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PALAVRA DO PÁROCO Estamos perdendo a capacidade de explicar e de enxergar. Não sabemos quem é o vizinho, não vejo o mendigo na rua, não vejo o sofrimento de quem mora em minha própria casa. PÁGINA 2 PALAVRA DA IGREJA Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amo- rosamente ao encontro de Seus filhos, a conversar com eles. PÁGINA 2 FORMAÇÃO BÍBLICA Quando o profeta fala é a pró- pria boca de Deus falando. Discernir falso e verdadeiro profeta possui critério confor- me escreve o Apóstolo: “Nisto reconhecereis o Espírito San- to: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em car- ne mortal, vem de Deus” (1 Jo 4,2). PÁGINA 5 O QUE SE ENTENDE POR SALVAÇÃO A célebre frase “Deus cria para salvar” expressa a ideia de que Deus, desde o início da cria- ção, já nos predestinou à salva- ção (cf. Ef 1,4). PÁGINA 7 ESPIRITUALIDADE AFONSIANA Jesus nos convida a tomar a nossa cruz de cada dia para segui-lo. Esta cruz é diferente para cada um de nós, pois cada um sabe o peso das suas dificuldades, problemas e outros desafios. PÁGINA 3 A PASTORAL VIDA NOVA INICIOU MAIS UM SEMESTRE DE ATIVIDADES COM UMA NOVA TURMA DE GESTANTES. O TRA- BALHO VISA ACOMPANHAR AS MULHERES QUE SE PREPARAM PARA SER MÃES, E SE DESENVOLVE POR MEIO DE PALES- TRAS, TRABALHOS MANUAIS E ORAÇÃO. ANO V . EDIÇÃO XLVI . SETEMBRO/2019 O MOVIMENTO DAS MÃES QUE ORAM PELOS FILHOS CHEGOU EM NOSSA PARÓQUIA. A ABERTURA OFICIAL CONTOU COM A PRESENÇA DE PELO MENOS 150 MÃES. OS ENCONTROS SÃO REALIZADOS TODAS AS QUINTAS-FEIRAS, ÀS 19H30, NO CENTRO PASTORAL.

PALAVRA DO PÁROCO ESPIRITUALIDADE AFONSIANA · 2019-09-04 · vina” (pag. 8). A vida pede tomada de decisões; tomar decisões e fazer escolhas em busca de dar um passo a mais

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Page 1: PALAVRA DO PÁROCO ESPIRITUALIDADE AFONSIANA · 2019-09-04 · vina” (pag. 8). A vida pede tomada de decisões; tomar decisões e fazer escolhas em busca de dar um passo a mais

PALAVRADO PÁROCOEstamos perdendo a capacidade de explicar e de enxergar. Não sabemos quem é o vizinho, não vejo o mendigo na rua, não vejo o sofrimento de quem mora em minha própria casa. PÁGINA 2

PALAVRA DA IGREJANos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amo-rosamente ao encontro de Seus filhos, a conversar com eles. PÁGINA 2

FORMAÇÃOBÍBLICAQuando o profeta fala é a pró-pria boca de Deus falando. Discernir falso e verdadeiro profeta possui critério confor-me escreve o Apóstolo: “Nisto reconhecereis o Espírito San-to: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em car-ne mortal, vem de Deus” (1 Jo 4,2). PÁGINA 5

O QUE SEENTENDE PORSALVAÇÃOA célebre frase “Deus cria para salvar” expressa a ideia de que Deus, desde o início da cria-ção, já nos predestinou à salva-ção (cf. Ef 1,4). PÁGINA 7

ESPIRITUALIDADEAFONSIANAJesus nos convida a tomar a nossa cruz de cada dia para segui-lo. Esta cruz é diferente para cada um de nós, pois cada um sabe o peso das suas dificuldades, problemas e outros desafios. PÁGINA 3

A PASTORAL VIDA NOVA INICIOU MAIS UM SEMESTRE DE ATIVIDADES COM UMA NOVA TURMA DE GESTANTES. O TRA-BALHO VISA ACOMPANHAR AS MULHERES QUE SE PREPARAM PARA SER MÃES, E SE DESENVOLVE POR MEIO DE PALES-TRAS, TRABALHOS MANUAIS E ORAÇÃO.

ANO V . EDIÇÃO XLVI . SETEMBRO/2019

O MOVIMENTO DAS MÃES QUE ORAM PELOS FILHOS CHEGOU EM NOSSA PARÓQUIA. A ABERTURA OFICIAL CONTOU COM A PRESENÇA DE PELO MENOS 150 MÃES. OS ENCONTROS SÃO REALIZADOS TODAS AS QUINTAS-FEIRAS, ÀS 19H30, NO CENTRO PASTORAL.

