PARLAMENTO NACIONAL Dom Duarte de Braganca

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Atribuição da Nacionalidade a S.A.R. Dom Duarte de Bragança, Presidente Honorário do IDP, por Altos e Relevantes Serviços Prestados a Timor-Leste e ao seu Povo

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Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4784SUMRIOPRESIDENTEDAREPBLICA :Decreto do Presidente da Repblica n. 36/2011 de 20 de Maio .................................................................................................... 4785Decreto do Presidente da Repblica n. 37/2011 de 8 de Junho ...................................................................................................... 4785Decreto do Presidente da Repblica n. 38/2011 de 8de Junho.................................................................................................... 4786Decreto do Presidente da Repblica n. 39/2011 de 8 de Junho ...................................................................................................... 4786Decreto do Presidente da Repblica n. 40/2011 de8 de Junho ....................................................................................................... 4786Decreto do Presidente da Repblica n. 41/2011 de 8 de Junho ....................................................................................................... 4786Decreto do Presidente da Repblica n. 42/2011 de 8 de Junho ...................................................................................................... 4787PARLAMENTO NACIONAL :RESOLUO DO PARLAMENTO NACIONAL N.12/2011 de8deJunhoAtribuiodaNacionalidadea S.A.R.DomDuartede BraganaporAltoseRelevantesServiosPrestadosa Timor-LesteeaoseuPovo........................................................................................................................................................................................................ 4788RESOLUO DO PARLAMENTO NACIONALN. 13/2011 de8deJunhoAtribuio da nacionalidade por altos e relevantes servios a Timor-Leste e ao seu Povo .................................................................... 4789GOVERNO :DECRETO-LEI N. 19/2011 de8deJunhoSegunda Alterao ao Decreto-Lei N. 14/2008, de 7 de Maio (Regime da Avaliao do Desempenho dos Trabalhadores da AdministraoPblica) .................................................................................................................................................................................................... 4790DECRETO-LEI N.20 /2011 de8deJunhoPrimeira Alterao ao Decreto-Lei N. 27/2008, de 11 de Agosto ( Regime das Carreiras e dos Cargos de Direco e Chefia da AdministraoPblica) .................................................................................................................................................................................................... 4799DECRETO-LEI N.21/2011 de8deJunhoPrimeira Alterao ao Decreto-Lei N.40/2008, de 29 de Outubro (Regime das Licenas e das Faltas dos Trabalhadores da AdministraoPblica) .................................................................................................................................................................................................... 4812DECRETO-LEI N.22 /2011 de8deJunhoPrimeira Alterao ao Decreto-Lei N.34/2008, de 27 de Agosto (Regime dos Concursos,Recrutamento,Seleco e Promoo do Pessoalpara a Administrao Pblica) ................................................................................................................................................................. 4821DECRETO-LEI N.23/2011 de8deJunhoAjudus de Custo dos Orgos de Saberania em Deslocaes no Pas ...................................................................................................... 4830DECRETO-LEI N.24/2011de8deJunhoLicenciamento das Actividades Comerciais .............................................................................................................................................. 4830DECRETO-LEI N. 25/2011 de8deJunhoOrgnica da Provedoria dos Direitos Humanos e Justica ......................................................................................................................... 4837DECRETO-LEI N.26 /2011 de8deJunhoOrgnica do Ministrio da Economia e Desenvolvimento......................................................................................................................... 4849RESOLUODOGOVERNON.17/2011 de 25 de Maio, 2011Nomeao dos Membros que Passam a Integrar o Conselho Superior do Ministrio Pblico ............................................................... 4857RESOLUO DO GOVERNO N.18 /2011 de8deJunhoAuxlios VtimasdosTornadosnosEUA........................................................................................................................................ 4857Quarta-Feira, 8deJunho de 2011$ 4.75Srie I, N.21nnnnnnnnnn nnnnnnn nn nnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nn nnnnn n nnnnn nnnnnnnnnn nnnnnnn nn nnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nn nnnnn n nnnnn nnnnnnnnnn nnnnnnn nn nnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nn nnnnn n nnnnn nnnnnnnnnn nnnnnnn nn nnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nn nnnnn n nnnnn nnnnnnnnnn nnnnnnn nn nnnnnnnnn nnnnnnnnnnn nn nnnnn n nnnnnJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4785Decreto do Presidente da Repblica n. 36/2011de 20 de MaioA Medalha de Mrito foi criada atravs do Decreto-Lei 15/2009, de 18 de Maro, para reconhecer e agradecer aos civis emilitares, nacionais e internacionais, que tiveram um contributosignificativo para a paz e estabiliade nacional.O Presidente da Repblica, nos termos da alnea j) do artigo85 da Constituio da Repblica Democrtica de Timor-Leste,conjugado com o artigo 2 do Decreto-Lei n. 15/2009, de 18 deMaro, decreta:So condecorados, com a medalha de Mrito:1. Veterans of the Australian Training Support Team2. Shin Hwan Kim, Treinador3. Lus Humberto Soriano Borges, Fundao Biblioburro4. Miguel Maia, Docente da UNTL5. Romana Oliveira, Professora do Ensino Pr-Escolar de Dili6.MariadoRosrioFtimaLeong,ProfessoradoEnsinoBsico de Ermera7.AmndioMendona,ProfessordoEnsinoSecundrioCatlica Canossa de Dili8.ClementinadeAlmeida,ProfessoradoEnsinoTcnicoVocacional de DiliPublique-se.Jos Ramos-HortaO Presidente da Repblica Democrtica de Timor-LesteAssinado no Palcio Presidencial Nicolau Lobato, ao vigsimodia do ms de Maio do ano de dois mil e onze.Decreto do Presidente da Repblica n. 37/2011de 8 de JunhoA Medalha Solidariedade de Timor-Leste foi criada atravsdo Decreto-Lei n 15/2009, de 18 de Maro, para reconhecer eagradecerapolciasemilitaresestrangeirosquetenhamservidoemmissomandatadaparaassistirasoperaesdeDefesa e Segurana aps 1 de Maio de 2006 e durante o perodode interveno da INTERFET, entre 20 de Setembro de 1999 e28 de Fevereiro de 2000.O Presidente da Repblica, nos termos da alnea j) do artigo85 da Constituio da Repblica Democrtica de Timor-Leste,conjugado com o artigo 3 do Decreto-Lei n. 15/2009, de 18 deMaro, decreta:So condecorados com a medalha Solidariedade de Timor-LesteosseguinteselementosdasForasdeDefesadaAustrlia:1. Major, Edward James Mclatchey2. Lieutenante-Colonel, Stuart Donald Smith3. Captain, Katherine Coull Baecher4. Captain, Lee James Gibson5. Captain, Donavan Michael Rosser6. Captain, Brandley James Stoker7. Flight Sergent, Phillip Bruce Brown8. Warrant Officer, Jason Craig Thies9. Warrant Officer Class 1, Troy Robert Britton10. Warrant Officer Class 2, Brian Gerard Hurley11. Warrant Officer Class 2, Norman Kerr12. Corporal, Peter Douglas Brett13. Corporal, James John Notaras14. Corporal, Paul Douglas Woods15. Corporal, Luke Ryan Sibenler16. Corporal, Fiona Parslow17. Corporal, Craig Anthony Kelly18. Lance Corporal, Michael John Seed19. Private, Ryan Luke SuthersPublique-se.Jos Ramos-HortaPresidente da Repblica Democrtica de Timor-LesteAssinado no Palcio Presidencial Nicolau Lobato, ao primeirodia do ms de Junho do ano de dois mil e onze.Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4786Decreto do Presidente da Repblica n. 38/2011de 8de JunhoO Presidente da Repblica, nos termos do disposto no nmero1 do artigo 5da Lei N. 3/2011 de 01 de Junho, Lei Orgnica daPresidncia da Repblica, decreta: nomeado o Dr. Gregrio Jos da Conceio Ferreira deSousa, para o cargo de Chefe da Casa Civil.Publique-se.Jos Ramos-HortaPresidente da Repblica Democrtica de Timor-LesteAos 06 dias do ms de Junho de 2011, no Palcio PresidencialNicolau LobatoDecreto do Presidente da Repblica n. 39/2011de 8 de JunhoO Presidente da Repblica, nos termos do disposto no nmero3 do artigo 5da Lei N. 3/2011 de 01 de Junho, Lei Orgnica daPresidncia da Repblica, decreta: nomeado o Dr. Hernani Filomena Coelho da Silva, para ocargo de Adjunto do Chefe da Casa Civil.Publique-se.Jos Ramos-HortaPresidente da Repblica Democrtica de Timor-LesteAos06 dias do ms de Junho de 2011, no Palcio PresidencialNicolau LobatoDecreto do Presidente da Repblica n. 41/2011de 8 de JunhoA Medalha Solidariedade de Timor-Leste foi criada atravsdo Decreto-Lei n 15/2009, de 18 de Maro, para reconhecer eagradecerapolciasemilitaresestrangeirosquetenhamservidoemmissomandatadaparaassistirasoperaesdeDefesa e Segurana aps 1 de Maio de 2006 e durante o perodode interveno da INTERFET, entre 20 de Setembro de 1999 e28 de Fevereiro de 2000.O Presidente da Repblica, nos termos da alnea j) do artigo85 da Constituio da Repblica Democrtica de Timor-Leste,conjugado com o artigo 3 do Decreto-Lei n. 15/2009, de 18 deMaro, decreta:So condecorados com a medalha Solidariedade de Timor-Leste os seguintes elementos:Oficial de Ligao Militar de Portugali. Tenente-Coronel, Jos Vicente PereiraOficiais de Ligao Militar de Filipinasi.Tenente-Coronel, Gerry Besanaii. Major, Filomeno CarreonOficiais de Ligao Militar do Paquistoi. Tenente-Coronel, Musharaf Khanii. Tenente-Coronel, Hamid ZamanOficial de Ligao Militar de Sri-Lankai. Tenente-Coronel, Abdulai Beber JallonOficial de Ligao Militar da Austrliai. Major, Duncan GivenDecreto do Presidente da Repblica n. 40/2011de8de JunhoO Presidente da Repblica, nos termos do disposto no nmero1 do artigo 26da Lei N. 3/2011 de 01 de Junho, Lei Orgnicada Presidncia da Repblica, decreta: nomeado o Coronel Joo Miranda Aluk Descart, para ocargo de Chefe da Casa Militar.Publique-se.Jos Ramos-HortaPresidente da Repblica Democrtica de Timor-LesteAos 06 dias do ms de Junho de 2011, no Palcio PresidencialNicolau LobatoJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4787Oficial de Ligao Militar de Fijii. Tenente-Coronel, Vilikesa WaqatairewaOficiaisde Ligao Militar da Malasiai. Tenente-Coronel, Ismail Suarnoii. Major, Noor Affendy DaudOficiais de Ligao Militar de Singapurai. Major, Jaiganth Arumugamii. Major, Mohamad Rafi Na EusopeOficiais de Ligao Militar do Brasili. Major, Jucenilio Envagelistaii. Capito, Mrcio Simio de Souzaiii. Capito, Rafael MaiaOficial de Ligao Militar da Indiai. Tenente Coronel, Himanshu HatkarOficiais de Ligao Militar do Bangladeshi. Major, Muhammad Nurul Absarii. Capito,Zannatul Ferdousiii. Tenente Coronel, Muhammad Sumon RezaPublique-se.Jos Ramos-HortaPresidente da Repblica Democrtica de Timor-LesteAssinadonoPalcioPresidencialNicolauLobato,aosextodia do ms de Junho do ano de dois mil e onze.Decreto do Presidente da Repblica n. 42/2011de 8 de JunhoA Medalha Solidariedade de Timor-Leste foi criada atravsdo Decreto-Lei n 15/2009, de 18 de Maro, para reconhecer eagradecerapolciasemilitaresestrangeirosquetenhamservidoemmissomandatadaparaassistirasoperaesdeDefesa e Segurana aps 1 de Maio de 2006 e durante o perodode interveno da INTERFET, entre 20 de Setembro de 1999 e28 de Fevereiro de 2000.O Presidente da Repblica, nos termos da alnea j) do artigo85 da Constituio da Repblica Democrtica de Timor-Leste,conjugado com o artigo 3 do Decreto-Lei n. 15/2009, de 18 deMaro, decreta:1.So condecorados com a medalha Solidariedade de Timor-Leste os seguintes elementos da Polcia da Turquia:i. 3. Degree Chief Superintendent, Mehmet Akif AKKOCii. 3. Degree Chief Superintendent, Ibrahim Uneyiii. 3. Degree Chief Superintendent, Birol Aykaniv. 3. Degree Chief Superintendent, Metin Alperv. 4. Degree Chief Superintendent, Seracetin Yildirvi. 4. Degree Chief Superintendent, Olcay Aydinvii. 4. Degree Chief Superintendent, Ercan Dilbilmezviii.4.DegreeChiefSuperintendent,BurhanBahadirIcmegizix. 4. Degree Chief Superintendent, Altay Ustx. 4. Degree Chief Superintendent, Erkin Tanrikuluxi. 4. Degree Chief Superintendent, Hakan Arslanxii. Superintendent, Semsetin Alimcixiii. Superintendent, Yasin Kumxiv. Superintendent, Salman Celikxv. Superintendent, Bulent Avatxvi. Superintendent, Arif Gurcanxvii. Superintendent, Murat Kizmazxviii. Superintendent, Levent Ekenxix. Superintendent, Kubilay Yildizxx. Superintendent, Taner Erturkxxi. Police Officer, Kemal Ozturk2.So condecorados com a medalha Solidariedade de Timor-Leste os seguintes militares do Egipto:i. Colonel, Ayman AmerJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4788ii. Lieutenant Colonel, Marawan El Samahyiii. Major, Abd Elkhader Elhefnawyiv. Major, Hussein Sheraziv. Major, Khaled Hashishvi. Captain, Mohamed Elkadyvii. Captain, Mohamed Hazemviii. Captain, Abdalah Zakiix. Captain, Ramy Omarx. Captain, Ahmad Saad Allahxi. Captain, Hisham Roushdy3. So condecorados com a medalha Solidariedade de Timor-LesteosseguintesOficiaisdeLigaoMilitardeSingapura:i. Lieutenant Colonel, Mohammad Jasni Bin Jamuludinii. Lieutenant, Tong Hai Limiii. Major, Siang Yean Fooiv. Major, Jim Sam Kevin Tanv. Major, Ravichandran Govindasamyvi. Major, Chion Chye Ngvii. Major, Geok Koon Chiaviii. Major, Kwang Chien Ang4. condecorado com a medalha Solidariedade de Timor-Leste o seguinte militar da Jordania:i. Lieutenant Colonel, Bolus AlhaddadinPublique-se.Jos Ramos-HortaPresidente da Repblica Democrtica de Timor-LesteAssinadonoPalcioPresidencialNicolauLobato,aosextodia do ms de Junho do ano de dois mil e onze.RESOLUO DO PARLAMENTO NACIONAL N.12/2011de8deJunhoAtribuiodaNacionalidadea S.A.R.DomDuartedeBraganaporAltoseRelevantesServiosPrestadosaTimor-LesteeaoseuPovoDesde 1975 e nos momentos mais difceis em que a luta pelaindependncia no era falada, nem comentada pelos meios decomunicao internacionais, S.A.R. Dom Duarte de Bragana,foiumdosmaioresactivistasemproldacausatimorense,advogando desde cedo o direito auto-determinao do Povotimorense.Foram inmeras as campanhas em que se envolveu, de ondese destacam a campanha Timor 87 Vamos Ajudar e em 1992a campanha que envolveu o navio Lusitnia Expresso.O Lusitnia Expresso, que transportava um grande grupodepersonalidadestimorenses,tinhacomomissoatracaronavio em Dli, o que no aconteceu, por ter sido impedido pelamarinha de guerra indonsia de entrar nas suas guas territoriais.No entanto, apesar do Lusitnia Expresso nunca ter chegadoa Timor-Leste, o objectivo de alertar o mundo para a causatimorense foi alcanado, ganhando o flego necessrio paramanteraesperanaabertadealcanarembreveaindependncia.Importa igualmente sublinhar o papel fundamental que S.A.R.DomDuartedeBraganatevenoapoioscomunidadestimorensesqueforamacolhidasemPortugal.Desdecedo,partilhoualegriaseangstiascomumapopulaoque,emvirtude dos diversos problemas que ocorreram no conturbadoperodo ps-descolonizao em Portugal, estevemuitos anosesquecida e entregue a si prpria.Neste sentido, e como forma de simbolizar os altos e relevantesservios prestados ao Povo timorense e ao Pas durante a lutapela independncia, o Parlamento Nacional tem a elevada honrade, nos termos do artigo 13. da Lei 9/2002 de 2 de Outubroatribuir a nacionalidade timorense a:S.A.R. Dom Duarte Pio Nuno Joo Henrique Pedro MiguelGabriel Rafael de BraganaO Parlamento resolve tambm, recomendar ao Governo queprocedaaoregistodoprocessodenaturalizaoeemitaomais brevemente possvel toda a documentao relevante.Aprovada em 30 de Maio de 2011.Publique-se.O Presidente do Parlamento Nacional,Fernando La Sama de ArajoJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4789RESOLUO DO PARLAMENTO NACIONALN. 13/2011de8deJunhoAtribuio da nacionalidade por altos e relevantes serviosa Timor-Leste e ao seu PovoO difcil e longo percurso de 24 anos at independncia foimarcado por momentos, que pelos piores motivos, iro viverna memria dos timorenses de hoje, mas tambm daqueles queamanh ouviro falar da histria dos seus avs.A independncia foi alcanada, mas o preo a pagar foi tal,que expresses como triunfo ou vitria sobre o inimigo, sfaro sentido com o passar dos anos. Muitos tomaram as armasque tinham ao seu alcance, e combaterem, e morreram longedos seus filhos e de suas famlias, sem ventura, esquecidos,para que hoje possamos ter um Pas.Mas houve alguns que, com outras armas, e apesar de teremnascido longe, chamaram a Timor-Leste casa, e foram abrigocerto em tempo incerto para tantos timorenses. Num tempo defuturoobscurecido,nofraquejaramenoabdicaramnapromoodevaloresuniversais,arriscandotantasvezesasua vida, por uma gente e um Povo, que apesar de no ser oseu, trataram como irmos.Naverdadeforamirmosnosofrimento,natristeza,mastambmnaalegriaesobretudonadedicaogenunaedesinteressada, caracterstica prpria apenas de alguns.Perante a dificuldade e adversidade mostraram sempre coragemedeterminao,tendoinspiradogeraesegeraesdetimorenses, que beneficiando da sua formao tica e moral,so hoje o legado mais valioso que se pode deixar a Timor-Leste. Um legado humano e vivo que passar o testemunho sprximasgeraes,consolidandoprincpiosevaloresuniversais to queridos aos timorenses.Neste sentido, e como forma de simbolizar os altos e relevantesservios prestados ao Povo timorense e ao Pas, o ParlamentoNacional tem a elevada honra de, nos termos do artigo 13. daLei 9/2002 de 2 de Outubro, atribuir a nacionalidade timorensea: Joo Vasconcelos Baptista Felgueiras; Jos Alves Martins; Eligio Locatelli; Jos lvaro Nolasco Santimano Menezes e Monteiro; Jos Ribeiro; Baltazar Pires Rolando Florncio Fernandez Fernandes Jos Vattaparambil Manuel Fraile Calvo Aguedo Bermer Palomo Dino Donaggio Ramoncito Padilla Jos Dyight Sunga San Juan Joo de Deus Pires Paola Battagliola Maria Fe Idalia Taveras Maria Chioda Luigi di Preti (a ttulo pstumo) Erminia Cazzaniga (a ttulo pstumo) Karl AlbrechtKarim (a ttulo pstumo) Tarcisius Dewanto (a ttulo pstumo) Carlos Rocha (a ttulo pstumo) Antnio Eduardo de Paulo Brito (a ttulo pstumo) Santana Roque Pereira (a ttulo pstumo) Bernard Guam (a ttulo pstumo) Afonso Maria Nacher (a ttulo pstumo) Carlos Gamba (a ttulo pstumo) Jos Kussi (a ttulo pstumo)O Parlamento resolve tambm, recomendar ao Governo queproceda ao registo do processo de naturalizao dos cidadosacima indicados e emita o mais brevemente possvel toda adocumentao relevante.Aprovada em 30 de Maio de 2011.Publique-se.O Presidente do Parlamento Nacional,Fernando La Sama de ArajoJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4790DECRETO-LEI N. 19/2011de8deJunhoSEGUNDA ALTERAO AO DECRETO-LEI N. 14/2008, DE7DEMAIO(REGIMEDAAVALIAODODESEMPENHODOSTRABALHADORESDAADMINISTRAO PBLICA)O Regime da Avaliao de Desempenho dos Trabalhadores daAdministrao Pblica precisa adequar-se aos princpios daLein.7/2009,de15deJulho,aprovadapeloParlamentoNacional e que criou a Comisso da Funo Pblica. O processode avaliao tambm precisa de ajustamentos que reflictam asexperincias das avaliaes anuais realizadas desde 2009.Para este fim, apresenta-se a segunda alterao ao regime daavaliao de desempenho dos trabalhadores da AdministraoPblica.Assim, o Governo decreta, ao abrigo do disposto na alnea p)do artigo 115 da Constituio da Repblica e nos artigos 18,n 4 e 119, n 2 da Lei n 8/2004, de 16 de Junho, para valercomo lei, o seguinte:Artigo 1.AlteraesOs artigos 3.o, 4.o, 6.o, 8.o, 9.o, 11.o, 13.o, 15.o, 16.o, 17.o, 18.o, 20.o,21.o, 22.o, 23.o, 28.o, 29.o e 30.o do Decreto-Lei n. 14/2008, de 7 deMaio, com a redaco dada pelo Decreto-Lei n. 18/2009, de 8de Abril, passam a ter a seguinte redaco:Artigo 3.Objectivos da avaliao1. (...).2. (...).3. (...).a) (...).b) (...).c) (...).d) (...).e) (...).f)Identificar as necessidades de capacitao que possammelhorar o desempenho e ajudar na realizao dos objec-tivos da instituio;g) Auxiliar no estabelecimento dos objectivos de desem-penho para o prximo ano.Artigo 4.Princpios gerais1. (...).2. (...).3. O processo de avaliao de desempenho serve como umarevisoformaldarelaoentreossupervisoreseosavaliados.4. Aavaliaodedesempenhodeveestabeleceraligaoentrecomoosupervisoralocaemonitorizaotrabalho,orientaosfuncionrioseapoiaodesenvolvimentodopessoal e o desempenho individual.Artigo 6.Garantias de imparcialidade1. Nenhum funcionrio ou agente pode ser avaliador ou porqualquer outro modo intervir no procedimento de avaliaode parente seu ou do seu cnjuge, a includos:a) Pais, avs, filhos, netos e bisnetos;b) Irmos, irms, tios, tias;c) Filhos dos irmos.2.Em caso de conflito de interesses, compete Comisso daFuno Pblica designar o responsvel pela avaliao dofuncionrio.Artigo 8.Direitos e deveres1. direito do avaliado e dever do avaliador proceder anliseconjunta dos factores considerados para a avaliao.2. Os dirigentes dos servios so responsveis pela aplicaoe divulgao em tempo til do procedimento de avaliao,garantindo o cumprimento dos seus princpios.Artigo 9.Recurso garantido o direito de recurso, no constituindo fundamentoJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4791atendveldesteltimoainvocaodemerasdiferenasdeclassificaocombasenacomparaoentreclassificaesatribudas.Artigo 11.Efeitos da avaliao1. (...).a) a)(...).b) b)(...).c) c)(...).d) Orientar as aces de capacitao e desenvolvimento.2. (...).3. (...).Artigo 13.Factores de avaliao1.A avaliao do desempenho baseia-se num sistema em queos funcionrios e agentes so obrigatoriamente avaliadosem relao a factores definidos.2. So factores comuns a todos os avaliados:a) Sentido de responsabilidade e gesto de recursos avaliaocomprometimentoeaeficciacomqueofuncionrio ou agente executa os objectivos fixados,incluindo a gesto dos recursos existentes, bem comoocuidadodispensadoaopatrimniodoEstadoasiafectadoousobsuaresponsabilidadedirectaouindirecta;b) Relaes e comunicaes no trabalho e com o pbli-co avalia o relacionamento e o grau de comunicaodo funcionrio ou agente com as pessoas com quemtrabalha,acontribuioparaumbomambientedetrabalho, a disponibilidade no atendimento ao pblicoesuaorientaoparaasatisfaodasnecessidadesdoscidados;c) Zelo, sigilo e iseno Avalia o comprometimentodo funcionrio ou agente no exerccio das funes comeficinciaecorreco,semrevelarfactosoudocumentosdosserviosdequedevaguardarsigiloou favorecer interesses pessoais em prejuzo do inter-esse da Administrao Pbica;d)Lealdade e obedincia - Avalia se o funcionrio ouagente subordina a sua actuao aos objectivos institu-cionais do servio e na perspectiva da prossecuo dointeresse pblico e se obedece e cumpre as ordens dossuperiores hierrquicos dadas em matria de servio esob a forma legal;e)Respeitoehonestidade-Avaliaasatitudesdofuncionrioouagenteemrelaoaossuperioreshierrquicos, colegas de trabalho e pblico ao guardare promover o respeito devido e contribuir para a boareputao da funo pblica atravs de um comporta-mento social exemplar.3. So factores aplicados apenas para a avaliao daquelesque no exercem cargos de direco e chefia:a)Iniciativa,criatividadeeprodutividade- Avaliaaformacomo o funcionrio ou agente, por si prprio,procurasolueseapresentasugestescomvistasauma melhoria efectiva no trabalho;b) Trabalho em equipa - Avalia a participao e coope-rao do funcionrio ou agente no trabalho de grupo,bemcomoasuacontribuioparaaobtenodosresultadosdaequipa;c) Pontualidade e assiduidade no posto de trabalho -Avalia o tempo efectivo de comparncia e permanncianoservio,bemcomoocumprimentodohorriodetrabalhoestabelecido;d) Objectivo de servio- Estabelecido pelas direces echefiasecomunicadoaofuncionrioataofinaldoms de Janeiro, relaciona-se com o desempenho globaldo servio e a avaliao deve observar os indicadoresdesucessoestabelecidosnosplanosanuais.4. So factores aplicados apenas para a avaliao dos cargosde direco e chefia:a)Liderana - Avalia se o director ou chefe estabelecee implementa as estratgias necessrias para atingir osobjectivos da unidade que lidera, bem como a formacomoorientaemotivaosrespectivosmembroseintroduz mtodos, tcnicas e procedimentos eficazespara a soluo de problemas e optimizao do trabalho;b) Superviso e desenvolvimento de pessoal Avalia ahabilidade para atribuir responsabilidades e distribuirtrabalhoentreossubordinados,acompanharasuacapacidade para adequadamente responder s neces-sidadesdotrabalho,aconselhando-oemotivando-oao trabalho;Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4792c) Prestao eficiente e eficaz de servios - Capacidadedaunidadedirigidaouchefiadapeloavaliadodeidentificar e responder s necessidades do cliente, bemcomobuscaratingirosobjectivosemonitorizarasmelhorias nos procedimentos e sistemas;d)Planeamento e gesto - Habilidade de pensamentocrticonodesenvolvimentodefuturasacesasertomadas para atender aos objectivos da organizao.Artigo 15.Fichas de avaliao1. A avaliao do desempenho feita mediante o preenchi-mento de fichas de avaliao distribudas pela ComissodaFunoPblica,queobrigatoriamentecontmasinstruesdepreenchimentoondeestoidentificadoseexplicados os factores de avaliao a que o funcionrio ouagente sujeito.2. (revogado).Artigo 16.Intervenientes no procedimento de avaliao1.Sointervenientesnoprocedimentodeavaliaododesempenhooavaliado,oavaliadordirecto,odirigentemximo do servio e a Comisso da Funo Pblica.2. (...).Artigo 17.Avaliadores1. (...).2.Noscasosemquenoestejamreunidasascondiesprevistasnonmeroanterioravaliadorosuperiorhierrquico de nvel seguinte.3. Os avaliadores devem ter, no mnimo, seis meses de contactofuncional com o avaliado.4. (...).Artigo 18.Dirigente mximo do servio1. Para efeitos de aplicao do presente decreto-lei, considera-se dirigente mximo do servio o director-geral ou equiva-lente.2.Compete ao dirigente mximo do servio em matria deavaliao de desempenho:a) Coordenar e controlar o procedimento anual de avalia-o do desempenho e responsabilizar-se pela sua exe-cuo atempada;b) Aprovar ou rejeitar requerimento de avaliao extra-ordinria;c) Homologar as classificaes.3.As competncias de homologao das classificaes podemser delegadas a director nacional ou distrital.4.A delegao recomendada sempre que o total de avaliadossejasuperioracinquentaouestejamdistribudosemdiferentes localidades do territrio nacional.Artigo 20.Avaliao ordinriaEsto sujeitos a avaliao de desempenho ordinria anual osocupantesdecargosdedirecoechefiaeosfuncionriospblicos que tenham prestado servio efectivo durante todoo ano anterior.Artigo 21.Avaliao extraordinria1. So avaliados extraordinariamente os dirigentes, funcio-nrioseagentesnoabrangidosnoartigoanterioreosfuncionrios por ocasio do trmino do perodo probatrio.2. (...).3. O requerimento de avaliao extraordinria deve ser apre-sentadoporescritoaodirector-geralouequivalente,acompanhado das razes que o motivaram.Artigo 22.Avaliao das direces e chefias1. (...).a)Ostitularesdoscargosdedirectornacionalsoavaliados pelo Director-Geral ou equivalente;b) (...).2. (...).3. (...).Artigo 23.Fases do procedimentoO procedimento de avaliao compreende as seguintes fases:Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4793a) (revogado)b) Avaliao;c) Homologao e comunicao;d) Recurso para a Comisso da Funo Pblica.Artigo 28.Homologao e comunicao1. A avaliao submetida para deciso e homologao dodirigente mximo ou outra autoridade que receber delega-o, no prazo de 15 dias.2. O dirigente mximo pode alterar a avaliao efectuada peloavaliador,desdequefundamentedevidamentecadaumdos valores a atribuir.3. A avaliao e respectiva homologao dada a conhecerao avaliado no prazo de cinco dias.Artigo 29.Recurso1. Da avaliao e homologao cabe recurso por escrito paraa Comisso da Funo Pblica no prazo de dez dias.2. O recurso no pode ser fundamentado com base na ava-liao atribuda a outros trabalhadores ou em resultadosde avaliaes de anos anteriores.3. O procedimento de avaliao, excludo o lanamento dosdadosnoSistemadeGestodePessoal(PMIS),deveencerrar-se at 31 de Maro.Artigo 30.Base de dados1.Findo o procedimento de avaliao do desempenho, cadaservio ou entidade autnoma deve enviar ao SecretariadodaComissodaFunoPblicaosdadosrelativosaonmerodetrabalhadoresavaliadoscomasrespectivasmenes para tratamento estatstico e incluso no Sistemade Gesto de Pessoal.2. O Secretariado da Comisso da Funo Pblica deve ela-borarumrelatrioglobalanualquesirvadesuportedefinio da poltica de emprego pblico e implementaodosistemadegestoedesenvolvimentodosrecursoshumanos.Artigo 2.RevogaoSo revogados os artigos 24o, 26o e 27o, do Decreto-Lei n. 14/2008, de 7 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei n. 18/2009, de 8de Abril.Artigo 3.RepublicaoODecreto-Lein.14/2008,de7deMaio,modificadopeloDecreto-Lei n. 18/2009, de 8 de Abril, com as alteraes agoraaprovadas republicado em anexo, que faz parte integrante dopresente diploma.Artigo 4.Entrada em vigorO presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte data dasua publicao.Aprovado em Conselho de Ministros, em 27 de Abril de 2011.O Primeiro-Ministro,_____________________Kay Rala Xanana GusmoPromulgado em26 / 5/11Publique-se.O Presidente da Repblica,________________Jos Ramos-HortaANEXODecreto-Lei n. 14/2008de 7 de Maio de 2008REGIME DA AVALIAO DO DESEMPENHO DOSTRABALHADORESDA ADMINISTRAOPBLICAA avaliao do desempenho um importante instrumento paraa introduo de uma nova cultura de gesto pblica, para umacorrectaapreciaodosrecursosalocadosacadaumdosJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4794organismos e funes e para a criao de condies de maiormotivao profissional, qualificao e formao permanentedosrecursoshumanos.O objectivo da avaliao melhorar os resultados dos trabalha-dores,ajudando-osaatingirnveisdedesempenhomaiselevados, com vista a aumentar as oportunidades de carreirade acordo com as potencialidades demonstradas por cada ume valorizar as contribuies individuais para a equipa.Com o Regime de Avaliao do Desempenho dos Trabalha-dores da Administrao Pblica dado mais um passo para aedificao do quadro legislativo da Administrao Pblica deTimor-Leste.Assim, o Governo decreta, ao abrigo do disposto na alnea p)do artigo 115 da Constituio da Repblica e nos artigos 18,n 4 e 119, n 2 da Lei n 8/2004, de 16 de Junho, para valercomo lei, o seguinte:CAPTULOIDISPOSIESGERAISSECOIDISPOSIESGERAISArtigo 1.ObjectoOpresentedecreto-leiestabeleceoregimedeavaliaododesempenhodosdirigentes,funcionrioseagentesdaAdministrao Pblica.Artigo 2.mbito de aplicao1.Opresentedecreto-leiaplicvelatodosdirigentes,funcionrios e agentes dos organismos da administraodirecta do Estado bem como dos institutos pblicos e deoutrasentidadesautnomas.2. A aplicao do presente decreto-lei abrange ainda os demaistrabalhadoresdaadministraodirectadoEstado,dosinstitutospblicoseoutrasentidadesautnomas,independentemente do ttulo jurdico da relao de trabalho,desde que o respectivo contrato seja por prazo superior aseis meses.Artigo 3.Objectivos da avaliao1. A avaliao do desempenho tem como finalidade avaliar,responsabilizarereconheceromritodosdirigentes,funcionrios, agentes da Administrao Pblica, em funodaprodutividadeeconcretizaodosobjectivosdosservios e organismos pblicos.2.tambminstrumentodeavaliaodofuncionrioemperodo probatrio quanto satisfao das condies paraintegrar uma carreira na funo pblica.3. A avaliao do desempenho visa ainda a prossecuo dosseguintesobjectivos:a) Motivar os funcionrios e agentes;b) Melhorar o seu desempenho profissional;c) Incentivar a comunicao entre as chefias e os seussubordinados;d) Melhorar a gesto integrada de recursos humanos;e)Promover a excelncia da qualidade da prestao deservios ao pblico;f) Identificar as necessidades de capacitao que possammelhorarodesempenhoeajudarnarealizaodosobjectivos da instituio;g) Auxiliar no estabelecimento dos objectivos de desem-penho para o prximo ano.SECOIIPRINCPIOSDAAVALIAOArtigo 4.Princpios gerais1.Aavaliaododesempenhobaseia-seemcritriosobjectivos e subordina-se, em especial, aos princpios dajustia,igualdade,imparcialidadeefundamentaoadequada.2.Odesempenhodosdirigentes,funcionrios,agentesedemais trabalhadores da Administrao Pblica, deve seravaliadoemfunodareafuncionaldoavaliado,bemcomo a estrutura, os objectivos e o plano de actividadesdo servio ou entidade.3. O processo de avaliao de desempenho serve como umarevisoformaldarelaoentreossupervisoreseosavaliados.4. Aavaliaodedesempenhodeveestabeleceraligaoentrecomoosupervisoralocaemonitorizaotrabalho,Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4795orientaosfuncionrioseapoiaodesenvolvimentodopessoal e o desempenho individual.Artigo 5.Confidencialidade1. O procedimento de avaliao do desempenho tem carcterconfidencial, devendo as fichas de avaliao ser arquivadasno processo individual do avaliado.2. Todos os intervenientes no procedimento de avaliao dedesempenho esto sujeitos ao dever de sigilo, excepodo avaliado.Artigo 6.Garantias de imparcialidade1.Nenhum funcionrio ou agente pode ser avaliador ou porqualquer outro modo intervir no procedimento de avaliaode parente seu ou do seu cnjuge, a includos:a) Pais, avs, filhos, netos e bisnetos;b) Irmos, irms, tios, tias;c) Filhos dos irmos.2. Em caso de conflito de interesses, compete Comisso daFuno Pblica designar o responsvel pela avaliao dofuncionrio.Artigo 7.PeriodicidadeA avaliao do desempenho anual, e o respectivo procedi-mentodecorrerentreosmesesdeJaneiroeMaro,semprejuzo do disposto no presente decreto-lei para a avaliaoextraordinria.SECOIIIDIREITOS, DEVERESEGARANTIASArtigo 8.Direitos e deveres1. direito do avaliado e dever do avaliador proceder an-lise conjunta dos factores considerados para a avaliao.2. Os dirigentes dos servios so responsveis pela aplicaoe divulgao em tempo til do procedimento de avaliao,garantindo o cumprimento dos seus princpios.Artigo 9.Recurso garantido o direito de recurso, no constituindo fundamentoatendveldesteltimoainvocaodemerasdiferenasdeclassificaocombasenacomparaoentreclassificaesatribudas.CAPTULOIIEXPRESSOE EFEITOSDAAVALIAOArtigo 10.Expresso da avaliaoAavaliaododesempenhoexpressanumamenoqualitativa de Muito Bom, Bom, Suficiente e Insufi-ciente obtida atravs de um sistema de avaliao baseado naapreciao quantitativa e qualitativa do servio prestado emrelao aos factores de avaliao pr-estabelecidos.Artigo 11.Efeitos da avaliao1.A avaliao do desempenho obrigatoriamente consideradapara efeitos de:a) Promoo e progresso nas carreiras e categorias;b) Converso da nomeao provisria em definitiva;c) Renovao de contratos;d) Orientar as aces de capacitao e desenvolvimento.2. Para efeitos do disposto no nmero anterior exigida, nomnimo, a classificao de Bom, excepto nos casos em quelegalmente seja indispensvel a classificao de Muito Bome, em qualquer das situaes, pelo tempo de servio legal-mente estabelecido.3.Paraefeitosdepromooeprogressonascarreirasecategorias as avaliaes atribudas devem ser em nmeroigual ao nmero de anos de servio exigidos como requisitode tempo mnimo de permanncia na categoria ou escaloanteriores.4.A atribuio de Muito Bom na avaliao de desempenho,durantedoisanosconsecutivos,reduzemumanoosperodos legalmente exigidos para progresso.Artigo 12.Efeitos da atribuio da meno Insuficiente1.Quando,porforadalegislaoespecialaplicvel,aatribuiodamenoInsuficientenoimpliqueacessaoimediatadefunes,devemseradoptadasmedidascomvistamelhoriadodesempenhodoJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4796funcionrioavaliado,designadamenteformao,reclassificao ou reconverso profissional, redistribuiode tarefas ou afectao do funcionrio a outra subunidade.2.Tratando-sedefuncionriosdenomeaodefinitiva,aatribuio da meno Insuficiente implica a abertura deum processo de averiguaes e, sempre que a presena dofuncionriosereveleinconvenienteparaoservio,constituifundamentoparaasuspensopreventivadefunes.3. Relativamente aos agentes e demais trabalhadores em re-gime de contrato, a atribuio da meno Insuficienteimplica a imediata cessao de funes.4. A obteno da meno Insuficiente pelo funcionrio naavaliao por concluso do perodo probatrio implica nasua demisso por inadequao.CAPTULOIIIFACTORES,APURAMENTOEFICHASDEAVALIAOArtigo 13.Factores de avaliao1.A avaliao do desempenho baseia-se num sistema em queos funcionrios e agentes so obrigatoriamente avaliadosem relao a factores definidos.2. So factores comuns a todos os avaliados:a) Sentido de responsabilidade e gesto de recursos avalia o comprometimento e a eficcia com que o funcio-nrio ou agente executa os objectivos fixados, incluindoa gesto dos recursos existentes, bem como o cuidadodispensado ao patrimnio do Estado a si afectado ousob sua responsabilidade directa ou indirecta;b)Relaesecomunicaesnotrabalhoecomopblico avalia o relacionamento e o grau de comuni-cao do funcionrio ou agente com as pessoas comquem trabalha, a contribuio para um bom ambientedetrabalho,adisponibilidadenoatendimentoaopblicoesuaorientaoparaasatisfaodasnecessidadesdoscidados;c) Zelo, sigilo e iseno Avalia o comprometimentodo funcionrio ou agente no exerccio das funes comeficincia e correco, sem revelar factos ou documen-tos dos servios de que deva guardar sigilo ou favore-cerinteressespessoaisemprejuzodointeressedaAdministrao Pbica;d) Lealdade e obedincia - Avalia se o funcionrio ouagentesubordinaasuaactuaoaosobjectivosinstitucionaisdoservioenaperspectivadaprosse-cuo do interesse pblico e se obedece e cumpre asordens dos superiores hierrquicos dadas em matriade servio e sob a forma legal;e)Respeitoehonestidade-Avaliaasatitudesdofuncionrioouagenteemrelaoaossuperioreshierrquicos, colegas de trabalho e pblico ao guardare promover o respeito devido e contribuir para a boareputao da funo pblica atravs de um comporta-mento social exemplar.3. So factores aplicados apenas para a avaliao daquelesque no exercem cargos de direco e chefia:a)Iniciativa, criatividade e produtividade - Avalia aformacomo o funcionrio ou agente, por si prprio,procurasolueseapresentasugestescomvistasauma melhoria efectiva no trabalho;b) Trabalho em equipa - Avalia a participao e coo-perao do funcionrio ou agente no trabalho de grupo,bemcomoasuacontribuioparaaobtenodosresultadosdaequipa;c) Pontualidade e assiduidade no posto de trabalho -Avalia o tempo efectivo de comparncia e permanncianoservio,bemcomoocumprimentodohorriodetrabalhoestabelecido;d) Objectivo de servio- Estabelecido pelas direces echefiasecomunicadoaofuncionrioataofinaldoms de Janeiro, relaciona-se com o desempenho globaldo servio e a avaliao deve observar os indicadoresdesucessoestabelecidosnosplanosanuais.4.So factores aplicados apenas para a avaliao dos cargosde direco e chefia:a)Liderana - Avalia se o director ou chefe estabelecee implementa as estratgias necessrias para atingir osobjectivos da unidade que lidera, bem como a formacomoorientaemotivaosrespectivosmembroseintroduz mtodos, tcnicas e procedimentos eficazespara a soluo de problemas e optimizao do trabalho;b) Superviso e desenvolvimento de pessoal Avalia ahabilidade para atribuir responsabilidades e distribuirtrabalhoentreossubordinados,acompanharasuacapacidade para adequadamente responder s neces-sidadesdotrabalho,aconselhando-oemotivando-oao trabalho;c) Prestao eficiente e eficaz de servios - Capacidadedaunidadedirigidaouchefiadapeloavaliadodeidentificar e responder s necessidades do cliente, bemcomobuscaratingirosobjectivosemonitorizarasmelhorias nos procedimentos e sistemas;d) Planeamento e gesto - Habilidade de pensamentocrticonodesenvolvimentodefuturasacesasertomadas para atender aos objectivos da organizao.Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4797Artigo 14.Apuramento da avaliaoA avaliao do desempenho obtida atravs da soma globaldosfactoresdeavaliaoexpressonasseguintesmenesqualitativas:a) Muito Bom 33 pontos ou mais;b)Bom de 24 a 32 pontos;c) Suficiente de 15 a 23 pontos;d) Insuficiente at 14 pontos.Artigo 15.Fichas de avaliao1. Aavaliaododesempenhofeitamedianteopreen-chimento de fichas de avaliao distribudas pela ComissodaFunoPblica,queobrigatoriamentecontmasinstruesdepreenchimentoondeestoidentificadoseexplicados os factores de avaliao a que o funcionrio ouagente sujeito.2. (revogado).CAPTULOIVCOMPETNCIAPARA AVALIAREHOMOLOGARArtigo 16.Intervenientes no procedimento de avaliao1.Sointervenientesnoprocedimentodeavaliaododesempenhooavaliado,oavaliadordirecto,odirigentemximo do servio e a Comisso da Funo Pblica.2.Aausnciaouimpedimentodeavaliadordirectonoconstitui fundamento para a falta de avaliao.Artigo 17.Avaliadores1.Aavaliaodacompetnciadosuperiorhierrquicoimediato ou do funcionrio que possua responsabilidadesde coordenao sobre o avaliado.2.Noscasosemquenoestejamreunidasascondiesprevistasnonmeroanterioravaliadorosuperiorhierrquico de nvel seguinte.3. Os avaliadores devem ter, no mnimo, seis meses de contactofuncional com o avaliado.4. Compete aos avaliadores aplicar correctamente os princpiosda avaliao de acordo com os objectivos fixados para oorganismo e para a respectiva unidade orgnica.Artigo 18.Dirigente mximo do servio1. Para efeitos de aplicao do presente decreto-lei, considera-sedirigentemximodoservioodirector-geralouequivalente.2. Compete ao dirigente mximo do servio em matria deavaliao de desempenho:a) Coordenar e controlar o procedimento anual de avalia-ododesempenhoeresponsabilizar-sepelasuaexecuo atempada;b) Aprovar ou rejeitar requerimento de avaliao extraor-dinria;c) Homologar as classificaes.3.As competncias de homologao das classificaes podemser delegadas a director nacional ou distrital.4. A delegao recomendada sempre que o total de avaliadossejasuperioracinquentaouestejamdistribudosemdiferentes localidades do territrio nacional.CAPTULOVPROCEDIMENTODEAVALIAODODESEMPENHOSECOIMODALIDADESArtigo 19.Modalidades da avaliao1.Aavaliaododesempenhopodeserordinriaouextraordinria.2.Aavaliaoordinriareporta-seaotempodeservioprestado no ano civil anterior no avaliado.Artigo 20.Avaliao ordinriaEsto sujeitos a avaliao de desempenho ordinria anual osocupantesdecargosdedirecoechefiaeosfuncionriospblicos que tenham prestado servio efectivo durante todoo ano anterior.Artigo 21.Avaliao extraordinria1. So avaliados extraordinariamente os dirigentes, funcio-nrioseagentesnoabrangidosnoartigoanterioreosfuncionrios por ocasio do trmino do perodo probatrio.2.Aavaliaoextraordinriasegueoprocedimentodaavaliao ordinria com as necessrias adaptaes em es-pecial em relao ao perodo em que ocorrem.3. O requerimento de avaliao extraordinria deve ser apre-Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4798sentadoporescritoaodirector-geralouequivalente,acompanhado das razes que o motivaram.Artigo 22Avaliao das chefias1. O desempenho dos titulares dos cargos de direco e che-fia, ainda que exercido em regime de substituio, inicia-sena data do incio das respectivas funes, reportando-se,em regra, ao perodo de 1 ano, e segue as seguintes especifi-cidades:a) Os titulares dos cargos de director nacional so avalia-dos pelo Director-Geral ou equivalente;b) Os titulares dos cargos de Chefe de Departamento soavaliadospeloDirectorNacionaldoqualdependemhierarquicamente.2. Os titulares dos cargos de Director-Geral no esto sujeitosaavaliaododesempenho,sendo-lhesatribudaaclassificao obtida no ltimo ano imediatamente anterior sua nomeao, para efeitos de promoo e progresso.3. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, os titularesdos cargos de Director-Geral, podem requerer uma avaliaoextraordinria nos termos do disposto no artigo anterior.SECOIIPROCEDIMENTOArtigo 23.Fases do procedimentoO procedimento de avaliao compreende as seguintes fases:a) (revogado);b) Avaliao;c) Homologao e comunicao;d) Recurso para a Comisso da Funo Pblica.Artigo 24.Auto-avaliao(Revogado).Artigo 25.AvaliaoA avaliao consiste no preenchimento das fichas de avaliaodo desempenho pelo avaliador.Artigo 26.Comunicao da avaliao(Revogado).Artigo 27.Reclamao para o dirigente mximo(Revogado).Artigo 28.Homologao e comunicao4. A avaliao submetida para deciso e homologao dodirigentemximoououtraautoridadequereceberdelegao, no prazo de 15 dias.5. O dirigente mximo pode alterar a avaliao efectuada peloavaliador,desdequefundamentedevidamentecadaumdos valores a atribuir.6. A avaliao e respectiva homologao dada a conhecerao avaliado no prazo de cinco dias.Artigo 29.Recurso4. Da avaliao e homologao cabe recurso por escrito paraa Comisso da Funo Pblica no prazo de dez dias.5. O recurso no pode ser fundamentado com base na avalia-o atribuda a outros trabalhadores ou em resultados deavaliaes de anos anteriores.6. O procedimento de avaliao, excludo o lanamento dosdadosnoSistemadeGestodePessoal(PMIS),deveencerrar-se at 31 de Maro.CAPTULOVIDISPOSIESFINAISETRANSITRIASArtigo 30.Base de dados3. Findo o procedimento de avaliao do desempenho, cadaservio ou entidade autnoma deve enviar ao SecretariadodaComissodaFunoPblicaosdadosrelativosaonmerodetrabalhadoresavaliadoscomasrespectivasmenes para tratamento estatstico e incluso no Sistemade Gesto de Pessoal.4.OSecretariadodaComissodaFunoPblicadeveelaborar um relatrio global anual que sirva de suporte definio da poltica de emprego pblico e implementaodosistemadegestoedesenvolvimentodosrecursoshumanos.Artigo 31.RevogaesSorevogadastodasasdisposieslegaiscontrriasaopresente diploma.Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4799DECRETO-LEI N.20 /2011de8deJunhoPRIMEIRA ALTERAO AO DECRETO-LEI N. 27/2008, DE11DEAGOSTO(REGIMEDASCARREIRASEDOSCARGOSDEDIRECOECHEFIADA ADMINISTRAOPBLICA)O Decreto-Lei n. 27/2008, de 11 de Agosto, aprovou o RegimedasCarreirasedosCargosdeDirecoeChefiadaAdministraoPblicaestabelecendoregrasbsicasparaaorganizao da Funo Pblica.Com a implementao da Comisso da Funo Pblica comorgo imparcial e isento responsvel pelo fortalecimento daFuno Pblica, cumpre realizar alguns ajustamentos no Re-gime Geral das Carreiras, para harmoniz-lo com a restantelegislaorelativagestodosrecursoshumanosnaAdministrao Pblica.Assim, o Governo decreta, ao abrigo do disposto na alnea p)do artigo 115 da Constituio da Repblica e no artigo 36 daLei n 8/2004, de 16 de Junho, para valer como lei, o seguinte:Artigo 1alteraoOs artigos 2o, 4o, 6o, 9o, 10o, 12o, 13o, 14o, 15o, 16o, 19o, 21o, 22o,23o, 24o, 25o, 26o, 28o, 29o, 30o e 31o do Decreto-Lei n. 27/2008,de 11 de Agosto, passam a ter a seguinte redaco:Artigo 2mbito de aplicaoAsdisposiesconstantesdopresentedecreto-leiaplicam-se a todos os trabalhadores abrangidos pela Lei n. 8/2004, de16 de Junho (Estatuto da Funo Pblica).Artigo 4Definio de conceitosPara efeitos do presente diploma, considera-se:a) (...)b) (...)c) (...)d) (...)e) (...)f) (...)g) (...)h) Seleco por mrito Seleco conforme o artigo 19o daLei n. 7/2009, de 15 de Julho (Criao da Comisso daFuno Pblica);i) Tcnico Superior - Categoria das carreiras nos graus A e Bcujasfunesdenotamumgrausignificativoderesponsabilidade e autonomia para decises e requerem oexercciodeconhecimentostcnicosouprofissionaiseexperincia, capacidade analtica, prtica tica, discerni-mento e liderana;j) Tcnico Profissional - Categoria das carreiras nos graus Ce D cujas funes denotam certo grau de responsabilidadee autonomia para decises na sua rea imediata de trabalhoerequeremoexercciodesignificativoconhecimentotcnico ou profissional e experincia, liderana profissional,prtica tica e discernimento;k) (...)l) (...)m) Instituio Ministrio, Secretaria de Estado ou outroArtigo 32.Entrada em vigorO presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte data dasua publicao.VistoeaprovadoemConselhodeMinistros,aos13deFevereiro de 2008.O Primeiro-Ministro_____________________Kay Rala Xanana GusmoO Ministro da Administrao Estatal______________Arcngelo LeitePromulgado emPublique-se.O Presidente da Repblica________________Jos Ramos-HortaJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4800rgo do estado que tem trabalhadores empregados sob oregime do Estatuto da Funo Pblica;n) Comisso A Comisso da Funo Pblica.Artigo 6Habilitaes e conhecimentos necessrios ao recrutamento1.Os requisitos de habilitaes e conhecimentos necessriosaorecrutamentosoestabelecidosnoAnexoIIdesteDecreto-Lei.2.Quando a natureza do trabalho exigir, a Comisso da FunoPblicapodesubstituirhabilitaoacadmicaporexperincia profissional ou outra qualificao equivalente.3. As qualificaes ou habilitaes requeridas pela Comissodevem ser expressas em conformidade com o disposto naLein.14/2008,de29deOutubro(LeideBasesdaEducao) e indicadas no aviso de abertura do concurso ena descrio da vaga.4. As habilitaes acadmicas indicadas pelo Regime Geral deCarreiraseadquiridasemTimor-Lesteeminstituioprivadadeensinoestosujeitasaoprocessodereconhecimento nos termos legais.5. (...).6. Asdivergnciasnasnomenclaturasdosdiversosgrausacadmicos, para efeitos de reconhecimento, so resolvidaspelo Ministrio da Educao em articulao com a Comissoda Funo Pblica.Artigo 9Estgio1. (...).a) (...);b) Determinado pela Comisso da Funo Pblica, para ascarreiras de regime geral ou especial.2. (...).CAPTULOIIICARREIRASDEREGIMEGERALArtigo 10Regime geral1. (...).a) (...)b) (...)2. O desenvolvimento e o detalhe dos contedos funcionaisdos diversos graus so fixados pela Comisso da FunoPblica,aquemcompeteaindaestabeleceroutrosrequisitos funcionais para cada grau.Artigo 12Recrutamento e promoo com base no mritoO recrutamento e a promoo de grau resulta de processo deconcurso baseado no mrito.Artigo 13Reconverso profissional1. (...).2. A reconverso consiste na transio do pessoal referido nonmero anterior para outra carreira em grau equivalente.Artigo 14Contedo funcional1. (...).2. (...).3. Compete Comisso da Funo Pblica aprovar o contedofuncional das carreiras de regime geral e carreiras de re-gime especial.Artigo 15Criao, alterao ou extino de carreirasA criao, reestruturao, reconverso, alterao ou extinodecarreirasdevemserobjectodepropostaconjuntacomaComisso da Funo Pblica.Artigo 16ndices do vencimento1. (...).2. Qualquer proposta de aumento de salrio para detentoresdecargosdedirecoechefiadependedoresultadodeavaliaodedesempenho,disponibilidadeoramentaledeve ser submetida ao Governo pela Comisso da FunoPblica.3. (Revogado).Artigo 19Chefes de departamento e chefes de seco1. (...).2. (...).3.A criao dos cargos de chefe de departamento ou chefedesecod-sepordecisodaComissodaFunoPblica, de acordo com os limites estabelecidos por cadalei orgnica e depende da disponibilidade oramental.Artigo 21Provimento1. O pessoal de direco e chefia nomeado em regime decomisso de servio pela Comisso da Funo Pblica.Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 48012.Se outro prazo no for fixado por lei, a comisso de serviotem a durao de at cinco anos e pode ser renovada porperodos iguais ou inferiores.Artigo 22Cessao e suspenso da comisso de servio1. (...).a) Pela Comisso da Funo Pblica;b) (...)2. (...).3. (...).a) (...)b) (...)4.O funcionrio cuja comisso de servio findou retorna sactividades do seu grau na carreira.Artigo 23Horrio de trabalhoAopessoaldedirecoechefiapodeserdeterminadootrabalhoemhorasadicionais,incluindonoite,emdiasdedescanso ou feriados e no determinam o pagamento de horasextraordinrias.Artigo 24Substituio1. (...)a) (...)b) (...)2. (...)a) (...)b)Funcionrioouagentedorespectivoserviocomqualificaes e experincia para tal.3.A substituio considera-se feita por urgente conveninciade servio e determinada:a) Pela Comisso da Funo Pblica, para os cargos dedirector-geral ou equivalente;b) Por despacho do director-geral do respectivo serviopara os demais cargo em comisso de servio;4. A substituio no pode ter durao superior a 3 meses,podendo ser prorrogada uma nica vez por igual perodo.5.Exceptonasituaoprevistanaalneaa)don2,asubstituiopodecessaratodootempopordecisodequem a determinou, pelo retorno do titular ao cargo ou apedidodosubstituto.6. O substituto s tem direito ao vencimento e demais regaliasatribudas ao cargo do substitudo, quando o perodo dasubstituio for superior a 30 dias.7.Operododesubstituioconta,paratodososefeitoslegais, como tempo de servio prestado no cargo ou lugaranteriormenteocupadopelosubstituto,bemcomoexperincia profissional no cargo substitudo.Artigo 25Competncias do pessoal de direco e chefia1. As competncias do pessoal de direco e chefia so asfixadas na lei ou nos respectivos regulamentos, para almdas que lhe sejam delegadas ou subdelegadas.2. (...).3. (...).Artigo 26Exerccio de delegao de competncias1. (...).2.Asdelegaesesubdelegaesdecompetnciassorevogveis a todo o tempo.3. (...)4. (...)5.Salvo revogao expressa, as delegaes e subdelegaescontinuam em vigor mesmo aps cessarem as funes dodelegante ou do delegado.CAPTULOVCARREIRASDEREGIMEESPECIALArtigo 28Criao e anlise1. A criao de carreira de regime especial rege-se por diplomaprprio.2. Uma proposta de criao de carreira especial deve:a) Especificar o regime de recrutamento e desenvolvimentoda carreira;b) Justificar a necessidade de estrutura prpria e diferentedo regime geral;c) Caso proponha tabela remuneratoria diversa:i)Justificaranecessidadedevariao,incluindoinformaosobreasconsequnciasdanoconcessodeaumentos;ii) Indicar o impacto financeiro detalhado da proposta;iii) Expressar o aumento de salrio como uma percenta-gem das tabelas previstas no Anexo I;iii) Fundamentar o aumento de produtividade previstoe em que medida compensar o custo dos aumentos;Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4802iv) Fundamentar sobre a melhoria prevista nos serviosprestadospopulao.d) Abrangergruposespecficosdeprofissionais,inde-pendentemente da instituio em que trabalham;e)Preservar a competncia da Comisso da Funo Pblica,nos termos da Lei n. 7/2009, de 15 de Julho;3.Antes de ser submetida ao Conselho de Ministros, a pro-posta deve ser encaminhada Comisso da Funo Pblica,queestabeleceumgrupodetrabalhocompostoporrepresentantesdo:a) Ministrio das Finanas;b) Instituio proponente da carreira; ec) Comisso da Funo Pblica.4. O grupo de trabalho, representado pela Comisso da FunoPblica,deveapresentaraoConselhodeMinistrosumrelatriotcnicosobreapropostadecarreiraespecialincluindo o cumprimento dos requisitos previstos no n. 2e ainda:a) Razes pelas quais inadequado para a categoria dopessoal continuar sob o Regime Geral das Carreiras;b) Anlise detalhada sobre a gesto da carreira especial,incluindo salrios, seleco, recrutamento e promoo,questes disciplinares e outros assuntos da relao deemprego;c) Anlise dos argumentos a favor e contra a proposta;d)RecomendaodasmedidasadequadasaoConselhodeMinistros;e) Outras informaes consideradas relevantes pelo grupode trabalho.Artigo 29Submisso1.A proposta de carreira especial submetida ao Conselhode Ministros pela Comisso da Funo Pblica, juntamentecomorelatriodogrupodetrabalhoreferidonoartigoanterior.2. No se admite na proposta de regime especial de carreira acriao de outros suplementos remuneratrios ou subsdiosde qualquer natureza.CAPTULO VIMAPASDEVAGASEPESSOALArtigo 30Princpios gerais1. (...).2. Os mapas de vagas e pessoal so remetidos anualmentepor cada entidade do Estado Comisso da Funo Pblicaque realiza a sua consolidao e submete ao Conselho deMinistros.3.OmapadepessoalconsolidadointegraapropostadoOramentoGeraldoEstadoelaboradapeloGovernoesubmetida ao Parlamento Nacional.Artigo 31Tramitao, forma e aprovao1.Em cada ano fiscal, as instituies devem elaborar e justificaros mapas de vagas e pessoal para o ano seguinte, enviando-os para a Comisso da Funo Pblica at 31 de Maro.2. AComissodaFunoPblicaanalisaaspropostasepropeafixaodocontingentedepessoalparaoanoseguinte.3. A proposta da Comisso da Funo Pblica presente aoGoverno at 30 de Abril.4. As alteraes aos mapas de vagas e pessoal so admitidaspela Comisso da Funo Pblica em casos de mudanasnas estruturas administrativas por ocasio de reorganizaooucriaodeservios,havendodisponibilidadeoramental.Artigo 2.AnexosOs Anexos I e II ao Decreto-Lei n. 27/2008, de 11 de Agosto,so substitudos pelos Anexos I e II ao presente diploma e doqual fazem parte integranteArtigo 3RevogaoSo revogados os artigos 7o, 32o, 33o, 34o e 38o do Decreto-Lein. 27/2008, de 11 de Agosto.Artigo 4RepublicaoO Decreto-Lei n. 27/2008, de 11 de Agosto, com a redacoactualizada republicado, em anexo, que faz parte integrantedo presente diploma.Aprovado em Conselho de Ministros, em 27 de Abril de 2011.O Primeiro-Ministro,_____________________Kay Rala Xanana GusmoPromulgado em 26 / 5/11Publique-se.O Presidente da Repblica,________________Jos Ramos-HortaJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4803ANEXO ITabela de vencimentos das carreiras do regime geralCategoriaGrau Escales e ndices de Vencimento 12345678910 Tcnico Superior A510527544561578595612629646663 B374387400412425438451463476489

Tcnico Profissional C 298310323336349361374 D221230238247255264272

Tcnico Administrativo E166174183191200208217

Assistente F136140145149153157162 G115119123128132136140 Tabela de vencimentos dos cargos de direco ou chefiaPessoal de direco e chefia DesignaoVencimentos Direco Director-Geral 850 Director Nacional725 Director Distrital600 Chefia Chefe de Departamento510 Chefe de Seco350 ANEXO IICategorias, graus e contedo funcionalCategoriaCaracterizao do contedo funcional Grau da carreira e habilitao acadmica sugerida Tcnico Superior Funes consultivas, de investigao, estudo, concepo e adaptaodemtodoseprocessoscientfico-tcnicos,de mbito geral ou especializado, executadas com autonomia eresponsabilidade,tendoemvistainformaradeciso superior, requerendo uma especializao e formao bsica de nvel de licenciatura. A Estudos de ps-graduao e/ ou extensiva experincia profissionalJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4804Funes de estudo e aplicao de mtodos e processos de naturezatcnica,comautonomiaeresponsabilidade, enquadradasemplanificaoestabelecida,requerendo umaespecializaoeconhecimentosprofissionais adquiridos atravs de um curso superior. B Licenciaturae/ ou substancial experincia profissional Tcnico Profissional Funesdenaturezaexecutivadeaplicaotcnicacom basenoconhecimentoouadaptaodemtodose processos,enquadradosemdirectivasbemdefinidas, exigindoconhecimentostcnicos,tericoseprticos obtidos atravs de habilitao acadmica profissional. CBacharelato e/ ou relevante experincia profissionalFunesdenaturezaexecutivadeaplicaotcnicacom basenoestabelecimentoouadaptaodemtodose processos, enquadrados em directivas bem definidas. D Diploma ps-secundrioou experincia profissional compatvel Tcnico Administrativo Funes de natureza executiva, enquadrada em instrues gerais e procedimentos bem definidos,com certo grau de complexidade, relativas a uma ou mais reas da actividade administrativa,designadamentecontabilidade,pessoal, economato e patrimnio, secretaria, arquivo, expediente e digitao. E 12 anos de escolaridade ou experincia profissional compatvel Assistente Funesdenaturezaexecutivadecarctermanualou mecnico,comgrausdecomplexidadevariveis, enquadradas em instrues gerais bem definidas, exigindo formaoespecficanumofcioouprofissoeimplicando normalmente esforo fsico. F 9 anos de escolaridade ou experincia profissional compatvel Funesdenaturezaexecutivadecarctermanualou mecnico,deactividadesprodutivaseoudereparaoe manuteno, implicando predominantemente esforo fsico e exigindo conhecimentos de ordem prtica susceptveis de serem aprendidos no prprio local de trabalho. G 6 anos de escolaridade ou experincia profissional compatvel ANEXO(Redaco actualizada)DECRETO-LEI N 27/2008, de 11 de AgostoREGIMEDASCARREIRASEDOSCARGOSDEDIRECOECHEFIADAADMINISTRAOPBLICAO Decreto-Lei n. 19/2006, de 15 de Novembro aprovou o Re-gimedasCarreirasedosCargosdeDirecoeChefiadaAdministraoPblicaestabelecendoregrasbsicasparaaorganizao da Funo Pblica.ParaaimplementaodoRegime,sonecessriosalgunsajustes para melhor adequar-se aos princpios estabelecidosdo IV Governo Constitucional e tornar exequvel no curto prazoas regras de transio para as carreiras.Assim, o Governo decreta, ao abrigo do disposto na alnea p)do artigo 115 da Constituio da Repblica e no artigo 36 daLei n 8/2004, de 16 de Junho, para valer como lei, o seguinte:CAPTULOIOBJECTOEMBITODEAPLICAOArtigo 1ObjectoO presente decreto-lei estabelece o regime geral das carreirasda AdministraoPblica,oscargosdedirecoechefiaeprevoregimeespecialdascarreirasqueseintegramemsectores especficos de actividade.Artigo 2mbito de aplicaoAsdisposiesconstantesdopresentedecreto-leiaplicam-se a todos os trabalhadores abrangidos pela Lei n. 8/2004, de16 de Junho (Estatuto da Funo Pblica).Artigo 3Direito carreiraSem prejuzo de os contratos administrativos de provimento eJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4805de trabalho a termo certo se estabelecerem por referncia acategorias, graus e escales das carreiras de regime geral ouespecial,stemdireitocarreiraofuncionriopblicopermanente.Artigo 4Definio de conceitosPara efeitos do presente diploma, considera-se:a) Carreira de regime geral - a que corresponde a reas deactividadecomunsdosserviosda Administraoouafunes especficas prprias de um ou mais servios mas,neste caso, com desenvolvimento e requisitos habilitacio-naisouprofissionaisiguaisaosdascarreirasdasreascomuns do grau em que se inserem;b) Carreira de regime especial - a que corresponde a funesespecficas de um ou mais servios da Administrao, composicionamento, desenvolvimento ou requisitos habilita-cionais e profissionais prprios, em razo da especialidadedo seu contedofuncional;c) Promoo - Refere-se a promoo de um grau das carreirasao grau seguinte na escala vertical, assumindo tarefas demaior complexidade e responsabilidade;d)Progresso - Refere-se progresso de escalo na hori-zontal dentro de um mesmo grau e que corresponde a umincremento salarial condicionado ao resultado de avaliaode desempenho, sem significar alterao na complexidadedastarefas;e) Categoria - o conjunto de funes definidas com base nacaracterizaogenricadocontedofuncionaldosdiversosgraus;f) Grau - Cada um dos nveis de posicionamento descritos deacordocomasuacomplexidade,exignciasenvelderesponsabilidade;g)Escalo-UmincrementosalarialdentrodecadaGrau,concedidodeacordocomcritriosdetempoesujeitoaresultado de avaliao de desempenho;h) Seleco por mrito Seleco conforme o artigo 19o daLeinmero7/2009(CriaodaComissodaFunoPblica);i) Tcnico Superior - Categoria das carreiras nos graus A e Bcujasfunesdenotamumgrausignificativoderesponsabilidade e autonomia para decises e requerem oexercciodeconhecimentostcnicosouprofissionaiseexperincia, capacidade analtica, prtica tica, discerni-mento e liderana;j) Tcnico Profissional - Categoria das carreiras nos graus Ce D cujas funes denotam certo grau de responsabilidadee autonomia para decises na sua rea imediata de trabalhoerequeremoexercciodesignificativoconhecimentotcnico ou profissional e experincia, liderana profissional,prtica tica e discernimento;k) Tcnico Administrativo - