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Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2003

Panorama 2003

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Panorama dos resíduos sólidos no Brasil em 2003.

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  • Panorama dosResduos Slidos

    no Brasil

    2003

  • Taurusplast, uma empresa brasileira apoiandoa busca de solues e tecnologias para melhoriado nosso meio ambiente.

  • APRESENTAO

    com grande orgulho que apresentamos o Panorama dos Resduos Slidos no Brasil,um estudo que nasceu com o objetivo de facilitar o acesso, dos rgos governamentais,da imprensa e da sociedade em geral, s informaes sobre os resduos nas suas diversasformas.

    Esse documento traz dados inditos, porm trata-se principalmente de uma compilaoe tratamento de informaes segmentadas j publicadas por conceituados institutos depesquisa, associaes de classe e demais entidades. Como idealizadora do projeto, aABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiaisno tem a pretenso de assumir o trabalho feito por instituies como o IBGE cabeaqui um elogio contribuio dada nao com a mais recente Pesquisa Nacional deSaneamento Bsico , mas sim colaborar com a efetiva aplicao desses levantamentosno entendimento do problema e na busca por solues para nosso setor.

    Tratando-se de informaes consolidadas, possvel que algumas mais recentes notenham sido contempladas. Para tanto, contamos com a colaborao pr-ativa dasentidades ligadas ao setor, solicitando que nos enviem seus estudos atualizados.

    O Panorama dos Resduos Slidos no Brasil reflexo da prpria essncia da ABRELPE:promover o desenvolvimento tcnico-operacional sustentvel do setor de limpeza urbanae resduos especiais, dentro dos princpios de preservao do meio ambiente. Duranteseus quase 30 anos de atuao, a associao vem buscando continuamente novasalternativas para o correto gerenciamento de resduos slidos, seja atravs da realizaode seminrios como o RESILIMP Seminrio Internacional de Resduos Slidos eLimpeza Urbana, seja por sua ativa participao na ISWA International Solid WasteAssociation, entidade que tem como misso promover a sustentabilidade dos resduosslidos em todo o mundo, protegendo a sade humana, os recursos naturais e provendoinformaes atravs de pesquisas, eventos e treinamentos.

    Assumimos aqui o compromisso de atualizar anualmente este estudo, transformando-onuma contribuio contnua para a amplificao do conhecimento sobre a gesto dosresduos slidos em nosso pas.

    Eduardo CastagnariPresidente

  • NDICE GERAL

    NDICE DE TABELAS. ................................................................................................ 7

    NDICE DE FIGURAS. ................................................................................................ 9

    1. INTRODUO

    1.1 CONCEITOS BSICOS SOBRE RESDUOS SLIDOS ............................................. 11

    1.2 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS ................................................................ 12

    1.3 APRESENTAO DOS DADOS ............................................................................. 12

    2. VISO GERAL DA SITUAO ATUAL DOS RESDUOS SLIDOS NO BRASIL

    2.1 SNTESE .................................................................................................................. 13

    2.2 RESDUOS SLIDOS URBANOS............................................................................. 19

    2.3 RESDUOS DE SERVIOS DE SADE .................................................................... 33

    2.4 RESDUOS SLIDOS INDUSTRIAIS ........................................................................ 39

    2.5 COLETA SELETIVA E RECICLAGEM....................................................................... 45

    3. CONCLUSES E RECOMENDAES. ................................................................. 53

    4. INFORMAES COMPLEMENTARES

    4.1 GLOSSRIO ............................................................................................................ 55

    4.2 INDICADORES ........................................................................................................ 57

    4.3 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................... 59

    4.4 ORGANIZAES E INSTITUIES ........................................................................ 61

  • NDICE DE TABELAS

    Tabela 1Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de resduo slidourbano, por percentual de domiclios com resduo slido coletado, segundoas Grandes Regies 2000. ............................................................................................... 19

    Tabela 2Municpios, total e com servios de limpeza urbana e/ou coleta de RSU pornatureza dos servios, segundo as Grandes Regies 2000. ......................................... 20

    Tabela 3Distritos com servios de limpeza urbana e/ou coleta de RSU, por unidade dedestinao final do RSU coletado, segundo as Grandes Regies 2000. ..................... 21

    Tabela 4Quantidade diria de resduo slido urbano coletado, por unidade de destinofinal do resduo coletado, segundo as Grandes Regies 2000. ................................... 22

    Tabela 5Quantidade diria de resduo slido urbano coletado, segundo as GrandesRegies, Regies Metropolitanas e Demais Municpios 2000. ..................................... 24

    Tabela 6Quantidade diria de resduo slido domstico, por unidade de destino finaldo resduo coletado, segundo as Grandes Regies 2000. ............................................ 26

    Tabela 7Quantidade diria de resduo slido domstico, em funo da adequao dadestinao final, segundo as Grandes Regies 2000.................................................... 27

    Tabela 8Municpios, total e com servios de limpeza urbana e/ou coleta de resduos, porcontratao e nmero de contratos com empresas particulares, segundo asGrandes Regies 2000. .................................................................................................... 28

    Tabela 9Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de resduos slidosurbanos, por percentual do oramento municipal destinado aos servios delimpeza urbana e/ou coleta de resduos, segundo as Grandes Regies 2000. ........... 29

    Tabela 10Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de resduos, porexistncia e forma de cobrana dos servios, segundo as Grandes Regies 2000. ... 31

    Tabela 11Pessoal ocupado nos servios de limpeza urbana e/ou coleta de resduos slidosurbanos, segundo as Grandes Regies 2000. ................................................................ 32

    Tabela 12Situao de Tratamento e Gerao de Resduos de Servios de Sadeno Estado de So Paulo. ..................................................................................................... 33

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    no Brasil

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  • Tabela 13Situao do Licenciamento e Capacidade das Instalaes de Tratamentode Resduos de Servios de Sade no Estado de So Paulo. ........................................... 33

    Tabela 14Municpios que coletam resduos de servios de sade, por destinaodos resduos, segundo as Grandes Regies 2000. ........................................................ 34

    Tabela 15Municpios que coletam resduos de servios de sade, por existncia e tipo detratamento dos resduos, segundo as Grandes Regies 2000. .................................... 36

    Tabela 16Municpios que coletam resduos de servios de sade e quantidade de resduoscoletada, segundo as Grandes Regies, Regies Metropolitanas eDemais Municpios 2000. ................................................................................................ 38

    Tabela 17Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de resduo slido, porcontrole da disposio do resduo slido industrial, segundo as Grandes Regies. ..... 41

    Tabela 18Gerao de Resduos Slidos Industriais no Brasil (t/ano). .............................................. 42

    Tabela 19Municpios que coletam resduo industrial, por destinao do resduo,segundo as Grandes Regies 2000. ................................................................................ 43

    Tabela 20Municpios que coletam resduo industrial, por quantidade de resduo coletado,segundo as Grandes Regies, Regies Metropolitanas e Demais Municpios 2000... 44

    Tabela 21Municpios com servio de coleta seletiva, por nmero estimado de residncias,e quantidade de resduo coletado segundo as Grandes Regies 2000. ...................... 46

    Tabela 22Municpios com servio de coleta seletiva de resduos, por tipo de materialrecuperado, segundo as Grandes Regies 2000. .......................................................... 47

    Tabela 23Municpios com servio de coleta seletiva, por principal receptor decoleta seletiva, segundo as Grandes Regies 2000. ..................................................... 48

    Tabela 24Composio Percentual Mdia de Materiais Reciclveis Recuperados emSistemas de Coleta Seletiva no Brasil. ............................................................................... 48

    Tabela 25Catadores de resduos nas unidades de destino final de resduos slidos urbanos,por grupo de idade, segundo as Grandes Regies 2000. ............................................. 52

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  • NDICE DE FIGURAS

    Figura 1Percentual de Domiclios com Resduo Slido Coletado. ................................................. 19

    Figura 2Natureza dos Servios de Limpeza Urbana e/ou Coleta de Resduos Slidos Urbanos. 20

    Figura 3Unidades de Destinao Final dos Resduos Slidos Urbanos Coletados. ...................... 21

    Figura 4Quantidade Diria de Resduo Slido Urbano Coletado por Unidadede Destinao Final. ............................................................................................................ 22

    Figura 5Volume Percentual de Resduo Slido Urbano Coletado. ................................................ 23

    Figura 6Quantidade Diria de Resduo Slido Urbano Coletado (t/dia). ...................................... 23

    Figura 7Participao Percentual das Regies Metropolitanas na Gerao de RSU no Brasil. ..... 25

    Figura 8Quantidade Diria de Resduos Slidos: Domstico, Pblico e Total, porUnidade de Destino Final dos Resduos Coletados. .......................................................... 26

    Figura 9Adequao da Destinao Final dos Resduos Slidos: Domstico + Pblico. ............... 27

    Figura 10Distribuio Percentual do Volume Dirio de Resduos Slidos:Domstico + Pblico em Funo da Adequao da Destinao Final no Brasil. ............ 28

    Figura 11Quantidade de Municpios que Contratam Empresas Particulares eNmero de Contratos com Empresas Particulares. ........................................................... 29

    Figura 12Quantidade de Municpios em Funo do Percentual do Oramento MunicipalDestinado para Limpeza Urbana e/ou Coleta de Resduos Slidos. ................................ 30

    Figura 13Participao Percentual dos Municpios em Funo da Existncia de Cobranapelos Servios de Limpeza Urbana e/ou Coleta de Resduos Slidos. ............................. 31

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  • Figura 14Quantidade de Municpios em Funo da Forma de Cobrana dosServios de Limpeza Urbana e/ou Coleta de Resduos Slidos. ....................................... 32

    Figura 15Pessoal Ocupado nos Servios de Limpeza Urbana e/ou de Coleta deResduos Slidos. ................................................................................................................. 33

    Figura 16Destinao dos Resduos de Servios de Sade, segundo as Grandes Regies. ............ 35

