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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Sul de Minas 30660/2014/002/2017 Pág. 1 de 16 Av. Manoel Diniz, nº145, Bloco III SISEMA, Varginha - MG, CEP: 37062-480 Telefax: (35) 3299-1816 PARECER ÚNICO Nº 0861993/2017 (SIAM) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 30660/2014/002/2017 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação para Pesquisa Mineral - LOP VALIDADE DA LICENÇA: 4 anos. PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO: Outorga 38243/2016 Sugestão pelo deferimento EMPREENDEDOR: Mineração Morro Verde Ltda. CNPJ: 20.094.607/0001-95 EMPREENDIMENTO: Mineração Morro Verde Ltda. CNPJ: 20.094.607/0001-95 MUNICÍPIO: Pratápolis / MG ZONA: Rural COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): LAT/Y LONG/X LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: UPGRH: SUB-BACIA: CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE A-02-07-0 Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento 3 A-05-02-9 Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) 1 A-05-05-3 Estradas para transporte de minério / estéril 1 CONSULTORIA / RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO: Engenheiro Ambiental Pedro Alvarenga Bicalho CREA-MG 106.660/D Engenheira Florestal Bruna Dias Rodrigues Torres CREA-MG 114.770/D RELATÓRIO DE VISTORIA: 39/2017 DATA: 20/03/2017 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Lilian Messias Lobo Gestora Ambiental 1.365.456-1 Bethânia Pimenta Cardoso Analista Ambiental 1.368.576-3 Alessandro Francisco dos Santos Analista Ambiental 1.150.272-1 De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz Diretor Regional de Regularização Ambiental 1.147.680-1 De acordo: Anderson Ramiro de Siqueira Diretor Regional de Controle Processual 1.051.539-3

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PARECER ÚNICO Nº 0861993/2017 (SIAM)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 30660/2014/002/2017 Sugestão pelo Deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação para Pesquisa Mineral - LOP

VALIDADE DA LICENÇA: 4 anos.

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Outorga 38243/2016 Sugestão pelo deferimento

EMPREENDEDOR: Mineração Morro Verde Ltda. CNPJ: 20.094.607/0001-95

EMPREENDIMENTO: Mineração Morro Verde Ltda. CNPJ: 20.094.607/0001-95

MUNICÍPIO: Pratápolis / MG ZONA: Rural

COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM):

LAT/Y LONG/X

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO

BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL:

UPGRH: SUB-BACIA:

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE

A-02-07-0 Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento

3

A-05-02-9 Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) 1

A-05-05-3 Estradas para transporte de minério / estéril 1

CONSULTORIA / RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

Engenheiro Ambiental Pedro Alvarenga Bicalho CREA-MG 106.660/D

Engenheira Florestal Bruna Dias Rodrigues Torres

CREA-MG 114.770/D

RELATÓRIO DE VISTORIA: 39/2017 DATA: 20/03/2017

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Lilian Messias Lobo – Gestora Ambiental 1.365.456-1

Bethânia Pimenta Cardoso – Analista Ambiental 1.368.576-3

Alessandro Francisco dos Santos – Analista Ambiental 1.150.272-1

De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz – Diretor Regional de Regularização Ambiental

1.147.680-1

De acordo: Anderson Ramiro de Siqueira – Diretor Regional de Controle Processual

1.051.539-3

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1. Introdução

O empreendimento Mineração Morro Verde Ltda. desenvolve atividade de lavra

experimental a céu aberto sem tratamento e/ou com tratamento a seco do mineral fosfato na

zona rural do município de Pratápolis/MG em um empreendimento rural formado por dois imóveis:

Fazenda Vale Verde com área registrada de 81,225 junto a matrícula 496 e na Fazenda Santa Cruz

com área registrada de 92,7750 ha junto à matricula 547, ambos matriculados junto ao Cartório de

Registro de Imóveis da Comarca de Pratápolis.

O imóvel rural Fazenda Vale Verde pertence ao empreendimento Minerallis capital

Consultoria e intermediação de negócios Ltda. tendo como interveniente anuente o empreendimento

Mineração Morro Verde Ltda. (fl. 191). O imóvel rural Fazenda Santa Cruz pertence ao Sr. Luiz

Rodoarte da Silva, que por meio de carta de anuência e acordo vinculativo (fl. 188 à 189) autoriza a

Mineração Morro Verde Ltda. a acessar e usufruir da sua propriedade .

