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O TICO TICO Abril 1940 O T I C O-T I C O Propriedade da S. A. O MALHO EXPEDIENTE ASSINAI. IRAS Brasil 1 ano 25T>000 6 meses .... 13VXX) Estr3nge!ro .. 1 ano 75.000 6 meses 3ST.0O0 As assinaturas âp_M~M" sempre no dia 1 do m.s eni que loiem tomadas - serão aceitas anual ou semestralmente. TODA A CORRESPONDÊNCIA co- mo toda a remessa de dinheiro, (que pode ser feita por vale poslal ou carta com valor declarado) deve ser diriqida á S. A. O MALHO. Travessa do Ou- vidor, 3' - Rio. Telefone: 23-1.22. PÍLULAS (PÍLULAS DE PAPAIS*A E PÜDOPHYLINA) Empregadas com suecesso nas moles- tias do estômago, figado ou intestinos. Essas pílulas, além de tônicas, são in- diendas nas dyspepsia-, dores de cabe- ça. moléstias do figado e prisão de ven- ti e. Sã-" um poderoso digestivo e re- Kitlarizador das funeções gastro-intes- tinaes. A' venda em todas as pharmacias. Def_____ri__: JOÃO BAPTISTA DA FONSIiCA. Rua do Acre. 38 Vi- dro 2$300. Pelo correio, 3$000. Rio de Janeiro. í>aoaooo>o^*>*.o_-OCH><ía<!<to<H3o<-r^ "VOVÔ dO TICO-TICO" O mais belo livro de lições de cousas. Preço S '000 | lão \jueeu1he disse: -Uso g nao mudo JUVENTUDE AL______AN_IRE PARA A BELLEZA 005 CABELLOS E CONTRA CABELLOS BRANCOS i^W-^_v-_-v---vv»A«rt^«^*i»v*i*-,>'-vi_i. .__. D Csid d venda 0 Malho mensal et o í_K.O0_H_o-jâôO_f__s*>_íôao_fOO">o____- A Lieif efie lofdad «i Um esplendido álbum ccn.endo mais de 120 modelos de lingerie bordada do mais fino gosto. Camisas de dormir, Pi|amai, Césha- bülés, Neghges, liseuses, Peignotrs, Combinações, Calças, Soutiens, lingerie paro crianças e bábés, alem de ir.nurr.eros rr.cno-g.ommo- para border em piiamas e roupas finas. Todos os modelos tra zem os respectivos riscos do bordado em tama.-So natural, cor» as necessárias indicações, bastonte minuciosas, para a execução. Trabalhos em renda Miloneia, Iríand.za, applicações d. Racine Valenciana, etc. - Um álbum de ra;o valor, pela voriedade escolha e delicadeza do que publica. PREÇO 8SOOO . edidos acompanhados das respectivas impo__r-..;. 4 BlBLíOTHECA DA ARTE DE BORDAR C. Postal, 88O Rio de Janeiro Oi t «• / stn\\oiJ proentt qu. áá i y I f> ______!'_.. )__< rffodáMe A mais completa, ¦ mais perfeita, a rnali tnod-rna revista d. e!eg__c__r que _t editou no Brasil. Moda Bcrdad. não á epen_ um figurino i porquo tem tudo quanto so poda deseiai sobra decoração, •ss-.imptos da loüett* teroimna. actividade* do_i8;ticas, etc. Preços das Assignaturas (_-ò i-agi-tlot Anno . . . «5$o-o Seis iv._:_s . . i*T*__ih Numero avulso¦ _*.._ A '—IDA r_ T.-AS AS BA___I DE lOÍ-AES E UVJtAMAS DO ____, pí:o:do5 endereçado» a e___e-a e01toba e_ MODA E BORDADO CAIXA POST.U. ••• - -IO *H>w*owwo->ao. .h_<»^ <OU .£0 SETH EtlSSMO **_!*-A_10 POR MEIO 0O DESEtítíO - 1HTERESSA A CRIAHCA E FACILITA O MESTR. VEJA NAS LIVRARIAS DO. BRASIL as obras nes-TA colccao ouPf- ÇA PROOFscros AO "ATELIÊS S-TH R. I-A, .«IHO O-TICAT) 9- 2* - RIO OéP-TSITO EM S FWLÍLO J.CO-TO-* RIACHUELO 29"A Oi>a-íH>_-CKH>o*>octa">_^<i<H><K>a O TIÜO-TIGO publica os retra- tos de Iodos os seus leitores, gra- tuitamcnle.

PARA A BELLEZA 005 CABELLOS E CONTRA CABELLOS …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01802.pdfO TICO TICO Abril — 1940 O T I C O-T C O Propriedade da S. A. O MALHO EXPEDIENTE

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O TICO TICO Abril — 1940

O T I C O-T I C OPropriedade da S. A. O MALHO

EXPEDIENTEASSINAI. IRAS

Brasil 1 ano 25T>0006 meses .... 13VXX)

Estr3nge!ro .. 1 ano 75.0006 meses 3ST.0O0

As assinaturas âp_M~M" sempre nodia 1 do m.s eni que loiem tomadas -serão aceitas anual ou semestralmente.TODA A CORRESPONDÊNCIA co-mo toda a remessa de dinheiro, (quepode ser feita por vale poslal ou cartacom valor declarado) deve ser diriqidaá S. A. O MALHO. Travessa do Ou-vidor, 3' - Rio. Telefone: 23-1.22.

PÍLULAS

(PÍLULAS DE PAPAIS*A EPÜDOPHYLINA)

Empregadas com suecesso nas moles-tias do estômago, figado ou intestinos.Essas pílulas, além de tônicas, são in-diendas nas dyspepsia-, dores de cabe-ça. moléstias do figado e prisão de ven-ti e. Sã-" um poderoso digestivo e re-Kitlarizador das funeções gastro-intes-tinaes.

A' venda em todas as pharmacias.Def_____ri__: JOÃO BAPTISTA DAFONSIiCA. Rua do Acre. 38 — Vi-dro 2$300. Pelo correio, 3$000. —Rio de Janeiro.

í>aoaooo>o^*>*.o_-OCH><ía<!<to<H3o<-r^— "VOVÔ dO TICO-TICO" —

O mais belo livro de lições de cousas.• Preço S '000

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A Lieif efie lofdad «iUm esplendido álbum ccn.endo mais de 120 modelos de lingeriebordada do mais fino gosto. Camisas de dormir, Pi|amai, Césha-bülés, Neghges, liseuses, Peignotrs, Combinações, Calças, Soutiens,lingerie paro crianças e bábés, alem de ir.nurr.eros rr.cno-g.ommo-

para border em piiamas e roupas finas. Todos os modelos trazem os respectivos riscos do bordado em tama.-So natural, cor»as necessárias indicações, bastonte minuciosas, para a execução.Trabalhos em renda Miloneia, Iríand.za, applicações d. RacineValenciana, etc. - Um álbum de ra;o valor, pela voriedade

escolha e delicadeza do que publica.

PREÇO 8SOOO

. edidos acompanhados das respectivas impo__r-..;. 4

BlBLíOTHECA DA ARTE DE BORDARC. Postal, 88O — Rio de Janeiro

Oi t «• / stn\\oiJ • proentt qu.

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A mais completa, ¦ mais perfeita, a rnalitnod-rna revista d. e!eg__c__r que já _teditou no Brasil. Moda • Bcrdad. não áepen_ um figurino i porquo tem tudoquanto so poda deseiai sobra decoração,•ss-.imptos da loüett* teroimna. actividade*do_i8;ticas, etc.

Preços das Assignaturas(_-ò i-agi-tlot

Anno . . • . «5$o-oSeis iv._:_s . . i*T*__ihNumero avulso¦ _*.._

A '—IDA r_ T.-AS AS BA___IDE lOÍ-AES E UVJtAMAS DO____, pí:o:do5 endereçado»a e___e-a e01toba e_

MODA E BORDADOCAIXA POST.U. ••• - -IO

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<OU .£0 SETHEtlSSMO

**_!*-A_10 POR MEIO0O DESEtítíO - 1HTERESSA ACRIAHCA E FACILITA O MESTR.

VEJA NAS LIVRARIAS DO. BRASILas obras nes-TA colccao ouPf-ÇA PROOFscros AO "ATELIÊS S-THR. I-A, .«IHO O-TICAT) 9- 2* - RIO

OéP-TSITO EM S FWLÍLO

J.CO-TO-* RIACHUELO 29"A

Oi>a-íH>_-CKH>o*>octa">_^<i<H><K>aO TIÜO-TIGO publica os retra-

tos de Iodos os seus leitores, gra-

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O TICO-TICO — 4 — 17 —Abril —1940

IM i

TlS-k //

L

JOÃO DORNAS FILHO

Augusto, varonil, eil-o que passa,firmes os passos, a expandir serenoo olhar pelo horizonte. _ não lhe embaçada lei a crueza a paz de Nazareno...

Em volta do pescoço alada a corda.Grenha solta ao sabor da víração.E o tropel dos cavalosNque concordacom o silencio óa lenta procissão.

