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~ SERViÇO PÚBLICO FEDERAL MJ -DEPARTAMENTO DE POLícIA FEDERAL DGP -COORDENAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DIVISÃO DE ESTUDOS, LEGISLAÇÃO E PARECERES ~~~~~~.~~~~~-~ TIVO N° 366/2008-DELP/CRH/DP~ REFERENCIA: S/N INT.: CHEFES DOS SRH's DAS UNIDADES CENTRAL E DESCENTRALIZADAS/DPF. ASS: HORÁRIO ESPECIAL EMENTA: PARECER NORMA TIVO DE HORÁRIO ESPECIAL PARA SERVIDOR ESTUDANTE. APLICAÇÃO DO PRINCíPIO DA CONTINUIDADE DOS SERViÇOS PÚBLICOS CONJUGADO COM O PRINCíPIO DA PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR SOCIAL. REQUISITOS CONCESSÃO. COMPETÊNCIA E PARA NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO AUSÊNCIA DE PREjUíZO PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DE A NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE INCOMPATIBILIDADE DO HORÁRIO DE AULA COM O DO TRABALHO. COMPENSAÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 98 DA LEI N° 8.112/1990. REGULAMENTAÇÃO PELA PORTARIA 1314/2002-DG/DPF. OFícIO 143/97 COGLE/DENOR/SRH/MARE. DESPACHO 2159/2000-DGP/DPF E OFícIO CIRCULAR 458/2005-CP/DPF. Trata-se de memorando n° 73/2008-DELP/CRH, o qual solicita remodelagem do parecer 618/2000-DELP/CRH tendo em vista consulta formulada pelos Chefes dos Setores de Recursos Humanos das Unidades Descentralizadas deste Departamento de Polícia Federal, acerca da concessão de horário especial para servidores integrantes do quadro de pessoal permanente do DPF, em razão da incompatibilidade do horário escolar com o dos seus respectivos setores, a critério da Administração. /

Parecer Normativo - 366-2008

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Parecer Normativo - 366-2008

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  • ~SERViO PBLICO FEDERALMJ -DEPARTAMENTO DE POLcIA FEDERAL

    DGP -COORDENAO DE RECURSOS HUMANOSDIVISO DE ESTUDOS, LEGISLAO E PARECERES

    ~~~~~~.~~~~~-~ TIVO N 366/2008-DELP/CRH/DP~REFERENCIA: S/NINT.: CHEFES DOS SRH's DAS UNIDADES CENTRAL EDESCENTRALIZADAS/DPF.ASS: HORRIO ESPECIAL

    EMENTA: PARECER NORMA TIVO DE HORRIOESPECIAL PARA SERVIDOR ESTUDANTE.

    APLICAO DO PRINCPIO DA CONTINUIDADEDOS SERViOS PBLICOS CONJUGADO COMO PRINCPIO DA PROMOO DO BEM-ESTARSOCIAL.

    REQUISITOSCONCESSO.

    COMPETNCIAE PARA

    NECESSIDADE DE DEMONSTRAOAUSNCIA DE PREjUZO PARAADMINISTRAO PBLICA.

    DEA

    NECESSIDADE DE DEMONSTRAO DEINCOMPATIBILIDADE DO HORRIO DE AULACOM O DO TRABALHO.

    COMPENSAO. INTELIGNCIA DO ART. 98 DALEI N 8.112/1990.

    REGULAMENTAO PELA PORTARIA1314/2002-DG/DPF. OFcIO N 143/97COGLE/DENOR/SRH/MARE. DESPACHO N2159/2000-DGP/DPF E OFcIO CIRCULAR N458/2005-CP/DPF.

    Trata-se de memorando n 73/2008-DELP/CRH, o qualsolicita remodelagem do parecer 618/2000-DELP/CRH tendo em vista consultaformulada pelos Chefes dos Setores de Recursos Humanos das UnidadesDescentralizadas deste Departamento de Polcia Federal, acerca da concesso dehorrio especial para servidores integrantes do quadro de pessoal permanente doDPF, em razo da incompatibilidade do horrio escolar com o dos seus respectivossetores, a critrio da Administrao.