A atividade realizada pelo empreendimento é enquadra na DN COPAM no 74/2004 como

“Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas

cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento”, tendo o código A-02-07-0. O objetivo da lavra é

obter o minério para ser encaminhado a diferentes plantas industriais e testar tanto o seu

comportamento nas plantas quanto a aceitação do mercado para o produto.

Para exercer essa atividade o empreendimento possui processo Autorização Ambiental de

Funcionamento (AAF) número 03422/2015 válida até 21 de julho de 2019 para uma produção bruta

de 50.000 tonelada / ano obtida junto ao Processo Administrativo (PA) nº30660/2014/001/2015 e por

meio do presente processo está requerendo Licença de Operação para Pesquisa Mineral – LOP para

ampliar sua produção bruta de 50.000 toneladas/ano para 100.000 toneladas/ano. Essa capacidade

instalada é enquadrada na DN COPAM nº 74/2004 como de médio porte e com potencial poluidor

médio resultando, portanto, em um empreendimento de classe 3.

Além da lavra a céu aberto sem tratamento e/ou com tratamento a seco do mineral fosfato, o

empreendimento está requerendo licença para as seguintes atividades /códigos listados na DN

COPAM nº 74/2004: “Obras de infraestrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas)” sob o código

A-05-02-9 e “Estradas para transporte de minério / estéril” sob o código A-05-05-3, ambas as

atividades possuem porte enquadrado como pequeno e potencial poluidor médio sendo, portanto,

classe 1.

Para subsidiar as análises ambientais foram apresentados como estudos Plano de Controle

Ambiental (PCA); Relatório de Controle Ambiental (RCA) e Plano de Recuperação de Áreas

Degradadas (PRAD), elaborados pela empresa Multigeo Mineração Geologia e Meio Ambiente Ltda.

Foi acostado junto ao processo ART nº 14201600000003549612 referente à elaboração de

PCA e RCA do Engenheiro Ambiental Pedro Alvarenga Bicalho – CREA-MG 106.660/D e ART nº

14201600000003534983 referente à elaboração de PRAD da Engenheira Florestal Bruna Dias

Rodrigues Torres - CREA-MG 114.770/D.

O empreendimento encontra-se inscrito no Cadastro Técnico Federal – IBAMA sob o Registro

Nº 6239828.

Em 20/03/2017 foi realizada vistoria pelos técnicos da SUPRAM-SM no empreendimento

(Relatório de Vistoria nº 39/2017).

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Ressalta-se que as recomendações técnicas para a implementação das medidas mitigadoras

e demais informações técnicas e legais foram apresentadas nos estudos. Quando as mesmas forem

sugeridas pela equipe interdisciplinar ficará explicito no parecer: “A SUPRAM Sul de Minas

recomenda/determina”.

A implementação das medidas mitigadoras e o funcionamento e monitoramento das mesmas

são de inteira responsabilidade do empreendedor e/ou do responsável técnico pelo empreendimento.

2. Caracterização do Empreendimento

O empreendimento Mineração Morro Verde Ltda. está requerendo ampliação da atividade de

lavra experimental a céu aberto sem tratamento e/ou com tratamento a seco do mineral fosfato

(rocha fosfática), classificada pela DN COPAM no 74/2004 como “Lavra a céu aberto sem ou com

tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de

revestimento”, para produção bruta de 50.000 toneladas/ano para 100.000 toneladas/ano, bem como

licença para as atividades de obras de infraestrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas)” e

“Estradas para transporte de minério / estéril”.

De acordo com o RCA, o empreendimento está estudando e desenvolvendo a viabilidade da

lavra do mineral fosfato / rocha fosfática na região tendo como objetivos:

• Permitir o desenvolvimento de uma rota de processo ótima para aproveitamento do minério,

utilizando diferentes plantas industriais já existentes;

• Avaliar técnica e financeiramente o comportamento do minério no processo de

beneficiamento industrial (externo ao empreendimento);

• Testar a compatibilidade do produto mineral com diferentes produtos fertilizantes;

• Testar a aceitação dos produtos beneficiados no mercado nacional.

