1961. Também tem

vocação de empreendedor, que o fez dar

atenção a um programa de televisão, nos

anos de 1990, que mostrava o evento Pro-

Engenheiro agrônomo

Guido De Sordi

gress Farm Show, tradicional nos Estados

Unidos, e, uma semana depois, empolgar-

se com a ideia de promover em Ribeirão

Preto algo semelhante. Estava lançada a

semente da qual surgiu a feira Agrishow.

Desde os dados meteorológicos à

capacidade hoteleira, De Sordi viu de

tudo para que o evento pudesse acon-

tecer pela primeira vez. Abriu a esta-

ção à tecnologia agrícola. Para ele, o

charme é ver as máquinas no campo.

E entusiasma-se também com os avan-

ços tecnológicos que provocaram revo-

luções em pesquisas – como a adoção

de balanças e outros equipamentos de

laboratórios – e nas relações sociais.

Líderes legí�mos estão à frente de seu

tempo e conectados às oportunidades.

Page 14: Painel - edição 246 - set.2015

14

Revista Painel

AGRONEGÓCIO

Guatapará, onde está localizada a colônia japonesa Mombuca, é a36ª cidade que mais produziu ovos em 2013 no Brasil, segundo IBGE

Avicultura e agricultura

O Núcleo Colonial de Mombuca, loca-

lizado em Guatapará (SP), produz anual-

mente 21 milhões de dúzias de ovos de

galinha e 513 mil dúzias de ovos de co-

dorna. O valor de produção do primei-

ro chega a R$ 29,8 milhões por ano e o

segundo é de R$ 247 mil/ano, de acor-

do com a Casa da Agricultura de Gua-

tapará. Segundo o úl�mo levantamen-

são carro-chefe em Mombuca

Plantação de arroz de Mombuca

to realizado pelo Ins�tuto Brasileiro de

Geografia e Esta�s�ca (IBGE), em 2013,

a cidade de Guatapará figurava em 36ª

no ranking das cidades que mais produ-

ziram ovos de galinha no Brasil.

Mombuca foi fundada, em 1962,

pela administradora Jamic Imigração

e Colonização Ltda., que comprou ter-

ras da Fazenda Guatapará para abrigar

Granja

famílias de imigrantes japoneses. No

início, as principais a�vidades econômi-

cas do núcleo eram o plan�o de arroz

nas várzeas do Rio Mogi-Guaçu e tam-

bém a criação de bicho de seda. Hoje,

Mombuca produz também milho, lichia,

pitaia, cogumelo shimeji, raiz de lótus,

alho, flores e plantas ornamentais, pe-

pino e macadâmia.

Fotos:JúlioTakaki

Page 15: Painel - edição 246 - set.2015

15

AEAARP

Segundo a Associação AgroculturalSegundo a Associação Agrocultural

Espor�va de Guatapará (AACEG), em

Mombuca vivem 100 famílias – cerca de

500 pessoas. Os patriarcas dessas famí-

lias vieram de sete províncias do Japão:

Yamagata, Ibaraki, Nagano, Okayama,

Shimane, Yamagu� e Saga. O engenhei-

ro agrônomo Júlio Takaki, responsável

pela Casa da Agricultura de Guatapará,

diz que a maioria dessas pessoas ainda

vive da agricultura e avicultura.

Números de Mombucanúmero de aves em postura: 1.000.000

• número de aves na recria: 300.000

• número de aves para corte: 30.000 aves/60 dias (aproximadamente)

• suinocultura: 1.800 cabeças/ano (abate)

• ovinocultura: 300 cabeças (número de cabeças para abate não divulgado)

• gado de corte: 1.500 cabeças (número de cabeças para abate não divulgado)Fonte: Associação Agrocultural Espor]va de Guatapará

Áreas de MombucaA colônia abrange uma área

de 7.294 hectares, divididas da

seguinte forma:

• várzea: 1.119 hectares

• planalto: 3.899 hectares

• lagoa: 182 hectares

• área urbana: 102 hectares

• estradas: 120 quilômetros

• córregos: 73 quilômetros

• dique: 9 quilômetros

• áreas de preservação permanente

e de reserva legal: 1.673 hectares

Fonte: Associação AgroculturalEspor]va de Guatapará

Plantação de flor de lótus de Mombuca

Raiz de lótus, também conhecida como Renkon ou Lenkon

A produção agrícola de Mombuca é

comercializada nos pequenos municípios

vizinhos, além de Ribeirão Preto, Ara-

raquara e São Carlos (SP). Os produtos

são vendidos para o consumidor final,

feirantes, Companhia de Entrepostos e

Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp)

e supermercados. E grande parte da pro-

dução de raiz de lótus é vendida para a

cidade de São Paulo, explica Takaki.