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  • A priori, cabe elucidar que esta Diviso possui entre assuas atribuies definidas no art. 108 da Instruo Normativa n 013/2005-DG/DPF (aqual define as competncias especficas das unidades centrais e descentralizadas doDepartamento de Polcia Federal e as atribuies de seus dirigentes) a de propor apadronizao de procedimentos, na inexistncia de normativo especfico:

    Arf. 108. A Diviso de Estudos, Legislao e Pareceres, nombito da CRH/DGP, compete:

    VIII- atuar junto s unidades descentralizadas sob suasuperviso, esclarecendo dvidas, orientando procedimentos epropondo sua padronizao, na inexistncia de normativoespecfico.

    Superado este ponto, cabe adentranT'los no tema relativoao horrio especial, sua natureza jurdica e disposio legal.

    Ao se falar do instituto jurdico do "horrio especial"estamos diante do campo das "concesses" feitas pela Administrao ao servidorpblico, como forma de se conjugar o interesse privado ao pblico, s quais se impeo deferimento desde que no haja prejuzo para ao servio de ndole pblica,epreenchidos todos os requisitos legais.

    A matria em questo, horrio especial para servidorestudante, encontra-se regulamentada no artigo 98 da Lei 8.112/90, o qual dispe:

    Art. 98. Ser concedido horrio especial ao se/Vidor estudante,Quando comorovada a incomoatibilidade entre o horrioescolar e o da reoartico. sem oreiuzo do exerccio docarao. 1Q Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida acompensao de horrio no rgo ou entidade que tiverexerccio, respeitada a durao semanal do trabalho. (Pargraforemunerado e alterado pela Lei n 9.527, de 10.12.97).

    Considerando o norrnativo acima, nota-se ser o horrioespecial uma forma de possibilitar o estudo, conciliando-o com o trabalho, quandocomprovada mente coincidirem seus horrios.

    Contudo, a norma clara ao dispor sobre os requisitospara a concesso do horrio especial de estudante: ausncia de prejuzo ao servi~Q:

    Note-se a necessidade dessa compensao ser realizadaem obedincia s instrues legais, de maneira a no causar prejuzo emhomenagem aos princpios da continuidade dos servios pblicos e supremacia dointeresse pblico sobre o privado.

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    Portanto, caber ao gestor da unidade valorar se aausncia do servidor em determinado horrio implicar em prejuzo ou no ao bom efiel andamento dos trabalhos.

    Conto do PARECER n 366/2008-DELP/CRH

    Assim, e tendo em vista as peculiaridades, em algunscasos, da funo policial, ter -se- que sopesar as variveis e desdobramentos noservio pblico para o deferimento do pleito, tudo isto em homenagem, tambm, aoprincpio da eficincia, sendo impossvel se estabelecer uma regra estanque dequantos servidores podero se ausentar em determinado perodo a fim de realizaremhorrio especial.

    Suplantada a fase de ausncia de prejuzo para aAdministrao, passa-se anlise do requisito "incompatibilidade de horrios",devendo ficar demonstrado que no possvel a compatibilizao do horrio detrabalho com o estudantil.

    Desse modo, verbi gratia se o servidor desempenha seumister no horrio das 8:00 s 12:00 horas, tendo intervalo para almoo, e retomandos 14:00 e finalizando s 18:00 horas, e a instituio escolar oferecer o cursopleiteado no perodo noturno, iniciando s 19:00 horas e finalizando s 22:30 horas,ento teremos que reconhecer pela improcedncia do pedido, face a possibilidade decompatibilizar o horrio de trabalho com o da vida escolar.

    Ou seja, a incompatibilidade tem que ser demonstrada deforma material e documentalmente.

