68
Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências únicas atraem viajantes desejo www.revistaviverbrasil.com.br ISSN 1984-0535 9 771984 053009 9 8 1 0 0 M ENTREVISTA VITOR PENIDO, PREFEITO DE NOVA LIMA: CALAMIDADE COM ADMINISTRADORES SEM PREPARO ARTIGO PCO A CORAGEM DO PRESIDENTE TEMER para você!

Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

  • Upload
    dokhue

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Na medida do

Agências especializadas em roteiros customizados e experiências únicas atraem viajantes

desejo

www.revistaviverbrasil.com.br

ISSN 1984-0535

9771984053009

98

10

0

M

ENTREVISTA VITOR PENIDO, PREFEITO DE NOVA LIMA: CALAMIDADE COM ADMINISTRADORES SEM PREPARO

ARTIGO PCO A CORAGEM DO PRESIDENTE TEMER

para você!

Page 2: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Papelaria, escrit

Page 3: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

SAVASSI - Av. Getúlio Vargas, 1.489 - (31) 3264-5745 / 3264-5748 - [email protected] | LOURDES - Av. do Contorno, 7.060 - (31) 3227-2277 - [email protected] | PRADO - Av. Tereza Cristina, 115 - (31) 3349-5050 / 3349-5051 - [email protected] | CENTRO - R. Espírito Santo, 801 - (31) 3213-3074 / 3213-2143 - [email protected] | BETIM - Av. Edméia Mattos Lazzarotti, 1.503 - Angola - (31) 3515-5575 - [email protected] ATENDIMENTO REVENDAS E PAPELARIAS: (31) 3349-5060 | ATENDIMENTO EMPRESAS: (31) 3349-5000 | LICITAÇÃO: (31) 3349-5040

*PAR

CELA

MÍN

IMA

DE R

$ 30

,00.

ório e informática

Page 4: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 5: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 6: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 7: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 8: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 9: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

A NATUREZA NÃO É APENAS

FONTE DE MATÉRIA-PRIMA

E SIM DE MUITA INSPIRAÇÃO.

Flores de Madeira

90 x 60 cm

Rua Brás Melilo, 91Vila Nova Conceição - SPTel.: 11 3063.0572 www.biadoria.com.br

Page 10: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

10

Editorial BEM-VINDO, 2017!

Passado o ano complicado como foi 2016, só nos resta acre-ditar que o que se inicia será di-ferente. Não existe outra opção. Sofremos muito nos últimos meses. Todos os brasileiros. Ninguém gos-ta de ver tanto sofrimento, milhões e milhões de pessoas desemprega-das, falta de perspectiva. Os dias que se avistam devem vir carrega-dos de mais pancadaria, com a Lava Jato derretendo muitas histórias construídas à base da sacanagem, assalto ao país e desleixo com a população. Há de se mudar! Dizem que o primeiro semestre será avas-salador, com muitas das denúncias e delações sendo transformadas em cana.

Do início das investigações e comprovações iniciais, só os gran-des personagens do setor produtivo é que foram e continuam presos. Nenhum político ou juiz de grande influência associado aos crimes foi preso. Por razões naturais, obvia-mente. Com a opinião pública de olho, certamente ficará mais difícil não haver enquadramentos. Con-versando recentemente com dois parlamentares, os mesmos foram claros na posição da classe: não se fará nada para punição do conjun-

to, apenas algumas cenas de terror para animar o público.

De efetivo mesmo, só acredi-tando em quem chega. Tirando a parte política e podre, há expecta-tivas econômicas menos sombrias que 2016. A verdade é que podere-mos ter um período menos doido, com planejamento mais adequado à realidade. Cientes do novo cená-rio, as empresas estão se virando para achar caminhos. E o brasileiro sempre se vira nos 30! Graças a Deus. Se o povo também não aju-dasse, era chuva de canivete sem protetor.

Para amenizar e alegrar nosso início de ano, uma matéria de capa pra lá de inspiradora: agentes de viagem que tratam seus clientes como reis, fazendo o possível e o impossível para transformar mo-mentos em passagens preciosas. Uma entrevista esclarecedora com Vitor Penido, prefeito de Nova Lima, município vizinho de BH e dos mais importantes de Minas. Espero que Deus nos dê o discernimento e força necessários para cada travessia. E faço aqui um agradecimento públi-co a ELE: desde 10 de janeiro, a vida da minha família se transformou com a chegada do Pedro Corrêa de Oliveira, o PCOzinho, filho do meu irmão Paulinho e da minha cunha-da Fernanda. Pra coroar, ganhei o maior presente: é meu sobrinho e afilhado. Feliz 2017!

Viver Brasil é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: rua Joaquim Floriano, 397 - 2º andar - Itaim Bibi CEP: 04534-011 – Tel.: (11) 2127-0000/ 3198-3695

Minas Gerais: rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br

Tiragem quinzenal 50.000 exemplares

Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar OliveiraDiretora executiva Eliana Paula

Editora-geral Maria Eugênia Lages

Redação Eliane Hardy, Fernando Torres, Lucas Rocha e Miriam Gomes Chalfi n

Repórteres colaboradores Flávio Penna e Sueli Cotta

Equipe de arte Adroaldo Leal, Luciano Cabral e Samuel Matos

Revisão Maria Ignez Villela

Estagiários Alex Vilaça e Renata Rocha

Articulistas Hermógenes Ladeira, José Martins de Godoy, Luis Cláudio Chaves, Olavo Machado, Matheus Cotta, Paulo Paiva e Wagner Gomes

Correspondentes internacionais(Paris) Igor Tameirão (Nova Iorque) Angelina Freitas

Fotografi a Agência i7

Analista comercial Sumaya Mayrink

Departamento comercial (MG) (31) 3503-8888Nathália [email protected]

Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A.

[email protected]

Gustavo Cesar Oliveira, diretor

gustavocesaroliveira gco_brasil

VIVER Entre....

20 Conexão Empresarial24 Entrevista28 Construção34 Energia limpa36 Especial Capa42 Educação50 Gastronomia56 Eventos

= COLUNAS16 Coluna do PCO18 Entre Aspas44 Minas Inova

46 Semi & Novos

48 Cantinho do Chef

52 Viver Melhor54 Zoom= ARTICULISTAS22 Paulo Cesar de Oliveira32 José Afonso Assumpção

40 José Martins de Godoy66 Hermógenes Ladeira

Nº 189 - 20 de janeiro de 2017 Fotos Capa Fotolia, arquivo pessoal e

Pedro Vilela/Agência i7

[email protected]

VIVER Janeiro 20 - 2017

Page 11: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

RI nº: 81886 - 7º Ofício de Registro de Imóveis de BH

Elegância por dentro, lazer completíssimo por fora e o melhor

do Gutierrez ao redor.

3280.8000

235,96 m2 - 4 suítes

213,41 m2 - 2 suítes e 2 semissuítes

Suíte máster com hidro e closet

Armário nos quartos

Salas e varanda com piso de mármore

Torre revestida com granito aerado

4 ou 5 vagas de garagem

Aquecimento central solar/gás e sistema

de reúso das “águas cinzas”

Elevadores codificados

Lazer para toda a família

Rua Almirante Alexandrino com

Stand de vendas e apartamento modelo no local.

Page 12: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Fale Conosco

Amor sem favorMuito inspiradora a matéria sobre voluntariado. É bom conhecer histórias de pessoas que, com uma pequena atitude, conseguem fazer uma enorme diferença na vida de alguém. Eu e minhas filhas ficamos encantadas com os exemplos das jovens que se preocupam com pessoas idosas. Inclusive, já estamos organizando um grupo para fazer visitas a asilos. Parabéns à revista por trazer uma reportagem tão delicada e de suma importância nos dias de hoje.

ANA ROSA DAVI DE ALMEIDA

Muito linda a atitude das amigas que se uniram para ajudar ao próximo. Também fiquei emocionada com a história das irmãs que resgataram o trabalho social da mãe numa comunidade carente. Essas pessoas são especiais, de valor, que se preocupam com o próximo, coisa difícil de ver hoje em dia. Há 15 anos, faço trabalho voluntário junto a crianças e posso dizer, com certeza, que isso me tornou muito mais feliz. Espero que esta bela reportagem sirva de inspiração para muitas pessoas.

LÍGIA MARIA DA ROCHA CÂNTARO

Amigos da culturaEsclarecedora a matéria sobre

doação do Imposto de Renda com benefício fiscal. Já havia lido algo a respeito, mas sem aprofundamento. Os exemplos citados me convenceram a participar de um dos projetos.

HUGO PENNA

Viver MelhorAdorei a coluna do jornalista Fernando Torres, sobre cardápio fitness. Não sabia que os restaurantes mencionados ofereciam esse tipo de gastronomia. Aproveitei e provei as indicações, sem ficar com peso na consciência!

LUIZA SOUTO GARCIA

Cantinho do ChefTestamos em casa a coxinha de rabada do chef João Augusto. Ficou uma delícia! Obrigado ao chef e à revista por compartilhar essa delícia com os leitores.

RENATA NEVES

A força de MinasGostaria de elogiar o caderno especial A força de Minas, que trouxe matérias interessantes sobre inovação, criatividade, redes sociais etc. Apesar do horizonte ainda sombrio, é bom saber que o otimismo não foi deixado de lado.

SOLON CASSIANO DUMONT

Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG CEP: 34000-000

E-mail: [email protected]

www.revistaviverbrasil.com.br

ação social no Lar Dona

Paula

M

ENTREVISTA DEPUTADO FEDERAL FÁBIO RAMALHO: “NÃO SE PODE DAR PODER ILIMITADO A NINGUÉM”

ARTIGO PCO TEMOS URGÊNCIA EM CRESCER

para você!

Natal

Voluntários oferecem carinho e atenção parafazer diferença na vida de quem precisa

solidárioESPECIAL VIVER BRASIL E O TEMPO APRESENTAM SUPLEMENTO

COM 200 EMPRESAS QUE SÃO DESTAQUE EM MINAS

Minas Viver Brasil e O TEMPO apresentam 200 empresas que são destaque no estado, do agronegócio ao turismo, da mineração à tecnologia

Especial

A força de

Capa 2.indd 1

9771984053009

88

10

0 Para anunciar: Tel.: (31) 3503-8888 Fax: (31) 3503-8888Releases: [email protected]: Tel: (31) 3503-8860

Comentários sobre o conteúdo editorial da Viver Brasil, sugestões e críticas a matérias. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço. Além do nome do autor, o e-mail também poderá ser publicado. Por razões de espaço ou clareza, os textos poderão ser publicados resumidamente.

Bem cotadoCom estranheza, lemos a matéria que traz dados do site Ranking dos Políticos. Os dados relativos ao deputado federal Paulo Abi-Ackel não correspondem à realidade e também não coincidem com os disponíveis no Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.

MARIA ANTONIETA ANDRADE

ASSESSORA DE IMPRENSA PARLAMENTAR DO DEPUTADO PAULO ABI-ACKEL

Resposta da redação: A Viver Brasil checou os dados no site Ranking dos Políticos e eles conferiam com o que foi publicado. Porém, de fato, divergem do Portal da Transparência. A reportagem, então, entrou em contato com a assessoria do site Ranking dos Políticos e, na sequência, falou com o cofundador Alexandre Ostrowiecki. Por e-mail, ele confirmou o erro do site e afirmou que “os dados estavam referentes a um período maior do que o dos demais deputados. Graças à reportagem, pudemos fazer a correção”.

12 VIVER Janeiro 20 - 2017

Page 13: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 14: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Viver on-line

CINEMA RUSSO - O Cine Humberto Mau-ro abre a temporada deste ano com a primeira mostra integral no país do di-retor russo Andrei Tarkovski. Títulos pre-miados como Stalker (1979) e Solaris (1972) compõem a programação, que vai até 9 de fevereiro. Entrada gratuita. Informações: (31) 3236-7400.

TEATRO POPULAR - Janeiro é mês de celebrar as artes cênicas em Belo Hori-zonte. A 43ª Campanha de Populariza-

ção de Teatro & Dança enche a cidade de cultura e diversidade até 19 de feve-reiro. Ingressos: R$ 5 a R$ 15. Informa-ções: (31) 3272-7487.

VERÃO COM ARTE - O Verão Arte Con-temporânea 2017 traz para a capital mineira 31 atrações que se apresen-tam gratuitamente ou a preços popu-lares em 15 espaços culturais da cida-de, até 19 de fevereiro. Informações: (31) 3221-6200.

PASSEIO CULTURAL

Já conhece a nossa página do Instagram dedicada especialmente à gastronomia? Confi ra e acompanhe receitas e dicas para sua cozinha!

Siga a Viver no Instagram, (@viverbrasilrevista) e no Facebook (facebook.com/revistaviverbrasil) e fi que por dentro das novidades.

ACESSADAS

1. 10 lugares para tomar sorvete em BH

2. Vida saudável

3. As vidas de Braz Vulcão Cotopaxi, no EquadorENVIADA POR: FERNANDO LEMOS

É a sua vez de mostrar que tem faro jornalístico. Fo to grafou uma cena inusitada? Saiba como participar em nosso site www.revistaviverbrasil.com.br

Confira a programação completa em www.tudobh.com.br

@vivergourmet

Page 15: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Dra. Elaine Aparecida Sclearuc. Diretora Técnica – CRM – MG50628

Page 16: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 201716

Fontes renováveis Uma proposta que tramita na

Câmara Federal pode obrigar as indústrias brasileiras a usarem pelo menos 20% da energia elétrica produzida por fontes renováveis, como a eólica, a solar e a biomassa. Se aprovada em plenário, a medida passa a valer a partir do ano que vem. Ela já foi aprovada pela Comissão de Minas e Energia.

Vice-presidência da Câmara

O deputado federal Fábio Ramalho, considerado um dos mais próximos de Michel Temer há muitos anos, vai disputar a vice-presidência da Câmara. Acredita-se que é o único mineiro a apresentar-se. Fabinho Liderança é dos parlamentares mineiros mais bem relacionados em Brasília e pelo Brasil afora.

Mosca azul Mesmo que discretamente,

muitos comentam do sonho da presidente do STF, Cármen Lúcia Rocha, em ser presidente da República. Os meus leitores devem se lembrar que falei do assunto na última coluna do ano. Temer que se cuide.

Ladies Run Club

A designer de joias Raquel Braga e a bailarina Michele Navarro criaram o Ladies Run Club, grupo de corrida somente para mulheres. As associadas receberão o cartão Ladies Club e terão orientação de equipe especializada e benefícios. O lançamento será dia 28, às 9h, na Lagoa Seca, em frente ao restaurante Me Gusta.