De acordo com o RCA, o minério será encaminhado para beneficiamento em locais

especializados, visando a produção e testes de diferentes fertilizantes como Superfosfato Simples,

Termofosfato, Organomineral e Fosfato Natural Reativo.

O empreendimento possui 02 escritórios administrativos, 02 escritórios de obras do tipo

container localizados próximo à frente de lavra e 01 galpão de estocagem de testemunho (amostras

de minério). Os 02 escritórios administrativos e o galpão de estocagem estão localizados na fazenda

a Fazenda Santa Cruz, as demais estruturas bem como a área onde é executada a lavra estão

localizadas na Fazenda Vale Verde. No item 6 são descritos os impactos ambientais gerados em

cada estrutura do empreendimento bem como as medidas mitigadoras adotadas ou a serem

implantadas.

De acordo com o RCA, o quadro funcional do empreendimento, com a obtenção da LOP, irá

aumentar no setor produtivo devido à terceirização de máquinas. O empreendimento contará com 25

colaboradores, sendo 06 alocados no escritório administrativo, 05 envolvidos no setor de trabalho de

campo (planejamento, mapeamento e pesquisa mineral) e 14 no setor produtivo, em geral,

terceirizados e operadores de máquinas.

Os colaboradores terceirizados irão operar máquinas também terceirizadas, a saber: 02

escavadeiras hidráulicas; 06 caminhões truck; 02 carregadeiras. Além dessas máquinas será

utilizada no processo produtivo uma peneira, que será adquirida pela empresa.

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O regime de trabalho tanto dos funcionários próprios como terceirizados é de 01 turno – 8

horas por dia, durante 22 dias por mês e 12 meses por ano.

A lavra de fosfato está sendo executada em uma jazida / cava denominada Cava Ategina com

área de 2,65 hectares localizada na Fazenda Vale Verde em área inserida dentro da poligonal do

processo DNPM nº 832957/2003. A guia de autorização do DNPM acostada no processo mostra que

foi concedido à extração de 50.000 toneladas / ano de acordo com a AAF 03422/2015 com

vencimento da guia em 21/07/2019 conforme validade da AAF. A área total da poligonal do

empreendimento é de 532,11 hectares, onde foi requerido autorização de pesquisa. São

coordenadas geográficas de referência: X= 307.997; Y = 7.698.879 (Datum WGS 84 – Fuso 23K),

conforme imagem de satélite do Software Google Earth (Figura 01).

Figura 01 – Imagem de satélite do Software Google Earth Pro mostrando a localização do empreendimento Mineração Morro Verde Ltda.

A área da lavra a céu aberto de fosfato onde ocorre à operação da AAF é a mesma área onde

está sendo solicitado a LOP, o que irá mudar é o ritmo do avanço da extração devido à solicitação da

ampliação da produção bruta de 50.000 toneladas/ano para 100.000 toneladas/ano.

A área da cava possui as seguintes características: área aproximada de 2,65 hectares, altura

máxima de 45 metros, profundidade que segue a linha natural do terreno e inclinação de rampa de

acesso de 10%. A lavra é executada em uma frente de lavra. A extração ocorre em taludes com 5

metros de altura. Essa altura é estabelecida a partir de modelos geológicos desenvolvidos pela

equipe técnica da empresa. De modo geral, são desenhados e calculados sólidos mineralizados em

relação à topografia da superfície do terreno, no caso, blocos cúbicos de 5 metros de altura. Nesses

blocos são traçadas as bancadas onde deve ocorrer o sequenciamento da lavra. As bancadas são

dimensionadas com um alto coeficiente de segurança, para isso, é adotado o ângulo limite de

estabilidade de solos, que é inferior a 60o.

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O processo produtivo da lavra requerida na LOP será igual ao que já é executado no âmbito

da AAF com exceção do sistema de peneiramento a seco que será implantado.

O processo industrial da lavra do mineral fosfato / rocha fosfática consistem em um processo

simplificado visto que a lavra está sendo executada em um afloramento contendo o minério. A lavra é

composta basicamente por operação de remoção da camada de topsoil, desmonte do minério,

beneficiamento, estocagem em pilhas, carregamento e transporte.

O desmonte é executado por escavadeira hidráulica de porte médio sem utilização de

explosivos porque o minério é extremamente friável.

