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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
ParecersobreaPropostadeLeiquevisareveroEstatutodoMinistérioPúblico.(versãoaprovadaemConselhodeMinistros)
Índice
1. NOTAINTRODUTÓRIA:...................................................................................................................................................32. LEGITIMIDADEEINTERESSEEMAGIRDOMINISTÉRIOPÚBLICO:..............................................................................33. REPRESENTAÇÃODOMINISTÉRIOPÚBLICONOSUPREMOTRIBUNALDEJUSTIÇA:..............................................64. CONSELHOSUPERIORDOMINISTÉRIOPÚBLICO:......................................................................................................6
4.1. ESTATUTODOSMEMBROSDOCONSELHOSUPERIORDOMINISTÉRIOPÚBLICO.............................................................64.2. SECÇÃODEDEONTOLOGIA:............................................................................................................................74.3. DELEGAÇÃODEPODERES:.............................................................................................................................94.4. ESCUSASESUSPEIÇÃO:..............................................................................................................................................9
4.5.Provimentododepartamentodetecnologiasesistemadeinformação.........................................................105. COMPOSIÇÃODODCIAP:.............................................................................................................................................106. COMPETÊNCIASDOPROCURADOR-GERALREGIONAL..............................................................................................117- QUADROCOMPLEMENTAR:.........................................................................................................................................128- MOBILIDADE:................................................................................................................................................................149- AGREGAÇÕES:...............................................................................................................................................................1610- CRIAÇÃODEDIAPSEMTODASASCOMARCAS:.........................................................................................................1611- DIREITOSEDEVERESDOSMAGISTRADOS:................................................................................................................17
11.1. DOMICÍLIONECESSÁRIO:.............................................................................................................................1711.2. INCOMPATIBILIDADES................................................................................................................................1811.3-DIREITOSESPECIAIS..........................................................................................................................................2011.4-PRINCÍPIODAAUTO-SUFICIÊNCIAESTATUTÁRIA..........................................................................................................2111.5-FÉRIASAPÓSLICENÇA.......................................................................................................................................22
12- REGIMEREMUNERATÓRIO..........................................................................................................................................2212.1- NORMASGERAISRELATIVASAREMUNERAÇÃO..................................................................................................2312.2- DESPESASDEREPRESENTAÇÃO:....................................................................................................................2412.3- DESPESASDEMOVIMENTAÇÃO:....................................................................................................................2512.4- PAGAMENTODEACUMULAÇÕESESUBSTITUIÇÃO:..............................................................................................2612.5- AJUDASDECUSTOEDESLOCAÇÕESNOESTRANGEIRO:.........................................................................................2812.6- PROGRESSÃOREMUNERATÓRIA:...................................................................................................................2912.7- AJUDASDECUSTONOSTRIBUNAISSUPERIORES:................................................................................................29
13- AVALIAÇÃOEINSPECÇÃO:...........................................................................................................................................3113.1- ESCOLHADEINSPECTORES:..........................................................................................................................3113.2- CRITÉRIODASCLASSIFICAÇÕES:....................................................................................................................3213.3- INSPECÇÃOEXTRAORDINÁRIA:......................................................................................................................3213.4- PRAZODECONCLUSÃODAINSPECÇÃO:...........................................................................................................3313.5- GARANTIASDOSINSPECTORESDOMINISTÉRIOPÚBLICO......................................................................................34
14. MODELODECARREIRAEPROVIMENTOSDELUGAR:..............................................................................................3415. PROMOÇÃOAPROCURADOR-GERALADJUNTO:......................................................................................................3616. PERDADEREQUISITOS:................................................................................................................................................3717. PROVIMENTONOSJUÍZOSCENTRAIS,ESPECIALIZADOSEDECOMPETÊNCIATERRITORIALALARGADA..........3818. PROVIMENTODOSDIRIGENTESDOSDIAP´S..............................................................................................................4119. COMISSÕESDESERVIÇO:............................................................................................................................................42
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
19.1- COMISSÃODESERVIÇODOMAGISTRADODOMINISTÉRIOPÚBLICOCOORDENADORDECOMARCA:..................................4219.2- AUTORIZAÇÃODASCOMISSÕESDESERVIÇO:....................................................................................................43
20. JUBILAÇÃO:..................................................................................................................................................................4420.1- CONSEQUÊNCIASDAALTERAÇÃODOREGIMEDAJUBILAÇÃO:................................................................................4420.2- DIREITOSDOSJUBILADOS:..........................................................................................................................45
21. PROCESSODISCIPLINAR:............................................................................................................................................4621.1- INFRACÇÃODISCIPLINARCOMOCONSEQUÊNCIADEVIOLAÇÃODEDEVERESESTATUTÁRIOS:............................................4621.2- CADUCIDADEDODIREITODEINSTAURARPROCEDIMENTODISCIPLINAR:....................................................................4721.3- ATENUAÇÃOESPECIALDASANÇÃODISCIPLINAR:..............................................................................................4821.4- CIRCUNSTÂNCIASAGRAVANTESESPECIAIS:.......................................................................................................4921.5- PENADEADVERTÊNCIA..............................................................................................................................4921.6- APENSAÇÃODEPROCEDIMENTOSDISCIPLINARES:..............................................................................................5021.7- AUDIÊNCIAPÚBLICA..................................................................................................................................5021.8- IMPUGNAÇÃODADECISÃODISCIPLINAR...........................................................................................................5121.9- CANCELAMENTODOREGISTO.......................................................................................................................52
22. SUBSTITUTOSDOSPROCURADORES:.........................................................................................................................53
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1. Notaintrodutória:O presente parecer completa o que já se encontra na Comissão de Assuntos
Constitucionais,Direitos,LiberdadeseGarantiasdaAssembleiadaRepública.Em momento anterior tivemos oportunidade de remeter um documento ao
Ministério da Justiça onde, de formamais aprofundada, analisámos grande parte dasmatériasquepassaremosaexpor.
Afundamentaçãoaliefectuadacontinuaamanter-seválidaparaageneralidadedassituaçõesoraabordadas,peloquesugerimosasualeitura.
Somentecomaleituradopareceranterioredoqueoraremetemosserápossívelperceberarealdimensãodarevisãoestatutáriaedosproblemasquesecolocam.
O parecer que ora remetemos visa transmitir a posição do Sindicato dosMagistrados doMinistério Público relativamente a váriasmatérias da proposta de LeidestinadaareveroEstatutodoMinistérioPúblico.
O documento foi elaborado com o objectivo de servir como instrumento detrabalhoaosSenhoresDeputadosparaadiscussãodotextolegislativonaespecialidade.
Paraesseefeito foramefectuadasanotaçõesadiversosartigosdapropostadeLei, sugerem-se novas redacções de diversas normas e comparou-se o Estatuto dosMagistrados Judiciais e o Estatuto doMinistério Público, assegurando dessa forma oparalelismo dasmagistraturas que se impõe respeitar num processo legislativo destegénero.
2. LegitimidadeeinteresseemagirdoMinistérioPúblico:
Artigo4.ºAtribuições
1- Compete,especialmente,aoMinistérioPúblico:a) Representar o Estado, as regiões autónomas, as autarquias locais, os incapazes, os incertos e os
ausentesemparteincerta;b) Participarnaexecuçãodapolíticacriminaldefinidapelosórgãosdesoberania;c) Exerceraaçãopenalorientadopeloprincípiodalegalidade;d) Intentar ações no contencioso administrativo para defesa do interesse público, dos direitos
fundamentaisedalegalidadeadministrativa;e) Exerceropatrocíniooficiosodostrabalhadoresesuasfamíliasnadefesadosseusdireitosdecaráter
social;f) Assumir,noscasosprevistosnalei,adefesadeinteressescoletivosedifusos;g) Assumir, nos termos da lei, a defesa e a promoção dos direitos e interesses das crianças, jovens,
idosos,adultoscomcapacidadediminuída,bemcomodeoutraspessoasespecialmentevulneráveis;
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h) Defender a independência dos tribunais, na área das suas atribuições, e velar para que a funçãojurisdicionalseexerçaemconformidadecomaConstituiçãoeasleis;
i) Promoveraexecuçãodasdecisõesdostribunaisparaquetenhalegitimidade;j) Dirigirainvestigaçãocriminal,aindaquandorealizadaporoutrasentidades;k) Promovererealizaraçõesdeprevençãocriminal;l) Fiscalizaraconstitucionalidadedosatosnormativos;m) Intervir nos processos de insolvência e afins, bem como em todos os que envolvam interesse
público;n) Exercerfunçõesconsultivas,nostermosdestalei;o) Fiscalizaraatividadeprocessualdosórgãosdepolíciacriminal;p) Coordenaraatividadedosórgãosdepolíciacriminal;q) Recorrersemprequeadecisãosejaefeitodeconluiodaspartesnosentidodefraudaraleioutenha
sidoproferidacomviolaçãodeleiexpressa;r) Exercerasdemaisfunçõesconferidasporlei.
2-A competência referida na alínea h) do número anterior inclui a obrigatoriedade de recurso noscasosetermosprevistosnaLeideOrganização,FuncionamentoeProcessodoTribunalConstitucional.
Observações:
O Ministério Público tem sempre interesse em agir quando sejam proferidasdecisõesjudiciaisilegais,poisumadassuasprincipaisfunçõeséadefesadalegalidade.
Osmagistradoscolocadosemgraushierárquicos inferioresnãopodemlimitaraactuaçãoprocessualdosseuscolegasousuperioreshierárquicos,designadamenteparaefeitosderecurso,porposiçõesqueassumamnosprocessos.
Nestemomento,aposiçãodeumúnicomagistradodoMinistérioPúblicopodecondicionar o entendimento da instituição quanto a uma determinada questão quetenhasidojulgada.
AmagistraturadoMinistérioPúblico,porforçadasuaevoluçãohistóricaepelotratamentoconstitucionalelegalconferido,nãopodeficarlimitadanasuaactuação,noprocessopenal,porinterpretaçõesjurídicasquenãotêmemconsideraçãoaestruturaefunções duma instituição que em todas as suas intervenções obedece a critérios deestritalegalidadeeobjectividade.
OentendimentoqueoMinistérioPúbliconãoteminteresseemagirpararecorrerde decisões concordantes com a sua posição anteriormente assumida no processo (equesegundoalgumasposiçõesdetribunaissuperioresinclusivamenteimplicaarejeiçãodo recurso interposto pelo MP pedindo a condenação dos arguidos, por falta deinteresse em agir, quando em alegações orais pede a absolvição dos mesmos) écontrárioàConstituição,designadamenteporviolaroartigo219.º,n.º1,n.º2en,º4,daCRP.
Efectivamente,oartigo219.ºdaCRPestabelece,porumlado,queosmagistradosdoMinistérioPúblicosãohierarquicamentesubordinadose,poroutro,garantequeraautonomiainterna,querexternadoMinistérioPúblico.
Salientaaindaon.º 1doartigo219.ºdaCRPqueaoMinistérioPúblicocompeteexercer a acção penal orientada pelo princípio da legalidade e defender a legalidadedemocrática.
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Por isso,oartigo401.º,n.º 1,alíneaa),doCódigodeProcessoPenalestabeleceque o Ministério Público tem legitimidade para recorrer de quaisquer decisões, semquaisquerrestriçõesoulimites.
Adefesada legalidadedemocráticaedoprincípioda legalidade implicamqueodisposto no n.º 2 do artigo 401.º do Código de Processo Penal não tem aplicação aoMinistérioPúblico.
Masmesmoqueseentendaqueon.º2doartigo401.ºdoCPPtemaplicaçãoaoMinistério Público, quem define legalmente esse interesse em agir é a organizaçãohierárquica destamagistratura e não outramagistratura, isto por força dos princípiosconstitucionaisconsagradosnoartigo219.ºdaConstituiçãoeporforçadaestruturalegalestatutáriaestabelecidaparaoMinistérioPúblico.DaquiresultaqueoMinistérioPúblicoéumamagistraturaseparadaeindependentedosjuízes,nãorecebeordensoucensurasdosjuízeseconstitui,comoTribunal,umórgãoautónomodeadministraçãodajustiça.Aquitambémresideasuaautonomiaexterna.Essaautonomia,narelaçãocomosjuízes,sejamdequegraufor,éindispensávelàprópriaindependênciadostribunais,jáquealeiatribui expressamente ao Ministério Público a competência para defender aindependência dos tribunais e velar para que a função jurisdicional se exerça emconformidadecomaconstituiçãoeasleis.
Alémdisso,noquerespeitaàsatribuições(artigo4.º,n.º1,alíneag,daProposta)
aplaude-seaconsagraçãodequeaoMinistérioPúblicocabeapromoçãodosinteressesdos idosos, bem como de outras pessoas especialmente vulneráveis, mas podiaconsagrar-seumpodergeraldepromoçãodosinteressesedireitosdasvítimas.
Importa definir os termos dessas atribuições, densificando-se o tipo de
intervençãonoartigo9.ºdaproposta
Propostaderedacção:
Propomosqueoartigo4.ºn.º2EMPtenhaaseguinteredacção:
2-Acompetênciareferidanaalíneah)donúmeroanteriorincluiaobrigatoriedadederecursonoscasosetermosdaLeideOrganização,FuncionamentoeProcessodoTribunalConstitucionale implicaalegitimidade e interesse para recorrer de quaisquer decisões penais, mesmo que sejam favoráveis econcordantescomposiçãojáanteriormenteassumidanoprocesso.
No que ainda respeita às atribuições deveria constar consagração do dever de notificação ao
Ministério Público de todas as decisões dos tribunais, capacitando a defesa pública da legalidade,propondo-se o acrescento de um número 3 ao artigo 4.º da Proposta “Para cumprimento das
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competênciasprevistasnasalíneasg),h),i),k),l),n)ep)don.º1,deveoMinistérioPúblicosernotificadodasdecisõesfinaisproferidasportodosostribunais.”
3. RepresentaçãodoMinistérioPúbliconoSupremoTribunaldeJustiça:
Artigo8.ºRepresentaçãodoMinistérioPúblico
1- OMinistérioPúblicoérepresentado:a) NoTribunalConstitucional,noSupremoTribunaldeJustiça,noSupremoTribunalAdministrativoeno
TribunaldeContas,peloProcurador-GeraldaRepública;b) NostribunaisdaRelaçãoenosTribunaisCentraisAdministrativos,porprocuradores-gerais-adjuntos;c) Nostribunaisde1.ªinstância,porprocuradores-geraisadjuntoseprocuradoresdaRepública.2- OMinistérioPúblicoérepresentadonosdemaistribunaisnostermosdalei.3- OsmagistradosdoMinistérioPúblicofazem-sesubstituirnostermosprevistosnopresenteEstatuto.
Observações:
No que diz respeito ao Supremo Tribunal de Justiça, entendemos que aí oMinistérioPúblicotambémdeveriaserrepresentadoporProcuradores-GeraisAdjuntosenãosomentepeloProcurador-GeraldaRepública.
Os Procuradores-Gerais Adjuntos que exercem funções no STJ representam oProcurador-GeraldaRepúblicaeporessarazãonãotêmvaganotribunalmencionado.
Os procuradores mais experientes, com a carreira mais longa e melhoresclassificações são aqueles que acabam por ter um dos lugares mais precários dainstituição, o que os torna extremamente dependentes do PGR e pode levar aproblemasdeautonomiainterna.
Propostaderedacção:
Artigo8.º,
n.º1a) No Supremo Tribunal de Justiça, no Tribunal Constitucional, no Supremo Tribunal
Administrativo e no Tribunal de Contas, pelo Procurador-Geral da República e por procuradores-gerais-adjuntos.
Não se vislumbra a razão pela qual os PGA´s nestas instâncias não tenham
competênciasprópriasmassimde“coadjuvaçãoesubstituição”doPGR.
4. ConselhoSuperiordoMinistérioPúblico:
4.1. EstatutodosmembrosdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico
Artigo31.º
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EstatutodosmembrosdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico1- AosvogaisdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicoquenãosejammagistradosdoMinistérioPúblicoé
aplicável,comasdevidasadaptações,oregimededeveres,direitosegarantiasdestesmagistrados.2- OsvogaisdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicoquenãosejammagistradosdoMinistérioPúbliconão
podemparticiparnoprocessodeclassificaçãooudecisãodisciplinardemagistradosquetenhamintervindoemprocessonoâmbitodoqualaquelestenhamparticipadonaqualidadedemandatáriosouparte.