POR PAULO CESAR DE OLIVEIRA

O samba-enredo da escola de samba Impe-ratriz Leopoldinense, Xingu – O Clamor que Vem da Floresta, mereceu um veemente protesto do presidente da Faemg, Roberto Simões. Para o empresário, a letra da música tenta propagar, junto aos desavisados, acusações infundadas, como ameaças aos índios, o desma-tamento, o uso de defensivos agrícolas e a indevida construção de uma hidrelétrica. Essa é uma agressão ao agronegócio, reclama Simões.

Agressão ao agronegócio

Nome em alta

Mineiros na NRF

Está em alta o deputado estadual João Ma-galhães (PMDB), que conhece os meandros do poder como poucos e, por isso, sabe dar as cartas. Trabalha nos bastidores e pouco se fala dele no noticiário político. João Ma-galhães é leal aos seus amigos.

Os empresários Salvador e Rafael Ohana (leia-se Klus) estão em Nova Iorque partici-pando da NRF – Retail Big Show 2017, uma das consagradas feiras de varejo do mundo. Além do networking, o participante da NRF escolhe palestras do mundo do varejo que quer assistir com alguns dos melhores pales-trantes do ramo. Paralelamente, acontece uma feira com grandes empresas mostrando novas ideias, tecnologias e tendências para o varejo.

Rafael Motta/Divulgação Faemg

Divulgação/PMDB-MG

Tião Mourão

Page 17: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Com certeza, o governador Fernando Pimentel, se soubesse, no início do governo, do advogado Jairo Isaac (foi secretário da Fazenda do governo Newton Cardoso e agora estava na equipe de Décio Freire), teria convidado ele de cara para Secretaria do Meio Ambiente. Jairo, mesmo não sendo do meio, é elo-giado pela firmeza e um dos seus méritos foi retirar a secretaria do noticiário. Agora, só notícia boa.

Na recente reformulação que o presidente do BDMG, Marco Crocco, fez na diretoria, foi convidada a compe-tente Marcela Brant para ocupar a diretoria de Risco e Gestão Corporativa. Marcela, funcionária de carreira do BDMG, é filha do ex-deputado Roberto Brant, que está no maior orgulho com a filha. A outra diretora é Carolina Duarte, advogada de carreira do BDMG.

A Rede Tauá de Hotéis e Resorts, fundada por João Pin-to Ribeiro, não tem do que se queixar de 2016. A Rede, arrendatária do Tauá Grande Hotel de Araxá, teve bom desempenho no ano. O grupo, que também possui hotéis em Caeté (onde tudo iniciou) e Atibaia (SP), fechou 2016 com crescimento de 10% em relação a 2015 e faturou nada mais que 140 milhões de reais. O Tauá Grande Hotel de Araxá aumentou a receita em 10% e receberá investimentos de 2 milhões de reais em 2017.

Alguns poucos amigos do senador Aécio Neves andam espalhando que ele viria, pela primeira vez, morar em Belo Horizonte, já que seu prestígio em Minas está baixíssimo. No entanto, outros apostam que ele não moraria aqui nunca. E outros apontam que o ex-governador deveria fa-zer como fez Brizola: candidatar-se ao governo do Rio.

Ainda sobre o ex-governador Aécio Neves, esses amigos dizem que, se ele não for o candidato do PSDB à Presidência da República, ele poderá ser o candidato em Minas em 2018. Mesmo sendo presidente nacional do PSDB, não será fácil emplacar sua candidatura. Em Brasília, ele tem muito prestígio com a bancada tucana e se reelegeu presidente nacional.

VIVER Janeiro 20 - 2017 17

Tauá vai muito bem

Candidato no Rio

De olho em 2018

O mundo gira Rodrigo Maia não tem mais

dúvida: ele considera que as candidaturas do Centrão estão amparadas pelas digitais de Eduardo Cunha e seguem orientações que vêm de um complexo prisional específico. O bloco, até pouco tempo famoso, tende a ser rebatizado de PCC: Partido do Centrão de Cunha.

Político com palavra?

Quando se lançou candidato à presidência da Câmara, Rodrigo Maia bradou aos quatro cantos que cumpriria apenas um mandato tampão, correspondente aos seis meses restantes do mandato de Eduardo Cunha. Agora que ele é candidatíssimo à reeleição, integrantes das diversas bancadas repetem a ladainha de que ele é um político sem palavra. Isso soa estranho. Existe político que honra sua palavra, no Brasil? Apontem um único exemplar dessa espécie.

Feliz 2018 O vazio político resultante do

desmanche dos partidos pela Revolução de 1964 tornou-se aterrorizante ao adquirir, nos governos petistas, a característica de se locupletar, profissionalmente, com o aparelhamento do estado. Ficou assim decretada a falência de nossa estrutura política, tal como visualizada em tempos recentes. Ela, ao perder a característica conjuntural, transformou-se em estrutural. O ano 2017 será profícuo para que seja extirpada de vez. Caso ocorra, poderemos sonhar com um feliz 2018.

Escolha acertada

Marcela Brant, diretora do BDMG

Colaboração: Ana Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Sueli Cotta

Moreira Mariz/Agência Senado

Divulgação

Tião Mourão

Pedro Vilela/Agência i7

Page 18: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

O presidente da Fiemg, Olavo Ma-chado Jr., pretende insistir na ideia de realização de uma nova Assembleia Nacional Consti-tuinte. Para ele, o que se ouve das ruas de forma cres-cente é que o Brasil exige paz para trabalhar, produzir e gerar empregos. A situação no país é tão grave que, para que isso aconteça, será neces-sária uma nova Constituição Federal. Para o empresário, a nossa Constituição é excessivamente generosa na distribui-ção de direitos e benefícios, mas omissa na indicação de fontes de recursos para financiá-los. Além disso, Olavo Machado pondera que, quando foi elaborada, em 1988, estimava-se um crescimento que acabou não se concretizando na econo-mia brasileira. Agora chegou a hora de colocar os dois pés no chão.

18

Wikipedia/Divulgação

Jan Zappner

Entre Aspas

Enquanto o Brasil sofre com o desemprego e o colapso na Previ-dência Social, em alguns países está em discussão a implantação da ren-da básica universal. Nesse sistema, o cidadão recebe uma quantia fixa por mês, determinada pelo estado, independentemente de trabalhar ou não. A Finlândia começa a implantar um programa-piloto a partir deste mês. Dois mil finlandeses, escolhidos aleatoriamente, vão receber, cada um, 560 euros ou 1.918 reais ao mês. Uma realidade bem distante da nossa.

Muitos falam que 2017 é uma conti-nuação de 2016, devido aos problemas ocorridos no país no início do ano. Mas o certo é que o brasileiro ainda não sabe o Brasil que ele quer ter ou tem dificuldade para definir o modelo de administração que atenda aos seus anseios. O estado brasileiro é caro, ineficiente, com muitas portas abertas para a corrupção e adora um cabide de emprego. Neste ano, o governo federal vai gastar, só com a folha de pagamento, pelo menos 306,9 bilhões de reais. O Brasil tem mais de 2 milhões de servidores públicos federais; desses, mais de 100 mil são nomeados e ocu-pam cargos de confiança. Esse número é maior do que a população de Manaus e um pouco menor do que uma cidade como Belo Horizonte. Quantos servi-dores são necessários para se ter uma administração eficiente?

RENDA BÁSICA UNIVERSAL

REFORÇANDO O CAIXA PENHORANDO JOIAS

O TAMANHO IDEAL

VIVER Janeiro 20 - 2017

POR SUELI COTTA | [email protected]

“O que está acontecendo agora, o que podemos chamar de crise

da democracia, é o colapso da confi ança. A crença de que os líderes

não só são corruptos ou estúpidos, mas também incapazes.”

Sociólogo Zygmunt Bauman

NOVA CONSTITUINTEFiemg/Divulgação

Richard Dettenborn

Muitos brasileiros têm pe-nhorado suas joias na Caixa Eco-nômica Federal para aumentar a renda familiar e conseguir pagar as contas. As facilidades para se conseguir crédito, sem exigência de avalista ou burocracia, fez com que esse tipo de operação aumentasse em 12% no ano pas-sado no país. Em Minas Gerais,

a penhora movimentou 1,07 bi-lhão de reais. A avaliação chega a 85% do valor da joia e a renova-ção do item penhorado pode ser feita quantas vezes for necessá-rio. A joia é leiloada após 30 dias de inadimplência no pagamento da taxa de juros mensal, que é de cerca de 2% do penhor.

Page 19: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Taxa 0% com 60% de entrada e saldo em 18 meses. Bônus de R$ 9.000,00 válido para o modelo Golf Comfortline 1.6, automático, ano/modelo: 2015/2016. Código BC13F3. Consulte condições.

Todos juntos fazem um trânsito melhor.

Novo Jetta TSI

Taxa 0%

Novo GolfComfortlineAutomático

R$ 9.000,00Bônus de

Page 20: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

20

O prefeito de São Paulo, João Do-ria Jr. (PSDB), será o palestran-te do 1º Conexão Empresarial

deste ano. O almoço-palestra, agen-dado para 17 de fevereiro no Espaço V, em Nova Lima, vai reunir empre-sários, políticos e autoridades dos setores público e privado. O evento é promovido pela VB Comunicação, com apoio da Amil, Anglo American, Banco Mercantil, Cemig/Governo de Minas, CH Tecnologia, Clube de Per-muta, Net Service, Pad e Valspe.

Empresário bem-sucedido, João Doria estreou na administração mu-nicipal com uma agenda cheia e bem diferente da que estava acostumado até então. Logo após o dia da posse, o prefeito se vestiu de gari e varreu um trecho da praça 14 Bis, no centro da cidade. Aliás, no fim de 2016, ele pro-meteu varrer as ruas todas as sema-nas do seu mandato. A ação reforça a declaração dada no discurso de pos-se: “A prioridade desta gestão serão os mais humildes e os mais pobres da

Arantes Fábio

Eleito com 53% dos votos válidos,

prefeito de São Paulo abre a temporada

do Conexão Empresarial 2017

Doria em BH

VIVER Janeiro 20 - 2017

CON EXÃO E M PR ESAR IAL

nossa cidade”.O primeiro programa lançado

pelo novo governo foi o São Paulo Cidade Linda. Trata-se de um pro-jeto de zeladoria urbana para res-gatar as principais vias da capital paulista. A primeira etapa do progra-ma vai envolver mais de mil pessoas em trabalhos como poda de árvo-res, manutenção de logradouros, ilu-minação pública, troca de lixeiras e reparos de calçadas. O prefeito tam-bém anunciou um plano para zerar a demanda por vagas em creches, até então com fila de 66 mil crianças.

A ideia é implantar, em 12 meses, os equipamentos públicos necessários para suprir essa demanda.

Outra ação de porte da gestão Do-ria é o Corujão da Saúde. Lançado no último dia 10, o programa visa zerar o déficit dos exames públicos na rede municipal em 90 dias – até então, a fila chegava a 485,3 mil exames. A Se-cretaria Municipal de Saúde iniciou, dia 2 de janeiro, os contatos telefô-nicos para agendar exames de 296,5 mil pacientes (60% do total) que esta-vam na lista de espera entre um e seis meses. Oito hospitais particulares já estão credenciados para atender à população.

O prefeito também lançou ini-ciativas para aliviar os cofres públi-cos, com redução de despesas como água, luz e materiais. Entre elas estão a devolução de automóveis alugados, a redução de valores em contratos e a inclusão de um gestor de economia em cada secretaria e empresa municipal.

O PREFEITO EMação: proximidade com o povo

Page 21: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

TRAJETÓRIA DE SUCESSO

João Doria é o prefeito de São Pau-lo, eleito com 53% dos votos válidos, em pleito histórico, defi nido no primei-ro turno. É paulistano, tem 59 anos, é casado e pai de três fi lhos. Jornalista e publicitário, Doria é presidente licen-ciado do Grupo Doria, fundador e pre-sidente licenciado do Comitê Executivo do Lide – Grupo de Líderes Empresa-riais e membro do Conselho Deliberati-vo do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.

Foi secretário municipal de Turismo e presidente da Paulistur, entre 1983 e 1986, na gestão do então prefeito Mário Covas. Presidiu a Embratur e o Conselho Nacional de Turismo de 1986 a 1988. Em 2001, fi liou-se ao PSDB. Também foi fundador e vice-presiden-te do São Paulo Convention & Visitors Bureau, diretor de comunicação da Rede Bandeirantes de Televisão (1979 a 1982) e professor de marketing na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo (1981 a 1983).

Em 2012, pelo quarto ano conse-cutivo, foi eleito uma das 100 pessoas mais infl uentes do Brasil e do mundo, pela revista IstoÉ. Em 2014, foi eleito um dos 100 líderes de melhor reputa-ção do Brasil, em pesquisa feita pela

empresa europeia Merco, publicada no Brasil pela Exame.com. Também será homenageado, em maio deste ano, com o prêmio Person of The Year, concedido anualmente em Nova Iorque pela Brazil American Chamber.

Planos de saúde

Representatividade legal

Assessoria jurídica

e econômica

Linhas de fi nanciamento

Assessoria em negócios

internacionais

Certifi cado digital

Fale com a gente0800 031 2266

CONTRIBUIÇÃOSINDICALPATRONAL VENCIMENTO: 31 DE JANEIRO

Acesse o site abaixo para emitir as guias:www.fecomerciomg.org.br/contribuicaosindical

Veja alguns benefícios que a Fecomércio oferece para a sua empresa:

Leon Rodrigues

JOÃO DORIA recebeu o cargo de prefeito de Fernando Haddad

Page 22: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 2017

Ousadia dos insensatosPode não dar certo e, provavelmente, não dará mes-

mo, mas é preciso reconhecer que o presidente Temer tem sido corajoso na apresentação dos temas para as reformas do país. Tem tido a ousadia dos insensatos, pois propõe seriedade num ambiente nada sério, em que os atores se mostram canastrões, se apresentando como de-fensores do povo, num discurso demagogo, apontando defeitos em todas as reformas, sem apontar alternativas reais para a solução de problemas que se agravam a cada momento. O presidente, ao contrário, vai indicando os caminhos que poucos se dispõem a seguir, mesmo sa-bendo serem os corretos, pelos riscos de perdas políticas.

O presidente tem consigo a equipe econômica, e con-tra suas propostas, os que preferem os cargos à solução dos problemas. Está na posição da ovelha, citada pelo escritor Rodrigo Constantino, sentada à mesa discutindo com dois lobos o que será o jantar do dia. Poucas chan-ces de escapar. Mas, mesmo assim, é preciso tentar. A opinião de quem tem experiência no ramo é que Temer poderia correr riscos mais moderados, apresentando as mudanças de forma fatiada. É a velha prática de comer a comida quente pelas beiradas, aprovando uma a uma as mudanças, não tocando todo o projeto em risco. Há neste caso, no entanto, a enorme chance de se promover mudanças inócuas, deixando de aprovar as medidas que são essenciais e, justamente por isso, mais polêmicas. Até porque se há muita demagogia dos contras, há, no projeto, pontos que precisam ser discutidos com maior profundidade, pelas repercussões que provocam.

