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PLANO INTEGRADO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO DOCE E DOS PLANOS DE AÇÕES DE RECURSOS HÍDRICOS PARA AS UNIDADES DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO ÂMBITO DA BACIA DO RIO DOCE MAIO 2010 PLANO DE AÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS DA UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS PIRANGA PARH PIRANGA CONSÓRCIO ECOPLAN - LUME

PARH Bacia do Rio Piranga

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  • PLANO INTEGRADO DE RECURSOS HDRICOS DA BACIA DO RIO DOCEE DOS PLANOS DE AES DE RECURSOS HDRICOS PARA AS UNIDADESDE PLANEJAMENTO E GESTO DE RECURSOS HDRICOS NO MBITO

    DA BACIA DO RIO DOCE

    MAIO 2010

    PLANO DE AO DE RECURSOS HDRICOS DAUNIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTO DOS

    RECURSOS HDRICOS PIRANGAPARH PIRANGA

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  • -- Contrato N 002/2007 - IGAM-- Plano Integrado de Recursos Hdricos da Bacia do Rio Doce e dos Planos de Aes de Recursos Hdricos para as Unidades de

    Planejamento e Gesto de Recursos Hdricos no mbito da Bacia do Rio Doce

    PLANO INTEGRADO DE RECURSOS HDRICOS DA BACIA DO RIO DOCE E DOS PLANOS DE AES DE RECURSOS HDRICOS PARA AS UNIDADES DE

    PLANEJAMENTO E GESTO DE RECURSOS HDRICOS NO MBITO DA BACIA DO RIO DOCE

    PLANO DE AO DE RECURSOS HDRICOS DA

    UNIDADE DE PLANEJAMENTO E GESTO DOS RECURSOS

    HDRICOS PIRANGA

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    NDICE LISTA DE SIGLAS .................................................................................................................. 2LISTA DE QUADROS ............................................................................................................. 3LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... 41. APRESENTAO ............................................................................................................... 62. DIAGNSTICO SUMRIO DA UPGRH DO1 ............................................................ 9

    2.1. Caracterizao Geral da UPGRH DO1 ........................................................................ 92.2. Caracterizao Fsico-Bitica da UPGRH DO1 ........................................................ 11

    2.2.1. Situao e Acesso ............................................................................................... 112.2.2. Rede Hidrogrfica .............................................................................................. 112.2.3. Solos ................................................................................................................... 132.2.4. Suscetibilidade Eroso ..................................................................................... 142.2.5. Geologia e Recursos Minerais ............................................................................ 162.2.6. Hidrogeologia ..................................................................................................... 182.2.7. Uso e Ocupao dos Solos ................................................................................. 202.2.8. Unidades de Conservao e reas Legalmente Protegidas ................................ 232.2.9. Adequao do Uso do Solo ................................................................................ 292.2.10. Produo de Sedimentos e Contaminantes ..................................................... 31

    2.3. Caracterizao Scio-Econmica e Cultural da UPGRH DO1 ................................. 342.4. Saneamento e Sade Pblica na UPGRH DO1 ......................................................... 40

    2.4.1. Resduos Slidos Urbanos .................................................................................. 402.4.2. Resduos Slidos Industriais ............................................................................... 422.4.3. Abastecimento de gua ...................................................................................... 422.4.4. Esgotamento Sanitrio ........................................................................................ 452.4.5. Sade Pblica ..................................................................................................... 49

    2.5. Situao Atual dos Recursos Hdricos na UPGRH DO1 ........................................... 512.5.1. Disponibilidade Hdrica ...................................................................................... 512.5.2. Usos das guas ................................................................................................... 582.5.3. Quantidade de gua - Balanos Hdricos........................................................... 642.5.4. Qualidade de gua ............................................................................................. 662.5.5. Suscetibilidade a Enchentes................................................................................ 71

    2.6. Prognstico ................................................................................................................ 733. O COMIT DE BACIA HIDROGRFICA DO RIO PIRANGA ............................ 76

    3.1. O CBH e Disposies Legais ..................................................................................... 763.2. Composio e Estrutura do CBH Piranga .................................................................. 763.3. Situao de Funcionamento do CBH Piranga (infraestrutura) .................................. 77

    4. OBJETIVOS E METAS ................................................................................................ 784.1. Metas para a Bacia do rio Doce ................................................................................. 784.2. Metas Especficas para a UPGRH DO1..................................................................... 84

    5. INTERVENES RECOMENDADAS E INVESTIMENTOS PREVISTOS ........ 986. CONCLUSES E DIRETRIZES GERAIS PARA A IMPLEMENTAO DO PARH ..................................................................................................................................... 1137. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................................... 116

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    LISTA DE SIGLAS

    ANA - Agncia Nacional de guas APP rea de Preservao Permanente CBH Comit de Bacia Hidrogrfica CESAN Companhia Esprito Santense de Saneamento CONDOESTE Consrcio Doce Oeste DBO Demanda Bioqumica de Oxignio ESCELSA Esprito Santo Centrais Eltricas SA ETE Estao de Tratamento de Esgoto FUNASA Fundao Nacional de Sade GAT - Grupo de Acompanhamento Tcnico IEMA/ES - Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos IGAM - Instituto Mineiro de Gesto das guas ONU Organizao das Naes Unidas PARH - Plano de Ao de Recursos Hdricos da Unidade de Planejamento e Gesto de Recursos Hdricos PIB Produto Interno Bruto PIRH - Plano Integrado de Recursos Hdricos da Bacia do Rio Doce RPPN Reserva Particular de Proteo Natural SEAMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hdricos SIN - Sistema Interligado Nacional SST Slidos Suspensos Totais TAC Termo de Ajustamento de Conduta UA - Unidade de Anlise UPGRH - Unidades de Planejamento e Gesto dos Recursos Hdricos UTC Unidade de Triagem e Compostagem

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    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 Detalhamento das reas dos componentes da UPGRH DO1 ................................ 11Quadro 2 Suscetibilidade erosiva e produo de sedimentos ................................................ 14Quadro 3 Prticas agrcolas utilizadas nos estabelecimentos, por tipo de prtica - 2006 ..... 15Quadro 4 UPGRH DO1: classes de uso e cobertura do solo ................................................. 21Quadro 5 Relao de unidades de conservao da UPGRH DO1 ......................................... 23Quadro 6 Nmero de estabelecimentos com fontes de gua e conservao da rea de preservao permanente correspondente .................................................................................. 24Quadro 7 Percentagem do uso do solo nas classes de suscetibilidade eroso .................... 31Quadro 8 Utilizao de agrotxico na UPGRH DO1 - 2006 ................................................ 33Quadro 9 Dados de populao ............................................................................................... 34Quadro 10 Distribuio da populao urbana e rural da UPGRH ......................................... 38Quadro 11 Perfil da Produo Agropecuria na UPGRH DO1 2006................................. 39Quadro 12 Situao dos resduos slidos nos municpios com sede na UPGRH DO1 ......... 40Quadro 13 Atendimento urbano de gua nos municpios com sede na UPGRH DO1 ......... 42Quadro 14 Perdas de gua nos sistemas de abastecimento pblico da UPGRH DO1 .......... 44Quadro 15 Atendimento de coleta de esgotos nas cidades com sede na UPGRH DO1 ........ 45Quadro 16 Situao do saneamento na UPGRH DO1 .......................................................... 48Quadro 17 Indicadores de vida e doenas nos municpios da UPGRH DO1 ........................ 49Quadro 18 Estaes fluviomtricas de referncia usadas para estimativa de disponibilidade hdrica superficial UPGRH DO1 ........................................................................................... 51Quadro 19 Disponibilidade hdrica superficial ...................................................................... 51Quadro 20 Reservas explotveis na UPGRH DO1 ............................................................... 57Quadro 21 Total de estabelecimentos com rea irrigada por tipo de irrigao na UPGRH DO1 .......................................................................................................................................... 59Quadro 22 Aproveitamentos hidreltricos na UPGRH DO1................................................. 63Quadro 23 Estimativas de demanda de uso da gua na UPGRH DO1 (m3/s) ....................... 65Quadro 24 Balano hdrico na UPGRH DO1 ........................................................................ 65Quadro 25 Pontos monitorados no sistema de alerta na UPGRH DO1 ................................ 73Quadro 26 Resumo da Previso Hidrolgica na UPGRH DO1 ............................................ 73Quadro 27 Projees de demandas (total) para a UPGRH DO1 cenrio tendencial (m3/s)73Quadro 28 Saldos hdricos para a UPGRH DO1, considerando cenrio atual e tendencial (m/s)......................................................................................................................................... 74Quadro 29 Referencial dos desejos manifestos da bacia ....................................................... 78Quadro 30 Questes referenciais da bacia hidrogrfica do rio Doce .................................... 81Quadro 31 Classificao das metas quanto a sua relevncia e urgncia ............................... 83Quadro 32 Situao do abastecimento e saneamento na UPGRH DO1 ................................ 94Quadro 33 Classificao dos programas, sub-programas e projetos quanto a sua hierarquia, com base na relevncia e urgncia das metas relacionadas ...................................................... 98Quadro 34 Espacializao territorial das aes ................................................................... 102Quadro 35 Investimentos em rede de esgotamento sanitrio e implantao de estaes de tratamento de esgotos na UPGRH DO1 ................................................................................. 103Quadro 36 Investimentos na elaborao dos Planos Municipais de Saneamento na UPGRH DO1 ........................................................................................................................................ 105Quadro 37 Investimentos na implantao de aterros sanitrios e unidades de triagem e compostagem na UPGRH DO1 .............................................................................................. 107Quadro 38 ndice de perdas e investimentos na reduo de perdas de abastecimento pblico na UPGRH DO1 ..................................................................................................................... 108Quadro 39 Intervenes previstas para a UPGRH DO1 e bacia do rio Doce ..................... 111Quadro 40 Cronograma de execuo dos programas .......................................................... 112