    Todavia, como a jornada de trabalho no Departamento dePolcia Federal pode ser exercida no intervalo das 7:30 horas at s 20:30 horas,respeitada a carga de oito horas dirias, e com uma hora mnima e no mximo trshoras de intervalo para almoo, tem-se que desde que haja anuncia da chefiaimediata de maneira a flexibilizar o horrio do servidor, respeitados os critrios legaisj expostos, pode-se trabalhar com essa margem legal a fim de se adequar ointeresse do servidor com o da administrao, desde que no haja prejuzo para estaltima.

    Dessa forma, cabe esclarecer qual a jornada de trabalhoe a carga horria a que est sujeito o servidor. No mbito do Departamento de PolciaFederal, essas matrias encontram-se disciplinadas pela Portaria 1314/2002-DG/DPF, de 18/12/02, que em seus artigos 10 e 20 estabelece:

    "Art. 10 O horrio de funcionamento das reparties doDepartamento de Polcia Federal ser de 07h 30min s 20h30min, ininterruptamente, excepcionado o atendimento socorrncias de natureza estritamente policial, que se dar emqualquer horrio.

    Pargrafo nico. O atendimento ao pblico externo ser feito nohorrio das 08:00 s 18:00 horas.

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    ~

  • Art. 20 A jornada de trabalho dos servidores do Departamentode Polcia Federal ser de oito horas e:

    1- carga horria de quarenta horas semanais, exceto nos casosprevistos em lei especfica, para ocupantes de cargos deprovimento efetivo.

    II -regime de dedicao integral para o policial federal eocupantes de cargos em comisso ou funo de direo, chefiae assessoramento superior; cargos de direo, funogratIfica da e gratificao de representao.

    Pargrafo nico. Sem prejuzo da jornada a que se encontramsujeitos, os seNidores referidos neste inciso podero, ainda, serconvocados sempre que presente o interesse da Administraoou a necessidade do seNio.

    Com relao ao cumprimento da jomada de trabalho, a Lei8.112/90, em seu artigo 19, dispe:

    "Arl. 19. Os se/Vidores cumpriro jornada de trabalho fixada emrazo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos,respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarentahoras e obse/Vados os limites mnimo e mximo de seis horas eoito horas dirias, respectivamente."

    Entretanto, a mesma Lei, em seu artigo 98, pargrafo 1,como j mencionado acima, permite a concesso de horrio especial (diferenciado) aservidor estudante, desde que seja respeitada a durao semanal de trabalho.

    10 Para efeito do disposto neste altigo, ser exigida acompensao de horrio no rgo ou entidade que tiverexerccio, respeitada a durao semanal do trabalho. (negritonosso)

    Assim, nota-se ser o artigo 19 a regra geral, a qual todosos servidores esto submetidos. J o artigo 98 uma exceo para o servidorestudante. Registre-se que no referido pargrafo 1, o legislador, ao fazer meno compensao de horrio, exigiu apenas o cumprimento da durao semanal dotrabalho, ou seja, das 40 (quarenta) horas semanais. No h exigncia para ocumprimento das 8 (oito) horas dirias.

    Aentendimento no seu artigo 15

    portaria 1314/2002-DG/DPF corrobora esse

    '~rt. 15 As chefias imediatas dos servidores estudantesplanejaro um horrio adequado para que esses seNidorescumpram jornada de trabalho sem prejuzo da carga horra aque esto sujetos." (grifo nosso)

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  • Portanto, em se tratando de horrio especial, no sevislumbra impedimento para o servidor trabalhar mais de oito horas num dia dasemana ou menos de seis horas num outro dia, desde que respeitada a carga horriade quarenta horas semanais.

    Nesse diapaso, tambm no h bice para que acompensao seja efetuada aos sbados, porm, frise-se a necessidade de a chefiaimediata avaliar a situao criteriosamente, levando em considerao as atribuiesdo cargo, bem como o horrio em que funciona a repartio. devendo autorizar ohorrio especial somente quando no houver prejuzo ao servio.

    Outrossim, ressalta-se que Oficio N 143COGLE/DENOR/SRH/MARE, o qual remete aos artigos 40 e 50 do Decreto 1.590/95,ao responder questionamento acerca da jornada de trabalho, informa no haverqualquer bice legal ou regulamentar, quanto flexibilizao da jornada, porm,esclarece que no horrio contnuo, cuja durao exceda de seis horas, obrigatria aconcesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, deuma hora, salvo acordo escrito ou contrato.

    Por outro lado, com relao jornada de trabalho ecompensao, no se pode deixar de mencionar a obrigatoriedade de ser observadoo perodo de quatro horas semanais de prtica desportiva conforme a IN 01/2007-DG/DPF:

    "AIt. 17. O servidor policial dispor de quatro horas semanaispara execuo da atividade fsica instituciona/, a qual serealizar, obrigatoriamente, durante o horrio de expediente,em dois perodos de duas horas, duas vezes por semana, emdias e horrios a serem estabelecidos pela chefia imediata demodo flexvel entre os servidores em exerccio na unidade,cuidando para que no haja descontinuidade dos servios eno sejam prejudicados a prtica da atividade fsicainstftucionalou o seu controle."

    Assim, considerando que a prpria Administraoregulamentou o horrio de prtica desportiva obrigatrio ao policial federal, deve ser omesmo respeitado quando da compensao do horrio especial.

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  • ~;. Nt'- .QQaL do PARECER no366/200B-DELP/CRH fi. 06b . ". vo rlc

    a) requerimento de solicitao de horrio especial ao chefeimediato;

    b) declarao da Instituio de Ensino com indicao dohorrio, perodo (incio e trmino), turnos, semestre e matrculaefetivada no curso pretendido, e grade horria elaborada pelaInstituio de Ensino das disciplinas cursadas;

    c) tabela de compensao de horrio conforme estipuladapela Portaria 1314/2002 -DG/DPF; e

    d) manifestao conclusiva do chefe imediato acerca dopleito onde informa que o pleito do servidor no contraria ointeresse da Administrao em razo de que as funes docargo e o andamento do servio no setor de sua lotao nosero prejudicados.

    Cumpre observar, ainda, que conforme o citado artigo 15da Portaria 1314/2002, o controle da compensao do horrio deve ser efetuado pelachefia imediata, que responsvel pelo seu planejamento de forma a no haverprejuzo do servio.

    Registre-se, tambm, que a Orientao Consultiva n005/97 -DENOR/SRH/MARE determina que: o controle do horrio do estudante deve

    servidor no podem sobrepor-se aos da Administraco Pblica.

    Em conseqncia, as chefias imediatas devem atentar atodos esses requisitos formais ao deferir a concesso do horrio especial, para noincorrer no artigo 17 da citada Portaria:

    Art. 17 O descumprimento dos critrios estabelecidos nestaPortaria sujeitar o servidor e seu chefe imediato ao disposto nottulo V, da Lei 8.112, de 1990.

    Noutro giro, deve-se ressaltar que, uma vez atendidos osrequisitos exigidos na norma, o horrio especial para estudante ato vinculado e nodiscricionrio, conforme entendimento do ST J:

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  • Conto do PARECER n 366i200B-DELP/CRH fi. 07

    "Administrativo. Recurso Especial. Servidor estudante. Horrioespecial. Requisitos. Discricionariedade. Ausncia. De acordocom o disposto no alt. 98 da Lei 8. 112/90, o horrio especial aque tem direito o servidor estudante condiciona-se aosseguintes requisitos: comprovao de incompatibilidade entre ohorrio escolar e o da repaltio; ausncia de prejuzo aoexerccio do cargo; e compensao de horrio no rgo em queo servidor tiver exerccio, respeitada a durao semanal detrabalho. Atendidos esses requisitos, deve ser concedido ohorrio especial ao servidor estudante, porquanto o dispositivolegal no deixa margem discricionariedade da administrao,constituindo a concesso do beneficio, nesse caso, atovinculado. Recurso no conhecido" (STJ, ReI. Min. FlixFischer, Resp n 420.312/RS, 5a t., dj DE 24.3.2003, p. 266).