Um exemplo disso é a dificuldade que terá o cidadão de conseguir se manter empregado até cumprir o tempo de contribuição exigido para se atingir o teto do benefício que, ressalte-se, não é lá estas coisas. Pesquisa recen-

te, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), mostra que apenas 137,6 mil pessoas com idade superior a 65 anos ocupa vagas formais no mercado de trabalho. E elas são mais de 16 milhões no país. E serão mais, muito mais, antes que os resultados práticos da reforma previdenciária comecem a aparecer. Este é um problema real que precisa ser debatido e, se possível, solucionado antes da aprovação da mudança, num país com números alarmantes de desempregados de todas as faixas etárias. Mas é preciso prosseguir, insistir na tenta-tiva de mudar aquilo que Fernando Henrique e Lula, com muito mais aprovação popular, não tiveram coragem de levar adiante. Os projetos políticos pessoais impediram a ousadia. Projetos que, por razões óbvias, Michel Temer não pode ter. Por mais que se esforce, não conseguirá, até o final de seu governo, aprovação popular suficiente para postular uma tentativa de reeleição. Sabendo dis-so, já descartou esta hipótese. Optou por entrar para a história por uma porta mais estreita, usada por aqueles que deixaram sua marca no país e dificilmente terão o reconhecimento disto antes de algumas décadas, que é quando as medidas que tomou surtirão efeito.

Para transpor esta porta estreita, Temer vai precisar de ajuda. As mudanças radicais só se consegue fazer com governos totalitaristas ou vencendo a batalha da comuni-cação. O discurso dos contrários às mudanças é bem mais simpático do que aquele dos que as defendem. Exatamen-te por isso, os que são favoráveis e que ficam todo o tempo resmungando contra o governo, cobrando as mudanças, precisam ser mais ousados. Usar as armas que têm para, se não convencer a maioria, pelo menos para reduzir as resistências. Nesta guerra não há espaço para a timidez. É preciso se mostrar, quebrar resistências e buscar espa-ço para a colocação de suas ideias. Vencer a demagogia, ainda mais quando ela se sustenta em fatos que assustam mesmo, não é tarefa para quem não quer se expor. Este 2017 pode ser o ano das grandes transformações, desde que os que a desejam efetivamente, e insistem na tarefa de cobrá-las, também venham para a rua dispostos à luta. E que ninguém se iluda: a luta será árdua. Mas quem quer faz. Vencerá quem ganhar a guerra da comunicação.

Paulo Cesar de Oliveira, jornalista

Paulo Cesar de Oliveira

Temer optou por entrar para a história por uma porta mais estreita, usada por aqueles que deixaram sua marca no país

22

Page 23: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Resp

onsá

vel T

écni

co:

Dra

. Er

ika

Cor

rêa

Vra

ndec

ic -

CRM

MG

2

8.9

46

b2bd

esign.com.br

Page 24: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 2017

No último ano, surgiu uma “janela jurídica” pela qual muitos administradores vêm tentando escapar: a calamidade financeira. Três estados, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, estabeleceram essa expressão para decretar falência, e muitos dos prefeitos que assumiram no dia 1º de janeiro seguem o exemplo. O agravamento da crise é uma realidade, mas o prefeito de Nova Lima, Vitor Penido (DEM), entende que a estrutura administrativa brasileira vem permitindo, nos últimos 40 anos, que pessoas sem vocação política e administrativa assumam postos de comando, o que colabora para a instauração do caos.

Muitos prefeitos têm decretado estado de calamidade fi nanceira. O que está acontecendo com os municípios?Quando se fala em calamidade, estamos falando de falência. Se fosse uma empresa privada, usaríamos essa palavra, que também significa que as prefeituras estão sem chance de recuperação. É falência mesmo, sem pedido de concordata. Mas temos alguns problemas nos 5.570 municípios brasileiros,

que eu, inclusive, chamei a atenção no período em que estive na Câmara dos Deputados: um percentual muito

alto de pessoas completamente descompromissadas e despreparadas que assumem os mandatos com outro

objetivo, diferente do de governar. Elas administram os municípios com um grupo em busca de resolver problemas pessoais e familiares. Talvez seja o maior problema do país hoje.

Aparelhamento?Sim, o aparelhamento da máquina pública.

Quando eu deixei a prefeitura de Nova Lima, ela era organizada, estruturada, não era inchada como

agora, e tinha todos os setores funcionando. A folha de pagamento não ultrapassava 36% do orçamento, ao contrário de hoje, onde é mais de 70% e com uma receita infinitamente maior do que eu tinha, com os valores corrigidos. A prefeitura, hoje, é um péssimo exemplo de administração pública. É uma cidade milionária, com a máquina administrativa inchada com mais de 5 mil funcionários, o equivalente a quase 10%

Estado inchado

Entrevista Vitor PenidoPela quarta vez à frente da prefeitura de Nova Lima, o político do DEM defende o enxugamento da máquina pública e defi ne as declarações de estado de calamidade fi nanceira como despreparo administrativo

SUELI COTTA

24

Page 25: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Fotos: Pedro Vilela / Agência i7

do eleitorado. Eu chamava a atenção como parlamentar, dizendo que, se nós não mexêssemos nesse excesso de contratações, ficaria impossível administrar. Não existe nenhum município viável que gaste mais de 40% a 45% com folha de pagamento. A maioria das cidades declarou calamidade financeira justamente pelo despreparo e pela irresponsabilidade desses administradores. Por outro lado, temos o exemplo de Mariana, que viveu uma tragédia, com o rompimento da barragem. Houve queda na receita, desemprego – mais de 2 mil pessoas foram dispensadas pela Samarco – e, mesmo com todos esses problemas e dificuldades, o prefeito Duarte Júnior (PPS) terminou o mandato com as contas e salários em dia, inclusive o 13º. Por isso, insisto em dizer que, se não houver conscientização de que administrar uma cidade e um estado não é para qualquer um, que é preciso ter limites e regras e um Judiciário atuante, as coisas só vão piorar. A crise existe, houve queda de receita, há desemprego, mas a maioria dos prefeitos não fez o dever de casa.

Qual seria o tamanho ideal do estado? Minas tem 853 municípios, alguns deles com 800 habitantes. O que justifica? A criação desses municípios é uma farra que aconteceu no estado e no Brasil. Quanto isso custa para o país, para a infraestrutura da prefeitura? Há municípios que têm até 12 secretarias. Fora a estrutura do Legislativo, outro problema sério de gastos no país. Em uma cidade como esta, de 800 habitantes, apenas uma pessoa resolveria os problemas. Esse é outro excesso de gastos e precisamos corrigir essas distorções para que o Brasil possa

funcionar. Alguém pode falar que isso é muito relativo, que na Alemanha existem mais de 12 mil municípios. Sim, mas a estrutura de lá é bem diferente da nossa. Na Alemanha, prefeito e vereador não recebem salário. O que não é o caso do Brasil, onde o custo do Executivo e do Legislativo é muito alto. Com isso, grande parte dos recursos tirados do contribuinte acaba sendo usado para satisfazer interesses pessoais, familiares e de partidos políticos.

A ideia de que dinheiro público não é de ninguém alimenta essa estrutura administrativa no Brasil?Sim, esse é outro problema. Dinheiro público é daqueles que contribuem e que gostariam que ele fosse aplicado na melhoria do ensino, da educação, da saúde, do meio ambiente, da infraestrutura, da segurança. Só que não sobra dinheiro. Em Nova Lima, por exemplo, os investimentos em infraestrutura nos últimos anos foram praticamente zero, mas o orçamento, há dois ou três anos, chegou a quase 700 milhões de reais. O dinheiro saiu pelo ralo. A situação é tão grave que matricular os 8 mil alunos da escola pública em uma particular seria mais econômico do que manter a rede pública. Não estou defendendo acabar com a educação pública, mas insisto que dinheiro público tem dono, sim. Ele é das pessoas que contribuem com impostos muito altos e que, infelizmente, não estão sendo destinados à redução da miséria ou para melhorar a alfabetização de nossos filhos.

O excesso de partidos também acaba comprometendo as administrações, já que, para se eleger hoje, é preciso uma

Entrevista

Vitor Penido

FAÇA JÁ SUA RESERVA0800.607.2011

www.sandiegohoteis.com.br

4a DIÁRIA

GRÁTIS4a DIÁRIA

GRÁTIS*Válido de 23/02 a 05/03, somente para os hotéis de BH (San Diego Express Barro Preto, San Diego Suites Lourdes, San Diego Concept Pampulha e Niágara Flat). Promoção não acumulativa.

Na compra de 3 diárias para aproveitar o Carnaval em BH,ganhe mais um dia para curtira folia e desfrutar de todo oconforto da Rede San Diego Hotéis.

Page 26: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

aliança que, depois, é cobrada com a ocupação de cargos públicos?O Judiciário teve muita responsabilidade nisso, quando extinguiu a cláusula de barreira. Se isso não tivesse acontecido, com certeza não teríamos mais do que cinco ou seis partidos. Por outro lado, temos a fraqueza dos congressistas que se amedrontam e acabam aceitando muitas coisas. Partidos como o PT, PMDB, PSDB e o próprio DEM, que encolheu muito devido à facilidade de mudança de partido, têm mais de 2/3 da Câmara e podem aprovar o que quiserem. É muito difícil para qualquer pessoa que pensa que tem vocação para participar de política entrar em um partido que tenha, pelo menos, um histórico e alguns anos de sobrevivência. Por isso, ela acaba escolhendo um partido menor, onde acaba tendo maior facilidade para uma votação razoável. Isso acontece devido à fraqueza do Congresso, que não se preocupa com o país, mas apenas com a reeleição.

Os municípios mineradores e o próprio estado aguardavam o avanço do projeto que trata do marco regulatório da mineração no Congresso. Por que o projeto não avançou?Essa é uma das propostas que estou levando aos meus colegas prefeitos das cidades mineradoras de Minas.Sabia que era um projeto polêmico, mas tínhamos dois pontos que eram fáceis de serem decididos, que deveriam ser desmembrados do texto original. O primeiro passava a alíquota da Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (Cfem) de 2% para 4%, e foi uma decisão de consenso dessa comissão e do Ibram e de todos os sindicatos que participaram da discussão. O outro ponto foi a criação de uma agência, que hoje funciona como um departamento, para dar mais autonomia aos funcionários, atendendo a um pedido deles. Alguns interesses, no entanto, impediram o projeto de avançar. Isso acarretou grande prejuízo para Minas e para o Pará, os dois maiores estados mineradores. Agora, em razão

da amizade que fiz na Câmara, de parlamentares da área, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que tem possibilidade de ser reconduzido à presidência da Câmara, e do próprio presidente Michel Temer, pretendo chamar os prefeitos das cidades mineradoras para irmos a Brasília e ponderarmos sobre a importância de definir sobre essas questões e agilizar sua tramitação no Congresso. O que não pode acontecer é um projeto da importância do marco regulatório da mineração ficar à mercê de acordos fora do contexto da transparência e da seriedade das pessoas, prejudicando os municípios e os estados mineradores.

Acha que falta pressão da bancada federal mineira?Sem dúvida, falta união. O Nordeste tem estados com bancadas menores que a nossa, mas consegue muito mais coisa. Minas é a segunda maior, mas não tem força. Prova disso é que não temos um ministro no governo Temer. A falta de prestígio não é só neste governo, nos últimos também não conseguimos recursos importantes, como para a duplicação da BR-381, a rodovia da morte. Nosso estado é minerador e até hoje não conseguimos emplacar um nome no Ministério de Minas e Energia. Chega a ser um desrespeito, uma desmoralização. Falta aos parlamentares deixar de lado a discussão de grupos e partidos e passar a discutir os interesses do estado.

O aumento da violência, agravado com o desemprego, também tem preocupado. Como resolver essa situação?Primeiro, precisamos fechar a torneira. É o excesso de crianças, que nascem e acabam não tendo acesso a uma boa escola, a uma boa educação e acabam sendo jogadas com 12, 13 anos nas ruas, que gera violência. Não adianta investir na construção de mais penitenciárias se continuamos fabricando marginais e pessoas revoltadas. O que é melhor: gastar 40 bilhões de reais na construção de novas penitenciárias ou investir na educação? É questão de prioridade.

Entrevista

Vitor Penido

26

“Não adianta investir na construção de maispenitenciárias se continuamos a fabricarmarginais, pela falta deboa educação”

VIVER Janeiro 20 - 2017

Page 27: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 28: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

28

MIRIAM GOMES CHALFIN

Inovar e renovar, duas palavras tão parecidas, mas com diferen-ças nada sutis. Enquanto a pri-

meira engloba formas novas e mais eficazes ou eficientes de fazer algo que não existia antes, a segunda dá a ideia de melhorar o que é bom e descartar o que é ruim. Não por aca-so, são termos muito usados na ges-tão de empresas. Mas o resultado, sem dúvida, é muito melhor quan-do essas palavrinhas são, de fato, colocadas em prática. Ou melhor,

na mente, no papel e no canteiro de obras. Exemplo disso é a Racional Engenharia, empresa paulista que tem 45 anos de mercado, mas com o espírito pra lá de jovem. Aliás, esse é um dos segredos de sucesso da construtora, que tem no portfólio nada menos que 600 obras espalha-das por todo o país.

“Ao longo desse tempo, nos-sos principais desafios foram ante-ver situações de futuro para propor projetos de mudança, de renova-

ção, e trabalhar intuição e razão juntas. Cultivar a racionalidade em tudo o que a gente faz, em coerên-cia com o nome da empresa, mas sempre tendo a intuição para ouvir o mercado sobre aquilo que ele ain-da não sabe falar. Além disso, man-ter a competitividade com todas as transformações que o mercado im-põe”, ensina o fundador e CEO da Racional, o engenheiro civil Newton Simões. Pronto, aqui está a receita de sucesso da construtora que, se-

Racional Engenharia completa 45 anos de mercado, com gestão baseada em inovação e renovação e portfólio com 600 obras

Razão e intuição

VIVER Janeiro 20 - 2017

CONSTR UÇÃO

AEROPORTO DE BH:primeira obra no setor de infraestrutura

Pedro Vilela/Agência I7

Page 29: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

29

gundo Simões, já nasceu com um DNA bastante definido: integrar o conceito de engenharia (inteligên-cia) com a obra propriamente dita. E não é qualquer construção: “Gos-tamos de obras complexas, com de-safios, onde podemos aplicar nossa inteligência”, completa.