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2 PARAÍSO DO TOCANTINS-TO | SETEMBRO 2019

CAPÍTULO VI: A SAGRADA ESCRITURA NA VIDA DA IGREJA

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOPASCOM | PASTORAL DA COMUNICAÇÃO

Praça da Matriz, 660 – Centro – Paraíso do [email protected] | (63) 3602.1107 | (63) 3602.2668ANO V . EDIÇÃO XLV . AGOSTO/2019

Projeto gráfico e diagramaçãoMarcia Lezita Silveira

RevisãoDivina Maria de Queiroz e

Eurípedes Amaro dos Santos

Tiragem: 1.500 exemplares Impressão: Scala Editora (62) 4008-2350

Pe. Walteir G. Magalhães, CSSRPe. José Pereira, CSSR

Pe. Domingos Marinho, CSSRFr. Thiago G. de Azevedo, CSSR

PALAVRA DO PÁROCO Pe. Walteir G. Magalhães, CSSR

ATENDIMENTO NA SECRETARIA | segunda a sexta-feira das 7h às 19h | sábado das 7h às 17h

Vozes

(63) 99934-5603 Paróquia São José Operário @paroquiasãojoseoperario

Muito temos que aprender com os Padres do Deserto

que, inebriados pelo amor a Deus e pelo desejo de tornar real o motivo da nossa existência, nos deixaram belos ensinamentos. Viviam entre a fé, oração, silêncio e simplicidade. Dizia um deles: “Pelo corpo, o ho-mem é mortal. Mas pelo intelecto e pela palavra, ele é imortal. Mesmo se você se cala, você pensa. E se você pensa você fala. Pois é no silêncio que a inteligência engendra a palavra. E a palavra de reconhecimento dirigida a Deus é a salvação do homem.” Vi-vemos em um tempo em que se fala muito, todo mundo tem opinião sobre tudo. Isso é bom, pois todo mundo tem a liberdade de se expressar e dizer o que pensa e sente, desde que não seja crime. O problema disso é que não estamos nos ouvindo, ninguém está escutando ninguém, ninguém está prestando atenção em ninguém. Estamos perdendo a capacidade de explicar e de enxergar. Não sabemos quem é o vizinho, não vejo o mendigo na rua, não vejo o sofrimento de quem mora em minha própria casa. A pala-vra dita precisa de alguém que a ouça e assim recriar a prática do diálogo.

Santo Antão (251-356) nos dizia: “Caros irmãos, chamados a partilhar

da herança dos santos, agora estais próximos de todas as virtudes. Todas elas vos pertencem se não vos embaraçais na vida carnal, mas permaneceis transparentes diante de Deus. É a pessoas capazes de me compreender que escrevo, as pessoas em condições de se conhecerem a si mesmas. Quem se conhece, tem a obrigação de adorar a Deus como convém.” Somos herdeiros da santi-dade que gera em nós virtudes que nos auxiliam na construção de uma vida mais digna, honrada, humilde e esperançosa. Para isso é preciso ter um espírito aberto à graça de Deus e à Escuta da Palavra de Deus. Um caminho para a santidade pede de nós princípios: liberdade interior, ouvir o outro e ouvir a Deus.

Anselm Grun, no seu livro “O Poder da Decisão”, nos diz: “A escolha da vida não é uma decisão funda-mental que fizemos somente uma vez. A cada momento somos exigi-dos a nos decidir por ela. Em termos religiosos isto significa decidir-se, a cada momento, por Deus, por uma vida que corresponda à vontade di-vina” (pag. 8). A vida pede tomada de decisões; tomar decisões e fazer escolhas em busca de dar um passo a mais em direção a Deus. Uma carac-

terística do mundo contemporâneo é que todo mundo precisa ser perfeito antes da morte e o tempo todo. O problema é que ninguém dá conta e vem a frustração, o sentimento de fracasso e derrota. A busca exage-rada por uma vida muito perfeita vai nos deixando doentes, pois nos impede de fazer a experiência do sofrimento e da tristeza.

O mundo é líquido, expressão usada pelo sociólogo Zygmunt Bau-man (1925-2017). Dizia ele: “Vi-vemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar.” Talvez isso explique o sucesso da tecla “delete” dos teclados dos computadores. Essa tecla deu poder de eliminar o que não gostamos. Alguém diz algo que eu não gostei de ouvir e sem fazer uma análise sobre o que foi dito, apenas “deleta”. A cada passo que damos somos bombardeados de informações, dicas, sugestões que nos dizem o que eu preciso ser e fazer para ser feliz. Na sociedade do barulho, da vaidade, em que os pecados se tornaram virtudes, cor-remos o risco de perder a direção e a vontade de caminhar ao encontro de Deus. Sempre vivemos na espera ilusória de que “o melhor ainda há de vir”. Perder o desejo pela santi-

dade é um grande risco que esvazia a vida profundamente.

Nos falta a coragem e a humil-dade de Santo Antão (251-356) que nos ensinava com sabedoria: “Caríssimos, não descuidemos de nossa salvação. Sabei que se alguém se entrega a Deus de todo o coração, Deus tem piedade dele e lhe concede o Espírito de conversão.” Que tenha-mos a coragem de buscar os exem-plos dos santos homens e mulheres da história que tanto se dedicaram ao amor a Deus e ao próximo e cuide-mos com carinho da nossa salvação, “afinal, que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?” (Mc 8,36).

Rezemos para que nossa Paró-quia e nossa nova Diocese sejam es-paços para o surgimento de homens e mulheres como os vários santos e santas da história da Igreja e do mun-do. Que a Palavra de Deus nos leve a conhecer o Reino de Deus. Dizia Santo Afonso (1696-1787) sobre a santidade: “Se estivermos unidos à vontade divina em todas as tribula-ções, é certo, vamos nos tornar santos e seremos os mais felizes do mundo.”

Na paz do Redentor, desejamos um feliz mês de setembro.