Leva abraçado e bem unido ao peitoJesus crucificado — o.outro Jesus...Tinha do Mestre o mesmo calmo aspeito,como ele carregava a mesma cruz..

Vai atraz o carrasco indiferente,Segue-lhe a passo a tropa dos dragões.E os sinos da cidade, alegremente,voluteiam sonoros nos torreões...

A praça do martírio ei-los chegados.Em triângulo se ageita a tropa armada.Os cavalos, de prata ajezados,batem as patas forres na calçada

w

Paira um fundo silencio pela praçaSopra de leve o vento sussurante.Quebrando a paz da Naturesa. Dassao badalar dos sinos, lancinante..

Do cadafal.o ao topo, extraordinário,barbas voejândo atoa sobre o peito,axier.de a vista o grande visionáriosobre o povo calado de respeito...

Para os céos elevando a fronte augusta,mãos aper+ando o peito incandescente,pede a Deus para a Pátria a sorte fusta,justa sorte de ser independente-..

Então, o confessor <lhe fala, amigo:—¦ Pede. filho, perdão dos teus pecados!...Foste infiel, porém, terás abrigono céo, pois Deus é pai dos desgraçados!...

Grande e sereno o mártir se alevanta.E erguendo a voz sonora e a fronte erguendo.fala: — Não. frade. A lei de Deus é santa• não castiga aqueles que, morrendo

•m prol da Pátria amesqirinhada e escrava,morre em prol da mais pura das missões!E' com o sangue dos justos que se lavaa nódoa negra das escravidões!

E entregou-se ao carrasco. O povo, mudo.Mal respirava. Atado o nó. jogou-seno espaço. E aparecia entre o veludoda barba espessa uma expressão tão doce.

Tão bela de heroísmo e de bravura,

que mesmo em rude transe de agonia.a balançar, esquálido, na altura,_ sua face livida sorria...

1922

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Diretor-Gerente: A de Souza e Silva

¦ r • —n

Meus netinhos :

Na região acreana e nas fronteiras com a Bolívia os cabo-cios usam uma estranha bebida fermentada que afirmam ser mui-to alimentícia.

Seu nome é "caisuma" e se prepara com a "macachêra" ou

aipim.

Não ha a menor higiene no seu fabrico que se faz da manei-ra mais primitiva possivel.

Põem as raizes, ou tubercuíos da "macachêra", dentro de umvaso com água para cosinhar.

Depois de cosida !evam-n'a a um pilão onde a trituram mis-turando-a com água.

Esse trabalho é feito pelas caboclas que se reúnem em tornodo vaso ou pote de barro, onde está a massa, começando aí umarepugnante operação que consiste na mastigação de parte daquelamassa por parte das mulheres que jogam novamente o produto damastigação dentro do vaso. de onde retiraram a massa.

Np dia seguinte toda aquela mistura aquosa está em comple-,.ta fermentação. Mexem-n'a com um páu ou colher de madeira,revolvendo o fundo do pote e fazendo vir á tona a massa que ali sedepositara. Deixam-n'a "assentar" novamente e convidam ami-gos, parentes e visinhos para

"provarem" a repugnante beberagemque eles acham deliciosa.

Forma-se uma orquestra de flautas de taquarí e bombos depele de veados ao som da qual é saboreada a "caisuma".

Como é feita em grande quantidade, durante muitos dias eaté semanas rende a "caisuma"

que é oferecida aos visitantes em"coités", assim como se oferece, entre nós outros, um café ás visitas.Muito supersticiosos e crentes nos efeitos de "feitiços e man-

dingas" a "caisuma", — que não deve ser recusada quando é ofe-recida — serve de veículo a certas drogas que os caboclos dão abeber aqueles a quem pretendem enfeitiçar...

Gente primitiva, a quem falta a' luz da instrução a lhe ilumi-nar o espirito, tirando-o das trevas da ignorância.

vovô

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O TICO-TICO — 6 — 17 — Abril — 1940

WBl H IE "G U IE

R VERDADEIRA| Continuação j #»««!

APPLEGA.

IE E SU.

KAY EN.

CONTRAM-

SE EM

NEW

YORK

jEntão? Não Mie di-z.a eu que estai-ia de

volta pelo Nata-1?

Primeiramente vou embusca d'algu.-n dinhei.

i ro. Estou "pronto".Não se preo.cupê. O di.•nheiro aparece.facilmente seo trabalho é

bem feito.

mfa-—~—~ ^ ||!|j|f|I

!) '

'Vamos fazerkim ligeiropasseio ã pro.cura de armas.

E' verdade, mas fcgjnão tenho revól- JZÍa

ver... j£§+

rTíil ~ m, .rzAS^r m_-m. / IwwWí

uÍÍÍÊXÊMm'/ <Ht.,i_,. Sjmiiatt ^l\ttB&__. HEI S |u "SsU

EM POUCO

APPLEGATE

FAZIA UMA

í COMPRA

SINISTRA

EM BALTL

MORE.

Este é o nosso ul-timo lipo 45 auto-matico. Muito segu.

ro e poderoso.

Seguro, hein? E' oque preciso. Vou

leval.o.

_'M_fS\ «£5^.7 a-5¦ l«>'SM T^K JjÊÊin_myr_t ^^-m_ ^^______W§i

WÊrmk--^JÉim m

L— " _J

Não se preocupe John.ny. São meus amigos.

lAPPLEGATE E

SUHAY EN.

CONTRARAM

UM EX.COM.

PANHEIRO DE

PRESIDIO,

JLEONARD HA.

BERMANN.

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17 — Abri! — 1940 O TICO-TICO

O C.

HISTORIA DEm m A% Continua

O APARTA-

MENTO DEi

JOHN MAU.

KER, PINTOR

D E S E M.

PREGADO, i

TORNA.SE Oi

QUARTEL.

GENERAL DO

BANDO EM

FORMAÇÃO.

Ternos muito q.ic fazer. Preci.amos porém um -esconderijo ga.

raníido. Este, por •exemplo...

Nosso arsenal émuito pequenopara um assaltoa um banco de

primeira classe.

N_o. Vou matar unselvagens que

dizimam osmeus reba.

nhos.

meu encargo, ^sj^*^!! Vai a alguma cagada? I cães

Tenho alguns re. | L e v a _ d o armas.Cortando o cano desta voívcrs escondi. i ~

__._____, 7* não é fac:l conseespingarda ela pôde ir sob í dos no meu fo. -*-* ^ájjíj Bb, / g u i.i o. Entretanto"

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O 3LIC.Q-JT1C0 — 8 17 — Abril - 1940

^^LfW^a^fí^^f^MP^1^^ rr---^^^^^ .Jtt*»*-f-iu'ilt»-i*-*--i*r-*-*a*|»

BA\ SéSSÉ^ feyaUiliUa, jfJU-J~.u^ hms»-- J/l MIFEROS. QUE NÃO SABEM NADAR

'•-'¦'' K^l^SllS- mi P:,XES DORMt-M COMO QUALQUER MOR- ^

A ISLÂNDIA E UMA ILHA DE ORIGEM VUL- ÂCANICA E APRESENTA UM GRANDE NUME, ' i9

DE TODOS OS RIOS DO MUNDO O NILO E*O QUE MAIOR NUMERO DE PEIXES CON-

TEM. DAS 20 MIL ESPÉCIES CONHECIDAS 3MIL SE ENCONTRAM NAS FÉRTEIS ÁGUAS

DO RIO AFRICANO.

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17 — Abril — 1840 — 9 G TICO-TICO

BREVEMENTE—— ' ¦ - La?// v" '; "iV~ i i ¦¦ -mm _

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O TICO-TICO — 1U — 17 — Abril — 1940

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^^•i-.fM"-ii;?rríl-vr-Vr.i'-ii-

€r_ UMàVeí__— ^W

Conte o resto da historia que o

senhor estava contando na noite pas-

sada, quando começou a chover!...

Assim as crianças pediam ao velho

tio André, quando êle apareceu à por-

ta da sua casinha para conversar com

a meninada da vila, conforme era seu

costume.

E qual era, mesmo, a historia ?

— perguntou êle, ao que o esperto

Pedrinho respondeu:

Era a do Moisés, aquele meni-

no que foi "salvo das águas" no Egi-

to, e não do Moisés aqui da vila, que,

ros dias de seca nas bicas, vende

cada lata dágua por duzentos réis...

Já sei. O Moisés hebreu, depois

de salvo das águas do Nilo pelas es-

cravas da princeza, filha do Faraó, foi

educado, com desvelo, pelos velhos

sacerdotes do templo de Osiris, que

eram grandes sábios, familiarisados com

as ciências e as artes conhecidas na-

quele tempo distante.

! — E quem foi que contou essas

historias ao senhor ? — perguntou o

.curioso e irrequieto Pedrinho.

Quem me contou essa e outras

historias que eu sei foi um bom ami-

go que tenho: um livro chamado: Bi-

blia, e que traz a historia do povo he-

breu, tambem «chamado "povo de

Deus"i

Diz, assim, a Bíblia que Moisés teve

uma revelação divina, pela qual sou-

be que havia, distante do Egito, uma

terra fértil, onde o povo hebreu po-

deria ir viver.

