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0 Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Tecnologia - Escola de Química Disciplina: PAP Professor: José Eduardo Etilbenzeno Grupo: Camilla Moura Fábio Luiz Thiago Almeida

PAP Grupo15 Etilbenzeno

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0

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia - Escola de Química

Disciplina: PAP

Professor: José Eduardo

Etilbenzeno

Grupo:

Camilla Moura

Fábio Luiz

Thiago Almeida

Page 2: PAP Grupo15 Etilbenzeno

1

Sumário

1-Introdução.......................................................................................................................................... 2

2- Produtores e capacidade de produção ............................................................................................... 2

3-Análise de Mercado ........................................................................................................................... 3

3.1-Poliestireno ................................................................................................................................. 3

3.1.1- Substitutos .......................................................................................................................... 4

3.2- Estireno ...................................................................................................................................... 4

3.3- Novos entrantes/ Competição interna ........................................................................................ 4

3.4- Poder de barganha ..................................................................................................................... 4

4-Projeções para avaliação de construção de nova planta de Etilbenzeno no Brasil ............................. 5

5-Projeção Linear do consumo até 2030 ............................................................................................... 6

6-Projeção exponencial do consumo até 2030 ...................................................................................... 8

7-Comparativo entre os modelos de projeção ..................................................................................... 10

8-Comparação entre as projeções realizadas ....................................................................................... 12

9-Conclusões ...................................................................................................................................... 12

10- Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 13

Page 3: PAP Grupo15 Etilbenzeno

2

1-Introdução

O Etilbenzeno é a principal matéria-prima para a produção de estireno (SM) e, por

conseqüência, de poliestireno (PS). Além disso, pode ser utilizado nas indústrias química,

petroquímica e farmacêutica, em diferentes aplicações como solvente na fabricação de tintas e

vernizes e como precursor de diversos outros produtos. Ele é um líquido incolor e com odor

semelhante ao da gasolina. Produto derivado do benzeno e eteno, produtos da cadeia inicial do petóleo

provenientes do craqueamento da nafta ou do etano, o fluxograma dos derivados do petróleo assim

como seus produtos estão ilustrados na figura 1 abaixo.

Figure 1- Derivados do Petróleo

2- Produtores e capacidade de produção

A análise do etilbenzeno e do poli-estireno estão intimamente relacionadas, pois os maiores

produtores de etilbenzeno são aqueles que possuem plantas de poliestireno integradas, ou seja,

produzem a matéria-prima e o produto. Os principais produtores são: Innova (comprada pela

Videolar), Dow, Basf, Braskem e Unigel.

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3

A Dow, com planta em Camaçari (BA), produz 172.500 t/ano de etilbenzeno e 160.000 t/ano de

estireno. A Innova fabrica 190.000 t/ano de etilbenzeno e 250.000 t/ano de estireno e a Basf possui

capacidade de produção de etilbenzeno (123.500 t/ano).

3-Análise de Mercado

Figura 2- Forças de Porter

Para conseguir analisar o cenário, devemos levar em consideração as forças de Porter e assim

fazer uma análise do mercado.

3.1-Poliestireno

Como a principal utilidade do etilbenzeno é como matéria-prima do estireno e por

consequência do poliestireno, devemos começar avaliando os números do poliestireno para analisar a

demanda de sua matéria-prima. Os segmentos que mais demandam o poliestireno no Brasil são

descartáveis, eletrodomésticos linha branca e embalagens de alimentos. Esses 3 setores juntos

representam cerca de 70% do mercado brasileiro da resina, que atingiu 385 mil toneladas em 2012. A

expectativa é que este mercado cresça nos próximos 4 anos a uma taxa média anual de 3,8%, o que

indica um mercado relativamente maduro mas ainda com potencial de desenvolvimento.

Page 5: PAP Grupo15 Etilbenzeno

4

3.1.1- Substitutos

Apesar de ainda ter potencial, a partir da década de 80, o poliestireno vem perdendo o

mercado de embalagens de laticínios espaço para o polipropileno (PP) e o papel, apesar de o

poliestireno possuir um processamento mais fácil, o alto preço do benzeno comparado ao propeno

torna o PP mais atrativo financeiramente. Além do PP como produto substituto, o próprio cenário

mundial diminui a a demanda do poliestireno, pois em contraste com a robustez da oferta doméstica, a

produção brasileira da resina rondou a marca de 380.000 toneladas em 2012, pelas projeções setoriais.