A VOZ DA IGREJA Constituição dogmática Dei Verbum sobre a revelação divina

N. 21: A Igreja venera as Sagradas Escrituras

A Igreja venerou sempre as di-vinas Escrituras como venera

o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e dis-tribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer

da do Corpo de Cristo. Sempre as considerou, e continua a consi-derar, juntamente com a sagrada Tradição, como regra suprema da sua fé; elas, com efeito, inspiradas como são por Deus, e escritas uma vez para sempre, continuam a dar-nos imutavelmente a palavra do próprio Deus, e fazem ouvir a voz do Espírito Santo através

das palavras dos profetas e dos Apóstolos. É preciso, pois, que toda a pregação eclesiástica, assim como a própria religião cristã, seja alimentada e regida pela Sagrada Escritura. Com efeito, nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de Seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude

da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual. Por isso se devem aplicar por excelência à Sagrada Escritura as palavras: “A palavra de Deus é viva e eficaz” (Hb 4,12), “capaz de edificar e dar a herança a todos os santificados”, (At 20,32; 1 Tes 2,13).

Santidade consiste: primeiro, numa verdadeira renúncia de si mesmo; segundo, numa total mortificação das próprias paixões; terceiro, numa perfeita conformidade com a vontade de Deus.” (Santo Afonso)

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3PARAÍSO DO TOCANTINS-TO | SETEMBRO 2019

Aconteceu

ESPIRITUALIDADEAFONSIANA

IR. WELINGTON GUIMARÃES, CSSR

A cruz é um ele-mento muito

importante para nossa fé e faz parte essencial da espi-ritualidade de nós Missionários Re-dentoristas. Santo Afonso tinha uma paixão muito grande pela cruz. Na humildade de seu quarto havia uma pequena mesinha, na qual ele escrevia seus livros e nesta mesma mesinha tinha a imagem da cruz na qual ele sempre contemplava antes de escrever.

Nós católicos constantemente tra-çamos sobre nós o sinal da cruz, seja quando vamos rezar, ou passar diante de um local sagrado. Geralmente amanhecemos traçando sobre nós o sinal da cruz como sinal de graça e paz. A cruz tem o enorme poder de ligar o céu e a terra. Pe. Zezinho em uma belíssima canção diz: “Feita de dois riscos é a minha cruz...sem estes dois riscos não se tem Jesus”. Jesus nos convida a tomar a nossa cruz de cada dia para segui-lo. Esta cruz é diferente para cada um de nós, pois cada um sabe o peso das suas dificuldades, problemas e outros desafios. Jesus sabe desta dificuldade e por isso nos anima a renunciar a todas estas dificuldades para poder caminhar com Ele. Claro que não é fácil, pois o caminho de Jesus não é um caminho tranquilo e fácil, mas é um caminho que vale a pena.

Todos nós católicos quando fomos batizados, fomos marcados com este sinal belíssimo para dizer que per-tencemos a uma comunidade que se chama Igreja Católica que querida é por Deus Pai, orientada por Jesus Cristo e iluminada pela luz e força do Divino Espírito Santo.

FESTA AGOSTINA 2019

FESTA NO CHAPADÃOO festejo em louvor a Nossa Senhora da

Boa Viagem foi realizado entre os dias 21 e 24 de agosto. Além do tríduo religioso, os fiéis puderam participar de uma belíssima festa social no encerramento. Em nome da coordenação da comunidade, agradecemos todas as pessoas que colaboraram com esse momento de fé e confraternização.

Se alguém quer vir após mim, renuncie asi mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga- me” (Lc 9,23).

Cruz

A Festa Agostina deste ano foi um sucesso, graças à sua participação e colaboração. Na noite fes-

tiva, todos os participantes tiveram a oportunidade de ver a coroação do Rei e da Rainha de 2019. São eles: Silvio Gabriel Correia Domingues e Estela Freitas Cunha.

Parabéns, crianças! Nossa gratidão se estende aos outros participantes do concurso, bem como aos seus familiares.

RETIRO DA PASTORAL FAMILIARRealizado no dia 25 de agosto, o retiro da Pastoral Familiar teve como tema:

O amor na família (Amoris Laetitia). Como lema, os participantes refletiram: Famílias Missionárias.

O encontro se iniciou às 8h da manhã do dia 25 de agosto. O pri-

meiro palestrante, professor Tibúrcio, iniciou com a leitura do texto bíblico que fala das bem-aventuranças. À luz do documento Gaudete et Exsultate, o professor nos apontou caminhos de santidade.

Em seguida, Irmã Alice, de forma simples e cheia da graça de Deus, continuou o tema da santidade: quem são os santos de hoje? Quem pode ser santo? Também a irmã conduziu o tema sobre o Apostolado da Oração, desde sua fundação até os dias de hoje. Para os jovens do Apostolado foi um momento de aprendizagem e interiorização.

A segunda parte do retiro contou novamente com a presença do professor Tibúrcio, que fez uma palestra mariana para ficar na história do Apostolado e do Grupo das 90 Salve-Rainhas.

Para que tudo isso fosse vivencia-do com êxito, os jovens do Cenáculo foram os santos de calça jeans. Com toda a dedicação e amor, eles prepa-

raram todas as refeições. Seus trabalhos nos alimentaram enquanto rezávamos. Em nome das coordenações dos dois grupos, agradecemos a vocês, jovens.

O encerramento foi com a Santa Missa, presidida pelo nosso diretor espiritual, Pe. José Pereira, a quem agrade-cemos muito por estar nos acompanhando, orientando e nos conduzindo para mais próximo do Coração de Jesus e de Nossa Senhora.