3- OConselhoSuperiordoMinistérioPúblicodeterminaoscasosemqueocargodevogaldeveserexercidoatempointegral.
4- OsvogaisdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicoqueexerçamfunçõesemregimedetempointegralauferemasremuneraçõescorrespondentesàsdovogalmagistradodecategoriamaiselevada.
5- OsmembrosdeentresieleitospelosmagistradosdoMinistérioPúblicopodembeneficiardereduçãodeserviçoempercentagemadeterminarpeloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
6- Os membros do Conselho Superior do Ministério Público têm direito a senhas de presença no valorcorrespondenteatrêsquartosdaUC,e,sedomiciliadosforadaáreametropolitanadeLisboa,aajudasdecustoedespesasdetransporte,nostermosdalei.
7- OsvogaisdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicogozamdasprerrogativaslegalmenteestatuídasparaosmagistradosdostribunaissuperioresquandoindicadoscomotestemunhasemqualquerprocesso.
8- OsvogaisdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicodemandadosjudicialmenteemrazãodoexercíciodassuas funçõesdevogal têmdireitoapatrocínio judiciáriosuportadopeloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
Observações:O presente artigo, designadamente o artigo 31.º, n.º 2 do EMP, representa umavançofaceaoregimeactual,masnãogaranteasalvaguardadetodasassituações.Para além das classificações e decisões disciplinares, os membros do CSMP sãochamadosadecidirmuitasoutrassituações.Os membros do CSMP têm intervenção na escolha de quem é promovido aProcurador-Geral Adjunto ou de quem é seleccionado para a escolha de ProcuradorCoordenadordecomarca,DirectordeDIAPouinspectordoMP.Para além disso, o CSMP decide a mobilidade de magistrados, as comissões deserviçoouasincompatibilidadesdemagistrados,entreoutrosassuntos.Émuito importantequeoestatutodosmembrosdoCSMPnão sejautilizadoparaobtervantagensprocessuais,condicionandoosprocuradoresqueseencontramno“ladooposto”.Propostaderedacção:Artigo31ºEMP(…)9-OsvogaisdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicoquenãosejammagistradosdoMinistérioPúbliconão podem intervir em processo de natureza judicial em que o Ministério Público tenha intervençãoprocessualprincipal.
4.2. Secçãodedeontologia:
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Artigo34.ºEMPSecções
1- O Conselho Superior do Ministério Público dispõe de uma secção permanente, de uma ou maissecções de avaliação do mérito profissional, de uma secção disciplinar e de uma secção dedeontologia.
2- (…)3- Compõem a secção permanente o Procurador-Geral da República e quatro vogais designados pelo
plenário,porumperíododetrêsanos,renovávelporumaúnicavez,salvaguardando-se,semprequepossível,quantoaosvogais,arepresentaçãoparitáriademagistradosenãomagistrados.
4- (…)5- (…)6- (…)7- (…)8- Competeàsecçãodedeontologiaemitir,poriniciativaprópriaouasolicitaçãodoProcurador-Geralda
República, parecer sobre a interpretação de normas estatutárias com incidência na ética edeontologiadosmagistrados,bemassimcomoemitirrecomendaçõesnessamatéria.
9- Asecçãodedeontologiaécompostanostermosdon.º3.10- Osparecereserecomendaçõesemitidospelasecçãodedeontologiasãosubmetidosaoplenáriopara
aprovação.
Artigo150.ºEMJEstrutura
1- OConselhoSuperiordaMagistraturafuncionaemplenárioeemconselhopermanente.2- OplenárioéconstituídoportodososmembrosdoConselho,nostermosdon.º1doartigo137.º3- Oconselhopermanentefuncionanasseguintessecçõesespecializadas:
a) Secçãodeassuntosgerais;b) Secçãodeassuntosinspetivosedisciplinares;c) Secçãodeacompanhamentoeligaçãoaostribunaisjudiciais.
Observações:OConselhoSuperiordoMinistérioPúblico temumasecçãodedeontologiaeo
ConselhoSuperiordaMagistraturanão.NãosevislumbraqueosmagistradosdoMinistérioPúbliconecessitemdeuma
secçãodedeontologia.Osdevereseas (muitas) limitaçõesdedireitosdevemconstarespecificaeclaramentenaLeienaConstituiçãodaRepúblicaPortuguesaenãoficaremsujeitosàopiniãodeumasecçãodedeontologiaquepoderádecidirdeacordocomoscasosmediáticosdomomento.
Oartigo34.ºdoanteprojectocriaumanovasecçãodedeontologia.Competeàsecçãodedeontologiaemitirporiniciativaprópriaouasolicitaçãodo
Procurador-Geral da República, parecer sobre a interpretação de normas estatutáriascom incidência na ética e deontologia dos magistrados, bem assim emitirrecomendaçõesnessamatéria.
A secção de deontologia poderá transformar-se numa antecâmara da secçãodisciplinar e ir muito para além dos deveres estatutários; isto é, limitar direitos,
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liberdades e garantias dos magistrados para além do que se encontra previsto naConstituiçãodaRepúblicaPortuguesa.
Os deveres dos magistrados encontram-se mais especificados na presentepropostadeLei,peloquenãosevêutilidadenacriaçãodasecçãomencionada.
Poroutro ladonãosecompreendequala razãoporqueasecçãodeontológicadeverá ser constituída obrigatoriamente em regime de paridade por membrosmagistradosenãomagistrados.
Osconselhosdedeontologiadasordensprofissionaissãocompostosunicamentepor pares e, para além da competência deontológica, têm igualmente competênciadisciplinar.
Propostaderedacção:
Propõe-se a supressãodos, nºs 8º, 9º e 10º do artigo 34º do EMP, bem comoa
eliminaçãodareferênciaàsecçãodedeontologianoartigo34º,nº1EMP.
4.3. Delegaçãodepoderes:
DelegaçãodepoderesArtigo34.ºEMP
Secções1- (…)2- Asecçãopermanentetemascompetênciasquelheforemdelegadaspeloplenárioequenãocaibam
nascompetênciasdasrestantessecções,podendoaquele,por iniciativaprópriaouapedido,avocá-las.
Observações:AsecçãopermanentedoConselhodeveriaterassuascompetênciasconcretizadas
noartigo34.º,n.2,quecontémumanormaembrancoequepermitequesejaoConselhoadefinir as competências da secção permanente (“tem as competências que lhe foremdelegadaspeloplenário”)apenasseexcluindoadelegaçãodecompetênciasprópriasdassecçõesdeavaliaçãodeméritoprofissional,disciplinarededeontologia.
Assim,matériasdeelevadarelevânciaparaoMinistérioPúblico,quedeveriamserobjectodeapreciaçãodoplenário,poderãotransitarparaoâmbitodecompetênciadasecçãopermanente,esvaziando-seascompetênciasdoCSMP.
4.4. Escusasesuspeição:Noqueconcerneaoprocessodecisório,deveriaprever-seumregimedeescusae
suspeiçãoparaosmembrosdoCSMP.
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Há diversas situações que aconselham que os conselheiros não participem noprocesso decisório em certos casos, sob pena de comprometerem a própriacredibilidadedadecisãoedoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
4.5. Provimento no departamento das tecnologias e sistemas deinformação.
Artigo53.ºEstruturaecompetência
1-(...)2- O departamento das tecnologias de informação tem um diretor que, quando magistrado doMinistérioPúblico,éprovidonostermosdoartigo165.º
Observações:
O departamento em causa deve ser provido nos termos do artigo 165.º daproposta,razãopelaqualon.º2desteartigodeveráteraseguinteredacção:
Propostaderedacção:
Artigo53.º
Estruturaecompetência1-(...)3- O departamento das tecnologias de informação tem um diretor que é provido nos termos doartigo165.º
5. ComposiçãodoDCIAP:
Artigo60.ºEMPComposição
1- O número de procuradores-gerais-adjuntos e procuradores da República a exercer funções nodepartamentoéestabelecidoemquadroaprovadoporportariadomembrodogovernoresponsávelpelaáreadajustiça,ouvidooConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
Observações:O número de magistrados que exercem funções no DCIAP não deve ficar
dependentesdeumquadroaprovadopeloMinistériodaJustiça,masonúmerodeveserajustado de forma mais flexível e autónoma pelo Conselho Superior do MinistérioPúblico.
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A possibilidade de limitação do número de magistrados a exercer funções noDCIAP por parte do Governo poderá condicionar a investigação da criminalidadeeconómico-financeiramaisgrave.
6. CompetênciasdoProcurador-GeralRegional
Artigo68.ºCompetência
Competeaoprocurador-geralregional:a) Dirigir, coordenar e fiscalizar a atividade do Ministério Público no âmbito da sua área de
competênciaterritorialeemitirordenseinstruções;b) RepresentaroMinistérioPúbliconotribunaldaRelaçãoenoTribunalCentralAdministrativo;c) Propor ao Procurador-Geral da República a adoção de diretivas que visem a uniformização de
procedimentosdoMinistérioPúblico;d) Planear e definir, anualmente, a atividade e os objetivos da procuradoria-geral regional,
acompanhar a sua execução, proceder à correspondente avaliação e transmiti-la ao Procurador-GeraldaRepública;
e) Assegurar a coordenaçãoda atividadedoMinistérioPúblicono tribunal daRelação e noTribunalCentralAdministrativo,designadamentequantoàinterposiçãoderecursosvisandoauniformizaçãodajurisprudência;
f) Intervirhierarquicamentenosinquéritos,nostermosprevistosnoCódigodeProcessoPenal;g) Atribuir, por despacho fundamentado, processos concretos a outro magistrado que não o seu
titular sempreque razõesponderosasdeespecialização, complexidadeprocessualou repercussãosocialojustifiquem;
h) Promover a articulação da atividade do Ministério Público nas diversas jurisdições e áreasespecializadas, designadamente com a criação e dinamização de redes, em colaboração com osgabinetesdecoordenaçãonacionaleosdepartamentoscentrais;
i) Analisar e difundir, periodicamente, informação quantitativa e qualitativa relativa à atividade doMinistérioPúblico;
j) Coordenaraatividadedosórgãosdepolíciacriminal;k) Fiscalizaraatividadeprocessualdosórgãosdepolícia criminal emanter informadooProcurador-
GeraldaRepública;l) Velar pela legalidade da execução das medidas restritivas de liberdade e de internamento ou
tratamentocompulsivoepropormedidasdeinspeçãoaosestabelecimentosouserviços,bemcomoaadoçãodasprovidênciasdisciplinaresoucriminaisquedevamterlugar;
m) Procederàdistribuiçãode serviçoentreosprocuradores-gerais-adjuntosqueexerçam funçõesnaprocuradoria-geralregional,semprejuízododispostonaleidoprocesso;
n) PromoveraarticulaçãocomentidadesquedevamcolaborarcomoMinistérioPúbliconoâmbitodassuasatribuições;
o) ApreciarosregulamentosdasProcuradoriasedepartamentosdoMinistérioPúblicoeapresentá-losàProcuradoria-GeraldaRepúblicaparaaprovação;
p) Decidirospedidosdejustificaçãodefaltaaoserviçoedeautorizaçãooujustificaçãodeausênciapormotivo ponderoso, formulados pelos magistrados do Ministério Público em funções naprocuradoria-geral regional,pelodiretordoDIAPregionalepelosmagistradoscoordenadoresdasprocuradoriasdaRepúblicadascomarcaseadministrativasefiscais;
q) Exercerasdemaisfunçõesconferidasporlei.
Observações:
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Com o novo EMP, o Procurador Regional passa a ter amplos poderes de
coordenaçãoquenãotinhaatéaqui.A concentração de tanto poder numa única figura poderá levar a que exista a
tentaçãodotitulardoórgãoseisolaresóseouvirasipróprio.Éprecisogarantir queoProcurador-GeralRegionalouçaos coordenadoresdas
áreasespecializadas,demodoacriar-seumamelhorarticulação.Esteéumprincípiobásicodegestãoqueimportaconsagrarlegislativamente.
Propostaderedacção:
Artigo68ºCompetência
e)Assegurar a coordenação da atividade doMinistério Público no tribunal da Relação e no Tribunal CentralAdministrativo,designadamentequantoàinterposiçãoderecursosvisandoauniformizaçãodajurisprudência,ouvidoomagistradodoMinistérioPúblicoCoordenadordaProcuradoriadaRepúblicaadministrativaefiscalrespectiva.
(…)
h)PromoveraarticulaçãodaatividadedoMinistérioPúbliconasdiversas jurisdiçõeseáreasespecializadas,designadamente com a criação e dinamização de redes, em colaboração comos gabinetes de coordenaçãonacional e os departamentos centrais, ouvidos os magistrados do Ministério Público Coordenadores dasrespectivasjurisdiçõeseáreasespecializadas.
7- Quadrocomplementar:O quadro complementar destina-se a optimizar a gestão de quadros, evitando
queemrazãodafaltaouimpedimentodostitulares,ocidadãofiqueprivadodeacederàjustiça.
Passaremosaanalisarcomparativamenteasnormasqueregemestamatéria.
QuadrocomplementardemagistradosdoMinistérioPúblico
Artigo69.ºEMPQuadrocomplementar
1- Na sede de cada procuradoria-geral regional pode ser criado um quadro complementar demagistrados do Ministério Público para colocação nas procuradorias e departamentos dacircunscrição em que se verifique a falta ou o impedimento dos titulares, a vacatura do lugar, ouquandoonúmeroouacomplexidadedosprocessosexistentesojustifiquem.
2- OquadrodemagistradosdoMinistérioPúblicoreferidononúmeroanteriorpodeserdesdobradoaoníveldecadaumadasprocuradoriasdaRepúblicadascomarcasouadministrativasefiscais.
3- Os magistrados do Ministério Público nomeados para o quadro auferem, quando colocados emprocuradoria ou departamento situado em concelho diverso daquele em que se situa a sede daprocuradoria-geral regional ou o domicílio autorizado, ajudas de custo nos termos da lei geral,relativasaosdiasemqueprestamserviçoefectivo.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
4- OnúmerodemagistradosdoMinistérioPúblicoque integramosquadrosé fixadoporportariadosmembrosdoGoverno responsáveispelasáreasdas finançaseda justiça, sobpropostadoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
5- Compete ao Conselho Superior do Ministério Público aprovar o regulamento dos quadroscomplementarese,comfaculdadededelegação,efectuaragestãorespectiva.
Artigo45.º-BEMJQuadrocomplementardemagistradosjudiciais
1- NassedesdostribunaisdaRelaçãopodesercriadoumquadrocomplementardemagistradosjudiciaispara destacamento em tribunais judiciais de primeira instância em que se verifique a falta ou oimpedimentodos seus titulares, a vacaturado lugar, ouquandoonúmeroou a complexidadedosprocessosexistentesojustifique.
2- Oquadrodemagistradosjudiciaisreferidononúmeroanteriorpodeserdesdobradoaoníveldecadaumadascomarcas.
3- (…)4- (…)5- Cabe ao Conselho Superior da Magistratura efectuar a gestão do quadro referido nos n.ºs 1 e 2 e
regularodestacamentodosrespectivosmagistradosjudiciais.
Observações:Da análise comparativa do regime do quadro complementar entre as duas
magistraturas evola que o Conselho Superior da Magistratura gere efectivamente osquadros complementares, ao contrário do regime aplicável aos magistrados doMinistérioPúblicoemqueépossíveladelegaçãodecompetências.
Naprática,estadelegaçãodecompetênciatemesvaziadoagestãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúbliconoquedizrespeitoaosmagistradosdoMinistérioPúblicocolocadosnoquadrocomplementar.
Por outro lado, o artigo 69.º, n.º 3 da proposta dispõe que osmagistrados doMinistérioPúblicocolocadosnoquadrocomplementarrecebemajudasdecustoquandoforemcolocadosemmunicípiodiferentedasededodistritooudodomicílioautorizado.