Era chamada: Terra de Canaan, e

onde diziam que "jorrava leite e

mel".

Moisés revelou ao Faraó sua ori-

gem hebraica e pediu permissão para

se retirar do país com os seus com-

patriotas, guiando-os, através do de-

serto até a Canaan, tambem chama-

da: "Terra da Promissão", por ter sido

prometida pelos profetas ao povo de

Israel, ou israelistas.

i Foi concedida a licença e Moisés

partiu com seu povo, gastando mui-

tos anos na viagem, pois somente 40

anos passou ele no deserto...

E1 bem verdade que os anos na-

quele tempo eram menores que os de

hoje: tinham menos dias...

Durante essa peregrinação, conta,

ainda, a Biblia que Moisés recebeu

de Deus, no alto do monte Sinai, as"taboas da Lei", com os dez manda-

mentos que ainda hoje são ditados

pela Igreja, e que todo cristão deve

saber e respeitar.

. — Eu sei; declarou o Pedrinho.

Aprendi na aula de catecisrno. O que

não sabia era que esses mandamen-

tos tinham sido dados a Moisés.

— Pois foram. Inspirado por Deus, .

Moisés operou prodígios, como o de

fazer brotar água de uma rocha viva,

no momento em que o povo estava

quasi a morrer de sede.

Ouvindo a voz de Jeová, isto è:

de Deus que o mandava bater com

uma varinha na montanha de pedra,

afim de que dali jorrasse a água, o

próprio Moisés hesitou em fazê-lo.

duvidando que tal coisa podesse acon-'

tecer.-

Essa falta de confiança, de fé em

Deus, fez com que, somente da se-

gunda vez que êle bateu com a va-

rínha na pedra a água surqisse, cris-

talína e abundante.

Nesse momento o Pedrinho obser-

vou:-

Se êle ainda fosse vivo estava

bom para ser diretor do Serviço

de Águas, porque, quando ela fal-

tasse, éle só tinha o trabalho de ba-

ter com a varinha nas pedreiras e a

água chegava logo, não é?...

Uma boa gargalhada acolheu a lem-

branca do esperto garoto, enquanto

o velho tio André, tambem sorrindo,

se despediu das crianças, dizendo:

Até amanhã !. ..

Até amanhã, tio André... ¦

ETJSTOROIO AV-fVNDE_RI__I__Y

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2

Cazuzinhatem

idéas

p[ ("" — CAZUZINHA,

"Ã ~~\ — VA À CONFEITARIA \

~? / /X 1

} VENHA CA... f-^" E TRAGA MEIO QUILO DE ~^J^-S A^/f¦--¦ y ._, - -^J ROSQUINHAS.

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3. (^ — LEVE ISTO / ^W H» .\ COM CUIDADO, _^__^JL---/ J^"" -dãr /^"^ \

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• O -TI CO —12— 17 — Abril — 1940

.-_>rtU<_-_t-rt>_H_iKKH5-HX^

P NCEZASc0OW£^WÍK><H}$Or>aç<H>SS0

A historia que vou contar a você.,meus amiguinhos, passou-se lia mui-to tempo no reinado de CarlosMagno.

Carlos Magno considerava-se mui-to infeliz. Possuia. grandes riquezas,enormes territórios, tinha poder eglorias; mas uma cousa lhe faltava :um filho que lhe pudesse succeder.Isto c contrariava muito.

Ora, uma vez que elle cavalgavatristemente em direcção a P... seuginete parou de repente. No meio docaminho achava-se um anão, c^rnlongas barbas brancas. Carlos Ma-gno nunca o tinha visto e portantonão o conhecia.

A sua presença incommodava, poistinha as pernas muito curtas e osbraços muito maiores do que ellas.

A barba caia-lhe até os pés, co-brindo-lhe o rosto; por entre essaimensidade de fios brancos, brilha-va um par de olhos ameaçadores,como os de um cão d'agua; porém,esse brilho não se assemelhava -iamro dos olhos de um cão nem aos deum homem.

Carlos Magno franziu as sobran-celhas e o anão, olhando-o e rindo-se maliciosamente, assim falou-lhe :

Carlos Magno, Carlos Magno !volta para a tua casa.

Carlos Magno trazia um grand.chicote de couro, pendente ao selirndp seu cavalo; tomou-o e fustigou oanimal para que ele se aproximassed'aquele velho importuno. Mas c ca-valo não se mexeu e o anão soltouuma gargalhada.Carlos Magno — disse cie —Carlos Magno ! volta para tua casa.Dentro de nove mezes a imperatrizterá uma filha.

O imperador tomou do chicote edeu uma forte pancada nas e_paau_.sdo velho, que gritou :

Terás uma filha, uma filha !Não minto! Porém, ela será mudaaté os vinte annos. No dia em quecompletar vinte anos ela falará, masmorrerá em seguida, e tuas desven--tiras não se acabarão mais!

Em seguida desapareceu, sem queo imperador pudesse saber para ou-de fora.

A um sinal de Carlos Magno, ossoldados volveram a seus quartéis.Quanto a ele, muito triste, voltou deno-o a seu palácio.

No dia fixado pelo velho, a im-peratriz teve uma filha. Como elehavia assegurado, essa menina crês-ceu sem nunca ter falado : sua lin-gua parecia paralysada.

Porém, ela era tão bonita, tãoboa e tão carinhosa, que todos aamavam.

As mãos, os olhos, a maneira tíeandar, emfim, tudo, eram caricias eos que a viam não cessavam de cho-

rar, pois ela devia morrer aos vinteanos.

No dia em que a linda princezacompletou vinte anos, ".cvantou-selogo pela manhã, gritando :

Papai, pai, eu falo :D'esta maneira a profecia do ve-

lho, se realisava. Carlos Magno cor-reu para junto dela. O imperador ti-nha envelhecido muito e seus dedostremiam quando ela lhe tocavam abarba. "Ela vai morrer, pensava ele,vai morrer". Esta idéa não o abando-va. A princeza, por sua vez, ia-satransformando.

Emquanto a fala lhe linha vindo,o demônio se apoderava de seu cor-po e de sua. alma. Gemia, blasfema-va contra Deus, dizia imprecações.Não era porque ela tivesse mede^demorrer, mas porque seu corpo esta-va sujeito a um encanto.

Emquanto poude falar, só dissehorrores.

Entretanto o sol descambava nopoente e com ele a vida da bela prin-ceza. Seu rosto empalidecera c tor-nára-se hediondo.

Pediu a seu pai que se aproximas-se de seu leito e fez-lhe jurar o se-guinte :

Quero ser enterrada ha ca-tedral de Tournal. Jura-me que to-das as noites, emquanto durar o im-perio, que um soldado guardará mi-nha tumba ?

Carlos Magno jurou, e pouco a.-pois morria a princeza. O povo, oexercito e o imperador conduziramseu corpo para a catedral.

Ele tinha sido colocado em umbonito caixão com incrustaçõe. demarfim, e enrolado em setim bran-co; parecia a estatua da Cólera.

Quando se aproximou a noite, fc-charam a egreja, e um soldado desentinela ficou guardando a tumba.

No dia seguinte, quando foramrendel-o, encontraram-no estendido,frio, morto em seu posto. Ele tinhasido estrangulado. Puzeram um ou-tro, em seu logar, e o mesmo se deu;um outro, mais outro, um outro ain-da e amanheciam todos estrangula-dos ! Carlos Magno não queria faltarcom o seu juramento e seus soldadosmorriam uns após outros.

Todos os dias, era levada ao im-perador uma urna de ouro, onde soachavam os nomes de seus soldados,para que sorteasse um deles. O im-perador tirava com os olhos fecha-dos um desses nomes, e soltando unigrande gemido entregava-o a um oli-ciai sem querer abril-o. .

No quartel todos perguntavam :Será chegada a minha vez .

Então o oficial, aproximava-se como bilhete e dizia um nome qualquerem voz baixa. Não é preciso óizsx

porque, mas o homem sorteado tor-nava-se livido. Alguns estavam tris-tes, outros furiosos.

Dentre eles havia alguns que le-vavam o dia todo a chorar, gritandoem altas vozes:

Mamãe ! mamãe !Eram estes que mais afligiam Stáid

camaradas. Os corações partiam-sede dôr, se bem que o soldado sejafeito para morrer, o comandante or-dena e ele segue.

Um soldado, porém, não se con-formara com o destino do militar.ou porque se considerasse feü. euporque tivesse na vila próxima umafilha que esperava a sua volta e quao amava muito. Todos os dias, assimpelo meio-dia, ele montava a cavaloe dirigia-se para o campo, e entãoas lagrimas desprendiam-se tíe S-ú_olhos, em borbotões.

Uma vez, em que fazia á sua casauma dessas visitas, foi grande o seuespanto, ao ver na sua frente um ve-lho com pernas curtas, braços com-pridos e vigorosos, completamenteencanecido. Os dois olharan.-se peralgum tempo em silencio.