Page 16: Painel - edição 246 - set.2015

16

Revista Painel

Festa da ColheitaOutra fonte de venda dos produtos

agrícolas de Mombuca é a Festa da Co-

lheita, que acontece todo mês de julho,

com o obje�vo de divulgar a cultura ja-

ponesa. “Os produtos da colônia são u�-

lizados na culinária japonesa, que é uma

das principais atrações da festa”, explica

Takaki. O agrônomo ressalta que as hor-

taliças e outros produtos agrícolas foram

muito u�lizados em pratos como tempu-

rá, yakissoba, guioza e shimeji que, se-

gundo Takaki, �veram vendas expressi-

vas na úl�ma Festa da Colheita, realizada

nos dias 11 e 12 de julho de 2015.

Festa da Colheita

Surgimento de GuataparáO nome Guatapará vem do Tupi-Guarani, originário de um cervo ex�nto, cuja

espécie exis�a aos milhares na região em que hoje está localizada a cidade de

mesmo nome.

Em 1865, Mar�nico Prado – conhecido como plantador de cidades – organizou

uma expedição, descendo o Rio Mogi-Guaçu, par�ndo do município de Araras

até Pontal, na junção do Rio Mogi com o Rio Pardo. Nesta época, adquiriu terras

da família de Santos Dumont e deu-lhes o nome de Fazenda Guatapará.

Em 1938, por exigência do Governo Federal, os estados e municípios �veram

que regularizar e demarcar as suas divisas. Com isso, Fábio de Sá Barreto, pre-

feito de Ribeirão Preto na época, criou o Distrito de Guatapará, em 1938, cuja

sede era a Fazenda Guatapará.

Alguns idealistas do distrito solicitaram à Assembleia Legisla�va do Estado de

São Paulo, em 1964, a emancipação polí�ca e administra�va do local. Depois

de duas consultas populares, uma que negou e outra, 25 anos mais tarde, que

aprovou a emancipação, a população ainda esperou por algum tempo para,

enfim, eleger pelo voto direto seu primeiro prefeito, em 1993.

Hoje, o município tem a agricultura como principal fonte econômica, desta-

cando-se a cana-de-açúcar, eucalipto para produção de papel e celulose e a

avicultura de postura e corte.

Veja na área de NoLcias no en-

dereço eletrônico da AEAARP, um

vídeo que mostra a infraestrutura

das granjas de Mombuca e tam-

bém a página no Facebook da

colônia, que tem fotos e informa-

ções sobre os moradores e suas

histórias.

www.aeaarp.org.braeaarp.org

Das 27 granjas, que produzem ovos de

galinha em Mombuca, 11 fazem parte

da Coopera�va Agrícola de Guatapará

(Coag), fundada em 1994. Luiz Carlos

Sinherolli, gerente da Coag, conta que

grandes redes de supermercados são o

principal des�no dos ovos produzidos

pelos cooperados.

Page 17: Painel - edição 246 - set.2015

17

AEAARP

A Secretaria de Agricultura e Abasteci-

mento, por meio do Ins�tuto Agronômi-

co (IAC), de Campinas, mantém o único

programa de melhoramento gené�co de

macadâmia no Brasil, responsável pelo

desenvolvimento de 16 variedades da

noz, que estão presentes em todos os

estados produtores.

No mundo, há programas na Austrália

e outro na África do Sul. De acordo com a

pesquisadora do IAC, Graciela da Rocha

Sobierajski, o Ins�tuto também conduz

estudos de adaptação de variedades

Havaianas. O programa do IAC teve início

na década de 40.

As linhas de pesquisa do programa são

caracterização molecular das variedades,

teste de progênies e estudo do flores-

cimento precoce. Nessa caracterização

molecular das variedades para seleção

de parentais, o IAC inves�u no desenvol-

vimento de marcadores microssatélites

e diversity array technology (DarT), que

são inéditos para a espécie e usados para

quan�ficar a divergência gené�ca das

variedades. “Este projeto foi assunto de

minha tese de doutorado e �ve a oportu-

nidade de fazer intercâmbio na Austrália

para desenvolvimento dos DArTs”, diz a

pesquisadora.

Conforme dados da Associação Bra-

sileira de Noz-Macadâmia, de 2013,

São Paulo tem três mil hectares deste

cul�var, que representam 46% do total

nacional. As demais regiões produtoras

estão em Espírito Santo, Minas Gerais,

Bahia, Rio de Janeiro, Planalto do Mato

Grosso do Sul e norte do Paraná.