Nosso muito obrigado a todos que, de uma forma ou de outra, contribuíram com este momento maravilhoso em nossas vidas. Nossa gratidão também à comunidade redentorista de nossa paróquia.

RETIRO DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO E GRUPO DAS 90 SALVE-RAINHAS

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4 PARAÍSO DO TOCANTINS-TO | SETEMBRO 2019

Acontecerá

Obs.: Fica aberto o convite para os que quiserem contribuir como patrocinador (R$ 250,00) e nossa contrapartida será a divulgação da sua empresa em toda forma de publicidade durante o evento.

Vem aí

O Baile das Alianças surgiu em nossa paróquia em

2014, por uma ideia apresentada ao então pároco, Pe. Frederico Augusto, C.Ss.R., pelo casal Nilza e Marceli, encontreiros do ECC - Encontro de Casais com Cristo e Coordenadores da Pas-

toral Familiar. Desde então tem sido uma ação desta pastoral. O baile, além de oferecer aos casais casados, casais de namorados e pessoas em geral, uma noite bem agradável com músicas dançantes cuidadosamente se-lecionadas (Banda de renome na região) e um delicioso jantar, visa também aproximar, acolher e confraternizar as famílias paraisenses num momento de lazer e descontração.

Por isso, nossa paróquia partilha convosco a alegria de

realizar no próximo dia 21/09 a 6ª Edição do Baile das Alianças, no Salão do Centro Pastoral. As mesas estão sendo vendidas na secretaria da paróquia ou diretamente com os coordena-dores do evento: Nilza Dantas 99216-9118, Delvandro 99915-2020, Franciene 98465-2524 e Lisa Bianca 98499-0058 ao custo de R$180,00 (mesa para 4 pessoas) com jantar incluso. Venha participar deste evento ímpar que já se tornou tradi-ção em nossa cidade.

FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ Missa na Capela Santa Cruz

A Capela Santa Cruz, na Serra do Es-

trondo, já é um lugar de encontro e oração para todos os paraisenses. A partir deste mês, todos te-rão um motivo mais que especial para frequentar o espaço sagrado: a Santa Missa, que será reali-zada no dia da Festa da Exaltação da Santa Cruz (14/09, sábado), às 17h. Assim daremos início a um novo horário de missa em nossa paróquia, pois nos encontraremos na Serra todos os segundos sábados do mês. Para iniciar essa tradição, a Catequese paroquial será a responsável pela liturgia do dia. Contamos com sua presença.

VILMA MARIA

No dia 14 de setembro, a Igreja celebra a Festa da

Exaltação da Santa Cruz. Essa festa vem dos primórdios da cristandade, porque a morte do Senhor sobre a Cruz é o ponto culminante da Redenção da humanidade. De acordo com o calendário litúrgico cristão, existem várias Festas relaciona-das à Cruz, todas com a inten-ção de relembrar a crucificação de Jesus Cristo. Enquanto a Sexta-feira Santa é dedicada à Paixão e Crucificação, a Festa da Exaltação da Santa Cruz ce-lebra a Cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a mor-te e o demônio.

Segundo Papa Francisco, algumas pessoas não cristãs podem se perguntar: Por que exaltar a cruz? “Podemos res-ponder que nós não exaltamos

uma cruz qualquer ou todas as cruzes, exaltamos a Cruz de Jesus Cristo, porque é nela que foi revelado o máximo amor de Deus pela humanidade”, explicou o Pontífice. O Santo Padre então questiona: “Por quê? Por que foi necessária a Cruz?” E explica que foi de-vido a “gravidade do mal que nos mantinha escravos”.

O Papa disse que a Cruz de Jesus exprime duas coisas: toda a força negativa do mal e toda a suave onipotência da misericórdia de Deus.

Celebrar a exaltação da Cruz de Cristo, é celebrar o fato de que o amor de Deus nos atrai e muda nossa vida. Todos os seres humanos com a luz natural da razão são capazes de admitir que têm uma gratidão para com Deus, amar a Deus é dever de todos, São Bernardo recorda que nós cristãos temos uma facilidade, porque o que nos leva a amar

a Deus não é somente a luz natural da razão, mas a luz sobrenatural da graça que emana da Cruz de Cristo, ou seja, Deus se fez carne, morreu na Cruz por nós e demonstrou o Seu amor de forma histórica, real, concreta, com os padeci-mentos, com seus sofrimentos e com suas dores.

Mas afinal, o que é a Cruz de Cristo?

Se olharmos humanamen-te é algo horrível, um homem

sendo condenado, humilhado, todo ensanguentado, defor-mado, uma cena triste de se ver humanamente, mas olhan-do com os olhos da fé, sabe-se que existe um amor que se irradia, um amor supremo. Deus enviou seu Filho para crermos neste amor. O cami-nho da cruz, da humilhação e da obediência, foi o que Deus escolheu para nos salvar. Por isso, amamos e exaltamos a Santa Cruz.

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5PARAÍSO DO TOCANTINS-TO | SETEMBRO 2019

Formação Bíblica

CUIDADO COM OS FALSOS PROFETASFR. RONALDO CESAR, CSSR

Setembro, mês em que a Igreja no Brasil sugere na pastoral o estudo da Bíblia.