Por fim o velho assim falou :Estou arrependido, sim, estou

arrependido ! O demônio a quem en-treguei a princeza é peior do que eupensava. Todos os dias pranteio essavingança. Mas eu só não me sintocom forças para quebrar esse er.can-to. Para isso não é bastante um fei-ticeiro, é preciso também um homemforte e corajoso. Vá ao imperador odiga-lhe que irás hoje guardar atumba da princeza. 0

Ah ! Feiticeiro ! — di.se o sol-dado, mostrando - lhe o campo aolonge — deixa-me viver ! Procura uraoutro, vê como eu sou moço, divirto-me tanto, somente em ver que o san-gue me corre nas veias. Se soubessescomo me adoram lá... lá em minhacasa, na casa de meus pais!Não se negue — disse o velho— vai a Carlos Magno e diga-lhe oque lhe disse, senão... Quando asdoze badaladas soarem na toirc dacatedral, suba para o altar e e.pcre !

Impelido pela ameaça do veiho, Iafoi o pobre soldado ter com CarlosMagno, que o ouviu com tristeza.

Vai — disse o imperador —Queres morrer ou tens algum segre-do ? Em todo o caso sê feiiz.

O soldado voltou para o quartele passou o dia inteiro a pensar e atremer, esperando a hora íatal.

Tinha sido instituído que todos cshomens, antes de partirem para acatedral, bebessem bastante. Destemodo, quando a escolta veiu b_scaro soldado, levou-o quasi que caindo,

A BÔA AÇÃO DE UM VALOROSO SOLDADO

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17— Abril — 1940 — 13 —

M 1 D AO TICO-TICO

Um conto do tempo deCARLOS MAGNO

CO!Xs«.«<»£.<HW<KH>#!W£WfcOW

em tal estado de embriagues seachava.

No meio de todo o seu terror umaidéa lhe veiu : de saber como tinhamsido estrangulados seus camaradas eporque.

Ele pelo menos tinha uma cspe-rança, um sonho. Mas, no ei_t__i_to,quando a egreja ficou compleiair.cn-te ás escuras, sentiu ele o coraçãosaltar dentro do peito, correu para aporta, porém ela se fichava muitobem fechada; ele não podia íuêir.

O relógio soava os ausrtos, nsmeias horas.

Esse ruido causava - lhe suoresfrios. Ele chegou mesmo a ponto dever o movimento mecânico dasagulhas.

Meia-noite, meia-noite, quando'checará ? — perguntava eie.

As agulhas giravam sem ce._ .ar.O ponteiro menor parecia-llic prcgul-coso, tão morosamente aud.ava. Ogrande ponteiro corria conto um icu-co, como induzindo o menor a acom-panhal-o.

Emfim, meia-noite menos chu.o,menos quatro, menos tres, menosdois, menos um.

Ah ! O ultimo minuto !O soldado ouviu distinctamente o

barulho do martelo antes de bateras doze pancadas.

Deu um grande pulo e sem fole-go achou-se sobre o altar.

A pequenina lâmpada que ardesempre para mostrar que a hóstiaali se acha era o único ponto lumi-roso nessa immensa egreja. brilhai.-do como uma estrela. Essa luz dava-lhe coragem.

As pancadas sucediam-se ímpia-caveis, terriveis, e, pouco a poucodissiparam - se na immensidade danoite. A' medida que essas pancadasse extinguiam, o soldado via elevar-se da terra um objecto delgado, pa-voroso pelos seus movimentos.

Era a pedra da tumba.Daí surgiu o cadáver da prir.ee-za, vestida com grande túnica bran-

ca como havia sido enterrada e erasempre a mesma imagem da Cólera.uma figura esboçada pelo terror, seusolhos brilhavam com um brilho dia-bolico.

Suas mãos abriam-se já mun ges-to estrangulador.Passeou os olhos cm redor tia

tumba como procurando o soldadoque ali se devia achar, porém ele aínão mais estava.

Olhando para o altar, viu a prin-ceza ds pé sobre o mesmo, agarradoao crucifixo, o soldado que procurava,batendo os dentes de medo.

Ele estava ali como uma fortaleza.A princeza gritou :

Soldado, soldado, desce !

Não foi aí que meu pai te colo-cou !

O soldado não desceu. As suuãmãos não abandonaram a crua.Olhando para baixo, via ele a prin-ceza como uma sombra. Tomada doraiva, ela gritava como um cão da-nado e despedaçava tudo que lhe es-tava ao alcance, mas qua».do t>eaproximava da pequenina lâmpada,recuava espavorida.

Finalmente, amanhecia : o colda-do ouviu distintamente o cantar dosgaios fora da egreja.

De repente, a princeza soltou umgrande grito e entrou na tumba, cujapedra se abateu sobre ela.

Pouco tempo depois, as portasabriram-se e quatro homens entra-ram na egreja, com um caixão. Eraeste o costume desde muito tempo.Estavam certos de encontrar o sol-dado morto ! E no entanto, o soldadose achava vivo no meio das ruínasque fizera a princeza.

Toda a cidade soube desse acon-tecimento. Carlos Magno mandou viro vencedor, que atravessou as ruínase gritava como um homem íóra de si.

Viste :... perguntou o impe-rador.

Sim, magestade, respondeu osoldado, é vossa filha I...

Carlos Magno fez-lhe signal par.ique se calasse e todos se retiraram.Quando se acharam sós, o impera-dor pediu ao soldado que lhe contas-se tudo, ao que accedeu o pobre ho-mem.

O imperador ficou um instante*pensativo e depois virando-ss yara osoldado disse-lhe :

Deus te proteja, pois os demo-nios não podem comtigo. V» .tarasesta noite á Catedral!

O soldado, amedrontado, lauçou-se a seus pés.

O feiticeiro só lhe havia faladonuma noite e a idéa de tornar a veraquele espetáculo aterrorisaúcr o ani-quilara.São ordens, disse friamenteCarlos Magno. Recusas obedecer ?Mandar-te-ei matar neste iiistrnte.

Eu não me recuso — respen-deu o soldado. Saindo do palácio, di-rigiu-se ele para o campo, como decostume.

Ah ! feiticeiro, feiticeiro, diziaele, o encanto de que me revestistepersistirá ainda esta noite ?

Mal havia pronunciado estas pa-lavras, quando lhe apareceu brutes..-mente o velho.

O encantamento não bastaráesta noite, disse-lhe ele, pois precisode ti para outro serviço, que te tratamaior recompensa que a vido..

Esta noite irás para a Catedrale quando a pedra da tumba estiverbem aberta, pula para dentro dela.

E acrescentou maliciosamente •— Não te proibo d« te encotuen-

dares a Deus.O soldado não sabia o que fazer,

o medo paralisara-lhe os meir.brcs,o feiticeiro, o imperador, a princez_i,tudo influía sobre a sua vida.

Contudo, teve de se conformarcom a sorte.

Quando a noite se aproximava,entrou o soldado na egreja, deixan-do que as portas se fechassem atraíde si. Quando o relógio deu as do:,pancadas, a tumba abriu-se e, fazer.-do o sinal da cruz, lançou-se f'pela abertura.

Então foi como se a egreja ;•>despedaçasse: um imenso rustid:se fez ouvir repercutindo por t.:_.r, anave. A tumba fervia.

O soldado via á sua frer.te o ia-ferno aberto : sombras de diabos queacompanhavam a princsza galopa-vam através do recinto. Alguiu ti-nham aras e tamancos de chiíre.

Por fim, descobriram as vidraças.um barulho de vidros partidos ie ou-viu e os diabos desapareceram.

O logar em que se ach-.vam íotentão iluminado por uma luz sobre-natural, e o soldado achou-se emfrente da princeza bela e carinhosa,como a havia conhecido antes dosvinte anos. E ela falara :

— "Soldado, soldado, eu não es-tava morta, estava somente encaivtada no inferno. Agora .ae.bc.-satudo. Escuta".

Ouviu-se então uma musi.a linda,nunca ouvida. A princ.za lastimavaa perda de tantos soldados, cujas ai-mas, passando em frente ao soldadofeliz, deixaram cair sobre súa cabe-ça flores colhidas no paraizo.

A princeza chorava de alegria e,tomando a mão do soldado que adesencantara, beijou-a.

Ao amanhecer, o padre foi abrira egreja acompanhado de uma mui-tidão de pessoas que procurc/sm .-a-ber se o encanto tinha desaparecidoe se o soldado estava vivo.

A principio nada se via na neve."Morreu, morreu, gritaram to-dos I"

Porém as primeiras fileiras avis-tavam sobre o altar a princeza re-suscitada que levava a seus lábios amão do soldado alegre e _elL_ peloacto que praticara.• *

*Pouco tempo depois, celebrava-se

o casamento da princeza muda, como soldado que a desencantara.

Carlos Magno, não sabendo comorecompensar tão grande servido, jul-gou que casando o soldado com aprinceza lhe fizesse a maior das da-divas.

