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INTRODUÇÃO RESULTADOS Panorama palinológico do Quaternário em área de transição (ou ecótono) no município de Quaraí, Rio Grande do Sul, Brasil. SUELEN BOMFIM NOBRE 1 , SORAIA GIRARDI BAUERMANN¹ & FRANCINI ROSA PAZ¹ ¹Laboratório de Palinologia, Universidade Luterana do Brasil, Rio Grande do Sul, Brasil ([email protected]) CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS As amostras de superfícies são importantes parâmetros polínicos que contribuem para o desenvolvimento de estudos do Quaternário. A área abordada localiza-se no município de Quaraí, situado na região da Campanha gaúcha, esta área nunca antes tinha sido pesquisada com esta abordagem palinológica, sendo que trabalhos publicados até o momento apontam que as áreas mais próximas a atual de estudo foram o Cerro da Tapera e a Barra do Quaraí. A região apresenta planícies com formação campestre onde sobressaem áreas mais elevadas denominadas de cerros, diversas espécies vivem nesta formação. “A região da Campanha é constituída de diferentes aspectos no que diz respeito à geologia, relevo e solos (Brasil 1973).Foram coletadas amostras de superfícies em um transecto (figura 1), incluindo áreas de mata e campo, nas proximidades do Rio Quaraí. O material obtido foi processado quimicamente através do método acetolítico utilizado em palinologia de Quartenário, após foram confeccionadas quatro lâminas com gelatina glicerinada para cada ponto amostrado, totalizando onze pontos diferentes. As mesmas encontram-se depositadas na Palinoteca do Laboratório de Palinologia da ULBRA. Realizou-se a contagem dos palinomorfos utilizando a microscopia óptica sob o aumento de 400x, foram considerados no mínimo 300 grãos de pólen para cada amostra processada, sendo que os demais palinomorfos também foram identificados e quantificados. AGRADECIMENTOS Os dados iniciais demonstraram uma baixa diversidade polínica (se comparado com outros trabalhos em áreas próximas), sendo que Poaceae apresentou uma quantidade mais abundante, com significativa presença nos pontos mais próximos ao rio Quaraí, após seguiram-se também predomínio das famílias Asteraceae e Fabaceae (figura 2). Registraram-se também diferenças em relação ao processo tafonômico, sendo que as amostras iniciais dos pontos na área de mata apresentaram grãos de pólen em melhor estado de conservação do que os que estavam depositados na área de mata ciliar, este fator pode estar corelacionado com a condição natural de cobertura do solo propiciada principalmente pela vegetação arbórea e arbustiva. ÁREA DE ESTUDO (FIGURA 1) BARTH, M,O. 1988. Glossário ilustrado de palinologia. ED.Unicamp. 75p ERDTMAN, G, 1952. Pollen morphology and plant taxonomy - Angiosperms. Waltham, The Chronica Botanica Co., 539p. RADAESKI, J.N.; BAUERMANN, S.G.; EVALDT, A.C.P. 2011. Flora polínica da formação Savana-Estépica no Parque Estadual do Espinilho, Rio Grande do Sul, Brasil. XIV Encontro de Botânicos do Rio Grande do Sul/VI Encontro Estadual de Herbários, Novo Hamburgo, p. 200-201. RADAESKI, J.N.; EVALDT, A.C.P.; BAUERMANN, S.G.; LIMA, G.L.; NASCIMENTO, J.K. 2010. Diversidade Polínica dos Campos do Sul do Brasil: Descrições morfológicas e implicações paleoecológicas. In: XIII Simpósio Brasileiro de Paleobotânica e Palinologia, Salvador. Paleobotânica e Palinologia: prospectando novas fronteiras. Feira de Santana : Print Mídia, 2010. p. 221-221. REFERÊNCIAS METODOLOGIA FOTOS DE GRÃOS DE PÓLEN E PALINOMORFOS: Fonte: Google earth 1a 2a 3a 4a 5a 6a 1b 2b 3b GRÁFICO COMPARATIVO ENTRE AS AMOSTRAS ANALISADAS (FIGURA 2): CONCLUSÃO A maioria dos grãos de pólen identificados neste trabalho foram mantidos a nível de família botânica e os mesmos caracterizam a vegetação atual ocorrente em Quaraí- RS (Região da Campanha). Estes resultados servirão de parâmetro para posteriores estudos palinológicos do Período Quaternário na região da Campanha Gaúcha. A FAPERGS pela concessão da bolsa de iniciação científica à graduanda Suelen Bomfim Nobre Protocolo nº 315. Aos colegas do Laboratório de Palinologia pelas sugestões. Legenda: Grãos de Pólen: 1a- Pinus sp. 2a- Asteraceae 3a- Poacae 4a- Janusia guanaritica 5a- Cyperaceae 6a- Fabaceae Palinomorfos: 1b- Pseudoschizaea rubina (alga) 2b- Tecameba 3b- Esporo de Fungo Esta pesquisa tem como objetivo primordial reconhecer as diferentes assembléias polínicas, com o intuito de desenvolver uma visão palinológica atual da área em questão, para contribuir na interpretação dos registros polínicos fósseis do Período Quaternário (proporcionar a elaboração de um parâmetro polínico atual). OBJETIVOS

Panorama palinológico do Quaternário em área de …sites.ulbra.br/palinologia/files/panorama_palinologico.pdfINTRODUÇÃO RESULTADOS Panorama palinológico do Quaternário em área

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Page 1: Panorama palinológico do Quaternário em área de …sites.ulbra.br/palinologia/files/panorama_palinologico.pdfINTRODUÇÃO RESULTADOS Panorama palinológico do Quaternário em área

INTRODUÇÃO

RESULTADOS

Panorama palinológico do Quaternário em área de transição (ou ecótono)

no município de Quaraí, Rio Grande do Sul, Brasil.

