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Eis que mais um final de ano se apro- xima. Aproveitemos para renovar nossas forças no serviço do Reino de Deus. Os desafios se multiplicam, mas as razões de nossa esperança permanecem vivas. Santo Agostinho certa vez assegurou: “Vivemos entre as tribulações deste mun- do e as consolações de Deus”. É verdade. O Senhor sempre nos surpreende com sinais de amor e de bondade. Ele não desiste da humanidade e nos quer plenamente felizes. Fazer a nossa parte como se tudo dependesse apenas de nós e confiar na Divina Providência, certos que tudo está mesmo é nas mãos do Senhor da Vida e da História. Para isto Santo Isidoro nos aponta um eficaz caminho: “Eis-nos aqui, Espírito Santo! Eis-nos aqui, frágeis por causa do pecado, mas fortes pela comunhão em Vosso nome! Vinde até nós e ficai conosco! Dignai-Vos purificar os nossos corações! Ensinai-nos como agir, para onde caminhar e mostrai-nos o que de- vemos fazer para que, com vosso auxílio, possamos agradar-Vos em tudo! Sede o vivificador, o conselheiro e a luz de nos- sos juízos, Vós que com Deus Pai e com seu Filho possuís um Nome Glorioso; não nos deixeis deturpar a justiça, Vós que amais a suprema equidade; que a ignorância não nos arraste para o mal; que o interesse pessoal não nos dobre; que motivos humanos e a acepção de pessoas não nos corrompam. Uni-nos eficazmente pelo dom permanente de Vossa graça, para que sejamos um só coração e uma só alma em Vós e não nos desviemos em nada do verdadeiro, para que na comunhão em Vosso Nome, assim PALAVRA FRATERNA C aros irmãos (ãs), o Ano Santo da Misericórdia des- pontou para nós cheio de esperança. O gesto do Papa, ao abrir a Porta Santa em Roma, ecoa nas Basílicas e Santuários do mundo inteiro. Todos poderão fazer esta ex- periência pascal ! Em qualquer ambiente, até mesmo nos cárceres, aqueles que ali se encontram po- derão obter a indulgência todas as vezes que passarem pela porta da cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai. Está em jogo não a beleza da porta em si, mas o significado do gesto. Abri-la e passar por ela, ou fechá-la, diz muito. Jesus Cristo é a Porta! Passamos n’Ele, com Ele e por Ele. Só assim se alcança a salvação. A Porta do nosso Santuário, solene mesmo em sua rusticidade, cuja abertura quotidiana é, por si só, uma liturgia; reveste-se agora de um significado ainda mais profundo. Passando por ela somos convidados a contemplar a misericórdia de Deus. “Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericór - dia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai” (MV 3). A Porta se difere da parede. Não é totalitária, mas livre e libertado- ra. Aberta, possibilita o ingresso em determinado espaço e evoca o futuro que nos aguarda. Quando estamos dentro do recinto e a fe- chamos ela protege e possibilita a interiorização. Abrir a Porta Santa é um convi- te para que sejamos peregrinos e testemunhas da Misericórdia Deus para conosco! É fácil falar da mise- ricórdia divina genericamente, mas falar da misericórdia de Deus para conosco não é tão simples assim! Significa que não somos melhores do que ninguém, somos fracos e pecadores, mendicantes do perdão, iguais aos nossos irmãos e irmãs. Isto nos humaniza e nos estimula na pratica da caridade para com todos! Pe. Geovane Luís da Silva Pároco PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE Ano 10 - nº 128 Dezembro de 2015 Barbacena - MG JORNAL AÇÃO PASTORAL DA IGREJA Aconteceu entre os dias 04 e 25 de outubro, em Roma, Vaticano, o Sínodo dos Bipsos, refletindo sobre o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade contemporânea”. Contando com a participação