O beneficiamento consiste em uma operação simples composto apenas por peneiramento a

seco do minério (material do desmonte) visando à separação e classificação do mesmo por tamanho

(granulometria), sendo cada tamanho um “tipo de produto a ser comercializado”. Todo o desmonte

de material da lavra consiste no produto comercializado, ou seja, não ocorre geração de estéril.

Depois, do beneficiamento (peneiramento) o minério é estocado.

A estocagem do minério ocorre em 4 pilhas com subdivisões com volume de 56.000, 2.000,

2.000 e 2.000 toneladas.

O carregamento do minério estocado nas pilhas é executado por pá carregadeira e o

transporte por caminhão truque traçado.

O transporte do minério é de responsabilidade do cliente. Para transportar o produto está

previsto um fluxo de aproximadamente 10 carregamentos por dia em um turno de 8 horas. Esse fluxo

pode variar já que o carregamento depende do cliente.

3. Utilização e Intervenção em Recursos Hídricos

O processo produtivo da lavra experimental do mineral fosfato / rocha fosfática não demanda

utilização de água, mas foi solicitado outorga por meio do processo número 38243/2016 para

captação subterrânea, analisada concomitante a este processo com parecer pelo deferimento desde

que respeitadas as condicionantes estabelecidas no parecer protocolo número 0855419/2017, tendo

como requerentes o empreendimento Mineração Morro Verde Ltda. e Luiz Rodarte da Silva,

proprietário do imóvel rural Fazenda Santa Cruz.

Foi solicitado captação de água visando consumo humano, despoeiramento de estradas e

dessedentação de animais, conforme balanço hídrico acostado no processo supracitado (Figura 2).

Figura 02 – Balanço hídrico apresentado no processo de outorga n. 38243/2016.

Foi solicitado uma captação de 5,85 m3/h, durante 16:00 h/dia, 30 dias/mês e 12 meses do

ano, perfazendo um volume diário de 96.60 m3, sendo 82,50 m3/dia para atender a demanda do

empreendimento Mineração Morro Verde Ltda. e 11,1 m3/dia para atender a demanda do Sr.

Luiz Rodarte da Silva.

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4. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Não é objeto do presente parecer autorizar intervenções ambientais na área do

empreendimento.

A intervenção ambiental citada no PCA refere-se à solicitação de intervenção ambiental de

corte/aproveitamento de 32 (trinta e duas) árvores, isoladas e vivas, em meio rural, localizadas na

área da cava autorizada no âmbito do processo número 10030000604/16.

O empreendimento obteve DAIA número 0032509-D vigente até 04/05/2019 autorizando a

intervenção, visto que a mesma era necessária para operação da AAF número 03422/2015.

Foi estabelecida no DAIA 0032509-D e no Termo Unilateral de Compromisso de

Cumprimento de Medidas Mitigadoras e Compensatórias, a obrigação do cumprimento das seguintes

condicionantes:

• São coordenadas geográficas UTM de referência da área da intervenção: X= 307.987/ Y=

7.698.860; datum WGS 84, Fuso 23k.

• Integral cumprimento do Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF) apresentado

junto ao processo em questão, através do plantio de 800 mudas nativas, na área de 0,5

hectares, conforme demarcado em planta topográfica.

• São coordenadas geográficas UTM de referência da área da compensação/recomposição

ambiental: X= 307.797 e Y= 7.698.535, datum WGS 84, Fuso 23k.

• Executar as recomendações e os tratos culturais detalhadas no PTRF:

- Plantio de 800 mudas de espécies nativas da região pertencentes a, no mínimo, 80

diferentes espécies sendo uma delas o Ipê Amarelo;

- Plantar no mínimo 10 mudas de Ipê Amarelo;

- Executar o plantio em espaçamento 3x2 em linhas sucessivas intercalando linha de

espécies pioneiras e linha de espécies não pioneiras;

- Promover o isolamento da área (cercamento) conforme orientação do PTRF;

- Executar as operações de plantio detalhadas no PTFR: preparo do solo; isolamento da

área; controle de formiga; capina seletiva; abertura de covas; adubação e calagem e

transplante das mudas. PRAZO FINAL DO PLANTIO: DEZEMBRO DE 2017.