Um dos exemplos é o projeto Sirius, considerado a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil. Trata-se de um edifício de 68 mil m2 que vai abri-gar um conjunto de aceleradores de elétrons de última geração, para análise estrutural dos mais diver-sos materiais. Encomendado pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, o projeto será concluído em 2018. “A tecnologia construtiva é de primeiro mundo, um tipo de experiência de operação de alcance até difícil de entender. É equivalente a um que foi feito na Suécia”, expli-ca Newton Simões. Segundo ele, o prédio está entre as obras civis mais

Gostamos de obras complexas,

com desafios, onde podemos aplicar

nossa inteligência”Newton Simões, fundador e

CEO da Racional Engenharia

VIVER Janeiro 20 - 2017

CENTRO DE PESQUISAS Global da GE: projeto voltado para economia e reúso de água e energia

Nelson Londres

sofisticadas do país, com exigências de estabilidade mecânica e térmica sem precedentes.

Outra empreitada de destaque é a expansão do Aeroporto Interna-cional de Belo Horizonte, entregue no fim do ano passado. Inclusive, a obra marca o início da atuação da Racional no mercado de infraestru-tura – até então, a empresa estava presente nos segmentos industrial, de shopping centers e varejo, edifi-cações e ciência e tecnologia. “Exis-te a demanda porque, há alguns anos, o Brasil parou de investir em infraestrutura. Os modelos de con-cessões mudaram, trazendo agili-dade em governança, mas com a desvantagem de ter construtoras como líderes dos processos. Ago-ra, o que está acontecendo nos leilões é que os operadores de ae-roportos e investidores são os lí-deres. A construtora entra como aliada ou subcontratada”, explica Newton Simões. De olho nesse fi-lão, ele afirma que a Racional já está se preparando para entrar em no-vas concessões, entre elas as dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, com leilões previstos para março deste ano. Simões revela, ainda, que há interesse na área de portos.

No caso do empreendimento de BH, a obra incluiu a construção do novo terminal e do viaduto de em-barque/desembarque de passagei-ros e a reforma do antigo terminal e do pátio de aeronaves. Ao todo, a área aumentou em mais de 60%, chegando a 132 mil m2. Tudo isso feito em apenas 12 meses e den-tro do orçamento. Segundo o CEO da Racional, fazer uma obra dessa magnitude em tão pouco tempo só foi possível graças à parceria com a concessionária BH Airport. “Plane-jamento e o trabalho a quatro mãos foram fundamentais para cumprir o prazo. Apesar de não termos feito

CENTRO TECNOLÓGICOItaú: maior datacenter da América Latina

Fotos: Divulgação

Page 30: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

30

CONSTR UÇÃO

VIVER Janeiro 20 - 2017

RAIO XSaiba mais sobre a Racional Engenharia

ALGUMAS OBRAS DE DESTAQUECentro Tecnológico Itaú, em Mogi Mirim (SP), considerado o maior datacenter da América LatinaJaguar Land Rover, em Itatiaia (RJ), 1ª fábrica própria da marca fora do Reino UnidoAeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confi nsClub Mediterranée Itaparica (BA)Shopping Pátio Higienópolis, em São PauloTietê Plaza Shopping, em São PauloHospital Albert Einstein, em São PauloHotel Hilton Barra, no Rio de JaneiroFábrica da Sadia, em Lucas do Rio Verde (MT)

ALGUMAS OBRAS EM MINAS GERAISSolorrico, Novotel e Usina Delta, em UberabaZanini Equipamentos Pesados, em CaratingaSede da IBM, Cia. Real de Crédito Imobiliário Banco Real e expansão do BH Shopping, em Belo HorizonteDasa - Destilaria Serra dos Aimorés, em Serra dos Aimorés

CERTIFICAÇÕES

A Racional é uma das pioneiras na certifi cação de construções sustentáveis no Brasil10 obras com certifi cação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), entre elas:- Cidade Nova, no Rio de Janeiro, o primeiro edifício comercial certifi cado no país- Datacenter Telefônica Vivo, o primeiro da América Latina a ter o selo

Fundação: 1971

Funcionários diretos: 700, sendo 150 engenheiros e arquitetos

Mão de obra terceirizada: 2,8 mil pessoas

Mercados de atuação

Industrial Shopping centers e varejo

Edifi cações Ciência e tecnologia

Infraestrutura

Pedro Vilela/Agência I7

FÁBRICA DA LANDRover: a primeira da marca fora do Reino Unido

Rogério Lorenzoni

Mais de

600 obras e mais de

9 milhões de m2

em projetos construídos em todo o país

AO FUNDO,aeroporto de BH

Page 31: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

31

aeroporto antes, somos a empresa que mais construiu shopping cen-ters no Brasil. Isso ajudou muito porque são projetos similares”, frisa Newton Simões.

Quem já teve oportunidade de conhecer a nova infraestrutura per-cebe que ela mudou da água para o vinho. Agora, os espaços restritos aos passageiros de voos domésti-cos e internacionais estão integra-dos por uma grande área contínua climatizada. Para facilitar o deslo-camento dentro do novo terminal, que tem 650 m de comprimento, os passageiros contam com três estei-ras rolantes. Além disso, há quatro esteiras de devolução de bagagens, cinco canais de inspeção, dois ca-nais de inspeção da Receita Fede-ral, dez guichês para conferência de passaporte, 18 elevadores e nove escadas rolantes.

Outro projeto em Minas que promete chamar aten-ção é a nova sede da Locali-za. A obra começou há dois anos e, agora, está em fase de conclusão. “É um projeto arquitetônico bastante arro-jado, do escritório Botti Ru-bin. É uma honra trabalhar com um cliente que vê va-lor em uma coisa boa. Está ficando um espetáculo”, conta Newton Simões. O empreendimento, localiza-do no bairro Cachoeirinha, região Nordeste de Belo Ho-rizonte, terá 26 pavimentos e projeto paisagístico dife-renciado. “O prédio vai for-mar boa opinião, vai ficar num primeiro time”, prevê o CEO da Racional, que pre-tende entrar firme e forte no mercado mineiro. “Minas promete. É um estado su-per importante pela econo-mia, política e localização. Tem empresas de porte in-

ternacional e, onde há investimen-tos, criam-se oportunidades para nós. Acreditamos em Minas Gerais e temos toda a intenção de participar das propostas do estado”, afirma Si-mões. Segundo ele, a construtora soma 12 obras em solo mineiro.

Fundada em 1971, a Racional Engenharia conta com 700 empre-gados, sendo 150 engenheiros e ar-

quitetos. A maior parte da mão de obra é terceirizada, com cerca de 2.800 pessoas. Nessa trajetória de sucesso, a ousadia sempre este-ve presente. “Sempre fomos muito arrojados. Mesmo sendo uma em-presa pequena, lá no início, a gente pensou grande, trazendo conceitos de gestão que estavam na vanguar-da. Os modelos de gestão são meio

descartáveis ao longo do tempo e você precisa criar inovações. A cada oito, dez anos, a empresa se renovou completamente, em fun-ção de acompanhar os no-vos ciclos”, ensina Newton Simões.

Mesmo com a atual cri-se, a Racional não deixa de seguir com passos largos e firmes, mas muito bem cal-culados. Atualmente, a cons-trutora executa oito obras de grande porte. “Em cada dé-cada, a gente viveu situações completamente diferentes, passou por todas as crises. O que a gente procurou foi aproveitar os momentos di-fíceis para se reinventar. Esta foi a maior realização da racional: ser uma empre-sa de 45 anos, mas com espí-rito jovial”, destaca Simões. Sem dúvida, a receita tem dado certo e o bolo não para de crescer!

VIVER Janeiro 20 - 2017

PROJETO SIRIUS: tecnologia construtiva de primeiro mundo

Divulgação

HOSPITAL ALBERT EINSTEIN, no Morumbi: obra de número 500 da Racional Engenharia

Perspectiva

Page 32: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 2017

Aeroporto Internacional X Pampulha

Conhecendo os debates e os interesses conflitantes envolvendo a possibilidade da retomada dos voos de avi-ões a jato no aeroporto da Pampulha, não poderia deixar de registrar minha opinião sobre o assunto. Como acio-nista majoritário da Líder Aviação, alguns podem achar que a opinião a ser emitida só vai ao encontro dos inte-resses da empresa. Não é o caso e, se assim fosse, não iria aqui expressá-la. As nossas operações na Pampulha representam menos de 10% do nosso faturamento atual e poderiam coexistir harmonicamente com a eventual retomada de voos de jato comerciais na Pampulha.

Em 2004, o aeroporto da Pampulha atendeu 3,2 milhões de passageiros, número limitador da sua capacidade operacional e com grande desconforto aos seus usuários. No mesmo ano, o Aeroporto Internacio-nal de Confins movimentava 400 mil passageiros, muito

aquém de sua capacidade instalada para 10 milhões anuais. A operação simultânea desses aeroportos era claramente prejudicial ao desenvolvimento da aviação na Região Metropolitana de Belo Horizonte, razão pela qual, em março de 2005, os voos da Pampulha foram transferidos para Confins. Após 10 anos, em 2015, o vo-lume de passageiros em Confins atingia a sua capacida-de plena com 11,3 milhões de passageiros.

A economia de Minas Gerais foi muito beneficiada com esse aumento, com consequente reflexo na geração de empregos, negócios e arrecadação tributária. Consi-derando as dificuldades do setor público em realizar os investimentos necessários à sua ampliação, Confins foi leiloado à iniciativa privada e a administração foi trans-ferida à BH Airport em maio de 2014. A concessionária investiu quase 1 bilhão de reais em obras de melhoria e ampliou a capacidade do aeroporto para 22 milhões de passageiros ao ano.

Infelizmente, uma forte recessão abateu-se sobre o país, afetando de forma significativa toda a economia

e, em especial, o setor aéreo. O aeroporto de Confins, que tinha a expectativa de movimentação de 12 milhões de passageiros em 2016, deve ter movimentado apenas 10 milhões. A consultoria Leigh Fisher aponta que, no mundo emergente, a eficiência de sistemas de múlti-plos aeroportos ocorre quando o aeroporto primário processa ao menos 35 milhões de passageiros ao ano. Na mesma linha, o renomado Massachusetts lnstitute of Technology (MIT) possui estudo que define o mínimo de 15 milhões de passageiros locais por ano, originários da região metropolitana para a operação do segundo aeroporto. Belo Horizonte tem hoje 4,5 milhões de pas-sageiros locais ao ano.

Os dados indicam que o aeroporto de Confins seria imediatamente impactado com a transferência de pas-sageiros para a Pampulha, já que não seria criada uma demanda adicional. Estima-se que o da Pampulha, após importantes e necessários investimentos a serem feitos pela lnfraero – atual operador do aeroporto –, teria ca-pacidade de movimentar até 2 milhões de passageiros/ano. Nessa hipótese, seria gerado um desequilíbrio de igual ou maior importância no aeroporto de Confins, com a perda desse movimento e ainda reflexos nos pas-sageiros em conexão.

A Infraero é, individualmente, o maior acionista da concessionária do aeroporto de Confins, com 49% das suas ações. A ociosidade dessas instalações, associa-da à crise econômica, certamente traria um impacto negativo ao caixa da própria Infraero. Enfatizo, ainda, que a comunidade da Pampulha é fortemente contrá-ria à volta dos voos regulares, diante dos problemas que poderão ser causados em área densamente urba-nizada. Por último, mas não menos importante, é a preocupação daquela comunidade e do setor aeronáu-tico com o menor nível de segurança das operações naquele aeródromo. Enfim, a aparente comodidade extra de se ter um aeroporto mais próximo do centro de Belo Horizonte causaria imensos impactos negati-vos ao desenvolvimento aeroportuário, ao contribuin-te, à atividade econômica da região, à população da Pampulha e à segurança da aviação.

*Empresário do setor de aviação

José Afonso Assumpção

Confi ns seria imediatamente impactado com a transferência de passageiros para a Pampulha

32

Page 33: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Produtos manipulados Araujo tem. Na Araujo mais perto de você ou:

No aplicativo da Araujo Manipulação

WhatsApp31 99555.5000

Laboratório31 3270.5100

medicamentos dermocosméticos suplementos

homeopáticos florais

Page 34: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

34

SUELI COTTA

Os compromissos assumidos pelo governo brasileiro no Acordo de Paris para a redução

da emissão de gases poluentes estão servindo de estímulo para a indústria que trabalha com o desenvolvimen-to de biocombustível. A esperança é de que, a partir do lançamento do programa Renova Bio - Biocombus-tíveis 2030, no ano passado, numa parceria com o setor sucroenergéti-co, comece uma nova fase de desen-volvimento de novas tecnologias e o aumento da participação do bio-combustível no mercado.

Entusiasmado com as perspec-tivas para o setor, o presidente da Associação das Indústrias Sucroener-géticas de Minas Gerais (Siamig), Má-rio Campos, afirma que a busca por fontes de energias limpas tem avan-

çado em várias áreas e, até mesmo na aviação, existem pesquisas para re-duzir a emissão de poluentes, substi-tuindo o querosene convencional pelo bioquerosene. Em Minas Gerais, algu-mas empresas já trabalham no desen-volvimento desse produto.

Outra opção é o biogás, produ-zido a partir dos aterros sanitários e da linhaça, que é um subproduto do etanol. Do biogás, segundo Mário Campos, tira-se o biometano, que é o mesmo gás natural utilizado nos car-ros. Com esse combustível, pode-se abastecer uma frota. Além dessas fon-tes, existem o biodiesel, o etanol e o etanol de segunda geração, sendo que todos eles juntos formam uma plata-forma que o governo federal pretende trabalhar no Renova Bio.

Para Campos, o desenvolvimen-

to do setor de biocombustíveis pode significar não só o aumento da produ-ção brasileira de etanol e a geração de empregos, mas também um estímu-lo ao investimento em tecnologia, co-locando o setor na vanguarda. Com o programa, o governo federal pretende dobrar a produção brasileira de eta-nol, aumentando 20 bilhões de litros por safra até 2030. Atualmente, o Brasil produz, em média, cerca de 30 bilhões de litros de etanol por safra.

O entendimento do governo é o de que a maior participação de fontes renováveis na matriz energética brasi-leira exigirá o dobro da oferta de etanol até 2030 e, consequentemente, pre-sença maior do combustível no mer-cado. Pelas previsões do presidente da Petrobras, Pedro Parente, haverá, em 2030, uma demanda de 31,3 milhões

A partir do Renova Bio, indústrias de biocombustível apostam em desenvolvimento de tecnologias e aumento da fatia no mercado

Boas novas

VIVER Janeiro 20 - 2017

E N E RG IA LI M PAFotolia

CANA-DE-AÇÚCAR: matéria-prima do biocombustível

Page 35: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

de metros cúbicos de gasolina. A par-ticipação do etanol anidro deve chegar a 8,1 milhões de metros cúbicos e a do biocombustível hidratado, a 17,2 mi-lhões de metros cúbicos.