de 265 padres sinoda- is, lá foram discutidos e votados noventa e quatro pontos propostos. Foi emitido um relatório final das discussões realizadas e encaminhado ao Papa, cuja breve síntese apresenta- mos a seguir: se inicia agradecendo a Deus pelas famílias cristãs que respondem à sua vocação e missão mesmo diante dos obstáculos, das incompreensões e dos sofrimentos. Lembra que Deus criou o homem e a mulher, pelo amor uniu seus corações na indissolubilidade e na unidade, ficando assim selado o ob- jetivo da vida conjugal de amarem- se gratuitamente para sempre, tendo como referência a gratuidade do amor pascal de Jesus. Segue ressaltando que, hoje também, o Senhor chama o homem e a mulher ao matrimônio, acompanha-os em sua vida familiar e se oferece a eles como dom indescritível. Recorda que historicamente todos somos peregrinos, há portanto a neces- sidade premente de um trabalho pastoral O SÍNODO E AS FAMÍLIAS com as famílias em situação de fragili- dade em razão da migração, principal- mente quando essa ocorre por motivo de guerra, perseguição, injustiça, po- breza e outros, fatores que traumatizam e desestabilizam a família. Devendo ainda serem lembrados os membros das famílias que permanecem nos lugares de origem. A família de Nazaré é citada como modelo para as famílias de hoje. No seu seio Jesus vivenciou momentos de con- vivência harmoniosa e fidelidade amo- rosa entre Maria e José – o matrimônio por excelência, firme e indissolúvel. O texto do relatório salienta que o amor completo e profundo entre os cônjuges não está baseado somente nas capacidades humanas. Deus sustenta essa aliança com a força de seu Espírito. Con- tinua lembrando que o homem e a mulher participam da obra criadora, como instru- mentos de Deus, responsáveis pelo futuro da humanidade através da transmissão da vida humana, sendo as famílias numero- sas consideradas bênçãos para a Igreja e para a sociedade. Os pais, primeiros edu- cadores, devem acolher, educar, encher de afeto e transmitir a fé aos seus filhos, de modo particular aos mais frágeis e marcados pela deficiência; cabe- lhes ainda, se envolver ativamente no caminho de preparação para os sacramentos da iniciação cristã, testemunhando com a vida o valor e a importância desses. O relatório apresenta como tarefa da Igreja acompanhar às famílias nas quais algum de seus membros tem a tendência homossexual. Salienta que “não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, nem se- quer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família”, como assinala um documento da Congregação para a Doutrina da Fé. Quanto aos casais em situação de segunda união, a Igreja os acolhe e orienta quanto aos cuidados com os filhos. Rosa Cimino também guardemos justiça em todas as coisas, com a moderação da piedade para que, aqui, as nossas decisões em nada divirjam de Vós e, no futuro, pela abertura de coração e por vossa graça, consigamos os prêmios eternos. Amém!” . No intenso calor de nossas preocupa- ções Deus põe seus mensageiros de paz e de dias melhores para nos refrigerar a alma. Basta tomar o admirável testemunho do Papa Francisco. Ele consegue chegar aos corações com a alegria do Evangelho do Senhor. É preciso ser flexíveis diante da ação do Espírito Santo. Dom Hél- der Pessoa Câmara disse certa vez: “Precisei mudar-me muitas vezes para continuar sendo quem sou”. É verdade. O filósofo Epíteto antes já tinha assegurado: “A única coisa permanente neste mundo é a mudança”. Seguindo o magnífico exemplo de Nossa Senhora e contando com sua oni- potência suplicante, queremos viver o Ano Santo da Misericórdia intensificando a AÇÃO PASTORAL DA IGREJA! Pe. Paulo Dionê Quintão

