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20 Outubro 2010 a 20 Novembre Edição 017 António Gobbato trava uma luta contra a acusação de assédio. “Não cometi os atos de que sou acusado” diz o homeopata com nacionalidade portuguesa nascido no Brasil. Pag. 12 a 14 4 MESES DE PRISÃO CUMPRIDOS Jantar p’la Madeira entrega 5 mil euros a vítima hospitalizada Cidadão angolano morre no momento da deportação Jimmy Mubenga, o ango- lano morreu no aeroporto ao ser deportado. Imprensa sus- peita que a história possa es- tar mal contada. Informação a que o PaLOp News teve acesso a informação que dá conta que o Jantar realizado em Londres em fevereiro para as vítimas das cheias da Ilha da Madeira, contibuiu com 5 mil euros para uma cidadã daquela ilha que está hospitalizada. Festa dos 35 anos de independência dos guineênces no Reino Unido

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20 Outubro 2010 a 20 Novembre Edição 017

António Gobbato trava uma luta contra a acusação de assédio. “Não cometi os atos de que sou acusado” diz o homeopata com nacionalidade portuguesa nascido no Brasil. Pag. 12 a 14

4 MESES DE PRISÃO JÁ CUMPRIDOS

Jantar p’la Madeira entrega 5 mil euros a vítima hospitalizada

Cidadão angolano morre no momento da deportação

Jimmy Mubenga, o ango-lano morreu no aeroporto ao ser deportado. Imprensa sus-peita que a história possa es-tar mal contada.

Informação a que o PaLOp News teve acesso a informação que dá conta que o Jantar realizado em Londres em fevereiro para as vítimas das cheias da Ilha da Madeira, contibuiu com 5 mil euros para uma cidadã daquela ilha que está hospitalizada.

Festa dos 35 anos de independência dos guineênces no Reino Unido

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com as instalações, com o atendi-mento e com o serviço.

Insatisfeitos por não vermos o povo em ação, fomos à fadistagem.

A Coordenão do Ensino do Portu-guês, o Solneve e o DOY abriram a temporada para uma verdadeira ava-lanche de fado que corre Londres de Stockwell (Sul) a Willesden (Norte).

A Organização dos Jogos Olímpi-cos não pára de assediar a comu-nidade portuguesa para participar numa ocasião única e estamos ansiosos por saber os resultados. Quantos atletas vamos ter em Lon-dres a falar português e quantos vão ser os compatriotas que os vão es-tar a apoiar. A Casa Brasil e Osvaldo Gomes juntaram esforços para fazer valer a pena. Angolanos no Reino Unido elegeram a sua Miss e viram desfilar a beleza feminina. A Rainha

por um ano está escolhida.Voltamos ao Restaurante O Moi-

nho e fomos surpreendidos. Sarah fergunson, ex mulher do Prícipe An-dré estava deleitada com as epecia-rias do Fernando. Comeu e levou os amigos. A realeza gosta da comida portuguesa. Pudera! Quem não gos-ta quando é bem cozinhada?

Os guineenses juntaram-se e en-cheram a discoteca Las Vegas e juntaram mais de mil libras que vão a caminho dos hospitais da Guiné. Não satisfeitos, preparam-se para abrir as “hostilidades e vem aí mais uma ofensiva. Agora, estamos pron-tos para a vadiagem que o fado vai fazer por Londres, receber Adrana Calcanhoto, Tony Carreira e outras grandes estrelas que estão na forja.

Absolutamente prontos para a ma-ratona.

Da nossa corerspondência recebi-da, temos três sugestões. Uma sobre o Dia de Portugal, outra sobre o Jan-tar P’la Madeira e outro sobre ambas as matérias. Decidimos priveligiar este ultimo já que abarca os assun-tos dos dois restantes.

Sou leitor do vosso jornal e tenho reparado que existem assuntos so-bre os quais não produzem qualquer notícia. Refiro-me à “Folhinha de Stockwell” que tem levantado ob-servações pretinentes e sobre esses assuntos o vosso jornal não se pro-nuncia.

Manuel SilvaCroydan (Londres)

Respondemos:Queira por favor mencionar quais

os assuntos que gostaria de ver refe-ridos e aos quais estaremos em falta.

Obrigado.

Refiro-me ás contas do Dia de Portugal e ao dinheiro arrecadado no jantar pela Madeira que deveria ser objecto de notícia e o vosso jor-nal não se pronuncia. É dinheiro de todos nós e a organização deveria dar contas do dinheiro dado. Sobre o dia de Portugal nada sei e sobre o jantar da Madeira sei apenas que fo-ram realizadas 22 mil libras de que

nada se sabe. Se somos nós a pagar, queremos saber e penso que seja obrigação dos jornais publicar estas contas. Caso contrário, temos o di-reito de pensar que os organizadores não sejam gente séria e isso tem que ser denunciado pelos jornais. Caso contrário, os jornais servem apenas para dar notícias das festas. Gos-to do vosso jornal, admiro a vossa coragem em publicar assuntos que interessam mas condeno o desinte-resse que dão a estes assuntos.

Caro leitorObrigado pela sua colaboração.Os dois assuntos que menciona

são de extrema importância. Permita que lhe possamos responder come-çando por o informar que o jornal não é “nosso” mas sim “seu”, “vosso” e de todos quantos falam português no Reino Unido pelo que a sua su-gestão merece a nossa atenção e resposta.Em relação ás contas do Dia de Portugal, temos conhecimen-to que os relatórios foram entregues na diplomacia portuguesa e nas au-toridades locais inglesas. Chamamos a sua atenção para a entrevista que publicamos com Rui Simões na nos-sa edição nº 9 onde o mesmo refere à nossa reportagem estar a trabalhar com uma “comissão que funcione

com clareza junto da comunidade”. Afirmou Rui Simões a necessidade de “ter na frente “pessoas com cre-dibilidade” reclamando mais à frente que também ele, Rui Simões, “des-conhecia as contas do Dia de Por-tugal de 2009” mesmo tendo feito parte da comissão. Já na edição nº 10 do PaLOp News, e no seguimen-to da mesma entrevista a Rui Simões publicada na edição anterior, este, afirma ao PaLOp News que a “orga-nização do Dia de Portugal de 2010 tem a intenção de tornar as contas públicas o que não aconteceu no ano de 2009 em que o Conselheiro António Cunha se recusou a revelar os valores envolvidos. Após as co-memorações do Dia de Portugal, o PaLOP News tentou entrevistar Rui Simões para aferir das afirmações produzidas mas Rui Simões recu-sou-se a prestar quaisquer declara-ções. Quanto aos fundos do jantar da Madeira, remetemos os nossos leitores para a página 9 onde damos conta de uma doação financeira a uma das vítimas das cheias da Ma-deira em fevereiro passado.

Agradecendo todas as sugestões que nos enviam, que fique claro que em nenhuma circunstância deixa-mos de publicar a informação que conseguimos apurar.

Fica claro que o assunto que mais fez correr o PaLOp News este mês é o assunto de primeira página sobre o omeopata António Gobbato e que deu trabalho a sério. Várias pessoas foram entrevistadas, vários contactos foram feitos e muito escrito, retirado e reescrito até ao trabalho final em mais um trabalho de investigação à nossa moda. Mas também houve tempo para as festas.

Passamos pelo Britânia e assisti-mos ao riso de quem faz 20 anos. Fomos ao Restaurante O Moinho e verificamos que os homens têm com-portamentos exemplares quando se reunem.

Visitamos o BES (Banco Espírito Santo) na casa nova e deslumbramos

Festa da Guiné rasga caminhosPág 8João de Vallera novo embaixador de Portugal de malas aviadasPág 16Angolano morre num aeroporto de Londres ao ser deportadoPág 18O fado a vadiar em LondresPág 22Miss Angola UK concorre para LuandaPág 24D2 troxe musica e vontade de fumarPág 25

Propriedade AFA AssociadosAlcino G. FranciscoVauxhall—LondonContacto 07578222520

Direcção Geral:Alcino G. [email protected]

Direcção Financeira:Maria Emília [email protected]

Direcção de comunicação:[email protected]

Departamento Comercial:Manuel [email protected]

RedacçãoChefe de Redacção:[email protected]

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Fotografia:Bruno Ribeiro/Ludgero Castanho

Direcão Criativa: Lidia Pais

Edição e Design Gráfico:Tiragem10.000 exemplares

DistribuiçãoPower Ltd - Londres

ImpressãoWebprint - Londres

Design PublicidadeImageco—Image & Communication

Websitewww.palopnews.comhttp://palopnews.blogspot.com

Edição onlineJoão Domingos—JadHost Informática

Caderno AngolaLengaluca Sampaio

FontesAgência Lusa - Portugal

Correspondentes PortugalLiliana Ferreira(Porto)Vítor Martins (Lisboa)Carlos Damásio (Lisboa)Carlos Monteiro (Lisboa)S. Paulo - Brasil Jandirlea OliveiraMaputo - MoçambiqueTraquinho da ConceiçãoCidade da Praia - Cabo VerdeÓscar VendavalLuanda - Angola Fernando BarrosLondres - UK Maria Clara ResendesCronistasLukie GoodaPaulo PiscoMaria Leonor BentoMaggie JoãoClaudia NguvuloManuel MendonçaFrancisco G. Da Silva

Os que falam português teimam. Teimam em se esconderem dentro de si próprios, em não se denun-ciarem na união dos factos, na desvergonha insane de haver alguns que se julgam mais espertos que outros.

Os que falam português, insistem. Teimam em não rasgar um caminho comum que lhes torne a vida mais fácil, mais doce e sobretudo mais tranquila e saudável sob o ponto de vista da saúde nervosa.

Os líderes, seguem impávi-dos e alheios como os cava-los na parada: “andando, ca-gando e sendo aplaudidos”.

O imigrante que recolhe a Inglaterra com o fito único de voltar a casa com o pecúlio recheado, alheia-se a estas tricas e refugia-se no trabalho e em casa na esperança de um dia ver tudo isto acabar e sentar-se, enfim, no con-forto dos anos amealhados. Os outros imigrantes, com o espírito de aventura, aque-les que não pensam sequer regressar a esse lar que deixaram, seguem apenas entusiasmados com a ideia de viver cada dia a seu dia, alheios a esse fenómeno a que chamamos comunidade mas que não se comporta como tal. Esses, irão embora ou não e se forem, voltarão ao seu país..., ou não.

Os investigadores e estu-dantes universitários, longe das polémicas, nem sabem que estas existem e estão embrenhados na guerra sim-ples das suas licenciaturas, doutoramentos e mestrados. Rasgam caminhos solitários.

A fechar a lista, os insatis-feitos que também insistem. Teimam que há uma forma melhor de nos entendermos sem ser a maldizer, num ca-minho de construção fazendo melhor aquilo que pensam que está mal feito.

Por mim, limito-me a regis-tar o que oiço, o que vejo e a guardar aquilo que enten-do ser o “lado negro da lua” migratória numa comunidade que deveria estar muito mais empenhada na construção de uma consciência colecti-va do que em dançar a mu-sica que esta orquestra não aprendeu ainda a tocar.

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A ameaça está de voltaInglish Druida

“Como Fazer Frente à Maldição da Doença”,

AICEP Portugal Global com novo delegado em Londres

O ministro britânico dos negó-cios estrangeiros alertou os pas-sageiros que viajam em França e na Alemanha para o risco de uma “forte ameaça terrorista”.

“Podemos confirmar que o alerta para as viagens em Fran-ça e na Alemanha foi atualizado”, disse à agência France Pres-se um porta-voz do ministério. “Assim como outros grandes paí-ses europeus, [a França e a Ale-manha] estão perante uma forte ameaça terrorista”, acrescentou.

As autoridades dos EUA prepa-ram-se para lançar um alerta aos passageiros que viajam para a Eu-ropa, com o objetivo de os adver-tir sobre os riscos de um eventual

ataque, revelou hoje um funcionário federal.

"O alerta não se destina a dissu-adir as viagens, mas para que as pessoas sejam vigilantes", escla-receu o responsável, que preferiu manter-se sob anonimato, adian-tando que foram já publicadas várias informações sobre ataques malogrados em vários países euro-peus. De acordo com vários meios de comunicação social internacio-nais, os serviços secretos ociden-tais terão descoberto planos que indiciam a intenção da Al Qaeda em atacar as principais cidades do Reino Unido, França e Alemanha.

Com a aproximação da data dos Jogos olímpicos, é provavel que o nível de alerta aumente e que Lon-dres estja na mira do terrorismo in-ternacional.

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Londres

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Brasil

Reino Unido: Druidismo reco-nhecido como religião

O druidismo, culto céltico que venera os espíritos da natureza, foi reconhecido como religião no Rei-no Unido, indicou a Comissão das Organizações Caritativas britânicas. A Druid Network, uma organização que reúne os adeptos do druidismo em todo o mundo, recebeu o esta-tuto de obra de beneficência, como organização religiosa, outorgado pela Comissão das Organizações Caritativas. Na sua decisão, a co-

missão considera que o Druid Ne-twork foi criado com fins que têm em vista a promoção da religião e o interesse público, podendo as-sim beneficiar de um estatuto fiscal mais vantajoso. O culto dos espíri-tos que surgem do mundo natural é uma atividade religiosa, compa-rável ao cristianismo ou ao islão, destacou a comissão, referindo que se trata de uma das mais an-tigas práticas espirituais que exis-tem no Reino Unido. "Foi uma lon-ga batalha que se prolongou por mais de cinco anos", afirmou no

seu 'site' a Druid Network, congra-tulando-se com o estatuto obtido. Trata-se do primeiro culto pagão a ser reconhecido como religião no Reino Unido. O druidismo defende a harmonia entre os seres huma-nos e a natureza e a sua qualifica-ção como "religião" é contestada por alguns adeptos que preferem o termo "espiritualidade".

O culto teve origem na Irlanda e no Reino Unido, mas expandiu-se através do mundo, contando hoje com alguns milhões de seguido-res.

O baloiço do real

Falando numa iniciativa que decorreu no Conselho das Amé-ricas, em Nova Iorque, em parce-ria com a Câmara de Comércio Brasil-EUA, o governante brasi-leiro lembrou, porém, que ainda é cedo para avaliar a eficácia do aumento do Imposto sobre Ope-rações Financeiras (IOF), de dois para quatro por cento, para o ca-pital estrangeiro.

Recentemente, o governo anun-ciou ter duplicado a taxa do IOF sobre os capitais especulativos que ingressam no Brasil, atraídos pelas altas taxas de juros locais e que contribuem para a valorização do real.

A medida, entretanto, não pena-

O ministro da Economia do Brasil, Guido Mantega, admitiu hoje que novas medidas podem vir a ser adotadas para controlar o fluxo de capital especulativo estrangeiro e conter a valorização do real.

liza os investimentos estrangeiros direcionados ao setor produtivo da economia.

Guido Mantega lembrou que, em 2009, o governo do Brasil reintro-duziu a taxa de dois por cento e obteve resultados positivos, "ainda no período de capitalização da Pe-trobras".

"De facto, continua a existir al-guma valorização do real. Só não sabemos se é o efeito da desvalo-rização do dólar ou o investimento estrangeiro [no Brasil] que continua. E não sabemos quanto o real teria valorizado sem as medidas. Temos de esperar mais tempo para ver a eficácia", explicou o governante bra-sileiro. Dirigindo-se a uma plateia de investidores estrangeiros, Guido Mantega admitiu que, no caso de os instrumentos – adotados pelo

governo do Brasil - para assegurar a alta do real se mostrem insuficien-tes, o seu ministério irá pensar "em outras medidas". No entanto, escu-sou-se a comentar a sua aplicação: "Não divulgamos medidas futuras."

Por outro lado, o ministro da Eco-nomia do Brasil avançou que a eco-nomia brasileira deverá crescer 7,5 por cento este ano.

A anterior projeção divulgada pelo Ministério da Economia apontava para um crescimento do Produto In-terno Bruto (PIB) brasileiro entre 6,5 e 7,5 por cento. Já o Banco Central do Brasil fala num crescimento de 7,3 por cento.

"Devemos ter um crescimento de 7,5 por cento, o maior crescimen-to em 25 anos. Para 2011, com a redução dos estímulos, a economia mundial vai crescer menos e esta-mos a projetar um crescimento de 5,5 por cento da economia brasilei-ra", precisou Mantega.

O ministro brasileiro lembrou que o mercado interno tem sido um dos responsáveis pela taxa atual de crescimento da economia brasileira.

"A procura é uma das responsá-veis por essa taxa de crescimento. É um novo patamar de crescimento, que veio para ficar", afirmou Mante-ga.

"A Quintadimensão, associa-ção com sede em Portugal e escritórios em Londres, lança a versão digital do livro de Marino Rodrigues, com download grá-tis, no novíssimo site da “Quinta Dimensão” – ONG de apoio in-ternacional a Africa Portuguesa, (é necessária a subscrição, que tambem é grátis), onde pode também aceder a um fórum, pu-blicar artigos, comentar, conviver,

Eduardo Souto Moura novo delegado AICEP

A AI-C E P —Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, é uma organização de capitais públicos de Portugal que tem como missão fomen-tar as exportações portuguesas, promover o país como destino turístico e captar investimento privado. Para o desempenho das

e tomar conhecimento da visão e objectivos da organização, assim como visionar os projectos já de-senvolvidos e os a desenvolver, podendo ainda fazer a sua con-tribuição financeira para suportar o trabalho voluntário desenvolvido pela organização, através do fide-digno sistema PayPal, em qual-quer moeda corrente do mundo, e muito, muito mais... visite-nos!"

www.quintadimensao.org.uk

suas funções, a AICEP tem delegados espa-lhados por todo o Mun-do onde tem interesses comerciais e onde a

balança de tran-sações

recomenda a sua presença.Em Londres, a partir de 1 de fe-

vereiro, espera-se a chegada do novo delegado Eduardo Souto Moura. Em breve, o PaLOP News conta poder dar mais referências deste destacado quadro da AI-CEP que estará em Londres no cumprimento de missão.

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Galo de Barcelos volta à antena

O Programa de rádio O Galo de Barcelos a emitir em Norfolk na 105.3 FM Stéreo está de volta à antena para satisfação de todo o auditório que semanalmente segue as três horas de progra-mação.

Com novo estúdio e com uma grelha musical completamente re-novada, Paulo Aleixo e Octávio Tei-xeira prometem a animação a que o auditório já se habituou e muita musica do melhor que se faz em Portugal.

A novidade é novo horário já que programa passa a ir para o ar à

Quarta-Feira a partir das 7pm até ás 10pm.

Como é hábito, quem quiser ou-vir e participar do programa estan-do fora do alcance da antena pode sempre fazê-lo na internet aceden-do a www.zeta1053.com.

Renovação também no painel de convidados que serão entrevista-dos por Paulo Aleixo bem ao estilo do que de melhor se faz em rádio em português no Reino Unido.

Alcino Francisco com as crónicas políticas e Pai Nélio de Oxalá com os signos continuarão na grelha do programa.

Boa musica na 105.3 FM Stéreo ás 4ªs das 7 ás 10 da noite.

A não perder.

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Londres

Londres

O logotipo dos Jogos Olím-picos de 2012 em Londres tem estado no centro de vá-rias polémicas desde o con-ceito a que obdeceu até ao valor que custou.

Uma petição online assinada por mais de 20 mil pessoas, pede para que o símbolo seja retirado e substituído por outro que não seja tão “ridículo” e que não “envergonhe o país da pior forma possível”

No Daily Mail, pergunta-se se a imagem “é o trabalho de um chimpanzé, um graffitti ou um quebra-cabeças infantil”.

O logotipo criado pela Wolf Olins veio em substituição da imagem inicial apresentada em 2003 e está disponível em 4 co-res, rosa, azul, verde e laranja e teve um custo de 600 mil euros.

Um porta voz do Comité Olím-pico refere que esta imagem terá que permanecer até ao fim já que se trata de uma imagem flexível e que irá evoluir. “Quere-mos uns Jogos diferentes numa era diferente”, disse.

600 mil € custou o desenho

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A história que reconto este mês é uma pequena anedota sobre o famoso detective in-glês Sherlock Holmes e o seu amigo Watson. Esta anedota faz-me pensar em como, mui-tas vezes, nós complicamos a nossa vida e criamos os nossos próprios problemas, talvez sem necessidade.

Dê-se espaço para estar, para pensar, para criar e sobre-tudo para sentir. Não complique o que não carece de complica-ção. Simplifique para ser mais feliz!

Se se encontra num mo-mento mais difícil da sua vida, recorra ao Coaching para ver o seu problema/desafio de outro prisma, e assim criar outras so-luções mais eficazes.

“O famoso detective Sherlo-ck Holmes e o seu fiel amigo Watson vão acampar. Montam a tenda de campismo e, depois de uma boa refeição e uma gar-rafa de vinho, deitam-se para dormir. Algumas horas depois, Sherlock Holmes acorda e diz para o seu fiel amigo,

“Meu caro Watson olhe para cima e diga-me o que vê.”

Watson responde:“Vejo milhares e milhares de

estrelas.”Holmes, então pergunta:“E o que é que isso significa?”Watson pondera por um mi-

nuto e depois enumera:“Bem, astronomicamente,

significa que há milhares e mi-lhares de galáxias, e, potencial-

Coaching Lifepor Maggie João

Porquê complicar?mente, biliões de planetas. Por outro lado, astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e por isso teremos um dia de sorte. No entanto, se analisarmos temporalmente, deduzo que são aproximada-mente 3 horas e 15 minutos pela posição onde se encon-tra a Estrela Polar. Numa di-mensão teológica posso ver que Deus é todo-poderoso e que nós somos pequenos e insignificantes. E finalmente, meteorologicamente, suspei-to que teremos um belo dia. Correcto?

Holmes fica um minuto em silêncio, respira fundo e diz:

“Bolas Watson,... não vê que nos roubaram a tenda?!!”

_________Maggie João é uma Execu-

tive & Life Coach que o faci-lita a concretização dos seus objectivos pessoais e profis-sionais de uma forma mais rápida do que se o fizesse sem qualquer tipo de apoio. Com uma panóplia de clien-tes espalhada em três conti-nentes, o seu Coaching é não direccional, sem juízos de va-lor e totalmente centrado no cliente. A Maggie pratica Co-aching em português, inglês e espanhol.

Para mais informações so-bre os seus serviços de coa-ching por favor visite www.coachinglife.eu, ou contacte-a através do email [email protected].

PaLOPconnosco

A 1ª república e a crise atual

PortugalPaulo PiscoDeputado do PS eleito pelas Comunidades

Dentro de sensivelmente um mês será entregue na Assem-bleia da República o Orçamento de Estado para 2011. Será um orçamento mais restritivo, mais exigente e rigoroso. A actual situ-ação de crise assim o recomenda e as pessoas e os sectores de actividade e grupos de interesse deveriam compreender isso.

Isto não é um exclusivo de Por-tugal, porque toda a Europa e o

mundo passam por dificuldades. A Grã-Bretanha foi também disso um exemplo, e o agora Primeiro-Ministro David Cameron, certa-mente de forma que só se expli-ca por então estar em campanha eleitoral, não deixou de dizer tam-bém que o seu país poderia ter de sofrer uma intervenção do FMI. A verdade é que ninguém esperava por uma crise tão funda, que levou a um endividamento tão grande por parte dos Estados para acudir às famílias e às empresas que en-traram em dificuldades.

Para já o Governo comprome-teu-se a controlar as contas públi-cas, reduzindo o défice e a dívida. E isso é fundamental para que a economia e a confiança sejam re-

lançadas. A redução da despesa do Estado, igualmente fundamen-tal e uma das condições do PSD para que o orçamento seja apro-vado, vai precisamente obrigar a contrair os gastos que se fazem em muitos ministérios e institutos públicos.

A maior prisão de um país é a sua dívida. O Estado, como em nossas casas, não pode gastar mais do que aquilo que tem. Ou

então, em vez de ficar com di-nheiro para investir naquilo que é necessário, terá de o aplicar para pagar a dívida e os seus juros. A verdade é que, fosse quem fos-se que estivesse no Governo na altura da crise, não escaparia aos constrangimentos que ela provo-ca, devido a haver menos receitas por causa do abrandamento da actividade económica e mais des-pesas por causa do desemprego.

E este é o nosso maior desa-fio dos tempos próximos. Se o Governo for capaz de cumprir as suas metas, e eu estou conven-cido que conseguirá, da mesma forma que conseguiu reduzir o dé-fice de 6,8 por cento do PIB her-dado em 2005 do Governo Durão

Barroso/ Santana Lopes para 2,6 por cento em três anos, agora também o conseguirá. É um imperativo nacional. De res-to, há sinais positivos, como o aumento ligeiro do emprego, da actividade económica, das ex-portações e, agora, traduzidos num aumento da receita.

Mas para isso é necessário haver estabilidade política. Toda a instabilidade e as ameaças

que agora muitos dirigentes da oposição e outras personalida-des fazem cria desconfiança nos mercados financeiros que nos prejudica a todos. E há quem o faça de propósito para criar mais dificuldades ao Go-verno e, por consequência, ao país, o que é inaceitável.

Os tempos não são fáceis nem estão para brincadeiras. É preciso sentido da responsa-bilidade e optimismo na nossa capacidade colectiva de supe-rar as dificuldades. Estou con-vencido que será isso que vai acontecer. A menos que esteja tudo doido.

* Deputado do PS pelo Círcu-lo da Europa

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Tempos de férias são tempos de nostalgia!!!

Ora, nestas condições, con-vém que estejamos com os pés assentes e conheçamos o ter-reno das estratégias que dese-jamos levar avante alinhando a par e passo com as demais co-munidades, radicadas no Reino Unido! Entretanto, convém que nos detenhamos um pouco no tempo da Reconquista Cristã, não olvidando de forma alguma o impacto e ajuda das Cruzadas, entre eles cavaleiros ingleses que ajudaram o primeiro Rei de Portugal, na conquista de Lis-boa, aos Mouros!

O intercâmbio entre as duas na-ções já vem do tempo de D.Dinis, quando foi assinada a primei-ra Aliânça Luso – Britânica, em 1294, com o Rei Eduardo I, cuja Aliânça visava proteger o comércio estabelecido pelos súbditos dos dois monarcas. Através dos tem-pos, outros tratados se seguiram, como foi o tratado de 1372, assi-nado por D. Fernando e o Duque de Lencastre, (filho de Eduardo III de Inglaterra), porquanto desta vez havia interesses estarem unidos contra Castela e Aragão. De acor-do, com vários historiadores outros pactos foram feitos em casos de conflitos, quando, em plena Ida-de Média, muitos portugueses se queixaram que tal aliânça foi sem-pre mais proveitosa para os britâ-nicos.Não nos podemos esquecer que durante os Descobrimentos, Portugal, foi também uma grande potência internacional! Outrossim, uma das datas que mais nos in-teressa é exactamente a data de 9 de Maio de 1386, conhecido pelo Tratado de Windsor, onde se realizou o casamento de D.João I de Portugal da Casa de Avis, com Dona Filipa de Lencastre, filha de John of Gaunt, então Duque de Lencastre, e foi deste casamen-to que deu origem à (Ínclitica Ge-ração), porque foi durante este período que nasceram D.Duarte, D.Pedro, D.Fernando e D. Henri-que o (Navegador), que fundou a Escola de Sagres dando origem aos Descobrimentos, munindo-se dos melhores cientistas, car-tógrafos, bem como astrónomos! Além disto, após a Restauração de Portugal de 1640, foi na verdade a época de ouro da Aliança, espe-cialmente quando se deu o enlace matrimonial de Carlos II de Inglater-ra, da casa de Stewart, com D. Ca-

tarina de Bragança, que introduziu o hábito do chá, bem como o uso de talheres nas mesas.

Na verdade, muito se poderia de-senvolver nesta matéria, mas o que mais nos interessa é de facto trazer à memória desta nova geração o impacto que tem a Anglo-Portu-guese Alliance, embora, em de-suso e decadência é sempre bom relembrar esse passado histórico às gerações vindouras, porque em todo este percurso a caminhada não tem sido fácil, antes pelo con-trário, temo-nos deparado que não tem havido contactos, nem motiva-ções a nível de promoções dentro da “Comunidade Portugue-sa”, como era de espe-rar! Sem embargo, um outro tratado que deve ser r e l e m b r a -do é sem dúvida o T r a t a d o de Metuen, em 1703, que tratava da livre entrada de lanifícios ingleses em Portugal, bem como a exploração e transporte dos vinho do Alto Douro (Vinho do P o r t o )

para Inglaterra, não esquecendo outros produtos que os barcos in-gleses iam buscar a Portugal! De facto, a Aliança Luso – Britânica não tem sido um mar de rosas, por-quanto através dos tempos têm-se levantado ventos contrários, como foi o caso do “Ultimato Inglês de 1890” em que a Inglaterra exigia a Portugal a retirada imediata das for-ças militares chefiadas pelo Major – Serpa Pinto, do território compre-endido entre Moçambique e Angola [ nos actuais Zimbawe e Zambia], a pretexto de incidentes entre Por-tugueses e Macololos [tribo de indígenas do Alto Zambeze]. Na verdade, esta zona tinha sido recla-mada por Portugal, na Conferência de Berlim entre Novembro de 1884 e Fevereiro de 1885, tendo como objectivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas

potências coloniais o que resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações ét-nicas dos povos do continente!

Com efeito, este “Ultimato Inglês” foi visto em Portugal, como uma grande humilhação nacional pe-los republicanos, que acusaram o Governo e o rei D. Carlos I de se-rem os seus responsáveis, dando ocasião a que o governo caísse e na impossibilidade de resistência levou à imediata queda do gover-no português, onde se levantou um grande descontentamento social, e daqui em diante é desencadeada

uma onda de protestos que desemboca no

fim da monarquia constitucional, em que come-çam aparecer grupos de sim-

patizantes re-p u b l i c a n o s dando origem à “Revolta de

31 de Janei-ro de 1891” na

cidade do Porto, tendo como pomo

de discórdia o “Mapa-Cor-de-Rosa” , cujo alvo era

ligar Angola por terra a Mo-

çambique. Inglaterra porém, como sempre, não se deixa intimidar e envia o tal “Ultimato”, e com repre-sálias só tirou partido da situação o movimento repúblicano que com a Revolta de 5 de Outubro de 1910, foi abolida a Monarquia e implanta-da a República, que por este andar pode ter os seus dias contados! F.Gonçalves da Silva

Nota da redação: Esteve em cena no passado dia 2 em Lon-dres, uma peça de teatro com o nome “Ultimatum” que retratou pre-cisamente a parte final deste texto de Francisco Gonçalves da Silva. Esta peça que foi apreentada ao público na mistura das duas línguas (português e inglês), teve como protagonista o actor português Mi-guel Pinheiro que antes de estrear a peça em Londres a exibiu em Cabo Verde.

F.Gonçalves da SilvaPORTUGUESE ACTION GROUP

Em sequência do que temos vindo a informar é necesário ir às origens e fontes históricas a fim de nos munir do essencial fazendo jus de um passado fértil desconhecido desta nova geração!

A dívida externa brasileira deu-nos orgulho em ser quem somosLuciano Demetri Gonçalves

Hoje é orgulho para muitos brasileiros ver o Brasil coloca-do como as 10 primeiras po-tências mundiais, mas muitos ainda se lembram quão dolo-roso e demorado foi esse pro-cesso. Para abordarmos este assunto é preciso voltar qua-se 200 anos, para podermos conhecer parte da genese do problema.

Popularmente diz-se que o Brasil contraiu a dívida logo após sua independência em 1822, mas de certo que o pro-cesso começou bem antes, atingindo os portos brasileiros em 1808 com a chegada da fla-migerada família real portugue-sa. Dom João VI desembarcou em Salvador da Bahia com uma falange de famintos mendigos reais e parte de sua corte de corrúptos para se estabelecer no Brasil durante o período das invasões napoleônicas. A corte portuguesa há muito vinha vi-vendo seu “conto de fadas”, ora não havia recursos suficientes para manter a máquina do Esta-do e muito menos para suprir os caprichos da corte. O Brasil, a “menina dos olhos de Portugal”, já há tempos defendia sua auto-suficiência e muitos falavam em independência e foi aproveitan-do o momento que o príncipe D. Pedro, filho de D. João VI e Dª Carlota Joaquina resolveu ficar no Brasil contrariando a vontade da corte em Lisboa, mas satis-fazendo a vontade de seu pai que sugeriu que ele agarrasse a coroa antes que um aventureiro a fizesse. Em pouco tempo o príncipe tornar-se-á D. Pedro I, o imperador do Brasil, o pai da nossa dívida!

Em 1824, após o proces-so de independência, Portugal exigiu o pagamento de 3 mi-

lhões de libras esterlinas para reconhecer o Brasil como nação soberana. O imperador contraiu um empréstimo com a Inglaterra no valor da soma já mencionada ,uma vez que seu pai ao retornar a Lisboa limpou os cofres pú-blicos e faliu o Banco do Brasil, empresa que ele mesmo tinha fundado anos antes. Pronto, agora o Brasil estará individa-do pelos próximos 200 ou 300 anos, claro que não podemos especular um prazo, mas pode-mos ser otimistas.

A dívida externa brasileira ace-lerou seu crescimento nas dé-cadas de 60 e 70 do século XX principalmente depois do golpe militar de 1964 dando início a um período de ditadura que du-rou até 1985. A inflação dispa-rou, dormía-se rico e acordáva-se pobre, o sal, até o maldito sal custava um pacote de notas sem valor, isso é quando encontrado. Sumia tudo, sal, açúcar, até os ovos! Lembro-me perfeitamente e nem podíamos reclamar sob o risco de prisão, pois também havia a nossa P.I.D.E que era chamada de DOPs, mas que tinham em comum além da tru-culência e arrogância a mesma essência facista que se ainda respirava no período pós-gerra.

Oh Brasil, nossa pátria mãe que dormia tão destraída sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações. Terra nossa e de nossos ancestrais que por muitas vezes por ti san-gramos! Hoje, o Brasil ocupa uma posição respeitável peran-te as outras nações do mundo, reafirmamos nossa auto-sufici-ência e o orgulho em ser quem somos nos trouxe de volta o sorriso no rosto e o grito de “sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”.

Fotos curiosasPara a edição deste mês, a nossa foto mostra um dragão tatuado nas costas e cuspir fogo numa técnica só permitida através das habilidades informáticas. Maravilhas da tecnologia que terminam no mesmo ponto onde termina a imaginação.

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Festa dos 35 anos de independência dos guineenses no Reino Unido

Festa que ultrapassou todas as espetactivas em afluência de publico com o clube LAS VE-GAS a abarrotar com um mar de gente da QUINÉ-BISSAU e outros lusófonos. A surpresa maior foi a aderência dos jovens que não paravam de entrar até quase ás 4 da madrugada.

Ficam os parabéns à juventude Guineense, pela solidariedade e

apoio aos “cotas” que se esfor-çam por passar o testemunho, das tradições, raizes e costu-mes da Guiné.

A realização deste certame poderia passar ao lado do es-quecimento mas, ficou marca-do, com o amealhar de £1.600 libras para doar em material para hospitais da Quiné-Bissau, num bonito gesto de solidariedade. “Os nossos compatriotas preci-sam e nós vamos dar

as mãos. Toda ajuda é para

colmatar as necessidades mais prementes deste País muito ca-rênciado e todos nós faremos a diferença”.—revelou a organiza-ção ao reporter PaLOP News.

De louvar a boa organização da associação Guineense do Reino unido liderada pelos membros no activo Idriça Djalô, Nancy Ger-mano e todo o restante corpo di-rectivo que honrrou os visitantes com uma excelente festa bem animada com o musico Guineen-se vindo prepositadamente para

o evento. PIKO fez as delicias dos mais novos e também do D.J. Joka Moreno que animou a farra até ás 5 e pico da manhã.

Parabéns a comissão deste evento e também à tesoureira do certame Margarida Pereira, pelas contas devidamente apresenta-das.

A festa contou com um desfile de gastronomia típica e foi ainda colorida pela indumentária afri-cana que reinou na noite do Las Vegas.

Herlander Cunha Londres

A qualidade da gastronomia portuguesa tem referências em Londres que se impõem.

Que o diga Sarah Fergunson, Princesa do Reino Unido e Duque-sa de York, divorciada do Príncipe André de Inglaterra que foi surpre-endida pelo PaLOp News a almoçar com um grupo de amigos no Res-taurante O Moinho na Wandsworth Road em Stockwell. Certos que a princesa não escolhe o restaurante pela esquina mais bonita, fica o re-gisto de que a realeza inglesa tam-bém tem bom gosto e sabe onde comer quando se trata de ter uma ementa digna de reis.

Sarah Fergunson nos paladrares tugas

Palop News Londres

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Jantar p’la Madeira entrega 5 mil euros

Palop News

Palop News

Londres

Londres

O PaLOP News teve acesso a informação que dá conta que o Jantar realizado em Londres em fevereiro para as vítimas das cheias da Ilha da Madeira, contibuiu com 5 mil euros para uma cidadã daquela ilha que está hospitalizada.

Dalila Silva, a única vítima ainda hospitalizada, recebeu das mãos de Pedro Calado através de Go-rete Silva, irmã da vítima o che-que que lhe chegou através da organização do jantar.

O dinheiro será aplicado no pa-gamento de dívidas fiscais e ma-terial escolar.

Após 6 meses de coma induzi-do, Dalila Silva enfrenta agora um longo processo de recuperação fisiátrica pelo que a contribuição é dada como absolutamente oportuna.

O vereador da Câmara do Fun-chal, referiu saber que este “é apenas o primeiro valor a ser en-tregue”, adiantando que “há ou-

tros montantes que vão ser atri-buídos a outras vítimas para além do concelho do Funchal”.

O autarca visitou Dalila Silva no Hospital onde tem estado interna-da desde que deixou os cuidados intensivos, há cerca de seis me-ses.

Ensino do Português na Feira das línguasO Instituto Camões, através

da Coordenação do Ensino do Português no Reino Unido mar-cou a sua presença na Langua-ge Show em Earls Court (Lon-dres) num certame que reuniu largas dezenas de stands ex-pondo diversas soluções para

Professores Isabel Marques, Alexandra Duarte e Maria José Veiga (Coordenadora), Pedro Marques, Teresa Dangerfield, Alessandra Oliveira, Manuel Carlos Xastre e Helena Ferreira fizeram o rosto que esteve no stand da Coordenação do Ensino do Português

a aprendizagem e investigação da língua.

Composta por certames de vários idiomas, Londres mostrou a multiculturalidade que tem na cidade e os esforços que cada nação produz para estar presente nessa missão de tornar a língua viva. A Coordenação brindou a assistência com um espectáculo em três versões temdo o fado e o

folclore dado a cor e o movimen-to que arrecadou os aplausos da assistência.

Os professores integrados na Coordenação tiveram ainda o en-sejo de se apresentar cantando em coro numa manifestação de disponibilidade para interagir com o público e contribuir para a divul-gação da Língua Portuguesa no Reino Unido.

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A rádio no jornal e o jornal na rádioO Jornal Palop News assina uma rúbrica de opinião todas as semanas na Rádio Galo de Barcelos. Este spot de 6 minutos

aproximadamente, destina-se a comentar Portugal nas frentes que nos apetecer. Em cada edição de papel, serão publicadas algumas dessas crónicas. Espero que se divirta tanto a lê-las como nós nos divertimos a emiti-las na antena.

Aos domingos, entre as 10H00 e as 13H00, não perca na 105.3 FM Stéreo (East Anglia) ou em www.zeta1053.com

Esta crónica tem habitualmente, 6 minutos de fado. É o destino da crónica de um jornalista que vê Portugal de longe ainda que este-ja tão perto.

Tão perto, que seriam necessárias 60 crónicas para escrever e dizer tudo o que penso do Portugal que amo, que desejo diferente e que me invade a saudade.

Por isso, hoje teremos que fazer uma crónica de pente e tesoura a cortar no tempo e no discurso por-que seria mau demais dizer tudo o que nos apetece. Seria o soltar da língua num chorrilho de palavrões de revolta de quem perdeu a paciência para esperar por mais tempo, o tem-po de regressar a casa, abraçar a fa-mília e os amigos, descobrir de novo as ondas do mar que desabafam na praia. O caso Face Oculta está dado por concluído mas de conclusões nada sabemos. Sabemos o que já era sabido e isso basta para calar a voz de quem, como nós, queremos saber da justiça.

O Orçamento de Estado invade as cortinas dos palcos televisivos. Passos Coelho, transformado em vedeta do povo ingénuo, insiste em não falar sobre a orientação de voto e mantém um país inteiro em suspenso. Enquanto isso, os ex presidentes da República unem-se no esforço de dar açoites ao “en-fant terrible” que provavelmente vai seguir o destino/fado de Santana Lopes.

Num m o -

mento em que a generalidade dos países da Europa tenta superar a cri-se, Passos Coelho vem afirmar que se não estivesse Portugal perto das presidêncais estaria a levantar uma moção de sensura ao Governo do PS como se isso fosse a solução dos problemas que ora infligem e afligem Portugal.

Não tem Passos Coelho, a noção da importância das palavras de Ca-mões quando rezou que “Um fraco Rei faz fraca a forte gente” e Portugal segue assim a ausência de quem lidere. Temos uma classe política sem capacidade de liderança e as-sistimos impávidos e serenos à au-sência de projectos, de ideias, de discursos de união e sofreguidão de futuro.

As forças sociais portuguesas espraiam-se em jogos de sedução e poder e tudo não passa de sim-ples sublimação da frustração de um povo a perder a memória de si mes-mo. As crianças com os pais a tra-balhar 12 ou mais horas por dia, per-dem o sentido de família e os avós a trabalhar até morrer deixam de ter espaço e tempo para fotografar o passado na memória das crianças que se preparam para interpretar a geração sem memória e sem história e um povo que desconhece a sua história..., está condenado a repetir os mesmos erros.

Assistimos hoje ao mesmo que aconteceu na Primeira República. Ao tempo de crise e ao aumento de trabalho do Banco Alimentar contra a Fome. Assistimos hoje ao regres-so da saudade de D. Sebastião na esperança de que alguém, seja lá

que alguém for, venha e resolva porque para nós por-

tuguese-

ses, continua a ser suficiente imigrar e ser o cleaner de toda a imigração.

Orfãos de liderança, abocanha-mos os discursos políticos de uma feira de vaidades de quem não res-peita o dinheiro que todos nós paga-mos. E continuamos a pagar.

Pagamos os salários, as crises, os juros, as dívidas públicas com o nosso nome inscrito no numero de contribuinte e no cartão único, e pa-gamos. Pagamos sempre e quando imigramos, continuamos a pagar com as remessas dos imigrantes numa caça que não é nossa porque somos os caçados. O 25 de Abril, aparece agora como a repetição da crise da Primeira República nessa fa-lha de memória colectiva que insiste em não criar uma consciência que nos pertence; a todos nós sem ex-cepção.

Olvidamos que os santos e os heróis, os mártires e os poetas são

feitos dessa mesma massa de que todos nós somos feitos.

Passos Coelho, insiste em manter o tabu sobre uma questão que custa milhões de euros todos os dias. Que custa a cada português vários dias de suor e luta numa espe-rança patriótica que não destapa o cobertor das ilusões de que Portugal, pode ser um dia, o so-nho de cada português.

Esquecemo-nos de sonhar alto e na baixeza

do sonho que esquecemos de so-nhar, Passos Coelho obriga 3 ex-presidentes, vários correligionários e um povo inteiro a sofrer, a esperar que se digne a divulgar a sua opinião que aos bolsos dos portugueses custa os tais milhões todos os dias.

Ninguém merece uma classe po-lítica assim. Ninguém, nem mesmo Pedro Passos Coelho, tem o direito de interferir todos os dias, dia após dia na exigência a todos os portu-gueses que trabalham para conhe-cer a sua opinião sobre o Orçamen-to de Estado. Estamos a pagar para que fique calado quando a nossa necessidade é que diga de uma vez por todas o que vai fazer. Quem pensa Passos Coelho que é para fi-car calado enquanto os portugueses pagam para que fale?

Quando é que Portugal acorda para a responsabilização política e impede que haja políticos a dizer que são eles quem mais sofre com o cor-te de 5% na massa salarial? Quantos

são os políticos que conhecem o preço do pão, do leite, das fraldas para bébés e velhos? Quantos são os políticos que sabem o preço de uma kilo de qualquer fruta, 1 litro de água ou de uma aspirina? Temos falta de líderes, temos falta de uma consciência comum mas principal-mente, temos ignorância em relação há história.

Se metade dos portugueses, sou-besse metade da matéria sobre a Primeira República, os nossos políti-cos estariam no desemprego.

Pedro Passos Coelho, já teria pe-dido a demissão por vergonha e Só-crates estaria à procura de alguém que fosse capaz de ser um líder.

Os reformados que ganham mais de 324 euros vão passar a pagar impostos. É o ridículo a rossar o im-possível. É a fome a bater na porta de cada português na esperança de que um dia, possamos vender Por-tugal e vamos todos viver para den-tro de submarinos.

Alcino Francisco Londres

O Programa de Rádio o Galo de Barcelos, regressou depois de um período de férias, em novas instalações, novo conceito musical e a mesma boa disposição de sempre.

O horário também foi alterado e o programa acontece entre as 7 e as 10pm a cada 4ª feira. Fruto da mudança de instalações ainda não foi possível sintonizr a antena pelo site da internet (www.zeta1053.com) mas tudo indica que muito em breve o problema estará ultra-passado. Até lá, pode sempre sintonizar a 105.3 FM Stereo e passar 3 horas bem portuguesas mesmo estando em Norfolk.

O Galo está de volta

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Morreu “velho” Franco

Dilma mira Serra

Labour elege líder

Homens n’O Moinho

O Reino Unido repete a histó-ria com dois irmãos em luta pelo poder. Não pelo poder legislativo mas pela cadeira maior do Parti-do Trabalhista (Labour) que deu a vitória a um dos irmãos.

David e Ed Miliband são filhos de um casal judeu da Polónia que fugiram para a Belgica e mais tar-de, com documentos falsos vie-ram para o Reino Unido em 1940. Estas foram as mais renhidas elei-ções internas do Partido Trabalhis-ta de que há memória.

O pai de ambos os políticos, conhecido pelas suas ideias mar-

xistas, passou aos filhos uma gran-de dose de iedologia política que deram a Ed o apoio dos sindicatos que saiu vencedor destas elei-ções com uma margem de apenas 1.3%.

Ed Miliband, é assim a esperan-ça dos trabalhistas de voltarem ao poder depois de terem lá mantido Tony Blair e Gordon Brown.

David, o mais velho dos dois ir-mão nasceu em 1965 e Ed quatro anos mais tarde.

A vitória de Ed, o mais "vermelho" dos dois irmãos, dá ao Labour um percurso de regresso ás suas ori-gens políticas posicionando o par-tido mais à esquerda do que tem sido nos ultimos anos.

Palop News Londres

Palop News Angola

Faleceu no passado mês de Agosto um dos fundadores do MPLA. André Franco de Sousa deixa o partido e Angola mais pobres com o seu desapareci-mento.

Foi este homem, que em conjun-to com Ilídio Machado que chegou a Presidente do MPLA, os irmãos miguéis, Higino Aires e Viriato da Cruz fundaram o MPLA em 10 de dezembro de 1956 durante a colo-nização portuguesa.

Faleceu a 17 de Agosto aquele que foi um maçon histórico daque-la nação africana. Esteve envolvido

no conhecido processo dos 50 e por via disso esteve preso no Tarra-fal. Depois da revolução portugue-sa, tentou com Aurora Verdades fundar um partido político que não teve qualquer consequência. Após os acordos do Alvor que reconhe-ceram três partidos políticos, André Franco de Sousa, partiu para Portu-gal onde em 1998 escreveu o livro “Angola, o apertado caminho da dignidade” onde revelou as razões que o opunham ao partido que ti-nha fundado.

É também em Portugal que se destaca pela sua militância na Ma-çonaria onde granjeou prestígio.

“Velho” Franco, sucumbiu a pro-blemas de saúde.

PaLOPconnosco

O Restaurante O Moinho na Wansworth (Sul de Londres) organizou mais um jantar à porta fechada só para ho-mens.

Com a denominação de "Men's Day", cerca de 40 convi-vas disseram presente a um jan-tar com uma ementa de comer e chorar por mais. O preço incluiu tudo a que o cliente teve direito desde os aperitivos até aos di-gestivos.

A abrir o jantar, os presentes rezaram uma ação de graças e depois foi o "regabofe" do talher em velocidade cruzeiro.

A meio do jantar, todos em pé, cantaram o hino português e as conversas dividiam-se en-tre a política, futebol e claro está,

a educação dos filhos.Foi num ambiente levado à letra

que na hora da sobremesa empol-gou a gludice e findo o repasto foi a hora da retirada com os devidos

cuidados para não seram apanha-dos pelo bafómetro.

Numa linguagem de rapaz, pode afirmar-se que foi um jantar de "es-talo".

Palop News Londres

Pela terceira vez consecutiva os brasileiros obrigam os can-didatos presidenciais a uma segunda volta eleitoral. Apesar de se terem constituido espe-ranças na vitória de Dilma (PT), a candidata ficou-se abaixo dos 50% num país onde votar é obrigatório por Lei.

Marina Silva do partido Verde, bateu dois records mundiais já que nunca, até aos dias de hoje houve tamanha votação quer numa mulher mulata, quer num partido ecológico.

Foi esta candidatura que anulou todas as contas feitas nas sonda-gens à boca das urnas deixando Dilma com quase 47% tendo per-dido no Estado de S. Paulo onde

se esperava que Dilma pudesse ganhar.

Em todo o caso, o PT de Lula ganhou no numero de senadores eleitos e a oposição viu descer o numero dos seus eleitos.

José Serra que já tinha enfren-tado Lula, ficou-se pelos cerca de 33% estando agora dependente da orientação de voto do Partido dos Verdes e que representam cerca de 20% do eleitorado.

Nas negociações para fazer verter o seu eleitorado, Marina pode muito bem equacionar as próximas eleições em 2014 o que pode constituir desde já uma dor de cabeça para os habituais can-didatos.

Marina, que foi ministra do PT, acaba candidata pelos Verdes em consequência das suas posições contrárias à adversária Dilma que

agora terá que refazer todas as contas eleitorais.

Ao mesmo tempo, o Brasil dá um sinal claro ao Mundo que os Verdes começam a ter oportuni-dades eleitorais que até aqui es-tavam vedadas e pode muito bem acontecer que uma nova onda política se levante no Mundo oci-dental em favor dos políticos que lutam pela conservação da na-tureza agora que o tema está no centro das atenções dos líderes mundiais.

Veremos, de que forma esta mulher da terra do malogrado Chico Mendes vai utilizar a sua in-fluência e para onde irá canalizar os seus 20 milhões de votos. No momento, a hora é de negociar já que Marina Silva pode decidir quem vai ser o próximo presidente do gigante Brasil.

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Alegadamente INOCENTEAntónio Gobbato é um nome ita-

liano nascido dessa imensa mistu-ra que espalhou os portugueses pelo Mundo. Filho de mãe portu-guesa, nascido no Brasil e casado com uma italiana, António Gob-bato ruma a Itália onde durante 25 anos constrói um futuro que o terramoto dos anos 80 leva embo-ra. Vem para o Reino Unido onde exerce medicina omeopata atra-vés do curso que tira em Portugal.

No Reino Unido, exerce a norte de Londres na região de Norfolk e depois muda-se para Londres onde procura caminhos para desenvol-ver a actividade. Inscreve-se na Or-dem dos médicos omeopatas com o numero 19089901 e a Norte de Londres, cria fama. Várias são as pessoas disponíveis para abonar a reputação do médico omeopata e algumas reconhecem ter tido no seu trabalho o alívio da doença. “Salvou-me a vida” - disse ao PaLOP News uma fonte em Norfolk. Em Londres, começa por trabalhar em instalações cedidas pelo médico brasileiro Flávio Messina. No rol de queixas apre-

Palop News Londres sentadas, diz-se que Messina terá dado ordem de despejo à sociedade do omeopata Gobbato, informação que o médico Messina desmente ao PaLOP News. Pelas declarações do clínico Flávio Messina, "António Gobbato utilizou as suas instalações em Kilburn" no período em que este esteve de férias no Brasil. Durante o período de férias, soube que António Gobbato teria demitido a sua assis-tente e daí o pomo da discórdia. In-terrogado pela polícia, Flávio Messina recusa aceitar que tenha sido sócio de Gobbato, assunto a que voltare-mos mais à frente. Em todo o caso, Messina mostra-se relutante em rela-ção a Gobbato e pretende que a sua marca fique distante do caso. Inter-rogado pela polícia, confirmou ape-nas o que disse ao PaLOP News. “Depois que soube que a minha assistente foi demitida e que havia publicidade indevida a ser publicada terminei todo e qualquer acordo com Gobbato”—diz Messina

Para substituir a assistente demi-tida, António Gobbato admite uma portuguesa que viria a ser sua funcio-nária na mudança que este faz para a zona de Stockwell onde viria a ser detido. Ainda em Kilburn, aceita fazer

sociedade com uma estecticista de nome Edina, também esta brasileira casada com Paulo com quem de-senvolve actividade profissional. Tra-balham juntos desde o final de 2009 até Início de 2010 por cerca de 5 meses.

É no término deste acordo a que chamam sociedade (nunca cons-tituída) que António Gobbato se muda de "armas e bagagens" para Stockwell abrindo um consultório e criando uma rede com cerca de 300 pacientes.

Em 4 de Junho, a polícia visita An-tónio Gobbato no consultório e con-vida-o e acompanha-los à esquadra de polícia. Só passados 4 meses António Gobbato volta a casa em liberdade condicionada. Na origem, estão cerca de 16 queixas apresen-tadas contra o omeopata António Gobbato, a maioria por assédio se-xual. Quatro meses volvidos, apenas 3 queixas permanecem na acusa-ção tendo as restantes sido retira-das pela justiça que não encontrou fundamento para julgamento. No topo da pirâmide das queixas, uma referência junta todas as pessoas: a estecticista Edina que parece ter todos os queixosos como conheci-

dos, amigos ou clientes.Uma das queixas que foi anula-

da, refere mesmo que Gobbato terá ofendido um homem que entretanto ainda não está identificado pelo Pa-LOp News. Queixa que deixou de existir. Uma após outra, todas as queixas têm sido eliminadas pela in-vestigação da polícia inglesa.

Também uma criança do sexo feminino estaria no rol das queixas apresentadas que entretanto deixou de estar. O PaLOP News, apurou que de facto terá havido uma con-sulta com uma criança do sexo femi-nino que apresentava sinais de corri-mento vaginal. António Gobbato, terá encaminhado esta paciente para o

António Gobbato, omeopata, conhecido pelos amigos como Fábio pode estar a ser vítima de uma cabala que a legislação inglesa permite e ás vezes parece fomentar. O mesmo género de situação aconteceu com jogadores de futebol que foram acusados de assédio e cuja consciência de uma das queixosas deitou por terra. Depois de 4 meses na prisão de Brixton no Sul de Londres, António Gob-bato aguarda em casa pelo julgamento que irá ditar a sentença. Culpado ou inocente, é o destino de uma malha com contornos no mínimo pouco claros.

Negócios frustrados, podem alegadamente ter levado uma ex sócia a apresentar queixa com um grupo de pessoas que deixam um rasto de suspeição. Até onde vai a verdade? Até onde vão os inte-resses comerciais? Até onde permite a justiça inglesa que as mulheres usem as fragilidades legislati-vas nas questões de assédio sexual? 4 meses de trabalho do PaLOP News a explorar todos os cantos de uma história que parece muito mal contada.

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amiga que ao que tudo indica, faz também parte do lote de queixo-sas.

Foi neste dia que terá surgido a proposta de trabalho conjunto que veio a unir Edina e Gobbato numa mesma actividade profissional. Con-clui-se por estes argumentos, que terá sido após a ofensa que Gobbato e Edina terão começado a trabalhar juntos.

A queixa porém, só vem a ser re-gistada depois de desfeita a socie-dade assunto que naturalmente os tribunais irão aferir.

Porque razão Edina não apre-senta queixa no próprio dia ou nos dias imediatos e espera pelo fim da “sociedade” comercial para o fazer? Porque razão todos os queixosos são brasileiros e são de Kilburn?

Ao PaLOP News porém, Edina confirma haver “muitas queixas apre-sentadas de fora de Londres e que as ofensas aconteceram à muito

tempo”.Outra das características burles-

cas de toda esta história, prende-se com a nacionalidade dos pacientes que são brasileiros na sua totalidade e fica a dúvida sobre as razões que levam António Gobbato a ter cerca de 300 pacientes na zona de Sto-ckwell onde vive a maior comunidade portuguesa de Londres e não haver uma única queixa apresentada por uma paciente portuguesa.

O PaLOP News insistiu com Edina no sentido de esclarecer várias dúvi-das mas após o primeiro telefonema em que recusou ser autora de uma queixa, Edina recusou prestar mais declarações, dizendo que o fará após o julgamento.

Perante estas questões, fonte pró-xima de António Gobbato explica ao PaLOP News que em “função da Lei britânica para as questões de assé-dio sexual, é fácil criar um complô que produza este tipo de resultados”.

No caso de António Gobbato, 4 meses de cárcere que já leva e cujos resultados só serão conhecidos a partir de Abril de 2011.Contactada uma ex colaboradora de António Gobbato, confirmou que prestou de-poimento na polícia mas que terá as-sinado 3 folhas de papel em branco a serem preenchidas pelo agente da polícia mais tarde.

“A ser verdade constitui um delito grave” diz ao PaLOp News Vitória Nabas, conhecida advogada brasi-leira a operar em Londres.

O PaLOP News apurou ainda que

sempre que tinha que atender uma paciente, António Gobbato tinha um código com a assistente dizendo a esta para “preparar a sala”.

Sendo que a sala estava sempre

pronta, a colaboradora entendia a mensagem como código para per-manecer no espaço da consulta como acompanhante e testemunha de todos os atos praticados.

Edina, a esteticista referida como a “dona da queixa”

médico Justino Monteiro que afirmou ao PaLOP News não produzir "qual-quer comentário sobre este assunto ao abrigo do sigilo profissional". Em todo o caso, fica a confirmação de que a menor esteve na consulta e que foi vista pelo clínico da Monteiro Clinic e o seu staff.

Quanto à estecticista Edina que foi sócia de António Gobbato nas instalações de Kilburn cedidas pelo médico Flávio Messina, apresentou queixa dizendo que o omeopata lhe terá "mexido no peito" mantendo-se esta queixa activa com 3 depoimen-tos prestados pela queixosa na polí-cia. Contactada pelo PaLOp News, Edina afirma não ter apresentado qualquer queixa, porém, o PaLOP News sabe que esta afirmação pode não corresponder à verdade já que existem depoimentos assinados pela mesma.

Dado curioso, é o facto de todas as queixas terem origem em Kilburn e na comunidade brasileira, motivo suficiente para despertar dúvidas em relação à origem das queixas. Porque razão Edina afirma ao PaLOP News que não apresentou qualquer queixa quando parece liquído que a queixa existe? “É a dona da queixa” refere ao PaLOP News uma fonte próxima de Gobbato.

O PaLOp News apurou que na queixa apresentada, Edina dá como argumento ter sido consul-tada por António Gobbato na re-sidência do mesmo em Colindale para onde se deslocou com uma

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Outras queixas, incidem sobre o esquema de fraude que alega-damente António Gobbato es-taria a praticar emitindo recibos pela prática médica sem ser li-cenciado em medicina. Confron-tada a nossa fonte, fomos infor-mados de que "António Gobbato não é médico de Formação mas sim doutor em “complementary medicin” o que em português se designa por medicinas alternati-vas ou complementares. “Antó-nio Gobbato tem na acunpuctura uma das suas especialidades" - refere a nossa fonte.

A 28 de Julho, a redação do PaLOP News recebe um e:mail em nome de Maria Lopes Pereira dizendo ser de Lisboa e que foi pa-ciente de António Gobbato. Nesse e:mail, Maria Lopes Pereira afirma que Gobbato é "charlatão e está a enganar a toda a comunidade por-tuguesa e inclusive os nossos des-cendentes brasileiros" - e continua.

"A policia até me contactou para dar depoimento. .../... Ele enganou a toda a gente se dizendo medico e fraudando o governo com bene-ficios e dctos falsos. Espero muito sinceramente que o senhor entre em contacto com policia inglesa...” Respondemos dizendo que o caso estava a ser trabalhado pelo PaLOP News mas não deixamos escapar alguns pormenores. Sendo Maria Lopes de Lisboa, tem um carre-gado acento brasileiro como se vê na sua escrita. Ao mesmo tempo, escreve com um teclado inglês dada a ausência de assentos. Na resposta que enviamos, fizemos seguir um numero de telefone na esperança de que pudessemos ser contactados.

A 29 de Julho, dia seguinte, re-cebemos novo e:mail da mesma pessoa onde entre outras coisas solicita informação sobre o nosso trabalho e pedindo para ser infor-mada caso António Gobbato venha a ser posto em liberdade. Várias acusações são vertidas no e:mail mas nenhuma passível de prova. Várias acusações, nem uma única história e nenhuma cosistência nos argumentos. Em todo o caso, as evidências constituidas por provas documentais ou testemunhais são nulas. Parece ser a justiça inglesa a funcionar apenas pelas palavras na denuncia.

Na verdade, a polícia britânica cruzou informações pela base de dados de António Gobbato, tele-fonou e entrevistou largas dezenas de pessoas mas nem assim pare-ce ter enriquecido o lote de teste-munhas de acusação. Vasculhou e traduziu todo o conteudo dos com-putadores e revirou consultório e residência na procura não se sabe do quê. Apesar de terem contac-tado os pacientes de Gobbato na procura de novos casos, o numero de acusações desceu. Edina, foi uma das interrogadas e afirmou ao

PaLOP News que a polícia lhe soli-citou todo o arquivo.

Insistimos com Maria Lopes para que nos pudesse facultar os con-tactos das pessoas que no seu e.mail afirma terem sido molesta-das por Gobbato. Ao invés de nos facultar o pretendido, a resposta veio no mesmo dia 29 "com mais lenha para a fogueira".

"LAMENTAVELMENTE, O DR. GOBBATO ENGANOU A TODA A GENTE DIZENDO MENTIRAS. ELE ME DIZIA QUE ERA ITALIANO E SO HOJE DESCOBRI QUE E BRASI-LEIRO, SERA QUE TEM VERGO-NHA DE SEU PAIS DE ORIGEM? ELE ME DISSE ABSURDOS E FEZ COISAS MUITO GRAVES COMO POR EXEMPLO, DISSE A UMA

MAE QUE A FILHA DE 7 ANOS DE IDADE HAVIA SIDO ESTRUPADA, QDO A MAE A LEVOU AO DR. MONTEIRO, LA FE-SE TODOS OS EXAMES CABIVEIS E ISTO ERA MENTIRA. ELE NEM PODERIA TER TOCADO NA MIUDA, HAJA VISTA QUE A ESPECIALIDADE DELE EH HOMEOPATIA E NAO PEDIATRIA. ELE DISSE COISAS HORRIVEIS A UMA AMIGA SE DIZENDO PSICO-LOGO E FEZ ELA DIORCIAR-SE DO MARIDO. E EXISTEM MUITO MAIS RECLAMACOES SOBRE ESTE SENHOR BRASILEIRO. ISSO ENVERGONHA A NOSSA COMU-NIDADE PORTUGUESA POIS FI-QUEI SABENDO QUE OS AVOS

MATERNOS DELE SAO ORIUN-DOS DE PORTUGAL. EU ACREDI-TO QUE ELE PEGARA PENA..."

Na verdade, tal como se refe-re acima, Gobbato encaminhou a menor para uma clínica que aferiu do diagnóstico e tanto quanto foi possível apurar António Gobbato limitou-se a verificar a roupa intí-ma da criança não estando po-rém esta informação confirmada. Confirmado, parece estar que esta queixa deixou de o ser tendo sido desmontada pela própria polícia inglesa. De resto, como faz um omeopata para levar uma pessoa ao divórcio?

Respondemos de novo a Maria Lopes solicitando o seu contacto telefónico à data de 29 de Julho

e estamos sem qualquer resposta até à saída desta edição. Em todo o texto que transcrevemos, são fei-tas várias acusações mas nenhu-ma que seja sustentada por uma história, por factos ou evidências.

Analisando de forma isenta a le-gislação britânica, é fácil criarem-se situações deste género a partir da vontade de alguém. Tal como ficou referido no trabalho publica-do no PaLOp News na edição 16 com o nome Louva-a-Deus. Não é discutível a proteção dada ás mulheres mas a legislação inglesa pode ter caído no fosso contrário e estarmos perante exageros pouco comuns na Europa. Fazer força de-

mais para montar um cavalo pode levar a cair do lado contrário e os homens estão desprotegidos na legislação britânica. As mulheres sabem disso.

Consultamos 3 advogadas de língua portuguesa em Londres no sentido de apurar o melindre da le-gislação inglesa e um homem, ao escutar a opinião legal tem motivos para ficar assustado.

Ao contrário, as mulheres têm em mãos uma poderosa ferra-menta que devem utilizar no caso de serem molestadas mas que as deve levar à punição caso a utili-zem de forma errada.

Até ao julgamento, a polícia man-tém António Gobbato na sua zona de residência junto da família. Este

passo, pode significar que a au-sência de evidências pode ter leva-do a justiça inglesa a abrir a malha sobre o acusado.

"No consultório de António Go-bbato, estava pendurado a sua inscrição na ordem dos omeopa-tas e o seu seguro profissional" revela uma das nossas fontes que nos adianta a pergunta: "Como po-deria ele fazer um seguro se não estivesse habilitado ao exercício?" e continua— “Porque razão Edina espera que a sociedade termine para apresentar a queixa? Porque razão a apresente vários meses depois da data que refere na quei-xa? Porque razão todos os queixo-

sos apresentam a queixa no mes-mo fuso de tempo? O que espera a justiça para reconhecer a tese de complô?”

O PaLOP News teve acesso ao seguro do omeopata mas não sa-bemos ainda se esta apólice cobre o caso uma vez que a Companhia de Seguros não revela pormenores sobre as cobreturas.

Até ao dia do julgamento, Antó-nio Gobbato está constituido argui-do mas é considerado inocente até ser produzida sentença.

Quanto a Edina, em afirmações ao PaLOP News, afirma “conhecer várias pessoas que são suas clien-tes e que foram passadas a Antó-nio Gobbato” ao abrigo do acordo entre ambos mas que também

sabe “existirem várias queixas de fora de Londres”.

A fechar este trabalho, o PaLOP News contactou a CMA—Comple-mentary Medical Association para indagar sobre a filiação de Antó-nio Gobbato tendo recebido como resposta que não comentam este caso uma vez que se encontra em segredo de justiça. Foi assim possível saber que a ssociação de medicinas alternativas tem conhe-cimento do caso e conhece o nu-mero de filiado de Gobbato.

Em, meados de 2011, haverá mais informação já que se espera que em Abril possa ocorrer o jul-gamento.

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PaLOP News.com | Jornal de Notícias dos Países de Língua Oficial Portuguesa no Reino Unido 15

Ao mesmo tempo, todos os bancos portugueses com excep-ção do Millenium e o Santander Totta registaram alterações nos gestores nos ultimos dois anos e ao mesmo tempo as remessas dos imigrantes a entrar em Portu-gal regista uma subida.

Do outro lado da balança, a crise que se vive em Portugal e o valor dos juros no mercado internacional de capitais leva a banca a apertar a malha dos seus próprios recursos. Toda a banca é agressiva e é den-tro desse espírito que se registam as carreiras, as estratégias e os re-sultados de cada gestor que passa por Londres e vai embora finda a comissão de serviço. Alguns fize-ram história.

António Ramos ao falar do Ban-co BES, fala da marca que o banco “É”. Tudo isto para um público que insiste em ir ao banco pedir dinheiro sem que o instinto lhes canalize o espírito para o facto de o estarem a comprar. Existe um público que vai ter uma relação muito melhor com a banca quando aprender que a pergunta que se faz a um banco é “Quanto custa?”.

- Quanto custa ter uma conta no banco?

- Quanto me custam os serviços que me fornecem?

A função primeira da banca é ne-gociar e é a negociar que a banca fala. Quando do lado contrário não existe capacidade negocial, fica difícil que a outra parte negoceie.

Banca Portuguesa em UK

www do mêsTodos os mesese o PaLOP

News lhe dará um site de refe-rência que serve para consulta da comunidade.

Para esta edição, o site es-colhido é o www.gumtree.com.

Neste link, pode encontrar milhares de negócios que vão do aluguer de quarto ou apar-tamento, à compra de carro ou bicicleta. Emprego, encontros online e uma panóplia de pro-dutos e serviços com ilustração de fotos e referências de con-tactos para que possa encon-trar tudo o que precisa.

O site tornou-se particular-mente procurado para encon-trar ou oferecer negócios na

área da habitação e das viatu-ras mas o universo é muito mais vasto. Recomenda-se.

Vitória Nabas

Casamento no exterior e suas consequências jurídicas

O casamento no exterior é per-mitido a qualquer cidadão, uma vez cumpridas as exigências le-gais do país onde o acto se irá celebrar.

Este acto poderá depois ser registado em qualquer repartição consular ou ainda diretamente na Conservatória do registo civil do país de origem.

Todavia, mesmo que não te-nha sido registado, o casamento realizado no estrangeiro é exis-tente e válido no país de origem dos nubentes, pois não poderá ser desconsiderado um acto jurídico realizado em outro país regido em conformidade com a lei local.

O casamento que foi realizado de forma perfeita em outro país e for averbado no Registo Civil, servira para torná-lo público no Brasil e gerar efeitos perante ter-ceiros.

A pessoa cujo casamento foi realizado no exterior está impedi-da de realizar um novo matrimô-nio até que o anterior seja des-feito. O casamento posterior será nulo, caso não exista um prévio divórcio. A violação desta norma, poderá inclusive fazer o infrigente incorrer no crime de poligamia.

Qualquer cidadão que se te-nha divorciado no estrangeiro deverá registar o seu divórcio no seu país de origem. Para que, posteriormente possa registar um novo casamento.

O procedimento a adoptar de-

pende do país em que o divórcio foi decretado, pois poderá ser um processo de homologação de sentença ou um processo um pouco mais simplificado de registo de divórcio.

O processo de homologação de sentença de divórcio pode demorar em média de 6 meses a um ano, tudo depende do pro-cesso em questão. Para tal, pro-cedimento o requerente terá que constituir um advogado.

Mesmo que o casamento não tenha sido registado, ele conti-nua sendo válido no seu país de origem, e é imprescindível que a homologação do divórcio seja feita, a fim de proteger seus bens patrimôniais, garantir os direitos de seus herdeiros e outras ques-tões judiciais.

Concluindo, um cidadão ca-sado no estrangeiro não pode se declarar solteiro, ainda que não tenha registrado o seu casa-mento nos órgãos competentes. É de extrema importância que seja informado o correto estado civil em todos os atos jurídicos, como compra e venda de imó-veis, recebimento de heranças, um novo casamento e etc.

Este artigo foi redigido mera-mente para fins de informação e debate não devendo ser con-siderado uma opinião legal para qualquer operação de negócio específico.

2010. Direitos Autorais reser-vados a NABAS LEGAL*

São diversos os factores que levam a banca portuguesa a mostrar serviço em Londres. No caso do BES e do Montepio Geral, assistiu-se à deslocação a Londres das principais referências das duas instituições. Ricardo Espírito Santo Salgado e Pedro Sameiro no caso do Montepio Geral.

Os escritórios de representação da banca portuguesa desdobram-se em argumentos e insinuações junto dos imigrantes embora raramente seja esse o score business do escri-tório. Enquanto os cortes aprovados pela Administração Inglesa não se fizerem sentir no terreno, os imigran-tes no Reino Unido continuam a po-der mandar dinheiro para Portugal e a necessidade de liquidez da banca portuguesa e mesmo de Portugal, mostram a sua insinuação para o lado de onde o dinheiro vai.

Segundo Carlos Gonçalves, de-putado do PSD e ex Secretário de Estado, os imigrantes “dão a Por-tugal tanto como a União Europeia” não se conhecendo as razões pelas quais na área das preocupações a Administração Portuguesa possa estar mais vocacionada para Bru-xelas. Não se trata de exclusivo da adminstração portuguesa, é trans-versal à classe política ocidental.

Em todo o caso, Londres parece acordar para a capital financeira que já é, onde os imigrantes ainda en-viam remessas.. Da mesma forma que cada banco é uma marca, Lon-dres é a marca de todos os bancos. Ser gestor bancário em Londres, é um marco numa carreira que pode projectar um gestor em termos inter-nacionais e por isso o desempenho é importante.Talvez fosse positivo a banca ensinar os clientes a comprar assumindo abertamente que não estão a emprestar.

Os bancos, no trabalho de cap-tação de remessas, são obrigados a estar no terreno e já que lá estão, podem bem fomentar eventos, ini-

ciativas que os levam ao contacto mais próximo com esse terreno. Muito do público que aqui falamos, carece de informação que compete aos bancos oferecer aos seus pró-prios clientes. Ações de Formação ao público sobre “Como agir com o seu banco?”, moderado com a isenção das marcas envolvidas, pode abrir-se como um caminho de comunhão de espaços entre os bancos e a comunidade portuguesa que ainda consegue enviar uns tro-cos para casa.

As relações entre os representan-tes da banca e a comunidade em geral, têm tendência a estarem mais próximos e isso vai favorecer ambos os campos. Os portugueses vão continuar a aumentar as remessas e a banca vai continuar atenta ao mer-cado dos portugueses em Inglaterra o que mostra da importância das comunidades imigradas.

Em 31 de Dezembro, termina o Giro Bank que vai afectar particu-larmente o mercado fora de Lon-dres. Sem orçamento para ter um escritório em cada cidade onde a comunidade tem registo, a banca portuguesa tenta estender os seus tentáculos aos locais priveligiando uma relação internauta.

Torna-se mesmo possível, pensar que as ações de Formação ao Pú-blico mencionada antes, possa ser feita sobre como “Falar com o seu banco na internet”.

Uma sala com alguns clientes, um power poit, um ciber-local, 1 com-putador por pessoa e um Formador que faz passar o “power point”. Até parece fácil.

Manuel Gomes Londres

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João de Vallera novo Embaixador de Portugal em UK

Torna-se claro que no final do mês de Outubro, António Santa-na Carlos vai poder finalmente dedicar-se a si mesmo. Para o lugar de Embaixador de Por-tugal, vem João de Vallera, um diplomata de carreira que depois de Espanha, da Ale-manha e dos Estados Unidos da América ruma a Londres para representar Portugal ao mais alto nível no Reino Unido.

Depois que as auto-ridades inglesas foram informadas desta no-meação, pode a im-prensa anunciar a che-gada do diplomata no respeito pelas instituições e pelas pessoas com a certeza que ain-formação deve ser tornada pública sem ferir a educação e a palavra dada.

Pese embora a informação sobre o novo Embaixador ser conhecida há algum tempo, entendeu o Pa-LOP News não a revelar sem que o Gabinete Ministerial do Reino Uni-do tivesse sido informado.

Em todo o caso, entre a saída do actual Embaixador e a chega do novo Diplomata existe um fuso de tempo que será desempenhado in-

terinamente pela Minis-tra Conselheira Cristina Castanheta como En-carregada de Negócios em Londres.

João de Vallera nas-ceu em 1951 e in-gressou na carreira diplomática em 1974 tendo desempenhado funções em Madrid, Berlin na Alemnha e desde 2007 na capital

dos EUA.João de vallera foi distinguido por

Jorge Sampaio enquanto Presi-dente da República em 2006 com a Grã Cruz.

Palop News

Tina Cruz

Londres

Waton

Sandra’s Cafe

Desde 6 de Outubro os “tugas” de Waton contam com um novo espaço para conviver e matar a saudade, seja pela comida, seja pela internet disponível para os clientes.

O Sandra’s Café abriu as portas e oferece pastelaria com simpatia e refeições por-tuguesas e inglesas. A espe-cialidade é o bacalhau à casa e os mexilhões também fazem questão de mexer com o pa-ladar.

De 4ª Feira a Sábado os menus especiais convidam ás festas de aniversário e ao serviço de catering. O nº 5A da High Street está assim à espera da sua visita que não vai tardar. Quanto a quem vi-sita Waton, não deixe de visi-tar este espaço e faça gala de um gostinho português até não poder. De comer e chorar por mais das 6am até ás 5pm.

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Quando questionado sobre as prioridades de um escritório de re-presentação no Reino Unido, Antó-nio Ramos refere que a imigração, “infelizmente, não é o score busi-ness da banca em geral. Não é uma dinâmica exclusiva do BES” - refere.

“O nosso Personal Banking ser-ve para ajudar os nossos clientes a gerir as suas contas em Portugal através dos vários canais. Somos o único banco português que tem o acordo com as agências de câmbio TTT que nos permite ter três agên-cias onde os depósitos podem ser feitos em dinheiro ou cheque”. (Ver caixa). Sendo já uma certeza que o Giro Bank vai deixar de existir a partir de 31 de Dezembro, António Ramos diz que o “BES já tem soluções para compensar essa ausência mas que só mais para a frente haverá deta-lhes sobre as novidades que o BES tem para apresentar”.

- Neste momento estamos a ne-gociar mas já é garantido que tere-mos soluções para os portugueses que não vivem em Londres já que o Giro Bank serve básicamente para os nossos clientes de fora de

Londres - diz António Ramos para adiantar. "Vamos ter um sistema rá-pido, prático e de acesso simples e no momento oportuno daremos essa informação aos clientes e à im-prensa".

Dado que o sistema inglês prevê a extinção do cheque no sistema ban-cário, o BES antecipa já as soluções e a mesma metodologia que vai compensar a extinção do Giro Bank irá também abordar a futura extinção do cheque que se prevê possa en-trar em vigor dentro de três anos.

- "Neste momento ainda é possí-vel creditar os cheques ingleses nas contas em Portugal e efectuar sem custos a transferência entre dois bancos. Em Inglaterra, os nossos clientes podem efectuar transferên-cias para a nossa conta no Reino Unido e nós creditamos esses valo-res na conta BES em Portugal tam-bém sem qualquer custo” —explica António Ramos.

“Temos um numero de telefone com um atendedor automático onde os nossos clientes podem confirmar todos os dias que temos a melhor taxa de câmbio do mercado e atra-

vés dos circuitos da internet os nos-sos clientes podem enviar as suas remessas para a conta BES em Por-tugal sem qualquer incómodo”.

Sobre as comunidades de Língua Portuguesa a residir no Reino Unido, questionamos António Ramos sobre a possibilidade de haver canais que permitam por exemplo aos ango-lanos interagir com a sua conta no BESA (Banco Espírito Santo Angola). "Trata-se de uma questão a estudar" e qualquer angolano que assim o entenda, pode falar com o BES no sentido de apurar a oportunidade de utilizar o escritório de Londres para encontrar as melhores soluções”.

Contas com sort code é outro dos assuntos que o BES estuda e que compete ao Conselho Superior do banco decidir mas "não é uma hipotese descartada". Sobre os ar-gumentos que distinguem o BES da restante banca portuguesa a actuar no Reino Unido, António Ramos não hesita. “A melhor taxa de câmbio, a diversidade de canais de remessa e a qualidade no atendimento que fa-zem da marca BES um símbolo de prestígio”.

A casa nova do BES em Londres

Palop News Londres

Cidadão angolano morre no momento da deportaçãoA imprensa inglesa deu par-

ticular destaque à morte de um cidadão angolano no momento

em que estava a ser deportado a partir do aeroporto de Heatrow em Londres.

O caso que se encontra a ser in-vestigado pela polícia britânica está envolto em mistério já que se des-

conhecem as condições em que o falecimento tenha ocorrido. Sabe-se que Jimmy Mubenga de 46 anos, se terá sentido mal quando estava a ser acompanhado por três agentes de uma empresa privada contratada

pelo Home Office para os assuntos de deportação. O cidadão angolano que aguardava levantar voo para Lu-anda, desmaiou tendo sido levado para o hospital de Hillindon na zona oeste de Londres. A polícia admite o caso não fornecendo porém qual-quer informação complementar so-bre o assunto não se tendo registado qualquer tipo de detenções estando o caso a ser também investigado pelo Provedor de Justiça, Prisões e Reinserção Social. Um porta voz da Agência de Fronteiras do Reino Uni-do confirmou o acontecimento de-clarando que o cidadão angolano se terá sentido mal. “Os paramédicos foram chamados ao local e o pas-sageiro foi levado numa ambulância para o hospital” não sendo claro se terá dado entrada já cadaver ou se tenha vindo a falecer após a chega-da ao hospital enquanto que alguma imprensa dá como o momento da morte dentro das instalações hospi-talares. Um porta voz da polícia divul-gou que “Nós sabemos a identidade do falecido e aguardamos uma iden-tificação formal e a confirmação de familiares que foram informados da autópsia”. Contudo, o PaLOP News

sabe que a comunidade angolana em Londres tem dado particular pre-ocupação à identificação da família não havendo ao fecho desta edi-ção mais desenvolvimentos do voo 77 da British Airways que foi adiado para algumas horas mais tarde.

Sabemos entretanto que a depor-tação estará alegadamente relacio-nada com desacatos numa disco-teca que sentenciou a deportação deste cidadão angolano. Algumas testemunhas porém têm confirma-do na imprensa o exagero de uso da força já que Mubenga estaria alegadamente a resistir à ordem de deportação Contactado pelo PaLOp News, António Sampaio da Embai-xada de Angola informou que a di-plomacia angolana está a acompa-nhar o caso e aguarda os resultados da investigação em curso.

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António Ramos, nasceu em 1966 em Moçambique e é licen-ciado em Direito com mestrado em Direito Fiscal em França onde sempre viveu. Entra no Grupo Es-pirito Santo em 1993 como Admi-nistrador de uma empresa de con-sultadoria depois de ter estado em Gibraltar de onde foi para o Fun-chal seguido de Lisboa antes de vir para o Londres em 2009 como Director do Personal Banking para todo o Reino Unido e Ilhas do Ca-nal.

Pai de três filhos e amante do gol-fe, António Ramos gere uma rede de agentes que representa a marca BES um pouco por todo o Reino Unido. Em Londres, o Grupo BES acaba de mudar de instalações ten-do ocupado dois andares do edifí-cio da bolsa na Paternoster Square nas trazeiras da Catedral de St. Paul. "O prestígio do BES saiu reforçado com esta mudança" refere António Ramos.

António Ramos, Direc-tor do personal banking do BES: “Gosto de receber e visitar os clientes”

Nestas instalações, o BES passou a atender os clientes com marca-ção de hora obrigatória reduzindo os tempos de espera e fornecendo um muito maior conforto ao cliente.

- Como está a reagir o público a esta nova filosofia de atendimento?

- Muito bem. Tivemos algumas dúvidas sobre essa questão mas agora que já está em funcionamen-to podemos afirmar que os clientes estão satisfeitos com esta nova di-nâmica de atendimento até porque o tempo que as pessoas passavam na sala de espera deixou de aconte-cer e os clientes estão naturalmente satisfeitos. Com cerca de 300 pes-soas a trabalhar em Londres para as diversas empresas do Grupo BES e uma equipa de cinco elementos para o Personal Banking, o BES prepara-se para manter a liderança no segmento de trasnferências de remessas para Portugal.

“Temos a melhor taxa de câmbio do mercado e dispomos das melho-res ferramentas para apoiar os por-tugueses que vivem no Reino Unido” - refere ao Palop News.

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Aniversário ou Niver?Happy birthday

O dia em que nascemos é dos poucos dias que sendo dos mais importantes, não está re-ferido na nossa memória. Não nos lembramos de nada do que aconteceu mas nunca nos es-quecemos dele.

Quando festejamos o aniver-sário, juntamos os amigos e a família, comemos, bebemos, dançamos e sentimos a dife-rença de mais um ano que após cada um nos deixa maiores, mais forte, mais fracos, mais ve-lhos e mais próximos dos balan-ços da vida.

A Sandra Martins fez 21 anos, coisa que nunca tinha feito antes e que nunca mais voltará a fazer e decidiu juntar os amigos para uma animada noite no Britânia na Wansworth Road em Stockwell.

O reporter do PaLOp News pas-

Palop News Londres

sou e registou o momento. Sandra diz que no próximo ano “voltará a festejar com as mesmas pesso-as no mesmo lugar” seguramente

com mais idade.Parabéns Sandra, que se repita

por muitos anos e deixa que os contemos todos.

De Londres para S. Paulo

Secretário de Estado dos assuntos Europeus de Portugal visita Londres

Olimpic games: Last oportunity

Ivo Bernardo da Cruz dá por concluida a sua missão em Lon-dres ao serviço da AICEP.

Depois de um trabalho que en-volveu muitas empresas portugue-sas e inglesas e de ter proporcio-nado o contacto dos empresários das duas nacionalidades e de ter fomentado as exportações por-

tuguesas para o Reino Unido, Ivo Bernardo da Cruz vai para o Brasil, para onde foi destacado.

Nas carreiras internacionais dos quadros estatais, a rotação dos lu-gares a isso implica e será agora a vez de Ivo Cruz desempenhar fun-ções numa das maiores economias emergentes em todo o Mundo.

No Reino Unido, Ivo Cruz deu como último trabalho o envolvimen-to da aeronautica portuguesa no mercado inglês tendo ainda desen-

volvido várias iniciativas com o Ba-rklays Bank em Canary Warf, centro financeiro da cidade de Londres.

Para o seu lugar, foi destacado Souto Moura, um alto quadro que chegará de Lisboa e 1 de fevereiro do próximo ano.

Palop News

Palop News

Londres

Londres

Portugueses descobrem lugar de culto

PaLOPconnosco

Osvaldo Gomes, o cabover-diano destacado para fazer chegar a mensgaem do Comité Olímpico à comunidade de Lín-gua Portuguesa, tem-se desdo-brado em contactos para aferir das oportunidades que os fa-lantes do português podem de-senvolver junto das olimpíadas.

Voluntariado, emprego e ne-gócios, são as grandes áreas de recrutamento que os Jogos Olím-picos se têm esforçado por divul-gar na perspectiva de integração das comunidades que residem em Londres e que estarão repre-sentadas pelos seus países em 2012.

Desta feita, em conjunto com a Casa Brasil, Osvaldo Gomes deslocou-se para esclarecer uma plateia ávida de informação e com vontade de participar naquele que

O Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Pedro Lourtie, deslocou-se a Londres, onde se reuniu com o seu ho-mólogo, David Liddington, bem como com o Secretário de Es-tado responsável pela Política Comercial, Edward Davey, o Presidente da Comissão de Escrutínio da Câmara dos Co-muns, William Cash, e o Conse-

é um acontecimento único e que provavelmente não se repetirá na vida das pessoas.

Excepção para os brasileiros já que estes terão os Jogos Olímpi-cos seguintes no Rio de Janeiro.

Para já abrem-se oportunida-des de trabalho e negócio a que as comunidades deverão estar atentas já que se pretende que a Vila Olímpica tenha actividades após os jogos de 2012.

Entretanto, as visitas à Aldeia Olímpica continuam já que se trata da necessidade de mostrar a evolução dos trabalhos quer a jornalistas quer aos sponsers.

Para os falantes do português que se pretendam inscrever, faz-se nota que tudo se trata no site www.london2012.com/volunte-er e que também para o fazerem precisaram do código: ABC.

Para informações comple-mentares, contactar Osvaldo Gomes—Luso & Iberian/Latin American Community Coordina-tor Trailblazer, Community Rela-tion pelo e:mail [email protected] ou o telefone +44(0) 794 31 401 35.

Palop News Londres

lheiro de Assuntos Europeus e Globais do Primeiro Ministro, Jon Cunliffe.

Nestes encontros foi debatido o relacionamento bilateral entre Portugal e o Reino Unido, bem como questões da actualidade europeia, como o Serviço Eu-ropeu para a Acção Externa, a implementação da Estratégia Europa 2020, a governação económica europeia, a Política Comercial Comum, o relança-mento do mercado interno, a

patente da União Euro-peia e a pre-paração das negociações das próximas Perspectivas Financeiras.

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cargo do Departamento Internacio-nal e de Comunidades do PS.

O PaLOP News apurou a existên-cia de um movimento de cidadãos portugueses que estão a constituir uma lista que pretende dar conti-nuidade ao trabalho desenvolvido.

Portugal na ONU com os olhos em África

PS Londres anuncia eleições

Portugal vence eleições na ONU

Durão Barroso felicita Sócrates

Lusa

Lusa

Lusa

Portugal

Portugal

Portugal

Palop News Londres

O PS de Londres, até aqui li-derado por Guilherme Rosa, vai marcar eleições até ao fim do mês de Outubro para eleger o novo coordenador e os restantes membros do secretariado.

A sucessão surge na sequência da necessidade de substituição de alguns dos membros do secreta-riado que entretanto regressaram a Portugal. Por outro lado, razões de ordem profissional levaram a que Guilherme Rosa decidisse não se recandidatar ao lugar que ocupou desde o lançamento da secção do PS em Londres. O processo de marcação de eleições para esco-lha da nova coordenação ficará a

Portugal vai ter uma postura de “diálogo muito estreito”, en-quanto membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com grupos re-gionais e temáticos e espera ter uma voz a dizer sobretudo nas questões africanas.

“Somos conhecidos como um país que tem forte ligação a África. Acontece que 70 por cento do tra-balho do Conselho de Segurança diz respeito a África, aí temos van-tagens naturais comparativas”, dis-se à Lusa o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, após a eleição.

“O nosso compromisso é o de consultar de forma estreita os cole-gas africanos quando há assuntos que digam respeito a África”, adian-tou.

Depois de a Alemanha ter sido eleita à primeira volta na eleição para um dos dois lugares do agru-pamento ocidental, no biénio 2011-12, na segunda votação Portugal (113 votos) ficou muito à frente do Canadá (78).

O Canadá informou a Assem-bleia-Geral da retirada da sua can-didatura quando já decorria a ter-ceira ronda da votação.

“Temos também uma grande vocação para a construção de pontes, capacidade para enten-

der aquilo que diferentes partes do mundo nos vão dizendo e isso significa que vamos procurar criar entendimentos”, afirmou Cravinho à Lusa.

Portugal, defende, pode “criar li-gações e estabelecer consensos” no órgão máximo decisório das Nações Unidas.

“A nossa preocupação vai ser manter um diálogo muito estreito com os diferentes grupos regio-nais e alguns grupos temáticos, para que possamos cumprir o nos-so papel, atribuído pela carta aos membros eleitos, que sejam repre-sentativos da Assembleia-geral”, adiantou.

Com a eleição de Portugal, se-rão dois os países lusófonos com assento no Conselho de Seguran-ça, uma vez que no próximo ano o Brasil cumpre o segundo ano do seu mandato como membro não-permanente.

O Conselho de Segurança conta com cinco membros permanentes – China, Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia – que têm poder de veto sobre todas as de-cisões.

Além da questão do Sudão, que estará no topo da agenda do Con-selho de Segurança logo a partir de janeiro, em particular devido aos referendos sobre a autodetermi-nação do sul do país e região do Abyei, Portugal tem “também preo-cupações institucionais”.

“Trata-se de aumentar a transpa-rência do Conselho de Segurança e aumentar o intercâmbio entre, no nosso caso, membros eleitos e a Assembleia-geral, porque há uma clivagem muito grande entre os trabalhos da AG e do Conselho”, adiantou Gomes Cravinho.

O ministro dos Negócios Estrangeiros salientou o “re-sultado muito expressivo” da eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU numa corrida “muito disputada”, em que a diplo-macia portuguesa trabalhou “até ao último dia”.

“Esta eleição foi muito dispu-tada, nós estávamos a com-petir com dois dos principais, se não, neste momento, com os principais atores internacio-nais do grupo ocidental das Nações Unidas, a Alemanha e o Canadá”, assinalou Luís Amado.

O chefe da diplomacia portu-guesa falava durante uma confe-rência de imprensa em São Bento, na residência oficial do primeiro-ministro, sobre a eleição de Portu-gal como membro não-permanen-te do Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2011-2012.

Amado mencionou que “o resul-tado da primeira volta revela bem a dificuldade desta disputa”, assina-lando que Portugal teve aí 122 vo-tos, a Alemanha 128, “exatamen-te os votos necessários para ser eleita à primeira volta”, e o Canadá 114. “Isso revela bem a dificuldade desta campanha”, considerou.

“A partir do momento em que conseguimos garantir uma lideran-ça em relação ao Canadá para a segunda volta, eu tive a esperança de que numa das voltas seguin-tes nós poderíamos ter o apoio da maioria dos membros do Conse-lho, os dois terços necessários, e acabámos por ter 150 votos, um resultado muito expressivo, que revela bem que Portugal é hoje um país respeitado, com credibilidade na cena internacional”, acrescen-tou.

Luís Amado afirmou também que esta foi uma campanha “disputada até ao fim” e “até ao último dia”. “No domingo ainda, tive oportuni-dade de me deslocar a Tripoli para uma cimeira importante que reunia o grupo árabe e o grupo da União Africana”, referiu Amado, notando que essa visita à Líbia “acabou por ser decisiva, provavelmente, para o resultado”.

O ministro dos Negócios Estran-geiros lembrou ainda que “a pro-jeção que o país tem em termos internacionais é um instrumento muito importante para a afirmação dos seus interesses e para resol-vermos também muitos proble-mas”.

O presidente da Comissão Eu-ropeia, Durão Barroso, felicitou o primeiro-ministro, José Sócra-tes e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, pelo sucesso de Portugal na eleição para o Conselho de Segurança da ONU.

Portugal foi eleito, em Nova Ior-que, como membro não-perma-nente do Conselho de Segurança no grupo regional "Europa Ociden-tal e Outros", obtendo os votos de 150 países-membros da ONU de-pois de o Canadá abandonar a dis-puta. A Alemanha foi também elei-ta, à primeira volta, com 128 votos.

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Sponsers de Tony Carreira em Londres reunen-se à mesa

O BPI e o Centro Desportivo e Cultural de Londres no contexto do espectaculo de Tony Carreira em Brixton na Brixton Academy, ofereceram um jantar de confra-ternização aos patrocionadores do evento, no restaurante locali-zado na sede da associação.

Além de diversos elementos do banco BPI quer do escritório de re-presentação, quer do movimento internacional do banco, estiveram presentes diversos empresários portugueses que disseram pre-sente ao esforço desenvolvido.

José Cruz da Atlântico, João e Paula Ramalho das Páginas Portu-guesas, Augusto Nunes do Grupo Madeira, João Luís e José Silva da Casa Peixe, Fernando Teixeira do Restaurante A Toca, Domingos Cabeças da Neto’s Agency entre outros, ouviram ao jantar oferecido pelo BPI as palavras do Presiden-te do Cultural que agradeceu os apoios recebidos na empreitada de deslocar o cantor a Londres.

“Sem o apoio do BPI e o vosso apoio, isto não teria sido possível”

afirmou José Manuel Santos que se congratulou com a presença

de todos os que investiram neste programa.

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Londres

Londres

Banco BPI muda de rosto no Reino Unido

Num momento em que as re-messas da imigração registam subidas, os bancos reforçam e renovam as suas equipas no sentido de se ajustarem ás rea-lidades e potenciarem o melhor atendimento aos seus clientes.

No caso do Banco BPI, a saída de Miguel Amado deu lugar a um responsável com larga experiência

no mercado da imigração.José Carlos Mota é assim o

novo rosto do banco que em Londres associa a su a imagem ao tradicional pastel de nata e que tem em Tony Carreira o rosto publicitário para a imigra-ção.

Depois de Bruxelas e Paris, José Carlos Mota assume ago-ra os destinos do escritório de representação em Londres.

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Montepio festeja 150 anosO Montepio Geral festejou 150

anos em Londres. No seu escritório de representação em Vitória, esteve o Secretário Geral do Grupo Pedro Sameiro.

O Montepio Geral fecha a provecta idade cheio de juventude. Depois de renovar a equipa em Londrs, a asso-ciação Mutualista vem a público afir-mar-se como um exemplo de como o espírito associativo pode vingar.

Esta associação Mutualista acaba de anunciar como concluídas as ne-

gociações na aquisição do Finiban-co e a entrada numa extensa rede de balcões em Angola.

Com uma solbilidade superior ao exigido em 4 pontos porcentuais, o Montepio tem na sua carteira de clientes 450 mil associados.

As recentes movimentações na banca portuguesa está obviamen-te na mira da redação do PaLOP News em trabalho a publicar em breve. Presentes no evento, vários rostos em destaque e alguma im-prensa em português em Londres.

O serviço de catering esteve inte-grado e por isso nota positiva.

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Esta vida é um fadinho...

Palop News Londres

Embora a generalidade das pessoas saiba identificar o fado, o trinar da guitarra portuguesa que todos afirmam chorar, tam-bém é verdade que a maioria das pessoas não saberá como traduzir a palavra “fado” para outra língua, ou mesmo para recriar outra palavra para subs-tituir esta.

Com toda a propriedade, os que falam português, podem, com

ostentação definir a palavra “fado” como sendo uma das únicas duas palavras que apenas existem em português. A outra é a palavra “saudade” e aqui fica a curiosida-de que a saudade, tantas vezes falada na fadistagem, não tem tradução para o inglês nem para qualquer outra língua do Mundo.

Na certeza, a palavra “fado” que significa “destino” acaba por ser outra palavra tão unitilizada nas le-tras de muitos fados e por isso se diz “o meu fado” ou traduzindo a um português mais claro, “o meu

destino”. Na entrega desse fado ou no cumprimento desse destino, os portugueses em Londres op-tam muitas vezes por afogar essa saudade no fado cantado que se ouve em silêncio acompanhado à viola e à guitarra.

Findas as férias, são várias as iniciativas que nos trazem o Outo-no de fadistagens.

Nas suas diversas vertentes, o fado trinado, natural da região de Lisboa e das suas freguesias mais conhecidas como a Madragoa, o Bairro Alto ou a Alfama que se disputam em letras cantadas de vozes afinadas no estender das palavras. Para quem desconhece, existe também o Fado de Coimbra tantas vezes interpretado por João Nunes que por 13 anos perma-neceu no mais antigo restaurante português em Londres situado em Knightsbridge no coração da cida-de de Londres. No fado humurísti-co conhece-se o viola Barra Lopes e o madeirende Alex Madeira e as sessões de fado enriquecem com a presença deste tipo de fado.

Outro dos géneros é o fado cor-rido que teve em Alfredo marcenei-

ro um dos seus expoentes máxi-mos no Século passado.

Independentemente dos tipos de fado, Londres, pela mão dos empresários da restauração, apa-gam as luzes, acedem as velas e o público cala-se para ouvir cantar o fado. Foi o que aconteceu com o DOY—Duque of Yorque, proprie-dade de Domingos Cabeças que encheu literalmente para uma ses-são de fados que fez a festa com o elenco tocado por Barra Lopes na viola e Sousa Matos na Guitarra, um lisboeta que curiosamente é conhecido pela alcunha de “Por-to”. Por isso, podemos perguntar em Alfama ou no Bairro Alto quem conhece o Porto e a resposta será: “Está em Londres”.

O fado malando, é outra das vertentes de fadistagem que ra-ramente acontece em Londres já que se trata de uma vertente não comercial. É no fundo o chamado fado vadio onde os musicos se dispôem para qualquer cliente que aparece para cantar sem hora para acabar.

Mas o fado, elegante e marial-va, muda de roupa e veste-se de

desgarrada e também a fadistar se podem enviar mensagens de amor ou crónicas de mal dizer.

Também o restaurante Solneve gerido por Miguel Helder fez gala de uma noite de fados e embora em espaço exíguo, foi possível vi-ver uma noite de fadistagem que se perdeu nas horas e no embalar da saudade que os portugueses têm do seu fado.

Em Londres, conta-se por cerca de duas dezenas as pessoas que estão presentes em diversas fes-tas onde o fado musica é o rei do xaile que as mulheres usam para o cantar. Quanto aos homens, de mãos nos bolsos, puxam pela voz subindo e descendo nas tonali-dades enquanto o público grita ao cantante do momento: “Vai aí boca linda” ou “Há tigre” ou “leão” dependendo do animal que mais inspira o momento.

Em muitos fados, dá-se o mo-mento de paragem como se de um tango argentino se trata-se e é a vez do público levantar o coro e cantar.

Na mesa, além da habitual e apreciada gastronomia portugue-sa, o caldo verde, o vinho e o chouriço a assar na mesa, fazem parte da ementa e da decoração que decora a voz de cada fadista. E quando o fado acaba, há sem-pre alguém que da sala grita: Há fadistaaa.

É o fado com sabor a saudade.

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Bilhetes Londres 2012 já tem preço marcado

Informação económica*Em Portugal, regista-se a

actualização das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), em que o Fundo veio re-ver em alta as suas previsões de crescimento para a econo-mia portuguesa em 2010, de 0.3% para 1.1% (decorrente da forte dinâmica da economia na-cional, na 1ª metade do ano), enquanto, para 2011, a revisão foi no sentido oposto, esperan-do uma estagnação face aos 0.7% anteriormente previstos.

Também o Banco de Por-tugal (BdP) actualizou as suas perspectivas para a economia portuguesa, no âmbito da pu-blicação do seu Boletim Eco-nómico de Outono, apontando para crescimentos em linha com os avançados pelo FMI. O BdP refere que os riscos da projecção são marcadamente descendentes, encontrando-se exacerbados pelo facto de não incluir o novo pacote de medidas de austeridade re-centemente anunciadas pelo Governo português. De res-to, também o FMI referiu que as suas últimas previsões não têm ainda em conta aquelas medidas. No entanto, de acor-do com um dos economistas da instituição, Jörg Decressin, tendo em conta o impacto no PIB dessas medidas, será de esperar uma contracção de 1.4% do PIB português, no pró-ximo ano. Trata-se de um valor relativamente em linha com os que têm sido lançados para a imprensa, mas que, numa pri-meira análise, nos parece um pouco excessivo.

Com efeito, e embora consi-deremos que dificilmente Portu-gal conseguirá escapar a uma nova recessão, no próximo ano, esta não deverá ser tão acentuada, prevendo-se uma contracção do PIB, em 2011, na ordem dos 0.5%. Também para este ano prevemos um crescimento superior ao projec-tado pelo FMI e pelo BdP, na ordem dos 1.5%. Tal resulta do facto de, ao contrário do implí-cito na previsões destas duas entidades, considerarmos que, no 2º semestre, a economia terá conseguido manter-se re-lativamente estagnada, bene-ficiando, no 4ºT2010, de um eventual efeito de antecipação de aquisições por parte de al-guns agentes económicos, atendendo ao anunciado agra-vamento da carga fiscal no iní-cio de 2011.

A corroborar o nosso cená-rio de resistência da economia estiveram os dados divulga-

dos na passada semana, os quais deram conta de com-portamentos favoráveis ao nível da Procura Externa, quer de Bens – com impacto ao nível do Sector Industrial –, quer de Serviços, visíveis através dos dados do Sector do Turismo. Assim, e contrariamente ao que seria expectável há uns meses atrás, não excluímos, mesmo, a possibilidade da economia vir a crescer, com o nosso In-dicador Compósito para o PIB português a sugerir, actualmen-te, uma expansão trimestral de 0.2%.

No Reino Unido, os indica-dores de actividade divulgados revelaram-se positivos – v.g., leitura de Agosto da Produção Industrial e leituras de Setem-bro das Vendas de Carros, do PMI Services e do PMI Cons-truction; embora os dados dos Preços das Casas tenham sido desfavoráveis, reforçando a tendência negativa do mês de Setembro.

Estes dados continuaram, assim, a revelar-se compa-tíveis com a continuação da recuperação económica em curso, com o nosso Indicador Compósito para o PIB britânico a apontar para um crescimento de 0.5%, em linha com o Con-senso e com a última Estima-tiva do PIB Mensal do NIESR, também conhecida na passada semana.

Esta expansão do PIB, a confirmar-se, constituirá um resultado bastante favorável, pois surge depois da forte ex-pansão de 1.2% observada no 2ºT2010. Destaque, também, para a última reunião do Co-mité de Política Monetária do Banco de Inglaterra (BoE), onde a Autoridade decidiu, como esperado, manter inalterada a Repo Rate (0.50%) e o actual programa de compra de Dívida, num montante total de 200 mil milhões de libras, cuja dimen-são permanecerá sujeita a re-visão, dependente da evolução da actividade económica e dos Preços.

De resto, em termos de Pre-ços, os dados de Agosto dos Preços no Produtor voltaram a dar conta de uma desacelera-ção, sugerindo uma nova desa-celeração do IPC, não obstante o BoE não esperar que, até ao final do ano, se possa assistir a uma redução relevante da In-flação, dado que o movimento descendente será compensa-do pela depreciação da Libra, face a igual período de 2009.

*Cortesia Montepio geral

Os ingressos para os Jogos Olímpicos de Londres 2012 já estão disponíveis numa ampla gama de preços a partir de £ 20. Existem também preços espe-ciais disponíveis para os jovens e idosos em todos os categorias olímpicas. Os jovens que têm 16 anos ou menos (em 27 de Julho de 2012) e idosos com 60 anos ou mais (em 27 de julho de 2012) pagarão £16.00 nos bilhetes mais baratos.

Os valores oscilam de valor de-pendendo da modalidade em cau-sa e sobretudo do calendário.

As primeiras demonstrações des-portivas têm os preços mais aces-síveis e na medida em que se vai avançando no apuramento o valor dos bilhetes vai subindo.

Para se ter uma ideia, o valor dos bilhetes para atletismo no Estádio Olímpico começa por £20.00 na primeira fase de apuramento mas quando chega à finalíssima o valor de um ingresso é de £725.00. Já a final de Basketball oscila entre as £50.00 e as £325.00.

O preço de um bilhete para uma cadeira de rodas inclui um assento para um companheiro localizado próximo a ele. O valor dos bilhetes pode mudar sem aviso prévio e a Organização disponibiliza um site na internet onde se pode criar uma conta sem contudo garantir o dese-jado rectangulo de papel.

Preços para os Paralímpicos se-rão dados em 2011 e os bilhetes estarão à venda a partir de Março.

A cerimónia de abertura tem pre-ços desde £20.12 a £2012.00 e encerramento desde £20.12 até £1.500.00. Cada cerimónia tem 5

preços diferentes.Dada a quantidade de diferen-

tes preços que depende do sexo do comprador, da modalidade, da etapa classificativa e da idade entre outros factores, o ideal será consul-tar www.tickets.london2012.com e aferir se os trocos disponíveis dão para assistir a alguns eventos.

Com estes valores, podemos confirmar que Londres está a pro-duzir um forte investimento mas que concerteza vai trazer um retorno consideravel já que se espera que durante os jogos Londres se torne a mais concorrida cidade do Mundo.

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O protótipo está equipado com quatro motores eléctricos e duas micro-turbinas a gás que permi-tem reclamar uma autonomia su-perior a 900km.

A Jaguar está decidida a regres-sar aos seus bons velhos tempos. A marca britânica apresenta no Sa-lão Automóvel de Paris o C-X75, um desportivo que pretende mos-trar que elevadas performances não são incompatíveis com a de-fesa do ambiente, além de celebrar os 75 anos da marca e oferecer um vislumbre do que será o estilo e a tecnologia da marca no futuro.

Com 4,6 metros de comprimento e dois lugares, o C-X75 é capaz de alcançar os 100 km/h em 3,4 se-gundos, aos 160 km/h em 5,5 se-gundos e aos 300 km/h em meros 15,7 segundos. Para isso, conta com quatro motores eléctricos co-

locados nas quatro rodas que de-bitam, cada um, 195 cv (potência combinada de 780 cv).

Mais interessante é o facto de o C-X75 não ser um puro eléctrico mas sim um híbrido “plug-in” pois a autonomia em modo totalmen-te eléctrico não ultrapassa os 110 quilómetros. Para estender a auto-nomia, a Jaguar usa duas micro-turbinas a gás montadas atrás do habitáculo e que pode utilizar como combustível gasóleo, biofuel, gás natural ou GPL. Estas turbinas po-dem carregar as baterias e aumen-tar a autonomia do veículo em 900 km, distância suficiente para viajar de Londres a Berlim com um úni-co depósito ou, quando em modo “Track”, disponibilizar potência su-plementar directamente aos moto-res eléctricos.

As linhas do C-X75 são da auto-ria de Ian Callum, director de design da Jaguar Cars, que não se coibiu de dizer que este é o mais belo Ja-guar de sempre. “O C-X75 é tudo o que um Jaguar deve ser. Pos-sui uma dose notável de equilíbrio e elegância e, ao mesmo tempo, toda a emoção e potência de um autêntico super desportivo. Pode-mos dizer que é o mais próximo que um modelo conceptual pode

estar de uma obra de arte e esta-mos convencidos que este veículo presta uma homenagem digna aos 75 anos de vida do icónico design Jaguar”.

No interior, condutor e passagei-ro sentam-se à frente da caixa de ar hermética que aloja as micro turbi-nas a gás. Os bancos encontram-se montados na antepara seguindo o procedimento utilizado nos mo-nolugares de competição e o ar de admissão para as turbinas circula suavemente à sua volta através de condutas instaladas na estrutura da carroçaria. Com os bancos perfei-tamente ancorados, o volante, os comandos, o painel de instrumen-tos e os pedais ajustam-se ergono-micamente em redor do condutor.

A marca britânica não garante mas o C-X75 deverá dar origem à nova geração XK, prevista para 2012.

Jaguar mostra desportivo eléctrico com micro-turbinas

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Miss Angola UK 2010Bolinhos de canela/cinammon cakes Miss Maria

Por: Herlander Cunha (PaLOP News)

Português:Amasse bem o açucar com a

manteiga, o fermento e raspa de limao. De seguida, acrescente os ovos, um a um, e continue a bater. Adicione o leite, aos poucos, alter-nando com a farinha.

Depois de tudo bem amassado, deixe em repouso durante 15 mi-nutos no frigorifico. Ligue o forno a 180c. Unte um tabuleiro com man-teiga e polvilhe com farinha. Retire a massa do frigorifico. Molde peque-nas bolas e passe-as por canela. Disponha no tabuleiro e leve a meio do forno, durante 15 minutos. Reti-re, deixe arrefecer e sirva.

English:Mix well the sugar with the butter,

the raising powder and the peel of lemon. Next mix in the eggs one by one and keep beating. Add the milk bit by bit then mix in the flour. After everything is mixed put the paste in the fridge for 15 minutes. Turn the oven at 180c. Grease a platter with butter and dust flour. Take the paste out of the fridge. Do little balls and pass them by cinnamon. Then put them in the platter and put them in the oven and leave them there for 15 minutes. When done take them out let them cool down and serve them.

Prep time: 1hrServings: 20 cakes

Ingredients/English:-250g of sugar-150g of butter-1spoon of baking powder-1 lemon-3 eggs-1.25 dl of milk-600g of raising flour-Butter to grease-Flour and cinammon in

powder to dust

Tempo de preparação 1h00 Serve 20 bolinhos

Ingredientes/Português-250g de açucar-150g de manteiga-1c (de sobremesa) de fermento em pó-1 limão-3 ovos-1.25 dl leite-600g de farinha com fermentomanteiga para untar-Farinha e canela em pó para polvilhar

A 5ª Gala Miss Angola UK teve no numero 13 “bué” de sorte.

O Palm Hotel en Hendon (Lon-dres) esgotou para ver a beleza da mulher angolana, desfilar pe-rante um grandioso publico entu-siasta e vibrante como é apana-gio dos angolanos muito alegres e hospitaleiros. Começou com um grande repasto há onde não faltaram as iguarias angolanas. A comissão organizadora nas pes-soas de Nelson Tavares e Mauro, que ombrearam a responssabili-dade desta festa, com alto nivel de organização, tendo ambos a responssabilidade de organizar já outros grandes eventos.

Marcaram presença grandes figuras publicas. Bonga foi a nota alta da noite, fazendo vibrar a plateia com um bom punhado de êxitos, com a voz de ouro de Angola que naturalmente ostenta.

Leila Lopes, a nova rainha da beleza angolana no Reino Uni-do, ao desfilar com o numero 13, mostrou-se confiante e des-temida, disertando um pequeno resumo, sobre cultura geral. De-monstrou uma grande capacida-de, cultural que a destacou das demais concorrentes que totaliza-vam 14 candidatas, todas muito

bonitas, mas o juri decidiu assim e a Leila Lopes vai rumo a Ango-la, para concorrer a miss Angola em Luanda, capital daquele país lusófono.

O testemunho foi passado por Sara Silva que foi a vencedora do ano passado, que nos admitiu ter vivido um ano de profundas recor-dações. Viveu o sonho de Rainha por um ano.

Parábens Lusófonos, bem ha-jam e venham muitos e bons eventos como este.

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Marcelo D2 lotou o Coronet

Adriana Calcanhoto vem a Londres

Associação Portuguesa de Guernsey comemora a República

A Associação Portuguesa em Guernsey, realizou no St. Pierre Park Hotel, no dia 3 de Outubro, as comemorações do centená-rio da Implantação da República Portuguesa.

O programa de abertura come-çou com o Hino Nacional em que a maioria dos participantes aderiu

com entusiasmo e emoção. Elvio Pires Presidente da Associação ex-plicou a história e a importância da Associação marcar esta data im-portante, assim como outras datas importantes da nossa história na-cional. O Presidente agradeceu a todos os participantes que estavam presentes, e a toda sua equipe da Direcção da Associação Portugue-sa em Guernsey.

Agradecendo a presença e cola-

boração do Mr. Francis Quin Vice-Ministro da Administração Interna e da Cultura e Lazer e Mr e Mrs, R. Matthews deputado Parlamentar dos Estados de Guernsey.

Francis Quin respondeu em seu nome e seu colega no agradeci-mento ao Presidente e os mem-bros da Direcção pelo convite agradável para comemorar esse dia tão especial da história portu-guesa, acrescentando que a infor-mação dada sobre a Associação Portuguesa em Guernsey, recen-temente, comemorou 30 anos de existência, certamente, um sinal de bom serviço associativo, também complementando o trabalho de Joe Gomes que prestou ao longo dos anos com as autoridades do Esta-do de Guernsey.

Ao terminar fez votos para um bom trabalho futuro e uma festa muita alegre para todos.

A festa foi reforçada com o po-pular cantor Português Fernando Correia Marques e cerca de cento e quarenta presentes.

Palop News Londres

Londres

Marcelo D2, o conhecido ra-pper brasileiro esteve em Lon-dres para um concerto único que quase encheu o Coronet Theatre em Elephant and Cas-tle no sul de Londres.

Com muito público brasileiro e algum inglês que acorreu ao es-pectáculo, Marcelo D2 levou a multidão ao rubro em quase duas horas de musica com uma batida ao nível dos grandes concertos internacionais.

Marcelo D2 que se tornou co-nhecido pela apologia ao consu-mo do fumo de drogas, revelou ao Palop News que "este Marce-lo D2 não seria o mesmo se não tivesse o consumo do fumo de maconha".

Num espectáculo que foi de

"transpiração total" Marcelo D2 afirmou que "se não pudesse consumir maconha em lugar de rapper talvez fosse terrorista" numa clara afirmação de continui-dade neste género de consumo.

"As pessoas devem ser livres para fazerem que querem e é nesse espírito que faço a apologia

do consumo de maconha" - reve-lou.

Perguntamos a Marcelo D2 se sentiu que iria haver problemas quando pensou em fazer essa apologia? "Sabíamos que isso ía acontecer" revelou." Em Brasília, Marcelo D2 foi detido e revelou que desde há 10 anos que os problemas com a apologia do consumo deixaram de existir.

Marcelo D2 deu outro concerto no Reino Unido (Brigthon, costa Sul do Reino Unido) no dia se-guinte ao concerto em Londres.

Palop News Londres

Adriana Calcanhotto, a cantora brasileira que tem encantado milhões vai estar

de novo em Londres. Um concerto a não perder.Quem não sabe a letra da mu-

sica "Fico assim sem você" que a rádio tem passado ao longo dos anos e quem não vai querer ouvir o "avião sem asa, fogueira sem brasa" que Londres vai ouvir can-tar num coro que com toda a cer-teza vai levantar a voz da plateia.

Estamos loucos para te ver che-gar para esse concerto de voz e violão a solo que vai encher as noites românticas de Londres.

As portas da Union Chapel abrem ás 7pm no post code N1 2UN e a Tube Station mais próxi-ma é Higbury & Islington.

O preço dos bilhetes é de £18.00 acrescido de £1.50 de taxa e as reservas podem ser fei-tas através do 08444 771 000.

Informações complementares, é só clicar: www.comono.co.uk

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Novos dados sobre diploma de Sócrates vêm a público

Numa segunda versão torna-da pública, vê-se que nos de-talhes de identificação do Ins-tituto os numeros de telefone e de fax constam como 351 21 836 19 00 e 351 21 836 19 22 351 21 836 19 22 .

Tudo seria normal, se os nume-ros de telefone em Portugal não ti-vessem sido alterados já que até à data de 31 de Dezembro de 1999, os numeros de telefone tinham pre-fixos começados por 01 no caso de Lisboa, 02 no caso do Porto e invariavelmente iniciados pelo al-garismo “zero” em qualquer outra região do País. Só a partir da refe-rida data foi introduzida a alteração que leva os numeros de telefone a começarem pelo algarismo “dois” como primeiro dígito do prefixo lo-cal.

Ainda nos detalhes de endereço, o código postal vem referido com sete dígitos, fórmula que só come-çou a ser adoptada em 1998. es-tes elementos, remetem a emissão do certificado de licenciatura para uma data posterior o que de todo não coincide com a informação so-bre a data de curso.

Detalhes.

Depois de set ter detectado que o diploma de engenharia do Primeiro Ministro de Portugal José Sócrates terá sido assinado com data de um Domingo, novas revelações estão agora a vir a público.

Palop News Portugal

PaLOPconnosco

Os leitores em 1º lugar

Casa do Brasil em Londres visita Bristol

Bristol será a primeira cidade britânica a receber a equipe da Casa do Brasil em Londres para o projeto de atendimento itine-rante. A comunidade brasileira de Swindon e região também deverá ser beneficiada pelo lo-cal escolhido.

Em parceria com a Associação Viva Brasil, o atendimento será realizado no dia 7/11/2010, do-mingo, das 10 às 17:00. A equipe envolvida está composta por 2 psicólogas (Patrícia e Iricê), dois voluntários (Georgia e Hugo) e o diretor da Casa do Brasil em Lon-dres (Carlos), consultor em Imi-gração, autorizado pelo governo

Palop News Londres britânico. Além destes, a direto-ria da Viva Brasil estará presente efetivamente e estará auxiliando na organização das atividades do dia. Este evento está sendo custeado pela própria Casa do Brasil em Londres e pela Viva Brasil. Espera-se que as pesso-as atendidas possam se associar à Casa do Brasil em Londres, a não ser que não reunam condi-ções financeiras para isso.

O local escolhido é:Welsh Back Squash and Heal-

th ClubThe Floating Harbour, Welsh

BackBristol, BS1 4SBInformações e interessados

poderão nos contactar pelo tele-fone 020 7580 0133.

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Ave de mau agouroSignificado: Diz-se de pessoa portadora de más notícias

ou que, com a sua presença, anuncia desgraças. Origem: O conhecimento do futuro é uma das preocupa-

ções inerentes ao ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Para se saberem os bons ou maus auspícios (avis spicium) consultavam-se as aves. No tempo dos áugures romanos, a predição dos bons ou maus acontecimentos era feita através da leitura do seu voo, canto ou entranhas. Os pássaros que mais atentamente eram seguidos no seu voo, ouvidos nos seus cantos e aos quais se analisavam as vísceras eram a águia, o abutre, o milhafre, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, po-pularmente, a conotação funesta com qualquer destas aves.

Verdade de La PalisseSignificado: Uma verdade de La Palice (oulapalissada / la-

paliçada) é evidência tão grande, que se torna ridícula. Origem: O guerreiro francês Jacques de Chabannes, se-

nhor de La Palice (1470-1525), nada fez para denominar hoje um truísmo. Fama tão negativa e multissecular deve-se a um erro de interpretação. Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os solda-dos que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos:

'O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia.' O autor que-ria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, 'momentos antes da sua morte', ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência.

Segundo a enciclopédia Lello, al-guns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no sécu-lo XVIII se atribuiu a La Palice um estribilho que lhe não dizia res-peito. Portanto, fosse qual fosse o intuito dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa.

Nota: Em Portugal, empregam-se as duas grafias: La Palice ou La Pa-lisse.

Ter ouvidos de tísicoSignificado: Ouvir muito bem.Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939

a l945), muitos jovens sofriam de uma do-ença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais mortífera era a tuber-culose pulmonar.

Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi pos-sível combater este doença com muito maior êxito.

As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade audi-tiva. A expressão « ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ou-vir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».

Comer muito queijoSignificado: Ser esquecido; ter má me-

mória.Origem: A origem desta expressão portuguesa pode ex-

plicar-se pela relação de causalidade que, em séculos an-teriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamen-te a memória.

A comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel Bernardes 'Nova Floresta', relativo aos procedimentos a observar para manter e exercitar a memória:

«Há também memória artificial da qual uma parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e também o demasiado uso do tabaco».

Sabe-se hoje, através dos conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e o quei-jo são fornecedores privilegiados d e

cálcio e de fósforo, elementos im-

portantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo à memória ficou cristalizada na expressão fixa « comer (muito) queijo».

Acordo leoninoSignificado: Um «acordo leonino» é aquele em que um dos

contratantes aceita condições desvantajosas em relação a

outro contratante que fica em grande vantagem. Origem: «Acordo leonino» é, pois, uma expressão retórica

sugerida nomeadamente pelas fábulas em que o leão se re-vela como todo-poderoso.

Que massada*!Significado: Exclamação usada para referir uma tragédia ou

contra-tempo. Origem: É uma alusão à fortaleza de Massada na região

do Mar Morto, Israel, reduto de Zelotes, onde permanece-ram anos resistindo às forças romanas após a destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.

Passar a mão pela cabeçaSignificado: perdoar ou acobertar erro cometido por algum

protegido. Origem: Costume judaico de abençoar cristãos-novos,

passando a mão pela cabeça e descendo pela face, en-quanto se pronunciava a bênção.

Gatos-pingadosSignificado: Tem sentido depreciativo usando-se para refe-

rir uma suposta inferioridade (numérica ou institucional), insig-nificância ou irrelevância.

Origem: Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo a ferver em

cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que

mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente.

Como o suplício tinha uma assistência re-duzida, tal era a crueldade, a expressão ' gatos pingados' passou a denominar pe-

quena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento.

Meter uma lança em ÁfricaSignificado: Conseguir realizar um

empreendimento que se afigurava difícil; levar a cabo uma empresa difícil.

Origem: Expressão vulgarizada pe-los exploradores europeus, principal-

mente portugueses, devido às enormes dificuldades encontradas ao penetrar

o continente africano. A resistência dos nativos causava aos estranhos e indese-

jáveis visitantes baixas humanas. Muitas vezes retrocediam face às dificul-

dades e ao perigo de serem dizimados pelo inimigo que eles mal conheciam

e, pior de tudo, conheciam mal o seu terreno.

Por isso, todos aqueles que se dispusessem a fa-zer parte das chamadas 'expedições em África', eram considerados des-temidos e valorosos mili-

tares, dispostos a mostrar a sua coragem, a guerrear enfren-tando o incerto, o inimigo des-

conhecido. Portanto, estavam dispostos a ' meter uma lança em África'.

Queimar as pestanasSignificado: Estudar muito.

Origem: Usa-se ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso. Foi, inicialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles que estudavam muito.

Antes do aparecimento da electricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a ' queimar as pestanas'.

Diz k disse

Publicamos nesta edição a ultima parte da rúbrica “Diz k disse” que tem vindo ao longo das ultimas edições a dar explicação sobre algumas expressões populares utilizadas em português. Fica a promessa de que sempre que encontremos outras formas de explicar a língua através das

suas curiosidades, estas farão coluna no seu PaLOP News

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Portugal tem em sua capital uma incandescente maravilha a desfrutar. Que culinária maravi-lhosa! Que delícia de cidade.

Eu, a todo tempo a comparar, um comparar enaltecedor e inevi-tável.

Bem que me avisaram que eu deveria conhecer Lisboa. Eu, para falar a verdade, não muito conven-cida, não estava muito segura. Até que finalmente a conheci, e… que Linda Lisboa!

Ir a Portugal e conhecer Lisboa fez-me sentir agraciada. Digo-vos, por muitos momentos me emocio-nei, e com um sentido todo cario-ca, vislumbrei ao relembrar minha cidade. Até senti seu cheiro ao caminhar por Lisboa, pois os luga-res, sem dúvida alguma, tem sua essência. Senti o cheiro do meu Rio de Janeiro e fiquei ainda mais absorvida pela cidade. Uma Linda Lisboa!

A partir de Lisboa, fui `a cidade

Nossa, me parece acolhedor, parecido, encantador. Uma intimista avaliação sobre quem nos colonizou.

Uma lisboeta visão carioca

de Fátima, onde a atmosfera é de fé. De fé e resignação. Uma forte fé que contagia, pela força de sua magnitude.

E Lisboa? Continua Linda! Como o Rio de Janeiro. A cada esquina, a cada refeição… um afago no meu eu. Mais uma vez vos digo, que maravilhosa culinária, é a portugue-sa! Os portugueses são muito, mas muito bons neste quesito. Sabe-se que os peixes morrem pela

boca né? Mas eu, não como os peixinhos, fui mesmo é revivendo a cada refeiçao feita em Portugal. Que são: “to die for”!

Ah deixa-me falar da Alheira. Um prato até então desconhecido por mim, mas que tive um grande prazer em ser apresentada. Uma ocasião, em um restaurante, eu já na certeza do acerto, escolhi um prato de bacalhau e um de alheira para o meu filho. No final das con-

tas gostei tanto do que escolhi para o meu menino, que ate quis trocar, nao que o bacalhau nao estivesse bom, mas foi que o novo prato me encantou. Crocantinho, delicioso! E quem disse que meu filho se inte-ressou em fazer a troca? Disse-me: “não mãe está muito gostoso”

Rumo a Cascais. Nossa como Cascais me remeteu àBuzios, re-gião dos Lagos no Rio de Janeiro. Muito, mas muito mesmo. E estava então, uma carioca a delirar com as belezas e também com as simila-ridades.

Como nem tudo são flores, hou-ve também um capítulo não muito agradável nesta passagem por Por-tugal. O hotel em que me hospedei não fez jus ás suas estrelas, num pormenor, ao ter como integrante de sua equipe, uma recepcionista nada receptiva. Dá para entender? Um Holiday Inn situado na Av. Anto-nio José de Almeida, não perceber imediatamente que só deve contra-tar para a recepção, pessoas, nao só receptivas como também sim-páticas e acolhedoras. Que dêem de verdade as boas vindas aos clientes? Lamento ter que descre-

ver algo não positivo desta minha excelente experiência lusitana.

Em compensação e muito bem compensado, tive o enorme prazer de ser cortesmente atendida por dois cidadãos portugueses maravi-lhos, o Sr. Miguel e a Sra. Lurdes, proprietários do Restaurante O Garfo, situado no Centro Comercial São João de Deus. Quanta amabi-lidade, simpatia, cordialidade, gen-tileza e bom atendimento. Daque-les que podem até te fazer voltar à cidade por eles. Os bolinhos de bacalhau da Dona Lurdes estavam um espetáculo de bons. E como não poderia deixar de ser, nesta casa portuguesa com certeza, eu hei-de voltar!

Uma Lisboa que me encantou permanentemente, com o seu cli-ma e tom, paladar e vibraçao. Uma sensaçao de se estar em casa mesmo não estando, de andar pelas avenidas largas e apreciá-las; de ir ao mercadinho e adquirir boa e saborosa comida, queijos e vinhos. Um sentimento carioca numa ex-periência lisboeta tão boa de viver quanto de relembrar. E relembrá-la me faz sonhar em voltar. Sempre! Que bonita experiência…

Com o olhar de quem nasceu ao lado do mar, num bom clima tropi-cal, encantei-me a cada dia que ali estive, fazendo uma analogia Rio-Lisboa, terna e saudável.

Uma experiência Portuguesa com certeza. Mas de um coração carioca saudoso e feliz!

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Palop News Londres

Foi assim que o Brasil entrou em BrixtonLonge vão os tempos em que

visitar vários fornecedores, impli-cava visitar vários espaços. Com o tempo, o consumidor criou um conceito diferente e passou a ir a um único lugar onde pode obter vários fornecimentos. Foi assim que se criaram as grandes super-ficies comerciais, hipermercados e shoppings.

Neste caso, a nota é marcada-mente brasileira e tem a chancela de vários empresarios que decidi-ram entrar em Brixton e que agar-

rou o público ao primeiro desfile de samba.

A rua e os corredores do mer-cado de Brixton, percebem agora o barulho que os brasileiros fazem quando chegam e a força com que o executam.

João Luis, o mentor da ideia en-controu o espaço e decidiu con-vidar alguns amigos que disseram presente ao primeiro segundo. De-pois de ter estado ausente de Lon-dres por cerca de um ano, Jão Luis volta ao lugar onde tem os amigos e arrasta com ele uma ideia nova. Um espaço e 10 empresários que teve como resultado um open spa-

ce quase numa “vaquinha associa-tiva”.

Francine Mendonça da Londo-nHelp4you e Rodolfo Basílio da Vértice, empresa na área dos ser-viços na fiscalidade e finanças, são dois dos nomes pesados que inte-gram a comitiva.

Um cabeleireiro mesmo por baixo do Feijão do João, dá o remate final no conceito onde ainda foi possi-vel acrescentar mais 6 serviços como despachar uma encomenda ou comprar carne, enviar dinheiro, alugar casa ou quarto e mesmo re-servar a viagem.

Com uma decoração espaço-

sa, o interior apresenta-se sóbrio e confortavel ao atendimento.

A comunicação será feita em conjunto independentemente de cada empresa ter as suas proprias ferramentas.

A moda parece ter resultado, já que o conceito já tem lista de es-pera. Os brasileiros ganham um espaço de referência e todos os lusófonos passam a ter um conjun-to de serviços sem necessidade de tradução.

Com a aposta ganha à nascen-ça, espera-se agora que a ideia crie raízes e se expanda sobre si mes-mo. Já existe lista de espera.

Próxima edição

A próxima edição trans-borda de musica. Três no-mes internacionais a falar português que se cruzam num mesmo jornal.

Entrevistamos Ana Free em Vitória no centro de Lon-dres, Tony Carreira no O2 em Brixton e Adriana Calca-nhoto no Union Chapel.

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Pasatempos

Vamos fazer uma quadra

Quem canta?

Cultura geral

Solucoes

Marcas famosas

Prvérbios populares

Neste passatempo, segue uma quadra para que você possa com-pletar. O nome do autor ajuda a identificar a quadra e a solução está ao fundo da página.

Extrído do poema “Baladas de Lisboa” de Manuel Alegre, deputado, poeta e candidato a Presidente da República de Portugal.

Creme Nívea Edi17 Foi criado em dezembro de 1911 pela farmácia de ma-nipulação do doutor Oskar Troplowitz, que descobriu como unir água e óleo para hidratar a pele. O Eucerit, retirado da lanolina e combinado com óleos, água, compostos de glicerina, ácido cítrico e essências de rosas e lírios, formava o creme. “Branco como a neve”, foi batizado de Nívea e era comercializado numa latinha amarela. A embalagem ganhou a cor azul com letras brancas em 1925. Depois da Segunda Guerra Mun-dial, a marca Nívea foi expropriada. A partir de 1952, a empresa Beiersdorf iniciou uma longa jornada pelos países para readquirir os direitos sobre a marca. A Nivea é uma empresa alemã de produtos cosméticos fundada pelo empresário Oscar Troplowitz, o químico Isaac Lifschütz e o dermatologista Paul Gerson Unna, inventores do primeiro creme hidratante da história, em 1911. Actualmente, Nivea faz parte de uma das maiores multinacionais do mundo, a Beiersdorf AG, da Alemanha, comercializando os seus produtos em cerca de 150 países. O nome da marca deriva do latim niveus/nivea/niveum que significa branco como a neve.

Nesta rubrica, vamos dar-lhe a letra de uma musica de um autor lo-sófono acompanhado pela fotografia. Você só tem que acertar num dos 3 nomes. Envie o nome certo por mensagem para o 07578222520 e o PaLOP News paga-lhe o jantar.

Por muito distantes que os paísese de Língua portu-guesa estejam, no Reino Unido os falantes do português estão todos juntos. Nesta rúbrica, pretendemos explorar curiosidades que nos façam rir, recordar e sobretudo mantermo-nos unidos.

Nesta rubrica, vamos dar-lhe a letra de uma musica de um autor losófono acompanhado pela fotografia. Você só tem que acertar num dos 3 nomes. Envie o nome certo por mensagem para o 07578222520 e o PaLOP News paga-lhe o jantar. Soluções Vamos fazer uma quadra

Em cada esquina te vais Em cada esquina te vejo Esta é a cidade que tem Teu nome escrito no cais A cidade onde desenho Teu rosto com sol e Tejo

Cultura geralResposta certa: Agostinho Neto

Provérbios popularesPara bom entendedor, meia palavra ba...

Quem canta?Adriana Calcanhotto

Avião sem asa, fogueira sem brasa Sou eu assim sem você Futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim

Amor sem beijinho Buchecha sem Claudinho Sou eu assim sem você Circo sem palhaço, Namoro sem amasso Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar Tô louca pra te ter nas mãos Deitar no teu abraço Retomar o pedaço Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você

E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas Pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê? Por quê?Neném sem chupeta

Romeu sem Julieta Sou eu assim sem você Carro sem estrada Queijo sem goiabada Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo (2X) Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo

PerguntaQuem foi?Foi Presidente de Angola de 11 de Novembro de 1975

até 10 de Setembro de 1979, funções que cessa por fale-cimento e foi sucedido por José Eduardo dos Santos. Nas-ceu a 17 de setembro de 1922.

Médico de profissão licenciado pela Universidade de Coimbra, passa por Moscovo (onde veio a falecer ) que lhe atribuiu o Prémio Lenine da Paz em 1975/6.

Foi Presidente do MPLA e em Portugal destacou-se por fazer parte de uma geração de estudantes que viriam a ser fundamentais para a independência dos países africanos colonizados por Portugal.

Foi preso pela PIDE e deportado para o Tarrafal sendo-lhe fixada residência em Portugal de onde fugiu para o exílio onde assume a direcção do MPLA de que já era Presidente honorário desde 1962.

Faleceu aos 56 anos vítima de um cancer hepático e hoje em Luanda existe um Mausoléu com o seu nome.

De quem falamos?

A—Amilcar cabralB—Agostinho NetoC—Samora Machel

Em cada ........... te vais Em cada esquina te... Esta é a cidade que tem Teu nome escrito no cais A ....... onde desenho Teu rosto com sol e .......

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Profissional: Tenha cuidado com as ilusões, não ponha as ex-pectativas muito altas. Amoroso: Está desiludido com o seu companheiro, precisa repensar a sua vida amorosa. Saúde: Esteja atento aos sinais, deve se cuidar um pouco mais.

Profissional: Tem de lutar mais pelos seus interesses e não ter medo de apresentar as suas ideias. Amoroso: O seu re-lacionamento precisa de mais comunicação, fazer de conta não resolve os problemas. Saúde: Precisa de sair mais e se divertir, procure a felicidade e aprenda a rir.

Profissional: As situações estão bem encaminhadas e vai ver reconhecido o seu esforço. Amoroso: O seu relacionamento está numa boa fase, aproveite este período para ser feliz.Saúde: Se precisa realizar algum tratamento que vem adiando, esta é a altura certa.

Profissional: Precisa controlar melhor os seus afazeres, reor-ganize a sua agenda. Amoroso: Não tente controlar a/o sua/seu companheira/o só está piorando a sua relação.Saúde: Tem de descontrair mais e não se preocupar com pequenas situações.

Profissional: Parece que está tudo parado e não consegue nada, tenha outra atitude e a situação vai mudar. Amoroso: Sente-se amarrada a um casamento que já nada lhe diz, vai vivendo o dia a dia infeliz. Saúde: Tenha cuidado com a sua alimentação e com os seus hábitos, tem de se cuidar.

Profissional: Com força de vontade e lutando pelo que pretende vai conseguir atingir os seus objectivos. Amoroso: Deve pensar muito bem o que pretende do seu relacionamento e o que a motiva. Saúde: Poderão aparecer alguns problemas relaciona-dos é barriga e ginecológicos.

Profissional: Tem de colocar a sua vida a andar e não esperar que as situações ocorram. Amoroso: O seu relacionamento precisa de sair da monotonia, é preciso surpreender.Saúde: Tem de pensar de modo mais positivo, vendo a situ-ação de uma forma optimista.

Profissional: A sua vida profissional precisa de uma volta, exis-tem muitas situações para resolver. Amoroso: Tem de redefinir melhor os seus relacionamentos e pensar o que pretende dos mesmos. Saúde: Tente se cuidar um pouco melhor, deixe de ideias sem nexo sobre a beleza, que afectam a sua saúde.

Profissional: Vai ter de encontrar uma solução, a situação não está bem. Amoroso: Terá de analisar muito bem se é esse tipo o relacionamento que pretende.Saúde: Não se preocupe com as situações que pensa pod-erem acontecer, relaxe e descontraía.

Profissional: Precisa fazer algumas mudanças na sua vida profissional. Amoroso: Muitas vezes ter de recomeçar não é mau, poderá trazer a felicidade perdida.Saúde: Existem situações que têm de ser analisadas e mudar alguns hábitos.

Profissional: Poderá aparecer uma situação ligada á justiça para resolver. Amoroso: O seu relacionamento precisa de mais esta-bilidade e compreensão.Saúde: Não deixe que pequenas situações o deixem em baixo, seja positivo.

Profissional: Poderá aparecer uma situação um pouco com-plicada, mas resolverá facilmente. Amoroso: A energia mostra que poderá se apaixonar por uma pessoa que não é o seu/sua companheiro/a. Saúde: Tem de se encontrar, precisa de estabilidade, equilíbrio e paz de espírito.

Horóscopo

Sopa de LetrasNo quadro abaixo, encontra alguns termos que os imigrantes de lingua portuguesa adoptam quando chegam ao Reino Unido. Divirta-se.

BokkarShopAniwayApontamento

A poesia a um só canto Pedro Lopes (Norfolk)

Pedro Lopes XVlll 2001Voltei do nada!Do nada renasci desnudo,Para o nada regresseiJá sábio mas mudo.Abri os olhos com um punhado de sorrisos,Ouvi vozes alacres e vi meus paisMais tarde ouvi a voz do eterno adeusE fechei os olhos com gotas lacrimais.Tudo que na vida aprendiE nunca pude a alguém ensinarGuardo neste túmulo pouco acolhedorOnde meu corpo inerte irá descansar,Tudo que na vida conheci,Memórias, recordações, vivências...São enterradas comigo no nadaE nada concluo depois de tantas experiên-

cias.Que circulo confuso de mistériosCircunda este porquê cabalístico?Quantas perguntas e enigmasSuspensas neste evocado artístico?Deduzi e descoradas ficaram minhas veias,O sangue perdeu-se no enigmáticoE suas armas presas em teias.Que destino este que nos concedeTal oportunidade de aprenderEnsina, magoa e perdoaE no fim abandona o ser?Neste fim mensageiro de eterna pazQue nos rouba o que conquistamos,Que queima a nossa florestaE que em cinzas converte os nossos ramos.

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