    Figura 17Distribuio Percentual da Destinao Final dos Resduos de Serviosde Sade no Brasil. .............................................................................................................. 35

    Figura 18Existncia e Tipo de Tratamento dos Resduos de Servios de Sade Coletados. ......... 36

    Figura 19Distribuio Percentual das Modalidades de Tratamento de Resduos deServios de Sades nos Municpios que Efetuam a Coleta desses Resduos. ................. 37

    Figura 20Participao Percentual das Regies Metropolitanas na Gerao de Resduos deServios de Sade no Brasil. ............................................................................................... 38

    Figura 21Controle da Disposio dos Resduos Industriais segundo as Grandes Regies. ........... 41

    Figura 22Destinao Final dos Resduos Industriais segundo as Grandes Regies. ...................... 43

    Figura 23Distribuio Percentual da Disposio dos Resduos Industriais no Brasil. ..................... 44

    Figura 24Participao Percentual das Regies Metropolitanas na Gerao deResduos Industriais no Brasil. ............................................................................................ 45

    Figura 25Situao do Servio de Coleta Seletiva no Brasil 2000. ................................................ 47

    Figura 26Catadores de Resduos nas Unidades de Destino Final. ................................................... 52

    Figura 27Distribuio Percentual dos Catadores de Resduos no Brasil por Grupo de Idade. ..... 53

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  • 1. INTRODUO

    1.1 CONCEITOS BSICOS SOBRE RESDUOS SLIDOS

    No presente trabalho foram empregados alguns conceitos bsicos1

    sobre resduos slidos como forma de sistematizar a apresentaodas informaes coletadas, conforme definies a seguir:

    Resduos slidos urbanos2 : compreendem todos os resduos slidosgerados num aglomerado urbano, excetuados os resduos deservios de sade, os resduos industriais perigosos e os resduosde portos e aeroportos.

    Resduos de servios de sade: so resduos provenientes dequalquer unidade que execute atividades de natureza mdico-ass i s tenc ia l humana ou an ima l ; cent ros de pesqu i sa ,desenvolvimento ou experimentao na rea de farmacologia esade; medicamentos e imunoterpicos vencidos ou deteriorados;necrotrios, funerrias e servios de medicina legal; e de barreirassanitrias.

    Resduos industriais perigosos: todos os resduos slidos, semi-slidos e os lquidos no passveis de tratamento convencional,resultantes da atividade industrial e do tratamento dos seusefluentes que, por suas caractersticas, apresentam periculosidadeefetiva ou potencial sade humana ou ao meio ambiente,requerendo cuidados especiais quanto ao acondicionamento,coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposio.

    Resduos industriais comuns: resduos slidos e semi-slidosindustriais que admitem destinao similar dos resduos slidosurbanos.

    Quanto ao processamento dos resduos slidos define-se reciclagemcomo o resultado de uma srie de atividades pelas quais materiaisque se tornariam descartveis, ou esto descartados, so desviados,coletados, separados e processados para serem usados comomatria-prima na manufatura de novos produtos3 .

    Em relao aos processos de separao dos materiais a seremreciclados foram considerados os seguintes conceitos3:

    coleta seletiva: a separao dos materiais na fonte pelogerador (populao), com posterior coleta do materialseparado;

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    NOTAS:

    1. ABNT NBR 8419 - Abril1992 e ResoluoCONAMA N 283 - Julho2001.

    2. Procurou-se utilizar oconceito de resduosslidos urbanos (RSU) nolugar da expresso lixo,sempre que possvel.

    3. Lixo Municipal -Manual deGerenciamentoIntegrado - IPT /CEMPRE. 2000.

  • usinas de triagem: a separao dos materiais em usinas de triagem, aps acoleta normal e transporte do lixo.

    1.2 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS

    A coleta dos dados foi realizada atravs de intensa pesquisa bibliogrfica e consulta aorganizaes, instituies e empresas que atuam no segmento de limpeza urbana e/oucoleta de resduos slidos no Brasil.

    Ao final deste documento feita a apresentao das referncias bibliogrficas e doslinks para os sites das organizaes e instituies acessadas.

    O tratamento dado s informaes consistiu na aglutinao das mesmas segundo asgrandes reg ies bras i l e i ras (Nor te , Nordes te , Sudes te , Su l e Cent ro-Oeste )preferencialmente, ou segundo as regies metropolitanas ou estados.

    Foram consideradas apenas as informaes oficiais dos documentos analisados, evitando-se inferncias ou mesmo estimativas de valores quando no disponvel, objetivando dessamaneira apresentar realmente o estado da arte da problemtica dos resduos slidosno Brasil.

    Dentre as inmeras fontes pesquisadas, pode-se destacar as seguintes:

    Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000 CEF/FUNASA/SEDU/IBGE,divulgada em 2002;

    Painel: Resduos de Servios de Sade ABRELPE;

    Panorama das Estimativas de Gerao de Resduos Especiais FGV/ABETRE Maio/2003;

    Lixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado IPT/CEMPRE 2 edio 2000.

    1.3 APRESENTAO DOS DADOS

    Os dados foram reunidos e formatados em tabelas acompanhadas por figuras quepossibilitem uma melhor compreenso das informaes compiladas.

    Na dimenso horizontal das tabelas so apresentadas as variveis que se deseja informare na dimenso vertical os dados so agrupados por grande regio, ou regio metropolitana,ou estado, e calculados totalizadores representando o Brasil.

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  • 2. VISO GERAL DA SITUAO ATUAL DOSRESDUOS SLIDOS NO BRASIL

    2.1 SNTESE

    A abrangncia dos servios de coleta de resduos slidos no Brasil ampla, pois constata-se que so realizados por 5.475 dos 5.507 municpios brasileiros.

    Porm, se por um lado 99,41% dos municpios tm servios de coleta, a cobertura dessesservios dentro da unidade municipal se realiza parcialmente, quando aparece um dosgrandes diferenciais regionais brasileiros. Enquanto na regio Norte apenas 125municpios, 28%, apresentam mais de 80% de cobertura dessa modalidade, na regioSudeste esse nmero est na casa de 78,9% de domiclios atendidos pelos servios.

    Para a universalizao do servio de coleta no Brasil so necessrios incrementos deatendimento significativo em cerca de 2.000 municpios com menos de 80% dos domicliosatendidos e incrementos menores em cerca de 1.500 municpios com mais de 80% dosdomiclios atendidos.

    Apenas 1/3 dos municpios que realizam coleta de resduos slidos apresenta atendimentode 100% dos domiclios.

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    De maneira geral, a maioria dos municpios realiza os servios de limpeza urbana, coletade resduos slidos e remoo de entulhos. As diferenas maiores surgem quando soconsiderados os resultados da coleta seletiva e reciclagem.

  • Um nmero reduzido de municpios brasileiros cerca de 451 municpios possuisistema de coleta seletiva. A coleta seletiva e a reciclagem so inexpressivas nas regiesNorte, Nordeste e Centro-Oeste.

    Nessas regies esto localizados apenas 8,2% dos municpios que realizam a coleta seletivae 12,5% dos municpios que praticam a reciclagem.

    No tocante ao destino final dos resduos coletados, constata-se que cerca de 96.302toneladas dirias de resduos slidos domsticos e pblicos tm destinao inadequada(em vazadouro a cu aberto, vazadouro em reas alagadas, aterros controlados, locaisno fixos etc.). Tal fato tem direta relao com a qualidade do meio ambiente em funodos impactos que uma disposio inadequada pode causar.

    Para suprir tal dficit, estimam-se investimentos pr-operacionais, com atendimento detodas as exigncias ambientais, da ordem de R$ 800 milhes (admitindo-se aterrossanitrios com vida til de 20 anos).

    O custo operacional mdio, incluindo tratamento do percolado e provisionamento parafechamento final dos aterros, ascende a R$ 40 milhes/ms.

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  • A crescente urbanizao brasileira fica dramaticamente evidenciada quando da anlisedos dados de gerao dos RSU nas diversas regies metropolitanas das cinco regiesbrasileiras, pois 67,36% dos resduos so gerados nessas reas metropolitanas, quandonovamente destacam-se os diferenciais regionais, pois s a regio Sudeste gera 78,15%dos RSU coletados.

    Os servios de limpeza urbana so desenvolvidos por empresas privadas em cerca de 604municpios, primordialmente aqueles com populao acima de 50 mil habitantes, queconcentram quase 65% da populao brasileira. Estima-se que tais empresas atendamuma populao total superior a 85 milhes de pessoas em todo o pas.

    Por outro lado, este trabalho mostra como expressiva a quantidade de pessoas ocupadasna execuo dos servios pblicos de limpeza urbana: 317.744 pessoas entre funcionriosmunicipais e contratados.

    Se for considerado, adicionalmente, o contingente de pessoas terceirizadas pelas empresasprivadas, as envolvidas com os servios prestados aos grandes geradores urbanos noatendidos pelo servio pblico, as que se dedicam ao tratamento e coleta de resduos deservios de sade e, ainda, a coleta, tratamento e disposio final de resduos industriais,estima-se um total geral de 400.000 empregos diretos proporcionados pelo setor deresduos slidos como um todo. O que evidencia o setor como um dos grandesempregadores de mo-de-obra.

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  • A grande maioria, 4.338 municpios, destina no mximo 5% do oramento municipalpara a execuo dos servios de limpeza urbana e/ou coleta de resduos slidos.

    No universo dos municpios que cobram pela execuo desses servios (45,37%),predomina a cobrana de taxa junto com o IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano.A maioria dos municpios das regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste no cobra pelaexecuo dos servios.

    Quanto situao atual dos resduos de servios de sade no Brasil, o aspecto positivo que 3.466 municpios coletam separadamente esses resduos dos demais resduos slidosurbanos, porm logo a seguir os dados so negativos, j que 2.569 municpios descartamos resduos de maneira inconveniente, em vazadouros ou aterros, sendo reduzida aquantidade tratada por tecnologias que eliminam ou inertizam a periculosidade dessesresduos.

    A exceo o estado de So Paulo, onde 106 municpios grandes geradores deste resduoso responsveis pelo tratamento de 94% dos resduos de servios de sade gerados noestado. Estudo realizado pela prpria ABRELPE mostra que existe uma capacidade instaladade 7.000 t/ms de tratamento para uma demanda atual de 5.000 t/ms.

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    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • Para os resduos industriais comuns coletados pelos municpios, o levantamento indica aexistncia de 674 municpios que fazem a coleta de resduos slidos industriais, sendoque 53,43% desses municpios pertencem s regies metropolitanas.

    Quando se analisa o universo dos municpios brasileiros com servios de limpeza urbanae/ou de coleta de resduos slidos urbanos (5.475 municpios), verifica-se que apenas8,23% desses municpios possuem servio de coleta seletiva.

    No Brasil estima-se que 2.680.383 residncias participam de sistemas de coleta seletiva,representando 4,94% do total de domiclios particulares permanentes existentes no pas(54.265.618 em 2000, segundo o IBGE).

    Com uma produtividade diria de 4.290 toneladas, a coleta seletiva nas regies Sul eSudeste respondem juntas por 91,79% dos municpios.

    Ainda so apresentados dados que mostram uma triste realidade brasileira. A prticapredominante de dest inar os res duos em vazadouros a cu aberto propic ia odesenvolvimento de uma classe social miservel, o catador de lixo.

    Novamente poder ser observado que a concentrao de gerao, como nos resduosslidos urbanos, acontece nas regies metropolitanas e no aspecto dos diferenciaisregionais pe novamente em evidncia o Sudeste, onde a gerao na rea metropolitana da ordem de 77,32%.

    Na rea dos resduos slidos industriais observa-se uma carncia de informaes,destacando-se levantamento efetuado pela FGV/ABETRE, para alguns estados brasileiros(So Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paran, Pernambuco e Gois).

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  • Foi identificado um total de 24.340 catadores, sendo que uma parcela significativa(22,25%) do total com idade informada corresponde a crianas com at 14 anos.

    Nas regies Nordeste e Sudeste est localizado o maior nmero de catadores, refletindoa luta pela sobrevivncia nas regies mais pobres e na periferia dos centros mais avanadosdo pas.

    Merece destaque a ao liderada pela UNICEF, que atravs do programa Lixo e Cidadaniamobiliza os cidados e administradores pblicos para, numa primeira fase, encaminharas crianas que trabalham nessa atividade para escolas e outras atividades ldicas eeducativas, atravs de programas bolsa-escola e outros similares.

    Quanto reciclagem, dados da ABAL mostram que o Brasil j teria atingindo (em 2002)um ndice de 87% de reciclagem desse material, nvel superior a todos os demais pasespesquisados (Argentina = 78%, mdia Europa = 46%, EUA = 53% e Japo = 83%).

    Tambm expressivos foram os ndices de reciclagem de vidro e papel em 2002, onde oprimeiro atingiu a 44%, segundo a ABIVIDRO, e o segundo atingiu a 41%, conforme oCEMPRE.

    J no to expressivo o ndice de reciclagem dos plsticos rgidos e filmes consumidosno Brasil, dos quais apenas 17,5% retornam produo como matria-prima. No entanto,a reciclagem de embalagens PET alcanou um ndice de 32,9% em 2001, segundo aABIPET.

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  • 2.2 RESDUOS SLIDOS URBANOS

    A cobertura dos servios de limpeza urbana e/ou de coleta de resduos slidos urbanosatinge cerca de 5.475 municpios brasileiros num universo de 5.507 municpios.

    A tabela 1 mostra que, nesse universo de municpios com servios, o percentual dosdomiclios com resduo slido coletado varia muito de acordo com as grandes regiesbrasileiras.

    Assim, na Regio Norte apenas 125 dos 445 municpios com servios de limpeza urbanae/ou coleta de resduo slido (28%) apresentam mais de 80% dos domiclios com resduoslido coletado. J na Regio Sudeste, 1314 dos 1666 domiclios (78,9%) possuem talnvel de atendimento.

    Considerando todas as regies brasileiras, constata-se que 60,15% dos municpiospossuem domiclios com mais de 80% do resduo slido coletado, sendo que apenas 1/3dos municpios brasileiros apresenta 100% de atendimento com coleta de resduo slidodomstico.

    Panorama dos Resduos Slidos

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  • Na tabela 2 est identificada a natureza dos servios de limpeza urbana e/ou coleta deresduo slido segundo as grandes regies brasileiras, considerando o total de municpiose o total de municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta.

    De maneira geral, a maioria dos municpios realiza os servios de limpeza urbana, coletade resduos slidos e remoo de entulhos. As diferenas surgem quando so consideradosos resultados da pesquisa quanto coleta seletiva, reciclagem e coleta de resduosespeciais.

    A coleta seletiva e a reciclagem so inexpressivas nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nessas regies esto localizados apenas 8,2% dos municpios que realizam a coletaseletiva e 12,5% dos municpios que praticam a reciclagem.

    J com relao coleta de resduos slidos especiais a situao melhora, mas ainda assimo percentual dos municpios dessas regies que possuem esse tipo de servio inferiorao observado nas regies Sudeste e Sul.

    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais20

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • A tabela 3 ilustra a distribuio das unidades de destinao final dos resduos slidosurbanos coletados segundo os distritos com servios de limpeza urbana e/ou coleta deresduos, notando-se uma esmagadora maioria de distritos com vazadouro a cu aberto(lixo) ou em reas alagadas correspondendo a 72,25% do universo pesquisado.

    A tabela 4 apresenta, por tipo de destinao final, a quantidade diria de resduo slidourbano coletado, em 2000, segundo as grandes regies. A regio Sudeste responde por62% dos resduos slidos urbanos coletados (141.618 t/dia) enquanto a regio Norterepresenta a menor participao na gerao (4,85% 11.067 t/dia).

    Panorama dos Resduos Slidos

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  • Em termos de destinao final, observa-se um certo equilbrio entre os volumes dispostosem aterros controlados e em aterros sanitr ios (84.575 t /d ia e 82.640 t /d ia,respectivamente), persistindo ainda um volume considervel de resduos dispostos emvazadouros a cu aberto ( l ixo) e em reas alagadas (48.321 t/dia e 232 t/dia,respectivamente), representando, juntos, 21,25% do volume total dirio gerado no Brasil.

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  • Panorama dos Resduos Slidos

    no Brasil

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  • A participao percentual das regies metropolitanas na gerao de resduos slidos

    urbanos no Brasil de 67,36%, refletindo a distribuio espacial da populao concentrada

    no entorno das capitais e das regies metropolitanas de cada estado. Nesse contextodestaca-se a regio Sudeste, onde as regies metropolitanas so responsveis por 78,15%

    do total de resduos slidos urbanos coletados.

    A tabela 5 apresenta como se d a concentrao da gerao dos resduos slidos urbanoscoletados no Brasil nas grandes regies, regies metropolitanas (incluindo as capitais) eos demais municpios.

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  • Considerando apenas os resduos slidos domstico e pblico, cujaquantidade total diria estimada em 125.281 toneladas e 36.546toneladas, respectivamente4 , foi preparada a tabela 6, apresentadaa seguir, mantendo a mesma proporcionalidade observada entreos volumes de resduos domsticos e o volume dos resduos slidosurbanos, para estimar a quantidade diria de resduos por unidadede destino final.

    NOTA:

    4. Pesquisa Nacional deSaneamento Bsico -PNSB - 2000 - tabela 10,pginas 52 e 53.

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  • Agregando os volumes de resduos slidos, cuja unidade de destino final era aterrosanitrio, estao de compostagem, estao de triagem e incinerao e separando-osdos demais valores, determinou-se os volumes de resduos (domsticos + pblico) queno possuem destinao adequada, por grande regio do pas, conforme mostrado natabela 7.

    A maioria (59,51%) dos resduos slidos (domstico + pblico) gerados no pas no possuidestino final adequado, sendo que a situao mais grave na regio Norte, onde 86,61%dos resduos domsticos gerados no tm destinao adequada.

    Cerca de 96.302 t/dia de resduos slidos (domstico + pblico) coletadas no pasnecessitam de adequao quando sua destinao final.

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    Dos municpios que possuem servios, 604 contratam empresas particulares, atravs decerca de 752 contratos de prestao de servios conforme mostra a tabela 8, apresentadaa seguir.

  • A grande maioria dos municpios (4.338) que dispem de servios de limpeza pblica e/ou coleta de resduos slidos urbanos destina no mximo 5% do oramento paradesenvolver esses servios, conforme apresentado na tabela 9, no seguimento.

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  • A tabela 10 apresenta a quantidade de municpios, com servios de limpeza urbana e/oucoleta de resduos slidos urbanos, com cobrana pelos servios executados e de acordocom o tipo de cobrana.

    Cerca de 45,37% dos municpios (2.484) fazem cobrana pelos servios executados,prevalecendo a modalidade de taxa apresentada junto com o IPTU Imposto Predial eTerritorial Urbano (empregada em 2.310 municpios).

    Dentre os municpios que no cobram pelos servios, predominam os municpios dasregies Norte (77%), Nordeste (83%) e Centro-Oeste (72%).

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  • O setor de limpeza pblica e/ou coleta de resduos slidos urbanos no Brasil ocupava, noano 2000, 317.744 pessoas, conforme mostra a tabela 11, em atividades de varrio ecapina, coleta de resduo, coleta de resduo especial, execuo de servios especiais,tratamento e destino final, motoristas, atividades administrativas e outras atividades.

    Constata-se que 80,58% do pessoal ocupado nesses servios pertencem ao quadropermanente das empresas municipais, enquanto 19,42% correspondem a pessoalcontratado ou terceirizado.

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  • 2.3 RESDUOS DE SERVIOS DE SADE

    Os RSS, apesar de representarem em torno de 2% da quantidadetotal dos resduos gerados no pas, tm um papel importante nocenrio da sade pblica por constiturem uma fonte potencial deorgan ismos patogn icos , pe lo carter in fectante de seuscomponentes e pela heterogeneidade de sua composio, j quepode conter substncias txicas, perfurantes e cortantes. Sedestinados inadequadamente, colocam em risco a sade pblica eo meio ambiente5.

    As tabelas 12 e 13, no seguimento, resumem as informaesrelativas ao estado de So Paulo.

    NOTA:

    5. Grupo de Trabalhosobre Poltica Estadual deResduos Slidos - Painel:Resduos de Servios deSade - ABRELPE.

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  • Um percentual significativo dos municpios, no estado de So Paulo, no trata os resduosde servios de sade gerados nos ambulatrios, hospitais, laboratrios, clnicas, clnicasdentrias, clnicas veterinrias, farmcias, institutos de pesquisas biolgicas e biotrios,entre outros. Entretanto a quantidade estimada de resduos de servios de sade geradosnos municpios que no tratam esses resduos representa apenas 6% da quantidade total.

    Embora concentrada na metade centro-leste do estado, a capacidade de tratamento dasunidades j licenciadas (7.000 t/ms) supera com folga a demanda atual, da ordem de5.000 t/ms.

    No Brasil a situao referente aos resduos de servios de sade mostrada nas tabelas14 e 15, a seguir. Dos 5.475 municpios brasileiros dotados de servio de limpeza urbana,63,3%, ou seja, 3.466 municpios, coletam resduos de servios de sade. A grande maioria(2.569) desses municpios destina os resduos coletados para o mesmo local dos demaisresduos (vazadouro ou aterro). Apenas 15% utilizam aterros de resduos especiais.

    Na tabela 14 so considerados, sem distino, os resduos de servios de sade coletadose destinados Sem tratamento ou Aps tratamento.

    Considerando apenas os municpios que utilizam aterros de resduos especiais, destacam-se as regies Sul e Sudeste com 442 municpios num universo de 539 municpios, ouseja, 82% do total.

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  • No seguimento, a tabela 15 mostra a existncia e tipo de tratamento de resduos nouniverso dos municpios que coletam resduos de servios de sade no Brasil. Em 33,81%no feito qualquer tipo de tratamento antes da disposio final. Em 35,6% dessesmunicpios o tratamento consiste na queima dos resduos a cu aberto ou em fornos. Oemprego de incineradores, microondas e autoclaves, conforme preconiza a legislao,representa algo em torno de 18% desses municpios.

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  • A implantao de novas unidades de tratamento se deu principalmente a partir de meadosda dcada de 90, em atendimento Resoluo CONAMA n05/93, principalmente noestado de So Paulo, e em substituio a antigos fornos e incineradores, operandototalmente fora dos atuais padres exigidos pelos rgos ambientais. Trs novastecnologias alternativas aos incineradores j operam no Brasil: microondas, ETD Desativao Eletrotrmica e autoclave.

    Com investimentos da iniciativa privada, o Brasil j conta com uma capacidade instalada,para tratamento, de pelo menos 250 toneladas por dia de RSS, com mais cerca de 60 t/diaem implantao, sendo que 90% dessa capacidade instalada concentram-se no estadode So Paulo, que dispe de todos os tipos de tecnologias j presentes no Brasil, todaselas devidamente licenciadas pelos rgos ambientais.

    A atual capacidade instalada pelo setor privado corresponde a 40% da demanda brasileirapor tratamento de RSS (base no PNSB). Em So Paulo, a capacidade instalada j supera ademanda do estado, com unidades de tratamento localizadas em 12 diferentes localidades.

    No Brasil, j so mais de 25 localidades atendendo regionalmente. Atualmente mais de15 empresas tm forte atuao no segmento de tratamento de RSS, concentradas nasregies Sul e Sudeste.

    Em importantes capitais brasileiras, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianpolis,os RSS ainda no recebem qualquer tratamento prvio disposio final.

    A tabela 16 apresenta as quantidades dirias de resduos coletadas nas unidades de sadenos municpios brasileiros que coletam esse tipo de resduo.

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    Das 4.072 toneladas de RSS coletados diariamente nos estabelecimentos de sade, cercade 800 toneladas (2%) necessitam de tratamento especial, conforme as resolues doCONAMA.

  • A participao percentual das regies metropolitanas na geraode resduos de servios de sade no Brasil de 67,71% similaraos valores obtidos para os resduos slidos urbanos, refletindo aconcentrao dos serv ios de sade nas capitais e regiesmetropolitanas de cada estado. Nesse contexto, destaca-se a regioSudeste, onde as regies metropolitanas so responsveis por77,32% do total de resduos de servios de sade coletados.

    2.4 RESDUOS SLIDOS INDUSTRIAIS

    2.4.1 Generalidades

    Neste item a abordagem necessariamente ser diferenciada,compilando-se as informaes relativas aos resduos industriaisperigosos em separado das informaes relativas aos resduosindustriais comuns, ou seja, a parcela dos resduos industriais quepode ser disposta com os resduos slidos urbanos.

    2.4.2 Resduos Industriais Perigosos

    Correspondem aos resduos gerados pelas atividades industriais comcaractersticas diversificadas, pois dependem do tipo de produtomanufaturado, sendo classificados em Classe I (Perigosos), ClasseII (No-Inertes) e Classe III (Inertes)6 .

    So classificados como resduos Classe I ou perigosos os resduoss l idos ou mis tura de res duos que , em funo de suascaractersticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,toxicidade e patogenicidade, podem apresentar risco sadepbl ica, provocando ou contr ibuindo para um aumento demortalidade ou incidncia de doenas e/ou apresentar efeitosadversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos deforma inadequada.

    So classificados como Classe II ou resduos no inertes os resduosslidos ou mistura de resduos slidos que no se enquadram naClasse I perigosos ou na Classe III inertes. Estes resduospodem ter p ropr iedades ta i s como combust ib i l idade ,biodegradabilidade ou solubilidade em gua.

    So classificados como Classe III ou resduos inertes os resduosslidos ou mistura de resduos slidos que, submetidos ao teste desolubilizao (Norma NBR 10006 Solubilizao de Resduos Procedimento) no tenham nenhum de seus const ituintessolubilizados, em concentraes superiores aos padres definidosna Listagem 8 Padres para o teste de solubilizao.

    NOTAS:

    6. ABNT. 1987. Resduosslidos - Classificao;NBR 10004.

    7. Panorama dasEstimativas de Geraode Resduos Industriais -ABETRE/FGV/EAESP - SoPaulo - SP.

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  • Recentemente (maio de 2003) a FGV Fundao Getl io Vargas, em estudoencomendado pela ABETRE Associao Brasileira de Empresas de Tratamento de Resduos,apresentou um panorama atual dos inventrios de resduos slidos industriais no Brasil7 .

    Um dos objetivos principais consistia em viabilizar a projeo estimativa do mercado deresduos industriais no Brasil, por estado e por segmento industrial. Estes indicadores, namedida do possvel, deveriam relacionar a produo industrial e a gerao de resduosem cada segmento industrial relevante7.

    O projeto se caracterizou fundamentalmente como sendo de gesto de conhecimentoem funo da impossibilidade da realizao de levantamentos detalhados ou pesquisasjunto ao setor industrial no mbito do contrato7.

    So fornecidas informaes sobre o andamento do Programa Nacional de Inventriosde Resduos Slidos Industriais, implementado, em 2000, pela SQA Secretaria deQualidade Ambiental do Ministrio do Meio Ambiente e os principais inventrios emexecuo7. O primeiro estado a concluir o inventrio foi o Paran em dezembro de 2002.

    destacada e apresentada a experincia FEPAM no Rio Grande do Sul, que contemplou acriao de indicadores que relacionam a produo industrial e a gerao de resduos7.

    relatada a experincia internacional no tocante a estimativas ou projees de geraode resduos industriais e tambm discutida a insuficincia de indicadores em nvel nacionale internacional e as conseqentes dificuldades para a realizao de projees visandoestimar a gerao global de resduos industriais no Brasil7.

    Trata da aplicabilidade das metodologias internacionais realidade brasileira e apresentapropostas que podero ser adotadas pelos organismos ambientais nacionais, sobretudono pertinente adeso do Brasil ao modelo PRTR Pollution Release Transfer Register.Adicionalmente procura conciliar o desenvolvimento concomitante dos indicadores wastefactor e emission factor, prestigiando o prosseguimento dos inventrios na formapreconizada pelo MMA/IBAMA7.

    Na concluso, o trabalho enfatiza a necessidade da configurao de ambos indicadores,bem como a elaborao de tcnicas que respaldem as estimativas que devem ser realizadas.Recomenda que a abordagem a estes temas deve-se fazer aproveitando-se ao mximo oknow how internacional e prestigiando o intercmbio de informaes7.

    Destaca tambm o papel protagnico que vem sendo ocupado pelas indstrias (em outrospases) na realizao de estimativas de gerao de resduos e emisso de substnciastxicas, sugerindo uma possvel redistribuio de responsabilidades no modelo brasileiro7.

    Em termos mais imediatos, o trabalho indica alternativas que favoreceriam uma reduode custos e tempos na execuo dos inventrios estaduais. Finalmente identifica novasoportunidades e tendncias de mercado que podero levar as empresas de tratamentode resduos a uma diversificao em seus produtos e servios7.

    A tabela 17 apresenta dados de gerao de resduos slidos industriais no Brasil compiladospela GV-Consult da FGV Fundao Getlio Vargas no estudo.

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  • Observa-se que os resduos industriais perigosos (classe I) representam a menor parcelana composio dos resduos (variando entre 0,3% Gois e 12,6% do volume totalgerado no Rio Grande do Sul).

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  • 2.4.3 Resduos Industriais Comuns

    Os resduos industriais comuns so aqueles que, coletados pelos servios municipais delimpeza urbana e/ou coleta de resduos slidos, podem ter o mesmo destino final que osresduos slidos urbanos.

    Normalmente no considera as grandes indstrias geradoras que necessitam contratarempresas privadas para a coleta e destinao final, pois em alguns municpios a coletapblica est l imitada a uma determinada tonelagem. Desse universo no foramidentificados dados.

    A tabela 18 apresenta, para o universo dos municpios com servios de limpeza pblicae/ou coleta de resduos slidos urbanos, a quantidade de municpios, por controle dadisposio final dos resduos slidos industriais.

    A grande maioria dos municpios (88,4%) com servios de limpeza urbana e/ou coleta deresduos slidos, no controla a disposio do resduo slido industrial, segundo os dadosda PNSB 2000.

    Esse dado reflete a responsabilidade do gerador de resduos especiais perigosos ou degrande vulto pelo seu tratamento e destinao final, e muito provavelmente osmunicpios, que efetuam coleta de resduos industriais, o fazem prioritariamente comrelao aos resduos industriais comuns, ou seja, aqueles passveis de disposio conjuntacom os resduos slidos urbanos.

    Reflete tambm o fato que cabe aos OEMAs (rgos Estaduais do Meio Ambiente) olicenciamento, superviso e fiscalizao dos regulamentos ambientais.

    No que se refere aos resduos industriais perigosos ou de grande vulto importantedestacar que: a atuao da Prefeitura deve voltar-se promoo, ao incentivo ao setorprivado para que implemente solues compatveis, permitindo a disposio final de taisresduos sem riscos para o municpio8 .

    A tabela 19 apresenta a destinao final do resduo industrial segundo os municpios querealizam a coleta desses resduos.

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  • NOTA:

    8. PREFEITURAMUNICIPAL DECAMPINAS - SP. 1996Campinas: A Gesto dosResduos SlidosUrbanos.

    A maioria absoluta dos municpios que coletam resduos industriais utiliza vazadouro(lixes) ou aterro para disposio final dos resduos. Apenas 8,26% desses municpiosdispem os resduos industriais em aterro de resduos especiais.

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  • A tabela 20 a seguir apresenta a quantidade de resduo industrial coletado nas grandesregies, regies metropolitanas e demais municpios.

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  • 2.5 COLETA SELETIVA E RECICLAGEM

    2.5.1 Generalidades

    No seguimento esto apresentadas as abordagens relativas situao da coleta seletiva (item 2.5.2) e da reciclagem (2.5.3) nopas.

    2.5.2 Coleta Seletiva

    A coleta seletiva de resduos um sistema de recolhimento demateriais reciclveis, tais como papis, plsticos, vidros, metais eorgnicos previamente separados na fonte geradora, paraposterior venda s indstrias recicladoras ou aos sucateiros9 .

    A meta principal de um programa de coleta seletiva a reduo daquantidade de resduos sl idos urbanos encaminhada paradisposio final em aterros sanitrios.

    NOTA:

    9. Lixo Municipal -Manual deGerenciamentoIntegrado - IPT /CEMPRE. 2000.

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  • De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico, 451 municpios brasileirospossuam coleta seletiva de resduos em 2000. Estimava-se que 2.680.383 residnciasparticipavam do sistema de coleta seletiva, obtendo-se uma quantidade diria de resduosde 4.290 t/dia.

    A distribuio do volume dirio de resduos coletados e das residncias participantes dosistema de coleta seletiva esto apresentadas na tabela 21, no seguimento.

    As regies Sul e Sudeste respondem juntas por 91,79% dos municpios que realizamcoleta seletiva de resduos, estimando-se uma coleta diria de 3.902 toneladas de resduos.

    Cerca de 96,36% das residncias envolvidas na coleta seletiva esto localizadas nas regiesSul e Sudeste.

    O nmero estimado de residncias que participam do sistema de coleta seletiva (2.680.383)representa 4,94% do total de domiclios particulares permanentes existentes no pas(54.265.618 em 2000, segundo o IBGE).

    Quando se analisa o universo dos municpios brasileiros com servios de limpeza urbanae/ou de coleta de resduos slidos urbanos (5.475 municpios), verifica-se que apenas8,23% desses municpios possuem servio de coleta seletiva.

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    A tabela 22 a seguir mostra a quantidade de municpios que tm coleta seletiva e querecuperam determinado material, segundo as grandes regies.

  • Dessa forma, dos 451 municpios brasileiros com servio de coleta seletiva de resduos,cerca de 436 recuperam papel e/ou papelo, 422 recuperam plstico, 412 recuperamvidros e 387 municpios recuperam metais ferrosos e no-ferrosos, consistindo essesmateriais na tipologia mais frequente.

    A tabela 23 identifica o principal receptor da coleta seletiva, segundo as grandes regies.

    Observa-se que a maioria dos municpios, com servio de coleta seletiva, tem comoprincipais receptores comerciantes de materiais reciclveis e indstrias recicladoras.

    2.5.3 Reciclagem

    A publicao recente da 2a edio (revista e ampliada) do documento Lixo Municipal:Manual de Gerenciamento Integrado, concebida e organizada pelo IPT Instituto dePesquisas Tecnolgicas e CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem, constituiuma fonte atualizada das questes envolvendo a problemtica de resduos slidos eespecialmente do processamento desses resduos.

    Esse t raba lho 10 apresenta a composio mdia dos principais materiais reciclveisrecuperados em sistemas de coleta seletiva no Brasil e algumas capitais do pas comoCuritiba, Belo Horizonte e Porto Alegre, conforme apresentado na tabela 24 a seguir.

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  • No processamento dos resduos, pode-se considerar diversas formasde reciclagem: de matria orgnica (compostagem); de papel; deplstico; de vidro; de metal; de entulhos; e outros materiais.

    No Brasil existem usinas de triagem e compostagem de resduosslidos urbanos domiciliares utilizando tanto o mtodo naturalquanto o acelerado. As instalaes pelo mtodo acelerado estolocalizadas em Boa Vista (RO), Belm (PA), Belo Horizonte (MG),Uberaba (MG), Rio de Janeiro (RJ), So Jos dos Campos (SP), SantoAndr (SP) e So Paulo (SP)11 .

    O Brasil o oitavo produtor mundial de pasta celulsica e o dcimoprimeiro de papel. O prprio perfil da produo brasileira de papel 46% de papis para embalagem, material que favorece o usode fibras secundrias, faz com que o pas tenha alto ndice dereciclagem. O Brasil reciclou, no ano de 1998, 35% do papelexistente (produo mais importao menos exportao)12 .

    Em torno de 41% do papel que circulou no pas em 2002 retornou produo atravs da reciclagem. Para este clculo, considerou-sea produo total e o consumo aparente. A maior parte do papeldestinado reciclagem, cerca de 86%, gerado por atividadescomerciais e industriais. Cerca de 77,3% do volume total de papelondulado consumido no Brasil reciclado13 .

    Atualmente so recicladas cerca de 13 mil toneladas de plsticospor ms, em toda Grande So Paulo. Os plsticos ps-consumoso responsveis por 49% do total reciclado pelos 180 recicladoresda Grande So Paulo que reciclam 16% do total produzido. No Riode Janeiro so reciclados 18,6% do total13.

    As resinas plsticas em 2002 foram destinadas para embalagens(39,73%), construo civil (13,67%), descartveis (11,55%),componentes tcnicos (8,04%), agrcola (7,67%), uti l idadesdomsticas (4,72%), outros (14,62%)13.

    Cerca de 17,5% dos plsticos rgidos e filme consumidos no Brasilretornam produo como matria-prima, o que equivale a cercade 200 mil toneladas por ano. Deste total, 60% provm de resduosindustr ia i s e 40% do l i xo urbano, segundo est imat iva daABREMPLAST (Associao Brasileira de Recicladores de MateriaisPlsticos)13.

    A demanda para embalagens PET Poli (Tereftalato de Etileno) noano 2001, no Brasil, foi de 270.000 toneladas, com reciclagem ps-consumo da ordem de 89.000 toneladas, representando um ndiceda ordem de 32,9%, de acordo com dados da Associao Brasileirade Embalagens PET ABIPET14 .

    NOTAS:

    10. Lixo Municipal -Manual deGerenciamentoIntegrado - IPT /CEMPRE - 2000, pgina40.

    11. Idem, pgina 120.

    12. Lixo Municipal -Manual deGerenciamentoIntegrado - IPT /CEMPRE - 2000, pgina140.

    13. www.cempre.org.br.

    14. www.abipet.org.br.

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  • O PET pode ser reciclado de trs maneiras diferentes14:

    Reciclagem qumica: utilizada tambm para outros plsticos, separa os componentesdo PET, fornecendo matria-prima para solventes e resinas, entre outros produtos.

    Reciclagem energtica: o calor gerado com a queima do produto pode ser aproveitadona gerao de energia eltrica (usinas termeltricas), alimentao de caldeiras e altos-fornos.

    Reciclagem mecnica: praticamente todo o PET reciclado no Brasil passa pelo processomecnico, que pode ser dividido em:

    RECUPERAO nesta fase, as embalagens que seriam atiradas no lixo comumganham o status de matria-prima;

    REVALORIZAO as garrafas so modas, ganhando valor no mercado;

    TRANSFORMAO fase em que os flocos, ou o granulado, sero transformadosnum novo produto, fechando o ciclo.

    Os transformadores utilizam PET reciclado para fabricao de diversos produtos, tais comofibra polister, no tecido, cordas, resina insaturada, embalagens, cerdas, fitas de arquearetc.

    A reciclagem de vidro no Brasil hoje atinge no somente os estados das regies Sul eSudeste (como em 1991). Existem no Brasil 45 projetos ativos de reciclagem em 10 estados,entre eles Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e Cear, alm dosestados das regies Sul e Sudeste excluindo o Esprito Santo15 .

    Segundo a Associao Brasileira das Indstrias Automotivas de Vidro ABIVIDRO16 , ondice de reciclagem no Brasil vem evoluindo de 15%, em 1991, para 44%, em 2002.

    Esses 44% das embalagens de vidro, recicladas no Brasil, somam 390 mil t/ano. Dessetotal, 40% oriundo da indstria de envaze, 40% do mercado difuso, 10% do canalfrio (bares, restaurantes, hotis etc.) e 10% do refugo da indstria17 .

    Os metais, na forma de sucata, tm grande importncia na indstria metalrgica brasileira.A quantidade de metal recuperado corresponde a cerca de 50% da produo de chumbo,25% de cobre, 14% de alumnio e 20% de ao18 .

    Quanto s embalagens de alumnio, em 1998 o Brasil apresentava um ndice de reciclagemde latas de alumnio igual a 65%, superior a pases como Argentina (50%), Europa (41%)e EUA (63%) e prximo ao ndice do Japo (74%)19 .

    De acordo com dados da Associao Brasileira de Alumnio ABAL, em 2002 o Brasil jteria atingindo um ndice de 87% de reciclagem, superior a todos os pases pesquisados(Argentina = 78%, mdia Europa = 46%, EUA = 53% e Japo = 83%)20 .

    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais50

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • A quantidade de entulho (apenas para aterros pblicos), no totaldos resduos slidos urbanos, tem sido alta, variando entre 51%em massa em Belo Horizonte (MG) e 68% em massa, em So Josdos Campos (SP)21 .

    Dados de 1997 indicaram a existncia de 8 (oito) instalaes dereciclagem municipais no Brasil: duas em Belo Horizonte e as demaisem So Paulo (SP), Ribeiro Preto (SP), So Jos dos Campos (SP),Piracicaba (SP), Londrina (PR) e Muria (MG), sendo que atualmentea usina de recic lagem da cidade de So Paulo encontra-sedesativada, pois houve o esgotamento do aterro (Itatinga, zona sul)22.

    Os pneus, as pilhas, as lmpadas fluorescentes e os resduoscontidos em embalagens de material de limpeza, inseticidas,herbicidas, cosmticos, tintas, remdios, que so liberados quandoas embalagens so destrudas, merecem ateno especial devidoaos problemas de sade e de impacto ambiental que podem causar.

    No Brasil o descarte de pneus em aterros sanitrios, mar, rios, lagosou riachos, terrenos baldios ou alagadios e a queima a cu abertoesto proibidos pelo CONAMA atravs da Resoluo n 258/99.

    Essa resoluo estabelece que os fabricantes e importadores depneus devem coletar e dar uma destinao adequada a pneusinservveis, ou seja, aqueles que no possam mais ser reformados,de forma escalonada, a partir de janeiro de 2002.

    As pilhas e baterias tambm tm o seu problema de descarteequacionado pelas Resolues No 257/99 e 263/99 do CONAMA,que disciplinam o descarte e gerenciamento ambientalmenteadequado de pilhas e baterias usadas.

    Para as lmpadas de descargas de gases, incluindo as lmpadas devapor de mercrio, de vapor de sdio, de luz mista e lmpadasfluorescentes, no existe legis lao brasi le ira que proba adisposio das mesmas com os demais resduos slidos urbanos.

    O processo de reciclagem de lmpadas fluorescentes conhecidoe praticado no Brasil e consiste na destruio da lmpada de formacontrolada; o vidro separado do soquete e descontaminado,retornando produo de lmpadas ou sendo usado na composiode esmalte na vitrificao de cermicas. O soquete vendido comosucata de alumnio e o mercrio filtrado e encaminhado parafabricantes de cloro-soda, pilhas, baterias e tambm lmpadas23 .

    A tabela 25 apresenta, por grupo de idade, a quantidade decatadores de resduos nas unidades de destino final de resduosslidos urbanos, por grandes regies.

    NOTAS:

    15. Lixo Municipal -Manual deGerenciamentoIntegrado - IPT /CEMPRE - 2000, pgina166.

    16. www.abividro.org.br.

    17. www.cempre.org.br.

    18. Idem, pgina 172.

    19. Idem, tabela 1,pgina 175.

    20. www.abal.org.br.

    21. Lixo Municipal -Manual deGerenciamentoIntegrado - IPT /CEMPRE - 2000, tabela 1,pgina 180.

    22. Lixo Municipal -Manual deGerenciamentoIntegrado - IPT /CEMPRE - 2000, pgina180.

    23. Idem, pgina 197.

    Panorama dos Resduos Slidos

    no Brasil

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    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais

  • Foi identificado um total de 24.340 catadores, incluindo aqueles sem idade informada,sendo que uma parcela significativa (22,25%) do total com idade informada correspondea crianas com idade at 14 anos.

    Nas regies Nordeste e Sudeste est localizado o maior nmero de catadores, refletindoa luta pela sobrevivncia nas regies mais pobres e na periferia dos centros mais avanadosdo pas.

    Merece destaque a ao liderada pela UNICEF, que atravs do programa Lixo e Cidadaniamobiliza os cidados e administradores pblicos para, numa primeira fase, encaminharas crianas que trabalham nessa atividade para escolas e outras atividades ldicas eeducativas, atravs de programas bolsa-escola e outros similares.

    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais52

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • Objetiva tambm a capacitao dos catadores em outras atividades ou na prpria atividadede recuperao de materiais, mas em melhores condies de salubridade, organizadosem cooperativas ou associaes onde o seu trabalho seja valorizado e onde possa seragregado valor aos produtos recuperados, com vista aumentar a sua renda quando foremcomercializados.

    Panorama dos Resduos Slidos

    no Brasil

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  • 3. CONCLUSES E RECOMENDAES

    O trabalho apresentado uma compilao produzida a partir de informaes atuaisdisponibilizadas sociedade. So dados gerados por um elenco de 57 organizaes e

    entidades (citados no item 4.4) que formatam uma viso, ainda incompleta, da situao

    dos resduos slidos no Brasil. H lacunas a serem preenchidas ano a ano em futurasedies, de forma a tornar o panorama um retrato fiel da realidade brasileira.

    importante destacar que este estudo s foi possvel graas a tais fontes. A ABRELPE

    agradece o empenho dessas instituies e as incentiva a continuarem com suas preciosascontribuies. Dentro das possibilidades, a associao manter um contato interativo

    com essa rede, o que significa buscar trabalhos segmentados ou gerais que venham a

    refletir no seu conjunto o desejado panorama do pas. Tambm nos colocamos disposiodas referidas entidades para receber orientaes e atualizaes que ajudem a dar maior

    consistncia s futuras compilaes.

    Por enquanto, o item que mais carece de dados o de resduos industriais. E, nesse

    ponto, alm do trabalho que j vem sendo realizado pelos rgos estaduais de meioambiente, a ABRELPE ressalta a importncia da criao de uma legislao mais especfica.

    Um sistema de autodeclarao obrigatria sobre gerao, transporte, estocagem e

    destinao final de resduos seria um instrumento fundamental de planejamento queviabilizaria a obteno, j no primeiro ano de implementao da medida, de um cadastro

    geral. Para viabilizar a autodeclarao, seria interessante a proposio de um tipo de

    concordata ambiental para geradores com passivos pr-existentes. Ao suspendertemporariamente os efeitos da responsabilidade do gerador durante o prazo de sua

    vigncia, essa concordata conferiria a necessria segurana jurdica ao gerador perante o

    poder pblico e a comunidade, possibilitando-o a dar destino ambientalmente adequadoa seus passivos.

    Por fim, todos os indicadores trazidos neste trabalho revelam que h um caminho longo

    a ser perseguido para que alcancemos a universalizao dos servios de coleta, tratamentoe destinao final dos resduos slidos. Como a soluo de um problema s possvel

    aps o seu entendimento e quantificao, a ABRELPE acredita estar colaborando

    efetivamente nesse sentido.

    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais54

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • 4. INFORMAES COMPLEMENTARES

    4.1 GLOSSRIO

    Aterro controlado: local destinado ao despejo do resduo slido urbano coletado, embruto, com o cuidado de, aps a jornada de trabalho, cobrir esses resduos com umacamada de terra diariamente;

    Aterro de resduos especiais: local utilizado para despejo de resduos especiais ondeso aplicados mtodos de engenharia para confinar esses resduos em uma rea mnima,reduzindo-os a um volume mnimo, com o cuidado de, aps a jornada de trabalho, cobri-los com uma camada de terra diariamente, ou em perodos mais freqentes;

    Aterro sanitrio: local utilizado para disposio final de resduos slidos urbanos, ondeso aplicados critrios de engenharia e normas operacionais especiais para confinar essesresduos com segurana, do ponto de vista de controle da poluio ambiental e proteo sade pblica;

    Coleta de resduos slidos urbanos: retirada de material slido resultante de atividadedomiciliares, comerciais, pblicas, industriais, de unidades de sade etc., acondicionadosem sacos plsticos e/ou recipientes, ou colocados nas caladas ou logradouros, edestinados a vazadouro, aterro etc.;

    Coleta de resduo especial: coleta de resduo industrial, de unidades de sade, radioativoe lodos provenientes de estaes de tratamento de gua e esgoto, alm de resduos deportos, aeroportos, rodovirias etc.;

    Coleta seletiva: separao e acondicionamento de materiais reciclveis em sacos ourecipientes nos locais onde o resduo produzido, objetivando, inicialmente, separar osresduos orgnicos (restos de alimentos, cascas de frutas, legumes etc.) dos resduosinorgnicos (papis, vidros, plsticos, metais etc.), de forma a facilitar a reciclagem, porqueos materiais, estando mais l impos, tm maior potencial de reaproveitamento ecomercializao;

    Estao de transferncia: edificao apropriada para receber grande quantidade deresduos trazidos por caminhes coletores. Os resduos, geralmente, so prensados,formando-se blocos que facilitam o seu transporte por meio de carretas at o seu destinofinal;

    Incinerao: processo de queima do resduo, atravs de incinerador instalaoespecializada onde se processa a combusto controlada do resduo, entre 800 e 1200C, com a finalidade de transform-lo em material estvel e inofensivo sade pblica,reduzindo o seu peso e volume; e queima a cu aberto combusto do resduo semnenhum tipo de equipamento;

    Panorama dos Resduos Slidos

    no Brasil

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    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais

  • Limpeza urbana: limpeza de vias e logradouros pblicos pavimentados (varredura manualou mecnica) e no pavimentados (capinao, raspagem da terra e roagem), alm delimpeza de monumento, de bocas de lobo e retiradas de faixas e cartazes;

    Reciclagem: separao e recuperao de materiais usados e descartados e que podemser transformados ou reutilizados;

    Remoo de entulhos: remoo de restos de reformas, construes civis etc.normalmente abandonados em locais imprprios, que causam degradao e assoreamentode corpos dgua;

    Resduos de servios de sade: resduos provenientes de hospitais, postos de sade,casa de sade, bancos de sangue e assemelhados. a parcela dos resduos que compreendemateriais contagiosos ou suspeitos de contaminao, e materiais biolgicos como sangue,animais usados em experimentao, excrees, secrees, meios de cultura, rgos,agulhas e seringas, resduos de unidades de atendimento ambulatorial, de laboratriosde anlises clnicas e de sanitrios de internao, de enfermarias etc.;

    Resduos industriais: resduos provenientes de atividades industriais, com composiovariada, dependendo do processo industrial;

    Tratamento de resduo de servio de sade: classificao do tratamento dado aosresduos coletados nas unidades de sade em: incinerador quando os resduos soqueimados em equipamentos prprios, geralmente indicado para tratamento de grandesquantidades de resduos perigosos, atingindo temperaturas acima de 800 C; queima acu aberto quando os resduos so queimados sem nenhum tipo de equipamento;microondas quando os resduos so queimados em forno, atravs da energia dasmicroondas; forno quando so queimados em equipamentos prprios para tratamentode at 150t/dia de resduos, com temperatura inferior a 800 C; autoclave quando omaterial contaminante das unidades de sade passa por processo de esterilizao atravsdo vapor dgua sob presso, onde todos os microorganismos (vrus, bactrias, esporos)so eliminados.

    Usina de compostagem: instalao especializada onde se processa a transformaodos resduos orgnicos em compostos para uso agrcola;

    Usina de reciclagem: instalao apropriada para separao e recuperao de materiaisusados e descartados e que podem ser transformados e reutilizados;

    Vazadouro a cu aberto: local para disposio dos resduos, em bruto, sobre o terreno,sem qualquer cuidado ou tcnica especial, caracterizando-se pela falta de medidas deproteo ao meio ambiente ou sade pblica;

    Vazadouro em reas alagadas: local (corpos dgua) usado para disposio de resduos,em bruto.

    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais56

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • 4.2 INDICADORES

    Segundo a PNSB apenas 8,4% dos municpios, em nmero, pesamefetivamente em balanas os resduos slidos urbanos coletados.Entretanto 64,7% dos resduos slidos urbanos so pesados, vistoque as maiores cidades, responsveis pela maior parte da geraodesses resduos, dispem de equipamentos de medio.

    A produo per capita estimada na pesquisa24 , em funo dosestratos populacionais, apresentada a seguir:

    NOTAS:

    24. Pesquisa Nacionalde Saneamento Bsico -2000, tabela 10,pgina 53.

    25. Panorama dasEstimativas de Geraode Resduos Industriais -2003 - ABETRE/FGV/EAESP.

    Panorama dos Resduos Slidos

    no Brasil

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    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais

  • Quanto aos resduos slidos industriais, no estudo contratado pela ABETRE25 , o trabalhodesenvolvido pelo consultor constatou a absoluta inviabilidade de se estimar, com umarazovel credibilidade, a atual gerao de resduos slidos industriais no pas. Na situaoatual, o levantamento destas informaes dependeria da concluso de todos os inventriosestaduais de resduos, o que certamente demandar um nmero significativo de anos eum volume expressivo de recursos. Mesmo concludos estes inventrios, surgir anecessidade de atualizaes peridicas e igualmente onerosas, o que dever dificultarou at mesmo inviabilizar a disponibilizao de dados atualizados.

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    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • 4.3 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE TRATAMENTO DE RESDUOS ABETRE. 2003. Panorama dasEstimativas de Gerao de Resduos Industriais ABETRE/FGV/EAESP So Paulo SP.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE LIMPEZA PBLICA ABLP. 1999 Curso: Tratamento e Destinao Final de Resduosde Servios de Sade So Paulo SP.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1987. Resduos slidos Classificao; NBR 10004.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1993. Resduos de Servios de Sade Terminologia;NBR 12807.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1993. Resduos de Servios de Sade Classificao;NBR 12808.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1993. Manuseio de Resduos de Servios de Sade Procedimento; NBR 1280.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1993. Coleta de Resduos de Servios de Sade Procedimento; NBR 12810.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1993. Coleta, varrio e acondicionamento de resduosslidos urbanos; NBR 12980.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1994. Transporte de resduos Procedimento; NBR13221.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. 1995. Coleta de resduos slidos Classificao; NBR13463.

    ABREU, M. F. 2001. Do Lixo Cidadania: Estratgias para a Ao CEF Caixa Econmica Federal / UNICEF Frum Nacional Lixo & Cidadania.

    BLOCH, D., ATANASIO F., MAZZOLI M. 1998. Criana, Catador, Cidado: Experincias de Gesto Participativa doLixo Urbano Recife: UNICEF Fundo das Naes Unidas para Infncia.

    CALDERONI, S. 1999. Resduos Slidos: Gesto Integrada, Diagnsticos e Aspectos Econmicos Seminriono Centro de Convenes Gazeta Mercantil Grupo Brasil Ambiente.

    Campani, D. 2003. Resduos Slidos Reduzir e para j ABES Informa Ano 12 Setembro/Outubro 2003.

    CERVONE, B. 1999. Sistema Alternativo de Coleta de Lixo Domiciliar/Comercial e Seletivo Seminrio noCentro de Convenes Gazeta Mercantil Secretaria de Servios e Obras do Municpio de So Paulo.

    CONSRCIO UMAH / PROEMA 1999. Plano Diretor de Resduos Slidos da Regio Metropolitana de So Paulo,CETESB.

    CONSRCIO UMAH / PROEMA 1999. Plano Diretor de Resduos Slidos da Regio Metropolitana da BaixadaSantista, CETESB.

    FERREIRA, P. 1999. As Questes do Lixo Urbano Seminrio no Centro de Convenes Gazeta Mercantil Diretoria de Controle de Poluio Ambiental CETESB.

    FUNASA FUNDAO NACIONAL DE SADE. 2001 Manual de Saneamento Ministrio da Sade Departamento de Saneamento.

    GAZETA MERCANTIL Panorama Setorial. 1998 Saneamento Bsico Volume III.

    GIBIN JR, I. 1999 Destinao/Disposio do Lixo O Tratamento dos Resduos de Servios de Sade Seminriono Centro de Convenes Gazeta Mercantil CAVO Companhia Auxiliar de Viao e Obras.

    Grupo de Trabalho sobre Poltica Estadual de Resduos Slidos SP Painel: Resduos de Servios de Sade ABRELPE.

    IBAM INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAO MUNICIPAL. 1993 Cartilha de Limpeza Urbana CPU Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas do IBAM.

    IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. 2002. Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico PNSB 2000, Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto IBGE Diretoria de Pesquisas Departamentode Populao e Indicadores Sociais.

    IPH INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRULICAS. 1999 Avaliao dos Servios de Limpeza Urbana no Brasil,Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Setor de Saneamento Ambiental.

    Panorama dos Resduos Slidos

    no Brasil

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    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais

  • IPT INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLGICAS. 2000. Lixo Municipal Manual de Gerenciamento Integrado IPT / CEMPRE Compromisso Empresarial Para Reciclagem 2a Edio So Paulo.

    ISAM INSTITUTO DE SANEAMENTO AMBIENTAL. 1999. Sistemas de Coleta Seletiva de Resduos SlidosUrbanos Orientaes Bsicas PUCPR Pontifcia Universidade Catlica do Paran / SEDU Secretaria deEstado de Desenvolvimento Urbano da Secretaria da Presidncia da Repblica.

    ISAM INSTITUTO DE SANEAMENTO AMBIENTAL. 1999. Avaliao TcnicaEconmica e Social de Sistemas deColeta Seletiva de Resduos Slidos Urbanos Existentes no Brasil PUCPR Pontifcia Universidade Catlica doParan.

    MOISS, E. N. 1999. Modelo de Gerenciamento entre Municpios Seminrio no Centro de Convenes GazetaMercantil CEPAM Centro de Estudos e Pesquisas de Administrao Municipal / Fundao Prefeito Faria Lima;

    NUNES MAIA, M. F. S. 1997. Lixo: Solues Alternativas Projees a Partir da Experincia UEFS Feira deSantana Universidade Estadual de Feira de Santana.

    ORTH, M. H. A. 1999. Resduos Slidos de Servios de Sade Seminrio no Centro de Convenes GazetaMercantil Proema Engenharia e Servios 16/06/1999.

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO. 1995 Aspectos Gerais da Limpeza Urbana em So Paulo Cadernode Limpeza Urbana, Secretaria de Servios e Obras Departamento de Limpeza Urbana LIMPURB.

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO. 2000. Caracterizao Quantitativa e Qualitativa dos Resduos SlidosDomiciliares no Municpio de So Paulo, Secretaria de Servios e Obras Departamento de Limpeza Urbana LIMPURB.

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE SO PAULO. 2000. Relatrio Tcnico, Secretaria de Servios e Obras Departamento de Limpeza Urbana LIMPURB, junho de 2000.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS SP. 1996 Campinas: A Gesto dos Resduos Slidos Urbanos Secretariade Servios Pblicos / Secretaria de Administrao Campinas.

    REVISTA ECONMICA DO NORDESTE Volume 26, no 1, janeiro/maro 1995.

    REVISTA ECONMICA DO NORDESTE Volume 27, no 2, abril/junho 1996.

    SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE. 1993. Resduos Slidos e Meio Ambiente no Estado de So Paulo SrieSeminrios & Debates Secretaria de Estado do Meio Ambiente Coordenadoria de Educao Ambiental outubro / 1993.

    SEDU SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO DA PRESIDNCIA DA REPBLICA. 1999.Diagnstico dos Servios de Limpeza Urbana e a Gesto dos Resduos Slidos Relatrio Final SEDU / UNICEF Fundo das Naes Unidas para Infncia workshop realizado em Braslia.

    SEDU SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO DA PRESIDNCIA DA REPBLICA. 2001. GestoIntegrada de Resduos Slidos Manual: Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos SEDU / IBAM InstitutoBrasileiro de Administrao Municipal.

    SELUR SINDICATO DAS EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA DE SO PAULO. 1998. Consideraes sobre o Lixona Cidade de So Paulo.

    SELUR SINDICATO DAS EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA DE SO PAULO. 2001. Estudo das Planilhas de Custodos Servios de Limpeza Pblica. FGV Fundao Getlio Vargas Escola de Administrao de Empresas de SoPaulo.

    SILVA, L. C. C. 1999. Resduos Slidos Urbanos Municpio de Curitiba Seminrio no Centro de ConvenesGazeta Mercantil Secretaria Municipal do Meio Ambiente Departamento de Limpeza Pblica.

    UNICEF FUNDO DAS NAES UNIDAS PARA INFNCIA. 1997 Indicadores sobre Crianas e Adolescentes Brasil, 1991 96 / Braslia, DF: UNICEF; Rio de Janeiro: IBGE.

    UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP. 1996. Resduos Slidos: Um Projeto Institucional da UNESP,Fundao para o desenvolvimento da UNESP FUNDUNESP.

    VAZAMI JNIOR, F. 1999. A Coleta Hospitalar Seminrio no Centro de Convenes Gazeta Mercantil HospitalAlbert Einstein.

    VON ZUBEN, F. 1999. Viso do CEMPRE Seminrio no Centro de Convenes Gazeta Mercantil CompromissoEmpresarial para Reciclagem CEMPRE.

    ZULAUF, W. E. 1998. Macro Reciclagem de Lixo Urbano Para Entender Melhor o Projeto de Destino Final do Lixode So Paulo Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente SVMA Prefeitura do Municpio de So Paulo.

    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais60

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • 4.4 ORGANIZAES E INSTITUIES

    Apresentase no seguimento os links para as organizaes e instituies acessadas durantea elaborao do presente relatrio.

    ABAL Associao Brasileira do Alumnio http://www.abal.org.br/;

    ABIPET Associao Brasileira de Embalagens PET http://www.abipet.com.br/;

    ABES Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental http://www.abesdn.org.br/;

    ABETRE Associao Brasileira de Empresas de Tratamento de Resduos Especiais http://www.abetre.org.br;

    ABIPLAST Associao Brasileira da Indstria do Plstico http://www.abiplast.org.br/;

    ABIVIDRO Associao Tcnica Brasileira das Indstrias Automticas de Vidro http://www.abividro.org.br;

    ABLP Associao Brasileira de Limpeza Pblica http://www.ablp.org.br/;

    ABPO Associao Brasileira do Papelo Ondulado http://www.abpo.org.br/;

    ABRE Associao Brasileira de Embalagem http://www.abre.org.br/;

    ABREMPLAST Associao Brasileira dos Recicladores de Material Plstico;

    ABTCP Associao Brasileira Tcnica de Celulose e Papel http://www.abtcp.org.br/;

    BRACELPA Associao Brasileira de Celulose e Papel http://www.bracelpa.org.br/;

    CEMPRE Compromisso Empresarial para a Reciclagem http://www.cempre.org.br/;

    CEPRAN Conselho Estadual de Proteo Ambiental Bahia http://www.cra.ba.gov.br/;

    CETEA Centro de Tecnologia de Embalagem http://www.cetea.ital.org.br/;

    CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental http://www.cetesb.sp.gov.br/;

    CNI Confederao Nacional da Indstria http://www.cni.org.br/;

    DATASUS Departamento de Informtica do SUS http://www.datasus.gov.br/;

    FATMA Fundao do Meio Ambiente de Santa Catarina http://www.fatma.sc.gov.br/;

    FEAM Fundao Estadual do Meio Ambiente MG http://www.feam.br/;

    FEEMA Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente RJ http://www.feema.rj.gov.br/;

    FEPAM Fundao Estadual de Proteo Ambiental Henrique Luis Roessler RS http://www.fepam.rs.gov.br;

    FIEA Federao das Indstrias do Estado de Alagoas http://www.fiea.org.br/;

    FIEAM Federao das Indstrias do Estado do Amazonas http://www.fieam.org.br/;

    FIEB Federao das Indstrias do Estado da Bahia http://www.fieb.org.br/;

    FIBRA Federao das Indstrias do Distrito Federal http://www.fibra.org.br/;

    FIEC Federao das Indstrias do Estado do Cear http://www.sfiec.org.br/;

    FIEG Federao das Indstrias do Estado de Gois http://www.fieg.org.br/;

    FIEMA Federao das Indstrias do Estado do Maranho http://www.fiema.org.br/;

    FIEMG Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais http://www.fiemg.org.br/;

    FIEMS Federao das Indstrias do Estado do Mato Grosso do Sul http://www.fiems.org.br/;

    FIEMT Federao das Indstrias do Estado do Mato Grosso http://www.fiemt.com.br/;

    FIEPA Federao das Indstrias do Estado do Par http://www.fiepa.org.br/;

    FIEPB Federao das Indstrias do Estado da Paraba http://www.fiepb.org.br/;

    FIEPE Federao das Indstrias do Estado de Pernambuco http://www.fiepe.org.br/;

    FIEPR Federao das Indstrias do Estado do Paran http://www.fiepr.org.br/;

    FIER Federao das Indstrias do Estado de Roraima http://www.fier.org.br/;

    FIERGS Federao das Indstrias do Estado do Rio Grande do Sul http://www.fiergs.org.br/;

    FIERN Federao das Indstrias do Estado do Rio Grande do Norte http://www.fiern.org.br/;

    FIERO Federao das Indstrias do Estado de Rondnia http://www.fiero.org.br/;

    FIESC Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina http://www.fiescnet.com.br/;

    FIESP Federao das Indstrias do Estado de So Paulo http://www.fiesp.com.br/;

    FIETO Federao das Indstrias do Estado de Tocantins http://www.fieto.org.br/;

    Panorama dos Resduos Slidos

    no Brasil

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    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais

  • FINDES Federao das Indstrias do Estado do Esprito Santo http://www.sistemafindes.org.br/;

    FIRJAN Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro http://www.firjan.org.br/;

    FUNASA Fundao Nacional de Sade http://www.funasa.gov.br/;

    IBAM Instituto Brasileiro de Administrao Municipal http://www.ibam.org.br/;

    IBAMA Inst i tuto Bras i le i ro do Meio Ambiente e dos Recursos Natura i s Renovve is ht tp: / /www.ibama.gov.br;

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica http://www.ibge.gov.br/;

    IPEA Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada http://www.ipea.gov.br/;

    INSTITUTO DE PVC http://www.institutodopvc.org/;

    LATASA Latas de Alumnio S. A. http://www.latasa.com.br/;

    PLASTIVIDA Associao Brasileira de Reciclagem de Materiais Plsticos http://www.plastivida.org.br/;

    PRO LATA Programa de Valorizao e Incentivo ao Consumo de Embalagem Metl ica http://www.prolata.com.br/;

    MMA Ministrio do Meio Ambiente do Brasil http://www.mma.gov.br/;

    SEADE Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados http://www.seade.gov.br/;

    SELURB Sindicato Nacional de Empresas de Limpeza Urbana http://www.selurb.com.br/.

    ABRELPE Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais62

    Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2003

  • DIRETORIA EXECUTIVA ABRELPE

    Diretor Presidente: Eduardo Castagnari

    Diretor Vice-Presidentede Limpeza Pblica: Luiz Gonzaga Alves Pereira

    Diretor Vice-Presidentede Resduos Especiais: Edson Rodriguez

    Diretor Secretrio: Ricardo Gonalves Valente

    Diretor Tesoureiro: Gilberto Domingues de Oliveira Belleza

    Diretor Administrativo: Alberto Bianchini

    Diretor de Marketing: Eduardo Badra Junior

    CONSELHO FISCAL

    Membro Efetivo: Alexandre Berwrth Pereira

    Membro Efetivo: Ewerton Carvalho Filho

    Membro Efetivo: Csar vila

    Membro Suplente: Edison Gabriel da Silva

    Membro Suplente: Mauro Ribeiro do Prado

    Ficha TcnicaCompilao eConsolidao dos Dados: Moraes Jr. Engenharia

    Reviso de Textos: ACCESSO Assessoria de Comunicao

    Projeto Grfico,Editorao e Fotolitos: Expresso Design

  • Av. Paul ista, 807 2 andar c j . 20701311-941 Cerqueira Csar So Paulo SPTel. 11 3284 3211 www.abrelpe.com.br