Ao longo da última década, o consumo interno de PS evoluiu, devido à melhora do poder aquisitivo

de baixa renda, porém o avanço do termoplástico foi refreado pelos custos de matérias-primas e pela

perda de determinadas aplicações de alta demanda. Por exemplo, as carcaças de TVs de tubo,

soterradas por finos modelos de tela plana, e os estojos de CDs, deslocados pela digitalização do

mercado de registros musicais.

3.2- Estireno

Analisando agora o estireno, sua rota mais tradicional é a derivada do benzeno e eteno,

provenientes do craqueamento da nafta ou do etano. Entretanto existe uma nova rota para a obtenção

do estireno que é através do processo PO/SM para a produção do óxido de propeno, na qual o estireno

é sub-produto, mas essa rota apesar de já ser utilizada pela Arco, Shell e Repsol, ainda é muito pouco

utilizada quando comparada à tradicional.

3.3- Novos entrantes/ Competição interna

Existe uma forte competição entre as empresas produtoras, as quais estão investindo mais em

P&D e buscando sinergia de negócios estireno/poliestireno.

O espaço para novos entrantes é restrito, visto que para a implementação de uma fábrica de

grande porte que necessita de um alto capital inicial entrar como competidor de um mercado já

estabelecido e superofertado, onde a concorrência das empresas já existentes é grande, seria uma

tarefa muito difícil.

3.4- Poder de barganha

Poder de barganha compõe dois dos fatores do modelo das Cinco Forças de Michael Porter,

que tem o objetivo de analisar a competição entre empresas, e para que se possa desenvolver uma

estratégia empresarial eficiente.

O poder de barganha dos compradores é uma das cinco forças de Porter, é a capacidade de

barganha dos clientes para com as empresas do setor. Esta força competitiva tem a ver com o poder de

decisão dos compradores sobre os atributos do produto, principalmente quanto a preço e qualidade.

Page 6: PAP Grupo15 Etilbenzeno

5

O preço do etilbenzeno depende fortemente da matéria-prima fóssil petróleo, que vem

sofrendo constantes variações e seu preço depende de fatores naturais, tecnológicos e sociais. Com

isso, o poder de barganha dos clientes não tem tanto impacto quanto o dos fornecedores que acabam

por controlar o preço do etilbenzeno.

4-Projeções para avaliação de construção de nova planta de

Etilbenzeno no Brasil

Ano Produção Importação Exportação

Cons.

Aparente % Cap. de

produção

% da

capacidade

1992 286.812,0 2.608,0 0,0 289.420

1993 237.793,0 12.623,0 0,0 250.416 -13%

1994 345.514,0 4.178,0 29.850,0 319.842 28%

1995 407.453,0 0,0 84.980,0 322.473 1%

1996 258.972,0 6.952,0 10.000,0 255.924 -21% 491.200,0 53%

1997 250.375,0 3.506,0 0,0 253.881 -1% 301.200,0 83%

1998 262.739,0 1.000,0 7.762,0 255.977 1% 301.200,0 87%

1999 240.399,0 81,0 3.492,0 236.988 -7% 491.200,0 49%

2000 436.577,0 9.177,0 2.944,0 442.810 87% 486.000,0 90%

2001 439.255,7 7.900,0 0,0 447.156 1% 486.000,0 90%

2002 421.737,0 6.695,0 0,0 428.432 -4% 486.000,0 87%

2003 428.002,0 951,0 0,0 428.953 0% 486.000,0 88%

2004 467.902,0 12.494,5 15,7 480.381 12% 486.000,0 96%

2005 395.024,0 41.565,4 12,7 436.577 -9% 486.000,0 81%

2006 446.132,0 51.109,5 15,0 497.227 14% 486.000,0 92%

2007 445.607,0 29.810,7 13,8 475.404 -4% 486.000,0 92%

2008 303.077,0 38.745,3 0,0 341.822 -28% 843.500,0 36%

Tabela 1: Dados econômicos do Etilbenzeno entre 1992 e 2008

Page 7: PAP Grupo15 Etilbenzeno

6

Gráfico 1: Evolução do consumo aparente de Etilbenzeno no Brasil entre 1992 e 2008

5-Projeção Linear do consumo até 2030

Projeção do Consumo Aparente de Etilbenzeno no Brasil - CA x Ano - linear

Ano Cons. Aparente Proj. linear Variação Cap. de produção

(1.000 t) (1992-2008) anual (1.000 t / ano)