FOI PLENAMENTE RECOMPENSADA

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O TICO-TICO _,4- 17 - Abril - 1940

Z Já? JV1AOA.OO E EAXJSXIIV^

Faustina queria embas. ...moda inventada por ela, ... banho, boiando, Zé Ma. ...a acompanhou, o balão era de borra,bacar o publico com mais tratava.se de um saiote ba,uma... lão para tomar... caco, pelas duvidas,., cha e ficava preso á cintura.

i_! <ft vftr

lLJiri_i. ipj.ç».^kfgs<j^ d<_gs wm\fílk*mll^^i%&tx

TRITÃOFilho de Netúno e de Anfritite, Tritão era um semi-

deus marinho. A parte superior de seu corpo representa-va um homem nadando, a parte inferior era de urç. peixede longa cauda.

Tritão era o arauto de seu pai, a quem precediasempre, em um carro puxado por cavalos marinhos, anun-ciando a sua chegada ao som de uma buzina.

Além de arauto de Netúno, Tritão tinha a missão deacalmar as ondas e fazer cessar as tempestades. Conta-

se que Netúno, querendo chamar as águas do dilúvio,mandava Tritão tocar a buzina, a cujo som as águas se re-

tiravam e que, quando quiz apaziguar a tempestade pro-vocada por Juno contra Enéas, Tritão conjugou todos os

seus esforços aos de uma Nereide, para salvar os navios

naufragados.

De fato, a Faustina firou boian. ...figura de um carangueijo, estragou a ....pobre Faustina rebentou e naufragou. Feliz.ido admiravelmente, mas, o impre. escrita. O crustáceo enfiou as pinças novisto, na... balão e... pum! a... mente Zé Macaco acudiu a tempo de salva-la.

" A coroa do rei da

InglaterraQuando dòs preparativas para a

coroação do Duque Windsor, o quenão se realizou, em virtude de ter ab-dicado para casar-se com a milionáriaamericana Simpson, a riquíssima coroades reis da Inglaterra foi transportada,em absoluto sigilo, de Londres a Glas-

glow e confiada ao joalheiro O'Conne'1,

para proceder um ligeiro alargamento,de sorte a adaptá-la à cabeça do prin-cipe, e limpar as pedras, substituindoas que tivessem perdido: o brilho.

O transporte da coroa foi feito emavião, e para evitar o vôo sobre o mar,o piloto prolongou enormemente o tra-

jecto, evitando passar sobre os la-

gos. Na previsão de queda e incêndiodo avião, a coroa foi posta em umacaixa especial, absolutamente incom-bustivel e durante, os reparos feitos, a

casa do joalheiro foi guardada, dia ©

norte, por policiais armados.

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MING FOOaNOVELA DE

Continuação n. 146

FL__i www

vejamo

queaconfe-

ceu...

— Tudo está pronto. Tão certo como te estou falando, nossosinimigos vão pagar com a vida a desfeita mie nos infligiram !

— Metade dos Irmãos de Ferro morreu ou:st_ na cadeia. Os soldado* darão cabo doresto. Podem acreditar!

— Dois homens vieram entre-gar este embrulho para o capi-

tão Truta.

W^^\?W^'^ \ !í!ÍP^l^®^--7

— B' sábio o ditado : "O maluco pen-*" ¦ "^ "*XZ-X"~7 sa estar erguendo uma monUinlia, enquau-t0 cava sua sepultura l "

^ab),S _— -| i §j^7)_^|jj| ^ssa j>, J >^^

\- /<~Xi4 jpÇjb &? ff-.-v^^^^fe

C • r 1938, Kinj E iw, Inc . Wrrld'¦ '

' 'C ; r 1938, Kl Ltt, Inc .World .,;_,-._ rc_rv_J ¦¦V" ^"Xj/ í r jÇ- _T

^*__-—/ __'/^^^___fc^__l_B!Pv;*-;'* "*¦£*""** ^£j£s&_ ,'lE&fèr^yVapsZ-u. v, <X}^^^^'-«* -c=>l^M* '/»>/*_>G-'->'j*e_C-^' _l_^f[ •"-<**¦»• ^ __..

CONTINUANA

PRÓXIMAQUARTA-

FEIRA

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O TICO-TICO — 18 17 — Abril — 194C

NOSSO PERV ESTA'FlCfiW>Ol\ ACHO ©UE e'MUITO APLICADO . e TEMPO \\nELHOR. CÔNSUL-DE SONDAR QUAL a -PKOfi.y \TAC UM PQOYES-

ÇÃO SUE- EiC PREFERE T-^X^-^T-V SOR—I

ESTUDAR.J-' /7

MEU CARO MENINO A viCA E' UM CASO6ER1O .-TOC50S l>evEM TRABALHAR. P&CApooER. coher/.e. pceaso escoLHere, »UMA CARREIRA- REFLITA BEM

——

\ â „ f3^^ |gUE DIABO ESTA'„, | | HA MUITO GUE O PERV ESTA PEWSANbO,

<*¦ \ ^

& *V <rZ^y^ y^yyr 'A\ PAZENDO O PEgSff '^te, ItlAC-lNAKOO-ACHO ¦v %. \ °r g SC / CU ty^y^ J^2jKX\\ ESTOU ^ ym—,, m~W% «SUE «A' ESCOLHEU\ %.N # fé /&/,-<& T\c<*yy^xTW\\\y^ ESTPAMWA1»'K, JW>7 'I UMA BÔA PCÇBSSÃO

A\NDA NÃO CHE&uÍTaoo~m^~1 (X 1| ETA .CHEtRIHHO BOH ! rIAHAE FA1 li t^^ /íS- tf?] fa-^r \V-£^ra—\a\\~CLUSÁO NENHUMA ...MA<S E',_ AV 1 -~^cataTDíni K 6E rc-mDAO i <A 1—. £' 7/V V"U3_. Í«^K

PARA RERET^ |f fj^N. J °c\Ç W^S^SJ jÊ _, ^0^ KÃ\

0<>0<_X><>0<><><><>C><>0<><>C^<>0<>0000

No tempo da escravidão,

Oa negros muito sofriam,

E, por isto, quasi sempre,

Dos seus "senhores" fugiam..

Nas florestas se internavam;

Da sorte aos duros azares

Se entregavam, caminhando,

Até chegar aos Palmares.,

Pequena tribu de pretos.

Então ali se formou

E, poucos anos depois,•1.

A muitos mil se elevou.,

Cabanas, campos plantados,

Criação, tudo era ali,

E todos obedeciam

A um chefe negro — o Zumbi.,

Os lalnare(Lição ile historia)Dizem, — não sei se é calúnia

De algum "senhor" despeitado •

Que eles matavam os brancos,

Depois de os haver roubado.)

Por isso guerra terrivel

O Governo declarou,Mas essa feroz campanha

Jamais os desanimou..

_E quando Caetan© Melo

Organiza batalhões,

E manda, por Jorge Velho,

Aniquilar os "ladrões"...

Foi uma luta tremenda

E, enfim, 03 negros perderam.:Dos muitos mil que existiam,

Quasi todos pereceram.

Diz uma lenda do tempo,

Hoje, afinal, contestada,Que a cena final da luta

Foi assim desenrolada :

Zumbi, ao vèr-se perdido,

Num momento de heroismo,

Subiu num alto rochedo,

De lá se atirou no abismo !

Esse gesto foi seguido

Pelos negros que escaparam,

Os quais, seguindo seu chefe,

No abismo a morte encontraram.

3VIAXJRIOIO M

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17 — Abril — 1940 — 19 — O TICO-TICO

LE&IONARIOl DA SORTE í 81

^==—^ yWcomo ousa L~ A MAS. CORONEL / oX=J=^=3 i( TOCA» NUMSUPE-) fSENHOS QUERIA BA-\~[]—

JK R,OP SEÜÍ> f^ V?9 NÜM HOMEM IN- )

íflECOLHA-SE, PPEôoX E™5™ /^T^t ^\/ao quartel/ o con-J / MAJOR/ DEIXO )V, SELHO DE GUERftA i\ k-— LOS PRISIONEIROS J

iX, ^^TDECIDlRA' SUA SORTE.W pS_ f AOS SEUS CUIDA- \

" juventude brasileira " é a esperança do Brasil

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O TICO-TICO 20 — 17 — Abril — 1940

DUAS PROEZAS33~^s=^ DOS

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17 — Abril — 1S40 — 21 O TICO-TICO

QUANTO MAIORES FOREM SEU. CCNHECIMENTOS MAIS CAPAZ SERÁ VOCÊ DE VENCER.

A carne de vaca, quando cozinhada,perde vinte por cento de seu peso..

A maioria das aves, que dormem em-poleiradas sobre os galhos, contraem asgarras quando se agacham, ficando se-guras ao galho sem esforço..

O lagarto mais horrendo pelo seu as-peto é o "lagarto Dragão" ou Moloch.Entretanto, é inofensivo.

A andorinha devora mais de cincomil insetos por dia. O maior devoradcrde mosquitos é o morcego..