Para adequar o programa ao mer-cado e às demandas do setor, o gover-no pretende realizar um amplo debate sobre o tema, a partir de março, e defi-nir a implementação de políticas que incentivem investimentos, tendo em mente o cumprimento das metas as-sumidas no Acordo de Paris. Um dos papéis do programa, segundo Mário Campos, é justamente o de fazer com que o Brasil diminua a emissão de ga-ses poluentes.

Para tanto, um grupo no gover-no trabalha especificamente com o desenvolvimento de energias reno-váveis, dentre elas, o biocombustível. Além disso, Mário Campos entende que um fator importante nesse pro-cesso é fazer com que se diminua a de-pendência externa do país em relação aos combustíveis. “O Brasil é um gran-de importador de diesel e de gasolina.”

O empresário também alerta que, pelas próprias projeções do governo, se não houver redução na importação de combustíveis, o país terá depen-dência absurda do mercado externo. “Nesse caso, ou se incentiva a produ-ção local ou aceita-se que o Brasil, que é um país continental, será um grande importador de derivados de gasolina e diesel.” A única alternativa para que o país seja autossuficiente será com in-vestimento na indústria do biocom-bustível, que tem várias matrizes além do combustível e da energia, produzi-dos a partir da cana-de-açúcar.

Os empresários do setor têm sido pioneiros, inclusive, na produção do etanol, e a expectativa das indústrias que trabalham no desenvolvimen-to de novas tecnologias é aumentar a participação no mercado interno e externo, além de se firmar como fon-te limpa e sustentável de combustível. Diminuir a dependência dos deri-

vados de petróleo será fundamental para o país. Mesmo sabendo que o governo do presidente Michel Temer será curto, Mário Campos acredita que, ao ser lançada essa plataforma, ela será uma oportunidade impor-tante para ajudar o país a sair da crise, por ser um setor que atrai investi-mento externo e por gerar emprego.

Um aspecto importante no pro-grama Renova Bio, segundo Mário Campos, é que será analisado o ciclo de vida do produto para saber o nível de sustentabilidade. O passo a pas-so para se chegar ao combustível será levado em consideração na análise da sua participação na diminuição da poluição. “Para se ter um litro de eta-nol, de biodiesel ou o metro cúbico de biogás, passou-se por um proces-

so produtivo que é todo analisado em termos de emissões e absorções de CO². A cana faz a fotossíntese, o que faz com que ela seja um produto lim-po.” A partir desse processo, será feita análise na produção. Quanto maior for a redução de emissões, ou mitigação, mais aquela matriz será valorizada.

Atualmente, a legislação brasi-leira não faz uma separação no pro-cesso de produção do etanol. Todos têm direito ao mesmo tratamento: o que produz etanol, a partir da quei-ma da cana, e a indústria que trabalha a partir da colheita mecanizada, sem queima, têm os mesmos benefícios e chegam ao mercado como qualquer outro combustível.

No entendimento de Mário Cam-pos, no entanto, o biocombustível é uma commodity e precisa ser tratado como tal. “Não existe nenhum bene-fício adicional para os que produzem o combustível limpo, pelo menos por enquanto.” O modelo que está sendo pensado para o Brasil pretende mudar essa situação e tem como referência o modelo americano para etanol. “Nos Estados Unidos, paga-se um prêmio pelo etanol brasileiro em detrimento ao etanol de milho, porque lá é utili-zada a metodologia do ciclo de vida e considera-se que o etanol de cana é mais sustentável do que o etanol de milho, de forma que há um sobrepre-ço em relação ao etanol de milho. Há um plus para o produto que é mais sustentável. E, ao que parece, esta é uma nova tendência em relação ao consumo mundial.” O entendimento tanto do governo quanto dos empre-sários é de que o consumidor busca mais informações do produto que está consumindo, de como ele é produzi-do, sua origem, se as regras ambien-tais e trabalhistas foram cumpridas e de como chegou às gôndolas dos su-permercados. Isso já acontece em re-lação aos alimentos e tem avançado sobre outros setores, como é o caso dos combustíveis.

35VIVER Janeiro 20 - 2017

Ou se incentiva a produção local ou se

aceita que o Brasil será um grande importador

de derivados de gasolina e diesel”Mário Campos, da Siamig

Tião Mourão

Page 36: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

36

FERNANDO TORRES

Qual é seu desejo? É com a res-posta a esta pergunta nada retórica que consultores de via-

gem seletos constroem roteiros de alto padrão e customizados em detalhes.

Mais que intermediários entre o clien-te, a companhia aérea e o destino, eles atuam como conselheiros de todo o itinerário, apurando os melhores pas-seios, hotéis, restaurantes e experiên-

cias que não estão no guia. Aliás, frise bem a palavra experiência, traduzida exaustivamente no vocabulário do tra-de como a missão de proporcionar a vivência local de forma personalizada.

AGENTES E CONSULTORES DE TURISMO DE LUXO SE ESPECIALIZAM EM CRIAR ROTEIROS E EXPERIÊNCIAS TOTALMENTE PESSOAIS

VIVER Janeiro 20 - 2017

VIAGEM SOB

MEDIDA

ESPECIALCAPA

Page 37: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Desmentindo as previsões apoca-lípticas da era pós-internet, os consul-tores especializados têm o know-how como diferencial. “Eles agregam valor à viagem com conhecimento, acesso exclusivo a serviços e relação pessoal com o cliente”, afirma Matthew Up-church, CEO da Virtuoso, principal rede global de agências de luxo. Com sede no Texas, o selo abrange 385 uni-dades em 42 países, 29 delas no Brasil.

Há três décadas, os 11 mil operado-res se reúnem anualmente na Virtu-oso Travel Week, em Las Vegas, com outros parceiros da indústria do tu-rismo. É quando delineiam tendên-cias e destinos em alta, como África, Japão e Portugal. “Os brasileiros bus-cam conhecimento em arte, cultura e gastronomia, são cidadãos globais e se sentem em casa no mundo todo”, ob-serva Robbert van Rijsbergen, CEO da Virtuoso no Brasil. E completa: “Via-gem perfeita é quando o cliente volta com a alma e a vida enriquecidas.”

Em Belo Horizonte, a Fred Tour é uma das pioneiras em enxergar turis-mo sob esse viés. “Como conselheiros ou travel advisors, ajudamos o cliente a definir todas as experiências, de re-feições na casa de moradores ou em restaurantes Michelin, seleção dos melhores marchands e galerias até

contratar um chef para preparar um jantar para a família em uma vila ou o ingresso para uma festa do clube VIP”, relata Frederico Fajardo, proprietário e diretor da agência, no bairro Nova Suíssa. Há 15 anos, ele foi o primei-ro consultor a receber o selo Virtuoso em Belo Horizonte. “Sempre trabalhei com o mercado de luxo, mas o grande diferencial de ser membro é a proje-ção e amplo acesso a fornecedores e receptivos selecionados”, diz.

O alto padrão começa na classe do voo, no mínimo executiva. Buro-cracia, filas e malas pesadas no aero-porto pra quê? O serviço pode incluir carregadores e tratamento diferencia-do na entrada do país. “Nossos par-ceiros recebem os clientes na saída do avião, levam-nos a um balcão exclusi-vo do setor de imigração e carregam a bagagem até o carro. É uma deman-da muito forte em Miami”, conta Fa-jardo. Como clientes preferenciais, as agências Virtuoso garantem reservas e upgrades em poderosas cadeias hote-leiras, como Four Seasons e Diamond Club, com direito a mordomias dignas de paxá. “A rede Aman, por exemplo, tem a média mais alta do mundo de funcionários por hóspede. Na unida-de do Butão, com apenas 12 quartos, são seis por cliente”, enumera.

Confiança e comodidade é o que motiva a estilista e designer de joias Adriana Bittencourt a ser cliente da

37

Fotolia

Pedro Vilela/Agência i7

Arquivo pessoal

MARIA ELVIRA SALLES:passaporte carimbado

em 103 países

VIVER Janeiro 20 - 2017

FREDERICO FAJARDO:acesso a serviços selecionados

Page 38: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

38

Fred Tour já há 20 anos, mesmo mo-rando em São Paulo. “Recorro à agên-cia até para ponte aérea. Gosto de ter apoio se quero mudar alguma coisa, seja a passagem ou o quarto. É como se fosse um secretário de luxo”, diz. Adriana se recorda de uma viagem para o Vietnã e o descontentamento com o cicerone. “Liguei para o Fred e disse que não queria mais viajar com o guia. Era madrugada no Brasil, mas ele providenciou de imediato a troca”, conta. Tudo isso, claro, tem seu pre-ço. “Não tenho problema de pagar, mas sou exigente em receber o serviço dentro da expectativa”, avisa.

Quem também exige qualidade é a professora universitária Maria Luiza Martins, mas com o objetivo de garan-tir o sucesso da viagem nos detalhes. “Prefiro me afastar do improviso e do medíocre e me apoiar em bons ser-viços, de forma que consiga aprovei-tar melhor meu tempo”, diz. E é por isso que a curadoria faz todo o sentido para ela. “Posso pesquisar na internet, mas a vivência e o aconselhamento profissional são imprescindíveis para ter segurança e evitar gastos desne-cessários.” Maria Luiza é cliente da Visa Turismo, em Lourdes, e, ultima-mente, tem feito viagens com peque-nos grupos, especialmente roteiros de arte e gastronomia. “Acho adorá-vel, especialmente em países exóticos, como Índia, China e Indonésia, desti-nos incríveis, mas onde a infraestrutu-ra de hotéis, restaurantes e transporte é mais complicada”, conta.

A Visa Turismo, aliás, é referên-cia em, digamos, “excursões”. “É como se fosse um clube de viagens”, corrige o proprietário Flávio Géo, há 20 anos no ramo. Em 2015, por exem-plo, ele conduziu clientes por uma imersão enogastronômica por Es-panha e Portugal. “Para alguns, ex-periência é abandonar os hotéis em busca da sensação de viver algo dife-rente, mais intimista”, contrasta. Flá-vio é agente Virtuoso há quatro anos.

VIVER Janeiro 20 - 2017

FLÁVIO GÉO:“excursões como clube de viagem”

ADRIANA BITTENCOURT:“é como se fosse um secretário de luxo”

Fotos: arquivo pessoal

MARIA LUIZA MARTINS: “aconselhamento é imprescindível”

ESPECIALCAPA

Page 39: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

39

Graças aos conta-tos da rede, ele já conseguiu propor-cionar surpresas, a exemplo de um pi-quenique nos jardins de Versalhes, defronte ao Petit Trianon. Também já promoveu um almoço na muralha da China, contratou tenores de ópera para cantar nas ruínas da Armênia e fechou com exclusividade salões do museu Hermitage, em São Petersbur-go. “Noutra ocasião, um cliente que-ria que eu organizasse um jantar com músicos em Veneza para pedir a na-morada em casamento”, recorda.

Na área cultural, os travel advisors também se empenham em reservar ingressos para festivais de música eru-dita com até um ano de antecedência. É um dos serviços preferidos da em-presária Maria Elvira Salles Ferreira. “Troco jantares por um bom espetá-culo”, afirma. Mas com o passaporte rodado por 103 países, ela não abre mão do exotismo e conta de uma via-gem à Mongólia feita com a Visa Tu-rismo: o grupo se hospedou no lodge Three Camels, onde os quartos eram em uma tenda de feltro, em base de madeira, típica dos pastores nôma-des. “No check-out, o Richard Gere estava chegando para uma tempora-da”, lembra. Noutra ocasião, Maria Elvira contratou os serviços da agên-cia paulistana Teresa Perez para uma viagem com uma amiga ao Marrocos. “Tivemos um motorista particular nos acompanhando em toda a viagem.”

A propósito, desde 2015, a Te-resa Perez conta com unidade em Belo Horizonte, tornando-se o tercei-ro membro Virtuoso em Minas. Em um trecho discreto da rua Rio de Ja-neiro, o escritório só atende clientes com hora marcada. “Nosso público, em geral, tem alto poder aquisitivo, é formado por empresários, advoga-dos, médicos, políticos e profissio-nais liberais e quase sempre chega até nós por indicação. Alguns, inclu-

sive, já eram nossos clientes em São Paulo. São pessoas

muito reservadas e preferem manter sigilo”, confidencia a consultora Ca-rolina Cordeiro. O perfil vai de senio-res bem-sucedidos a empresários em início de carreira, jovens de famílias tradicionais e casais em lua de mel. “Também estão em alta viagens mul-tigerações, com avôs, filhos e netos. A ideia é aproveitar o tempo juntos para transmitir conhecimento.”

Para atender às expectativas, a Teresa Perez preocupa-se com deta-lhes como qualidade dos lençóis, vis-ta, amenities, decoração e serviço de concierge, além de buscar hotéis que sejam atrações por si. “O cliente che-ga sabendo exatamente o que irá en-contrar, mas sempre proporcionamos alguma surpresa”, pontua a coorde-nadora de atendimento Luciana Du-tra, que se mudou de São Paulo para BH para gerenciar a filial mineira. Ela aponta o segmento de bem-estar como tendência. “A maioria das pes-soas não busca apenas um destino zen, mas relaxar com serviços de mas-sagem nos quartos, day spa, aulas de meditação, ioga, culinária orgânica e tratamentos estéticos”, relata.

Entretanto, mesmo o turismo de luxo sofreu os reveses da crise. “Até 2012, tínhamos crescimento de 8% a 12% ao ano. Em 2015, houve retração de 10%, e, no primeiro quadrimestre de 2016, de 12%”, calcula Fred Fajar-do. A queda se reflete não no total de viajantes, mas no número de embar-ques e noites no destino. Por exemplo: quem antes fazia cinco viagens anuais reduziu para três e a média de 11 diá-rias passou para oito. “Sinto que ago-ra parou de cair. Estamos dando uma respirada.” A Visa Turismo relata re-tração semelhante, enquanto a Teresa Perez, por ainda ser nova no mercado de BH, diz estar em situação estável.

VIVER Janeiro 20 - 2017

NOSSA EXPERIÊNCIA

A convite da Teresa Perez, a Viver Brasil viajou para a Turquia sob os padrões relatados nesta matéria. Os diferenciais, de fato, começaram no aeroporto, com acesso à sala VIP logo após o check-in. A reportagem fez o tra-jeto até Istambul na classe exe-cutiva da Turkish Airlines.

Já na Turquia, experimenta-mos o serviço door-to-door: o re-ceptivo nos recebeu em frente ao portão de desembarque, cuidou das bagagens e nos conduziu a um portão exclusivo da imigra-ção. Em todos os percursos, a hospedagem ficou a cargo de ho-téis de luxo, como Four Seasons e Shangri-La.

Nas atrações turísticas, in-gressos pré-adquiridos e aces-so sem fila. Diga-se o mesmo da gastronomia, com reservas em alguns dos melhores restau-rantes, a exemplo do Spago, de Wolfgang Puck. Motorista à dis-posição e guia falando português acompanharam a Viver Brasil em todo o trajeto. Todos os voos internos, pela Turkish, também foram em classe executiva.