Asajudasdecustoreportam-seaosdiasemquesejaprestadoserviçoefectivo,ouseja,nãoabarcamSábados,DomingoseFeriados.
O critério relevante para pagamento de ajudas de custo só poderá ser odeslocamentofaceaumpontofixoenãorelativamenteavários,ouseja,ouMinistériodaJustiçatemdeoptaroupelasededodistritooudomicílioautorizado.
ÉclaroquequantomaispontosoMinistériodaJustiçaconsagrarmaisseeximeao pagamento de ajudas de custo, mas também fará com que existam menosconcorrentesaintegraroquadrocomplementar.
Porúltimo,oartigo69.º,n.º1doEMPsóprevêacolocaçãodosprocuradoresdoquadro complementar nas Procuradorias e departamentos, mas esquece a colocaçãonosjuízos.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Existem algumas centenas de procuradores que exercem funções junto dosjuízos e por essa razão é necessário recorrer-se com frequência aos magistrados doquadrocomplementarparacolmatarasfalhasexistentes.
Propostaderedacção:
Artigo69.ºEMPQuadrocomplementar1-Na sede de cada procuradoria-geral regional pode ser criado um quadro complementar de
magistradosdoMinistérioPúblicoparacolocaçãonosjuízos,procuradoriasedepartamentosdacircunscriçãoemqueseverifiquea faltaouo impedimentodostitulares,avacaturado lugar,ouquandoonúmeroouacomplexidadedosprocessosexistentesojustifiquem.
2-(…)3- OsmagistradosdoMinistérioPúbliconomeadosparaoquadroauferem,quandocolocados
emprocuradoria ou departamento situado em concelhodiverso daquele emque se situa asededaprocuradoria-geralregional,ajudasdecustonostermosdaleigeral,relativasaosdiasemqueprestamserviçoefetivo.
4- (…)5- Compete ao Conselho Superior do Ministério Público aprovar o regulamento dos quadros
complementareseefetuaragestãorespetiva.
8- Mobilidade:
Artigo75.ºEMPDirecção
1- OmagistradodoMinistérioPúblicocoordenadordirigeecoordenaaatividadedoMinistérioPúblicona comarca, incluindo as procuradorias dos tribunais de competência territorial alargada alisedeados,emitindoordenseinstruções,competindo-lhe:(…)
k) ProporaoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico,atravésdoprocurador-geralregional,areafetaçãodemagistradosdoMinistérioPúblico;(…)2-Asdecisõesprevistasnasalíneask), l)em)donúmeroanteriordevemserprecedidasdaaudição
dosmagistradosvisados.
ProcuradoriasdaRepúblicaadministrativasefiscais
Artigo88.ºEMPEstruturaedirecção
(…)4- Semprejuízododispostonoartigo68.º,competeaomagistradodoMinistérioPúblicocoordenador
daprocuradoriadaRepúblicaadministrativaefiscal: h) Propor ao Conselho Superior do Ministério Público, através do procurador-geral regional, a
reafetaçãodemagistrados;5- Aoexercíciodascompetênciasprevistasnasalíneash),i)ej)donúmeroanterioraplica-seodisposto
nosartigos76.ºa81.º
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Artigo45.º-AEMJReafetaçãodejuízes,afetaçãodeprocessoseacumulaçãodefunções
1- OConselhoSuperiordaMagistratura, sobpropostaououvidoopresidentedacomarca,emedianteconcordânciadosjuízes,podedeterminar:
a) A reafetação de juízes, respeitado o princípio da especialização dosmagistrados,aoutrotribunaloujuízodamesmacomarca;
b) Aafetaçãodeprocessospara tramitaçãoedecisãoaoutro juizquenãooseutitular,tendoemvistaoequilíbriodacargaprocessualeaeficiênciadosserviços.
Observações:AmobilidadedosmagistradosdoMinistérioPúblico temdeserenquadradade
acordocomoprincípioconstitucionaldainamovibilidadedemagistrados,bemcomoseraferidasegundooprincípiodoparalelismodasmagistraturas.
O regime de afectação previsto para os magistrados judiciais exige oconsentimento dos juízes ao contrário dos magistrados do Ministério Público ondeapenaséexigidaasuaaudição.
Propostaderedacção:
Artigo75.ºEMPDirecção1- OmagistradodoMinistérioPúblicocoordenadordirigeecoordenaaactividadedoMinistério
Público na comarca, incluindo as procuradorias dos tribunais de competência territorialalargadaalisedeados,emitindoordenseinstruções,competindo-lhe:
(…)k) ProporaoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico, atravésdoprocurador-geral regional, areafectaçãodemagistradosdoMinistérioPúblico,medianteoconsentimentopréviodosmesmos.(…)2- Asdecisõesprevistasnasalíneasl)em)donúmeroanteriordevemserprecedidasdaaudição
dosmagistradosvisados.Nota:Casoaredacçãosejaaprovadaterádeseralteradooartigo77ºdoEMP.
ProcuradoriasdaRepúblicaadministrativasefiscaisArtigo88.ºEMP
Estruturaedirecção(…)
4- Sem prejuízo do disposto no artigo 68.º, compete ao magistrado do Ministério PúblicocoordenadordaprocuradoriadaRepúblicaadministrativaefiscal: h) Propor ao Conselho Superior doMinistério Público, através do procurador-geral regional, a
reafectaçãodemagistrados,medianteoconsentimentopréviodosmesmos.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Aoexercíciodascompetênciasprevistasnasalíneasi)ej)donúmeroanterioraplica-seodispostonosartigos76.ºa81.º
9- Agregações:
Artigo80.ºEMPAgregação
1- A agregação consiste na colocação, pelo Conselho Superior do Ministério Público, no âmbito domovimentoanual,demagistradosaexercermaisdoqueumafunçãoouaexercerfunçõesemmaisdoqueumtribunal,secçãooudepartamentodamesmacomarca.
2- Aagregaçãodelugaresoudefunçõesépublicitadanoanúnciodomovimento.3- Acolocaçãoemagregaçãopressupõeaponderaçãosobreasnecessidadesdoserviço,osvaloresde
referênciaprocessualeaproximidadeeacessibilidadedoslugaresaagregar.
Observações:O regime de agregação implica que um magistrado do Ministério Público
desempenhefunçõesemmaisdoqueumlocalnointeriordamesmacomarca.No entanto, não existe qualquer limite quilométrico a respeitar, pelo que, por
absurdo, o procurador poderá ter que desempenhar funções em dois tribunais quedistem100quilómetrosentresi.
A agregação de funções a partir de um determinado número de quilómetrosrevela-se contraproducente, pois o magistrado poderá ter de passar mais tempo emdeslocaçõesdoqueefectivamenteaexercerassuasfunções.
Propostaderedacção:
Artigo80.ºEMPAgregação
(…)3-A colocação em agregação pressupõe a ponderação sobre as necessidades do serviço, os
valores de referência processual e a proximidade e acessibilidade dos lugares a agregar, não podendoestesdistarmaisde30Kmentresi.
10- CriaçãodeDIAPSemtodasascomarcas:
Artigo85.ºEstruturaecompetênciadosDIAP´s(...)
OsDIAP´sdeverãoexistiremtodasascomarcas.Ograudeespecializaçãoecoordenaçãoda investigaçãocriminalsaemreforçadascomaexistência
deumDIAPemcadacomarcaquepermitirácoordenartodaainvestigaçãocriminalnointeriordamesma.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Propostaderedacção:85.º, n.º 1doEMP-“Emcada comarcaexisteumdepartamentode investigaçãoeacçãopenal,
dirigidoporprocurador-geral-adjuntoouprocuradordaRepública.”
11- Direitosedeveresdosmagistrados:11.1. Domicílionecessário:
Artigo106.ºEMPDomicílionecessário
1- Os magistrados do Ministério Público têm domicílio necessário na área da comarca onde seencontrasedeadootribunalouinstaladooserviçonoqualexercemfunções.
2- Os magistrados do Ministério Público do quadro complementar consideram-se domiciliados nasede da respetiva procuradoria-geral regional ou, em caso de desdobramento, da respetivaprocuradoriadaRepúblicadecomarcaouadministrativaefiscal.
3- Quandoascircunstânciaso justifiquemenãohajaprejuízoparaoexercíciodassuasfunções,osmagistradosdoMinistérioPúblicopodemserautorizados,peloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico,aresidiremlocaldiferentedoprevistonosnúmerosanteriores.
Artigo8.ºEMJDomicílionecessário
1- Os magistrados judiciais têm domicílio necessário na área da comarca onde se encontraminstaladososjuízosdostribunaisdecomarcaouassedesdostribunaisdecompetênciaterritorialalargadaondeexercem funções,podendo, todavia, residir emqualquer local da comarcadesdequenãohajaprejuízoparaoexercíciodefunções.
2- Os magistrados judiciais do quadro complementar consideram-se domiciliados na sede dorespetivo tribunal da Relação ou da respetiva comarca, em caso de desdobramento, podendo,todavia, residir emqualquerpontoda circunscrição judicial, desdequenãohajaprejuízoparaoexercíciodefunções.
3- Quandoascircunstânciasojustifiquem,enãohajaprejuízoparaoexercíciodassuasfunções,osjuízesdedireitopodemserautorizadospeloConselhoSuperiordaMagistraturaaresidiremlocaldiferentedoprevistononúmeroanterior.
4- OsmagistradosjudiciaisdoSupremoTribunaldeJustiçaedostribunaisdaRelaçãoestãoisentosdaobrigaçãodedomicílionecessário.
Observações:Se compararmos o artigo 8.º, n.º 1 do EMJ e o artigo 106.º, n.º 1 do EMP
percebemosqueoregimeaplicávelédiferenterelativamenteaumasituaçãosimilar.Osmagistrados judiciais têm domicílio necessário na área da comarca onde se
situaoseutribunal,maspodemresidiremqualquerpontodacomarcasemautorização,oquenãosucedecomosmagistradosdoMinistérioPúblico.
Amesmadiferençasurgeigualmentenosartigos8.º,n.º2doEMJe106.º,n.º2doEMP.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Tratando-sedeumanormaquerestringedireitos,aconsagraçãodamesmadevesersempreefectuadadeacordocomumprincípiodenecessidade,peloqueasoluçãoencontradapara amagistratura judicial deverá igualmente ser aplicadaàmagistraturadoMinistérioPúblico.
No que diz respeito aos magistrados nos tribunais superiores existe umadiferença entre os dois regimes também, uma vez que osmagistrados judiciais estãoisentosdaobrigaçãodedomicílionecessário.
Propostaderedacção:
Artigo106.ºEMPDomicílionecessário
1- Os magistrados do Ministério Público têm domicílio necessário na área da comarca onde seencontrasedeadootribunalou instaladooserviçonoqualexercemfunções,podendo, todavia,residiremqualquerlocaldacomarcadesdequenãohajaprejuízoparaoexercíciodefunções.
2- Os magistrados do Ministério Público do quadro complementar consideram-se domiciliados nasede da respetiva procuradoria-geral regional ou, em caso de desdobramento, da respetivaprocuradoria da República de comarca ou administrativa e fiscal, podendo, todavia, residir emqualquerpontodacircunscriçãojudicial,desdequenãohajaprejuízoparaoexercíciodefunções.
3- Quandoascircunstânciaso justifiquemenãohajaprejuízoparaoexercíciodassuasfunções,osmagistradosdoMinistérioPúblicopodemserautorizados,peloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico,aresidiremlocaldiferentedoprevistonosnúmerosanteriores.
4- Os magistrados do Ministério Público colocados junto do Supremo Tribunal de Justiça, dostribunaisdaRelaçãoeTribunaisCentraisAdministrativosestãoisentosdaobrigaçãodedomicílionecessário.
11.2. Incompatibilidades
Artigo107.ºIncompatibilidades
1- OsmagistradosdoMinistérioPúblicoemefetividadedefunçõesouemsituaçãode jubilaçãonãopodemdesempenharqualqueroutrafunçãopúblicaouprivadadenaturezaprofissional.
2- Para os efeitos do número anterior, não são consideradas de natureza profissional as funçõesdiretivasnãoremuneradasemfundaçõesouassociaçõesdasquaisosmagistradossejamassociadosque,pelasuanaturezaeobjeto,nãoponhamemcausaaobservânciadosrespetivosdeveresfuncionais.
3- O exercício das funções previstas no número anterior deve ser precedido de comunicação ao ConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
4- A docência ou a investigação científica de natureza jurídica, não remuneradas, são compatíveis com odesempenhodasfunçõesdemagistradodoMinistério.
5- OexercíciodasfunçõesreferidasnonúmeroanteriornãopodeenvolverprejuízoparaoserviçoecarecedeautorizaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
6- CareceaindadeautorizaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicooexercíciodefunções:a) Em quaisquer órgãos estatutários de entidades públicas ou privadas que tenham como fim
específicoexerceraatividadedisciplinaroudirimirlitígios;b) Em quaisquer órgãos estatutários de entidades envolvidas em competições desportivas
profissionais.7- Aautorização a que se refereo número anterior apenas é concedida se o exercício das funções não for
renumerado e não envolver prejuízo para o serviço ou para a independência, dignidade e prestígio dafunçãodemagistradodoMinistérioPúblico.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
8-OsmagistradosdoMinistérioPúblicopodemreceberasquantiasresultantesdasuaproduçãoecriaçãoliterária,artística,científicaetécnica,assimcomodaspublicaçõesderivadas.
Observações:O artigo 107.º da proposta estabelece um regime de incompatibilidades para
magistrados doMinistério Público “controlado”por umórgãode natureza e vocaçãoadministrativa,comoéoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
AConstituiçãoprevê apenasum regimede incompatibilidadespara juízes,masnãoparamagistradosdoMinistérioPúblico(artigos216.ºe219.º,daCRP).
Dispõe o n.º 3 do artigo 216.° da CRP que: "Os juízes em exercício não podemdesempenharqualqueroutra funçãopúblicaouprivada, salvoas funçõesdocentesoudeinvestigaçãocientíficadenaturezajurídica,nãoremuneradas,nostermosdalei".
Eon.º5que:“Aleipodeestabeleceroutrasincompatibilidadescomoexercíciodafunçãodejuiz”.
Estandoemcausaumarestriçãodedireitos fundamentais,asnormasemcausanão são, obviamente, passíveis de aplicação analógica aos magistrados doMinistérioPúblico.Nãoosãoporforçadon.º2doartigo18.°daprópriaConstituição(querequeraexpressa previsão da restrição de direitos, liberdades e garantias) e de acordo comoprincípiogeraldeinadmissibilidadedeaplicaçãoanalógicadenormasexcepcionais.
Acerca desta problemática importa salientar o Acórdão do TribunalConstitucionaln.º457/93(D.R.,ISérieA,de13deSetembrode1993),quesepronunciou,emsededefiscalizaçãoabstractapreventiva,pelainconstitucionalidadedeumanormaconstante de um decreto da Assembleia da República (120/VI) que dispunha que "OConselhoSuperiordaMagistraturapodeproibiroexercíciodeactividadesestranhasàfunção, não remuneradas, quando, pela sua natureza, sejam susceptíveis de afectar aindependênciaouadignidadedafunçãojudicial".
Neste Acórdão do Tribunal Constitucional (relatado pelo Conselheiro AntónioVitorinoevotado,quantoaesteponto,porunanimidade),concluiu-sequeanormaemapreço violava os n.º 2 e n.º 3 do artigo 18.° da Constituição, por permitir umacompressão e restrição de direitos fundamentais dos juízes enquanto cidadãos,incompatível com os requisitos de necessidade, adequação e proporcionalidade,operadas por um órgão de natureza e vocação administrativa, como é o ConselhoSuperior da Magistratura, e eventualmente geradora de infundamentadasdesigualdadesentrejuízesdasdiferentesordensdetribunais.
Nafundamentaçãodoacórdão,oTribunalConstitucionalsalientaque"versandoanormaemapreçomatériaatinenteaoestatutodos juízes,objectode reservade lei,pareceserdeexigirqueasuaconsagração legislativasejademoldeaassegurarqueaproibiçãodetais«actividadesestranhasàfunção»nãooperecombasenumatãoamplaformulação legal, aqualpodeabrangermesmoactividadesdecorrentesdapertençaaorganizações religiosas e de caridade, a associações desportivas, recreativas e
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
filantrópicas, ao desempenho de actividades de criação artística, para citar apenasalgunsexemplospossíveis".