- Executar os tratos culturais detalhados no PTRF e no cronograma de execução do

mesmo referente às operações de manutenção do plantio: coroamento; capina seletiva;

controle de formigas; adubação de cobertura; replantio; irrigação e manutenção de cerca

e aceiro por um período de 5 anos. PRAZO: JANEIRO DE 2018 À DEZEMBRO DE/

2022.

• Apresentar 01 (um) relatório técnico e fotográfico anual, comprovando o cumprimento do

PTRF até o 5º (quinto) ano pós-plantio, ou seja, até o ano de 2023. Ao todo deverão ser

apresentados 06 relatórios técnico fotográficos anuais. O relatório deve conter o

monitoramento do desenvolvimento das mudas. O primeiro relatório deve ser entregue até

o dia 31 de janeiro de 2018, visto que nessa data todas as 800 mudas devem estar

plantadas, acompanhado por ART do profissional elaborador do mesmo.

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5. Reserva Legal

As Áreas de Reserva Legal dos imóveis rurais Fazenda Vale Verde e Fazendas Santa Cruz

encontram-se devidamente cadastradas junto ao SICAR / MG, conforme recibos federais acostados

no processo junto às folhas 168 a 170 (Fazenda Santa Cruz) e folhas 199 e 200 (Fazenda Vale

Verde).

O quadro 1 apresenta informações referentes a inscrição dos imóveis rurais supracitados no

SICAR/MG.

Quadro 1. Informações referentes a inscrição dos imóveis rurais no SICAR/MG Imóvel Rural Informações gerais

Fazenda Vale Verde

Recibo: MG-3152907-589D.5F26.73C7.8EDB.C6D9.6E86.D33E.68A1 Proprietário: Minerallis Capital Consultoria e Intermediação Ltda Área Total do Imóvel: 84,6747 hectares Área de Reserva Legal 18,1449 hectares

Fazenda Santa Cruz

Recibo: MG-3152907-235A.A92E.5FBF.4855.A47D.6D36.6EAA.E6D6 Proprietário: Luiz Rodarte da Silva Área Total do Imóvel: 93,7353 hectares Área de Reserva Legal 19,4360 hectares

As Áreas de Reserva Legal (RL) de ambos imóveis se encontram em bom estado de

conservação e são compostas por Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial e médio de

regeneração natural.

6. Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

Os impactos ambientais identificados na atividade desse empreendimento são resultados da

geração de efluentes sanitários, resíduos sólidos, ruídos, material particulado e escoamento

superficial da água da chuva.

De acordo com RCA, não são gerados efluentes industriais ou oleosos no empreendimento

porque não ocorre utilização de água na lavra / processo produtivo e porque não ocorre manutenção

de máquinas e equipamentos no empreendimento. A manutenção das máquinas é de

responsabilidade da empresa terceirizada. De acordo com relatório de vistoria, será verificado, por

meio de checklist, se a empresa terceirizada está realizando as devidas manutenções e foi informado

que o abastecimento das máquinas será realizado através de caminhão comboio.

- Efluentes líquidos sanitários: O efluente sanitário é resultante da contribuição de 11

colaboradores, que efetivamente trabalham na estrutura dos 02 escritórios administrativos e mais 14

terceirizados operadores de máquinas que irão atuar no setor produtivo no campo.

Medida mitigadora: Todo efluente sanitário dos 02 escritórios administrativo é encaminhado para

uma fossa séptica, que já existia nas residências da Fazenda Santa Cruz que foram adaptadas em

escritórios administrativos.

Além disso, como forma de melhorar o sistema de tratamento já instalado, será implantado no

local um biodigestor da empresa Aqualimp modelo 1300 fabricado em polietileno de alta densidade,

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impermeável e com sistema de extração do lodo. Esse biodigestor, para escritório, tem a capacidade

tratar efluentes gerados por 26 pessoas. O tratamento consiste, de modo geral, na biodigestão

anaeróbica do efluente dentro da câmara do biodigestor. A parte líquida segue para um filtro

anaeróbico de leito fixo com fluxo ascendente para tratamento complementar com disposição no solo

/ sumidouro o qual atualmente já existe e; no qual se realiza a destinação final do efluente tratado no

sistema já existente.