    Dessa feita, a anlise dos pleitos nos rgos Centrais eDescentralizados ser efetuada pela chefia imediata, a qual analisar se os autosesto instrudos com os documentos acima relacionados, manifestando-seconclusivamente, de acordo com Oficio Circular n 458/2005-CP/DPF, analisandotodos seus itens e informando, no caso de deferimento, que a concessao dohorrio especial nao contraria o interesse do servio, e, no caso deindeferimento, justificando fundamentadamente. Aps, o expediente deve tramitarpelas vias hierrquicas superiores, at deciso final dos Senhores Diretores nasUnidades Centrais ou dos Superintendes Regionais nas Unidades Descentralizadas.

    Outrossim, com o objetivo de possibilitar um controleeficaz por parte da chefia, deve o servidor beneficiado com o horrio especialapresentar, semestralmente, os documentos tendentes a comprovar asubsistncia da situao ttica que ensejou a concesso do horrio especial eque exija a sua manuteno. Isto , deve o servidor demonstrar, ao incio de cadasemestre letivo, a grade horria das aulas, de forma a comprovar a incompatibilidadecom o horrio normal do servio, bem como apresentar nova proposta decompensao. Esta proposta dever ser submetida chefia imediata, que semanifestar quanto ausncia de prejuzo ao servio.

    Finalmente, cumpre salientar que, com base nos artigos 50e 60 da IN n 20/2005-DG/DPF, de 23 de agosto de 2005, no h necessidade dereiterados Pareceres quando se tratar de matria j pacificada:

    "Arl. 50 Quando os requerimentos envolverem matrias jpacificadas por ato do Diretor de Gesto de Pessoal ou doDiretor-Geral, dispensada a emisso de parecer pelaDELPICRHIDGP, desde que a rea responsvel proceda instruo e ateste o preenchimento dos requisitos legais,mediante despacho fundamentado, devendo o processo serencaminhado autoridade competente para decidir, cumpridosos canais hierrquicos. "

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  • CONCLUSES:

    Diante dos normativos e orientaes relativos matria, os requisitos para a concesso do horrio especial so os seguintes:

    1- Despacho fundamentado da chefia imediata sobre a existncia ou no de prejuzo aoexerccio do cargo e ao bom andamento do servio.

    Lei 8112/90:

    Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante,quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o darepartio, sem oreiuzo do exerccio do carGo.

    2- Demonstrao documental de incompatibilidade entre o horrio escolar e o darepartio (art. 98 da lei 8112/90).

    Lei 8112/90:

    Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante,quando comprovada a incom.oatibilidade entre o horrio escolar e o dare.osrticao. sem prejufzo do exercfcio do cargo.

    3- Compensao dentro da mesma semana em que ocorreu a ausncia parcial paraestudo, de forma a integralizar a carga de trabalho semanal (art. 98, 1 , da lei8112/90).

    Lei 8112190:

    Arf. 98 omissis.

    1Q Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida a com.oensa~ode horrio no rGo ou entidade Gue tiver exerccio. res.oeitada aduraco semanal do trabalho.

    seguintesDevem, ainda, ser observados osprocedimentos e parmetros para a concesso do horrio especial:

    1- A tabela de compensao de horrios dever ser planejada pela chefia imediata, ouelaborada pelo servidor e submetida ao crivo da chefia.

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  • ~QQnt. do PARECER n 36612008-DELP/CRHUPortaria 1314ilOO2-DGIDPF:

    Arf. 15 f_~~ cil~fias i~ediatas dos servidores estudantes olaneiaroum horrio adeauado para que esses servidores cumpram jornadade trabalho sem prejufzo da carga horria a que esto sujeitos

    2- Requisitos a serem observados pela chefia imediata para aprovao da tabela:

    8. Horrio de funcionamento das reparties do Departamento de Polcia Federal(7h30min a 20h30min).

    Portaria 131412002-DG/DPF:

    Arf. 10 O h~rr~o de .fuQcion}!:mento das reoartices do Deoartamento dePolfciaFederal ser de 07h 30min s 20h 30min, ininterruptamente,excepcionado o atendimento s ocorrncias de natureza estritamentepolicial, que se dar em qualquer horrio

    b. Intervalo m{nimo de 1h e mximo de 3h para refeio e descanso, caso a jornadadiria exceda 6 (seis) horas.

    Portaria 1314/2002-DG/DPF:

    Art. 3 Respeitada a jomada de oito horas, o horrio de trabalho dosservidores poder ser f/exibilizado no intervalo previsto no art. 1, cominterruf)o Dara refeico e descanso. Que no Doder ser inferior a umahora nem suDerior a trs horas.

    c. SeqOncia mxima de 6h ininterruptas de trabalho, devendo, aps esse perodo, sergozado intervalo de descanso, conforme item "b" acima

    Ofcio N 143 COGLE/DENOR/SRH/MARE:

    (...) existe impedimento legal ou regulamentar, de se fIexibilizar ajornada de 8:00 horas dirias, sendo dividida em dois expedientes de 7(sete) e 1 (uma) hora, respectivamente, com intervalo de1 (uma) para refeio e descanso?

    (...) informamos no haver QualQuer bice leaal ou reaulamentar.Quanto flexibilizaco da ;ornada ali orooosta. porm, recordando oartigo 71 da legislao consolidada, verifica-se Que o horrio contInuo.cuia duraco exceda de seis horas. obriGatria a concesso de umintelValo vara reoouso ou alimenta~o. o qual ser, no mfnimo, deuma hora, salvo acordo escrito ou contrato, no poder exceder deduas horas

    (...) o dispositivo legal que inviabiliza a jornada inintetTupta de 08 (oito)horas dirias est contido no artigo 5, do Decreto n 1.590, de 1995,transcrito no item 2, deste Despacho, j que exige 01 hora de descansoentre as jornadas.

    (...) afigura-se invivel uma jornada de trabalho de oito horas diriassem a devida interrupo para descanso e alimentao.

  • 10 Os horrios de incio e de trmino da jornada de trabalho e dosinte/Va/os de refeio e descanso, observado o interesse do se/Vio,devero ser estabelecidos previamente e adequados s convenincias es peculiaridades de cada rgo ou entidade, unidade administrativa ouatividade, respeitada a carga horria correspondente aos cargos.

    20 O intervalo para refeio no poder ser inferior a uma hora nemsuperior a trs horas.

    3- Os limites mnimo e mximo estabelecidos no art. 19 da Lei 8.112/90 (6 a 8 horasdirias de jornada trabalho) no so de observncia obrigatria para os servidoresestudantes que cumpram horrio especial, pois dizem respeito jornada normal detrabalho. Os servidores beneficiados pelo horrio especial devero cumprir cargahorria de 40 horas semanais, mas sem observncia dos limites de jornada diria de6 a 8 horas.

    Lei 8112/90:

    Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razodas atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada adurao mxima do trabalho semanal de quarenta horas e observadosos limites mnimo e mximo de seis horas e oito horas dirias.

    Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quandocomprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o darepartico, sem prejulzo do exerclcio do cargo.

    4- Para fins de gozo do horrio especial, so considerados estudantes os servidoresmatriculados em cursos de 1, 2 e 3 graus, supletivos, e ps-graduaes (strictu elatu sensu):

    Oficio Circular n 45BI2005-CPIDPF2. O Parecer n 161/91-DRHISAF de entendimento que os estudantesde cursos de 1, 20 e 3 graus, supletivos e os de ps-graduao, soabrangidos pelo art. 98 da Lei n 8.112190. desde que compensadas ashoras no trabalhadas.3. De acordo com a Lei n 9.394. de 20/12/1996. que estabelece asdiretrizes e bases da educao nacional, os cursos de ps-graduao,compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos deespecializao, aperfeioamento e outros, so abrangidos pelo conceitode educao superior, conforme prev o art. 44 da referida Lei4. Diante do exposto, conclumos que o curso de mestrado considerado curso de educao regular, desde que ministrado porentidade reconhecida pelo Ministrio da Educao. Portanto, o servidorque for estudante de curso de mestrado faz jus ao horrio especial,devendo compensar as horas no trabalhadas, na forma estabelecdapelo art. 98 da Lei n 8. 112190. /

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  • ~a) requerimento de solicitao de horrio especial ao chefe imediato;b) declarao da Instituio de Ensino com indicao do horrio, perodo (incio e

    trmino), turnos, semestre e matrcula efetivada no curso pretendido;c) grade horria elaborada pela Instituio de Ensino das disciplinas cursadas;d) tabela de compensao de horrio conforme estipulado pela Portaria 131412002 -DGIDPF; e

    e) manifestao conclusiva do chefe imediato acerca do pleito, informando que o pleitodo servidor no contraria o interesse da Administrao em razo de que as funes docargo e o andamento do servio no setor de sua lotao no sero prejudicados.8

    6- Recomendaes da Orientao Consultiva n 005/97- DENOR/SRH/MARE:

    a) o controle do horrio do estudante deve ser feito mediante folha de ponto;b) o interesse do servio deve ser observado, adequando-se a compensao das horas

    s necessidades e s peculiaridades de cada rgo ou atividade, com intervalo pararefeio de no mnimo uma e no mximo trs horas;

    c) obrigatria a compensao das horas no trabalhadas, no podendo acompatibilizao causar prejuzo para o exerccio do cargo;

    d) os interesses pessoais do servidor no podem sobrepor-se aos da AdministraoPblica.

    7- A competncia para a concesso do horrio especial da chefia imediata do servidor,que dir, no caso concreto, se haver ou no prejuzo ao servio, e dosuperintendente regional ou do dirigente da unidade central, que emitir a decisofinal sobre o pleito. No h necessidade, nas regionais, de que o pedido sejaanalisado por rgo jurdico consultivo. Do mesmo modo, no h necessdadede anlise do requerimento pela DELP/DGP, no mbito das unidades centrais,visto no haver dvida jurdica com relao matria, havendo apenas anecessidade de verificao do atendimento dos requisitos legais, o que deveser realizado pela chefia imediata.

    .

    Oficio Circular n 45812001-CP/DPF:Assim, para que seja atendido o pleito, mediante compensao dehorrio, dever ser aferido se o deferimento trar ou no prejufzo aoexercfcio do cargo ocupado. Tal aferio, s.mi, dever ser feita,inicialmente, pelo chefe imediato do servidor. e, numa visoadministrativa mais abrangente, pelo Su.oerintendente Reaional ou peloDiriaente de rGo CeQtra/. de acordo com a respectiva lotao.

  • Conto do PARECER nQ 366/2008-DELP/CRH fI. 12

    Pelo exposto, propomos a submisso do presente parecers vias hierrQuicas superiores, com sugesto de acatamento como parecernormativo e posterior ampla divulgao aos Setores de Recursos Humanos dasUnidades Descentralizadas, devendo os pedidos de horrio especial serDrocessados no mbito de cada Descentralizada ou Unidade Central. sem anecessidade de anlise Dor esta DELP/CRH/DPF.

    Braslia/DF, 28 de maro de 2008

    ;' .RENATE- ARAJOESCRIV DE POLcIA FEDERALParecerista da DELP/CRH/DPF

    AGENTE~DMINISTRA TIVOParecerista da DELP/CRH

    CAMILO GRA.;ZI~NIAETANO PAES DE ALMEIDADELEGADO dE.-POLICIA FEDERALParecerista da DELP/CRH/DPF