34
Panorama do Mercado de Trabalho Março de 2017 Centro de Políticas Públicas do Insper

Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Panorama do Mercado de Trabalho

Março de 2017

Centro de Políticas Públicas do Insper

Page 2: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Apresentação

Com o objetivo de ampliar o debate sobre a economia brasileira e o

mercado de trabalho e difundir informações para subsidiar o mesmo, o

Centro de Políticas Públicas do Insper divulga o “Panorama do Mercado de

Trabalho”. Nessa apresentação, utilizamos informações sobre taxas de

inatividade e desemprego, salários médios e horas trabalhadas para mostrar

as tendências mais gerais do que vem ocorrendo no mercado de trabalho

brasileiro nos últimos anos.

Page 3: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Notas Metodológicas

Os dados a seguir mostram o panorama do mercado de trabalho no

Brasil. O período analisado foi de 1992 até 2015, utilizando os microdados

da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a qual é realizada

anualmente pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Vale

ressaltar que nos anos de 1994, 2000 e 2010 não foram realizadas PNADs

e, por esse motivo, nesses anos os valores observados nos gráficos são as

médias dos valores imediatamente adjacentes. Além disso, até 2003 a

PNAD não abrange as áreas rurais dos estados da Região Norte, exceto o

Tocantins.

Page 4: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Notas Metodológicas

Os valores apresentados para os salários correspondem às médias

dos salários do trabalho principal, para todas as pessoas ocupadas com

salários positivos e 10 anos ou mais de idade. Fizemos cálculos, em primeiro

lugar, para 5 faixas educacionais que correspondem aos seguintes graus,

completos ou incompletos: primeiro ciclo do Ensino Fundamental (até 4 anos

de estudo), o segundo ciclo do Ensino Fundamental (de 5 a 8 anos de

estudo), Ensino Médio (de 9 a 11 anos de estudo), o Ensino Superior (de 12 a

16 anos de estudo) e pós-graduação (17 a 18 anos de estudo). Para manter a

comparabilidade ao longo do tempo, os valores foram deflacionados para 1º

de Outubro de 2015, utilizando-se a série histórica do INPC com as

modificações sugeridas por Corseuil e Foguel (2002).

Salários médios

CORSEUIL, C. H. e FOGUEL, M. N. Uma sugestão de Deflatores para Rendas Obtidas a Partir de Algumas Pesquisas do IBGE. Rio de Janeiro, Ipea, Texto para Discussão nº 897, 2002.

Page 5: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Notas Metodológicas

As taxas de desemprego e inatividade foram calculadas usando

informações sobre População Economicamente Ativa (PEA), População Não

Economicamente Ativa (PNEA) e População Desocupada (PD), considerando

todos os indivíduos com 10 anos ou mais de idade. A taxa de inatividade foi

calculada como a razão entre a PNEA e o total de pessoas com 10 anos ou

mais. A taxa de desemprego foi calculada como a razão entre a PD e a PEA.

Para verificarmos o comportamento do mercado de trabalho para diferentes

grupos de idade, calculamos estatísticas para as seguintes faixas etárias:

maiores de 10 anos, pessoas com entre 10 e 22 anos, entre 22 e 50 anos e

maiores de 50 anos.

Taxas de desemprego e inatividade

Page 6: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Salário Médio

Page 7: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

O gráfico 1 nos mostra que o salário médio do trabalho principal

apresentou crescimento geral entre 1992 e 2015, com oscilações

relevantes. Há dois períodos de crescimento, entre 1992 e 1995 e entre

2004 e 2014. Entre eles houve um período de estagnação do salário entre

1995 e 1998, seguido de redução entre 1998 e 2004. Entre 2014 e 2015

também se verifica uma redução da média salarial.

No gráfico 2, observa-se o salário médio do trabalho principal por

faixa de escolaridade da população brasileira. Há uma forte correlação

entre o grau de escolaridade e os salários médios. Os valores médios do

período como um todo foram de, respectivamente, R$ 1001,24, R$

1213,48, R$ 1505,08, R$ 3375,83 e R$ 7025,32. Um fato que se destaca

no gráfico é o aumento, entre 2004 e 2014, dos ganhos médios dos

brasileiros com algum ano concluído na pós-graduação (17 ou 18 anos de

estudo), além do aumento persistente dos salários para aqueles com até o

Ensino Fundamental concluído.