A origem da palavra "boycot", hojemuito empregada em todos os idiomas,é a seguinte : o capitão inglês Boycotera um administrador rural a serviçode Lord Earne, no distrito de Conemara, na Irlanda. Como administra-dor, tinha o encargo de avisar aosarrendatários quando estes deviam de-socupar as terras, em caso de nãopagamento da renda com pontualidade.Os arrendatários vingavam-se, reco-mendando uns aos outros que não dessem importância a qualquer solicitaçãodo capitão, isto é, que tornassem avida dele a mais difícil possivel na-quela região. Daí o emprego que hojeé dado á palavra "boycot"..

Afirma-se que a marcha lenta e bam-boleante dos camelos enjoa os viajantes,

VOCABULÁRIO EXÓTICO

ITUNGLA — _ vocábulo com o qual é designada a floresta virgem nas

índias.

ICE-BERG — Nome inglês, que significa: monte de gelo. _ da3oaos montes de gelo que nas regiões polares, se desprtn-dem do continente e vão vagando pelo mar, ao sabor dascorrentes. Quatro partes da sua altura estão mer-

gulhadas.

YATAGAN — Nome que na península Malaca se dá a um enormefacão recurvo, usado pelos piratas.

BOOMERANG — Vocábulo australiano, designando uma arma feitade madeira curvada em ângulo e facetada, e quetem a particularidade de, quando lançada, descreveruma trajetória e cair aos pés do lançador.-

BORVEDOURO — _ o nome que se dá a certas extensões de areia,movediça, onde, quem cái é inexoravelmente con-denado a ir para o fundo, se não tiver onde seagarrar.

MAELSTROM — Na visinhança das ilhas Lofoten, no mar do Norte,ha um colossal rodomoinho no meio do mar, formandocomo que um funil de água que gira vertiginosamentee devido á força centrípeta que desenvolve, atrai parao fundo qualquer objeto ou barco que fôr colhido.

LOCUÇÕES LATINAS E ESTRANGEIRAS*tt

TRADUÇÃO A P t. » C A Ç ¦ A OAT HOME (Em casa). — Lo-

cução inglesa: Sentir-se bem ATHOME.

A TOUT SEIGNEUR TGTJT HON-NEUR (A todo o senhor, todas ashonras). — Provérbio francês queexprime a idéia de que se tícve tra,-tar cada qual com as deferências arjue tem direito.

AUDACES FORTUNAT JUVAT(A sorte favorece os audaciosos). —Locução imitada do hemistichio deVirgilio (Eneida, X, 284) : Auden-tes fortuna juvat.

AUDAX JAPETI GENUS (Auda-ciosa raça de Japeto). — Horacio(Odes, I, 3, 27), designa assim Pro-metheu; mas, na aplicação, ahi-de-se ordinariamente a toda a raçahumana.

AUDI ALTERAM PARTEM (Ou-ve a outra parte). — Para julgarcom imparcialidade, deve-se ouvir adefesa depois da acusação.

ÁUREA MEDIOCRITAS (Áurea,mediocridade). — Expressão de Ho-racio (Odes, II, 10, 5), para indicarque uma farta mediania é a ccn-dição a todas preferível.'

AURES HABENT ET NON AU-DIENT (Têm ouvidos e não ouvi-rão). — Pensamento .do psalmista(Ps. CXIII), que se cita a propósitodaqueles em quem as paixões aba-taram a voz da razão.

AURI SACRA FAMES ! 'Execra-vel fome de oirof. — Expressão düVirgilio (Eneida, III, 57).

AUT CAESAR AUT NIHIL (OuCésar ou nada). — Divisa atribui-da a César Borgia e que poderia sera de todos os grandes ambiciosos.

A VAINCRE SANS PÉRIL. ONTRIOMPHE SANS GLOIRE (Quan-do se vence sem perigo, triur.fa-sesem gloria). — Verso de Corneille% Cid). As vitórias fáceis não dãoglória ao vencedor.

AVE, CAESAR (ou IMPERA-TOR), MORITURI TE SALUTANT(Salve, César (ou Imperador), osque vão morrer te saúdam). — Pa-lavras, que, segundo Sue tonio (Clau-dio, 21), pronunciavam os gladia-dores ao desfilar, antes do comba-te. por deante da tribuna imperial.

BEATI PAUPERES SPIRITU(Bemaventurados os pobres de es-pirito). — Isto é, os que sabem des-prender-se dos bens do mundo. Pa-lavras do Sermão sobre a monta-nha (Evangelho segundo São Ma-theus, V, 3), que, por uma tíetur-pação do seu sentido, é uso empre-gar ironicamente para designar osignorantes favorecidos pela sorte.

BEATI POSSIDENTES 'Felizesos que estão de posse). — Locuyãotendente a exprimir que, para rei-vindicar um direito á piopriedadede uma coisa, o melhor é começarpor lançar mão dela.

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O TICO-TICO 22 17 — Abril — 1940

Um pouco de historia da barbaNos mais antigos tempos, si bem que

já se praticasse o uso de raspar a bar-ba, esta era em geral usada toda e,cortá-la era considerado sinal de luto

para uns, enquanto para outros çonsti-tuia uma injuria.

O rei dos Amonitas sofreu as conse-

quencias disso, por haver mandado cor-tar a barba aos embaixadores do reiDavid, depois de ter tido com os mes-mos um violento debale. Sentindo-se

espartanos; e usá-la densa e toda era sequnda guerra Punica, sem que, con-

prova de valor e de audácia. Tanto tudo, isso tivesse influido sobre suasassim que, aos vis e aos desertores, ss virtudes guerreiras. Com efeito, se-impunha deixá-la crescer somente na gundo o que nos conta Plinio, foi Sei-metade da cara. Regra que se fazia pião, o Africano, o primeiro que samuito observar peía bem conhecida so- fez barbear, todas as manhãs. Esse ha-voridade espartana. O sistema de ras- bifo matutino era rigidamente seguido

par a barba pela metade, de preferen- também por Júlio César. Foi exata-cia a raspá-la totalmente, deveria ser mente enquanto César estava se bar-mo+ivado provavelmente pelo risco de beando, que lhe trouxeram a noticia da

grosseiramente injuriado, na p e s s o a se fazer passar um tipo vil, totalmente que os Helvécios se tinham insurgido,dos seus enviados, o rei David decla-rou guerra ao seu primo, a qual custoua este a perda do trono dos seus bar-budos avós.

Os heróis de Homero usavam lon-

gas barbas, mas parece que raspavamapuradamente os bigodes, como nosconfirmam as mascaras daquela épo-ca histórica e também o fato de fa-lar-se freqüentemente, no poema do

raspado, por um herói imberbe, fosse trucidando a guarniçâo rqmana que osa ausência de barba deste causada guardava. Depois de uma tal noticiapela idade ou por mau funcionamentodas glândulas endocrinas, de que nãose conhecia, aliás o funcionamento oua fisiologia.

Os romanos, dos tempos antigos,

que, quanto à coragem, nada tinham

César não quis continuar mais a bar-

bear-se; e, tendo vestido uma toga

preta, jurou que recomeçaria a fazer

a barba, somente quando tivesse vin-

gado o ultrage sofrido pelas suas le-

giões. Alguns meses mais tarde, depois

de terminada a campanha vitoriosa,

quando no país dos insurretos não res-

a invejar dos espartanos, ou a apren-

imortal poeta, de barbas e nunca de der, eram também barbados; e o uso

bigodes. de raspar a barba não se difundiu en-

A barba era sinal de virilidade e de tre eles sinão pelos fins do terceiro tava mais ninguém vivo, César conse-

coragem guerreira ,-lambem junto aos século, antes de Cristo, ao tempo da tiu que o escravo o barbeasse de novo.

C0O<HKlP<HMi<H3O00$<HS<lSí»

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS (Por Théo)

Tinoco e mister Bown foram a um par.que de diversões e divertiram.se a valer.Tinoco ficou sugetionado. ..

...com um aparelho de medir força elogo pensou em transformáJo em umaarapuca para caçar...

...gorila. E não demorou em executara sua genial idéia. Levou um desses apa.relhos para a selva, fez no. . .

...mesmo algumas modificações. O prumeiro gorila que se aproximou do apare,lho. tanto fez, com sua curiosidade de ma.caco,...

...que levou o formidável soco pelasventas. Um gorila knock.out é fácil de

a-garrar e Tinoco fez belas...

caçadas quando esteve em Africa. MisterBrown convidou-o a observar os outrosaparelhos de diversão, afim de suaestio.nar se ainda mais.

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17 — Abril — 1940 O TICO-TICO

RESULTADO doSORTEIO=____ DO ¦¦

11J LA JL IJMIES? UT I ASIL

"DEALISOU-SE, conforme fora marcado, a 3 do corrente, na

¦**-'¦• sede da A.B.I. o esperado sorteio dos 2.547 prêmios do"Concurso Grandes Vultos do Brasil". Damos abaixo o resul-tado da apuração, a que estiveram presentes muitos concor-rentes e que teve a assistência do Snr. Amaro Abdon, fiscaldo Governo Federal.