SUELEN BOMFIM NOBRE1, SORAIA GIRARDI BAUERMANN¹ & FRANCINI ROSA PAZ¹

¹Laboratório de Palinologia, Universidade Luterana do Brasil, Rio Grande do Sul, Brasil ([email protected])

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

As amostras de superfícies são importantes parâmetros

polínicos que contribuem para o desenvolvimento de estudos do

Quaternário. A área abordada localiza-se no município de Quaraí,

situado na região da Campanha gaúcha, esta área nunca antes tinha

sido pesquisada com esta abordagem palinológica, sendo que

trabalhos publicados até o momento apontam que as áreas mais

próximas a atual de estudo foram o Cerro da Tapera e a Barra do

Quaraí. A região apresenta planícies com formação campestre onde

sobressaem áreas mais elevadas denominadas de cerros, diversas

espécies vivem nesta formação. “A região da Campanha é constituída

de diferentes aspectos no que diz respeito à geologia, relevo e solos

(Brasil 1973).”

Foram coletadas amostras de superfícies em um transecto (figura 1),

incluindo áreas de mata e campo, nas proximidades do Rio Quaraí. O material

obtido foi processado quimicamente através do método acetolítico utilizado em

palinologia de Quartenário, após foram confeccionadas quatro lâminas com

gelatina glicerinada para cada ponto amostrado, totalizando onze pontos

diferentes. As mesmas encontram-se depositadas na Palinoteca do Laboratório

de Palinologia da ULBRA. Realizou-se a contagem dos palinomorfos utilizando

a microscopia óptica sob o aumento de 400x, foram considerados no mínimo

300 grãos de pólen para cada amostra processada, sendo que os demais

palinomorfos também foram identificados e quantificados.

AGRADECIMENTOS

Os dados iniciais demonstraram uma baixa

diversidade polínica (se comparado com outros trabalhos em

áreas próximas), sendo que Poaceae apresentou uma

quantidade mais abundante, com significativa presença nos

pontos mais próximos ao rio Quaraí, após seguiram-se

também predomínio das famílias Asteraceae e Fabaceae

(figura 2).

Registraram-se também diferenças em relação ao

processo tafonômico, sendo que as amostras iniciais dos

pontos na área de mata apresentaram grãos de pólen em

melhor estado de conservação do que os que estavam

depositados na área de mata ciliar, este fator pode estar

corelacionado com a condição natural de cobertura do solo

propiciada principalmente pela vegetação arbórea e

arbustiva.

ÁREA DE ESTUDO

(FIGURA 1)

BARTH, M,O. 1988. Glossário ilustrado de palinologia. ED.Unicamp. 75p

ERDTMAN, G, 1952. Pollen morphology and plant taxonomy - Angiosperms. Waltham, The Chronica Botanica Co., 539p.

RADAESKI, J.N.; BAUERMANN, S.G.; EVALDT, A.C.P. 2011. Flora polínica da formação Savana-Estépica no Parque Estadual do Espinilho, Rio Grande do Sul,

Brasil. XIV Encontro de Botânicos do Rio Grande do Sul/VI Encontro Estadual de Herbários, Novo Hamburgo, p. 200-201.

RADAESKI, J.N.; EVALDT, A.C.P.; BAUERMANN, S.G.; LIMA, G.L.; NASCIMENTO, J.K. 2010. Diversidade Polínica dos Campos do Sul do Brasil: Descrições

morfológicas e implicações paleoecológicas. In: XIII Simpósio Brasileiro de Paleobotânica e Palinologia, Salvador. Paleobotânica e Palinologia: prospectando novas

fronteiras. Feira de Santana : Print Mídia, 2010. p. 221-221.

REFERÊNCIAS

METODOLOGIA

FOTOS DE GRÃOS DE PÓLEN E PALINOMORFOS:

Fonte: Google earth

1a 2a 3a

4a 5a 6a

1b 2b 3b

GRÁFICO COMPARATIVO ENTRE AS AMOSTRAS

ANALISADAS (FIGURA 2):

CONCLUSÃO

A maioria dos grãos de pólen identificados neste trabalho foram mantidos a nível de família botânica e os mesmos caracterizam a vegetação

atual ocorrente em Quaraí- RS (Região da Campanha). Estes resultados servirão de parâmetro para posteriores estudos palinológicos do Período

Quaternário na região da Campanha Gaúcha.

A FAPERGS pela concessão da bolsa de iniciação científica à graduanda Suelen Bomfim Nobre Protocolo

nº 315. Aos colegas do Laboratório de Palinologia pelas sugestões.

Legenda:

Grãos de Pólen: 1a- Pinus sp.

2a- Asteraceae

3a- Poacae

4a- Janusia guanaritica

5a- Cyperaceae

6a- Fabaceae

Palinomorfos: 1b- Pseudoschizaea rubina

(alga)

2b- Tecameba

3b- Esporo de Fungo

Esta pesquisa tem como

objetivo primordial reconhecer as

diferentes assembléias polínicas,

com o intuito de desenvolver

uma visão palinológica atual da

área em questão, para contribuir

na interpretação dos registros

polínicos fósseis do Período

Quaternário (proporcionar a

elaboração de um parâmetro

polínico atual).

OBJETIVOS