Salário Médio Mensal por Faixa de Escolaridade

Page 8: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Gráfico 1

600

700

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

1.500

1.600

1.700

1.800

1.900

2.000

R$

Salário Médio Mensal

Salário médio

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Page 9: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

R$

Mil

Salário Médio Mensal por Anos de Estudo

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Gráfico 2

Page 10: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

O gráfico 3 fixa o ano de 1992 igual a um, de maneira que pode-se comparar

a evolução dos salários médios de todas as faixas educacionais em uma mesma escala.

O que se observa no gráfico, grosso modo, são tendências de crescimento em todas as

faixas de escolaridade até o ano de 1995, mais acentuadas nas duas faixas de maior

escolaridade, seguidas de queda até 2004. A partir de então, houve relativa

estabilidade dos salários para a população que completou algum ano da graduação (o

que provavelmente possui relação com a expansão desse grau de ensino), enquanto

para as demais faixas educacionais houve aumentos mais expressivos. Vale chamar a

atenção para o fato de que aqueles com Ensino Médio incompleto até Superior

completo apresentaram decréscimo real da renda no período como um todo. Além

disso, houve forte tendência de aumento dos salários para população com até 4 anos

de estudo ou com algum ano de estudo na pós-graduação, respectivamente a partir de

2003 e 2004. No entanto, no ano de 2015 vemos uma forte queda na evolução dos

salários médios para todas as faixas educacionais selecionadas.

Salário Médio Mensal por Anos de Estudo

Page 11: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

19

92

=1

Evolução do Salário Médio Mensal por Anos de Estudo

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 3

Page 12: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Horas Trabalhadas e Salário Horário

O salário mensal pode variar devido às mudanças nas horas

trabalhadas ou no salário recebido por hora de trabalho. O gráfico 4 mostra

essas duas variáveis, referentes ao trabalho principal. É possível observar

que houve redução das horas trabalhadas no período como um todo, 41

horas em 1992 para 38 horas em 2015 (-7,2%). O salário horário, por sua

vez, apresentou crescimento de R$ 7,07 para R$ 15,12 no mesmo período

(114%).

Entre 1992 e 1995 as horas de trabalho foram reduzidas, enquanto

que o salário horário cresceu fortemente. Entre 1995 e 2004 as duas

variáveis tiveram decréscimo, enquanto que de 2005 a 2011 as horas de

trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em

2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre 2011 e

2014, as horas de trabalho se reduziram expressivamente. O salário horário

teve crescimento substancial entre 2005 e 2015 (78%), sendo notável o

decréscimo dessa variável entre 2013 e 2014.

Page 13: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

5

7

9

11

13

15

17

36

37

38

39

40

41

42

Salá

rio

Ho

rari

o (

R$

)

Ho

ras

Trab

alh

adas

Horas Trabalhadas e Salário Horário

Horas Salário horário

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 4

Page 14: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

O gráfico 5 representa as horas trabalhadas em média no trabalho principal por

faixa de escolaridade. Em todo o período, as médias são maiores entre aqueles com graus

intermediários de ensino (2º ciclo do Fundamental e Ensino Médio). Além disso, parece haver

certo paralelismo entre as trajetórias dos dois maiores graus de escolaridade e entre os dois

menores. A redução das horas trabalhadas entre 1996 e 2005 (período com as maiores taxas

de desemprego) parecem ser puxadas especialmente pela faixas de escolaridade menor, com

até 8 anos de estudo. A partir de 2011 nota-se um novo período de redução das horas de

trabalho.