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Eis que mais um final de ano se apro-xima. Aproveitemos para renovar nossas forças no serviço do Reino de Deus. Os desafios se multiplicam, mas as razões de nossa esperança permanecem vivas. Santo Agostinho certa vez assegurou: “Vivemos entre as tribulações deste mun-do e as consolações de Deus”. É verdade. O Senhor sempre nos surpreende com sinais de amor e de bondade. Ele não desiste da humanidade e nos quer plenamente felizes.

Fazer a nossa parte como se tudo dependesse apenas de nós e confiar na Divina Providência, certos que tudo está mesmo é nas mãos do Senhor da Vida e da História. Para isto Santo Isidoro nos aponta um eficaz caminho: “Eis-nos aqui, Espírito Santo! Eis-nos aqui, frágeis por causa do pecado, mas fortes pela comunhão em Vosso nome! Vinde até nós e ficai conosco! Dignai-Vos purificar os nossos corações! Ensinai-nos como agir, para onde caminhar e mostrai-nos o que de-vemos fazer para que, com vosso auxílio,

possamos agradar-Vos em tudo! Sede o vivificador, o conselheiro e a luz de nos-sos juízos, Vós que com Deus Pai e com seu Filho possuís um Nome Glorioso; não nos deixeis deturpar a justiça, Vós que amais a suprema equidade; que a ignorância não nos arraste para o mal; que o interesse pessoal não nos dobre;

que motivos humanos e a acepção de pessoas não nos corrompam. Uni-nos eficazmente pelo dom permanente de Vossa graça, para que sejamos um só coração e uma só alma em Vós e não nos desviemos em nada do verdadeiro, para que na comunhão em Vosso Nome, assim

palavra fraterna

Caros irmãos (ãs), o Ano Santo da Misericórdia des-pontou para nós cheio de

esperança. O gesto do Papa, ao abrir a Porta Santa em Roma, ecoa nas Basílicas e Santuários do mundo inteiro.

Todos poderão fazer esta ex-periência pascal! Em qualquer ambiente, até mesmo nos cárceres, aqueles que ali se encontram po-derão obter a indulgência todas as vezes que passarem pela porta da cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai.

Está em jogo não a beleza da porta em si, mas o significado do gesto. Abri-la e passar por ela, ou fechá-la, diz muito. Jesus Cristo é a Porta! Passamos n’Ele, com Ele e por Ele. Só assim se alcança a salvação.

A Porta do nosso Santuário, solene mesmo em sua rusticidade, cuja abertura quotidiana é, por si só, uma liturgia; reveste-se agora de um significado ainda mais profundo. Passando por ela somos convidados a contemplar a misericórdia de Deus. “Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericór-dia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai” (MV 3).

A Porta se difere da parede. Não é totalitária, mas livre e libertado-ra. Aberta, possibilita o ingresso em determinado espaço e evoca o futuro que nos aguarda. Quando estamos dentro do recinto e a fe-chamos ela protege e possibilita a interiorização.

Abrir a Porta Santa é um convi-te para que sejamos peregrinos e testemunhas da Misericórdia Deus para conosco! É fácil falar da mise-ricórdia divina genericamente, mas falar da misericórdia de Deus para conosco não é tão simples assim! Significa que não somos melhores do que ninguém, somos fracos e pecadores, mendicantes do perdão, iguais aos nossos irmãos e irmãs. Isto nos humaniza e nos estimula na pratica da caridade para com todos!

Pe. Geovane Luís da SilvaPároco

Paróquia Nossa seNhora

da Piedade

Ano 10 - nº 128 Dezembro de 2015barbacena - mg

Jor

nal

ação pastoral da igreja

Aconteceu entre os dias 04 e 25 de outubro, em Roma, Vaticano, o Sínodo dos Bipsos, refletindo sobre o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade contemporânea”. Contando com a participação de 265 padres sinoda-is, lá foram discutidos e votados noventa e quatro pontos propostos.

Foi emitido um relatório final das discussões realizadas e encaminhado ao Papa, cuja breve síntese apresenta-mos a seguir: se inicia agradecendo a Deus pelas famílias cristãs que respondem à sua vocação e missão mesmo diante dos obstáculos, das incompreensões e dos sofrimentos. Lembra que Deus criou o homem e a mulher, pelo amor uniu seus corações na indissolubilidade e na unidade, ficando assim selado o ob-jetivo da vida conjugal de amarem-se gratuitamente para sempre, tendo como referência a gratuidade do amor pascal de Jesus. Segue ressaltando que, hoje também, o Senhor chama o homem e a mulher ao matrimônio, acompanha-os em sua vida familiar e se oferece a eles como dom indescritível.