\l." prêmio n.» ." . Tíi 04.3702." "...".. 22.2023." " 14.6844." " 15.022

5.» " 02.719

6.» "..... 17.5327.° " 20.520

8.° " 03.62*9

9.° " 02.661

10.» " 26.322

11.» " 03.975

12.» " 24.948

13.» " 24.539

14.» " 22.224

15.» " 13.307

16.» " 16.315

17.» " 16.138

18.» " 15.793

19.» " . . . . 11.85020» "... ... 00.951

21.° prêmio n." ,--. -. .-. 09.27922.» "

26.539

23.» 24.93724.» 08.70425.» 07.03626.» 02.09527." 05.59228.» 11.91729.» 15.97330.» ",-..., 24.85331.» 00.24032.» . . . . ... 15.90333." " 08.55334.» 17.46135.» 25.00636.» 07.39737.» 02.25538.» 18.41539.» 23.26940.» 02.622il.» •• 15.609

42.» prêmio n43.»44.»45.» "46.» "47.» "48.»49.» "50.»51.» "52.» "53.» "54.» "55.»56.» "57.» "58.» "59.» "60.» "61.» "

03.52709.15822.44412.75220.75211.06927.56610.42502.74623.37?01.54213.02620.17012.34017.62101.56503.37813.23324.06924.657,

62.° ao 211.» prêmios:Todos os cupões terminados em 370, 202, 684,

022, 719 e 532, foram contemplados com uma Caneta-

Tinteiro.

212." ao 311." prêmios:

Os cupões terminados em 520, 629, 661 e 322,

estão premiados com uma Maquina fotográfica.

312.° ao 511." prêmios:Todos os cupões acabados em 975, 948, 539, 224,

307, 315, 138, 793, têm direito a uma Bola de futebol.

512.» ao 547.» prêmios:Os cupões terminados em 850 e 954. foram con-

templados com uma Assinatura, anual. dO TICO-

TICO.

548.» ao 2.547.» prêmios:Todos os cupões terminados em NOVE. foram

premiados com um Livro de histórias.

Os prêmios podem ser procurados em nosso Es-

critório. á Travessa do Ouvidor n. 34, a partir do dia

11 do corrente.\

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0 TICO-TICO 24 17 — Abril — 1940

LIÇÃO DÈ BOTÂNICA

Q X S -r- I 2. '=

Para aqueia aula de botânica, o professor recomendara que cada aluno deveria .ra«zer urna f!5r, para classificar a sua espécie, familia, efe.

Você, Joãozinho, que trouxe umarosa. A que familia pertence essa flor?

— Pertence a familia das rosáceas.Muito bem.

Vejamos, você, Pedrinho: a quefamilia pertence a sensitiva?

— Pertence a familia das m.móseas.Bravos. Muito bem.

Jojóca vai nos dizer a que familia pertence a margarida.Margarida, que eu conheço, pensou Jojóca, é a filha do "seu" Joaquim Monteiro, nosso

vizinho.A Margarida ... "sêo fessô", pertence à familia dos Monfeiros...

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17 — Abril — 1910 O TICO-TICO

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V""^C HP^™^^H MB ^ékML \^M%m.

i sSm>^H Br âP B *5 vwk. *"¦H Bk^EBhH6« BB .^^K

' I '" "i ii-'s 5S ÀMMW* ^^Ettk1 I ¦&. *¦': i II ^r JÊ mWt Twt

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V^C ií OPA OITO^fe^^AW^tí iliíbliiw^ ^^s^a^to. ovo ,ÓVA

. ^^^W^^^^~^ ODE OURO„ ORA ÓLEO« ONÇA PARDAj-^,,-^ aisiiwRHraw

OiTIOITICICA

|; ORAÇÃOL OUVIDO

OUVIDORORELHAOCASOONTEM

OCA -- CABANA INDÍGENA (BRASIL)

OUTEIROORADORORDEMORIGEMORGANIZAÇÃOOSSO OLHO

OTÁRIO ou LOBO do MAR

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-¦4) "TICO-TICO 26 — 17— Abril — 1940

Alfabete Ilustrado d' O Tico-TicoONÇA PARDA

Ou sussuarana, também cha-

mada leão americano (Fells

concolor). E' o maior Fepresen-

tante -brasileiro da família dos

Felideos. De grar.de porte, an-

dar magestoso, a sussuerena é

um animal lindíssimo e de ten-

dencias um pouco pacificas.

Duondo copturado oindo "bê-

bé" é tacVimente domesticada

mot-trando-se doci\ e carinhosa,

podendo viver livre no interior

¦das casas como qualquer ani-

«sal doméstico. E' entretanto

•como todos os seus parentes

•áe conéter um pouoo traiçoeiro

?rriiando-se às veaes inespera-

•damente o que faz um "gato"

juin tanto perigoso.

omArvore de grande beleza

«buiío utilizada nes erborizações

•das pragas do Rio de Janeiro.

E' a "Moquilea fomentcsa da

botânica. Seu nome cientifico

se origina em curiosa pelúcia

(fomento) que reveste as folhas

novos do oitiseiro como uma

proteção natural contra o frio

que crestaria as folhinhas ainda

tenras. O oitiseiro dá um fruto

de sabor esquisito que é muito

apreciado pelos brasileiros do

interior.

loiOTÁRIO OU LOBO

DOMAR

E' uma espécie de foca das

costas brasileiras. De grande

dimensão e curiosos barbichos

é um animal de aspéto assusta-

dor mas quasi inofensivo. Ali-

mentõ-se especiclmenfe de pei-

xes, dando enormes mergulhos

para conseguir sua alimentarão

diária. Embora pesadona esta

foca brasileira nada oom veio-

cidade incrível sendo notável

sua oqilidade no meto aquoso-

ÓCA

Curioso tipo de habitação

indígena utilizada pelos selvi-

colas do Bresil.

OUTEIRO

Pequena e'*eva§ão-morro de

pequenas proporções. E' exem-

pio muito conhecido o outeiro

da Gloria no Rio de Janeiro

onde se ergue uma capelinha

tradicional pelos seus festejos

e pelas- crônicas pitorescas de

suas ladainhas e quermesses do

Brasil-lmperic.

ÓVA

Dó-se o nome de ova eo'

conjunto de ovos de certos

peixes recolhidos no interior d»

saco -especial ou ootéca. Essas

ovas são de sabor muito apre-

ciado e largamente usadas co-

mo alimento rico em lipidios.

OLHOórgão da visão, sede de um

dos 5 sentidos humanos. Errada-

mente as pessoas usam chamar

VISTA ao que deve ser deno-

minado OLHO, pois não tigni-

ficam a mesma coise es duos

palavras.

OUVIDOR1 Antigo cargo publico queoutorgava a quem o exercia

grande autoridade. Espécie da

delegado. O Ouvidor ouvia as

queixas e distribuía justiça en-

•tre as pessoas que residiarn

dentro de sua jurisdição.

ORAÇÃOEm gramática, oração é uma

ÍFase com sentido completo,

contendo os caracterisíicos ne-

oessaríos: sujeito, predicado!

etc- A ORAÇÃO religiosa, ou

prece, é a elevação do pensa-

mento a Deus, para aqiadecer

os benefícios recebidos ou para

pedir a mercê de graças neces-

sarias. Chama-se também ORA-

ÇÃO a um discurse: Fuieno,

pronunciou uma bela oração! .,

OCASOO mesmo que poente,

OITICiCAArvore do nordeste brasileiroi"

que produz precioso oloo da

grande utilidade.

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17 — Abril — 1940 — 27 O T1C O - T í <

CONCURSO PERMANENTE DE DESENHOS

Uultos Históricos RETRATADOS PELOSNOSSOS LEITORES

O

^k%Smm» ÍW

Hadiuilo de Assis — )'« rJosé Cláudio AH es «.VaSilva, 14 anos — Taviba-

té — S. Paulo.

*ííMím\ m\m»'mmÈÈ M

'•iStfcíSv' inalar^"mwÈlki f**9^K3@ __Bfc^tfe_aálw-/-''.

Soutos Dunwiit — PorJosé Abraão Asmar — ISanos — Anápolis — Goiaz.

"flMRDOR Bi'-NO

Amador Bueno — PorJosé Cirino fogueira Pi-lho, 15 anos — Grama —

S. Paulo.

k ~_.ij-._V>-1-

PtmémU* de Moraes —Des. de Aii de Abreu, 9anos — Cascavel — São

Paulo.

'««««.nu.', et «mio*

Marechal de Ferro — PorNuno Quintas Alves, 13anos — Distrito Federal.

Marechal Deodero — 9*t VicenteSouto — 13 anos — Montes Cia-

ros — Minas.

.__£àW*t*3Ífe>

— ¦••^''¦-iBsf-gf

Fcruão Dias Paes Leme — PorJosé Cirino Nogueira Filho — 15

anos — Grama — S. Paulo.

Marechal Fioricno Pcix, to — Porlith* M. Vianna — 13 anos —

Ponta Grossa — Paraná.

Princeza Isabel — Por WalquiriaLigorio — 13 anos — Distrito Fe-

dcral.