1992 289.420 252.627 -

1993 250.416 266.370 5,44%

1994 319.842 280.112 5,16%

1995 322.473 293.855 4,91%

1996 255.924 307.598 4,68% 491.200,0

1997 253.881 321.341 4,47% 301.200,0

1998 255.977 335.084 4,28% 301.200,0

1999 236.988 348.827 4,10% 491.200,0

2000 442.810 362.570 3,94% 486.000,0

2001 447.156 376.312 3,79% 486.000,0

2002 428.432 390.055 3,65% 486.000,0

2003 428.953 403.798 3,52% 486.000,0

2004 480.381 417.541 3,40% 486.000,0

2005 436.577 431.284 3,29% 486.000,0

2006 497.227 445.027 3,19% 486.000,0

2007 475.404 458.769 3,09% 486.000,0

Page 8: PAP Grupo15 Etilbenzeno

7

2008 341.822 472.512 3,00% 843.500,0

2009 486.255 2,91%

2010 499.998 2,83%

2011 513.741 2,75%

2012 527.484 2,68%

2013 541.226 2,61%

2014 554.969 2,54%

2015 568.712 2,48%

2016 582.455 2,42%

2017 596.198 2,36%

2018 609.941 2,31%

2019 623.684 2,25%

2020 637.426 2,20%

2021 651.169 2,16%

2022 664.912 2,11%

2023 678.655 2,07%

2024 692.398 2,03%

2025 706.141 1,98%

2026 719.883 1,95%

2027 733.626 1,91%

2028 747.369 1,87%

2029 761.112 1,84%

2030 774.855 1,81%

Tabela 2: Projeção linear do consumo de etilbenzeno até 2030

Gráfico 2: Projeção linear do consumo de etilbenzeno até 2030

Page 9: PAP Grupo15 Etilbenzeno

8

Correlação - CA x ano

CORREL PEARSON RQUAD

0,7298 0,7298 0,53264

6-Projeção exponencial do consumo até 2030

Projeção do Consumo Aparente de Etilbenzeno no Brasil - CA x Ano - exponencial

Ano (1.000 t) (1.000 t) (1.000 t) Variação (1.000 t)

Cons. Aparente Log CA Proj. exponencial anual Cap. de produção

1992 289.420 5,4615 257.424

1993 250.416 5,3987 267.548 3,93%

1994 319.842 5,5049 278.069 3,93%

1995 322.473 5,5085 289.005 3,93%

1996 255.924 5,4081 300.371 3,93% 491.200,0

1997 253.881 5,4046 312.183 3,93% 301.200,0

1998 255.977 5,4082 324.460 3,93% 301.200,0

1999 236.988 5,3747 337.220 3,93% 491.200,0

2000 442.810 5,6462 350.482 3,93% 486.000,0

2001 447.156 5,6505 364.265 3,93% 486.000,0

2002 428.432 5,6319 378.591 3,93% 486.000,0

2003 428.953 5,6324 393.480 3,93% 486.000,0

2004 480.381 5,6816 408.954 3,93% 486.000,0

2005 436.577 5,6401 425.037 3,93% 486.000,0

2006 497.227 5,6966 441.752 3,93% 486.000,0

2007 475.404 5,6771 459.125 3,93% 486.000,0

2008 341.822 5,5338 477.181 3,93% 843.500,0

2009 495.946 3,93%

2010 515.450 3,93%

2011 535.721 3,93%

2012 556.790 3,93%

2013 578.686 3,93%

2014 601.444 3,93%

2015 625.097 3,93%

2016 649.680 3,93%

2017 675.230 3,93%

2018 701.784 3,93%

2019 729.383 3,93%

2020 758.068 3,93%

Page 10: PAP Grupo15 Etilbenzeno

9

2021 787.880 3,93%

2022 818.865 3,93%

2023 851.068 3,93%

2024 884.538 3,93%

2025 919.324 3,93%

2026 955.478 3,93%

2027 993.054 3,93%

2028 1.032.107 3,93%

2029 1.072.697 3,93%

2030 1.114.882 3,93%

Tabela 3: Projeção exponencial do consumo de etilbenzeno até 2030

Gráfico 3: Projeção exponencial do consumo de etilbenzeno até 2030

Correlação - LogCA x

ano

CORREL 0,718

PEARSON 0,718

RQUAD 0,515

Page 11: PAP Grupo15 Etilbenzeno

10

7-Comparativo entre os modelos de projeção

Ano

1.000 t

US$

bilhão

US$

bilhão

US$

bilhão

US$

bilhão 1.000 t 1.000 t 1.000 t

1.000

t/ano constante

(2011)

constante

(2011)

constante

(2011)

constante

(2011)

Cons.