Recorda que historicamente todos somos peregrinos, há portanto a neces-sidade premente de um trabalho pastoral

o sínodo e as famíliascom as famílias em situação de fragili-dade em razão da migração, principal-mente quando essa ocorre por motivo de guerra, perseguição, injustiça, po-breza e outros, fatores que traumatizam e desestabilizam a família. Devendo ainda serem lembrados os membros das famílias que permanecem nos lugares de origem.

A família de Nazaré é citada como

modelo para as famílias de hoje. No seu seio Jesus vivenciou momentos de con-vivência harmoniosa e fidelidade amo-rosa entre Maria e José – o matrimônio por excelência, firme e indissolúvel.

O texto do relatório salienta que o amor completo e profundo entre os cônjuges não está baseado somente nas capacidades humanas. Deus sustenta essa

aliança com a força de seu Espírito. Con-tinua lembrando que o homem e a mulher participam da obra criadora, como instru-mentos de Deus, responsáveis pelo futuro da humanidade através da transmissão da vida humana, sendo as famílias numero-sas consideradas bênçãos para a Igreja e para a sociedade. Os pais, primeiros edu-cadores, devem acolher, educar, encher de afeto e transmitir a fé aos seus filhos,

de modo particular aos mais frágeis e marcados pela deficiência; cabe-lhes ainda, se envolver ativamente no caminho de preparação para os sacramentos da iniciação cristã, testemunhando com a vida o valor e a importância desses.

O relatório apresenta como tarefa da Igreja acompanhar às famílias nas quais algum de seus membros tem a tendência homossexual. Salienta que “não existe fundamento algum para

assimilar ou estabelecer analogias, nem se-quer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família”, como assinala um documento da Congregação para a Doutrina da Fé. Quanto aos casais em situação de segunda união, a Igreja os acolhe e orienta quanto aos cuidados com os filhos.

Rosa Cimino

também guardemos justiça em todas as coisas, com a moderação da piedade para que, aqui, as nossas decisões em nada divirjam de Vós e, no futuro, pela abertura de coração e por vossa graça, consigamos os prêmios eternos. Amém!”.

No intenso calor de nossas preocupa-ções Deus põe seus mensageiros de paz e

de dias melhores para nos refrigerar a alma. Basta tomar o admirável testemunho do Papa Francisco. Ele consegue chegar aos corações com a alegria do Evangelho do Senhor. É preciso ser f lexíveis diante da ação do Espírito Santo. Dom Hél-der Pessoa Câmara disse certa vez: “Precisei mudar-me muitas vezes para continuar sendo quem sou”. É verdade. O filósofo Epíteto antes já tinha assegurado: “A única coisa

permanente neste mundo é a mudança”.Seguindo o magnífico exemplo de

Nossa Senhora e contando com sua oni-potência suplicante, queremos viver o Ano Santo da Misericórdia intensificando a AÇÃO PASTORAL DA IGREJA!

Pe. Paulo Dionê Quintão

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JORNAL VOz dA PAdROeiRA • dezembRO / 20152

Misericórdia é o ato através do qual Deus vem ao encontro do ser humano. A ternura do Se-nhor em nossa vida é revestida de alegria, puro amor e plena de esperança. Pela grandeza e bon-dade divina salvação entra no mundo.

Foi proclamado pelo Papa Francisco o ano da MISERICÓRDIA – o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Terá início em 08 de Dezembro de 2015, na Solenidade da Imaculada Conceição e esse ano jubilar terminará na solenidade litúrgica de Jesus Cristo Rei do Universo, em 20 de Novembro de 2016.

A misericórdia infinita de Deus nos concede o perdão de nossas faltas. Será aberta a Porta da Misericórdia, onde cada cristão entra e vivencia com alegria o amor divino e a bênção infundida pelo Espírito Santo consolador. Este Ano Santo é único para renovação espiritual e abundância de graças. É a comunhão universal de toda Igreja. Uma Igreja cheia de misericórdia, bondade, perdão, conciliação e paciência com todos. Tanto os cristãos próximos como separados por incertezas ou desconfianças serão resga-tados, beneficiados por novos conceitos advindos da Igreja inspirada e renovada através do Concílio Ecumênico Vaticano II, do Sínodo dos Bispos e do parecer do clero, sem fugir das leis perfeitas de Deus.

A misericórdia vem ao encontro de normas não radicais, mas devidamente analisadas e consideradas que servem à humanidade em suas fraquezas e neces-sidades. Jesus ressuscitado é nossa força. Enfim, é a SS. Trindade guiando a obra da salvação, através da Igreja e da autoridade do Santo Padre. Deus é amor (1 Jo 4, 8.16) – amor incondicional dispensado sobretudo aos pobres, marginalizados, doentes, pecadores todos contam com sua misericórdia de forma magnífica. Je-sus Cristo submeteu-se à Paixão e morte de Cruz unicamente por misericórdia. Deu-nos a Eucaristia como memorial perpétuo Dele e da sua páscoa. Muitos milagres foram realizados: multiplicação dos pães, cura de doentes e cegos, mortos ressuscitados são provas incontestes de sua infinita misericórdia. São preciosas lições para nossa vida cristã. O perdão é uma dádiva. Por este atributo admirável de nosso Criador e Redentor vem a grande libertação. Daí abandonar ressentimento, raiva, violência, vingança e alcançar o prêmio eterno.

Heloisa Márcia Horta Barbosa

Você já ouviu falar de alguma festa de aniversário na qual se esqueceram de chamar o aniversariante? A festa é preparada com muito esmero: árvores imensas com luzes que cegam os olhos e presentes trocados com muitos abra-ços (mas os presentes não eram do aniversariante?). Todos se servem de diversas iguarias com bebidas caras e muita euforia. Mas é uma festa inusitada. O aniversariante não foi convida-do, sequer sentem sua falta ou mencionam seu nome. Você já percebeu que estou tentando dar-lhe a visão de uma festa de Natal de nossos tempos. Uma realidade que percebemos nas vitrines decoradas de papai-noel, no corre-corre às lojas, todo mun-do se esbarrando com sacolas enormes nas mãos. É o natal que está chegando.

Está na hora do povo de Deus viver um natal diferente. Quatro semanas para esperar e preparar. Primeiro vamos comunicar ao aniversariante que vamos

Celebrar, palavra de origem latina = celebrare, significa festejar com so-lenidade, dar valor, lembrar, etc. Nós seres humanos somos naturalmente celebrativos, pois gostamos de celebrar momentos importantes da vida. Quanto mais importante é a celebração, mais va-lor e solenidade queremos dar à Missa.

Ir à Missa é celebrar o Mistério Pas-cal de Cristo, que é sua pai-xão, morte e ressurreição, com solenidade. A liturgia gira em torno do mistério do altar. É onde “Jesus se oferece ao Pai como vítima, por nossos pecados”.

O celebrante principal da Missa é o próprio Jesus Cristo que está presente na pessoa do ministro ordena-do, (diácono, padre e bis-po), e a comunidade, que somos nós, celebra a Missa exercendo as funções a nós conferidas pelos sacramen-tos do batismo, crisma e ordem. Então, somos convidados a celebrar a liturgia com o corpo e alma, adorando a Deus Pai, no Espírito, pelo seu Filho Jesus.

Celebrar a liturgia implica uma participação ativa e “consciente do que devo ou não fazer”, porque a liturgia

é um diálogo entre Deus e o homem, e Deus fala a seu povo por meio do ministro Ordenado, pela Palavra, pela Oração Eucarística, pela Consagração do Pão e Vinho e outros. Se não estou tendo atitudes coerentes durante a celebração, como irei ouvir a Deus e celebrar com dignidade?

Em sinal de respeito à pessoa de

Jesus Cristo e ao momento que estou celebrando devo observar e praticar algumas atitudes coerentes dentro da liturgia, como por exemplo, desligar o celular, não acessar redes sociais na hora da homilia, não conversar com o irmão ao lado; não é aconselhado

vivendo com jesusperdão, a caridade, o respeito ao próxi-mo, a misericórdia, a compaixão... Para que tudo fique mais bonito, vamos bus-car no sacramento da penitência a força necessária. Durante os preparativos sentar-nos-emos à mesa para nos fartar

da Eucaristia e partilhar com todos da nossa alegria. O brilho das velas será luz para a comunidade.

Ah! Os presentes para o aniversariante?! Será nossa dis-ponibilidade, o compromisso e a perseverança na construção do reino dando prosseguimen-to ao projeto de Deus. Se nos unirmos para comemorar o Natal de Jesus e com Jesus seu nascimento acontecerá todos os dias em nossa vida. Estamos todos convidados a levarmos

nossas famílias; pois, Natal também é união familiar. Afinal de contas quem não quer dar e receber um grande abraço de nosso irmão ani-versariante – Jesus.

Dinair Augusta

E SPECIAL

B Em VIVEr

comemorar o seu natal. É a nossa von-tade. Vamos nos abastecer da palavra de Deus para que no grande momento possamos falar para Ele do nosso amor.

Muito importante é varrer e deco-rar o local da festa - o nosso coração.

Vamos retirar as teias de aranha de tudo aquilo que nos deixou tristes, magoados. Jogar fora as tralhas da intolerância, egoísmo e tudo o mais que atrapalhe o caminhar, deixando no lugar uma grande árvore onde brilhe o

F OrmAÇÃOa arte de celebrarano santo

da misericórdia rezar as orações devocionais e novenas durante a missa, como também rezar o terço, pois é uma oração mariana que nos ajuda, mas, como foi dito acima, o coração da Missa é o Mistério Pascal de Cristo, então devemos voltar toda nossa atenção a Ele.

Também é bom lembrar que, na celebração eucarística algumas orações

são próprias do sacerdote, e nós não devemos rezá-las junto com ele, pois, em virtude de sua ordenação, ele tem au-toridade e representa a pessoa de Jesus Cristo, a não ser que ele convide a assembleia para acompanhá-lo.

Durante a celebração “a nossa fé, o nosso amor e os nos-sos sentimentos são manifesta-dos através de cantos, gestos, palavras, ritos, e também com o silêncio”, isto é, todo o nosso ser deve se voltar para este mo-mento celebrativo.

Que tenhamos consciência de tudo isso, para que possamos celebrar com arte e beleza o Mistério Pascal de Jesus e que o nosso ato de celebrar possa produzir frutos de solidariedade, fra-ternidade, justiça e amor aos irmãos.

Irmã Lucenir Fernandes – CDP

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JORNAL VOZ DA PADROEIRA • DEZEMBRO / 2015 3

O Ano Litúrgico é uma criação da Igreja. Ele surgiu da necessidade de celebrar o mistério de Jesus Cristo durante todo o ano.

No início da Igreja todo domingo era dia de Páscoa. Com o passar do tempo os cristãos foram percebendo que o mistério pascal de Jesus está presente no mistério da vida de todos os dias. Cristo continua nascendo, vivendo, morrendo e ressuscitando na vida da Igreja. Não era mais pos-sível recordar tudo isso num só domingo. Surgiu, então, o Ano Litúrgico. A Igreja percebeu, que era me-lhor celebrar a vida de Cristo ao longo do ano.

O Ano Litúrgico não coincide com o ano civil. Ele começa com o Advento, passa pelo Natal e o Tempo Comum. Continua na Quaresma, Semana San-ta, Páscoa e termina com o Tempo Comum em sua segunda etapa, cul-minando na Solenidade de Cristo Rei.

O centro e a fonte de todo o Ano Litúrgico é o mistério pascal de Jesus Cristo. Vamos conhecer um pouco mais o tempo do Advento, que dá início ao Ano Litúrgico.

Neste o primeiro Domingo do Ad-vento será no dia 29 de novembro. Este tempo é uma preparação para o Natal e um tempo em que se celebra a gloriosa vinda de Cristo: sua segunda vinda.

O Advento consta de quatro do-mingos. Estes formam dois períodos: Primeiro: vai do primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro. Nestes dias, dá-se maior importância à espera da vinda gloriosa de Cristo. Segundo: vai do dia 17 ao dia 24 de dezembro. Nesta segunda fase dá-se maior importância à preparação para

o Natal de Jesus Cristo.Durante o Advento consideramos

todo o mistério da vinda do Senhor na história até sua conclusão. É um tem-po em que se lembra, antes de tudo, a dimensão histórico-sacramental da salvação. O Deus do Advento é o Deus da história, o Deus que vem ple-namente para a salvação de toda a hu-manidade, em Jesus de Nazaré, no qual se revela a face do Pai (Jo 14,9). No tempo de Advento é evidenciada forte-

mente a dimensão escatológica, o que esperamos por úl-timo, do mistério cristão. Deus nos reservou para a salvação (1Ts 5,9), mas esta se revela-rá somente no fi m dos tempos (1Pd

1,5). O Advento ao mesmo tempo, que nos mostra as verdadeiras, profundas e misteriosas dimensões da vinda de Deus, nos recorda o compromisso missionário de todo cristão: a missão da Igreja diante do anúncio do Evan-gelho, a todos os povos é baseada na vinda de Cristo.

A comunidade cristã, neste tempo do Advento é chamada a viver algu-mas atitudes. Dentre elas, a espera vigilante e alegre, a esperança e a conversão, vivendo a espera do Se-nhor (1Cor 13,12). A Igreja vivendo esta espera na vigilância e na alegria pode rezar “MARANATHA: VEM SENHOR JESUS” (Ap 22,17-20).

Irmã Ilva Vasconcellos de Paiva, CDP

C OmUNIDADE VIVA A ÇÃO EVANGELIZADOrA

RETIRO ESPIRITUALNossos agentes de pastorais estiveram reunidos no dia 21 de no-

vembro, no Instituto Pe. Cunha, para momento de oração e refl exão. Foi tempo de agradecer e rever nossa vida. O Retiro foi orientado pelo Pe. Danival Milagres Coelho.

SORTEIO DA MOTOO Grupo Dom Luciano promoveu uma ação entre amigos para

ajudar na manutenção da casa da pastoral da criança (Bairro N. Sra. Aparecida). O premio foi entregue à Sra. Arlete Aparecida Arantes Garcia, portadora do bilhete nº. 2389. Parabéns à feliz ganhadora e aos voluntários do grupo.

DIA FESTIVO E NOVENA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

Dia 27 de novembro a comunidade celebrou o dia festivo em honra à sua padroeira. A novena terá início no dia 29 e se estenderá até o dia 8 de dezembro. Todos os dias: celebração às 19h30.

270 ANOS DA ARQUIDIOCESENo dia 28 de novembro nossa Paróquia marcou presença em Maria-

na, durante a celebração festiva presidida pelo nosso Arcebispo Dom Geraldo.

ABERTURA DO ANO SANTO DA MISERICÓRDIA

Dia 13, às 10h, missa solene e abertura da Porta Santa no Santuá-rio. Neste dia foram instituídos os novos Ministros Extraordinários da Palavra de Deus.

advento: esperança e alegria

Fundador: Pe. José Alvim BarrosoResponsável: Pe. Geovane Luís da SilvaRedação: Pe. Isauro Biazutti, Rosa Cimino, Irmã Lucenir Fernandes, Kleber Camargo, Heloisa Barbosa, Fátima Tostes, Dinair Augusta, Áurea Flisch, Elimar Johann.

R. Vigário Brito, 26 - Centro - 36200-004 (32) 3331-6530 ou 0270 [email protected] | www.piedadebarbacena.com.br

Diagramação e impressãoGráfi ca e Editora Dom Viçoso 31 3557-1233

Tiragem: 1.600 exemplares

Pastoral do Dízimo

Jorn

al

MineiraCantina

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JORNAL VOZ DA PADROEIRA • DEZEMBRO / 20154

vinda de deus!Deus vem, é uma disposição

fundamental de Deus na Bíblia. É desta vinda de Deus que fala a liturgia do Advento. Refere-se à vinda de Deus na Encarnação do Filho, tal como é revelado em seu nascimento e na adoração pelos sábios do oriente e, sobretudo, como é celebrado no Natal e na Epifania.

Deus está a caminho para o en-contro conosco, visando impreg-nar toda a Criação com a sua presen-ça. Ele quer estar no meio de nós: “Esta é a morada de Deus--com-os-homens . Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus.”(Ap 21,3).

No Natal, Deus vem ao encontro dos seres humanos no sorriso amável e hu-milde de uma criança. Assim é Deus! Ele se faz pequeno, indefeso, para que todos os seres humanos possam entender que Ele quer ser amado.

Uma consequência dessa con-cepção de Deus é que não pode-mos mais aceitar uma sociedade em que uns dominam os outros. No mundo em que habita Deus,

só pode haver espaço para quem pensa como o evangelista Marcos escreve: “Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que serve, e quem quiser ser o maior entre vós seja o escravo de todos.”(Mc 10,43-44). Através da festa do Natal, Deus nos ensina a ver nos-so próximo da forma como Ele mesmo os vê: como amigos, irmãs e irmãos. Esta ideia do Natal de-

corre do fato que a comemoração não é uma recordação saudosa e sentimental de algo que sucedeu há dois mil anos numa pequena localidade da Palestina. A liturgia enfatiza que o nascimento de Jesus Cristo está associado à Redenção, à Páscoa, enfi m, à segunda vinda

Celebramos o Ano Jubilar e recor-damos os 290 anos de nossa Paróquia, dom de Deus para nós! Dia 04 de dezembro, após a missa, na presença de uma multidão, realizou-se a entroni-zação da veneranda imagem de Nossa Senhora da Piedade no altar-mor.

O olhar atencioso e comovido de quem estava no Santuário acompa-nhou a subida da imagem da Excelsa Senhora. Formou-se um grande coro que saudava a padroeira de Minas e de Barbacena! Um tempo abreviado, mas festivo e intenso. Cânticos, aplausos e preces escoaram do nosso coração fi lial. Com a Imagem de Maria tendo nos braços o corpo desfalecido do seu Filho, elevava-se a Deus a nossa prece. Quantos pedidos feitos no íntimo de todos nós!

Antes e após o restauro, realizado com técnica, esmero e devoção por um fi lho desta terra, a imagem da Pietà foi exposta para a veneração dos fi éis. En-tão pude presenciar o pranto de muitos irmãos e irmãs que se comoviam ao contemplá-la no silêncio.

Como é consolador entrar neste San-tuário e contemplar a Pietà! Maria é a Mãe da Misericórdia, e por isso mesmo a invocamos como Porta do Céu. Ela é também a nossa Mãe. Podemos ‘nos’ ver ali, no aconchego de seus braços, no calor materno do seu colo. No Filho Jesus, somos todos fi lhos e fi lhas muito amados de Deus. Somos fi lhos e fi lhas da Mãe e Jesus. “Ao pé da cruz, na hora suprema da nova criação, Cristo conduz-nos a Maria; conduz-nos a Ela, porque não quer que caminhemos sem uma mãe” (EG 287).

Corações ao alto! O nosso coração está em Deus! A vida cristã é um proces-so de elevação. Do alto dos céus, repre-sentado pelo trono, Maria intercede por nós! É este o signifi cado da entroniza-ção. Maria é a Serva, Mãe, Intercessora e Discípula Fiel de Jesus Cristo.

Pe. Geovane Luís da Silva

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Gente

de Cristo.O Natal é uma memória viva

e ativa, cujo centro é a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, o qual está sempre presente, como a alma de toda celebração litúrgica.

Vale também lembrar que ao redor da liturgia do Natal formou--se, no decurso da história, uma série de costumes folclóricos que contribuíram para criar um ambiente festivo na intimidade

das famílias e nas ruas dos povoados e cidades. Muitas dessas tradições e costumes podem nos ajudar a viver o espírito natalino; contudo, devemos recordar que este espírito não pode desviar-nos do es-sencial do mistério do Natal.

Elimar Johann

Miú

da

Miú

da

Gente M

iúda

Gente M

iúda

Gente

Gente

L ITUrGIA E VIDA I GrEJA-mÃE

Que o espírito natalino, portador de amor, justiça e fraternidade, nos acompanhe por todos os dias do novo ano que está prestes a se iniciar.

ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA

Dr. Francisco José Pupo Nogueira

Advogado - OABMG: 22213

Desejamos a você e sua família um Feliz Natal!

TABACARIA MGPAPELARIA