Curiosidade à parte, o nome bíblia de origem grega bíblion, “rolo” ou “livro”, é a coleção de textos sagradas da religião cristã. A Primeira Carta de João é o livro es-colhido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, com o lema “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19).  O texto rico em espiritualidade contém como mensagem central a fé em Jesus Cristo, ten-do no amor fraterno a expressão essencial do ser cristão. Não obstante a mensagem relevante do amor, outra temática da carta nos interessa, os falsos profetas. “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo” (1 Jo 4,1). Num contexto atual de divisão e insensibilidade, a ameaça do ódio bate à nossa porta comprometendo a identidade dos filhos da Luz, hoje ultrajada de termos novos, como o “ranço”, frequen-temente usado em camisetas e comum no meio virtual. Resta-nos a tarefa do bom

discernimento, exame aguçado de quais vozes nos conduz à verdade.

A profecia é um fenômeno do universo bíblico, cujo(a) profeta/profetisa interpe-lado por Deus transmite uma mensagem, não produto de sua cabeça, profetizar é dom do Espírito. Quando o profeta fala, é a própria boca de Deus falando. Discernir falso e verdadeiro profeta possui critério conforme escreve o Apóstolo: “Nisto re-conhecereis o Espírito Santo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne mortal, vem de Deus” (1 Jo 4,2). A comuni-dade de Éfeso, onde a carta foi escrita, vivia uma tensão devido a presença de cristãos gnósticos (confiantes do conhecimento racional restringe a busca a Deus, ignoram o exigente mandamento do amor fraterno traduzido em gestos concretos), esse grupo correndo da proposta do Nazareno postula estar em comunhão com Deus e isento de pecados e julgamento.

Por via de regras os falsos profetas nunca manifestam sua finalidade de seduzir e viver conforme os desejos do “mundo” (1Jo 2,14-15; 2Pd 2,1-3): busca ilimitada de bens, poder, prazer e honra. Por vezes, eles chegam a acreditar cons-

cientemente na própria proposta, criando mecanismos de jamais sofrerem confron-tos. Sustentados sob a figura de “inspira-dos” de Deus proclamam o que entendem como apropriado da parte de Deus. A personalidade moralista do falso profeta veste a máscara da perfeição ditando com detalhes basicamente tudo a ser praticado e feito. O grande “sucesso” decorre da constante fragilidade das pessoas; em contexto de desesperança e pouca crença nas promessas de Deus, entra em ação o mentiroso. A estratégia é “mediar” a gra-ça pelo dinheiro, ou ainda, pela troca de favores. E, aqui, não preciso dizer muito de como continua esse processo.

Frente à exploração dos falsos profetas, a carta de João recorda o importante gesto que nos liberta da vã tentativa de estabele-cer negócios com Deus: “Não fomos nós que amamos a Deus, mas ele nos amou e enviou seu Filho para expiar nossos peca-dos” (1 Jo 4,10). Irmãos, essa mensagem deve permanecer em nossa mente. Deus sempre se antecipa, toma a iniciativa; o amor é gratuito e desinteressado. A verda-de de um profeta é encontrada no serviço que presta, com o devido cuidado com a

Setembro, Mês da Bíblia

“propaganda” enganosa. O ministério pro-fético compreendido como serviço busca proclamar com convicção a concreção da Palavra, mesmo em condições de ausência de esperança, alertar quando a obra de Deus sair do eixo e propor o caminho de retorno. O convívio com a incompreensão dos interlocutores causa profundo pesar na vida de quem ousa falar em nome de Deus, isso justifica que o profeta, ocasionalmen-te, vive solitário, distante dos holofotes.

“Quem diz que permanece com ele deve agir como ele agiu” (1Jo 2,6). Viver do/no amor é arriscar-se com a constante negação dos outros e a dúvida de estar agindo corretamente. O discernimento nos torna audaciosos para vencer a aco-modação e o medo, assim distanciando do que corriqueiramente habituamos a seguir como normal. É o caso do “ranço”, o sen-timento de repúdio, raiva ou desprezo por algo ou alguém, que requer cautela para não enfraquecer a empatia, conduzindo ao ódio extremo. O amor conduz à fé e a fé ao testemunho daquele que venceu o mundo. “Todo aquele que é filho de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5,4).

Desde 1971 que a Igreja no Brasil adotou o mês de

setembro como sendo o Mês da Bíblia, este é um tempo oportuno para o estudo e a contemplação da Palavra de Deus. A Bíblia conta para nós a história de fé de um povo com o seu Deus, essa história nasceu no meio do povo hebreu, no tempo de Abraão, na terra de Canaã, que posteriormente foi chamada de terra de Israel.

Nossa relação com a Bíblia é muito gratificante, sempre que lemos uma passagem bíblica temos a sensação de que é Jesus conversando conosco. Muitas vezes ele vem nos confortar, trazer todo sossego que precisamos naquele determinado momento. E quando estamos felizes, a palavra da Bíblia também vem em nossas vidas de uma maneira que nos deixa impressionados com quão perfeita forma ela fala conosco.

JOSÉ MARIA E SIRLÂNDIA

A gente sempre ouve falar que a Palavra de Deus é impor-tante, mas nem sempre com-preendemos bem o tamanho dessa grandeza. Quando nos deparamos com a passagem da Bíblia que diz: “Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl 106, 119). A partir daí pode-mos começar a entender que a Bíblia é para nós uma espécie de GPS, que nos guia a buscar

e realizar a vontade de Deus na realidade concreta em que nos encontrarmos.