CAROLINA E LUCIANA, DA TERESA PEREZ:

clientela reservada

Pedro Vilela/Agência i7

Foto

lia

Page 40: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 2017

2016: para ser lembradoO ano de 2016 foi produtivo para passar o país a limpo!

Quando a gente achava que já tinha visto tudo, era surpre-endido por acontecimentos jamais pensados. Vivenciei a renúncia de Jânio Quadros e os tempos conturbados de João Goulart. Depois o país comandado pelos militares. Na redemocratização, a morte de Tancredo Neves e o desastrado governo Sarney. Tive grande entusiasmo com Collor, seguido de imensa frustração; sua grande façanha foi a segunda abertura dos portos. Itamar teve um início titubeante, mas se recuperou com a participação de FHC na Fazenda, iniciando o combate à inflação. O governo FHC implementou o Plano Real e conseguiu domar a in-flação; trabalhou para colocar a casa em ordem, criando condições básicas para melhorar a gestão do país. En-frentou, no período, três grandes crises financeiras inter-nacionais. Lula surfou no grande crescimento mundial, principalmente o da China. As commodities propiciaram

considerável acúmulo de reservas em dólares. Poderia ter realizado uma enormidade, além da tentativa da dis-tribuição de renda. Não realizou reformas, nem cuidou de itens básicos de responsabilidade do governo: saúde, educação, segurança , infraestrutura. Nesse governo, co-meçou a institucionalização da corrupção. A história vai mostrar que foi um governo medíocre. O governo Dilma foi um desastre, que desaguou no seu impedimento. Os fatos são recentes, não havendo necessidade de comen-tários. Vamos admitir, nesses tempos houve muitos desa-certos, irresponsabilidades e desprezo à ética. O notável, neste momento, é o combate à corrupção endêmica. É imperioso que o mentor e principais agentes deste mons-truoso movimento sejam extirpados da política nacional.

Como não há bem que sempre dure e mal que nunca se acabe, o universo está conspirando a favor da nação. O Mensalão foi uma pequena amostra dos descaminhos que os políticos começavam a trilhar. Ficou muita coisa a apurar. Se não fosse a persistência do ministro Joaquim Barbosa, tudo terminaria em pizza. Vimos ministros chi-caneiros tentando melar o processo. De repente, aparece a operação Lava Jato, investigando algo bem pequeno. Ao puxar o fio da meada, vão surgindo coisas inimagináveis.

Custo a pensar que esta gangue pudesse tomar conta do país com tanta desenvoltura. Políticos de todos os níveis, dirigentes de estatais, empreiteiros implementaram uma força-tarefa para praticar a corrupção, sem precedentes, em escala colossal. Não se tem notícia que já tenha acon-tecido em outro país. É assustador pensar que o maioria dos congressistas e alguns ministros estejam envolvidos. Daí assistirmos a tentativas de barrar a Lava Jato pela ini-bição de procuradores e juízes. É lastimável ver dirigentes da República submetidos a inquéritos, denunciados e como réus. Essas pessoas deveriam afastar-se. Mas jogam pesado, dão a entender que, sem eles, as reformas não serão votadas. Estão em primeiro lugar; o país que se dane.

Merece destaque, neste contexto, Sérgio Cabral. Tra-balhamos com ele um bom tempo. Parecia uma pessoa honesta e comprometida. Foi elogiado por nossa organiza-ção como um dos melhores gestores públicos. Nas primei-ras referências ao recebimento de propina, Cabral negou peremptoriamente. Por isso, ninguém poderia supor que seria um ás da corrupção. Constata-se, agora, que sua desenvoltura neste mister é assombrosa. Na nossa estada no RJ houve melhorias; hoje, a situação é caótica. Infeliz-mente, os avanços obtidos já devem estar zerados. Na área pública, por falta de disciplina e persistência, tudo volta à estaca zero. Além disso, os desvios devem ter contribuído para a debacle.

Outro destaque a ser feito é sobre o STF. Sempre pensei na Corte como instância de altíssimo nível, com pessoas discretas e respeitadas, proferindo julgamentos e votos lapidares. Vejo ministros dando palestra aqui e ali, concedendo entrevistas sobre qualquer assunto. O pior é vê-los batendo boca, mostrando discordâncias em públi-co. Observo também ministros com posturas partidárias, pedindo vistas de processos com intuito de postergar deci-sões. Há ainda o ativismo judicial. Isso tira a credibilidade e desmoraliza a Corte.

Em suma, por tudo o que já foi descoberto, investigado, julgado e transformado em condenação, o ano de 2016 é para ser celebrado como o marco de um novo tempo.

José Martins de Godoy, engenheiro pela UFMG, dr. engenheiro pela Norges

Tekniske Hogskole, ex-diretor da Escola de Engenharia da UFMG, cofundador

do INDG, instituidor e integrante do Conselho de Administração Superior da

Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG), presidente do Conselho de

Administração do Instituto Aquila. Visite www.blogdogodoy.com

José Martins de Godoy

É lastimável ver dirigentes da República submetidos a inquéritos, denunciados e como réus

40

Page 41: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 42: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Escolas planejam como se adequar

às mudanças delineadas pela

reforma do ensino médio

42

FERNANDO TORRES

Com a meta de ser deliberada até o início de março, a Medi-da Provisória 746/2016, que tra-

ta da reforma do ensino médio, vem sendo observada atentamente pelas famílias e escolas. Um dos temas espi-nhosos é o aumento da carga horária, das atuais 800 horas anuais para 1.400, configurando período integral. Além de a eventual mudança afetar quem concilia estudo e trabalho, a conse-quente necessidade de mais salas vai de encontro com a estrutura física de várias instituições e pode exigir um corpo docente mais robusto.

Mas, na verdade, a MP apresen-tada pelo governo Temer é vaga no que diz respeito ao ensino integral. O texto especifica prazo de cinco anos para a ampliação de mil horas anu-ais, mas não há previsão para a im-plementação das 1.400 horas. “Dessa forma, a lei traz mais dúvidas que discernimento, deixando o cumpri-mento como facultativo”, analisa o educador Geraldo Junio dos Santos, diretor-geral do Colégio Arnaldo, no Funcionários. Aliás, boa parte dos colégios particulares já adota carga horária superior. O próprio Arnaldo trabalha com 1.200 a 1.333 horas anu-ais, com retorno duas vezes na sema-na. “Iniciaremos uma reforma que irá permitir a adequação para o período integral diário, mas, para outras es-colas privadas, isso seria um proble-ma”, diz.

Com unidades no Floresta e no

Fotolia

VIVER Janeiro 17 - 2017

E DUCAÇÃO

Buritis, o Colégio Batista Mineiro também já estabelece carga superior. Vai de 1.133, no primeiro e segundo ano, a 1.300 no terceiro. Para o dire-tor Valseni Braga, a ideia do governo é bem-vinda. “Por conta própria, já adotamos carga horária superior há muito tempo, o que também deman-da maior capacitação de equipe. Não teríamos dificuldades em nos adaptar ao retorno diário”, afirma.

É inevitável, porém, que o custo chegue às mensalidades – cujo reajus-te médio, em 2017, foi de 9,06%, supe-rior à inflação média de 6,5%, segundo o Procon Assembleia. Isso porque, embora o custo operacional seja fixo, o valor da hora/aula dos professores deverá ser ampliado e, inevitavelmen-te, repassado às famílias. Associações e confederações de escolas particula-

res especulam que o preço chegue até mesmo a dobrar e temem uma fuga em massa, sobrecarregando a já com-balida educação pública.

“Não se pode acreditar nesses bo-atos, até porque a carga horária não vai dobrar”, desmente o professor Eldo Pena Couto, diretor do Colégio Magnum Cidade Nova. “Penso que, no futuro, teremos um valor único para o ensino médio, como o prati-cado atualmente no terceiro ano, que já possui horário totalmente integral. Isso vai depender de um estudo mais profundo dos custos, mas nada que fuja do que já é praticado.” Valseni Braga também não descarta o aumen-to. “Creio que a legislação impactará em ajustes de 30% a 50%, especial-mente em escolas que precisarão am-pliar o espaço”, calcula. A boa notícia,

Nova salade aula

Page 43: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

nesse sentido, é que, como o governo determinou período transitório para a mudança, o repasse dos valores pode se diluir no decorrer dos anos.

Outra discussão é a divisão do en-sino em cinco áreas de conhecimento: o aluno poderia escolher um “itine-rário específico”, tendo como opções linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e forma-ção técnica. Mais uma vez, o texto não obriga a instituição a oferecer todas as linhas. “Não é interesse do Colégio Arnaldo oferecer o ensino técnico”, adianta o diretor Geraldo dos San-tos. “Também precisamos discutir a reformulação do Enem para além da matriz básica. Caso contrário, o alu-no que decidir por uma área poderá ir mal no exame”, problematiza.

O Magnum também vê esse ponto da reforma com cautela. “Ini-cialmente, continuaremos com as dis-ciplinas apenas por área, garantindo

a multidisciplinaridade e os resulta-dos no Enem”, pontua o diretor Eldo Couto. Para Valseni Braga, o Colé-gio Batista tem condições de adotar a mudança, mas reconhece que ela exi-girá uma reengenharia no currículo. “A nova legislação se direciona para a formação de um aluno com mais au-tonomia e competências, que se tor-ne corresponsável pelo aprendizado.”

Essa mudança de postura, aliás, pode ser o grande mérito da MP, que, apesar da polêmica, se mostra neces-sária – vide o mau resultado do país nos rankings internacionais, como o mais recente Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), em que 44% dos alunos ficaram abaixo do nível de aprendizagem. O percentu-al é fruto de políticas malsucedidas: embora o Brasil tenha universalizado o número de vagas, a qualidade não acompanhou o crescimento. “A re-forma é bem-vinda, mesmo que um

pouco apressada. Nossa educação está precária, e o governo precisava tomar uma medida”, aprova Braga.

Olhando para o passado, é prefe-rível ter escolas para todos, ainda que muitas delas medíocres, do que boa parte da população sem acesso. Mas o país também deve avançar em qua-lificação. “O ensino médio precisa, sim, de mudanças, mas elas já vêm se delineando desde 2012, quando a Câ-mara estabeleceu uma comissão para discutir mudanças na matriz curri-cular”, lembra Geraldo dos Santos. A discussão passa, então, da quantidade de horas para o conteúdo. A prévia da MP, por exemplo, trazia a retirada de disciplinas como filosofia, artes e so-ciologia. “Isso vai contra a formação crítica do estudante, da valorização das questões culturais e artísticas. Por outro lado, não basta apenas ensinar história da filosofia e, sim, pensamen-to contextualizado”, debate Santos.

MINISTÉRIO DA CULTURA E INSTITUTO UNIMED-BHAPRESENTAM

PRO

NA

C 1

5474

3 - 2

017

10% da capacidade vendável do teatro é destinada gratuitamente

para instituições de atendimento a pessoas de baixa renda devidamente comprovadas.

20% da capacidade vendável do teatro tem valor de R$50,00 em atendimento ao vale-cultura.

PATR

OC

ÍNIO

PROMOÇÃO

REA

LIZ

ÃO

9 FEVEREIRO | QUI 21HPALÁCIO DAS ARTES

INFORMAÇÕES: (31) 3236-7400

Direção Musical: Flávio Mendes | Mestre de Cerimonia: Nilson Raman

ÚNICAAPRESENTAÇÃO!

Sujeito à taxa

Page 44: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

POR GIULIANO LE SENECHAL E TEO SCALIONI

Regulamentação e reinvestimento I

VIVER Janeiro 20 - 201744

MINAS INOVA

Para Capucio, é preciso criar um arcabouço regulatório que propicie benefícios fiscais e a modernização das relações de trabalho. Startups precisam de 110% dos investimentos recebidos para reinvestirem no empreendimento, testando seus modelos a fim de encontrarem uma maneira replicável e lucrativa daquele negócio. Segundo ele, também não dá para “ficar preso em uma legislação da década de 50 que nem os próprios trabalhadores querem mais”.“Os empreendedores também deveriam ter a cultura de pegar parte significativa de seus ganhos e retornar ao sistema investindo em novas startups, criando uma cultura de investidores, propiciando que o dinheiro irrigue novos projetos e assim sucessivamente”, complementa o executivo mineiro.

Resolver sua vida pessoal ou empresarial, bancária e contábil por meio de uma ferramenta tecnológica efi caz e econômica. Essa é a proposta da startup Conta.Mobi, que registrou crescimento de mais de 100% no último ano. Para 2017, os gestores da empresa mineira projetam quintuplicar o número de ativações de seus cartões,

que não tem custo. Para isso, estão reformulando as equipes setoriais e prospectando novos e potenciais mercados Brasil afora. A operação para pequenos empreendedores e pessoas físicas é muito simples: basta realizar um cadastro no site, sem difi culdades burocráticas, solicitar um cartão, que funciona na modalidade débito, baixar o aplicativo no

smartphone e realizar transações como emissão de boletos e transferências bancárias, entre outras atividades. Vale a pena conhecer melhor a proposta em conta.mobi.com.br.

Regulamentação e reinvestimento II

Inovação em um cartão

Divulgação/Sescon MG

Divulgação

Um dos grandes problemas do avanço dos trabalhos e do desenvolvimento de produtos idealizados em startups é a falta de uma legislação específica e uma cultura equivocada de gestores em não reinvestir os lucros eventualmente auferidos dentro do mesmo ecossistema. Essa é a opinião

do CEO, empreendedor social e advogado Ricardo Capucio, que tem vivência em campos de tecnologia, P&D e empreendedorismo em alguns países do mundo, em especial em Stanford, sede do Sillicon Valley, nos EUA, o lugar de maior sucesso do mundo quando o assunto é inovação.

Page 45: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

EM JANEIRO, O RESORT MAIS INCRÍVEL DO BRASIL TE ESPERA COM AS MELHORES PROMOÇÕES.

| www.taua.com.br | (31) 3236 1900 | Consulte seu agente de viagens

TAUÁ GRANDE HOTEL TERMAS DE ARAXÁUM GRANDE CENÁRIO. NOVAS HISTÓRIAS.

CRIANÇA FREE ATÉ 8 ANOS

Promoções não cumulativas, sujeitas à alteração.

10% de desconto para pacotes

acima de 2 diárias

Pague 5 diáriase fique 7

DE 22/1 A 31/1

Pague 4 diárias e fique 5

DURANTE TODO O MÊS DE JANEIRO

Page 46: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

Tradicionalmente, o Salão de Detroit é o primeiro da temporada e, na cidade do automóvel, os sinais são bastante positivos, além de mostrar que o público norte-americano começa a se interessar por modelos “menores”. Tanto assim que, mais do que atrações para as nossas concessionárias, em breve, chama a atenção o caminho oposto – SUVs e picapes que já rodam em nossas ruas e ganham espaço na terra do

tio Sam. Casos dos Ford Ecosport (que por lá já conta com o restyling previsto para a versão brasileira) e Ranger, que voltará a ser vendida nos EUA em 2018. Se é possível destacar uma novidade, ponto para a oitava geração do Toyota Camry, há 15 anos o mais vendido por lá. Os japoneses deixaram de lado a discrição e apostaram em linhas mais ousadas, com uma pegada mais esportiva para o sedã.