Aparente PIB Projeção

do PIB 1

Projeção

do PIB 2

Projeção

do PIB 3

Proj. do

CA 1

Proj. do

CA 2

Proj. do

CA 3

Cap. de

produção

1992 289.420 1.327

1993 250.416 1.389

1994 319.842 1.463

1995 322.473 1.528

1996 255.924 1.561 491.200

1997 253.881 1.614 301.200

1998 255.977 1.614 301.200

1999 236.988 1.618 491.200

2000 442.810 1.688 486.000

2001 447.156 1.710 486.000

2002 428.432 1.756 486.000

2003 428.953 1.776 486.000

2004 480.381 1.877 486.000

2005 436.577 1.937 486.000

2006 497.227 2.013 486.000

2007 475.404 2.136 486.000

2008 341.822 2.246 843.500

2009 2.239

487.280

487.280

487.280

2010 2.408

527.864

527.864

527.864

2011 2.425 2.444 2.480

531.921

536.557

545.250

2012 2.441 2.480 2.554

536.006

545.381

563.158

2013 2.459 2.518 2.631

540.120

554.337

581.604

2014 2.476 2.555 2.710

544.263

563.427

600.602

2015 2.493 2.594 2.791

548.434

572.654

620.171

2016 2.511 2.633 2.875

552.635

582.019

640.326

2017 2.528 2.672 2.961

556.865

591.524

661.086

2018 2.546 2.712 3.050

561.125

601.172

682.469

Page 12: PAP Grupo15 Etilbenzeno

11

2019 2.564 2.753 3.141

565.415

610.965

704.494

2020 2.582 2.794 3.236

569.734

620.905

727.179

2021 2.600 2.836 3.333

574.084

630.994

750.545

2022 2.618 2.879 3.433

578.465

641.234

774.612

2023 2.636 2.922 3.536

582.876

651.627

799.401

2024 2.655 2.966 3.642

587.318

662.177

824.933

2025 2.673 3.010 3.751

591.790

672.885

851.231

2026 2.692 3.055 3.864

596.295

683.753

878.319

2027 2.711 3.101 3.980

600.831

694.785

906.219

2028 2.730 3.148 4.099

605.398

705.982

934.956

2029 2.749 3.195 4.222

609.998

717.347

964.555

2030 2.768 3.243 4.349

614.630

728.882

995.042

Tabela 4: Comparativo entre as projeções do consumo de etilbenzeno até 2030

Gráfico 4: Comparativo entre as projeções do consumo de etilbenzeno até 2030

Page 13: PAP Grupo15 Etilbenzeno

12

8-Comparação entre as projeções realizadas

Gráfico 5: Comparativo entre as projeções do consumo de etilbenzeno até 2030

9-Conclusões

A partir da análise das projeções analisadas para a evolução do consumo de etilbenzeno no

mercado brasileiro até o ano de 2030, conclui-se que não é viável a construção de uma nova planta,

visto que, no cenário de maior consumo, não se mostra necessário o aumento da capacidade de

produção até o ano de 2022. Projetando-se um período de implantação da planta de 3 anos, ainda

haveria, pelo menos, 5 anos de excesso de produção no país, o que poderia causar baixa significativa

na produtividade.

Page 14: PAP Grupo15 Etilbenzeno

13

10- Referências Bibliográficas

1. http://www.cetesb.sp.gov.br/publicacoes/publicacoes.asp

2. F.B.Jacques,Mercado brasileiro de poliestireno com ênfase no setor de elétrodomésticos,

UFRS

3. http://www.maxiquim.com.br/site/blog_ver.php?id=229, acessado em 24 de Março de 2014

4. http://www.petrobras.com.ar/Innova/Internet_Innova/Portugues/Sala_Imprensa/Documentos/

Release%20Planta%20EB.pdf

5. ABIPLAST – Perfil 2001 da Indústria Brasileira de Transformação de Material Plástico.

6. ABIQUIM – Guia da Indústria Química Brasileira – 2001/2002

7. http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhec

imento/bnset/set1606.pdf