O gráfico 6, do salário horário no trabalho principal por faixa educacional, reproduz

a disparidade dos salários mensais por escolaridade. Já sem os efeitos da redução das horas

trabalhadas, o crescimento proporcional do salário horário (gráfico 7) nos últimos anos foi

mais intenso do que o do salário mensal em todas as faixas de escolaridade. Os ganhos foram

relativamente maiores entre as faixas de 17 a 18 anos de estudo. É importante indicar que

esse grupo também teve grande queda no número de horas trabalhadas. Também chama a

atenção os ganhos das faixas de 0 a 4 anos de estudo com crescimento de 92%, no período

analisado, porém com patamar inicial muito baixo (R$ 4,03/hora em 1992). É notável a

sensível queda no salário horário entre 2013 e 2014 para todas as faixas educacionais, sendo

o efeito mais forte na faixa de maior grau de escolaridade.

Salário Horário por Anos de Estudo

Page 15: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

33

35

37

39

41

43

45

Ho

ras

Horas Trabalhadas

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 a 16 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 5

Page 16: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

R$

Salário Horário por Anos de Estudo

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Page 17: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 7

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

2,2

2,4

2,6

19

92

=1

Evolução do Salário Horário por Anos de Estudo

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Page 18: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Diferencial Salarial por Anos de Estudo

O gráfico 8 mostra a evolução do diferencial salarial por anos de

estudo. Desde 1992, o diferencial entre aqueles com algum ano completo no

Ensino Superior em relação àqueles com Ensino Médio completo era grande

e aumentou 25% até 2002. Isso indica a importância da graduação no

mercado de trabalho brasileiro, porém também se deve em parte ao

crescimento da proporção de pessoas com o Ensino Médio completo na força

de trabalho. A redução posterior do diferencial provavelmente teve

influência da expansão das matrículas no Ensino Superior desde o final dos

anos 1990.

O diferencial do nível de escolaridade seguinte, entre aqueles que

possuem ao menos um ano de pós-graduação em relação aos graduados no

ensino superior, aumentou ao longo de quase todo o período, de modo que

em 2015 esse diferencial era 40% superior ao nível de 1992 (de cerca de

1,3 em 1992 para 1,8 em 2014).

Page 19: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

19

92

=1

Evolução do Diferencial Salarial por Anos de Estudo

8/4 anos de estudo 11/8 anos de estudo 15,16/11 anos de estudo 17,18/15,16 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 8

Page 20: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Desemprego e Inatividade

Page 21: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Taxa de Desemprego e Inatividade

O gráfico 9 mostra as taxas de desemprego por faixas etárias. A taxa

geral, daqueles com 10 anos ou mais, apresentou crescimento no final dos anos

1990, após período de relativa estabilidade e com os menores níveis até 1995.

Entre 1999 e 2003 ela se estabilizou em patamar mais elevado (em torno de

9,5%) e posteriormente teve uma queda consistente, interrompida entre 2008 e

2009, provavelmente devido aos efeitos da crise econômica internacional. Em

2015 podemos observar a escalada da taxa de desemprego, um aumento

acentuado e que atingiu todas as faixas etárias. A recessão pela qual o Brasil

passa fez a taxa dos mais jovens atingir o nível de 25% em 2015. Note que a

taxa dos mais jovens não retorna aos níveis do início dos anos 1990 em 2012,

como as demais faixas etárias.

A taxa de inatividade daqueles com 10 anos ou mais, mostrada no

gráfico 10, exibe estabilidade em torno de 39%, com crescimento entre 2005 e

2015 (de 37% para 41%). Por faixas de idade, os mais jovens e os mais velhos

apresentaram níveis maiores, devido respectivamente aos estudos e às

aposentadorias.

Page 22: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Taxa de Desemprego por Faixa Etária

10 anos ou mais 10 a 22 anos 22 a 50 anos 50 anos ou mais

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 9

Page 23: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

15%

25%

35%

45%

55%

65%

75%

Taxa de Inatividade por Faixa Etária

10 anos ou mais 10 a 22 anos 22 a 50 anos 50 anos ou mais

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 10

Page 24: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Analisando os gráficos 11, 13, 15 e 17, referentes às taxas de

desemprego por escolaridade, nota-se que todas as faixas de escolaridade

apresentaram tendências semelhantes de decréscimo a partir de meados

dos anos 2000. As taxas foram menores entre os mais escolarizados, com

algum ano da graduação ou pós-graduação, e entre os menos

escolarizados, com até 4 anos de estudo. É importante apontar que as

taxas de desemprego vêm crescendo desde 2012 em praticamente todas

as idades e escolaridades, atingindo em 2015 o maior da última década.