Este ano, 2019, será o 48º em que a Igreja no Brasil co-memora o Mês da Bíblia. A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico--Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dando continuidade ao ciclo do tema escolhido a partir da proposta pastoral

OLINDA VELOSO

Confesso que antes não tinha muita intimidade, mas com o passar dos dias estamos mais íntimas. Não tinha noção onde encontrava os evangelhos (rsrsrs), agora faz parte da minha vida desde as primeiras horas do dia, meu pão diário. É nela que faço minhas orações, minhas aclamações, meus pedidos e agradecimentos. A Bíblia é minha luz. Tenho três bíblias, uma presente do Pe. Augusto (quando fizemos o ECC), outra presente do Pe. Sidney, e a outra presente da Dinda Lenice (no meu niver 12/03/2013).

do Documento de Aparecida para os anos 2012 a 2019: “Ser discípulos Missionários de Jesus Cristo, para que Nele nossos povos tenham vida”. Propôs para o Mês da Bíblia o estudo da Primeira Carta de João, com o Tema:  O Amor em defesa da vida. Lema: Nós amamos porque Deus nos amou primeiro (1Jo 4,19). 

A palavra amor é o núcleo da Primeira Carta de João.

O lema recorda que o amor primeiro está em Deus e dele chega a todas as pessoas. O amor é um convite que pede uma resposta que é amar. Assim compreendemos que a nossa resposta ao amor de Deus é o amor que podemos ter um para com os outros, sendo lâmpada e luz uns para com os outros.

Pe. Domingos S. Marinho, CSSR.

MARIA VALENTINA N. MARTINS CAROLINE C. F. TEIXEIRA MORAIS E CELSO MORAIS

A Bíblia é o elo mais próximo que temos com Deus. É onde encontramos sabedoria e forças para seguir e enfrentar todas as dificuldades. Ao ouvir o que Deus tem para nos dizer através da Bíblia, nunca mais voltamos a ser os mesmos. Porque a palavra de Deus nos acalma, nos faz ser um casal de fé, unidos e com muita gratidão em nosso coração.

Tenho Bíblia desde pequena. Tenho duas. Quando eu não sabia ler, meus irmãos Yann e Nycollas liam pra mim. Vejo muito minha mãe lendo, ela dá aula de catequese, mas ela diz que é bom ler. Também acho que é, porque a Bíblia é sagrada. Eu amo ler, acho muito divertido, e saber da vida de Jesus é muito importante. Gosto também quando a tia Keyliane e a Tia Márcia leem na catequese. Lá debatemos sobre a Bíblia, é muito bom. A família de Jesus é linda como a minha, e lá tem muitas histórias de muita gente, tem muitos nomes e os mandamentos, e temos que sempre obedecer.

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6 PARAÍSO DO TOCANTINS-TO | SETEMBRO 2019

COLABORE COM A CONSTRUÇÃO DO SEMINÁRIO

REGIONAL DE PALMAS

Evangelho Dominical

EVANGELHOS DO MÊSVigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum (Lc 14,1.7-14)

Quem se humilha será exaltado

No Evangelho deste do-mingo, mais uma vez

somos convidados a pensar a realidade do Reino de Deus. Jesus utiliza da metáfora dos lugares em uma festa de casa-mento; Ele observa que muitos buscam ocupar os primeiros lugares e propõe o inverso, ocupar os últimos lugares. Certamente essa era uma realidade na comunidade reli-giosa da sua época, e possivel-mente na nossa. Na escala dos lugares que Jesus estabelece na comunidade cristã, o primeiro é o último, isto é, a lógica do Reino de Deus não é como a lógica do mundo que corre em busca de privilégios, honrarias e lugares de distinção, antes, a lógica do serviço e do amor aos irmãos.

A inversão de valores na dinâmica do Reino de Deus se expressa na frase de Jesus: “Quem se exalta será humi-lhado e quem se humilha será exaltado”. Esse ensinamento de Jesus se torna eficaz por-que não é um ensinamento meramente teórico, antes, é o caminho trilhado pelo próprio Jesus, o caminho da humilha-ção e da entrega amorosa, por isso, o Pai Eterno o exaltou. Procuremos, pois, em nossa comunidade trilhar o caminho da humildade, afinal, humil-dade é uma virtude própria de quem se coloca diante de Deus e a Ele se coloca a serviço na pessoa dos irmãos com sim-plicidade e serviço generoso e desinteressado.

Vigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum (Lc 14,25-33)

O que define o cristão?Jesus é a essência do cris-

tianismo, o núcleo central e constitutivo da nossa fé não é uma ideia, mas uma pessoa que, com seu rosto humano, nos revela as profundezas de Deus. Os princípios de Jesus no Evangelho de hoje adqui-rem pleno significado no con-texto do seu caminho em dire-ção a Jerusalém. Estes servem para sublinhar a seriedade do discipulado, isto é, da escolha fundamental pelo seguimento de Jesus. De uma parte, como notamos na primeira parte do nosso texto, se exige um desa-pego aos afetos familiares, de outra, na parte final do texto, se estende a necessidade de se desprender, também, dos bens materiais.

Portanto, o que define, de modo específico o discípulo de Jesus? É a escolha responsável e definitiva por Cristo e por seu Evangelho. É isto que Jesus propõe: uma dedicação total e a plena disponibilidade diante de Deus. Ser cristão é aceitar com a fé e a conduta Jesus Cristo, Deus feito homem. O cristão é chamado a desa-

pegar-se dos mais profundos afetos pessoais, sejam eles relacionados a pessoas ou a coisas, e tomar parte na vida do próprio Cristo a ponto de se identificar com ele, revestir--se de Cristo, ter seus mesmos sentimentos.