Desdelogonãosecoadunacomosespeciaiseparticularesexigentescritériosdenecessidade, adequação e proporcionalidade das restrições de direitos, liberdades egarantias ,postuladosnoartigo 18.ºdaCRP,umasoluçãoqueconfereuma tãoamplamargem de poderes de compressão e restrição de direitos fundamentais dosmagistradosdoMinistérioPúblicoenquantocidadãosaumórgãodenaturezaevocaçãoadministrativa,comoéoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
Face ao supra mencionado impõe-se ter especiais cuidados deconstitucionalidade, quanto se estabelece um regime de incompatibilidades paramagistrados doMinistério Público, atendendo ao disposto nos artigos 18.º e 219.º daCRP.
11.3-Direitosespeciais
Artigo111.ºEMPDireitosespeciais
1- OsmagistradosdoMinistérioPúblicotêmespecialmentedireito:a) Aouso,porteemanifestogratuitodearmasda classeB,deacordocoma legislaçãoemvigor, e à
aquisição das respetivas munições, independentemente de licença ou participação, podendorequisitá-las aos serviços doMinistério da Justiça através da Procuradoria-Geral da República, bemcomoàformaçãonecessáriaaoseuusoeporte;(…)3-Odireitoprevistonaalíneaa)don.º1podeserexercidomedianteaaquisiçãoatítulopessoalou
requisiçãode armade serviçodirigida aoMinistérioda Justiça, atravésdoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
Observações:A Lei deve distinguir-se entre o direito ao uso porte e manifesto gratuito de
armasdaclasseBeEeapossibilidadedosmagistradosseencontraremautorizadosaousoeportedearmasdeoutrascategorias.
No que diz respeito à classe B, os magistrados podem requisitar armas emuniçõesatítulogratuito,ouseja,adespesapelaaquisiçãocompeteaoEstadoenãoaosmagistrados.
Paraalém,dissotêmdireitoaformaçãoparaasuautilização.Porém, existem outras situações em que os magistrados adquirem armas e
munições a suas expensas, mas encontram-se obrigados a obter e renovarperiodicamentelicenças.
A concessão de licenças para uso e porte de arma é um acto administrativopraticado após a verificaçãodequedeterminado indivíduoé idóneopara utilizar umaarma.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
UmmagistradoéumapessoaidóneaparapossuirumaarmadeoutracategoriadiferentedaB,nãonecessitandoporissodesersubmetidoaumprocessoburocráticoparaoefeito.
ApossedasarmasdaclasseBencontra-sereservadaaumnúmeromuitorestritodepessoas,designadamente,militares,agentesdaspolíciaseforçasdesegurança,bemcomo a magistrados, ao contrário das outras armas que podem ser utilizadas pelageneralidadedoscidadãos.
Aliás,nãodeixadesercaricatoqueosmagistradospossamusararmasdefogodecalibreelevadoenecessitemdelicençaparaadquirirarmasemmadeira(asmatracasintegram-senaclasseF).
Osagentesdaspolíciasnãoseencontramobrigadosàrenovaçãodaslicençasdecaça,aocontráriodosmagistrados,oquenãosecompreende.
Por último, deveria encontrar-se expressamente prevista a possibilidade dosmagistradospoderemterlicençaparautilizaçãodearmasdaclasseE,sendotaisarmasfornecidaspeloEstado,umavezquesetratamdearmasdedefesanãoletais.
Épreferívelqueummagistradoutilizeumaerossolparaneutralizarumagressor,doquerecorraparaoefeitoaumaarmadefogodecalibreelevado.
Na escala de utilizaçãodas armaspor parte da polícia, a utilizaçãodo aerossolsurgeantesdautilizaçãodaarmadefogo,oquesecompreendeporrazõesóbvias.
Os aerossóisdedefesanão carecemde licençaemgrandepartedospaísesdaEuropa e são mesmo o meio de eleição para defesa por parte das senhoras que ostransportamnassuasmalasdemão.
Propostaderedacção:
Artigo111,nº1EMP:a) Aouso,porteemanifestogratuitodearmasdasclasseBeE,deacordocomalegislação
em vigor, e à aquisição das respetivas munições, independentemente de licença ouparticipação, podendo requisitá-las aos serviços do Ministério da Justiça através daProcuradoria-GeraldaRepública,bemcomoàformaçãonecessáriaaoseuusoeporte;(…)
n) Ao uso e porte gratuito de armas das classes C, D e G e à aquisição das respetivasmuniçõesasuasexpensas,independentementedelicençaouparticipação
11.4-Princípiodaauto-suficiênciaestatutáriaOEstatutodoMinistérioPúblicoregulaosdireitosedeveresdosmagistradosdo
MinistérioPúblico.Estedocumentoéalvodenegociaçãocomosindicatorepresentativodaclassee
submetido à apreciação do Procurador-Geral da República e do Conselho Superior doMinistérioPúblico.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Porém, existem várias normas avulsas que limitam especificamente os direitosdosmagistradosenãoconstamdoseuestatuto,nemsãodiscutidasnolocalpróprio.
O EMP deve conter uma norma que preveja que a limitação específica dosdireitosdosmagistradossópoderáconstardestediploma.
Propostaderedacção:
Artigo111º-AAuto-suficiênciaestatutária
1- As incompatibilidades e limitações dos direitos dos magistrados do Ministério Público
encontram-seunicamenteprevistasnaConstituiçãodaRepúblicaPortuguesaenapresenteLei.
11.5-FériasapóslicençaOartigo15.ºdoEstatutodosMagistradosJudiciaisprevêogozodefériasapóso
termodalicençadosmagistradosjudiciais.OEstatutodoMinistérioPúbliconão temnorma similar, peloqueentendemos
quedeveráserconsagradaigualmentenormaidêntica.
12- Regimeremuneratório.O regime remuneratório é uma componente importante num estatuto
socioprofissional.Senãoexistirumregimequecompenseadedicação,aexclusividade,aexigência
técnica,adeslocaçãoparalongedafamílianosprimeirosanosdecarreira,bemcomootrabalho árduo do dia-a-dia dos tribunais, não será possível recrutar e manter osmelhoresjuristas.
Umamagistratura semum regimesocioprofissional atractivoestá condenadaàmediocridadealongoprazo.
Ao longo dos últimos anos temos assistido a uma constante degradação dascondiçõesdosservidorespúblicosemgeraledasmagistraturasemparticular.
O congelamento do índice 100 e das progressões remuneratórias, os “cortes”nosvencimentos,oaumentodosdescontosparaaADSE,semqueatalcorrespondaummelhorserviçodesaúdeeassobretaxasfiscaistêmcondicionadomuitoosrendimentosdosmagistrados.
O princípio do paralelismo das magistraturas é centenário e tem consagraçãoexpressanoartigo96.º,n.º1doEMP.
Verifica-se, na parte remuneratória, uma quebra injustificável do princípio doparalelismodasmagistraturasemváriasnormasqueidentificaremosdeseguida.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
12.1- Normasgeraisrelativasaremuneração
Artigo127.ºEMPDaretribuiçãoesuascomponentes
1- AremuneraçãodosmagistradosdoMinistérioPúblicodeveserajustadaàdignidadedassuasfunçõeseàresponsabilidadedequemasexerce,garantindoascondiçõesdeautonomiadestamagistratura.
2- (…)3- Ascomponentes remuneratóriaselencadasnonúmeroanteriornãopodemser reduzidas, salvoem
situaçõesexcepcionaisetransitórias,semprejuízododispostonon.º1.
Observações:Nãofazsentido“precaver”expressamentequeascomponentesremuneratórias
dosmagistradosdoMinistérioPúblicoemsituaçõesexcepcionaisetransitóriaspossamserreduzidas.Anormaemcausaafigura-se inconstitucionalporviolaçãodoartigo59.ºdaCRP.
As leis laborais consagram o princípio da irredutibilidade da retribuição dequalquertrabalhador–artigo129.º,n.1,alínead)doCódigodoTrabalho.
FarálógicaoEstatutodoMinistérioPúblicopreveravindadeumanova“Troika”?
Propostaderedacção:
Artigo127.ºEMPDaretribuiçãoesuascomponentes
1- (…)2- (…)3- Ascomponentesremuneratóriaselencadasnonúmeroanteriornãopodemserreduzidas.
Artigo130.ºEMPExecuçãodeserviçourgente
O suplemento remuneratório diário devido aos magistrados pelo serviço urgente executado aossábados, nos feriados que recaiam em segunda-feira e no segundo dia feriado, em caso de feriadosconsecutivos,épagonostermosdaleigeral,calculando-seovalordahoranormaldetrabalhocomreferênciaaoíndice100daescalasalarial.
Observações:Qual a razão por que o trabalho suplementar dosmagistrados não é pago da
mesmaformaqueaosrestantestrabalhadores?Otrabalhosuplementardeveráserpagodeacordocomaremuneraçãodequem
aprestaenãoficcionando-searemuneraçãodeummagistradoemregimedeestágio.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Defendemosaeliminaçãodoúltimosegmentodanorma,devendoosuplementoremuneratórioserfeitonostermosdaleigeral,oqueédeelementarjustiça.
Poroutro lado,oartigonãoprevêa realizaçãode trabalhosuplementar,oquemuitasvezessucedeemvirtudedarealizaçãodeinterrogatóriosjudiciaisquepassamdeSábadoparaDomingo.
ÉimportanteigualmenteclarificarqueosmagistradosdoMinistérioPúblicoqueestãodeserviçoaoDomingopor imposiçãohierárquica,designadamenteparaatendertodos os telefonemas e esclarecer todas as dúvidas das polícias, se encontramefectivamenteemserviçodeturno.
Propostaderedacção:
Artigo130.ºEMPExecuçãodeserviçourgente
1-Osuplementoremuneratóriodiáriodevidoaosmagistradospeloserviçourgenteexecutadoaossábados, domingos, nos feriados que recaiam em segunda-feira e no segundo dia feriado, em caso deferiadosconsecutivos,épagonostermosdaleigeral.
2-Considera-secomoexecuçãode serviçourgente,paraefeitos remuneratórios, a inclusãodosmagistrados do Ministério Público em escalas de serviço, por imposição hierárquica, com o fim deassegurar a ligação e a coordenação dos órgãos de polícia criminal durante osDomingos e os feriadosreferidosnon.º1.
12.2- Despesasderepresentação:
Artigo133.ºEMPDespesasderepresentação
1- OProcurador-GeraldaRepúblicatemdireitoaumsubsídiocorrespondentea20%dovencimento,atítulodedespesasderepresentação.
2- O Vice-Procurador-Geral da República, os procuradores-gerais regionais, o director do DCIAP, osdirectores dos departamentos de contencioso do Estado e interesses colectivos e difusos, osdirectoresdosdepartamentosdeinvestigaçãoeacçãopenalregionaleosmagistradosdoMinistérioPúblicocoordenadoresdeprocuradoriasdaRepúblicadecomarcaeadministrativaefiscaltêmdireitoaumsubsídiocorrespondentea10%dovencimento,atítulodedespesasderepresentação.
Artigo27.ºEMJDespesasderepresentação
1- O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o vice-presidente do Conselho Superior daMagistratura, os vice-presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, os presidentes dos tribunais daRelaçãoeospresidentesdos tribunaisde comarca têmdireitoaumvalor correspondentea 20%,oprimeiro,e10%,osdemais,daremuneraçãobase,atítulodedespesasderepresentação.
2- O juiz secretário do Conselho Superior da Magistratura tem direito a despesas de representaçãofixadasnostermosdon.º2doartigo9.ºdaLein.º36/2007,de14deagosto,edoDespachoConjunton.º625/1999,de13dejulho.
3- Os chefes dos gabinetes do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do vice-presidente doConselho Superior da Magistratura têm direito a um valor correspondente a 10% da remuneraçãobase,atítulodedespesasderepresentação.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
4- Os adjuntos dos gabinetes do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do vice- presidente doConselho Superior da Magistratura têm direito a um valor correspondente a 10% da remuneraçãobase,atítulodedespesasderepresentação.
Observações:Não se encontram previstas despesas de representação para o Secretário da
Procuradoria-Geral daRepública, ChefedegabinetedaPGRemembrosdo respectivogabineteaocontráriodoquesucedenoscasosanálogosdamagistraturajudicial.
Por outro lado, face às suas funções, deveria ser ponderada a atribuição dedespesas de representação ao magistrado do Ministério Público que coordena osserviçosdeinspecção.
Propostadealteração:
Artigo133ºEMP
3- O Secretário da Procuradoria-Geral da República, o chefe de gabinete da Procuradora-Geral daRepúblicaemembrosqueocompõemtêmdireitoaumsubsídiocorrespondentea10%dovencimentoatítulodedespesasderepresentação.
12.3- Despesasdemovimentação:
Artigo134.ºEMPDespesasdemovimentação
OsmagistradosdoMinistérioPúblico têmdireitoao reembolso, senãooptarempelo recebimentoadiantado,dasdespesasresultantesdasuadeslocaçãoedoagregadofamiliar,bemcomo,dentrodoslimitesaestabelecerpordespachodosmembrosdogovernoresponsáveispelasáreasdasfinançaseda justiça,dotransporte dos seus bens pessoais, qualquer que seja o meio de transporte utilizado, quando nomeados,promovidos,transferidos,colocadosoureafectados,salvopormotivosdenaturezadisciplinar.
Artigo28.ºEMJ
Despesasdemovimentação1- Osmagistradosjudiciaistêmdireitoaoreembolso,senãooptarempelorecebimentoadiantado,das
despesas resultantes da sua deslocação e do agregado familiar, bem como, dentro dos limites aestabelecer por deliberação do Conselho Superior da Magistratura, do transporte dos seus benspessoais, qualquer que seja o meio de transporte utilizado, quando nomeados, promovidos,transferidosoucolocados,afectadosoureafectados,salvopormotivosdenaturezadisciplinar.
Observações:Asdespesasdemovimentaçãodosmagistradosjudiciaisefectuam-sedentrodos
limitesaestabelecerpordeliberaçãodoConselhoSuperiordaMagistratura.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
PorsuavezasdespesasdemovimentaçãodosmagistradosdoMinistérioPúblicoefectuam-sedentrodos limites a estabelecerpordespachodosmembrosdogovernoresponsáveispelasáreasdasfinançasedajustiça.
NãosepercebequalarazãoporquerelativamenteaumamagistraturadecideoConselhoSuperiordaMagistraturaerelativamenteaoutradecideoGoverno.
ParecequeoGovernoquerdecidir sobreagestãodoMinistérioPúblico,oquenãoéaceitável.
Para mais, não se percebe que na proposta esteja consagrada a autonomiafinanceiraedelanãoseretiremtodasasconsequênciaslógicas.
Devemos olhar com atenção para a redacção do artigo 134.º na sua versãopropostapeloMinistériodaJustiçaantesdaaprovaçãodaPropostadeLei.
Artigo134.º
Despesasdemovimentação(propostaderedacçãoremetidapeloMinistériodaJustiçaaoSMMPparaparecerprévio,antesda
aprovaçãodaPropostadeLei)1 - Os magistrados do Ministério Público têm direito ao reembolso, se não optarem pelo
recebimentoadiantado,dasdespesasresultantesdasuadeslocaçãoedoagregadofamiliar,bemcomo,dentro dos limites a estabelecer por deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, dotransportedosseusbenspessoais,qualquerquesejaomeiodetransporteutilizado,quandonomeados,promovidos,transferidos,colocadosoureafectados,salvopormotivosdenaturezadisciplinar.
Nesta proposta do Ministério da Justiça competia ao Conselho Superior do
MinistérioPúblicoafixaçãodevalores,aocontráriodoprevistonaPropostadeLeiondeseestabelecequetalcompetênciaédoGoverno.
Qualarazãodaalteração?