As taxas de inatividade apresentaram tendências bastante

variadas de acordo com a idade e escolaridade. No geral, na população

com 10 anos ou mais, foram mais inativos os indivíduos das menores

faixas de escolaridade, como vemos no gráfico 12. Além disso, as taxas

dos menos escolarizados (com até 8 anos de estudo) tiveram aumento ao

longo dos anos, enquanto os demais graus de instrução apresentaram

relativa estabilidade.

Taxa de Desemprego e Inatividade

Page 25: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

Taxa de desemprego (10 anos ou mais)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 11

Page 26: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Taxa de Inatividade (10 anos ou mais)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 12

Page 27: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Taxa de Desemprego e Inatividade

Entre os jovens com até 22 anos (gráfico 13) as taxas de desemprego foram mais

baixas entre aqueles com que possuíam entre 12 a 16 anos de estudo. Em relação às taxas de

inatividade, houve crescimento acentuado no período como um todo entre indivíduos com 5 a 8

anos de estudo (24 pontos percentuais, chegando a 74% em 2015) e com até 4 anos de estudo (32

p.p., chegando a 90% em 2015). Esses movimentos provavelmente se devem à maior permanência

das crianças e adolescentes nas escolas, sem trabalhar.

Entre os adultos com 22 a 50 anos (gráfico 15) a taxa de desemprego foi menor entre

as pessoas com mais de 12 anos de estudo, enquanto a taxa de inatividade teve decréscimo geral

até 2009, quando passou a aumentar. Entre indivíduos com 50 anos ou mais (gráfico 17), a taxa de

desemprego se manteve relativamente baixa, inferior a 6,5% desde 2004 para todas as faixas

educacionais, enquanto que a taxa de inatividade seguiu alta (48% em média). Aqueles que

concluíram ao menos um ano no ensino superior mantiveram taxas de inatividade expressivamente

mais baixas do que o restante dos graus de ensino, cujos percentuais nos anos 1990 estavam entre

50% e 55%. A partir de 2000, a taxa daqueles com até 4 anos de estudo se manteve no mesmo

nível até 2008, quando passou a aumentar, enquanto que os graus de ensino intermediários

apresentaram redução até 2008, com pequeno crescimento posterior. Chama a atenção a forte

queda na taxa de inatividade para todas as faixas de escolaridade entre 2013 e 2014 para os

indivíduos mais velhos (50 anos ou mais).

De forma geral, para todos os grupos de idade, nota-se que houve aumento na taxa de

desemprego e diminuição da taxa de inatividade entre 2013 e 2014. Em 2015, em contraste,

parece haver aumento da taxa de desemprego simultânea a um aumento da inatividade.

Page 28: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Taxa de Desemprego (10 a 22 anos)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 a 16 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 13

Page 29: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Taxa de Inatividade (10 a 22 anos)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 a 16 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 14

Page 30: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

Taxa de Desemprego (22 a 50 anos)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 15

Page 31: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Taxa de inatividade (22 a 50 anos)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo

12 a 16 anos de estudo 17 a 18 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 16

Page 32: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

7%

8%

9%

10%

Taxa de Desemprego (50 anos ou mais)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 a 16 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 17

Page 33: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

55%

60%

Taxa de Inatividade (50 anos ou mais)

0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 a 16 anos de estudo

Fonte: PNAD. Elaboração Própria.

Gráfico 18

Page 34: Panorama do Mercado de Trabalho · trabalho se mantiveram estáveis. Observa-se redução do salário horário em 2008, possivelmente devido aos efeitos da crise internacional. Entre

Contato:http://www.insper.edu.br/cpp/

http://www.insper.edu.br/blogdocpp/e-mail: [email protected]

Centro de Políticas Públicas do Insper

Panorama do Mercado de Trabalho