Vigésimo Quarto Domingo do Tempo Comum (Lc 15,1-32)

As parábolas da misericórdia

O Evangelho de hoje, na sua leitura completa, com-preende todo o capítulo 15 do Evangelho de Lucas, com as três parábolas da misericórdia de Deus. Nas três parábolas, é colocada em relevo a ale-gria pela recuperação daquilo que estava perdido. Com o ensinamento colhido das três parábolas e segundo o seu es-tilo de simplicidade teológica, Jesus responde às criticas dos fariseus e dos escribas, justi-ficando a sua conduta a favor daqueles que, antes, estavam às margens da salvação.

Deus é Pai de todos e não coloca à margem ninguém, mas se alegra ao recuperar e salvar o ser humano perdido, restaurando a sua dignidade. A misericórdia divina é uma das constantes bíblicas de toda a história da salvação humana, que culmina em Cristo, rosto misericordioso de Deus Pai. O que Jesus deseja, é mostrar o rosto de misericórdia do Pai e, ao mesmo tempo, denun-ciar o puritanismo hipócrita dos fariseus e escribas, que marginalizavam os outros. É preciso que estejamos atentos às atuais formas de puritanis-mos religiosos que marginali-zam pessoas. Um verdadeiro

seguidor de Cristo é convicto: o amor não marginaliza.

Vigésimo Quinto Domingo do Tempo Comum (Lc 16,1-13)

Não podeis servir a dois senhores

O Evangelho referente a este domingo, na sua forma mais longa, contém a parábola do administrador infiel. É uma parábola difícil de interpretar pelo seu carácter, à primeira vista, desconcertante. A pa-rábola contrapõe o pouco e o muito, a iníqua riqueza e a verdadeira riqueza, esta últi-ma, se identifica com o servir a Deus, a fidelidade ao Reino: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. O verbo servir, tra-dicionalmente na Bíblia, possui um sabor cultual. Portanto, servir ao dinheiro equivale a cultuar o mesmo, isto é, colocar o dinheiro no lugar que somen-te Deus deveria ocupar.

Empenhados no segui-mento da meta definitiva do Reino de Deus, os cristãos devem imitar o esforço e dedi-cação dos “filhos da luz”, viver a fraternidade como filhos de Deus, coisa impossível para quem cultua o dinheiro ou a riqueza iníqua. Se não convertemos o nosso coração

aos critérios de Jesus sobre os bens e riquezas deste mundo, estamos renunciando de ser verdadeiros cristãos. O culto ao dinheiro cria incompatibi-lidade evangélica.

Vigésimo Sexto Domingo do Tempo Comum (Lc 16,19-31)

Compartilhar em solidariedade

Temos no Evangelho de hoje a situação do homem rico e do pobre Lázaro que contracenam depois da mor-te. O homem rico e o pobre Lázaro possuem destino final diferente e este destino não é devido exclusivamente a suas condições sociais, mas ao modo de comportar-se. O rico, segundo mostra o Evan-gelho, não é condenado pelo simples fato de ser rico, mas porque não teme a Deus, o exclui da sua vida e recusa di-vidir os seus bens com o pobre que está faminto à sua porta. Igualmente, o pobre não se salva simplesmente porque é pobre, mas porque é aberto a Deus e espera a salvação que d’Ele vem.

O ensinamento, a intenção e a finalidade da parábola não são de colocar em evidência uma escatologia individual, nem de prometer ao pobre uma espécie de compensação pelo simples fato de ser pobre. Antes, se trata de mostrar a periculosidade da riqueza, porque cria facilmente resis-tência à lei de Deus, causando um fechamento do coração a Deus e ao próximo. Em medida maior ou menor, o ensinamento se aplica a todos. Convém que nos coloquemos dentro da cena.

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7PARAÍSO DO TOCANTINS-TO | SETEMBRO 2019

Soteriologia

DOMINGO07h00 – Matriz São José Operário, Centro 08h00 – Capela N. S. da Boa Viagem, Vila Chapadão 09h30 – Capela de Santa Luzia, Distrito de Santa Luzia 10h00 – Matriz São José Operário, Centro, Missa com as crianças 17h30 – Capela de N. S. Aparecida, Setor Oeste 17h30 – Capela N. S. das Graças, Setor Milena 19h30 – Capela Cristo Redentor, Jardim Paulista19h30 – Matriz São José Operário, Centro SEGUNDA-FEIRA 19h30 – Capela da Matriz, Centro

TERÇA-FEIRA 19h30 – Capela da Matriz, Centro

QUARTA-FEIRA 07h00 – Novena de N. S. do Perpétuo Socorro, Matriz Sjo, Centro 15h00 – Novena de N. S. do Perpétuo Socorro, Matriz Sjo, Centro19h30 – Novena de N. S. do Perpétuo Socorro, Matriz Sjo, Centro

19h30 – Novena de N. S. do Perpétuo Socorro, Capela N. S. das Graças, Setor Milena 19h30 – Novena de N. S. Aparecida, Capela N. S. Aparecida, Setor Oeste 19h30 – Novena de N. S. do Perpétuo Socorro, Capela Cristo Redentor, Jardim Paulista 19h30 – Novena de N. S. do Perpétuo Socorro, Capela São Pedro, Interlagos

QUINTA-FEIRA 19h30 – Capela da Matriz – Centro

SEXTA-FEIRA 19h30 – Capela da Matriz, Centro Primeira sexta-feira do mês Com. Santa Rita de Cássia, Setor Serrano I – Missa nas famílias Segunda sexta-feira do mês Com. Divino Pai Eterno Área Verde, Jardim Paulista,Missa nas famílias