Propostaderedacção:
Artigo134.ºEMPDespesasdemovimentação
OsmagistradosdoMinistérioPúblico têmdireitoao reembolso, senãooptarempelo recebimentoadiantado,dasdespesasresultantesdasuadeslocaçãoedoagregadofamiliar,bemcomodentrodoslimitesaestabelecerpordeliberaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico,dotransportedosseusbenspessoais,qualquerquesejaomeiodetransporteutilizado,quandonomeados,promovidos,transferidos,colocadosoureafectados,salvopormotivosdenaturezadisciplinar.
12.4- Pagamentodeacumulaçõesesubstituição:
Artigo135.ºEMPExercíciodefunçõesemacumulaçãoesubstituição
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Peloexercíciodefunçõesemregimedeacumulaçãooudesubstituiçãoqueseprolongueporperíodosuperior a 30 dias seguidos ou 90 dias interpolados no mesmo ano judicial, é devida remuneração, emmontanteafixarpelomembrodogovernoresponsávelpelaáreadajustiça.
Artigo29.ºEMJ
ExercíciodefunçõesemacumulaçãoesubstituiçãoPeloexercíciodefunçõesemregimedeacumulaçãooudesubstituiçãoqueseprolongueporperíodo
superior a 30 dias seguidos ou 90 dias interpolados no mesmo ano judicial, é devida remuneração, emmontanteafixarpeloConselhoSuperiordaMagistratura,emfunçãodograudeconcretizaçãodosobjetivosestabelecidosparacadaacumulação,tendocomolimitesumquintoeatotalidadedaremuneraçãodevidaamagistradojudicialcolocadonojuízooutribunalemcausa.
Observações:Não sepercebequal a razãoporque relativamenteaosmagistrados judiciaiso
montante do pagamento pelo exercício de funções em regime de acumulação ou desubstituição será fixado pelo Conselho Superior da Magistratura e no que diz aosmagistrados doMinistério Público será fixado pelo membro do Governo responsávelpelaáreadajustiça.
ParaafixaçãodaremuneraçãoénecessáriodeterminarqualoserviçoadicionalquefoiexercidoenãoéaoGovernoquecompeteapreciarodesempenhofuncionaldosmagistradosdoMinistérioPúblico.
Muito menos se compreende esta redacção se atentarmos no texto que oMinistério da Justiça nos submeteu a parecer em Janeiro do corrente ano e que aquireproduzimos
Artigo135.ºEMP
(propostaderedacçãoremetidapeloMinistériodaJustiçaaoSMMPparaparecerprévio,antesdaaprovaçãodaPropostadeLei)
Exercíciodefunçõesemacumulação
1-Peloexercíciodefunçõesaquealudeoartigo79.º,porperíodosuperiora30diasseguidosou90 dias interpolados, é devida remuneração emmontante a fixar pelo Conselho Superior doMinistérioPúblico.
2 - A remuneração prevista no número anterior é fixada tendo como limites um quinto e atotalidadeda remuneraçãocorrespondenteaoexercíciode funçõesno juízo, tribunaloudepartamentoemcausa,emfunçãodograudeconcretizaçãodosobjetivosestabelecidosparacadaacumulação.
Seobservarmososdoisregimesverificamosqueháalteraçõessensíveisequea
primeiraredacçãoapresentadapeloMinistériodaJustiçaéaquelaqueseencontramaisconsentâneacomoprincípiodaseparaçãodepoderes.
Aredacçãoconstantedapropostaé inaceitável,poispermitiráumaintromissãodoGovernonaactividadedoMinistérioPúblico.
O Governo não pode ficar com o poder em concreto de definir um tipo deremuneraçãodosmagistradosqueévariável.
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
UmanormadestegéneroabreaportaparaoGovernofixarremuneraçõesmaisaltas para os magistrados cuja actuação lhes agrade e inferior para outros, cujaactividadesejaincómodaouembaraçosaparaoexecutivo.
Comoéevidenteaaprovaçãodanormanostermospropostoséextremamenteperigosa,peloqueseimpõeasuaalteração.
Propostaderedacção:
Artigo135.ºEMP
ExercíciodefunçõesemacumulaçãoesubstituiçãoPelo exercício de funções em regime de acumulação ou de substituição que se prolongue por
períodosuperiora30diasseguidosou90diasinterpoladosnomesmoanojudicial,édevidaremuneração,emmontanteafixarpeloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico
12.5- Ajudasdecustoedeslocaçõesnoestrangeiro:Artigo137.ºEMPAjudasdecustoedespesasporoutrasdeslocaçõesnopaíseestrangeiro
1- OsmagistradosdoMinistérioPúblicoemmissãooficial,emrepresentaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicooupornomeaçãodesteórgão,têmdireitoaajudasdecusto,portodososdiasdadeslocaçãonopaís.
2- Quando, nas circunstâncias referidas no número anterior, os magistrados do Ministério Público,devidamenteautorizados,sedesloquememviaturaautomóvelprópriatêmdireitoaopagamentodasrespectivasdespesasdedeslocação.
3- OsmagistradosdoMinistérioPúblicotêmdireitoaajudasdecustoportodososdiasdedeslocaçãoquando,noexercíciodefunçõesouemmissãooficial,sedesloquemaoestrangeiro.
Artigo30.º-CEMJ
Ajudasdecustoedespesasporoutrasdeslocaçõesnopaíseestrangeiro1- Osmagistrados judiciaisemmissãooficial,emrepresentaçãodoConselhoSuperiordaMagistratura
oupornomeaçãodesteórgão,têmdireitoaajudasdecusto,portodososdiasdadeslocaçãonopaís,nostermosfixadosparaosmembrosdoGoverno.
Observações:AocontráriodoqueresultanoEstatutodosMagistradosJudiciais,nãoevolaque
osmagistradosem representaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico tenhamdireitoaajudasdecustonostermosfixadosparaosmembrosdoGoverno.
Propostaderedacção:
Artigo137.ºEMPAjudasdecustoedespesasporoutrasdeslocaçõesnopaíseestrangeiro
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
1- OsmagistradosdoMinistérioPúblicoemmissãooficial,emrepresentaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblicooupornomeaçãodesteórgão,têmdireitoaajudasdecusto,portodososdiasdadeslocaçãonopaís,nostermosfixadosparaosmembrosdoGoverno.
12.6- Progressãoremuneratória:
Artigo138.ºEMPClassificaçãodosmagistradosdoMinistérioPúblico
1- (…)2- (…)3- A classificação de serviço inferior a Bom é impeditiva de progressão em índice superior a 175, por
referênciaaomapaIIanexoaopresenteEstatuto.
Observações:EstanormanãotemparalelonoEstatutodosMagistradosJudiciaiserefere-seà
progressãoporantiguidade.Adimensãodoimpedimentodaprogressãoemfunçãodaantiguidadepodeser
muitosuperioràquelaquepareceresultardomapaIIanexoaopresenteEstatuto,seoMinistério da Justiça entender que ao tempo de antiguidade ali previsto tem de seracrescidootempodecongelamentodascarreiras(superiora9anose4meses).
Propostaderedacção:
Supressãodoartigo138º,nº3doEMP.
12.7- Ajudasdecustonostribunaissuperiores: *
Artigo30.ºEMJAjudasdecustoedespesasdedeslocaçãonoSupremoTribunaldeJustiça
1- Os juízes do SupremoTribunal de Justiça residentes forados concelhosde Lisboa,Oeiras, Cascais,Loures,Sintra,VilaFrancadeXira,Almada,Seixal,Barreiro,AmadoraeOdivelastêmdireitoàajudadecustofixadaparaosmembrosdoGoverno,abonadaporcadadiadesessãodotribunalemqueparticipem.
2- Os juízes conselheiros residentes fora dos concelhos indicados no número anterior, quandodevidamenteautorizados,podem:
a) Deslocar-seemviaturaautomóvelprópriaparaparticipaçãonassessões,tendodireitoaoreembolso das respetivas despesas de deslocação até ao limite do valor dacorrespondentedeslocaçãoemtransportepúblico;
b) Optar por qualquer meio de transporte alternativo, tendo direito ao reembolso dadespesasuportada,desdequenãosuperioràprevistanaalíneaanterior.
3- Aparticipaçãodosjuízesconselheirosemaçõesdeformaçãocontínua,atéaolimitededuasemcadaanojudicial,realizadasforadoconcelhododomicíliorespetivo,confere-lhesdireitoaabonodeajudasdecusto,bemcomo,tratando-sedemagistradoresidentenasregiõesautónomasque
30
PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
se desloque para o efeito ao continente, ao reembolso, se não optar pelo recebimentoantecipado,dasdespesasresultantesdautilizaçãodetransporteaéreo,nostermosdalei.
Artigo30.º-AEMJAjudasdecustoedespesasdedeslocaçãonostribunaisdaRelação
1- Os juízes desembargadores residentes fora dos concelhos da sede dos tribunais da Relação ou, nocaso dos tribunais da Relação de Lisboa e Porto, fora das respetivas áreasmetropolitanas, quandodevidamenteautorizadospodem:
a) Deslocar-seemviaturaautomóvelprópriaparaparticipaçãonassessões, tendodireitoaoreembolsodasrespetivasdespesasdedeslocaçãoatéaolimitedovalordacorrespondentedeslocaçãoemtransportepúblico;
b) Optarporqualquermeiodetransportealternativo,tendodireitoaoreembolsodadespesasuportada,desdequenãosuperioràprevistanaalíneaanterior.
2- Aparticipaçãodosjuízesdesembargadoresemaçõesdeformaçãocontínua,atéaolimitededuasemcadaano judicial, realizadasforadoconcelhododomicíliorespetivo,confere-lhesdireitoaabonodeajudasdecusto,bemcomo,tratando-sedemagistradojudicialresidentenasRegiõesAutónomasquesedesloqueparaoefeitoaocontinente,aoreembolso,senãooptarpelorecebimentoantecipado,dasdespesasresultantesdautilizaçãodetransporteaéreo,nostermosdalei.
Observações:
Não existe qualquer norma paralela para os Procuradores-Gerais Adjuntos que
exercemfunçõesnoSupremoTribunaldeJustiçaenosTribunaisdaRelação.AlgunsmagistradosdoMinistérioPúblicoqueaceitamdesempenharfunçõesno
STJpassamaperderdinheiro,umavezqueauferemomesmosalárioe têmdespesasmaioresquandonãoresidemnaáreametropolitanadeLisboa.
AnecessidadedepernoitaremLisboadurantealgunsdiasporsemana,comosinerentescustos,nãoépaga.Estaseriaumaformademinoraroproblema.
Por outro lado, não se percebe porque são pagas ajudas de custo a título dedeslocação aos Senhores JuízesDesembargadores e não existe norma similar para osProcuradores-GeraisAdjuntosqueexercemfunçõesnessestribunais.
Propostaderedacçãodenovasnormasaintroduzir:
Artigo------ºEMPAjudasdecustoedespesasdedeslocaçãonoSupremoTribunaldeJustiça
1-OsProcuradores-GeraisAdjuntoscolocadosnoSupremoTribunaldeJustiçaenoSupremoTribunalAdministrativo residentes forados concelhosde Lisboa,Oeiras, Cascais, Loures, Sintra, Vila FrancadeXira,Almada, Seixal, Barreiro, Amadora e Odivelas têm direito à ajuda de custo fixada para os membros doGoverno,abonadaporcadadiadesessãodotribunalemqueparticipem.
2-OsProcuradores-GeraisAdjuntoscolocadosnoSupremoTribunaldeJustiçaresidentesforadosconcelhosindicadosnonúmeroanterior,quandodevidamenteautorizados,podem:
a) Deslocar-se em viatura automóvel própria para participação nas sessões, tendo direito aoreembolsodas respetivasdespesasdedeslocaçãoatéao limitedovalorda correspondentedeslocaçãoemtransportepúblico;
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
b) Optar por qualquermeio de transporte alternativo, tendo direito ao reembolso da despesasuportada,desdequenãosuperioràprevistanaalíneaanterior.
3-AparticipaçãodosProcuradores-GeraisAdjuntosemaçõesdeformaçãocontínua,atéaolimitededuas em cada ano judicial, realizadas forado concelhododomicílio respetivo, confere-lhesdireito aabonodeajudasdecusto,bemcomo,tratando-sedemagistradoresidentenasregiõesautónomasquesedesloque para o efeito ao continente, ao reembolso, se não optar pelo recebimento antecipado, dasdespesasresultantesdautilizaçãodetransporteaéreo,nostermosdalei.
Artigo----------EMP
AjudasdecustoedespesasdedeslocaçãonostribunaisdaRelação1-OsProcuradores-GeraisAdjuntoscolocadosnosTribunaisdaRelaçãoresidentesforadosconcelhosdasededostribunaisdaRelaçãoou,nocasodostribunaiscentraisadministrativosoudostribunaisdaRelaçãodeLisboaePorto,foradasrespetivasáreasmetropolitanas,quandodevidamenteautorizadospodem:
b) Deslocar-seemviaturaautomóvelprópriaparaparticipaçãonassessões,tendodireitoaoreembolso das respetivas despesas de deslocação até ao limite do valor dacorrespondentedeslocaçãoemtransportepúblico;
c) Optarporqualquermeiodetransportealternativo,tendodireitoaoreembolsodadespesasuportada,desdequenãosuperioràprevistanaalíneaanterior.
2- AparticipaçãodosProcuradores-GeraisAdjuntosemaçõesdeformaçãocontínua,atéaolimitededuasemcadaanojudicial,realizadasforadoconcelhododomicíliorespetivo,confere-lhesdireitoaabono de ajudas de custo, bem como, tratando-se demagistrado judicial residente nas RegiõesAutónomas que se desloque para o efeito ao continente, ao reembolso, se não optar pelorecebimentoantecipado,dasdespesas resultantesdautilizaçãode transporteaéreo,nos termosdalei.
13- Avaliaçãoeinspecção:
13.1- Escolhadeinspectores:
Artigo41.ºEMP
Composiçãoefuncionamento1- A inspeção do Ministério Público é composta por magistrados do Ministério Público, em número
constantedequadroaprovadopeloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.2- A inspeçãodeve integrar inspetores comexperiência nas várias áreasde intervençãodoMinistério
Público.3- Preferencialmente, as inspeções são realizadas por inspetores que tenham desempenhado funções
efetivasnasáreasdejurisdiçãoinspecionandas.
Observações:No que diz respeito à realização de inspecções, o artigo 41.º, n.º 3 EMP da
proposta dispõe “preferencialmente, as inspeções são realizadas por inspetores quetenhamdesempenhadofunçõesefetivasnamesmajurisdiçãodoinspecionando”.
Qualaimportânciado“preferencialmente”naescolhadoinspector?
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Sugerimos que a expressão seja substituída por “salvo em caso deimpossibilidade”.
Propostaderedacção:
Artigo41.ºEMPComposiçãoefuncionamento
3-Salvo em caso de impossibilidade, as inspeções são realizadas por inspetores que tenhamdesempenhadofunçõesefetivasnasáreasdejurisdiçãoinspecionandas.
13.2- Critériodasclassificações:
Artigo139.ºEMPCritériosdasclassificações
AclassificaçãodeveatenderaomodocomoosmagistradosdoMinistérioPúblicodesempenhamafunção,nomeadamente:
Observações:
Este artigo contempla vários critérios nas suas alíneas a) a k), mas não prevê
norma similar ao artigo 33.º, n.º 1, alíneag), doEstatutodosMagistrados Judiciais, ouseja,capacidadedesimplificaçãodosactosprocessuais;
A capacidade de simplificação dos actos processuais deve ser valorizada emtermosinspectivos.
Noquedizrespeitoaospadrõesinternacionaiséfrequentementeutilizadaasiglainglesakiss(keepitshortandsimple)comosímbolodeboaspráticas
Propostadealteração:
Artigo139.ºEMPCritériosdasclassificações
AclassificaçãodeveatenderaomodocomoosmagistradosdoMinistérioPúblicodesempenhamafunção,nomeadamente:
l)Capacidadedesimplificaçãodosatosprocessuais;
13.3- Inspecçãoextraordinária:
Artigo142.ºEMPPeriodicidade
1- Após a primeira notação a que se refere o n.º 3 do artigo 140.º, os magistrados do MinistérioPúblicosãoclassificadoseminspeçãoordinária:
33
PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
a) Decorridosquatroanos;b) Depoisdoperíodoreferidonaalíneaanterior,decincoemcincoanos.