A parte sólida, depositada no fundo da câmara, segue para um leito de secagem, onde ocorre

à estabilização do lodo. O leito de secagem deve receber manutenção através da retirada do lodo

tratado. Nos escritórios de obras, localizados próximo da cava, são utilizados banheiros químicos

com manutenção realizada por empresa especializada. No galpão de estocagem de testemunho a

fossa rudimentar existente será desativada. Nessa estrutura também será utilizado banheiro químico

com manutenção realizada por empresa especializada.

- Resíduos Sólidos: São gerados no empreendimento resíduos sólidos de natureza doméstica,

orgânicos e não recicláveis e resíduos recicláveis.

Medida mitigadora: O empreendimento implantou um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

(PGRS), responsável pela segregação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário,

tratamento e disposição final dos resíduos gerados na unidade. Os resíduos, separados por tipo, são

depositados temporariamente em cestos de coleta seletiva: vermelho (plástico), azul (papel), amarelo

(metal), verde (vidro) e cinza (não reciclável como papel sanitário) e depois destinado para Usina de

Triagem e Compostagem do municipio de Pratápolis. Na vistoria técnica foi apresentado cópia de

comprovante de destinação do resíduo reciclável e não reciclável referente à fevereiro de 2017 para

a Usina de Triagem e Compostagem do municipio de Pratápolis e planilha de monitoramento de

resíduos sólidos referente ao mesmo mês.

- Ruído: A movimentação, a operação e o tráfego das máquinas, caminhões e dos equipamentos

envolvidos no processo produtivo / lavra podem gerar ruídos.

Medida mitigadora: O empreendimento irá implantar um Programa de Controle de Ruído composto

por ações de controle de emissão de ruído ambiental, visando à redução dos níveis de pressão

sonora através da implementação de procedimentos operacionais como verificação da manutenção

preventiva de veículos e equipamentos por meio de check-list das inspeções/ vistorias necessárias

em cada equipamento a fim de reduzir a propagação do ruído para áreas externas ao

empreendimento.

Junto ao RCA foram apresentados dados referentes à medição do nível do ruído no período

diurno em dois pontos localizados no empreendimento: ponto 1 - na entrada do empreendimento e

ponto 2 - ao norte da cava.

As medições efetuadas nos dois pontos (ponto 1 com nível de 42,0 dB e ponto 2 com nível de

45,5 dB) mostra que os níveis de ruído estão em conformidade com o estabelecido pela Lei Estadual

nº 10.100/90, para o período diurno.

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- Material particulado: A operação da Mineração Morro Verde poderá implicar na geração de

material particulado como durante a operação de veículos e equipamentos.

Medida mitigadora: O empreendimento irá executar um Programa de Controle da Qualidade do Ar

composto por ações de controle e gestão dos aspectos ambientais, de modo a minimizar os impactos

provenientes da geração de material particulado e de gases de combustão.

A poeira fugitiva gerada, por exemplo, nas estradas (vias de acessos não pavimentadas) será

controlada por meio de aspersão de água nas fontes geradoras através de caminhões-pipa. Para

controlar as emissões decorrentes de fontes difusas será solicitada vistoria dos veículos e

equipamentos e será verificado se os mesmos estão recebendo as devidas manutenções. E, será

realizado teste de fumaça preta com uso da Escala Ringelmann ou outra metodologia disponível. Os

resultados dos testes serão analisados e comparados com o limite de emissão estabelecido pela

Portaria IBAMA nº 85/1996.

- Escoamento superficial da água da chuva: A água pluvial que incide sobre a área da atividade

minerária, composta pela área da cava, pela área do beneficiamento/peneiramento e pela área de

estocagem do minério em pilhas, pode causar erosão e assoreamento de cursos de água.

Medida mitigadora: Para prevenir/atenuar processos erosivos e o carreamento de solo para cursos

de água, foi instalado ao redor da área da atividade minerária um sistema de drenagem composto

por canaletas e 05 caixas de sedimentação composta por régua para medição da leitura da altura do

sedimento.

No Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) foram apresentadas várias medidas

(adequação topográfica da cava; implantação de sistema de drenagem e revegetação da área) a

serem adotadas visando o controle da erosão. Na vistoria técnica, foi entregue uma cópia da planilha

de monitoramento da drenagem referente aos meses de fevereiro e março de 2017 com leituras

semanais do nível de sedimento.

7. Compensações

O empreendimento em tela obteve autorização para substituição do EIA/RIMA por RCA/PCA

em função de após analise pela equipe técnica da SUPRAM Sul de Minas, ter sido verificado que o

impacto geológico e ambiental gerado na atividade mineradora não é caracterizado como

significativo impacto ambiental.

8. Controle Processual

Trata-se de processo de Licença de Operação de Pesquisa Mineral para a atividade de Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento; Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) e; Estradas para transporte de minério / estéril; o qual foi formalizado e instruído com a documentação exigida.

Realizada consulta no Sistema Integrado de Informação Ambiental – SIAM, foi gerada a CERTIDÃO Nº 0889933/2017, com a qual verifica-se a inexistência de débito de natureza ambiental.

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Em consulta ao sistema CAP, também não foi observada a lavratura de auto de infração. Portanto, o processo está apto para decisão.

Os custos de análise do processo de licenciamento foram recolhidos conforme planilha elaborada nos termos da Resolução Conjunta SEMAD/IEF/FEAM nº 2.125, de 28 de Julho de 2014.

Foi juntada ao processo a publicação em periódico local o requerimento da Licença de Operação para Pesquisa Mineral (fl. 23). O processo foi instruído com RCA/PCA após pedido motivos de substituição de EIA/RIMA deferido pela Supram Sul de Minas ( fls. 07).

O empreendimento possui processo DNPM nº.832957/2003, que se encontra com guia de utilização emitida pelo DNPM.

O empreendimento está localizado em área rural, sendo apresentado a inscrição da propriedade junto ao SICAR.

Conforme item 6 deste parecer, foram identificadas todos os impactos ambiental intrínsecos ao empreendimento, sendo determinadas medidas de controle ambiental necessárias para sua mitigação, verificando assim, a viabilidade ambiental do empreendimento.

Em analogia ao prazo para validade de licença de operação para pesquisa mineral estabelecida na Deliberação Normativa nº. 174/12, a validade da Licença deverá ser de 04 (quatro) anos:

“Art. 19º. O prazo de validade da Licença de Operação de Pesquisa Mineral (LOP) será de, no máximo, 4 (quatro) anos, conforme cronograma de pesquisa apresentado ao órgão ambiental.”

O empreendimento possui porte médio e potencial poluidor médio, em que a Lei Estadual n. 21.972, de 21 de janeiro de 2016 estabelece como de competência da Superintendência Regional de Meio Ambiente a decisão:

“Art. 4° A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad – tem por finalidade formular, coordenar, executar e supervisionar as políticas públicas para conservação, preservação e recuperação dos recursos ambientais, visando ao desenvolvimento sustentável e à melhoria da qualidade ambiental do Estado, competindo-lhe:

...

VII – decidir, por meio de suas superintendências regionais de meio ambiente, sobre processo de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos:

a) de pequeno porte e grande potencial poluidor;

b) de médio porte e médio potencial poluidor;

c) de grande porte e pequeno potencial poluidor;”

DE ACORDO COM PREVISÃO DO DECRETO ESTADUAL Nº. 44.844/2008, EM SEU ANEXO I, CÓDIDO 124, CONFIGURA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA GRAVÍSSIMA DEIXAR DE COMUNICAR A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES COM DANOS AMBIENTAIS ÀS AUTORIDADES AMBIENTAIS COMPETENTES. NÚCLEO DE EMERGENCIA AMBIENTAL – NEA - CONTATO NEA: (31) 9822.3947

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9. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram-SM sugere o deferimento desta Licença Ambiental na

fase de Licença de Operação para Pesquisa Mineral (LOP), para o empreendimento Mineração

Morro Verde Ltda. para as atividades de “Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais

não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento; Obras de infra-

estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) e Estradas para transporte de minério / estéril”,

no município de Pratápolis / MG, pelo prazo de 04 anos, vinculada ao cumprimento das

condicionantes e programas propostos.

As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descritas

neste parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pelo

Superintendente Regional Sul de Minas.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer

condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e

ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram-SM, tornam o empreendimento em questão

passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Sul de

Minas, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados

nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a

eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s) responsável(is) e/ou seu(s)

responsável(is) técnico(s).

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo

requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do

certificado de licenciamento a ser emitido.

11. Anexos Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação (LO) de Mineral Brasil Pesquisa e Desenvolvimento Ltda. Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação (LO) de Mineral Brasil Pesquisa e Desenvolvimento Ltda. Anexo III. Relatório Fotográfico de Mineral Brasil Pesquisa e Desenvolvimento Ltda.

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ANEXO I

Condicionantes para Licença de Operação para Pesquisa Mineral (LOP) do empreendimento Mineração Morro Verde Ltda.

Empreendedor: Mineração Morro Verde Ltda.

Empreendimento: Mineração Morro Verde Ltda.

CNPJ: 20.094.607/0001-95

Município: Pratápolis – MG

Atividades: Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento; Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) e Estradas para transporte de minério / estéril.

Códigos DN 74/04: A-02-07-0; A-05-02-9 e A-05-05-3

Processo: 30660/2014/002/2017

Validade: 04 anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

01 Apresentar relatório técnico fotográfico comprovando a execução do PTRF apresentado no processo de DAIA nº 10030000604/16.

Semestralmente, após a concessão da LOP

02

Apresentar relatório técnico-fotográfico comprovando a instalação do biodigestor da empresa Aqualimp modelo 1300 para aprimoramento do tratamento do efluente sanitário dos escritórios administrativos.

60 DIAS Após a concessão da

LOP

03 Apresentar relatório técnico fotográfico com ART comprovando a execução todos os programas e projetos descritos no PCA apresentado.

ANUALMENTE Durante vigência da

LOP

04 Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo II.

ANUALMENTE Durante vigência da

LOP

05 Apresentar o Plano de Fechamento de Mina. De acordo com os

prazos definidos na DN COPAM 127/ 2008.

* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na Imprensa Oficial do Estado.

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ANEXO II

Programa de Automonitoramento da Licença de Operação para Pesquisa Mineral (LOP) do empreendimento Mineração Morro Verde Ltda.

Empreendedor: Mineração Morro Verde Ltda.

Empreendimento: Mineração Morro Verde Ltda.

CNPJ: 20.094.607/0001-95

Município: Pratápolis – MG

Atividades: Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento; Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) e Estradas para transporte de minério / estéril.

Códigos DN 74/04: A-02-07-0; A-05-02-9 e A-05-05-3

Processo: 30660/2014/002/2017

Validade: 04 anos

1. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar, anualmente, à Supram-SM, os relatórios mensais de controle e disposição dos

resíduos sólidos gerados contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a

identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.

(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial

1- Reutilização

2 - Reciclagem

3 - Aterro sanitário

4 - Aterro industrial

5 - Incineração

6 - Co-processamento

7 - Aplicação no solo

8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada)

9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá

comunicar previamente à Supram-SM, para verificação da necessidade de licenciamento específico.

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo

empreendedor. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos

Perigosos segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o

empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente.

Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão ser

gerenciados em conformidade com as Resoluções CONAMA n.º 307/2002 e 348/2004.

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As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de

resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser

mantidos disponíveis pelo empreendedor.

IMPORTANTE

• Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento

poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram-SM, face ao desempenho

apresentado;

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do

projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e

aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO III

Relatório Fotográfico do empreendimento Mineração Morro Verde Ltda.

Empreendedor: Mineração Morro Verde Ltda.

Empreendimento: Mineração Morro Verde Ltda.

CNPJ: 20.094.607/0001-95

Município: Pratápolis – MG

Atividades: Lavra a céu aberto sem ou com tratamento a seco minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento; Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas) e Estradas para transporte de minério / estéril.

Códigos DN 74/04: A-02-07-0; A-05-02-9 e A-05-05-3

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Validade: 04 anos

Foto 01. Vista da área da Cava, ainda com árvores, cujo corte foi autorizado por meio do DAIA n. 0032509-D.

Foto 02. Vista parcial da área abaixo da cava, onde é feita a estocagem do minério em pilhas e onde será executado o peneiramento.

Foto 03. Bacia de sedimentação e sistema de drenagem.

Foto 04. Vista parcial do sistema de drenagem

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Foto 05. Vista do mineral fosfato / rocha fosfática.

Foto 06. Vista parcial da Área de Reserva Legal composta por vegetação nativa.