Terceira sexta-feira do mês Com. Santo Antônio, Setor Aeroporto,Missa nas famílias

Quarta sexta-feira do mês Com. São Miguel Arcanjo, Setor Parque dos Buritis, Missa nas famílias

SÁBADO19h00 – Capela São Pedro, Setor Interlagos19h00 – Capela Divino Espírito Santo, Setor Serrano II

Outras comunidades

Primeiro sábado do mês 15h00 – Imaculado Coração de Maria, Missa nas famílias

Segundo sábado do mês 15h00 – Com. Vão de São Jorge, Missa nas famílias17h00 – Missa na Capela Santa Cruz, Serra do Estrondo

Terceiro sábado do mês 15h00 – Comunidade N. Sra. Aparecida, Missa nas famílias

Quarto sábado do mês 15h00 – Com. Divino Pai Eterno, Capela Divino Pai Eterno (Região dos Guidas), 17h00 – Com. São Sebastião, Missa nas famílias

Horário das Celebrações na paróquia

O QUE SE ENTENDE POR SALVAÇÃO?FR. THIAGO GOMES DE AZEVEDO, CSSR

A temát ica da salvação é um

assunto recorrente em nossos discur-sos religiosos. O anúncio explícito da salvação como o projeto de amor de Deus para toda a humanidade constitui a essência da pregação cristã. Contudo, uma interpretação equivocada do que vem a ser essa salvação pode gerar medo e angústia nos fiéis.

De modo geral, entende-se a salva-ção como um evento cronológico que inaugura uma nova fase da história humana. A catequese tradicional nos ensina que, se antes o mundo estava “perdido” por causa do pecado dos pri-meiros pais, com Jesus Cristo nos veio a salvação. Neste sentido, a salvação é compreendida como um ato divino que tem o intento de reparar uma falta humana. No entanto, a partir de uma reflexão teológica mais atual, é possível dar um salto em nossa compreensão.

Para Karl Rahner (1904-1984), um dos maiores teólogos católicos do século XX, a salvação coexiste com a história humana, pois ela sempre esteve

presente, desde a criação. Não se trata, portanto, de um evento cronológico, que divide a história em antes e depois, mas constitui o que há de mais original no ser humano. A célebre frase “Deus cria para salvar” expressa a ideia de que Deus, desde o início da criação, já nos predestinou à salvação (cf. Ef 1,4). Assim, a compreensão de salvação ultrapassa a ideia de “reparação”, como se o evento salvífico fosse um “plano B” para o ser humano caído. Ao contrá-rio, trata-se de “potencializar em vista da plena realização e não retirar um castigo” (QUEIRUGA, 2005, p. 173).

Salvação é um dom que se traduz por plenitude de vida. Esta, por sua vez,

se expressa na vivência harmoniosa entre as criaturas com o seu Criador. Nota-se que na tradição bíblica essa plenitude de vida já se faz real desde o princípio. Na narrativa de Gênesis 2 é possível compreender o paraíso como “Jardim de Deus”, a morada divina. O convite para habitar com o Criador em sua casa nos revela a vocação última do ser humano, a saber, a comunhão plena com o ser de Deus.

Nessa perspectiva, em que sentido pode-se compreender o papel media-dor de Cristo na salvação? Muito mais interessante que utilizar a expressão trazer é empregar o verbo revelar quan-do nos referimos à missão salvífica de

Jesus, pois a primeira expressão remete a algo ausente que se faz presente por uma intervenção. Já a segunda nos aponta para uma realidade sempre atual, mas que ainda estava oculta aos nossos olhos. Segundo a constituição pastoral do Vaticano II Gaudium et Spes, Jesus veio revelar o homem a si mesmo juntamente com sua vocação sublime, a saber, a divina (cf. n. 22), apontando-nos assim o caminho que nos leva a assumir a plenitude de vida querida por Deus: o caminho do serviço e do amor. Por esse motivo afirmamos que Jesus é a plenitude da salvação (cf. Jo 10,10).

Por último, cabe dizer que a sal-vação deve ser uma realidade já em nossa existência histórica. Dito em outras palavras, não podemos esperar a morte para vivenciar essa graça que nos é concedida. Pelo contrário, só viverá a comunhão plena com Deus na eternidade quem a experimentou, mesmo que de forma limitada, aqui na terra. Aprendemos isso com o próprio Cristo que, vivendo sua existência com intensidade, amando os seus até o fim, alcançou a vitória sobre a morte, rea-firmando assim o querer de Deus em nos garantir a Vida em sua plenitude.

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8 PARAÍSO DO TOCANTINS-TO | SETEMBRO 2019

ESPECIAL DE CAPA

Dourival SantiagoEscritor e poetaMembro da Pastoral Familiar e Ministro da Palavra na PSJO

Anunciantes

ESPECIAL DE CAPA

Dourival SantiagoEscritor e poetaMembro da Pastoral Familiar e Ministro da Palavra na PSJO

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Depois de ler este livro você verá a missa de modo diferente, e participará dela de outra maneira, muito

mais atento a tudo o que acontece dentro da celebração. O que guia esse roteiro de celebração é a liturgia. A liturgia é a “alma” da celebração eucarística, ou, como diz a Sacrosanc-tum Concilium (n. 10), ela é “fonte e cume da vida cristã”.