2- (…).3- (…)4- Pode ser efetuada inspeção extraordinária por iniciativa do Conselho Superior do Ministério
Público, em qualquer altura, ou a requerimento fundamentado dos interessados, desde que aúltimainspeçãotenhaocorridohámaisdecincoanos,ouparaefeitosdepromoção.
Artigo36.ºEMJPeriodicidade
1- Apósaprimeiranotaçãoaqueserefereon.º3doartigo34.º,osjuízesdedireitosãoclassificadoseminspeçãoordinária:
a) Decorridosquatroanos;b) Depoisdoperíodoreferidonaalíneaanterior,decincoemcincoanos;
2- (…)3- Aos juízes de direito pode ser efetuada inspeção extraordinária, por iniciativa do Conselho
SuperiordaMagistratura,emqualqueraltura,ouarequerimentofundamentadodosinteressados,desde que a última inspeção ordinária tenha ocorrido hámais de três anos, ou para efeitos deconcursoaostribunaisdaRelação.
Observações:AsduaspropostasdeLeiestabelecemprazosdiferenciadosparaserequereruma
inspecção extraordinária (última inspecção ordinária tenha ocorrido hámais de cincoanosparamagistradosdoMinistérioPúblicoetrêsparamagistradosjudiciais),peloqueestarealidadedeveseruniformizada.
Propostaderedacção:Artigo142.ºEMPPeriodicidade
(…)4- Pode ser efetuada inspeção extraordinária por iniciativa do Conselho Superior do Ministério
Público, em qualquer altura, ou a requerimento fundamentado dos interessados, desde que aúltimainspeçãotenhaocorridohámaisdetrêsanos,ouparaefeitosdepromoção.
13.4- Prazodeconclusãodainspecção:
Artigo36.ºEMJPeriodicidade
(…)5 -Ainspeçãodeveserconcluídanoprazode90dias.
Observações:
34
PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
EstanormanãotemequivalentenoEMP.Trata-sedeumanormaimportante,sob
penadealgumasinspecçõessepoderemeternizar.
Propostadealteração:
Artigo142.ºEMPPeriodicidade
(…)8-Ainspeçãodeveserconcluídanoprazode90dias.
13.5- GarantiasdosinspectoresdoMinistérioPúblicoPor forma a recrutar os melhores inspectores do Ministério Público é precisoatribuir-lhesalgumasgarantiasparaevitarseremprejudicadosemcolocaçõesfuturas.Por exemplo, o artigo 156.º, n.º 2 do EMP refere que dois dos critérios depreferêncianascolocaçõesnos juízoscentrais,nos tribunaisdecompetência territorialalargadaenostribunaisadministrativosefiscaissãoaexperiêncianaárearespectivaeaformaçãoespecífica.Em virtude das suas funções, os inspectores deveriam ver estes dois factoresreconhecidos,apósumdeterminadoprazodeexercícionoserviçodeinspecção.Com o regime previsto, os inspectores do Ministério Público poderão serprejudicados comparativamente com outros candidatos, pois não lhes é reconhecidaexperiêncianumaárea,nemformaçãoespecíficapelofactodesereminspectores.
14. Modelodecarreiraeprovimentosdelugar:OmodelodecarreiraconstantenapropostadeLeinãocorrespondeàqueleque
foi proposto pelo SMMP e por elementos do grupo de trabalho nomeados peloMinistériodaJustiçaparaarevisãodoEstatutodoMinistérioPúblico.
Acarreiraplanaquedefendemostemporbaseumaevoluçãonacarreiraassentenum duplo factor conjugado, antiguidade e mérito e mantém duas categorias naprimeirainstância.
SómagistradoscomumadeterminadaantiguidadeecomaclassificaçãodeBomcomDistinçãoouMuitoBoméquepoderãoascenderàcategoriaseguinte.
Estetipodecarreirapermiteobterganhosdeespecializaçãoenãodesperdiçaroconhecimentoadquirido.
Neste momento, quem tem uma determinada nota de mérito e antiguidadeconcorreàpromoção.
35
PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Comograndepartedosprocuradores-adjuntos se encontra emDIAP´s, quandoosmesmossãopromovidospassamadesempenharfunçõesnumaáreadiferente.Todoosabereexperiênciaadquiridosnainvestigaçãocriminalperdem-seinevitavelmente.
Osprocuradores-adjuntosmaisantigosequalificadosabandonamtodososanosainvestigaçãocriminalembuscadapromoção.Talsituaçãoéincompreensível,poisestaactividadeéaquelaquetemmaiorvisibilidadesocialeconstituionúcleoessencialdasfunçõesdoMinistérioPúblico.
O modelo de carreira proposto pelo Ministério da Justiça elimina um grauhierárquico na primeira instância; ou seja, doravante passarão a existir somenteProcuradoresdaRepública.
Ajunçãodeduascategoriasnumasóoriginarádiversascomplicaçõesnoquedizrespeito ao provimento dos lugares, harmonização de classificações, valorização dotempodaantiguidadeglobalenacategoria,etc..
DefendemosumapropostasimilaràdogrupodetrabalhoparaarevisãodoEMPqueaquirecordamos.
Propostadealteração:
ArtigoºProgressão
1-AprogressãonascategoriasdoMinistérioPúblicofaz-seporpromoção.2 - Osmagistrados doMinistério Público são promovidos pormérito, sendo ainda relevante o
tempodeserviço,nostermosdoartigoseguinte.
Artigo.ºFormasdeprogressão
1–SãopromovidosaprocuradordaRepúblicaosprocuradores-adjuntoscomaclassificaçãodeMuitobome15anosdeserviçooucomaclassificaçãodeBomcomdistinçãoe18anosdeserviço.
2–Sãopromovidosaprocurador-geraladjuntoosprocuradoresdaRepúblicacomaclassificaçãodeMuitobome30anosdeserviçooucomaclassificaçãodeBomcomdistinçãoe36anosdeserviço.
3–Apromoçãosóproduzefeitosnadatadapublicaçãodomovimentoseguinteàdataemqueseverificaropreenchimentodosrequisitosprevistosnonúmeroprecedente.
Esta solução implica alteração às normas referentes a promoção a Procurador-
Geral Adjunto; à secção I, Capítulo IV; às disposições transitórias e outros artigos dapropostadeLei.
PropostaconstantedapropostadoGoverno:
Omodelodecarreiraquedefendemoséoqueacimareferimos.Noentanto,entendemospronunciar-nos sobrealgumasnormas constantesda
propostadeLei,comvistaaoseuaperfeiçoamentoemelhoramento,casoapropostaqueapresentamosnãovenhaaseraceite.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
15. PromoçãoaProcurador-GeralAdjunto:
Artigo147.ºAcessoaprocurador-geral-adjunto
1- A promoção a procurador-geral-adjunto faz-se por concurso, restrito a procuradores da Repúblicacomclassificaçãodemérito.
2- PordeliberaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico, sãochamadosa concursoodobrodosprocuradores da República face aos lugares a concurso, classificados de Muito bom ou Bom comdistinção,naproporçãodeumBomcomdistinçãoparacadadoisMuitobom,quedetenhammaiorantiguidadenacategoriaenãodeclaremrenunciaràpromoção.
3- Oconcursotemnaturezacurricularecompreendeumaaudiçãopúblicaperanteojúri.4- Agraduaçãofaz-sesegundooméritorelativodosconcorrentes,tomando-seglobalmenteemcontaa
avaliaçãocurricular.5- Aavaliaçãocurricularponderaopercursoprofissionaldomagistradoetememconsideração,entre
outros,osseguintesfactores:a) Aclassificaçãodeserviço;b) OdesempenhodecargosdedirecçãoemórgãosdoMinistérioPúblico;c) Outrosfactoresqueabonemaidoneidadedoconcorrente.
(…)
Observações:OnovoregimedepromoçãoaProcurador-GeralAdjuntosofrealteraçõesmuito
significativas,umavezquepassaatercomobaseumconcursocurricular.Noquedizrespeitoaosfactoresaponderarnaavaliaçãocurricularficamossem
saberbemcomoirãooperar.Oartigo147.º,n. º5,alíneac),dapropostadeixa-noscuriosos,pois ficamossem
saberquaisosfactoresdeidoneidadequesepretendeteremcontaparaestelugar.Poroutrolado,odesempenhodecargosdedirecçãoévaloradoparaefeitosde
subidanacategoria,maspordefiniçãoumProcurador-GeralAdjuntonãoocupacargosdedirecção,massimexercefunçõesjuntodeumtribunalsuperior.
AlgunsdosmelhoresprocuradoresdaRepúblicaqueexercemfunçõesemjuízoscentraisouespecializados,emDIAP´sounoDCIAP,nãoexercemoununcaexerceramcargosdedirecção.
Acresce que, de acordo com a actual proposta, grande parte dos cargos dedirecçãoresultamdeumaconfiançapessoalqueestáconcebidaemcascata.
Destaforma,alguémquesejapreferidoporrazõesdeconfiançapessoalparaodesempenho do cargo poderá posteriormente ser beneficiado no momento dapromoção.
A última questão prende-se com a determinação dos cargos de direcçãorelevantes.Aolongodasúltimasdécadasoscargosdedirecçãoalteraram-se,peloqueimportasaberquaisosquerelevam.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
16. Perdaderequisitos:
Artigo152.ºPrincípiosgeraisdecolocação
(…)5- Os procuradores da República que percam os requisitos de colocação exigidos para o lugar onde
exercem funções são de novo inspeccionados no prazomáximo de dois anos a contar da data daatribuiçãodessaclassificaçãopeloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
6- Na situação prevista no número anterior, se a nova inspecção atribuir, de novo, aomagistrado doMinistério Público classificação determinante da perda dos requisitos exigidos para o lugar ondeexercefunções,esteéobrigadoaconcorrernomovimentoseguinte.
Observações:Aperda de requisitos dosmagistrados que se encontram colocados nos juízos
centrais, nos juízos de instrução criminal, de família e menores, do trabalho, docomércio,deexecução,nostribunaisdecompetênciaterritorialalargada,nostribunaisadministrativos de círculo e nos tribunais tributários e nos tribunais administrativos efiscaiséumpontoextremamentenegativodestapropostadeLei.
Nesteslugaresencontram-secolocadosalgumascentenasdemagistrados.A perda de requisitos como resultado de uma classificação em que não seja
atribuída uma classificação de mérito a um magistrado implica a realização de novainspecção no prazo de dois anos e eventual perda do lugar, o que implica que omagistradoterádeconcorrerparaoutrolocal.
A estabilidade dos lugares, incluindo a de magistrados que foram colocadoscomoefectivosé colocadaemcausade formaclara,ocorrendoapossibilidadede serdeslocadoparamuitolongedecasaedolocaldeefectivoaqueacedeupordireito.
Édesalientarquenestescasosomagistradopoderáinclusivamentesercolocadoemjuízoslocaisdecompetênciagenérica,regrageraljuízossituadosnointeriorouilhas.
Apartir de agoranãoháqualquergarantiade lugar, poisomesmopoderá serperdidoatodootempo,independentementedeserefectivoounão.
Arealizaçãodenova inspecçãonoprazode2anosaparececomoumagarantiadesalvaguarda,masnapráticanãooferecegrandesegurança.
Se um magistrado tem de ser inspeccionado no prazo até 2 anos, desde aatribuição da classificação por parte do Conselho Superior do Ministério Público, talsignifica que o novo período inspectivo avaliado será muito curto e não permitirárectificarumamánotaanterior.
Caso ummagistrado não tenha classificação demérito devido a ter processosatrasados, se uma nova inspecção ocorrer passado poucos meses não é possívelrectificarasituação.
Éprecisoclarificaromomentoapartirdoqualseiniciaacontagemdoprazoparaarealizaçãodanovainspecção.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
A expressão “atribuição da classificação pelo Conselho Superior do MinistérioPúblico”podedarlugaramuitasinterpretações.
A classificação domagistrado tanto pode ser atribuída na secção classificativa,comoatravésdedeliberaçãonoplenário,nasequênciada reclamaçãodaclassificaçãoatribuídapelasecçãomencionada.
NãosepodemaindaexcluiroscasosemqueomagistradonãoseconformacomaclassificaçãoeimpugnaadecisãoparaoSupremoTribunalAdministrativo.
Nonossoentendimento,nenhummagistradopoderávoltaraser inspeccionadosemqueasuanotaestejadevidamentehomologada.
Sóapósomomentoemqueaclassificaçãoseencontradefinitivamentefixadaéqueamesmapoderáprovocarefeitos.
Por último, caso não se elimine a perda de requisitos para a generalidade dosmagistrados, pelo menos deveriam salvaguardar-se as situações em que os actuaisProcuradoresdaRepúblicaseencontram.
Neste momento é possível aos Procuradores da República serem promovidoscomaclassificaçãodeBom,desdequetenhamumaantiguidadeelevada.
Em virtude do actual EMP, alguns Procuradores da República aceitaram serpromovidos.
Colocar em causa lugares demagistradosque forampreenchidos combasenalegislaçãovigente,algunsdelesatécomoefectivos,daráorigemalitígiosjudiciais.
A forma como o artigo se encontra formulado é inexequível relativamente aProcuradoresdaRepúblicaqueacederamaumlugarcomanotadeBomeofizeramhámaisdedoisanos.
Propostadealteração1:Supressãodosn.º5en.º6doartigo152ºdoEMP
Propostadealteração2:Caso não seja aceite a proposta 1, pelo menos devem salvaguardar-se as
situaçõesexistentes,porformaaevitarumagrandeinstabilidadedoslugares.
Artigo284.ºNormatransitória
(…)5-NomomentodaentradaemvigordoEMP,oartigo 152º,nºs5e6doEMPnãoseaplicaaos
actuais Procuradores da República que se encontrem colocados em lugares que exijam requisitos decolocação.
17. Provimento nos juízos centrais, especializados e de competênciaterritorialalargada
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Artigo156.ºEMPProvimentonos juízos centrais, nos tribunaisde competência territorial alargadaenos tribunais
administrativosefiscais1- Oprovimentodoslugaresnosjuízoscentrais,nosjuízosdeinstruçãocriminal,defamíliaemenores,
do trabalho, do comércio, de execução, nos tribunais de competência territorial alargada, nostribunaisadministrativosdecírculo,nostribunaistributáriosenostribunaisadministrativosefiscaisefectua-sedeentreprocuradoresdaRepúblicacomclassificaçãodeméritoe,pelomenos,10anosdeserviço.
2- Paraopreenchimentodoslugaresreferidosnonúmeroanteriorconstituemfactoresdepreferência,porordemdecrescente,ocurrículoprofissionalaferidopelasclassificaçõesdeserviço,aexperiêncianaárearespectivaeaformaçãoespecífica.
3- Para a aferição da experiência ter-se-á em consideração a anterior prestação de funções na áreaespecializadaemcausa.
4- A formação específica implica a aprovação em cursos especializados a promover pelo Centro deEstudosJudiciários.
5- O provimento dos lugares referidos no n.º 1 de magistrados sem experiência prévia ou formaçãoespecíficapodeimplicarafrequência,apósacolocação,deformaçãocomplementar.
6- O Conselho Superior do Ministério Público deve atribuir relevância a outros tipos de formaçãoespecializada.
Observações:Este artigo evidencia alguns problemas de exequibilidade prática que importa
salientar.Conformerefereoartigo156.º,n.º2,daproposta,oprovimentodoslugaresfaz-
seporordemdecrescente,sendooprimeirofactorocurrículoprofissionalaferidopelasclassificaçõesdeserviço.
É impraticáveloConselhoSuperiordoMinistérioPúblicoapreciarecomparar,casoacaso,oconcursoparacadalugarrelativamenteaoslugaresmencionados.
Emalguns casospodemexistir algumascentenasde lugaresa concurso,oquedificultaumaanálisecurricularpersonalizada.
Comoformadesimplificaroconcurso,sugerimosqueseelimineestesegmentoesesubstituapelaclassificaçãodeserviçoactualizada.
Aaferiçãodosmelhoresmagistradosparaoexercíciodolugarafere-sepeloseudesempenhomaisrecente.