A Fiat encerra a produção de Bravo e Linea, à espera dos substitutos, por enquanto conhecidos pelas siglas X6H (hatch) e X6S (sedã), em fase avançada de testes. O primeiro (foto), como promessa da montadora, ganha um desenho exclusivo, com forte inspiração do Tipo, mas alguns aspectos diferenciados para ganhar

personalidade própria. Difícil é saber se será capaz, com sucesso, de substituir não só o Bravo como também o Punto, outro que sobe no telhado.

VIVER Janeiro 20 - 201746

As primeiras do anoPOR WILLIAM BONJARDIM

Dica da quinzenaA Polícia Rodoviária Federal (PRF) criou um sistema para facilitar a identifi cação de veículos roubados nas rodovias sob sua jurisdição. No site do departamento (www.dprf.gov.br) existe, agora, uma ferramenta de cadastro que pode ser usada pelo proprietário imediatamente após a ocorrência, onde quer que tenha acontecido. A placa e as informações do modelo são repassadas aos postos de fi scalização e às viaturas de serviço com comunicação via satélite, o que aumenta as chances de recuperação.

Ainda nas mãos do motorista

E se as experiências com a condução autônoma são parte integrante do planejamento das montadoras, felizmente ainda é preocupação geral o prazer ao dirigir. A linha 2018 apresentada em Detroit traz sistemas mais modernos de auxílio e segurança, mas deixa claro que quem manda ainda é o motorista. Tudo indica que, se um dia ele for efetivamente “dispensado”, isso ocorrerá nos sistemas de compartilhamento e transporte particular, mas um mundo como o dos Jetsons, do desenho animado, ainda é mesmo obra de fi cção.

Toyota Press/divulgação

COM RODRIGO GINI

& SEMI NOVOS

Uns saem para outros chegarem

Rodrigo Gini

Page 47: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

É melhor viver com dois corações.É melhor viver com saúde.

Para viver um grande amor, é preciso viver com saúde.

E isso inspira a Unimed-BH a cuidar cada vez melhor de você.

un imedbh .com.br

Page 48: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 201748

Nascido em Corinto, é cozinheiro por experiência e buscou aperfeiçoamento no Senac e outras escolas da área. Sua trajetória como chef profi ssional começou junto com o Cantim Noir, que logo se tornou referência na produção do nhoque artesanal e considerado o “Melhor nhoque de BH” no TripAdvisor.

PERNIL 1/2 xícara (120 ml) de água Tempero Cantim Noir:

alho, sal, pimentão vermelho, cebola, salsa, cebolinha e louro Suco de 2 limões Pimenta-do-reino moída a gosto 1 pernil de porco Manteiga

Pernil com nhoque aomolho de gorgonzola e cogumelos

Israel Inácio Cantim Noir

Receitas e muito mais nas redes sociais da Viver Gourmet. Siga Facebook: Viver Gourmet / Instagram: @vivergourmet

NHOQUE DO CANTIM NOIR 1 Kg de batatas médias Asterix (roxa) assadas

enroladas em papel-alumínio 2 xícaras rasas de farinha de trigo 1 colher de sopa rasa de margarina 1 ovo 50 g de parmesão ralado Óleo de oliva Sal a gosto

MOLHO BECHAMEL COM GORGONZOLA E COGUMELOS 1 l de leite integral 1 cebola média 4 folhas de louro 8 cravos-da-índia Noz-moscada a gosto Sal a gosto 40 g de farinha de trigo 40 g de manteiga 150 g de

queijo gorgonzola 200 g de cogumelos Paris

PERNIL Pré-aqueça o forno médio (180°C) Faça

uma marinada com a água, o suco de limão, o tempero pronto e pimenta a gosto. Coloque

Ingredientes

Modo de preparo

Page 49: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

o pernil nesse tempero. Fure a carne e deixe marinar por 8 horas. Reserve a marinada Coloque o pernil numa assadeira e passe manteiga em todas as partes. Cubra com papel-alumínio com o lado brilhante voltado para a carne Leve para assar em forno preaquecido médio por uma hora. Após, retire o papel-alumínio.

Continue assando, agora em temperatura alta, por mais 40

a 50 minutos, para dourar bem. Durante esse tempo, regue o pernil com o molho da marinada de vez em quando Retire o pernil da assadeira, passe para uma travessa e reserve Fatie o pernil e o sirva em postas juntamente com o nhoque e o molho

NHOQUE Asse as batatas enroladas

em papel-alumínio, sem cortá-las e com casca, até estarem macias para serem amassadas

Esprema as batatas em uma vasilha grande Com a massa o mais quente possível, acrescente o ovo, o sal, a margarina, o queijo e um fi o de óleo de oliva Vá acrescentando aos poucos a farinha de trigo peneirada e misturando com as mãos até dar o ponto de enrolar Estenda a massa em rolinhos de 2 a 4 cm de espessura e corte o nhoque de batata do tamanho que você quiser. Coloque-os sobre uma camada de farinha de modo que eles não grudem antes de cozinhar Enquanto isso, coloque 3 litros de água para ferver (não coloque sal na água) Jogue, então, uma parte dos nhoques na água e espere ele vir à superfície.

Quando a primeira porção chegar à superfície, retire com uma escumadeira e jogue outra porção na panela. Repita até que todo o nhoque acabe Sirva com o pernil e o molho

MOLHO Corte a cebola em quatro

e em cada parte prenda uma folha de louro com dois cravos

Coloque o leite para esquentar com as cebolas dentro. Quando começar a ferver, baixe o fogo e deixe cozinhando por 20 minutos Em outra panela, coloque a manteiga para derreter. Acrescente a farinha em fogo baixo e misture até incorporar bem. Desligue o fogo Retire as cebolas, louro e cravos do leite. Acrescente o leite aos poucos à mistura de manteiga e farinha, mexendo bem para não empelotar Tempere o molho com sal e noz-moscada a gosto Coloque um fi o de azeite em uma panela Adicione o bechamel Amasse o gorgonzola e misture. Mexa bem até que o queijo se desfaça e incorpore ao molho, misturando até fi car homogêneo

Experimente o molho. Se ele estiver muito salgado, você pode corrigir com creme de leite.

Fotos: Juliana Flister/Agência i7

Page 50: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

50

ALEX VILAÇA

De origem incerta, mas de tra-dição incontestável, o pão de queijo se espalhou por todo o

país a partir do século 18, tornando-se popular em meados da década de 1950. Ainda assim, há quem sinta fal-ta do quitute produzido no interior do estado. Esse foi o caso de Rafae-la Gontijo, mineira e filha de fazen-deiros. Residente no Rio de Janeiro, matava saudade dos pães de queijo trazendo remessas consigo para a ci-dade maravilhosa. Logo começou a receber encomendas de amigos e foi aí que percebeu uma oportunidade no mercado.

Rafaela deixou a carreira corpo-rativa para dar início a uma jornada pelos municípios do estado. A recei-ta de polvilho, queijo, ovos, leite e banha de porco passou de geração por geração, com modificações aqui e acolá. Margarina, farinha de trigo e glúten foram sendo acrescentados ao preparo, afastando-se cada vez mais da fórmula original do pão de queijo. Ao visitar fazendas de Patos de Minas

Empresa lança marca de pão de queijo 100% natural

Mineiro no Rio

VIVER Janeiro 20 - 2017

GASTRONOM IA

e depois de pro-var muitos pães de queijo, uma coisa tor-nou-se clara. “Fizemos uma imersão e experimentamos mais de 100 tipos. O que a gente viu foi que não era preciso mudar a receita sim-ples e característica do pão de quei-jo”, conta.

Ela se juntou aos colegas Luisa Sá e Erik Nako, chef de cozinha, para criar a Nuu, marca de pão de queijo 100% natural e sem glúten. “Quando o pão de queijo se industrializou, ba-ratearam o produto em detrimento da qualidade”, explica. A empresa, com

fazenda n a s e r r a

do Salitre, no Triângulo Mineiro,

produz diariamente os queijos cura-dos usados na receita.

Com linguagem típica e design moderno, a Nuu destaca-se pelo tra-tamento diferenciado do rebanho em todo o processo de produção. A Nuu também abre espaço para pequenos produtores de queijo, favorecendo a agricultura familiar.

Os produtos já podem ser encon-trados em restaurantes, cafés, delica-téssen e hotéis butique do Rio e, em breve, ganharão uma pop up store na rua Dias Ferreira, no Leblon. “Esta-mos abrindo um novo ponto de ven-da, onde vamos vender pão de queijo recheado e no cone, entre outras op-ções. Também vamos lançar duas novas linhas de produtos nesse pri-meiro trimestre”, conclui Rafaela. A Nuu também já chegou a São Paulo e deve fazer sua estreia em Minas ainda em 2017.

Bruno Bernardes

Tomas Rangel

RAFAELA GONTIJO: foco na qualidade

Page 51: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

NÃO É ADIVINHAÇÃO. É ANTECIPAÇÃO.

IPVA 2017* + GARANTIA EM DOBRO*

R$

Ford KA Mod. 2015 - 4PCompleto

,00R$30.900A PARTIR DE

Celta LT Mod. 2015 - 4P Completo

,00R$23.900A PARTIR DE

Gol 1.6 Mod. 2015 - 4P Completo

,00R$29.900A PARTIR DE

*IPVA 2017 + Taxa de Licenciamento totalmente pagos. *Garantia em dobro contempla garantia legal mais garantia da loja, totalizando 6 meses, sendo válida apenas para pessoa física e veículos de passeio. Crédito sujeito à aprovação. Consulte condições de financiamento, prazo e taxas na loja. Parcelas sujeitas à alteração conforme financiamento e modelo do veículo. Válido enquanto durar o estoque. Imagens meramente ilustrativas.

Cinto de segurança salva vidas.

Page 52: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

P O R F E R N A N D O T O R R E S

VIVER Janeiro 20 - 201752

Siga a Viver Melhor nas redes sociais: Facebook: Viver Melhor / Instagram: @viver.melhor

BH 40 graus

Shutterstock

No almoço fi t do Mocca Coff ee & Meal,no Vila da Serra, vá de peixe do dia + buquê de folhas + duas guarnições, como musseline de beterraba e arroz 7 grãos. Para o lanche, a casa serve omeletes e tapiocas customizados - tem cottage, cogumelos e peito de peru -, bolo sem glúten de mandioca com coco e suco de laranja e couve.

A Casa Leopoldina, no Santo Antônio, acolhe o jardim comestível, espaço coletivo de onde saem ervas e temperos orgânicos para quitandas integrais e sem conservantes. A sensação é o café Unique, de Carmo de Minas, moído na hora e servido gelado com laranja e baunilha, e aos blends de chás, como o Badulla: chá-preto, anis, cardamomo e castanha-do-pará.

Quem fi ca por aqui durante o verão encontra novas pedidas para manter as boas vibrações. Sem desculpas, aproveite o frescor da estação!

Antes ou depois de correr, rola fazer massagem desportiva em plena rua. “O toque vigoroso da técnica liberação miofascial atinge a musculatura profunda, prevenindo a dor”, conta o massoterapeuta Reinaldo Kanu. Ele bate ponto no Marco Zero da Pampulha, aos domingos de manhã, e na Lagoa Seca, nas noites de terça.

A onda da Pampulha é pedalar no busão. Não no Move, mas no Bike Bus, que substitui os assentos por sete bicicletas ergométricas.“É uma aula de spinning ambulante de 50 minutos, tempo em que o ônibus dá uma volta completa pela orla da lagoa”, conta Rafa Casagrande, fundador do projeto. Com climatização natural, para ampliar a sensação outdoor, o Bike Bus circula todas as manhãs e, nos dias úteis, a partir das 17h.

Raquel CunhaVictor Schwaner

Carol Cunha Pedro Vilela/Agência i7

Page 53: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 54: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

54

A produção da série Pintando a Sétima Arte extrapolou as telas da TV e deu vida à Lanterna Mágica – Escola Livre de Cinema e Animação, montada num estúdio de quase 200 m2 no bairro Cachoeirinha. “Depois da série, feita por crianças e para crianças, vimos que elas tinham muito interesse nessa área. Assim, re-solvemos montar a escola”, conta a jornalista Janaína de Andrade (com a claquete na mão), sócia e coordenadora de produção do espaço. Além de ofi cinas de férias, a Lanterna irá ofe-recer dois cursos regulares, com pegada lúdi-

ca: Guia do cineasta iniciante e Meu primeiro curta-metragem, com turmas para as faixas de 7 a 10 anos e de 11 a 15. Os participantes irão aprender sobre a sétima arte e, de quebra, trabalhar a criatividade, a concentração e a sociabilidade. “Hoje, os meninos têm uma ro-tina cansativa cada vez mais cedo. Nossa ideia é tirá-los um pouco dessa rotina e fazer com que aprendam com diversão”, frisa Janaína. Inédito em BH, o projeto conta também com os sócios Danilo Vilaça, Graziella Luciano, Ricardo Poeira, Debora Mini e Filipe Chaves.

Colaboração: Alex Vilaça e Miriam Gomes Chalfi n

Filipe ChavesCine mágico

Page 55: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 2017

Música na veia

Eterna modernidade

Gaúcho de nascença, mas mineiro de coração, o músico e engenheiro de som Fred Oliveira está por trás de álbuns de sucesso. Um deles é nada menos que o CD e DVD Roberto Carlos – Primeira Fila, gravado nos estúdios Abbey Road, em Londres, e mixado em Los Angeles, onde Fred mora. Ele também faz parte da mixagem dos filmes La La Land, estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone e concorrente ao Oscar 2017, e Maverick, com direção do brasileiro Emiliano Ruschel. Ele descobriu a paixão pela música aos 8 anos, quando participou de um coral na escola. Aos 13, aprendeu a tocar violão. Depois, fez aulas de canto em BH e nos Estados Unidos. A arte, entretanto, era um hobby: o trabalho mesmo era em finanças.

A expressividade plástica de outro-ra, agora eternizada em bronze. Co-nhecida pelas estátuas com temas de animais, a artista Vânia Braga imortalizou os principais responsá-veis pelo projeto arquitetônico da Pampulha: Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer, Burle Marx e Cân-dido Portinari. Artista desde a meni-nice, Vânia Braga abriu sua primeira galeria de arte aos 19 anos. Com 35 de carreira, a escultora assume

que a escultura na orla da lagoa da Pampulha é sua maior obra. “Foi um dos melhores monumentos que já fiz. Foram apenas quatro meses, pouco tempo. Passei dias, noites, domingos e feriados modelando. Certamente um desafio, mas, como sou artista, amo desafios.” Tamanho desfecho não seria possível sem a parceria de anos com o fundidor e escultor Diego Rodrigues. “Um tra-balho feito a quatro mãos”, conclui.