Fonte: IAC

IAC mantém programa

PESQUISA

de melhoramento de macadâmiaIns]tuto Agronômico desenvolveu 16 variedades desta noz

Page 18: Painel - edição 246 - set.2015

18

Revista Painel

ARQUITETURA

Carreira, bioarquitetura e par]cipação emconcursos públicos foram destaques

6ª Semana deArquitetura

Expectativas de carreira emercado em tempos de crisePaula Martucci, especialista emgestão de pessoas,Ribeirão Preto-SP

A falta de mão de obra especializada

tem preocupado empregadores. Espe-

cialista em gestão de pessoas, Paula

Martucci explica que os currículos da

nova geração de profissionais trazem

frases como “ó�mo em relacionamento

interpessoal” ou “facilidade de traba-

lhar em equipe”. Porém, as afirmações

não condizem com a realidade.

Martucci conta que, durante as en-

trevistas, os recrutadores pedem aos

candidatos exemplo de um trabalho

que tenham realizado em equipe. Qua-

se nunca têm uma resposta. “O grande

erro é irem despreparados para as en-

trevistas, não conseguirem sustentar a

Sob coordenação técnica da arquiteta

Ercília Pamplona, a 6ª Semana de Arqui-

tetura abordou temas como sistemas

constru�vos alterna�vos, par�cipação

em concursos públicos de arquitetu-

ra, além de dicas de como melhorar a

imagem profissional e desenvolvimen-

to de carreira. “O foco foi apresentar o

mercado de trabalho aos jovens profis-

sionais. A exposição de trabalhos arqui-

tetônicos na entrada da associação, du-

rante as semanas técnicas, é uma forma

de a�ngir esse obje�vo”, diz Pamplona.

A seguir, o resumo das palestras, cujos

vídeos estão disponíveis na sede da en-

�dade.

argumentação e comprovar o que está

no currículo”.

A dificuldade de saber falar de si mes-

mo, dos diferenciais e de suas qualidades

é fator cultural, explica Martucci. “Fora

das entrevistas de trabalho, nós não so-

mos desfiados a falar de nós mesmos.

Para treinar isso é preciso ter repertório”.

Imagem profissionalCompõe a imagem do profissional o

conteúdo do discurso do candidato, a

forma como se apresenta, a postura, o

vestuário, a comunicação e, até mesmo,

o endereço da caixa postal eletrônica.

Termos pejora�vos ou infan�s devem

ser evitados.

Martucci ressalta que o mercadoespera quatro coisas dos profis-sionais: análise, interação, con-tribuição e transformação.

Ercília Pamplona Paula Martucci José Borges, do CAU

Page 19: Painel - edição 246 - set.2015

19

AEAARP

Martucci explica que a carreira está

dividida em três etapas:

Pré-seleção: período no qual o

profissional deve definir sua missão e

propósito, elaborar um currículo bem

formatado – que corresponda com a

realidade – e iniciar a divulgação do tra-

balho.

Seleção: neste momento deve-se

pensar na imagem profissional e desen-

volver a capacidade de argumentação

e sustentação daquilo foi descrito no

currículo.

Pós-seleção: depois de conquistada

a vaga de emprego, o profissional precisa

ter visão sistêmica de todos os processos

da empresa, fazer a autoavaliação do seu

trabalho, alinhar sua expecta�va com

aquilo que a empresa oferece e estar

atento à inovação e à cria�vidade.

Para refletirMartucci faz um alerta: a maioria dos

empregadores da Geração Y é da Gera-

ção X e isso deve ser levado em conside-

ração. “Para estabelecer boa comunica-

ção e diminuir os conflitos nesse meio

é preciso esquecer que existe essa di-

ferença de gerações e pensar somente

em pessoas”.

Alguns paradigmas, segundo a espe-

cialista, dificultam a percepção do que

é necessário para desenvolver a carrei-

ra: “planejamento estratégico é só para

as empresas”; “inves�r em marke�ng

apenas quando �ver minha empresa”;

“profissional liberal não precisa apren-

der a vender”; “sucesso é questão de

sorte e de competência técnica”. Essas

são questões que devem ser repensa-

das e isso pode mudar a história de um

profissional no mercado de trabalho.

Projeto ResponsávelMichel Habib, arquiteto,São Paulo-SP

Princípios da Bioarquitetura foram

usados na construção da casa do arqui-

teto Michel Habib, em A�baia (SP). Ele

idealizou uma residência integrada com

a natureza, com o mínimo de impacto

ambiental adotando sistemas constru-

�vos não-convencionais.

TerrenoO terreno �nha um bambuzal e gran-

de declividade e foi usado sem muitas

interferências na topografia. “Não fui

eu quem escolheu o que fazer naquela

casa e sim o terreno que me disse o que

era mais barato e menos agressivo para

ele”. Ele limpou o bambuzal, separou al-

gumas peças que serviriam para a alve-

naria da casa e deixou uma parte como

elemento paisagís�co no quintal.

AlvenariaO barro foi usado nas paredes de pau

a pique, no lugar da alvenaria conven-

cional, e também para criar os adobes

– espécie de paralelepípedo feito com

barro comprimido e secado ao tempo.

“Eu sou a favor de usar cimento so-

mente em locais onde ele é essencial,

ou seja, na fundação e nas estruturas”.

O reboco das paredes foi feito com es-

terco de vaca, terra e areia. No lugar da

água, Habib usou soro de leite, recolhi-

do de uma fábrica de la�cínios que �-

nha dificuldade de descartar o material.

Materiais alternativosO arquiteto usou cerca de 600 pneus

de carros u�litários para fazer o muro

de arrimo. Segundo ele, o metro qua-

drado do muro convencional custaria

R$ 400 e foram gastos R$ 120 naquele

feito com pneus. Toneladas de restos de

artefatos de cerâmica, como �jolo, piso

e telha, preencheram a fundação.

A programação teve como foco preparar o jovem profissional para o mercado de trabalho

A Semana de Arquitetura atraiu cerca de 400 pessoas, entre estudantes e profissionais

Page 20: Painel - edição 246 - set.2015

20

Revista Painel

LajeA laje foi feita com a técnica Cascaje,

criada pelo arquiteto holandês Johan

van Lejen, com argamassa de cimento e

areia como matéria-prima e baixo con-

sumo de ferro e cimento na construção

de painéis ondulares. Segundo Habib,

uma laje tradicional custaria R$ 32 o

metro quadrado e o sistema de laje de

Cascaje custou R$ 28,50 o metro qua-

drado. “Para uma casa de 200 metros

quadrados a economia foi insignifican-

te, mas para o meio ambiente não”.

Reaproveitamentode água

Um sistema de reaproveitamento de

água negra – resíduo líquido de matéria

fecal e urina – é direcionado a um peque-

no jardim. O encanamento do vaso sani-

tário foi ligado a uma caixa impermeável,

localizada no quintal da casa, que trata o

resíduo líquido. A água resultante deste

processo sobe por capilaridade e irriga

o jardim. “O que era para ser jogado na

rede de esgoto, volta para a natureza na

forma de evapotranspiração”.

A água cinza – gerada em a�vida-

des na cozinha, no tanque e no banho

– também passa por tratamento e é

reaproveitada no vaso sanitário. “Para

mim, essa casa é um organismo vivo, eu

interajo com ela em vários processos”.

EntulhoO arquiteto usou mais de 50 caçam-

bas de entulho na construção. No final

da obra, descartou somente duas ca-

çambas: uma de plás�co e outra de ma-

deira. “A minha casa tem um pouco da

história da região em que moro, quase

tudo veio do entulho e de outros ma-

teriais descartados pela comunidade do

bairro”.

Projetos RecentesCesar Shundi Iwamizu, arquiteto,

São Paulo-SP

Para o arquiteto Cesar Shundi Iwami-

zu os concursos públicos têm servido

para aumentar o entusiasmo dos pro-

fissionais da arquitetura. “Mais do que

ganhar a concorrência, o importante é

fazer o projeto”. Com o tempo, ele per-

cebeu que a elaboração de um projeto

não é o fim e sim um processo de ex-

perimentação, de estudo e de conheci-

mento que poderá ser aplicado em ou-

tros trabalhos.

Influência de Vilanova ArtigasIwamizu conta que na primeira casa

que projetou, u�lizou alguns conceitos

do Vilanova Ar�gas (veja a matéria so-bre o centenário do arquiteto na Painel244). “As técnicas até então vinham

sendo usadas apenas em galpões e

em obras industriais, como a laje pré-

-moldada e o bloco aparente”. Durante

a construção desta casa surgiu a oportu-

nidade de projetar uma escola pública

na periferia de São Paulo (SP).

O arquiteto lembra que a ins�tuição

que o contratou para projetar a escola

também se interessava por estruturas

pré-moldadas em concreto, caracte-

rís�ca adotada na obra. Uma das prio-

ridades deste projeto era aproveitar a

declividade do lote para valorizar o es-

paço. Outro diferencial foi a criação de

um passeio público, que iniciava na rua

e atravessava a escola. Este espaço ser-

viu também como uma praça nos finais

de semana, tornando-se opção de lazer

para a comunidade.

SESCEm Franca (SP), a visão urbanís�ca

da localidade – o município conheci-

do como a cidade das três colinas – foi

essencial para a elaboração do projeto

do SESC-Serviço Social do Comércio. “OCesar Shundi Iwamizu

Workshop mostrou técnica de construção Workshop tratou do Código de Obras do município

Michel Habib

Page 21: Painel - edição 246 - set.2015

21

AEAARP

terreno era muito íngreme, �nha quase

20 metros de desnível, porém aprovei-

tamos a topografia do local. Daí a liga-

ção da arquitetura com a geografia da

cidade”. O que era um grande desafio

passou a ser visto como primordial para

a concepção do projeto.

O projeto de ampliação do SESC de Ri-

beirão Preto também foi outra conquista

do escritório de Iwamizu. O desafio não

era a topografia. “Tivemos duas grandes

dificuldades: terreno muito pequeno,

então a solução era ver�calizar a cons-

trução, e não interferir na arquitetura do

edi|cio já existente”. O edi|cio original

foi projetado pelo arquiteto Osvaldo Cor-

rêa Gonçalves – um dos representantes

da primeira geração de arquitetos mo-

dernos de São Paulo – e a maior respon-

sabilidade no processo de ampliação era

preservar essa arquitetura e fazer com

que a nova construção estabelecesse re-

lação de con�nuidade com o an�go.

Patrimônio histórico“O risco de restaurar um patrimônio

histórico e ele con�nuar esquecido é um

problema”, afirma Iwamizu. Foi esse um

dos argumentos que convenceu o júri

do concurso realizado pelo Programa

de Ação Cultural (ProAC) para restau-

ração e revitalização da Estação Ferro-

viária de Mairinque (SP), projetada pelo

arquiteto Victor Dubugras, em 1906.

Iwamizu explica que a visão urbanís�ca

da cidade pode contribuir, e muito, para

a valorização e aumento da visibilidade

do patrimônio. “Dar um novo uso para

o local é mais uma garan�a de que ele

seja preservado ao longo do tempo”.

Outro patrimônio histórico no qual

Iwamizu está trabalhando é a revitali-

zação da Casa Caramuru, localizada em

Ribeirão Preto. Acredita-se que a casa

foi construída antes do ano de 1883.

Em 1890 houve a inversão da facha-

da principal para a Avenida Caramuru.

Tombada como patrimônio histórico

pelo Conselho de Defesa do Patrimô-

nio Histórico, Arqueológico, Ar�s�co e

Turís�co (Condephaat) em 1988, foram

necessários 24 anos para o início do

processo de revitalização, que aconte-

ceu por meio de um concurso público

de arquitetura. Assim como a Estação

Ferroviária de Mairinque, o concurso foi

promovido por meio do ProAC.

Iwamizu explica que a proposta inicial

era adequar a Casa Caramuru para ser

sede do Conselho Municipal de Preser-

vação do Patrimônio Cultural (Conppac)

de Ribeirão Preto. O projeto contempla

salas de leitura, biblioteca e departa-

mentos administra�vos, além de um

espaço para cafeteria e para programas

de caráter cultural abertos ao público.

Page 22: Painel - edição 246 - set.2015

22

Revista Painel

Imaginemos a seguinte situação: um

córrego que passa por seu bairro terá seu

eixo re�ficado e suas margens recupera-

das e, com isso, sua famosa Área de Pre-

servação Permanente (APP) implantada

dentro dos critérios do “novo Código

Florestal” (Lei Federal n. 12.651/12).

Pois bem, quanto ao eixo do canal,

não há muito que se opinar, isto é basi-

camente determinado pela topografia

original do terreno. Os taludes laterais,

por sua vez, são mais determinados por

uma questão de segurança do que por

qualquer outra coisa. Porém, e quanto

às margens? Ou melhor, aos 30 metros,

50 metros ou 100 metros de APP que se

estendem após a linha do canal? Por qual

�po de uso e ocupação optar?

Vejamos, é preferível que a área conte

com uma floresta urbana ou um parque?

Traduzindo,épreferível implantarumsiste-

ma de lazer contempla�vo ou recrea�vo?

Ou,simplificandoaocernedaquestão,vale

mais a área ser integralmente recomposta

– e, por isso, entende-se a implantação de

um reflorestamento que desenvolva nela

um fragmento florestal na�vo consolidado

e rico em espécies arbóreas, daqueles que

visualizamos na Serra do Mar, ao lado da

Rodovia Imigrantes, quando seguimos

rumo a Santos ou Guarujá? Ou, prefere-se

naáreaumajardinamentocomaimplanta-

ção de um projeto paisagís�co que preveja

o plan�o de grama, árvores ornamentais

e bancos para o convívio social, ainda que

com uma mescla de árvores na�vas em

pontos estratégicos?

Caso eu esteja sendo falho na descrição,

tomemos alguns exemplos. O trecho final

da Avenida Eduardo Andrea Matarazzo,

conhecida como Via Norte, logo antes de

chegar na Rodovia Alexandre Balbo (Anel

Viário – Contorno Norte), é um exemplo

de uma recomposição integral bem su-

cedida. O fragmento florestal garante as

funções ecológicas de uma APP devida-

mente preservada, tal qual a infiltração

das águas pluviais e a locomoção da

fauna, bem como, neste caso específico,

impede a ocupação habitacional irregular

em um dos lados e o depósito de entulho

do outro. Caso este exemplo não faça

parte de seu i�nerário, tomemos outro:

a Avenida Carlos Consoni, entre a Ave-

nida Celso Charuri e a Avenida Portugal,

mais especificamente entre o Centro de

Eventos Pereira Alvim e o supermercado

Savegnago, onde foram plantadas mudas

de espécies arbóreas na�vas e, após ter

sido aplicada a manutenção necessária,

como o controle das gramíneas, a irri-

gação nos meses de escassez hídrica e

a subs�tuição das mudas que vieram a

perecer, se estabelecerá uma cobertura

arbórea na�va e consolidada, ou seja,

uma “mata natural”, ainda que induzida.

Tomemos o exemplo oposto agora.

Podemos querer u�lizar estas faixas para

recreação e lazer, implantando amplas

áreas gramadas onde você pode passear

com seu cachorro e levar as crianças em

um domingo ensolarado, tal como no

Parque Luiz Roberto Jábali (Curupira)

ou no Parque Luiz Carlos Raia, na Zona

Central e Sul da cidade, respec�vamente.

Vejamos, ambas as opções oferecem

atra�vos e desvantagens. Por que eu iria

querer uma área inteiramente ocupada

por vegetação na�va no meu bairro, do

�po que, se eu quisesse chegar à água,

teria que abrir picada com um facão,

e que, se não houver um policiamento

permanente, torna-se um atrativo à

indigentes e bandidos? Por outro lado,

quem não gostaria de uma redução na

temperatura média do bairro no verão

que a�nge a cidade no início do ano, ou

mesmo ques�onaria a intenção de dimi-

nuir as enchentes que assolam Ribeirão

ou garan�r que nosso Aquífero Guarani

se mantenha com os níveis admissíveis

de saturação, uma vez que a vegetação

na�va não só garante as funções ecológi-

cas de uma APP devidamente protegida,

mas também incrementa a infiltração das

águas pluviais no município?

Assim, está lançada a dúvida. E se

acharam que eu daria a resposta certa, ou

mesmo arriscaria dar minha opinião, se

equivocaram. Não há certo ou errado na

presente comparação. Minha opinião é a

de que cada situação deve ser analisada

separadamente, levando-se em consi-

deração todos os aspectos incidentes

na região e, principalmente, na comu-

nidade envolvida. Mas, agora você terá

argumentos mais concretos para opinar

com propriedade na próxima Audiência

Pública em um Estudo de Impacto Am-

biental/Relatório de Impacto Ambiental

(EIA-RIMA) – etapa do licenciamento am-

biental que envolve toda a comunidade

na concepção do projeto – de um grande

empreendimento a ser lançado próximo

à sua casa. Boa escolha.

Parques Ecológicos?Florestas Urbanas ou

ARTIGO

Engenheiro Ambiental

Gustavo Sicchieri

Page 23: Painel - edição 246 - set.2015

CREA-SP

Responsabilidadetécnica

em elevadores e escadas rolantes

Aos CREAs cabe a responsabilidade

pela fiscalização das a�vidades técnicas

afetas à área tecnológica, como as en-

genharias, área agronômica, tecnólogos

e técnicos de nível médio entre outras.

Dentre tais a�vidades destacamos neste

texto o projeto, a fabricação, a instalação,

montagem, manutenção e laudos técni-

cos de equipamentos eletromecânicos,

como elevadores, escadas rolantes ou

similares, que são disciplinados pelo

CONFEA na Decisão Norma�va Nº 36 de

31 de julho de 1991.

Todas as atividades acima citadas

somente poderão ser executadas sob a

responsabilidade técnica de profissional

ou empresa devidamente habilitados e

registrados no CREA.

Como em todas as a�vidades técnicas

regulamentadas pelo Sistema CONFEA/

CREA também aquelas relativas aos

elevadores e escadas rolantes estão

sujeitas à formação dos profissionais e à

atribuição que cada a�vidade exige, de

acordo com a área e a complexidade do

serviço a ser desenvolvido.

Assim, de acordo com a DN 36/1991,

profissionais de nível superior da área

de mecânica, com atribuições do Art. 12

da Resolução 218/73 do CONFEA, estão

habilitados para as a�vidades de projeto,

fabricação, instalação ou montagem,

manutenção e laudos técnicos desses

equipamentos. Para as atividades de

manutenção, poderão responsabilizar-

-se os profissionais de nível técnico,

com atribuições do Art. 4º da Resolução

278/83 do CONFEA.

Como toda a�vidade técnica desen-

volvida pelos profissionais do Sistema

CONFEA/CREA, é obrigatório o recolhi-

mento da respec�va Anotação de Res-

ponsabilidade Técnica (ART), conforme a

Lei 6496/77, que deverá ser efetuado de

uma só vez antes do início da execução

para as a�vidades de projeto, fabrica-

ção, instalação ou montagem e laudos

técnicos.

Para a a�vidade de manutenção exis-

tem duas hipóteses. Quando o contrato

de manutenção �ver validade igual ou

superior a um ano, deverá ser recolhi-

do de uma só vez antes, no início da

vigência do contrato. Porém, se possuir

validade superior a um ano, deverá ser

recolhida uma ART por ano, com a taxa

proporcional ao período restante de

vigência do contrato. Caso o contrato

de manutenção seja por prazo indeter-

minado deverá ser recolhida uma ART

correspondente ao valor de contrato

para cada período de 12 meses.Contamos com suacolaboração!

Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP

(Associação deEngenharia, Arquitetura

e Agronomia deRibeirão Preto)

Agora você escreve o nome

da entidade e destina parte do

valor arrecadado pelo CREA-SP

diretamente para a sua entidade

Page 24: Painel - edição 246 - set.2015

O cardápio é perfeito, comida de boteco com a sofis�ca-

ção de mestres da gastronomia. O ambiente é aconchegan-

te e perfeito para rever colegas de trabalho, amigos e estrei-

tar novas relações de negócios e sociais. Confira as imagens

de agosto e fique atento às novas programações, informa-

das por meio de correio eletrônico e nas mídias sociais.

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Socialção de mestres da gastronomia. O ambiente é aconchegan-

te e perfeito para rever colegas de trabalho, amigos e estrei-

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Page 25: Painel - edição 246 - set.2015

25

AEAARPrevistapainel

ANUNCIENA

PAINEL

16 | [email protected]

SUSTENTABILIDADE

A Associação Brasileira dos Profis-

sionais de Sustentabilidade (ABPS), em

parceria com a consultoria Deloi}e,

realizou pesquisa sobre o perfil do pro-

fissional de sustentabilidade no Brasil.

Foram mapeados o foco de atuação,

projetos e aspirações.

Apesar da retração da economia

brasileira, apenas 9% das companhias

reduziram o orçamento des�nado às

ações de sustentabilidade. O índice é

igual aos registrados em 2013 e 2014.

Segundo a en�dade, o resultado de-

monstra que esses profissionais são

vistos como estratégicos em período de

crises energé�ca e hídrica.

Foram coletadas 370 respostas por

meio de ques�onários eletrônicos no

período de 8 a 24 de abril deste ano.

Entre os entrevistados, 42% pertencem

ao sexo masculino, e 58%, ao feminino,

mercado em ascensãoPesquisa revela

com idades que variam de 27 a 35 anos,

com atuação nas áreas de administra-

ção (14%); engenharia (19%); propa-

ganda e marke�ng (10%); gestão am-

biental (20%); e outras (38%). 90% dos

entrevistados trabalham em empresas

com sede no Brasil, e 36% das ins�tui-

ções possuem um faturamento anual

acima de R$ 500 milhões.

O levantamento também buscou sa-

ber a razão que leva um jovem a optar

por essa carreira. Apenas 8% declara-

ram que a razão foi por retorno finan-

ceiro. 70% disseram que buscam a re-

alização pessoal e 55% têm admiração

pelo tema.

De acordo com o estudo, os setores

de bens de consumo (19%), serviços

(17%) e a indústria financeira (11%) são

os de maior representa�vidade dentro

dos setores de empresas.

A pesquisa também levantou a média

salarial dos respondentes. O salário de

50% deles varia de R$ 3 mil até R$ 9 mil.

Os entrevistados atuam na área de sus-

tentabilidade e se reportam aos setores

de comunicação, recursos humanos,

industrial, jurídica, controles internos,

suprimentos, financeira, marke�ng e

relações ins�tucionais.

Números demonstram que inves]r em projetos desustentabilidade pode melhorar desempenho das empresas

Veja a íntegra do relatório na área

de NoLcias na página da AEAARP.

www.aeaarp.org.br

A As ci ão B sileir do Profi

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Revista Painel

NOTAS E CURSOS

Alberto Alves MunizEngenheiro civil

Antônio Herminio Oliveira LimaEngenheiro civil

Carlos Guimarães RodriguesEngenheiro civil

José Carlos de Alchimim JúniorEngenheiro civil

Conrado Kazon NetoEngenheiro civil

Carlos Henrique Milane}oEngenheiro mecânico

Raquel Vale AbrãoEngenheira mecânica

Anne Caroline Malves�oEngenheira ambiental

João Aparecido da SilvaEngenheiro eletricista

Rafael Almeida do CarmoEngenheiro eletricista

Aracy Maria Moraes ZaccaroEngenheira agrônoma

Orlando José de SouzaTécnico em eletrotécnica

Ricardo Muniz FerreiraTécnico em eletrotécnica

Ana Beatriz Carvalho Fernandes BragaEstudante de agronomia

Caio de Oliveira PaggiaroEstudante de agronomia

Douglas Florian MaiaEstudante de agronomia

Felipe Augusto Pole}o StambowskyEstudante de engenharia civil

José Mário Felix Lima JúniorEstudante de engenharia civil

Guilherme Henrique Jaque� CunhaEstudante de agronomia

novos associados

O agrônomo José Walter

Figueiredo explicou, no

curso Arborização urbana

e poda, a correta forma de

manutenção das árvores

da cidade.

INSTAPAINEL

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você e ela poderá ser

publicada nesta coluna

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e

a Agence Universitaire de la Francophonie (AUF), do Canadá, anunciam

nova chamada de propostas para selecionar projetos de cooperação em

pesquisa em qualquer área do conhecimento cien�fico e tecnológico. Os

projetos devem ser desenvolvidos por equipes de ins�tuições de ensino

superior e de pesquisa no Estado de São Paulo e por pesquisadores asso-

ciados a ins�tuições de pesquisa ou universidades membros da AUF no

mundo. Os selecionados deverão incen�var a difusão do conhecimento

e a implementação de projetos inovadores de pesquisa cien�fica ou

tecnológica e os resultados deverão gerar publicações de ar�gos cien�-

ficos e inovações patenteáveis, quando possível. A primeira modalidade

compreende projetos de pesquisa com obje�vos comuns, nos quais as

a�vidades dos pesquisadores do Estado de São Paulo e dos pesquisadores

de estabelecimentos membros da AUF serão financiadas, respec�vamente,

Chamada para projetos até 16 de novembro

A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) lançou segundo fascículo do

Guia Boas Prá�cas em Building Informa�on Modeling (BIM). É mais um passo para a implantação

e disseminação dessa plataforma de trabalho em toda a cadeia da construção civil. O segundo

volume procura mostrar que a implantação do BIM requer novos métodos de trabalho, novas

posturas de relacionamento entre arquitetos, proje�stas, consultores, contratantes e constru-

tores, trazendo resultados da compilação da experiência dos profissionais do GT BIM da Asbea,

na u�lização do BIM nos projetos desenvolvidos em seus escritórios.

Segundo o texto, “o importante antes de implantar o processo BIM é compreender as vantagens

que essa mudança trará. Entender que por meio dele é possível simular uma obra com mais

propriedade e profundidade verificando e equalizando todas as interferências entre os diversos

projetos”. O Guia foi produzido com recursos do edital de patrocínio do CAU/BR. As versões

online dos dois fascículos estão disponíveis no endereço eletrônico do CAU/BR.

Fonte: CAU/BR

Guia de boas práMcas em sistema BIM

pela FAPESP e pela AUF. As propostas dos pesquisadores do Estado de

São Paulo devem ser apresentadas à FAPESP como Propostas de Auxílio à

Pesquisa – Regular. A segunda modalidade envolve solicitações de recursos

suplementares (seed funding) para apoiar o intercâmbio de pesquisadores

no âmbito dos projetos de pesquisa em andamento na FAPESP (Auxílio à

Pesquisa – Regular, Projeto Temá�co, Jovens Pesquisadores em Centros

Emergentes, Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, Programa de Me-

lhoria do Ensino Público, Programa de Pesquisa em Polí�cas Públicas e

Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica) e

apoio a pesquisas em andamento na AUF. A data-limite para submissão

das propostas é 16 de novembro de 2015. FAPESP e AUF des�narão um

total de até € 200 mil para o financiamento dos projetos de pesquisa

selecionados. A chamada está publicada em: www.fapesp.br/9727.

Fonte: Agência Fapesp

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