No entanto, mesmo esta solução mais simples poderá acarretar problemasatenta a disparidade entre as classificações actuais dos Procuradores-Adjuntos e asclassificaçõesdosProcuradoresdaRepública.
Atransiçãodaactualparaanovacarreiraprovocaráinjustiçasqueomodelopornóspropostonãoimplicaria.
Osegundocritérioquesesegueaesteéaexperiêncianaárearespectiva.O artigo 156.º, n.º 3 EMP refere que se tem em conta a experiência na área
respectiva,masnãoéclaro.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Quererá tal critério significar que quem tiver, por exemplo, 15 anos deexperiência numa área terá preferência na colocação relativamente a quem tiverexercido14anosnamesmaárea?
Aaferiçãodonúmerodeanosdeserviçoemcadaáreanãoseafiguramuitofácilparaefeitosdeconcurso.
Não existem listagens que contabilizem o serviço que os magistradosdesempenharamemcadaárea,massomenteumalistageraldeantiguidade.
Um concurso nestes moldes obrigaria à criação de outro tipo de lista deantiguidade (poráreas), atéaqui inexistenteequenão seencontraprevistanaactualpropostadeLei.
Seráquesepretendedarrelevânciaaquemexerceufunçõesnumadeterminadaárea durante um certo número de anos, como sucede actualmente com o RECOFE(processodereconhecimentodeexercícioemfunçõesespecializadas),cujosresultadosnãotêmsidomuitopositivos?
OscritériosdevemestarclarosnoEMP,oquenãosucede.OterceirocritérioresultadaformaçãoespecíficaemcursosnoCentrodeEstudos
Judiciários(156.º,n.º4daproposta).Este critério poderá adquirir uma importância acrescida porquantomuitos dos
candidatosaoslugares(actuaisprocuradores-adjuntos)nãotiveramaindaahipótesedetrabalhar nas jurisdições especializadas porquanto se tratam de cargos reservadosactualmente a Procuradores da República (Família e Menores, Trabalho, Comércio,Execuções,AdministrativoeFiscal).
Na prática, no que diz respeito amuitos lugares, este critério surgirá logo emsegundolugar.
Atenta esta realidade, e para maximizar a possibilidade de ascenderremuneratoriamentecomacolocaçãoemjuízosespecializados,osactuaisprocuradores“correrão” a inscrever-se em cursos que lhe permitam beneficiar de uma formaçãoespecializada.
Esta “corrida” aos cursos terá como consequência o desvio do foco dosmagistradosdasuafunçãoessencial,i.e.,otrabalhonostribunais.
O SMMP desde sempre valorizou a formação, mas o regime que se pretendeimplementarpoderáprovocarproblemasdefuncionamentonanossamagistratura,pelomenosacurtoprazo.
Se a mensagem que se passa é que a obtenção de curso especializado édeterminante para ascender na carreira, iremos direccionar os magistrados para afrequênciadecursosenãoparaseempenharemnolocalondedesempenhamfunções.
Jávimosprevisõessimilarescomresultadosmuitonegativos.Seriapreferívelquehouvesseumaformaçãoespecíficaparaanovaáreadepois
domagistradoconhecerasuacolocaçãoenãofuncionarcomoumfactordepreferênciaconcursal.
Aeconomiaearacionalizaçãoderecursossãoaquipordemaisevidentes.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Porúltimo,háadestacarqueoartigo156.º,n.º4doEMPdispõeque“aformaçãoespecíficaimplicaaaprovaçãoemcursosespecializadosapromoverpeloCentrodeEstudosJudiciários.”
Este artigoprevêumautêntico regresso à escola emque já se fala submeter aexamemagistradosexperientes.Para além disso, como condição prévia para o exame, há quem entenda quedeveriaserministradoumlongocurso,oqueéincomportávelparaosmagistradosquevivamforadaáreametropolitanadeLisboa.
18. ProvimentodosdirigentesdosDIAP´s
Artigo157.ºProvimentodosdirigentesdesecçõesdeDIAPedeProcuradorias
1- OprovimentodolugardeprocuradordirigentedeprocuradoriaedesecçãonosDIAPefectua-sedeentreprocuradoresdaRepúblicacomclassificaçãodeméritoe,pelomenos,10anosdeserviço.
2- Paraopreenchimentodoslugaresreferidosnonúmeroanteriorconstituemfactoresdepreferência,porordemdecrescente,ocurrículoprofissionalaferidopelasclassificaçõesdeserviçoeaexperiêncianaárearespectiva.
Observações:Noquedizrespeitoàaferiçãodocurrículoprofissionalsegundoasclassificações
de serviço, reiteramos o que já dissemos relativamente ao provimento nos juízoscentrais,especializadosedecompetênciaterritorialalargada.
Para efeitos de realização de movimento é extremamente difícil fazer umaapreciação,lugaralugardocurrículoprofissionalaferidopelasclassificaçõesdeserviço.
Aformulaçãodesteartigoconjuntamentecomoscritériosdepreenchimentodoslugares mencionados tornará extremamente difícil a realização do movimento demagistradoseagestãodosquadrosdoMinistérioPúblico.
Artigo158.º
ProvimentododirectordosDIAP1- O provimento do lugar de director dos DIAP efectua-se de entre procuradores-gerais-adjuntos ou
procuradoresdaRepúblicaqueexerçamfunçõesnacomarca,estescomclassificaçãodeméritoepelomenos15anosdeserviço,nomeadospeloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico,sobpropostadomagistradocoordenadordacomarca.
2- As funçõesprevistasnonúmeroanterior sãoexercidas emcomissãode serviçoporumperíododetrêsanos,renovávelporduasvezes.
3- OdirectordeDIAPpodefrequentarocursodeformaçãoreferidonoartigo97.ºdaLeidaOrganizaçãodoSistemaJudiciário.
Observações:
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
O universo de escolha do director do DIAP limita-se aos Procuradores-geraisadjuntosouprocuradoresdarepúblicacolocadosnacomarcaondesesituaoDIAP,ouseja,trata-sedeumuniversomuitolimitado.
Qual a razão por que ummagistrado commuita experiência numDIAP não sepodecandidataraDirectordeumDIAPnoutracomarca?
Por outro lado, o Director do DIAP da comarca é proposto pelo magistradocoordenadordacomarca,ouseja,existeumavinculaçãoentreambos.
Porquê a nomeação do director do DIAP tem de obedecer a uma lógica depropostapessoaldoprocuradorcoordenadordecomarca?
Amelhor formadeescolherodirectordeumDIAPpassapela aberturadeumconcursoamplo.
EmalgunsDIAP´s,comoodeLisboaePorto,osdirectoresgeremumnúmerodemagistradossuperioraodemuitascomarcas.
Ora, o cargo de Procurador-Coordenador de comarca é escolhido através deconcurso,ouseja,umaformamaisexigentedoqueaprevistaparaDirectordeDIAP.
Há que harmonizar os regimes e privilegiar o concurso republicano emdetrimentodecritériosdeconfiançapessoalquesópotenciamo“amiguismo”.
Propostadealteração:
Artigo158.º
ProvimentododirectordosDIAP1-Oprovimentodo lugardedirectordosDIAPefectua-sedeentreprocuradores-gerais-adjuntosouprocuradoresdaRepública,estescomclassificaçãodeméritoepelomenos15anosdeserviço,nomeadospeloConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
19. Comissõesdeserviço:
19.1- Comissão de serviço do Magistrado do Ministério PúblicoCoordenadordecomarca:
Noquediz respeito à comissãode serviçodoMagistradodoMinistérioPúblicoCoordenador da Comarca também existem algumas observações quegostaríamosdeefectuar.
Artigo161.ºEMPMagistradodoMinistérioPúblicocoordenadordacomarca
1-OprovimentodoslugaresdeMagistradodoMinistérioPúblicocoordenadoresdacomarcaefetua-sedeentremagistradosqueexerçamfunçõesefetivascomoprocurador-geral-adjuntoouprocuradordaRepública,estescom,pelomenos,15anosdeserviçoeclassificaçãodeMuitobom,pordeliberaçãodoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico,apósapreciaçãocurriculardosinteressados.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
2- As funções previstas no número anterior são exercidas em comissão de serviço de três anos,renovável por igual período, podendo ser excecionalmente renovada por novo período de igualduração.
Observaçõesepropostadealteração:Nonossoentendimentodeverásereliminadooúltimosegmentodoartigo161.º,n.º2.A única hipóteseque vemospara uma renovação excepcional passa pelo facto denãoexistiroutrocandidatoparaacomarcaemcausa.É importante limitaraspossibilidadesexcepcionais,poissabemosquemuitasvezessetransformamemregra.Poroutro lado,entendemosquesedeveráabrirapossibilidadedeprocuradoresdaRepúblicacommaisde15anosenotadeBomcomDistinçãopoderemconcorrer.Onúmerodecandidatosaestecargotemsidomuitoreduzidofaceàsnecessidadesexistentes,peloqueconvémalargarabasedeselecção.
19.2- Autorizaçãodascomissõesdeserviço:
Artigo177.ºEMPCompetência,naturezaepressupostos
1- Anomeação,autorizaçãoerenovaçãodecomissõesdeserviçodemagistradosdoMinistérioPúblicocompeteaoConselhoSuperiordoMinistérioPúblico.
2- Ascomissõesdeserviçosãoconsideradasinternasouexternas,conformerespeitemounãoafunçõesdoMinistérioPúblicaouequiparadas,nostermosdoartigo95.º.
3- A autorização de nomeação para comissões de serviço externas só pode ser concedida se existircompatibilidade entreo cargodomagistrado e a categoria funcional do lugar a prover, desdequeesse lugar tenha forte conexão com a área da justiça, da sua administração ou com áreas deintervenção do Ministério Público, ou quando o seu desempenho por magistrado do MinistérioPúblicosemostreparticularmenterelevanteparaaprossecuçãodosuperiorinteressepúblico.
4- A autorização para as comissões de serviço a que se refere o n.º 2 só é concedida relativamente amagistradosquetenham,pelomenos,cincoanosdeexercíciodamagistratura,enadecisãodeveserponderadoointeressedoserviço.
5- Não são autorizadas nomeações em comissão de serviço externas relativamente amagistrados doMinistério Público que já tenham anteriormente exercido funções nesse regime, sem que estespermaneçamnoexercíciodefunçõesnamagistraturadoMinistérioPúblico,pelomenos,porperíododetempo igualaodacomissãodeserviçoanteriormenteexercida,salvorelevantee fundamentadointeressepúblico.
Artigo178.ºEMPPrazoseefeitos
1- Nafaltadedisposiçãoespecial,ascomissõesdeserviçotêmaduraçãodetrêsanosesãorenováveis.2- Ascomissõesdeserviçoexternaseascomissõesdeserviçointernasrespeitantesàsfunçõesprevistas
nasalíneasb)af)don.º2doartigo95.ºsópodemserrenovadasumavez,porigualperíododetrêsanos.
3- Excetuam-se do disposto no número anterior as situações em que se verifiquem motivos deexcecional interessepúblico,casoemquepodeserautorizadanovarenovação,porumperíodoatétrêsanos.
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Observações:Da análise das normas resulta que existem regras gerais (com as quais
concordamos), mas que facilmente podem ser afastadas por excepcional interessepúblico.
Oartigo177.º,n.º3EMPprevêqueaautorizaçãodenomeaçãoparacomissõesdeserviço externas só pode ser concedida se existir compatibilidade entre o cargo domagistradoeacategoriafuncionaldolugaraprover,desdequeesselugartenhaforteconexãocomaáreada justiça,da suaadministraçãoou comáreasde intervençãodoMinistérioPúblico,ouquandooseudesempenhopormagistradodoMinistérioPúblicosemostreparticularmenterelevanteparaaprossecuçãodosuperiorinteressepúblico.
Esta norma prevê várias situações perfeitamente justificáveis para que sejaconcedidaumacomissãodeserviçoexterna.
No entanto, ao estabelecer quemesmo que a comissão de serviço não tenhaligaçãocomaJustiçaéadmissívelaquelaporrazõesdeprossecuçãodoserviçopúblicoabre-seaportaaumaimensidãodesituaçõesondecabepraticamentetudo.
Comosabemososuperiorinteressepúblicopermitejustificartodasascomissõesdeserviço.
Há que limitar as comissões de serviço externas às situações conexas com aadministração da Justiça e não permitir alçapões que permitam comissões de serviçopoucojustificáveis.
Por último, pensamos que deveria existir um limite temporal para todas asfunçõesequiparadasaoexercíciodefunçõesdoMinistérioPúblico,oquenãosucedenaproposta.
20. Jubilação:
20.1- Consequênciasdaalteraçãodoregimedajubilação:A alteração do regime da jubilação poderá levar a quemuitosmagistrados do
MinistérioPúblicodeixemafunção.A saída de um número elevado de magistrados num curto período de tempo
poderáagravaraindamaisodéficedeprocuradoresqueexiste,oquepoderáafectaracapacidadederespostadoMinistérioPúblico.
É importante consagrar a possibilidade dos procuradores que reúnam ascondições para a jubilação antes da entrada em vigor do novo Estatuto possamcontinuaraexercerfunçõessemseremprejudicados.
Casocontrárioiráempurrar-sealgumasdezenasdemagistradosparaajubilaçãocomprejuízoparaoMinistérioPúblicoe,também,paraaCaixaGeraldeAposentações.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Propostadealteraçãodanormatransitóriareferenteaestamatéria:
Artigo284.ºEMPNormatransitória
1- (…)2- (…)3- (…)4- Odispostonon.º4doartigo189.ºapenasseaplicaaosmagistradosdoMinistérioPúblicoquereúnam
ospressupostosparaadquiriracondiçãodejubiladosapósaentradaemvigordopresenteEstatuto.
20.2- Direitosdosjubilados:
Artigo189.ºEMPJubilação
1- Consideram-se jubiladososmagistradosdoMinistérioPúblicoque seaposentemou reformem,pormotivosnãodisciplinares,comaidadeeotempodeserviçoprevistosnomapaIVanexoaopresenteEstatuto, do qual faz parte integrante, e desde que contem, pelo menos, 25 anos de serviço namagistratura,dosquaisosúltimos cinco tenhamsidoprestados ininterruptamentenoperíodoqueantecedeua jubilação,exceto seoperíodode interrupção formotivadopor razõesde saúdeou sedecorrerdoexercíciodefunçõespúblicasemergentesdecomissãodeserviço.
2- Os magistrados jubilados continuam vinculados aos deveres estatutários e ligados ao tribunal ouserviçodequefaziamparte,gozamdostítulos,honras,direitoseimunidadescorrespondentesàsuacategoria e podem assistir de trajo profissional às cerimónias solenes que se realizem no referidotribunalouserviço,tomandolugaràdireitadosmagistradosemserviçoativo.
3- Aosmagistradosjubiladoséaplicávelodispostonasalíneasa),d),g)ei)don.º1enon.º2doartigo111.º,non.º5doartigo128.ºenon.º2doartigo129.º.
Artigo64.ºEMJJubilação
1- Consideram-se jubiladososmagistrados judiciais que se aposentemou reformem,pormotivosnãodisciplinares, com a idade e o tempo de serviço previstos no anexo II da presente lei e desde quecontem, pelo menos, 25 anos de serviço na magistratura, dos quais os últimos 5 tenham sidoprestados ininterruptamente no período que antecedeu a jubilação, exceto se o período deinterrupção for motivado por razões de saúde ou se decorrer do exercício de funções públicasemergentesdecomissãodeserviço.
2- Osmagistradosjubiladoscontinuamvinculadosaosdeveresestatutárioseligadosaotribunaldequefaziam parte, gozam dos títulos, honras, direitos especiais e garantias correspondentes à suacategoria e podem assistir de traje profissional às cerimónias solenes que se realizem no referidotribunal,tomandolugaràdireitadosmagistradosemserviçoativo.
3- Aosmagistradosjubiladoséaplicávelodispostonasalíneasa)ag)don.º1enon.º4doartigo17.ºenon.º2doartigo26.º-A.