ESTES DESENHOS SERÃO JULGADOS EM MAIO PRÓXIMO,

PARA EFEITO DA CONCESSÃO DO PRÊMIO MENSAL AO

AUTOR DO MELHOR TRABALHO.

"TOEI TICO podem tomar parte neste

Concurso, enviando quantos desenhosdesejarem, feitos a tinta preta, assina-los no verso e trazendo a idade e o en-dereço completo do autor.

NAO são aceitos retratos assinadas

com pseudônimos ou que tenhamsido decalcados.

IM-ENSALMENTE será conferidoao autor do melhor trabalho pu-

blicado no mez anterior um lindo pr«j-«nio.

SÓ serão publicados os retratos

classificados como dignos disso,a critério da Redação.

N AO se devolvem originais, mesmonão tendo sido publicados.

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O TICO-TICO 17 — Abr.l — 1940

As 1 PSTI&

doCcEmondongc

Mickey(DweaJio do Wshcr Oi..-.?/ o M. f! I^?tlt,

•xctuvivíííodo porá O TICO-TICQ

em todo o Cv%?^&

Façam cara alegre ! Atenção

Oh ! Logo agora I i Issso, meninos I Batam chapas I !-_

AFINALCHEGOU ODIA DO EN-CONTROENTRE OSDOIS LUTA*DORES

«4^W^Í ÉP- ;rr^í*^^^?^^i^_l^,*^wLíw^-^--r_»B- /v^^-X^j*. *S3l__r_« -ayií/i "-OvV~*3i»© I \ ^i^-^-i'} ^"^^?t-> i

ATENÇÃO ! Um 1 Dois ! E... tres IQue vergonha. Juvencio, se você perder! I

Aí. Juvsncio 1 Afl!Bato de uma vez !! ^

(Conttnfc) .

Page 28: PARA A BELLEZA 005 CABELLOS E CONTRA CABELLOS …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01802.pdfO TICO TICO Abril — 1940 O T I C O-T C O Propriedade da S. A. O MALHO EXPEDIENTE

17 — Abril — 1940 — 2P O TICO-TICO

As preezas cte Gat<-) mlix|D.».r,h<- 4» r.» _u||,»4,, — E>clu.m._d« d O TICO-TICO f...» e fc.til.

«*oi esse gato quem causou o terremoto, magestade! E' a bróca de uma perfuratriz de petróleo.

HB^SU-, B^W"^\

Ponha-o em baixo da perfuratriz t

l$A$fô> '^^T^SPmW^^'"^ jKf>áí>

Ai! Vai furar a minha barriguinha !

Tó chegando Tá chegando Como sou inteligente, meu Deus I

lylifAgcre, que cortei as cordas, vou fugir.

»Olá J Quanto radium! í:

(Contínua)

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O TICO-TICO

QfIQff

— 30 —

/Wrk\jiJi fl Mj

17 — Abrü — 1940

CONCUR/O/O ©» ÍNÊ ® W IR_ «0> W4j

f/J® Q f^B© |#^@&-^7%.L-

E S T E concurso é facilimo c

interessante.

No quadro acima está escrita fi-

guradamente uma frase, que vocês

terão que decifrar.

Mandem a solução escrita sim-

plesmcntc cm uma folha de bloco

e assinem o nome por extenso,

pondo o endereço bem claro e por

extenso também, com todos os de-,

talhes. Colem, abaixo, o Vale n.°

70 e mandem á nossa Redação —

Trav. do Ouvidor n.° 34 — de

lo a estar em nosso poder até

o (lia 18 de Maio.

A solução, e o resultado do sor-

teto de 5 prêmios entre os con-

correntes que enviarem resposta

certa, serão publicados no O TI-

¦ CO-TICO do dia 29 dc Maio.

âVALE( IBC__B,_2L__i3J

RESULTADO DO CON-

CURSO N.° 64

Enviaram soluções certas 344 so-

lucionistas.

Foram premiados com um lindo

livro de histórias infantis os se-

guintes concurrentes:

JOEL LOPES DE CARVALHO,

residente á rua Coronel Gomes

Machado n.° 382 — Niterói, E. do

MARIA CÉLIA MARTINS

F ERREIR A,

residente á rua Conselheiro Olega-

rio n.° 42 — Vila Isabel, nesta

Capital.

JOSE' M. TOPEDINO,

resjdeutc á rua Marechal Floriano

Peixoto n.° 76 — Porto Novo,

Minas Gerais.

ERMANO J. BRUMALTI,

residente á rua Rui Barbosa n.f

16, — Itapira, Estado de S. Paulo.

CLOVIS BERALDI,

residente á rua Dr. Pcdrosa n."

48, Curitiba. Paraná.

Serie EducaçãoEscolar

No próximo numero re-inicia-

remos a publicação das magnifi-

cas e'instrutivas páginas a côrcs

da Série "Educação Escolar",

cujo aparecimento foi suspenso

por motivo de estarem em férias

os nossos leitores.

Iniciaremos essa publicaçãocom um excelente trabalho de

Bob Steward sobre Geografia

Humana — para o qual pedimosa atenção dos nossos leitores.

Vil &

Solução exata do Concurso n.° 64

Page 30: PARA A BELLEZA 005 CABELLOS E CONTRA CABELLOS …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01802.pdfO TICO TICO Abril — 1940 O T I C O-T C O Propriedade da S. A. O MALHO EXPEDIENTE

17 — Abril — 1940 O TICO-TICO

'Mff E }flB9A^ ¦"™""J Í1Í&^ E A «beança ;

' /ÜIH >í5?í°s*v\^**~^*' ^ mais preciosa cola- p3 *5'4"|_ip;r l\\\v\rÀlixí? fl "™ Trt--""~ ^¦«¦¦m'^»!»»» 'tI /$SE3 /5^

"\ cão de artísticos =_ í-SI^SWi}!! i jiy.y¦ 'liüi.te-if' »»»«-. -aK«ii •¦ ««_• to'** a. ."A?v^ff

1 desenhos de colchas. {3 f :"S3 r**""' *"**" T * "*""'"™Ll?r '1 L •-' ^^-^l^-AAll^kf Jf li ^. t- \ !'¦ ¦flHíTr Hww. • ocita _ cisa - A meu* «ap,*.1! <r+»-_» -.

f^vè^Z^^. ^ fror.has. lencoes. guar- -^ r,.^> ^.^^.^^.m,,,^,,^ I,

fc?\f//f _Bp*Mfv _ r.icòes. jogos para mo- gS :,-**2T • ¦>•=»•»*¦" *•*>*» =¦ •«<*• A° *«=•"*""> «iío»-1. "íffi^Vív/l ip_5JBfcí£\. í\ ,« veis de quarto - toalhas Sã r*l it •- b.;.» e «.ju™ «gaMc o.™»». d» bor__Sfc/*\ VW S?___^*. iP^ _««<S!**I de mesa. chá. serviços f? A^&t^^. r *»4o. ™. í«-..*~«í!»uk» «-.«..o. d, «a. »

99/ )¦__! \^rS_^^"^*ífvjí^\\r\\_» j-1 . * J£^ Ç - f^-í^KL _ff^ 1 * a fwiHv*ft-*->T <j'i« pa'.-r> •«troar* p

Si \y -<?~^M*-\ Vi N^^fejiS» para »^do quanto se re* II ¦ )¦ //A 'va. n ,iu™"'*iT#ò_,^.:*c^it»JrtoI' Jll^S-Sx V ff (íS 1__T_\ \_yr»"™!'sre. amplamente, gB \ • A I r I muill-r b<,„n«i* <!•!•£.*•<•»-»<•» ,

_SK\ \\ (l ÍS m J__!bí) \\ .cama e mesa \yL>f k' '7~y\ 6 a Creança *° "«te.'3""'!? J

Sv|| V/j ifl»" ^=^11) CAMA E MESA || X^ X^Z/V^V.* ¦*«<<» • «™°«•»««*->'^-- »"- »°p— "

lg| -> * C__§!'/__c8*fe*_Et\ )) sugestões as m a i ,/ K A&* [• '/ - í» e c o oocoo

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Page 31: PARA A BELLEZA 005 CABELLOS E CONTRA CABELLOS …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1940_01802.pdfO TICO TICO Abril — 1940 O T I C O-T C O Propriedade da S. A. O MALHO EXPEDIENTE

Aventuras de Chiquinho

Chiquinho um dia foi surpreen ...desesperadamente. Chiquinho ...acompanhou. De fato cm umadido c«m a atitude violenta do Ja- logo percebeu que havia alguma esquina estava um pobre cão vira-gunço que começou a latir... coisa de anormal e o... Jata perseguido e...-> -_- _, -_- ,,

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.. maltratado por dois garotos va- ... e passou.ihe solene descompustura. Depois iscou Jagunço confrâgabundos. Chiquinho segurou um éles obrigando.os _ fugir. "" Vpelo braço...¦

O viralata compreendeu que a ... Jagunço, encaminhando-se ale- ... solene prato de ossos o espe-sorte mudara e fez relações cordiais gre para a casa do Chiquinho onde ram tomo recompensa de tantoscem o ... um ... dissabores.