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Unidades de anlise da bacia do rio Doce ................................................................. 7Figura 2 Delimitao da UPGRH DO1 Piranga ................................................................... 9Figura 3 Delimitao da UPGRH DO1 X delimitao das Bacias Hidrogrficas................. 10Figura 4 Hidrografia da UPGRH Piranga ............................................................................. 12Figura 5 Solos da UPGRH DO1 ............................................................................................ 13Figura 6 Classes de suscetibilidade eroso da UPGRH DO1 ............................................. 15Figura 7 Geologia da UPGRH DO1 ...................................................................................... 16Figura 8 Processos minerrios da UPGRH DO1 ................................................................... 18Figura 9 Hidrogeologia da UPGRH DO1 ............................................................................. 19Figura 10 Biomas da bacia do rio Doce ................................................................................ 20Figura 11 Cobertura do solo na UPGRH DO1 ...................................................................... 22Figura 12 Uso e cobertura do solo da UPGRH DO1 por tipologia ....................................... 23Figura 13 Unidades de conservao na UPGRH DO1 .......................................................... 25Figura 14 reas prioritrias para conservao da biodiversidade ......................................... 26Figura 15 Prticas conservacionistas ..................................................................................... 28Figura 16 Proteo de nascentes e margens de rios e lagos .................................................. 29Figura 17 Cruzamento das informaes de suscetibilidade eroso em relao aos usos dos solos na UPGRH DO1 .............................................................................................................. 30Figura 18 Percentagem do uso do solo nas classes de susceptibilidade eroso .................. 31Figura 19 Produo de sedimentos na bacia do rio Doce ...................................................... 32Figura 20 Situao dos municpios em relao ao limite da UPGRH DO1 .......................... 37Figura 21 Participao do valor adicional no PIB (2005) valores correntes set/2008 ....... 39Figura 22 Localizao das estaes fluviomtricas da UPGRH DO1................................... 52Figura 23 Vazes mdias mensais da sub-bacia do rio Piranga ............................................ 53Figura 24 Vazes mdias mensais da sub-bacia do rio do Carmo ........................................ 53Figura 25 Vazes mdias mensais da sub-bacia do rio Casca ............................................... 54Figura 26 Vazes mdias mensais da sub-bacia do rio Matip ............................................. 54Figura 27 Vazes mdias anuais da sub-bacia do rio Piranga ............................................... 55Figura 28 Vazes mdias anuais da sub-bacia do rio do Carmo ........................................... 55Figura 29 Vazes mdias anuais da sub-bacia do rio Casca ................................................. 56Figura 30 Vazes mdias anuais da sub-bacia do rio Matip ............................................... 56Figura 31 Distribuio das vazes especficas dos poos tubulares ...................................... 57Figura 32 Composio percentual da retirada de gua na UPGRH DO1 .............................. 58Figura 33 Outorgas de gua superficial na UPGRH ............................................................. 58Figura 34 Outorgas de gua subterrnea na UPGRH ............................................................ 59Figura 35 Usos outorgados na UPGRH DO1 ........................................................................ 60Figura 36 Hidreltricas e PCHs na UPGRH DO1................................................................ 62Figura 37 Pontos de amostragem de qualidade de gua da UPGRH DO1 ............................ 66Figura 38 - Porcentagem de resultados que no atenderam ao padro da classe 2 Estaes de monitoramento do rio Piranga (RD001, RD007 e RD013) ...................................................... 67Figura 39 - Porcentagem de resultados que no atenderam ao padro da classe 2 Estao de monitoramento do rio Xopot (RD004) ................................................................................... 68Figura 40 - Porcentagem de resultados que no atenderam ao padro da classe 2 Estao de monitoramento do rio do Carmo (RD009) ............................................................................... 68Figura 41 Porcentagem de resultados que no atenderam ao padro da classe 2 Estao de monitoramento do rio Casca (RD018) ..................................................................................... 69Figura 42 Porcentagem de resultados que no atenderam ao padro da classe 2 Estao de monitoramento do rio Matip (RD021) ................................................................................... 69

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    Figura 43 - Porcentagem de resultados que no atenderam ao padro da classe 2 nas estaes de monitoramento RD019 e RD023, situadas na calha do rio Doce, dentro da UPGRH DO1 70Figura 44 Vazes mximas anuais do Rio Piranga em Ponte Nova ...................................... 71Figura 45 Ponte Nova em janeiro de 2003 ............................................................................ 72Figura 46 Ponte Nova em dezembro de 2008 ....................................................................... 72Figura 47 Projees de demanda (Q ret) no cenrio tendencial para cada uso da UPGRH DO1 .......................................................................................................................................... 74Figura 48 Enquadramento no mbito do Plano para o rio Piranga ........................................ 86Figura 49 Enquadramento no mbito do Plano para o rio do Carmo .................................... 87Figura 50 Enquadramento no mbito do Plano para o rio Casca .......................................... 88Figura 51 Enquadramento no mbito do Plano para o rio Matip ........................................ 89

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    1. APRESENTAO O presente documento consubstancia o Plano de Ao de Recursos Hdricos da

    Unidade de Planejamento e Gesto de Recursos Hdricos DO1 Piranga PARH UPGRH DO1.

    O PARH Piranga parte integrante do Plano Integrado de Recursos Hdricos da Bacia do Rio Doce PIRH Doce, e considera os mesmos objetivos, metas bsicas, horizonte de planejamento e a realidade desejada para a bacia do rio Doce. Cada PARH , desta maneira, um desdobramento do Plano Integrado de Recursos Hdricos, de acordo com as especificidades de cada unidade de planejamento.

    Os contedos e informaes aqui apresentados so, portanto, transpostos do Relatrio Final do PIRH Doce, devendo o mesmo ser adotado como referncia nas questes relativas aos procedimentos metodolgicos utilizados e fontes de consulta especficas.

    Para efeito de anlise e planejamento, o PIRH Doce adotou nove unidades, assim estruturadas:

    No estado de Minas Gerais, adotou-se a diviso das j formadas Unidades de Planejamento e Gesto dos Recursos Hdricos (UPGRHs), com seus respectivos Comits de Bacia estruturados, conforme descrito abaixo:

    DO1 Comit de Bacia Hidrogrfica do rio Piranga; DO2 Comit de Bacia Hidrogrfica do rio Piracicaba; DO3 Comit de Bacia Hidrogrfica do rio Santo Antnio; DO4 Comit de Bacia Hidrogrfica do rio Suau; DO5 Comit de Bacia Hidrogrfica do rio Caratinga; e DO6 Comit de Bacia Hidrogrfica guas do rio Manhuau.

    No Estado do Esprito Santo, embora existam os Comits das Bacias Hidrogrficas do rio Santa Maria do Doce, do rio Guandu e do rio So Jos, bem como os Consrcios dos rios Santa Joana e Pancas, foram constitudas no mbito do PIRH Doce, unicamente para efeito de planejamento e descrio de dados, as seguintes unidades de anlise (UA):

    UA Guandu, abrangendo predominantemente a bacia do rio Guandu; UA Santa Maria do Doce, abrangendo as bacias dos rios Santa Maria do Doce

    e Santa Joana; e

    UA So Jos, abrangendo as bacias dos rios Pancas, So Jos e a regio da Barra Seca, ao norte da foz do rio Doce, que drena diretamente para o Oceano Atlntico

    A Figura 1, adiante, ilustra este aspecto.

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    Figura 1 Unidades de anlise da bacia do rio Doce

    A etapa mais robusta de elaborao do PIRH Doce, no que diz respeito ao volume de informao processado, corresponde ao diagnstico da bacia, finalizado e entregue aos rgos gestores no final de 2008. As informaes aqui contidas refletem, portanto, a realidade da poca, tendo sido utilizadas, predominantemente, informaes secundrias plenamente consolidadas constantes de fontes oficiais. Algumas complementaes foram realizadas entre a entrega do diagnstico e a montagem do PIRH e dos PARHs, como, por exemplo, as relacionadas com o setor primrio a partir da publicao do Censo Agropecurio ano base 2006.

    O uso de informaes secundrias consolidadas permite identificar precisamente fontes e resultados, conferindo maior solidez ao processo analtico e a prpria discusso e avaliao dos resultados obtidos. Por outro lado, os mesmos dados podem no permitir uma identificao das peculiaridades dos municpios da bacia por serem apresentados de forma agrupada. Portanto, as aes propostas no PARH necessitam de uma anlise mais detalhada quando da aplicao dos recursos do Plano.

    importante destacar, no processo de desenvolvimento do PIRH Doce e Planos de Ao de Recursos Hdricos, a ao do Grupo de Acompanhamento Tcnico GAT, grupo formado por representantes das nove Unidades de Anlise e dos rgos gestores deste processo, estes ltimos representados pelo Instituto Mineiro de Gesto das guas IGAM, Agncia Nacional de guas ANA e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos IEMA/ES.

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    O trabalho do GAT, com a viso local das peculiaridades regionais, permitiu a adequao, em vrias circunstncias, da escala de trabalho adotada no estudo, no sentido de se buscar o aprimoramento e a traduo da realidade da bacia para as diretrizes consolidadas neste documento.

    A estrutura do PARH Piranga segue, em linhas gerais, a mesma estrutura adotada no desenvolvimento do PIRH Doce, contemplando um diagnstico situacional da unidade, com nfase nas questes relativas aos recursos hdricos, e a descrio dos programas previstos para enfrentar as principais questes que comprometem a qualidade e disponibilidade da gua e, por conseguinte, da qualidade de vida na UPGRH.

    O presente documento est estruturado conforme os seguintes captulos:

    Diagnstico Sumrio da UPGRH DO1, contemplando as principais informaes que caracterizam a Unidade de Planejamento e Gesto de Recursos Hdricos frente bacia do Doce como um todo, com nfase nas questes que demandam maior esforo de gesto. Este captulo tambm apresenta um prognstico tendencial, buscando caracterizar a situao dos recursos hdricos da UGPRH no ano de 2030.

    O Comit de Bacia do Piranga, descrevendo a atual estrutura do CBH Piranga, rgo normativo e deliberativo que tem por finalidade promover o gerenciamento de recursos hdricos na regio, envolvendo, em um mbito maior, a promoo do debate sobre as questes hdricas e o arbitramento dos conflitos relacionados com o uso da gua e que, em ltima instncia; iro aprovar e acompanhar a execuo do Plano de Recursos Hdricos da Bacia do Doce, e o respectivo Plano de Ao.

    Os Objetivos e Metas projetados para a bacia, expressando a realidade possvel para o horizonte do Plano, atravs de metas de planejamento e aes fsicas, quantificadas e com prazos estipulados para a sua consecuo.

    Intervenes Recomendadas e Investimentos Previstos, descrevendo o escopo geral das aes previstas e elencando as aes especficas para a bacia, incluindo, quando pertinente, as indicaes de criticidade dos problemas identificados.

    Concluses e Diretrizes Gerais para a Implementao do PARH, onde so discutidas e expostas as motivaes e indicaes das aes propostas, definindo-se as prioridades e os efeitos esperados para a bacia.

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    2. DIAGNSTICO SUMRIO DA UPGRH DO1

    2.1.Caracterizao Geral da UPGRH DO1 A UPGRH DO1 insere-se totalmente no Estado de Minas Gerais. Possui uma rea de

    17.571,37 km, constituindo-se na segunda maior unidade da bacia do rio Doce, em termos de rea (Figura 2).

    Figura 2 Delimitao da UPGRH DO1 Piranga A UPGRH DO1 - Piranga estende-se desde as nascentes do rio Piranga at as

    proximidades do Parque Estadual do Rio Doce (PAQE). composta pelas bacias hidrogrficas do rio Piranga propriamente dita, que ocupa uma rea de 6.606 km, pela bacia hidrogrfica do rio do Carmo, com rea de 2.278 km, pela bacia do rio Casca, com rea de 2.510 km e pela bacia hidrogrfica do rio Matip, com 2.550 km. A rea destas bacias hidrogrficas so ainda acrescidas das reas de drenagem de outros crregos de contribuio hdrica menos representativa, que drenam diretamente para o rio Doce, por ambas as margens, chamada rea incremental Piranga (DO1), a qual ocupa 3.626 km (Figura 3).

    O Quadro 1 discrimina as reas ocupadas por cada componente da UPGRH DO1.

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    OuroPreto

    Caranda

    Ressaquinha

    Conselheiro LafaieteCristiano Otoni

    OuroBranco

    Mercs

    Rio Pomba

    Rio Piracicaba

    Ub

    So Domingos do Prata

    So Geraldo

    Marliria

    JaguarauTimteo

    IpatingaSantana doParaso

    Caratinga

    VargemAlegre

    EntreFolhas

    Manhuau

    SoJoo doManhuau

    SantaBrbara doLeste

    SantaRita deMinas

    Simonsia

    Piedade deCaratinga

    Pimenta

    Desterrodo Melo

    Senhora dosRemdios

    Alto RioDoce

    Divinsia

    Dores doTurvo

    CapelaNova

    SenadorFirmino

    Cipotnea

    Caranaba

    PaulaCndido

    RioEspera

    Coimbra

    BrsPires

    Ervlia

    Senhora deOliveira

    Lamim

    Santanados Montes

    Cajuri

    PresidenteBernardes

    ViosaSo Migueldo Anta

    Catas Altasda Noruega

    Piranga

    Cana

    Itaverava

    PortoFirme

    Araponga

    Teixeiras Pedrado Anta

    Guaraciaba

    PedraBonita

    Amparoda Serra

    Diogo de Vasconcelos

    Sericita

    Jequeri

    PonteNova

    OuroPreto

    SantaMargarida

    Mariana

    Acaiaca

    UrucniaSantoAntnio doGrama

    Abre-Campo

    BarraLonga

    Matip

    Piedade de Ponte Nova

    Rio Doce SantaCruz doEscalvado

    RioCasca

    Caputira

    So Pedrodos Ferros

    DomSilvrio

    Alvinpolis

    RaulSoares

    Sem-Peixe

    VermelhoNovo

    So Josdo Goiabal

    Dionsio

    CrregoNovoBom Jesusdo Galho

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    R io Doce

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    Ribeiro gua Lim p a

    Rio Turvo SujoRio Ca

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    Rio Doce

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    Rio Piranga

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    Ribeiro do Turvo

    Ribeiro do Belm

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    Rio Sacramento

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    Rio Xopot

    Rio Sem-peixe

    Rio do C armo

    Rio do Carm o

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    na

    4240'0"W430'0"W 4220'0"W 420'2"W 4140'0"W

    2040'0

    "S21

    0'0"S

    2120'0

    "S21

    40'0"S

    4340'0

    "W44

    0'0"W

    2040'0"S210'0"S2140'0"S

    Figura 3 - Delimitao da UPGRH Piranga X delimitaodas Bacias Hidrogrficas

    1:600.000

    Projeo Cnica Conforme de LambertDatum: South American 1969Fonte:Cartas Topogrficas - adaptadoElaborao: Consrcio Ecoplan - Lume

    Legenda:!P Sede Municipal

    LocalidadesHidrografiaLimite MunicipalLimite da UPGRH PirangaBacia IncrementalBacia do Rio PirangaBacia do Rio CascaBacia do Rio do CarmoBacia do Rio Matip

  • -- Contrato N 002/2007 - IGAM-- Plano Integrado de Recursos Hdricos da Bacia do Rio Doce e dos Planos de Aes de Recursos Hdricos para as Unidades de

    Planejamento e Gesto de Recursos Hdricos no mbito da Bacia do Rio Doce

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    Quadro 1 Detalhamento das reas dos componentes da UPGRH DO1

    Crrego/Rio Componente da UPGRH DO1 rea de Drenagem (rea da bacia em km)Bacia do rio Piranga 6.606,57 Bacia do rio Casca 2.510,63 Bacia do rio do Carmo 2.277,95 Bacia do rio Matip 2.549,74 Bacia Incremental Piranga (DO1) 3.626,48

    Total 17.571,37

    2.2.Caracterizao Fsico-Bitica da UPGRH DO1

    2.2.1. Situao e Acesso A UGPRH DO1 ocupa territrios de vrios municpios mineiros, que encontram-se

    classificados, principalmente, nas mesorregies Zona da Mata e Campos das Vertentes e em microrregies como Ponte Nova, Viosa, Manhuau, Conselheiro Lafaiete e Barbacena.

    A unidade apresenta uma srie de rodovias, federais e estaduais, ligando as suas principais cidades s rodovias de importncia nacional. A BR 116 tangencia a unidade na sua poro leste, com um trajeto na direo N-S; e a BR 040, na poro oeste, tangencia a unidade na poro oeste; a BR 120 permite o acesso ao centro da unidade a partir do sul. Outras rodovias federais que do acesso unidade so a BR482, a BR 356 e a BR/262. Entre as rodovias estaduais, a MG 262 cruza a unidade na direo oeste-leste e a MG 329, na direo SW-NE. Outras rodovias estaduais de interesse so a MG 326, a MG 123 e a MG 320.Os municpios da regio no contam com aeroportos prprios. Os aeroportos mais prximos com vos regulares so os de Belo Horizonte, Confins, Ipatinga e Juiz de Fora. As cidades de Barbacena e Manhuau tambm tm aeroportos, mas sem vos comerciais.

    2.2.2. Rede Hidrogrfica

    Os rios mais representativos que compem a UPGRH DO1 so o prprio Piranga, Casca, do Carmo e Matip. As fraes incrementais agregam diversos crregos de menor expresso na UPGRH, os quais drenam diretamente para a calha do rio Doce.

    O rio Piranga nasce no municpio de Ressaquinha, cuja sede no est inserida na bacia do rio Doce. Desenvolve-se por cerca de 470 km e, quando se encontra com o Ribeiro do Carmo, formam o rio Doce. Seus principais afluentes so os rios So Bernardo, Xopot, Turvo Limpo e Oratrios.

    O rio do Carmo nasce no municpio de Ouro Preto, e tem como principais afluentes os rio Gualaxo do Sul e Gualaxo do Norte. O rio Casca nasce no municpio de Ervlia, tendo como principal afluente o rio Santana. No seu trecho baixo configura-se a divisa entre os municpios de Rio Casca e So Pedro dos Ferros, at desaguar no rio Doce. O rio Matip tem suas nascentes nos municpios de Sericita/Pedra Bonita. No seu trecho baixo estabelece a divisa entre os municpios de So Pedro dos Ferros e Raul Soares, at desaguar no rio Doce.

    Na frao incremental da UPGRH DO1, encontram-se os rios que drenam diretamente para o rio Doce. Pela margem esquerda, os mais significativos so o Rio do Peixe, Rio sem Peixe, Ribeires Mombaa, do Turvo e do Belm. Pela margem direita destaca-se o Rio Sacramento.

    A Figura 4 ilustra a rede hidrogrfica da UPGRH DO1, juntamente com a malha viria federal e estadual, municpios, localidades e principais manchas urbanas presentes.

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    RioDoceBom Jesusdo Galho

    Desterrodo Melo

    Senhora dosRemdios

    Alto Rio Doce

    Divinsia

    Dores doTurvo

    CapelaNova

    SenadorFirmino

    Cipotnea

    Caranaba

    PaulaCndido

    RioEspera

    Coimbra

    BrsPires

    Ervlia

    Senhora deOliveira

    Lamim

    Santanados Montes

    Cajuri

    PresidenteBernardes

    ViosaSo Migueldo Anta

    Catas Altasda Noruega

    Piranga

    Cana

    Itaverava

    Porto Firme

    Araponga

    Teixeiras Pedrado Anta

    Guaraciaba

    PedraBonita

    Amparoda Serra

    Diogo deVasconcelos

    Sericita

    Jequeri

    OratriosPonte Nova

    OuroPreto

    SantaMargarida

    Acaiaca

    Urucnia SantoAntnio doGrama

    Abre-Campo

    BarraLonga

    Matip

    Piedade dePonteNova

    Pingo-d'gua

    Santa Cruz do Escalvado

    Rio Casca

    Caputira

    SoPedro dosFerros

    DomSilvrio

    Alvinpolis

    RaulSoares

    Sem-Peixe

    VermelhoNovo

    Dionsio

    CrregoNovo

    Pimenta

    Piedade deCaratinga

    BR-120/MG-447BR-120/MG-447

    BR-381

    BR-120/BR-356

    BR-040MG-320

    BR-265/MG-265

    BR-116

    BR-356

    BR-120/BR-356

    BR-116

    BR-120

    BR-262

    BR-381

    BR-120

    MG-232

    BR-040

    MG-458

    BR-040

    BR-116

    BR-116

    BR-116

    BR-120

    BR-120

    MG-329

    BR-116

    MG-448

    BR-356/MG-356

    BR-116

    MG-262

    BR-262

    BR-120

    BR-381

    MG-262

    BR-482

    MG-262

    BR-381

    BR-381

    BR-482

    MG-123

    BR-356

    MG-329

    BR-040

    BR-482

    MG-262

    MG-262

    BR-265/MG-265

    BR-040

    BR-482

    MG-262

    BR-356

    MG-448

    MG-458

    MG-329

    BR-381

    MG-262

    BR-356

    BR-381

    BR-120/MG-447MG-120

    MG-111

    MG-108

    MG-452

    MG-326

    MG-232BR-120

    BR-262

    BR-482

    MG-275

    MG-270

    Cr rego Seco

    Rio Cas ca

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    Rio Guax a

    lo do Sul

    Rio Xopot

    Rio Sem-Peix es

    Rio Mai nart

    Ribeiro da M utuca

    Rio do P

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    ego Pirapeti ngaRio Tur v o Limpo

    R io Casca

    Ri b eiro de Ramos

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    Rio Xo pot

    Ribeiro gua Limpa

    Rio Mati p

    Crre go

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    C rrego Crispim

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    Rio P iranga

    Rio P iranga

    Rio Br eja ba

    C rrego Trind ade

    Crrego S o Pedro

    Ribeiro do Carmo

    Rio Bacalhau

    Crrego Pa lmital Crrego do s Cristais

    C rrego S o Tom

    Rio Casca

    Rio Casc a

    Ri beiro So Jos dos Nogueiras

    TSIRio C asca

    Rio Matipo

    Rio Casca

    Rio B acalhau

    Rio Piranga

    Crreg o

    Novo

    Ribe i ro do Galho

    Crrego Ro c hedo

    R ibeir o Flo riana Ribeiro Mom b aa

    Ri beiro d o Turvo

    Crrego Pas sa Dez

    Crreg

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    Crrego Grande

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    Crrego Gr ande ou Novo

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    R ibeiro Sac r ame nto

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    Crre go Comprida

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    BR-040

    BR-040

    BR-040

    BR-116MG-329

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    BR-120

    BR-120

    BR-040

    BR-120

    BR-381

    4245'1"W430'2"W4315'0"W 4230'0"W 4215'0"W 420'0"W 4145'0"W

    2045'0

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    0'0"S

    2115'0

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    30'0"S

    4330'0

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    15'0"W

    2045'0"S210'0"S

    Figura 4 - Hidrografia da UPGRH Piranga

    1:600.000

    Projeo Cnica Conforme de LambertDatum: South American 1969Fonte:IBGE - adaptadoElaborao: Consrcio Ecoplan - Lume

    Legenda:!P Sede Municipal

    LocalidadesRodovia EstadualRodovia Federal

    Hidrografia PrincipalHidrografiaLimite da UPGRH Piranga

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    2.2.3. Solos Os solos so apresentados de forma sucinta a seguir, pela relao entre os processos

    erosivos e a qualidade e a quantidade de gua superficial. Na UPGRH DO1 predominam os solos das classes Latossolos, Argilossolos e Cambissolos (Figura 5). Destas classes, ao Argilossolos so os de maior erodibilidade e os Latossolos, os de menor.

    Os Latossolos Vermelho-Amarelos formam a classe de ocorrncia mais extensa, desenvolvendo-se ao longo de praticamente toda a UPGRH.

    Prximo s confluncias dos rios Carmo, Piranga e Casca, junto ao rio Doce, dominam os Argissolos Vermelhos. Nas nascentes dos rios Carmo e Piranga ocorrem os Cambissolos Hplicos. Na parte baixa da unidade, j na calha do rio Doce, junto confluncia do rio Matip ocorrem os Latossolos Amarelos. Ainda h uma nfima poro de Argissolos Vermelho-Amarelos junto s nascentes dos rios Turvo, Turvo Limpo e Turvo Sujo.

    Figura 5 Solos da UPGRH DO1

  • -- Contrato N 002/2007 - IGAM-- Plano Integrado de Recursos Hdricos da Bacia do Rio Doce e dos Planos de Aes de Recursos Hdricos para as Unidades de

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    Os Latossolos Vermelho-Amarelos so solos profundos, acentuadamente drenados, ocorrendo principalmente nos planaltos dissecados. Possuem baixa saturao de bases (distrficos) e alta saturao com alumnio (licos), sendo de baixa fertilidade natural.

    Os Latossolos Amarelos so solos geralmente profundos e bem estruturados, sempre cidos, nunca hidromrficos, porm so pobres em nutrientes para as culturas.

    Os Argissolos compreendem solos de profundidade varivel, com um horizonte subsuperficial com maior teor de argila e a menor condutividade hidrulica que o superficial. Este gradiente textural do horizonte subsuperficial pode, durante uma chuva forte, determinar uma rpida saturao do horizonte superficial mais arenoso e a reduo da infiltrao da gua na superfcie do solo. Isto faz com que desenvolva enxurrada com energia suficiente para arrastar partculas de solo ao longo da pendente mesmo suavemente ondulada.

    Para os Argilossolos Vermelhos o principal uso a pastagem com capim colonio nos solos eutrficos, enquanto que nos vales planta-se milho, arroz, etc. A principal limitao destes solos o relevo. Tendo em vista que a quase totalidade da rea ocupada com argissolo est em relevo forte ondulado e/ou montanhoso, e, devido ao problema da grande suscetibilidade eroso que esses tipos de solos apresentam, sua utilizao torna-se restrita ao uso com pastagens e culturas permanentes de ciclo longo, tais como caf e citrus.

    Os Argissolos Vermelho-Amarelos tm melhor aptido para cultivos quando situados em relevo suave ondulado. Quando o relevo mais movimentado, no so recomendados para agricultura, e sim para silvicultura.

    Os Cambissolos Hplicos compreendem solos minerais, no hidromrficos, bem drenados, pouco profundos a profundos, com ocorrncia de minerais facilmente intemperizveis e fragmentos da rocha matriz no perfil. Este tipo de solo apresenta restries explorao agrcola.

    2.2.4. Suscetibilidade Eroso No que diz respeito suscetibilidade eroso dos solos, a UPGRH DO1 apresenta

    53% de suas terras com forte suscetibilidade eroso. Outros 44% so ocupados com mdia suscetibilidade eroso, e 4% para a classe muito forte. (Quadro 2 e Figura 6).

    Quadro 2 Suscetibilidade erosiva e produo de sedimentos

    UPGRH Suscetib. Erosiva Perc./Classe de Suscetib. PEMS*(t/km/ano) rea de Drenagem (km)

    Piranga Muito Forte 3%

    50-100** 17.571 Forte 53% Mdia 44%

    * Produo especfica mnima de sedimento (Fonte: Mapa da Eletrobrs, 1992) ** Dado obtido em mapa adaptado da Eletrobrs/1992

    As reas de maior suscetibilidade so pontuais, espalhadas por toda a unidade.

    Situam-se nas nascentes do rio do Carmo e do rio Gualaxo do Norte, nas nascentes do rio Matip e em sua prpria calha, prximo desembocadura com o rio Doce.

    Apesar desta suscetibilidade relevante, a proteo dos solos no uma prtica corrente na unidade. Dados do Censo Agropecurio de 2006 indicam que quase 40% dos estabelecimentos encontrados nos municpios da Unidade no adotam nenhuma prtica agrcola de conservacionista; cerca de 50% adota o plantio em nveis, 8% realizam rotao de culturas e pouco mais de 1% adotam terraceamento (Quadro 3).

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    Figura 6 Classes de suscetibilidade eroso da UPGRH DO1 Fonte: Adaptado de CETEC/1989

    Quadro 3 Prticas agrcolas utilizadas nos estabelecimentos, por tipo de prtica - 2006

    UPGRH Total de Estabele-cimentos

    Prticas Agrcolas Utilizadas nos Estabelecimentos por Tipo de Prtica

    Plantio em

    Nvel

    Uso de Terraos

    Rotao de

    Culturas

    Lavouras p/ Reforma,

    Renovao, Recuperao de Pastagens

    Pousio ou

    Descanso de Solos

    Queimadas

    Proteo e/ou

    Conservao de Encostas

    Nenhuma das

    Prticas Agrcolas

    DO1 45.106 49,32% 1,43% 8,27% 3,02% 3,83% 0,94% 4,91% 39,60%

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    2.2.5. Geologia e Recursos Minerais A UPGRH DO1 apresenta pelo menos dois conjuntos litolgicos distintos: a oeste, as

    rochas mais antigas do arqueano, representadas por inmeros complexos (Agu, Aac, Act, , Amt, Amu, Arv e Asb) , e a poro leste, onde ocorrem as rochas Proterozicas (PPbo, PPit, PPjf, PPpi, PPsa e PPsm) e Neo-Proterozicas (NPg1, NP nv e NPrd), e ainda a sedimentao do Cenozico (CT e CQa) (Figura 7).

    Figura 7 Geologia da UPGRH DO1

    As estruturas que as colocaram em contato dizem respeito s zonas de intensa deformao, que em campo se materializam sob a forma de falhas de empurro, zona de fragilidade esta que permitiu a intruso dos corpos granitides pr-colisionais disseminados na rea (NPg1).

    A seguir a descrio de cada uma das unidades litolgicas ocorrentes na UPGRH.

    Agu - Complexo Guanhes - gnaisses migmatizados bandados intercalados com seqncias vulcanossedimentares metamorfizadas na fcies anfibolito

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    Aac Complexo Acaiaca ortognaisses granulticos, gnaisses kinzigticos e quartzitos com silimanita e granada enderbito, opdalito e norito, sempre intercalados com gnaisses e migmatitos retrometamorfisados na fcies anfibolito.

    Amt - Complexo Mantiqueira - ortognaisses intercalados com rochas metabsicas, metapiroxenitos e pegmatitos, normalmente concordantes com o bandamento gnissico

    Act Complexo Crrego Taioba granitides pr a sintectnicos, tonalitos a granitos calcialcalinos e ortognaisses granulticos

    Amu Unidades Metaultramficas rochas metaultramficas, metamficas e metassedimentares qumicas (formao ferrfera bandada), alm de quartzitos e micaxistos

    Arv Supergrupo Rio das Velhas Grupo Nova Lima (sedimentos pelticos e psamticos, metavulcanitos e filitos), Grupo Quebra Osso (associao de litofcies plutnica-vulcnica mfica-ultramfica) e Grupo Maquine (quartzitos, lentes de metaconglomerados e quartzo-clorita xistos)

    Asb Complexo Santa Brbara gnaisses migmatticos e granitos, tonalitos, anfibolitos, e intruses mficas e utramficas

    PPbo - Sute Borrachudos - corpos granticos diversos (monzogranitos a sienogranitos porfirticos com encraves mficos)

    PPit Grupo Itacolomi quartzitos, quartzitos conglomerticos e lentes de conglomerado com seixos de itabirito, filito, quartzito e quartzo de veio

    PPjf Complexo Juiz de Fora Unidade Charnocktica (granada-biotita opdalito com clinopiroxnio, charnocktico, charno-opdalito e enderbito), Unidade Enderbtica (Gnaisses Archers e restos de gnaisses granulticos) e Unidade Tonaltica (intercalaes de granulito mfico, remanescentes locais de ortognaisses do embasamento mesoarqueano)

    PPpi Complexo Piedade ortognaisses TTG e granticos-granodiorticos com freqentes intercalaes de rochas supracrustais

    PPsa Sutes Alcalinas sienitos, granitos alcalinos e granitides clcio-alcalinos de alto K (granito, granodiorito, monzonito, monzodiorito)

    PPsm Supergrupo Minas seqncia metassedimentar da fcies xisto verde a anfibolito (sedimentos plataformais empilhados em quatro grandes unidades, englobando os sedimentos clsticos do Grupo Caraa, sedimentos qumicos do Grupo Itabira, unidades clsticas e qumicas do Grupo Piracicaba e sedimentos do tipo flysh do Grupo Sabar

    NPnv Complexo Nova Vencia biotita gnaisses localmente migmatizados com intercalaes de gnaisses kinzigticos, anfibolitos, mrmores, quartzitos impuros e rochas calcissilicticas, e ainda, uma unidade terrgena com intercalaes carbonticas, metacalcrio, anfibolito, e mrmore

    NPrd - Grupo Rio Doce - sequncia psamo-peltica/vulcnica de idade proterozica, complexamente deformado e metamorfizado na fcies anfibolito

    CT - coberturas sedimentares detrticas cenozicas - eluvies e coluvies com graus variados de laterizao

    CQa depsitos inconsolidados aluvionares quaternrios (CQa), encontrados ao longo das calhas e plancies de inundao de praticamente todos os rios da unidade

    Do ponto de vista da geologia econmica, a UPGRH DO1 abriga ocorrncias (com ou sem explorao) de minrio de ferro, gemas diversas, ouro, rochas ornamentais e materiais de construo, dominantemente areia (Figura 8).