Observações:Secompararmosoartigo64.º,n.º3dapropostadeLeiquevisaalteraroEstatuto
dosMagistradosJudiciaiseoartigo189.º,n.º3dapropostadeLeidestinadaaalteraro
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EstatutodosMagistradosdoMinistérioPúblicoverificamosqueosmagistradosjudiciaisapósa jubilaçãomantêmmaisdireitosdoqueosmagistradosdoMinistérioPúblico,oquenãosepercebe.
É difícil de compreender porque é que um magistrado do Ministério Públicojubiladodeixadepodersolicitarvigilânciaespecialdasuapessoa,famíliaebensporseencontrarjubilado.Noartigo189.º,n.º3doEMPnãoaplicaaalíneah),don.º1doartigo111.ºdoEMPaosmagistradosdoMinistérioPúblicojubilados.
Osprocuradoresquedirijaminvestigaçõescontragruposviolentos,terroristasoualtamenteorganizadospodemcarecerdesegurançaatéaofinaldasuavida.
O Estado não pode abandonar os procuradores à sua sorte depois de sejubilarem,designadamenteemquestõesdesegurança.
Transcrevemosaalíneah),donº1doartigo111.ºdoEMPparamelhorpercepção:“(...) À vigilância especial da sua pessoa, família e bens, a requisitar pelo Conselho
SuperiordoMinistérioPúblicooupeloprocurador-geralregional,pordelegaçãodaquele,ou,emcaso de urgência, pelo próprio magistrado, ao comando da força policial da área da suaresidência,semprequeponderosasrazõesdesegurançaoexijam;
Propostadealteração:Contemplar os mesmos direitos para os magistrados judiciais e do Ministério
Públiconoartigo189.º,n.º3doEMP.Por outro lado, deve equacionar-se a possibilidade dos magistrados jubilados
poderem votar nas eleições para o Conselho Superior doMinistério Público, uma vezque também podem ser destinatários de algumas decisões ali produzidas, fazendo acorrespondente adaptação ao artigo 24.º, n.º 1, que deve passar a ter a seguinteredacção:
Artigo24.ºdoEMpCapacidadeeleitoralactivaepassiva
1–Sãoeleitoresosmagistradospertencentesacadacategoriaemexercícioefetivode funçõesnoMinistérioPúblico,bemcomoosqueexercemasfunçõesreferidasnon.º2doartigo95.º,naáreadorespetivocolégioeleitoraleosmagistradosjubilados.
21. ProcessoDisciplinar:
21.1- Infracçãodisciplinar como consequência de violaçãode deveresestatutários:
Artigo204.ºEMPInfraçãodisciplinar
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Constituem infração disciplinar os factos, ainda que meramente culposos, praticados pelosmagistradosdoMinistérioPúblicocomviolaçãodosdeveresconsagradosnaleienopresenteEstatuto,bemcomoos atosouomissõesda sua vidapública, ouquenela se repercutam, incompatíveis comadignidadeindispensávelaoexercíciodassuasfunções
Artigo212.ºEMP
ClassificaçãodasinfraçõesAs infraçõesdisciplinares cometidaspelosmagistradosdoMinistérioPúblicono exercíciodas suas
funções, ou com repercussão nas mesmas, e que correspondam à violação de deveres previstos nesteEstatuto,assumemacategoriademuitograves,graveseleves,emfunçãodascircunstânciasdecadacaso.
Observaçõesepropostadealteração:Oartigo204.ºdoEMPreporta-seaviolaçãodedeveresconsagradosnaLeieno
EstatutodoMinistérioPúblico.Porsuavezsóexisteminfracçõesdisciplinaresquecorrespondamàviolaçãode
deveresprevistosnoEMP.Trata-sedeincongruênciaquedeverásercorrigidanoartigo204.º,suprimindo-se
apalavra lei.Aliás,oartigo82.ºdoEMJapresentaumaredacçãoprecisamentenessestermos, sendocertoqueéaquelaquemais seadequaaoprincípiodaauto-suficiênciaestatutária.
21.2- Caducidadedodireitodeinstaurarprocedimentodisciplinar:
Artigo208.ºEMPCaducidadedodireitodeinstaurarprocedimentodisciplinar
1- O direito de instaurar procedimento disciplinar caduca passado um ano sobre a data em que ainfraçãotenhasidocometida.
2- Caducaigualmentequando,conhecidaainfraçãopeloplenáriooupelasecçãodisciplinardoConselhoSuperior do Ministério Público, reunidos colegialmente, não seja instaurado o competenteprocedimentodisciplinarouinquéritonoprazode60dias.
Artigo83.º-BEMJ
Caducidadedoprocedimentodisciplinar1- O direito de instaurar procedimento disciplinar caduca passado um ano sobre a data em que a
infraçãotenhasidocometida.2- Caduca igualmente quando, conhecida a infração pelo plenário ou pelo conselho permanente do
Conselho Superior da Magistratura através da sua secção disciplinar, não seja instaurado ocompetenteprocedimentodisciplinarnoprazode60dias.
Observações: O regime tem uma diferença essencial, pois, no que diz respeito aoMinistérioPúblico,exige-seareuniãocolegial.TodososmembrosdoCSMPoudasecçãodisciplinar
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
do CSMP podem ter conhecimento da infracção por escrito, mas enquanto não sereunirem o prazo não começa a contar, ao contrário do regime previsto para osmagistradosjudiciais.Propostaderedacção:
Artigo208.ºEMPCaducidadedodireitodeinstaurarprocedimentodisciplinar
1- (…)2- Caduca igualmente quando, conhecida a infração pelo plenário ou pela secção disciplinar do
Conselho Superior do Ministério Público não seja instaurado o competente procedimentodisciplinarouinquéritonoprazode60dias.
21.3- Atenuaçãoespecialdasançãodisciplinar:
Artigo219.ºEMPAtenuaçãoespecialdasançãodisciplinar
A sanção disciplinar pode ser especialmente atenuada, aplicando-se a sanção de escalão inferior, quandoexistam circunstâncias anteriores ou posteriores à infração, ou contemporâneas dela, que diminuamacentuadamenteagravidadedofactoouaculpadoarguido,nomeadamente:
a) Oexercíciodefunções,pormaisde10anos,semquehajasidocometidaqualqueroutrainfração;
Artigo85.ºEMJAtenuaçãoespecialdasançãodisciplinar
A sanção disciplinar pode ser especialmente atenuada, aplicando-se a sanção de escalão inferior, quandoexistam circunstâncias anteriores ou posteriores à infração, ou contemporâneas dela, que diminuamacentuadamenteagravidadedofactoouaculpadoarguido,nomeadamente:
a) O exercício de funções, pormais de 10 anos, sem que haja sido cometida qualquer outra infraçãograveoumuitograve;
Observações:AatenuaçãoespecialdassançõesdisciplinaresparaosmagistradosdoMinistérioPúblico temumâmbitodiferentedaquelaque éprevista noEstatutodosMagistradosJudiciais.Neste último documento, só relevam as infracções graves ou muito graves aocontráriodoprevistonoEMPonde,paraalémdestas,tambémrelevamasfaltasleves.Háquefazeraadequaçãodestanormaemvirtudedoprincípiodoparalelismo.Poroutro lado,deveconsagrar-se igualmentequeaconfissãodeveserumadascircunstâncias atenuantes, bem como os casos em que o Magistrado do MinistérioPúblicoactuanocumprimentodeordemilegaldoseusuperiorhierárquico.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Propostaderedacção:Artigo219ºEMPa)Oexercíciodefunções,pormaisde10anos,semquehajasidocometidaqualqueroutrainfracçãograveoumuitograve;b)Aconfissãoespontâneadainfracção;c)(…)d)(…)e)Oacatamentobem-intencionadodeordemou instruçãode superiorhierárquico,noscasosemquenãofossedevidaobediência.
21.4- Circunstânciasagravantesespeciais:
Artigo220.ºEMPCircunstânciasagravantesespeciais
Sãocircunstânciasagravantesdainfraçãodisciplinar,designadamenteasseguintes:a) Avontadedeterminadadeproduzirresultadosprejudiciaisparaosistemadejustiça;b) Areincidência.
Observações:As circunstânciasagravantesdevemser taxativasenãoexemplificativas.Numa
matéria que tem sérias repercussões disciplinares não se pode deixar ao intérprete aidentificaçãodecircunstânciasagravantes,poisasmesmaspoderãovariardecasoparacaso.
Propostaderedacção:
Artigo220.ºEMP
CircunstânciasagravantesespeciaisSãocircunstânciasagravantesdainfraçãodisciplinarasseguintes:
a) Avontadedeterminadadeproduzirresultadosprejudiciaisparaosistemadejustiça;b) Areincidência.
21.5- Penadeadvertência
Artigo233.ºEMPdaPropostadeLeiAdvertência
Aadvertênciaéaplicávelainfraçõesleves.
Actualartigo180ºdoEMPAdvertência
Aadvertênciaéaplicávelainfracçõeslevesquenãodevampassarsemreparo.
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Observaçõesepropostaderedacçã0:
Entendemosquearedacçãoactualsedeverámanter.Aaplicaçãodepenasdisciplinaresdeverespeitaroprincípiodanecessidade.Se
nãohánecessidadedereparo,nãosejustificaaaplicaçãodesanção.
21.6- Apensaçãodeprocedimentosdisciplinares:
Artigo246.ºEMPApensaçãodeprocedimentosdisciplinares
1 - Para todas as infracções cometidas e ainda não sancionadas pode ser instaurado um únicoprocedimento.
2 - Tendo sido instauradosdiversosprocedimentos,pode serdeterminadaa suaapensaçãoàquelequeprimeirotenhasidoinstaurado.
Observações:Seguindo a mesma lógica do processo penal, a norma deve ser de carácter
obrigatório.
Propostaderedacção:Artigo246.ºEMPApensaçãodeprocedimentosdisciplinares1 - Para todas as infracções cometidas e ainda não sancionadas é instaurado um único
procedimento.2 - Tendo sido instaurados diversos procedimentos, são todos apensados àquele que primeiro
tenhasidoinstaurado.
21.7- Audiênciapública
Artigo258.ºEMP
Audiênciapública
1- Se o relatório a que se refere o artigo anterior terminar com proposta de suspensão de exercíciosuperior a 120 dias, aposentação ou reforma compulsiva ou demissão, o arguido pode requerer arealizaçãodeaudiênciapúblicaparaapresentaçãodasuadefesa.
(…)
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(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Observações:
O presente artigo só prevê a audiência pública para as penas de suspensão deexercíciosuperiora120dias,aposentaçãooureformacompulsivaoudemissão,ouseja,paraaspenasmaisseveras.
NorecentecasodecididopeloTribunalEuropeudosDireitosdoHomem,nodia6deNovembrode2018,PaulaRamosNunesdeCarvalhoeSácontraoEstadoPortuguês,o tribunalmencionado decidiu condenar o Estado de Português por não permitir queumajuízavisadanumprocessodisciplinarfosseouvidapresencialmente.
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem entende como essencial que sepossibiliteaapresentaçãooraldasrazõesdequemévisadonoprocessodisciplinar.
Por forma a adequar a legislação interna à jurisprudência europeia é imperiosoalargaroâmbitodeaudiçãoatodososcasos.
Propostaderedacção
Artigo258.ºEMPAudiênciapública
1- Oarguidopoderequererarealizaçãodeaudiênciapúblicaparaapresentaçãodasuadefesa.(…)
21.8- Impugnaçãodadecisãodisciplinar
Artigo260.ºEMPImpugnação
1- Aaçãodeimpugnaçãodadecisãofinaldoprocedimentodisciplinarpodeincidirsobrematériadefactoe de direito em que assentou a decisão, procedendo-se à produção da prova requerida e sendo onúmerodetestemunhaslimitadoa10.
2- Aproduçãodeprova referidanonúmeroanteriorapenaspodeser requeridacasoadecisão finaldoprocedimentodisciplinar aplique algumasdas sanções previstas nas alíneasb) a f) do n.º 1 do artigo226.º.
Observações:Não é admitidaproduçãodeprova na acçãode impugnaçãoda decisão final doprocedimentodisciplinarquandoéaplicadaapenadeadvertência.Face a esta norma não existe verdadeira tutela jurisdicional quando é aplicada apena de advertência, ou seja, prevê-se a aplicação de uma pena disciplinar por umaentidadeadministrativa,semquesepermitaproduzirprovaperanteumTribunal.
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O princípio geral aplicável a todos os trabalhadores é que é possível impugnarjudicialmente todas as decisões disciplinares que lhes sejam desfavoráveis, não sepercebendoporissoaexcepçãoqueestáestabelecidanaproposta.A pena de advertência pode ser registada e esse facto pode ter muitasconsequências.Nonovomodelodoestatuto,aanálisecurriculartemumaimportânciaacrescidanascolocaçõesepromoçãoaProcurador-GeralAdjunto.Quem tenha uma sanção averbada no seu registo individual encontra-se numasituaçãomaisdesfavorávelfaceaoutroscandidatos.Poressarazão,deveseraplicávelumregimeuniformedeimpugnaçãorelativamenteatodasassanções.Propostaderedacção:
Artigo260.ºEMPImpugnação
1- A ação de impugnação da decisão final do procedimento disciplinar pode incidir sobrematéria defactoededireitoemqueassentouadecisão,procedendo-seàproduçãodaprovarequeridaesendoonúmerodetestemunhaslimitadoa10.
2- (...)
21.9- Cancelamentodoregisto
Artigo277.ºEMPCancelamentodoregisto
As decisões inscritas no registo são canceladas decorridos os seguintes prazos sobre a suaexecução,ouextinçãonocasodaalíneab),edesdeque,entretanto,omagistradonãotenhaincorridoemnovainfraçãodisciplinar:
a) Doisanos,noscasosdeadvertênciaregistada;b) Cincoanos,noscasosdemulta;c) Oitoanos,noscasosdetransferência;d) Dezanos,noscasosdesuspensãodoexercíciodefunções.
Observações:O prazo de cancelamento do registo disciplinar é excessivo, estipulando-se
inclusivamenteumregimemaisseverodoqueaquelequeéaplicadoacrimesgravesnoartig011.º,n.º1,daLein.º37/2015,de5deMaio(Leidaidentificaçãocriminal).
Nonossoentendimento,oprazodecancelamentodassançõesdisciplinaresnãodeverásersuperiora5anos.
Propostaderedacção:
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PARECERdoSMMPàPropostadeLeiqueprocedeàalteraçãodoEstatutodoMinistérioPúblico
(versãoaprovadaemConselhodeMinistros).
Artigo277.ºEMPCancelamentodoregisto
As decisões inscritas no registo são canceladas decorridos os seguintes prazos sobre a sua
execução,ouextinçãonocasodaalíneab),edesdeque,entretanto,omagistradonãotenhaincorridoemnovainfraçãodisciplinar:
a) Doisanos,noscasosdeadvertênciaregistada;b) Cincoanosnosrestantescasos
22. SubstitutosdosProcuradores:
Artigo284.ºEMPNormatransitória
1- Ossubstitutosnãomagistradosjánomeadosnostermosdon.º3doartigo65.ºdaLein.º47/86,de15de outubro, podem continuar, pelo prazomáximo de três anos contados da entrada em vigor dopresenteEstatuto,aexercerfunçõeseareceberacorrespondenteremuneração.
Observações:Aqualidadedaformaçãoeagarantiadeumavalidaçãorigorosaeexigentedas
competênciasadquiridaspelosfuturosmagistradosformadosnoCEJdeveasseguraraocidadãoquequemadministrajustiçaemseunomeestápreparadoparaessasfunçõesderesponsabilidade.
Quemdefendeumaprestaçãodequalidadeporpartedanossamagistraturanãopoderá aceitar ou defender que as nossas funções possam ser exercidas por pessoassemqualquerformaçãoespecíficaparaoexercíciodaprofissão.
Todasasprofissõesforensesexigemumapreparaçãopréviaparaoseuexercício.Poressa razãodefendemosaeliminaçãodosartigos94.º,n.º 2e 284.º,n.º 1do
EMP, acabando-se assim com o regime transitório dos substitutos dos procuradores-adjuntoscolocando-setermoaumafiguraquejádeveriateracabadohámuitotempo.
ADirecçãodoSMMP