Johnny Walker

Washington Netos

Até que, em 2007, começou a tocar na banda In Verso e passou a fazer turnês. Viu que era isso que queria. Largou tudo e foi estudar na Berklee College Of Music, em Boston. Depois de formado, em 2015, se mudou para Los Angeles e começou a fazer gravação de trilhas e mixagem de filmes. Não parou mais. Agora, Fred voltou a compor e a tocar.

Page 56: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 201756

O quê 6InauguraçãoOnde 6 Raja Gabaglia

Com um grupo restrito e extremamente representativo, que mostrou a força do anfitrião, foram inauguradas as novas e modernas instalações do Escritório Décio Freire em BH. No evento foi inaugurado, ainda, o auditório Dom Luciano Mendes de Almeida, que ganhou também um instituto em seu nome, fundado por Freire para amparar crianças carentes. Presentes algumas das maiores lideranças do Executivo, Judiciário e Legislativo. Fotos: Tião Mourão

6 José Afonso Bicalho, Durval Ângelo, Vittorio Medioli, Alencar da Silveira Junior e Carlos Rubens Doné

6 Antônio Sérvulo, José Vilela, André Leite Praça e Tereza Cristina da Cunha Peixoto

6 José Saad Duailibi e Gustavo Faria Corrêa

6Iran Barbosa, Décio Freire, Carlos Rubens Doné e Luiz Tito

6 Marco Antônio Rezende, Décio Freire, Odair Cunha e José Afonso Bicalho

6 Luís Cláudio Chaves, Rodrigo Freire e Fernando Coura

6 André Leite Praça, Antônio Fabrício Gonçalves, Antônio Sérvulo e Décio Freire

6 Wagner Messias “Preto”, Luís Cláudio Chaves e des. José Vilela

6 Leonardo Brandão e Jairo José Isaac

6 Cesar Romero, Vittorio Medioli, Jovino Campos e Rodrigo Freire6 Vittorio Medioli, PCO e José Saad Duailibi

6 Cláudio Bianchini, Paulo Navarro, Fernando Coura e José Saad Duailibi

6 Tereza Cristina da Cunha Peixoto e Cláudia Maia

Page 57: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 58: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 201758

O quê 6Bodas de DiamanteOnde 6 Carmo-Sion

O casal Cidinéia e Milton Lucca de Paula celebrou suas Bodas de Diamante ao lado da família numerosa e dos muitos amigos, no salão de festas onde reside Carla e Sérgio Favilla Lucca de Paula. Após a bênção das alianças pelo padre José Antônio, da Paróquia Santa Catarina de Labouré, e do cortejo dos filhos, noras e netos levando flores para o casal, os convidados foram recebidos para um requintado almoço. O bufê foi do Arroba da Carne e a decoração, de Ricardo Frazolli. Fotos: Tião Mourão

6 Sérgio Favilla de Paula, Luiza, Carla Casasanta e Bianca Casasanta Favilla de Paula

6 Brenda Rios, Cristiana Barbosa, Luiza Casasanta de Paula, Clara Burgarelli Lucca de Paula e Renata Favilla Sander

6 Clara, Filipe, Mara, Milton Favilla de Paula, Rafael Favilla de Paula e Gabriela Menezes

6 Leopoldo Diniz, Cidinha Lima, Paulo Mendonça e Daniela Mendonça

6Maria do Carmo Pimenta, Marlene Favilla Ribeiro e Jurandir Pinto Ribeiro

6 Mauro Santos Ferreira, Arlete Santos Ferreira, Miriam e Robson Napier Borchio

6 Marilia Dutra e Carla Casasanta de Paula e Sérgio Favilla de Paula

6 Milton Lucca de Paula e Cidinéia Favilla de Paula

6 Felipe Martins, Renata Favilla Sander, Fernando Sander e Denise Favilla de Paula Sander

6 Márcio, Renato, Denise, Milton Lucca, Cidinéia, Milton, Marise, Eduardo, Sérgio Favilla de Paula

6 Gabriela, Eduardo, Stany, Lucca Favilla de Paula

6 Marcio e Yolanda Favilla de Paula

6 Marise Favilla de Paula e Walfrido Barbosa

6 Marcelo, Marilia e Renato Favilla de Paula

6 Meirely Francini Ferreira, Gustavo Favilla Pedrosa e Noé Favila Pedrosa

Page 59: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 60: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

O quê 6CasamentoOnde 6 Espaço

Floricultura

Em emocionante cerimônia na paróquia do colégio Sagrado Coração de Jesus, Bernardo Lage e a bonita Melina Duarte trocaram alianças. O noivo é filho do diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Marco Antônio Lage e Walania Martins Oliveira. A noiva é filha de José Maria Duarte e Maria Inês da Silva. Após o religioso, os noivos junto com seus pais receberam os convidados para uma bonita recepção no Espaço Floricultura. Fotos: Tião Mourão

6 Maria Inês da Silva, Bernardo, Melina e José Maria Duarte

6 Walania Martins Oliveira, Bernardo, Melina e Marco Antônio Lage

6 Walania Martins Oliveira, Augusto Guerra e Maria do Carmo Guerra

6 Raquell, Marco Antônio Lage, Cristiane Bhering e Varley Costa

6 Breno, Marco Antônio, Eunice Lage e Bernardo Lage

60 VIVER Janeiro 20 - 2017

O quê 6AniversárioOnde 6 Bairro de

Lourdes

A elegante Marilu Verdolin Araújo celebrou com familiares e amigos o seu aniversário com um almoço no espaço fechado do restaurante Benvindo. Tarde animada com menu especial que incluía carpaccio, salmão, filé ao tornedor e, de sobremesa, petit gateau. Tudo regado a champanhe, uísque 8 anos, vinho tinto e ao som de um saxofone. Ajudavam a anfitironar os filhos da aniversariante Lilian Tunes, Gilberto Filho e Sérgio Verdolin Araújo. Fotos: Tião Mourão

6 Tais, Flávio, Isabela e Geovana Araújo

6 Gilberto, Marilu, Flávio Araújo e Enzo Araújo

6 Júlia Schettino e Júlia Soares

6 Patrícia Dias e Janaina Sette Câmara

6 Marilu, Mauro Tunes e Lilian Araújo Tunes

6 Janaina Rodrigues e Humberto Camargo

Page 61: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 62: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

O quê 6CasamentoOnde 6 Jardim

Canadá

Nathália Dutra e o médico Hélcio Neto disseram o “sim” em bonita cerimônia na igreja Nossa Senhora Consolação e Correia, ao som do Grupo Magnifi cat. Ela é fi lha de Sandra e Carlos Dutra; ele, de Karina e do médico Oswaldo Levindo Coelho. Depois do religioso, os noivos brindaram a união com os 500 convidados em elegante festa no BHZ Espaço, com bufê do Rullus e decoração de Paulo Muzzi. A banda Du Monteiro e o DJ Carlos Dee animaram a pista de dança até o amanhecer. Fotos: Tião Mourão

6 Ricardo Drummond e Raquel Starling

6 Simone, Sandra e Mônica Starling Jorge

6 Ana Cláudia Wanderley, Henrique Salvador Silva, Breno Figueiredo Gomes e Camila Maia

6 Aldija Starling Jorge, Nathália, Hélcio e José de Carvalho Jorge

6 Anna Salvador, Bernardo Levindo Coelho, Nathália, Hélcio, Fátima Borges e Herbert Miotti

6 Os noivos com Renata Starling Dutra, Carlos Dutra, Sandra Starling Jorge Dutra, Karina e Oswaldo Fortini Levindo Coelho, Anna Salvador e Bernardo Levindo Coelho

Page 63: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 64: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 201764

O quê 6RéveillonOnde 6 Vale do

Sereno

A médica e executiva Kazue Higashi e o empresário Carlos Lima abriram seu belo apartamento para uma das melhores festas privadas de réveillon da cidade. Com menu do Buffet Pichita Lanna e arranjos florais da Ruy Flores, a festa cheia de surpresas para os convidados se estendeu até as 4 horas da manhã, com shows de tango com a bailarina Mônica Santana e o argentino Navir e ao som dos músicos Ivana Lima e Mitzi Bossi e de uma elogiada playlist criada pelo anfitrião. Fotos: Tião Mourão

6 Kazue, Carlos Lima, Kemzo e Yuji Higashi Lima6 Sicy Melo, Kenjro Higashi e Mitzi Bossi

6 Sumie Murakani, Yukie Murakani, Masai Higashi e Kazue 6 Kazue, Carlos Lima, Ricardo Amorim, Patrícia Amorim, Gustavo Andrade e Luciana

6 Flávio Bernardes e Maria Juliana e Carlos Lima

6 Edmundo Lanna, Cláudia Santos e Tereza Lanna

6 Eduardo Gribel, Adriana Gribel, Carlos Lima e Kazue

6 Daphnis Santos, Silvana Lage, Kazue e Carlos Lima

6 Luís Flávio Magalhães Albergaria, Nívia, Francisco, Lara e Alice

6 Ronaldo e Rosana Lima

Page 65: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

O quê 6FormaturaOnde 6 Instituto Hilton Rocha

A Fundação Hilton Rocha realizou a formatura dos alunos do curso de residência médica em oftalmologia. O curso, com duração de três anos, segue orientação idealizada pelo saudoso professor Hilton Rocha e abrange as diversas áreas da oftalmologia, como retina, catarata, córnea e glaucoma. Entre os 12 formandos, está o medico oftalmologista montes-clarense Eduardo Avelino Filho. Fotos: Jeniff er Costa

6 Vitor Avelino, Eduardo Avelino Filho, Eduardo Avelino, Mirna Avelino, Evandro Avelino e Lucas Avelino

6 Eduardo Avelino Filho e Ariadna Muniz

6 Eduardo Avelino Filho com a fi lha Marina

6 Joel Edmur Boteon, Segundo Sixto Hernandez Silva, Charles Francisco Tavares, Eduardo Avelino Filho e Leonardo Rodrigues Pereira

6 Lucas Avelino e GCO

A arte culinária presente nos

pequenos detalhes.

(31) 3444-8133 www.luzziabuffet.com.br

Page 66: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências

VIVER Janeiro 20 - 2017

Embaixador do café

Muitos filósofos, desde Platão, escritores ou poetas, inclusive Shakespeare, escreveram sobre a amizade. Va-lorizavam a importância desse sentimento para a vida de cada um de nós. São pensamentos manifestados em textos, ou versos, maravilhosos, alguns deles que ainda guardo trechos de memória. Tudo isso me vem à cabeça porque, justo na última semana do ano que se findou, perdi um amigo exemplar. Dessas amizades que compro-vam que a distância, maior ou menor, não altera o querer bem. Falávamo-nos habitualmente ao telefone, pouco importando em que parte do mundo ele se encontrasse. Se chegasse a Belo Horizonte, não deixava de me visitar. Um amigo querido, muito jovem ainda, razão por que somente participei de seu convívio, da excelência de sua amizade, nos últimos 30 anos.

Conheci-o quando, formado há pouco, foi convidado pelo então ministro José Hugo Castelo Branco para a che-fia de seu gabinete. Mal sabia ele que ali iniciaria sua re-lação e convivência com o mundo do café. Suas histórias, seus mitos e suas mazelas. O ministro José Hugo, mineiro da mais elevada qualificação, foi, infelizmente, acome-tido de um câncer violento e Robério deu, nessa trágica oportunidade, uma demonstração de dedicação exemplar ao amigo que o convidara. Esteve ao lado, até os últimos momentos de vida, daquele saudoso e correto homem pú-blico. Robério era assim. Leal e dedicado como poucos. Já conhecendo sua capacidade profissional, convidei-o para a presidência da Federação Brasileira dos Exportadores de Café, que estávamos organizando e da qual eu era diretor. Ele recusou. Achava-se muito novo para o cargo.

Elegemos, então, o empresário Jair Coser, o maior exportador de café à época, para a presidência e Robério foi convidado para secretário-geral. Robério era assim, modesto e hábil. E ele se destacou no cargo. Serenamen-te, foi absorvendo todo conhecimento e relações que o tempo e a função lhe permitiam. Tornara-se uma pessoa conhecida e reconhecida por todos os segmentos do café. Produtores, torrefadores e exportadores. Mais importante ainda, tornara-se um conhecedor das três atividades. A todos atendia com cortesia e objetividade. Seu prestígio crescia no mundo do café.

Quando os países produtores decidiram constituir uma entidade internacional exclusiva para este segmento, foi Robério o convidado para ser seu presidente. Com sede em Londres, ele se sentiu como peixe num aquário de luxo. Em pouco tempo, acreditem, era convidado para eventos da família real inglesa. Robério era assim, transitava com sua simpatia e um fluente inglês entre a realeza e a plebe. Em uma oportunidade, convidou-me a acompanhá-lo num desses encontros de fraque e cartola. Agradeci, mas não fui. Ele tinha seu traje preparado, e como lhe caía bem. Seu prestígio junto ao governo brasileiro era crescente e não tardou a ser convidado para a superintendência da Camex, uma entidade que supervisionaria as exportações brasileiras. A ciumeira que despertou foi enorme e ele não resistiu. O Brasil perdera ali um grande e competente fun-cionário. Melhor para o Robério.

Marcamos uma reunião em minha varanda. Eram três as opções examinadas. Dei minha opinião. Optei pela mais difícil, que exigiria dele um grande exercício diplo-mático e político. Ele topou a parada e venceu. Foi eleito para a diretoria executiva da Organizacão Internacional do Café, com sede em sua amada Londres. Atingira o mais elevado posto no mundo do café. Robério de Oliveira e Silva, mineiro de Pedra Azul, em Minas Gerais. Vencido o primeiro período de seu mandato, foi reeleito. Estava, assim, no ponto mais alto de sua carreira profissional. E justamente no penúltimo dia do ano passado, Deus o levou. Perdi um amigo muito querido, repito. Robério de Oliveira e Silva, um autêntico embaixador do café, foi abrir novos mercados no céu.

Hermógenes Ladeira, empresário

Serenamente, foi absorvendo todo conhecimento e relações que o tempo e a função lhe permitiam. Tornara-se uma pessoa conhecida e reconhecida por todos os segmentos do café

66

Hermógenes Ladeira

Page 67: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências
Page 68: Papelaria, escrit - assets.izap.com.brassets.izap.com.br/revistaviverbrasil.com.br/uploads/listas/plus... · Na medida do Agências especializadas em roteiros customizados e experiências