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    Figura 8 Processos minerrios da UPGRH DO1

    2.2.6. Hidrogeologia Cerca de 70% da UPGRH DO1 situa-se sobre os sistemas aqferos das rochas

    cristalinas, cujo substrato so rochas granitides de composies diversas. Outros 23% da superfcie da UGPRH DO1 assenta-se sobre aqferos xistosos, 3% sobre aqferos quartzticos e 4%, apenas, sobre aqferos porosos ou granulares (Figura 9).

    Os aqferos granulares ou porosos so bons produtores de gua subterrnea, podendo ser utilizados para explotao de gua para usos consuntivos. No entanto, este uso torna-se bastante restrito em face da pequena ocorrncia deste tipo de aqfero na UPGRH (apenas 4 % da rea da unidade).

    Os aqferos fissurados quartzticos possuem maior favorabilidade hidrogeolgica em relao aos aqferos desenvolvidos em rochas cristalinas e xistosas e, portanto, podem ser utilizados para explotao de gua para usos consuntivos, apesar de sua pequena extenso.

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    Figura 9 Hidrogeologia da UPGRH DO1

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    2.2.7. Uso e Ocupao dos Solos A UPGRH DO1 desenvolve-se dominantemente sobre o bioma da Mata Atlntica, o

    qual representa um dos maiores repositrios de biodiversidade do planeta. No Brasil, o terceiro maior bioma, depois da Amaznia e do Cerrado (Figura 10).

    Figura 10 Biomas da bacia do rio Doce

    O bioma Mata Atlntica divide-se em duas principais ecorregies: a floresta Atlntica costeira e a do interior, incluindo as florestas nos diferentes gradientes de altitude (desde o nvel do mar at 1.800 m), com conseqente variao de tipos de solos, de umidade, temperatura e outros fatores cuja combinao resulta em uma diversidade de paisagens com extraordinria diversidade biolgica.

    Segundo o Decreto Federal N 750/93, considera-se Mata Atlntica as formaes florestais e ecossistemas associados, inseridos no domnio Mata Atlntica, com as respectivas delimitaes e denominaes estabelecidas pelo Mapa de Vegetao do Brasil, IBGE: Floresta Ombrfila Densa Atlntica; Floresta Ombrfila Mista; Floresta Ombrfila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; Floresta Estacional Decidual; manguezais; restingas; campos de altitude; brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste (BRASIL, 1993).

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    Percebe-se uma ligeira concentrao de reas mais preservadas em dois locais distintos na unidade: junto s nascentes do rio o Carmo e de seus principais afluentes, e tambm na calha do rio Doce, junto desembocadura dos ribeires Mombaa e do Turvo, na rea que forma o Parque Estadual do Rio Doce.

    A classificao da imagem de satlite da Figura 11 resultou no mapeamento de 14 classes de cobertura dos solos. O Quadro 4 apresenta os quantitativos das classes mapeadas e seus respectivos valores para rea relativa e total; nmero de fragmentos; tamanho mdio dos fragmentos; e o desvio padro dos dados.

    Quadro 4 UPGRH DO1: classes de uso e cobertura do solo

    Cobertura do solo

    Porcentagem em relao

    baciarea Total (Hectares)

    Numero de Fragmentos

    Tamanho Mdio

    (Hectares)Desvio Padro

    Floresta Ombrfila Densa 0,11 1905,23 3 635,00 1044,00Floresta Estacional Semi-Decidual 30,16 529977,06 11338 46,70 1030,70Savana Florestada 0,03 560,59 24 23,36 27,85Savana Gramneo Lenhosa 0,10 1737,71 28 62,10 178,30Formao Pioneira com Influncia Fluvial e/ou Lacustre 0,11 2014,25 6 336,00 445,00Refgios Vegetacionais 0,46 8046,18 304 26,50 222,00Corpos d'gua 0,42 7315,73 266 27,50 45,83Vegetao secundria em estgio inicial 0,76 13358,98 822 16,25 28,70Agricultura 4,19 73687,14 2523 29,20 122,90Agropecuaria 3,82 67187,91 711 94,50 1188,10Pecuaria 57,62 1012537,72 4534 223,00 12990,00Influncia Urbana 0,39 6788,99 150 45,25 116,07Florestamento/ Reflorestamento 1,18 20675,93 128 161,50 463,90reas Antrpicas Indiscriminadas 0,54 9538,74 1168 8,17 25,38No Classificado 0,10 1753,95 94 18,66 59,22

    Fonte: PROBIO/MMA/UFRJ/IESB/UFF, 2006

    Sist

    ema

    Nat

    ural

    Sist

    ema

    Ant

    ropi

    zado

    A tipologia que ocupa a maior rea Pecuria (aproximadamente 57% da rea), seguida pela Floresta Estacional Semi-decidual (cerca de 30%), perfazendo mais de 87% da rea total da bacia.

    Apesar de o uso Pecurio ocupar a maior parte da unidade, nota-se que a Floresta Estacional Semi-Decidual possui duas vezes mais reas isoladas ou fragmentos (11.000 ha de floresta contra 4.500 ha de pecuria, aproximadamente). Estes fragmentos de Floresta Estacional Semi-Decidual possuem o tamanho mdio muito inferior (23 contra 223) e o desvio padro tambm (27 contra 12.990 hectares), em relao classe Pecuria. Estes dados mostram que os fragmentos de Floresta Estacional Semi-Decidual se encontram fragmentados dentro de uma paisagem dominada por pastagens. Isso fica claro quando se analisam os dados do mapeamento da Pecuria: as reas possuem grande variedade de tamanho, e esta variao, aliada a um nmero bem menor de fragmentos, mostra que existem reas de pecuria muito grande. Desta maneira, esta classe possui encraves de Floresta Estacional Semi-Decidual.

    As classes de mapeamento esto correlacionadas distribuio das classes dominantes (Floresta Estacional Semi-Decidual e Pecuria): enquanto o Sistema Natural ocupa apenas 31% da rea total mapeada, o Sistema Antrpico ocupa 69%, mostrando que esta unidade se encontra bastante alterada, em relao sua cobertura primitiva.

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    Figura 11 Cobertura do solo na UPGRH DO1 Fonte: PROBIO, MMA, UFJF, UFF / 2006

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    A Figura 12 ilustra o uso e ocupao dos solos na UPGRH DO1 por tipologia. O mapeamento permite afirmar que aproximadamente 69% da rea da unidade teve sua fitofisionomia original substituda pelo Sistema Antrpico.

    Fonte: Adptado de PROBIO/MMA/UFRJ/IESB/UFF (2006)

    30%

    1%66%

    2%1%FlorestaOutras Formaes NaturaisAgropecuriaReflorestamentoOutros Usos Antrpicos

    Figura 12 Uso e cobertura do solo da UPGRH DO1 por tipologia

    2.2.8. Unidades de Conservao e reas Legalmente Protegidas

    Na bacia do rio Doce existem atualmente regularizadas e implementadas 19 UCs de Proteo Integral. Estas esto divididas nas categorias Parque (dois nacionais, sete estaduais, trs municipais), duas Estaes Ecolgicas (uma estadual e outra municipal), quatro Reservas Biolgicas (trs federais e uma municipal) e um Monumento Natural Federal.

    Na UPRGH Piranga, verificam-se diversas unidades de conservao dos mais variados tipos, sendo quatro de proteo integral e, as demais, de uso sustentvel (Quadro 5 e Figura 13).

    Quadro 5 Relao de unidades de conservao da UPGRH DO1 Tipo Nome Cidade Uso

    APAE Seminrio Menor de Mariana Mariana Uso sustentvel APAE Cachoeira das Andorinhas Ouro Preto Uso sustentvel APAM Araponga Araponga Uso sustentvel APAM Barra Longa Barra Longa Uso sustentvel APAM N da Silva Cajuri Uso sustentvel APAM Cana Cana Uso sustentvel APAM Crrego Novo Crrego Novo Uso sustentvel APAM Gualaxo do Sul Diogo de Vasconcelos Uso sustentvel APAM Rio Mombaa Dionsio Uso sustentvel APAM Dionsio Dionsio Uso sustentvel APAM Serrana Divinsia Uso sustentvel APAM APA de Ervlia Ervlia Uso sustentvel APAM Matinha Guaraciaba Uso sustentvel APAM Brecha Guaraciaba Uso sustentvel APAM Jequeri Jequeri Uso sustentvel APAM Oratrios Oratrios Uso sustentvel APAM Brana Paula Cndido Uso sustentvel APAM Pingo D'gua Pingo D'gua Uso sustentvel

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    Tipo Nome Cidade Uso APAM Piranga Piranga Uso sustentvel APAM Presidente Bernardes Presidente Bernardes Uso sustentvel APAM Nascentes do Ribeiro Sacramento So Jos do Goiabal Uso sustentvel APAM Capivara So Miguel do Anta Uso sustentvel APAM Senador Firmino Senador Firmino Uso sustentvel APAM Senhora de Oliveira Senhora de Oliveira Uso sustentvel APAM Teixeiras Teixeiras Uso sustentvel APEE Verssimo Ouro Branco Outros EEE Tripu Ouro Preto Proteo integral FLOE Uaimii Ouro Preto Uso sustentvel

    PAQE Serra do Brigadeiro Araponga / Divino / Ervlia / Fervedouro / Miradouro / Muria / Pedra Bonita / Sericita Proteo integral

    PAQE Rio Doce Dionsio / Marliria / Timteo Proteo integral PAQE Itacolomi Mariana / Ouro Preto Proteo integral

    APAE rea de Proteo Ambiental Estadual EEE Estao Ecolgica Estadual APAM rea de Proteo Ambiental Municipal FLOE Floresta Estadual APEE rea de Proteo Especial Estadual PAQE Parque Estadual

    No que tange conservao de reas prioritrias, a UPGRH DO1 conta com inmeras reas mapeadas (Figura 14). As reas consideradas como especiais coincidem todas com as reas onde esto inseridas as unidades de conservao de proteo integral, ou seja, nascentes dos rios Casca e Santana (parque Estadual Serra do Brigadeiro), nascentes dos rios do Carmo e Gualaxo do Sul (Parque Estadual Itacolomi, e ainda a regio onde est inserido o Parque Estadual do Rio Doce.

    Apesar de diversas pores da UPGRH DO1 estarem inseridas em reas com alguma prioridade de conservao, observa-se que a sub-bacia do rio Xopot est totalmente enquadrada como prioridade muito alta para conservao, diferentemente de outras sub-bacias, que possuem apenas partes recomendadas para preservao.

    Neste sentido, convm salientar que a implantao de futuros empreendimentos, como no caso de usinas hidreltricas e/ou barragens para regularizao de vazes, devero considerar esta premissa.

    Em relao s reas legalmente protegidas, foram levantadas as informaes sobre duas categorias: as reas de preservao permanente associadas s nascentes, margens de cursos dgua e de lagos e audes e as reas de encostas. O Censo Agropecurio de 2006 apresenta, por municpio, o nmero de nascentes, rios e lagos protegidos e no protegidos, mas deve-se destacar o carter eminentemente pessoal da resposta (Quadro 6). Por isso, os dados apresentados na sequncia devem ser entendidos como norteadores do processo de deciso.

    Quadro 6 Nmero de estabelecimentos com fontes de gua e conservao da rea de preservao permanente correspondente

    Nascentes Rios ou Riachos Lagos Naturais e/ou Audes Protegidas por

    Matas Sem Proteo

    de Matas Protegidas por

    Matas Sem Proteo de

    Matas Protegidas por

    Matas Sem Proteo

    de Matas 16 916 8 657 6 161 15 143 2 045 5 093

    34% 71% 71%

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    Figura 13 Unidades de conservao na UPGRH DO1

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    Figura 14 reas prioritrias para conservao da biodiversidade

    Fonte: adaptado de Drummond et.al., 2005 e IPEMA, 2005.

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    As nascentes tm a maior preocupao por conservao por parte dos estabelecimentos rurais levantados pelo IBGE. Por outro lado, rios e lagos ou audes tm uma proteo muito pequena, com menos de 30% dos estabelecimentos com aes efetivas de proteo destas reas. Piedade de Ponte Nova destaca-se com uma proteo quase integral das nascentes e margens de rios e lagos, em relao do nmero de estabelecimentos. Por outro lado, Crrego Novo apresenta o menor ndice mdio de proteo destas classes de APP (Figura 15 e Figura 16).

    As reas de encostas tm menos de 5% de conservao, em relao ao nmero de estabelecimentos.

    So Miguel do Anta tem a mais alta adoo de prticas conservacionistas, com apenas 2% dos estabelecimentos declarantes de nenhuma prtica. Pingo da gua e Diogo de Vasconcelos tm mais de 90% de no adoo de medidas de conservao.

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    Figura 15 Prticas conservacionistas

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    Figura 16 Proteo de nascentes e margens de rios e lagos

    2.2.9. Adequao do Uso do Solo

    Para analisar as informaes sobre a adequao do uso do solo em relao suscetibilidade erosiva na UPGRH Piranga, foram sobrepostas as informaes de usos dos solos s de susceptibilidade eroso, gerando a Figura 17.

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    Figura 17 Cruzamento das informaes de suscetibilidade eroso em relao aos usos dos solos na UPGRH DO1

    Para essa operao, o uso do solo foi dividido em trs grupos: sistema natural, corpos dgua e sistema antropizado e reas no classificadas. Os resultados em termos percentuais esto apresentados no Quadro 7.

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    Quadro 7 Percentagem do uso do solo nas classes de suscetibilidade eroso

    UPGRH Suscetibilidade Eroso Uso do Solo (%)

    Sist. Natural Sist. Antropizado

    Piranga Muito Forte 36,13 63,86

    Forte 31,34 68,65 Mdia 32,19 67,8

    A anlise da Figura 17 e do Quadro 7 verifica-se que, de modo geral, a calha do rio

    Piranga a menos impactada pela suscetibilidade eroso, ainda que apresente um certo equilbrio da distribuio das reas antropizadas e das reas preservadas. Porm, proporcionalmente, na classe de suscetibilidade forte que se concentram as maiores aes antrpicas. Tal fato refora a necessidade de implantao de mecanismos de controle de eroso aliados preservao dos fragmentos florestais ali ocorrentes, como forma de estancar e/ou ao menos minimizar o processo de degradao ambiental nesta poro da unidade.

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    Muito Forte Forte Mdia

    %

    Sist. Natural

    Sist. Antropizado

    Figura 18 Percentagem do uso do solo nas classes de susceptibilidade eroso

    2.2.10. Produo de Sedimentos e Contaminantes A estimativa da produo de sedimentos considerou o uso do solo, a erodibilidade

    dos solos, a erosividade das chuvas, a declividade do terreno e a ocorrncia de prticas conservacionistas. A UPGRH DO1 uma das reas mais problemticas da bacia do rio Doce com relao erodibilidade dos solos e produo de sedimentos. Mais de 50% da unidade apresenta classe de suscetibilidade eroso forte devido associao ou no de estiagens prolongadas, s chuvas torrenciais, aos solos susceptveis e aos extensos depsitos superficiais friveis que ocorrem em terraos e nas baixas vertentes.

    Na UPRGH DO1 predominam tipos de eroso laminar, sulcos e voorocas, sendo os trechos mais crticos localizados ao norte da Cidade de Viosa, nas cabeceiras do rio Turvo Limpo e a sudeste da cidade de Alto Rio Doce. As colinas convexo-cncavas com vertentes ravinadas e escoamento concentrado favorecem o surgimento de sulcos e eroso laminar.

    Na bacia do Carmo os condicionantes da suscetibilidade so os solos muito suscetveis, o relevo acidentado e as chuvas intensas (1400 mm/ano) que caem prximo ao divisor, na serra do Espinhao. Nas bacias dos rios Casca e Matip, a suscetibilidade forte est condicionada tambm pela precipitao (1250-1300 mm/ano), pelo relevo acidentado no mdio e alto cursos e pelos solos bem suscetveis eroso.

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    A forte suscetibilidade eroso verificada na UPGRH, aliada ao tipo de uso e cobertura dos solos so os grandes responsveis pela alta taxa de produo de sedimentos verificada nas partes altas da Unidade (50 a 100 ton/km/ano), especificamente junto s nascentes dos rios Piranga e do Carmo (Figura 19).

    Entre outros fatores, as altas taxas de gerao de sedimentos esto associadas s caractersticas de usos dos solos na UPGRH, a qual abriga cerca de 69% de reas antropizadas.

    Figura 19 Produo de sedimentos na bacia do rio Doce Fonte: Adaptado do mapa da Eletrobrs / 1992.

    A utilizao de agrotxicos na UPGRH DO1 foi analisada com base nos dados do Censo Agropecurio de 2006 (Quadro 8). Em mdia, 14,4% dos estabelecimentos utilizam agrotxicos de forma regular. O municpio com maior declarao proporcional de uso So Miguel do Anta (59% dos estabelecimentos), seguido de Cajuri (44%) e Viosa (36%).

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    Quadro 8 Utilizao de agrotxico na UPGRH DO1 - 2006

    Municpio Total de Estabelecimentos

    Uso de Agrotxicos nos Estabelecimentos % que UtilizaNo Utilizou Utilizou Usa mas no Precisou Utilizar em 2006

    Abre Campo 1 320 1 208 86 26 8,5%Acaiaca 273 265 5 3 2,9%Alto Rio Doce 1 387 1 330 51 6 4,1%Alvinpolis 805 760 38 7 5,6%Amparo do Serra 470 347 85 38 26,2%Araponga 1 412 1 302 96 14 7,8%Barra Longa 839 822 12 5 2,0%Bom Jesus do Galho 1 040 910 77 53 12,5%Brs Pires 795 710 78 7 10,7%Cajuri 260 145 82 33 44,2%Cana 653 456 150 47 30,2%Capela Nova 588 554 22 12 5,8%Caputira 650 491 153 6 24,5%Caranaba 198 191 7 3,5%Catas Altas da Noruega 188 180 7 1 4,3%Cipotnea 869 821 41 7 5,5%Coimbra 710 544 162 4 23,4%Crrego Novo 217 211 5 1 2,8%Desterro do Melo 249 245 4 1,6%Diogo de Vasconcelos 487 476 10 1 2,3%Dionsio 478 465 10 3 2,7%Divinsia 297 243 54 18,2%Dom Silvrio 375 331 42 2 11,7%Dores do Turvo 420 288 105 27 31,4%Ervlia 1 785 1 302 392 91 27,1%Guaraciaba 1 226 1 059 118 49 13,6%Itaverava 798 746 48 4 6,5%Jequeri 1 756 1 547 131 78 11,9%Lamim 323 317 4 2 1,9%Mariana 286 267 12 7 6,6%Matip 823 668 99 56 18,8%Oratrios 225 170 50 5 24,4%Ouro Preto 844 795 27 22 5,8%Paula Cndido 724 516 195 13 28,7%Pedra Bonita 949 929 14 6 2,1%Pedra do Anta 603 475 114 14 21,2%Piedade de Ponte Nova 93 84 9 9,7%Pingo-d'gua 174 173 1 0,6%Piranga 2 179 1 833 302 44 15,9%Ponte Nova 750 703 42 5 6,3%Porto Firme 1 034 874 160 15,5%Presidente Bernardes 670 562 103 5 16,1%Raul Soares 1 930 1 684 230 16 12,7%Rio Casca 523 420 95 8 19,7%Rio Doce 191 176 11 4 7,9%Rio Espera 987 983 4 0,4%Santa Cruz do Escalvado 446 393 49 4 11,9%Santa Margarida 1 886 1 238 483 165 34,4%Santana dos Montes 567 561 6 1,1%Santo Antnio do Grama 219 147 57 15 32,9%So Jos do Goiabal 392 373 14 5 4,8%So Miguel do Anta 697 283 210 204 59,4%So Pedro dos Ferros 302 262 22 18 13,2%Sem-Peixe 640 598 40 2 6,6%Senador Firmino 546 453 88 5 17,0%

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    Municpio Total de Estabelecimentos

    Uso de Agrotxicos nos Estabelecimentos % que Utiliza

    No Utilizou Utilizou Usa mas no Precisou Utilizar em 2006 Senhora de Oliveira 436 406 30 6,9%Senhora dos Remdios 1 768 1 715 42 11 3,0%Sericita 582 547 34 1 6,0%Teixeiras 870 603 216 51 30,7%Urucnia 222 189 32 1 14,9%Vermelho Novo 581 565 14 2 2,8%Viosa 1 099 701 325 73 36,2%

    2.3. Caracterizao Scio-Econmica e Cultural da UPGRH DO1 A UPGRH DO1 envolve, total ou parcialmente, 77 municpios mineiros, sendo a maior unidade da bacia do rio Doce em nmero de municpios. Rene cerca de 700 mil pessoas, donde 64% reside em reas urbanas (Quadro 9 eFigura 20)

    Com relao sede municipal, 8 tem suas sedes fora da bacia do rio Doce, 7 municpios possuem suas sedes em outras unidades da bacia do Doce, resultando num total de 62 municpios que efetivamente so contemplados termos de investimentos na UPGRH DO1, quando considerados investimentos que tem por base a sede municipal.

    Em relao aos limites, 54 municpios possuem suas reas totalmente inseridas na UPGRH DO1. Cabe salientar que a grande maioria dos municpios da UPGRH DO1 situa-se na faixa de populao de menos de 10 mil habitantes (87 %).

    Em termos populacionais, destacam-se os municpios de Viosa, em primeiro lugar, com 70.404 habitantes, seguido de Ponte Nova com 55.687 habitantes, Ouro Preto com 50.963 habitantes e Mariana com 50.931 habitantes. Salienta-se que Ouro Preto e Mariana tem parte de seu territrio fora desta UPGRH. Tais municpios destacam-se tambm em face de seu desenvolvimento econmico, com a vocao dominantemente turstica.

    Considerando-se a dinmica populacional destes 4 municpios do ano de 1980 at 2007, verifica-se a tendncia de crescimento constante e concentrada em tais municpios, ainda que os demais tenham apresentado pequenos decrscimos de populao no mesmo perodo de anlise. Observa-se a predominncia da populao urbana sobre a rural, caracterizando um forte processo de urbanizao na unidade como um todo.

    Quadro 9 Dados de populao Municpio UPGRH da Sede % rea na UPGRH DO1

    Populao Inserida na UPGRH DO1

    Populao Total do Municpio

    Abre Campo DO1 100,00 12.867 12.867 Acaiaca DO1 100,00 4.056 4.056 Alto Rio Doce DO1 100,00 12.657 12.657 Alvinpolis DO1 44,30 12.918 15.251 Amparo do Serra DO1 100,00 5.245 5.245 Araponga DO1 100,00 8.029 8.029 Barra Longa DO1 100,00 6.965 6.965 Bom Jesus do Galho DO1 84,47 14.337 15.198 Brs Pires DO1 100,00 4.592 4.592 Cajuri DO1 100,00 4.015 4.015 Cana DO1 100,00 4.668 4.668 Capela Nova DO1 100,00 4.598 4.598 Caputira DO1 100,00 8.855 8.855 Caranaba DO1 100,00 3.445 3.445

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    Municpio UPGRH da Sede % rea na UPGRH DO1 Populao Inserida

    na UPGRH DO1 Populao Total

    do Municpio Caranda Fora do Doce 8,67 2.002 22.240 Caratinga DO5 14,04 1.937 81.731 Catas Altas da Noruega DO1 100,00 3.424 3.424 Cipotnea DO1 100,00 6.539 6.539 Coimbra DO1 100,00 6.886 6.886 Conselheiro Lafaiete Fora do Doce 2,87 3.549 109.280 Crrego Novo DO1 100,00 3.155 3.155 Cristiano Otoni Fora do Doce 7,14 321 4.881 Desterro do Melo DO1 79,86 2.541 3.198 Diogo de Vasconcelos DO1 100,00 3.941 3.941 Dionsio DO1 100,00 10.234 10.234 Divinsia DO1 66,73 2.196 3.276 Dom Silvrio DO1 100,00 5.284 5.284 Dores do Turvo DO1 100,00 4.572 4.572 Entre Folhas DO5 49,95 629 4.931 Ervlia DO1 84,61 15.264 18.002 Guaraciaba DO1 100,00 10.428 10.428 Itaverava DO1 93,82 5.367 5.724 Jaguarau DO2 34,58 246 2.782 Jequeri DO1 100,00 12.965 12.965 Lamim DO1 100,00 3.546 3.546 Manhuau DO6 31,24 4.495 74.297 Mariana DO1 89,03 50.931 51.693 Marliria DO2 85,22 948 3.743 Matip DO1 100,00 16.430 16.430 Mercs Fora do Doce 13,06 1.357 10.452 Oratrios DO1 100,00 4.385 4.385 Ouro Branco Fora do Doce 41,82 3.917 33.548 Ouro Preto DO1 40,77 50.963 67.048 Paula Cndido DO1 100,00 9.086 9.086 Pedra Bonita DO1 100,00 6.474 6.474 Pedra do Anta DO1 100,00 3.672 3.672 Piedade de Ponte Nova DO1 100,00 4.113 4.113 Pingo D'gua DO1 100,00 4.016 4.016 Piranga DO1 100,00 17.208 17.208 Ponte Nova DO1 100,00 55.687 55.687 Porto Firme DO1 100,00 10.404 10.404 Presidente Bernardes DO1 100,00 5.699 5.699 Raul Soares DO1 100,00 23.901 23.901 Ressaquinha Fora do Doce 23,28 1.052 4.574 Rio Casca DO1 100,00 14.496 14.496 Rio Doce DO1 100,00 2.520 2.520 Rio Espera DO1 100,00 6.594 6.594 Sta Cruz do Escalvado DO1 100,00 5.193 5.193 Santa Margarida DO1 100,00 14.205 14.205 Santana dos Montes DO1 100,00 3.989 3.989 Sto Antnio do Grama DO1 100,00 4.241 4.241 So Domingos do Prata DO2 27,00 1.937 17.349 So Geraldo Fora do Doce 23,33 2.140 9.171 So Jos do Goiabal DO1 100,00 5.646 5.646 So Miguel do Anta DO1 100,00 6.820 6.820 So Pedro dos Ferros DO1 100,00 8.880 8.880 Sem-Peixe DO1 100,00 2.950 2.950 Senador Firmino DO1 100,00 7.019 7.019 Senhora de Oliveira DO1 100,00 5.675 5.675 Senhora dos Remdios DO1 100,00 10.201 10.201

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    Municpio UPGRH da Sede % rea na UPGRH DO1 Populao Inserida

    na UPGRH DO1 Populao Total

    do Municpio Sericita DO1 100,00 7.083 7.083 Teixeiras DO1 100,00 11.665 11.665 Timteo DO2 34,59 64 76.092 Ub Fora do Doce 20,61 5.826 94.228 Urucnia DO1 100,00 10.203 10.203 Vermelho Novo DO1 100,00 4.551 4.551 Viosa DO1 100,00 70.404 70.404

    Total DO1 699.312 1.243.065

    Quanto ao crescimento da populao de unidade, verifica-se que os municpios, considerados pelo critrio da presena do ncleo urbano dentro dos seus limites, tm ndices de crescimento mais baixos do que a media da bacia do rio Doce, tanto para o meio rural como para o meio urbano. O crescimento da populao rural sempre menor do que o da populao urbana, indicando ou o prosseguimento de um processo de xodo rural, ou o crescimento da populao urbana desproporcional em relao populao total, o que pode estar relacionado com a implantao de uma nova indstria ou a uma recente emancipao.

    A UGPRH DO1 tem ndices de crescimento populacional rural e urbano menores do que a mdia da bacia do rio Doce (Quadro 10).

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    Figura 20 Situao dos municpios em relao ao limite da UPGRH DO1

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    Quadro 10 Distribuio da populao urbana e rural da UPGRH Municpio Urbana Rural Total

    Abre Campo 1,38 0,59 0,89 Acaiaca 1,18 1,10 1,15 Alto Rio Doce 0,92 0,66 0,75 Alvinpolis 1,08 0,65 0,93 Amparo do Serra 1,11 0,69 0,87 Araponga 1,32 0,93 1,05 Barra Longa 1,24 0,61 0,77 Bom Jesus do Galho 1,12 0,50 0,82 Brs Pires 1,54 0,42 0,71 Cajuri 0,96 0,78 0,87 Cana 1,98 0,63 0,92 Capela Nova 0,97 0,66 0,78 Caputira 1,29 0,85 1,01 Caranaba 1,11 0,90 0,97 Catas Altas da Noruega 1,60 0,94 1,14 Cipotnea 1,77 0,79 1,10 Coimbra 2,89 0,28 1,19 Crrego Novo 0,88 0,37 0,63 Desterro do Melo 1,85 0,68 0,99 Diogo de Vasconcelos 1,87 0,80 0,97 Dionsio 2,89 0,13 1,01 Divinsia 1,09 1,09 1,09 Dom Silvrio 1,14 0,77 1,04 Dores do Turvo 1,14 0,70 0,85 Ervlia 1,80 0,83 1,20 Guaraciaba 1,61 0,89 1,05 Itaverava 0,95 0,57 0,70 Jequeri 1,26 0,57 0,84 Lamim 1,28 0,80 0,96 Mariana 1,60 0,65 1,39 Matip 1,26 0,57 1,03 Oratrios 1,19 0,77 1,02 Ouro Preto 1,10 0,75 1,04 Paula Cndido 1,92 0,57 1,02 Pedra Bonita 2,07 0,94 1,13 Pedra do Anta 1,27 0,44 0,81 Piedade de Ponte Nova 1,65 0,36 1,07 Pingo d'gua 1,19 1,03 1,18 Piranga 1,44 0,89 1,04 Ponte Nova 1,06 0,79 1,02 Porto Firme 2,04 0,99 1,35 Presidente Bernardes 1,52 0,78 0,92 Raul Soares 1,19 0,66 0,95 Rio Casca 0,98 0,52 0,85 Rio Doce 1,89 0,71 1,31 Rio Espera 1,17 0,72 0,85 Santa Cruz do Escalvado 1,04 0,83 0,89 Santa Margarida 1,27 1,01 1,12 Santana dos Montes 1,46 0,70 1,04 Santo Antnio do Grama 1,14 0,41 0,90 So Jos do Goiabal 1,10 0,52 0,82 So Miguel do Anta 1,43 0,81 1,09 So Pedro dos Ferros 1,10 0,37 0,88 Sem-Peixe 1,22 0,60 0,79 Senador Firmino 1,55 0,82 1,22 Senhora de Oliveira 1,50 0,68 1,02

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    Municpio Urbana Rural Total Senhora dos Remdios 1,87 0,82 1,06 Sericita 1,06 1,03 1,04 Teixeiras 1,30 0,95 1,16 Urucnia 1,24 0,49 0,95 Vermelho Novo 1,44 0,80 0,99 Viosa 1,31 1,21 1,31

    DO1 Urbana Rural Total Mdia 1,40 0,72 0,99

    No que tange ao perfil econmico da unidade, a soma dos PIB municipais na UPGRH DO1 revela um perfil onde predomina o setor de servios, respondendo por aproximadamente 44% do PIB. O setor industrial responde por aproximadamente 39% e, o agropecurio, por 11% (Figura 21).

    44%

    11%

    39%

    6%

    VA Servios

    VA Agropecurio

    VA Industrial

    Outros

    Figura 21 Participao do valor adicional no PIB (2005) valores correntes set/2008

    Quanto ao perfil da produo agrcola, a UPGRH DO1 contava, no ano de 2006, com pouco mais de 88 mil hectares de rea plantada com lavouras permanentes e 134 mil hectares de lavouras temporrias. Na pecuria, a UPGRH concentra importantes unidades de criao de sunos, que necessitam de aes de controle e tratamento de dejetos. A pecuria a atividade de 40% dos estabelecimentos e 53% da rea da unidade. Horticultura e lavouras temporrias e permanentes somam 57% dos estabelecimentos e 41 % da rea (Quadro 11).

    Quadro 11 Perfil da Produo Agropecuria na UPGRH DO1 2006 Atividade Agropecuria (2006) % em Relao ao Total

    Lavouras temporrias Estabelecimentos (n) 11 095 24,60% rea (hectares) 172 675 18,61%

    Lavouras permanentes Estabelecimentos (n) 2 499 5,54% rea (hectares) 18 900 2,04%

    Horticultura e floricultura Estabelecimentos (n) 12 209 27,07% rea (hectares) 186 701 20,12% Produo de sementes, mudas e outras formas de propagao vegetal

    Estabelecimentos (n) 13 0,03% rea (hectares) 0,00%

    Pecuria e criao de outros animais Estabelecimentos (n) 18 096 40,12%

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    Atividade Agropecuria (2006) % em Relao ao Total rea (hectares) 489 155 52,71%

    Produo florestal - florestas plantadas Estabelecimentos (n) 835 1,85% rea (hectares) 45 387 4,89%

    Produo florestal florestas nativas Estabelecimentos (n) 289 0,64% rea (hectares) 6 225 0,67%

    Pesca Estabelecimentos (n) 10 0,02% rea (hectares) 39 0,00%

    Aquicultura Estabelecimentos (n) 60 0,13% rea (hectares) 509 0,05% Fonte: Censo Agropecurio 2006.

    2.4. Saneamento e Sade Pblica na UPGRH DO1 2.4.1. Resduos Slidos Urbanos

    Em relao destinao dos resduos slidos urbanos, a UPGRH DO1 produz um volume total de 344,5 ton/dia. Deste total, apenas 12,5 ton/dia so destinadas a aterros controlados, o que representa um percentual de 3,6%. Este percentual muito baixo, se considerado que esta UPGRH aponta bons indicadores scio-econmicos dentro da bacia do rio Doce como um todo.

    Do total, 25 municpios destinam seus resduos para lixes e 30 municpios enviam seus resduos para aterros controlados, sendo que apenas o municpio de Alvinpolis conta com uma usina de triagem e compostagem (UTC). No se dispe de informao para os demais municpios.

    O Quadro 12 aponta o percentual de cobertura do recolhimento de resduos slidos em cada sede municipal na UPGRH DO1, bem como a destinao final dada por cada um destes municpios.

    Quadro 12 Situao dos resduos slidos nos municpios com sede na UPGRH DO1 Municpio Taxa de Cobertura de Resduos Slidos (%) Destinao Final

    Abre Campo/MG 92,59 Aterro controlado Acaiaca/MG 82,08 Lixo Alto Rio Doce/MG 72,76 Lixo Alvinpolis/MG 79,58 UTC Amparo da Serra/MG 82,72 Lixo Araponga/MG 79,07 Lixo Barra Longa/MG 86,39 Lixo Bom Jesus do Galho/MG 62,49 Lixo Brs Pires 79,43 Lixo Cajuri/MG 67,11 Lixo Cana/MG 85,84 Lixo Capela Nova/MG 91,59 Aterro controlado Caputira/MG 98,07 Aterro controlado Caranaba/MG 81,8 Aterro controlado Catas Altas da Noruega/MG 53,35 Aterro controlado Cipotnea/MG 32,28 Lixo Coimbra/MG 99,14 Aterro controlado Crrego Novo/MG 61,94 Lixo Desterro do Melo/MG 85,2 Aterro controlado Diogo de Vasconcelos/MG 89,88 Aterro controlado Dionsio/MG 87,38 Aterro controlado

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    Municpio Taxa de Cobertura de Resduos Slidos (%) Destinao Final Divinsia/MG 93,63 Aterro controlado Dom Silvrio/MG 96,42 Aterro controlado Dores do Turvo/MG 80,26 Lixo Ervlia/MG 97,79 Aterro controlado Guaraciaba/MG 86,02 Lixo Itaverava/MG 15,08 Aterro controlado Jequeri/MG 68,2 Lixo Lamin/MG 70,59 Aterro controlado Mariana/MG 89,22 Lixo Matip/MG 84,45 Lixo Oratrios/MG 96,21 Aterro controlado Ouro Preto/MG 93,91 Aterro controlado Paula Cndido/MG 94,52 Lixo Pedra Bonita/MG 58,07 Aterro controlado Pedra do Anta/MG 87,95 Aterro controlado Piedade de Ponte Nova/MG 98,91 Lixo Pingo-d'gua/MG 87,25 Piranga/MG 77,46 Ponte Nova/MG 95,84 Aterro controlado Porto Firme/MG 89,01 Aterro controlado Presidente Bernardes/MG 96,84 Aterro controlado Raul Soares/MG 88,82 Lixo Rio Casca/MG 82,72 Aterro controlado Rio Doce/MG 98,6 Rio Espera/MG 66,46 Aterro controlado Santa Cruz do Escalvado/MG 73,67 Santa Margarida/MG 96,13 Santana dos Montes/MG 67,34 Aterro controlado Santo Antnio do Grama/MG 92,45 Lixo So Jos do Goiabal/MG 96,11 So Miguel do Anta/MG 90,63 Lixo So Pedro dos Ferros/MG 91,88 Aterro controlado Sem-Peixe/MG 99,66 Lixo Senador Firmino/MG 93,67 Aterro controlado Senhora de Oliveira/MG 81,08 Aterro controlado Senhora dos Remdios/MG 85,2 Aterro controlado Sericita/MG 69,18 Lixo Teixeiras/MG 95,42 Lixo Urucnia/MG 70,37 Lixo Vermelho Novo/MG 92,82 Aterro controlado Viosa/MG 96,09 Aterro controlado

    So 4 os municpios considerados mais crticos em relao ao recolhimento de resduos slidos, com taxas inferiores a 60% (Itaverava, Cipotnea, Catas Altas da Noruega e Pedra Bonita).

    Do total de 62 municpios, 24 deles possuem taxas de recolhimento de resduos slidos urbanos superiores a 90%, sendo que os 3 municpios mais populosos esto entre eles (Viosa, Ponte Nova e Ouro Preto).

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    2.4.2. Resduos Slidos Industriais Os resduos industriais que merecem destaque so os relacionados com a metalurgia,

    tanto na fase de extrao e beneficiamento, como de industrializao. A explorao de minrio de ferro a maior fonte de rejeitos do estado de Minas Gerais, sendo que o estril da minerao respondeu por 34,7% e o rejeito por 10,7% do volume total inventariado no estado no ano de 2007 (FEAM - Inventrio de Resduos Slidos Industriais - Minas Gerais). O destino principal deste resduo so as cavas e as pilhas, com menor participao das barragens.

    Assim, a explorao de minrio de ferro tem impactos potenciais importantes sobre a qualidade de gua, seja pela possibilidade de aumento de slidos suspensos, seja pela alterao qumica da gua nas lagoas de decantao da gua utilizada no beneficiamento do minrio. Do volume de gua consumido no processo de lavagem, 60% pode ser reciclado e 40% lanado nas bacias de decantao, na forma de lama. Segundo anlise da Companhia Vale do Rio Doce (Mina Urucum), essa lama constituda de aproximadamente 40% de materiais slidos e 60% de gua. Nas bacias de decantao, a gua evapora e os materiais slidos sedimentam, sendo processados como rejeito.

    2.4.3. Abastecimento de gua O ndice mdio de cobertura dos servios de abastecimento de gua na UPGRH DO1

    de 97,5%. No que tange adequao ao abastecimento de gua, 89,84% dos domiclios possuem canalizao em pelo menos um cmodo.

    O Quadro 13 demonstra os ndices de atendimento urbano de gua nos municpios cuja sede situa-se na UPGRH DO1. Observa-se que do total de 62 municpios da Unidade, 35 contam com ndice de atendimento urbano de gua de 100%. De modo geral, no h situao crtica em relao ao abastecimento de gua nos municpios desta UPGRH, visto que o menor ndice de atendimento urbano de 80,53%.

    Quadro 13 Atendimento urbano de gua nos municpios com sede na UPGRH DO1 Municpio ndice de Atendimento Urbano de gua (%)

    Abre Campo/MG 96,83 Acaiaca/MG 99,69 Alto Rio Doce/MG 100,00 Alvinpolis/MG 89,66 Amparo da Serra/MG 100,00 Araponga/MG 100,00 Barra Longa/MG 100,00 Bom Jesus do Galho/MG 92,28 Brs Pires 96,49 Cajuri/MG 80,53 Cana/MG 100,00 Capela Nova/MG 100,00 Caputira/MG 100,00 Caranaba/MG 97,89 Catas Altas da Noruega/MG 89,75 Cipotnea/MG 100,00 Coimbra/MG 100,00 Crrego Novo/MG 100,00 Desterro do Melo/MG 100,00

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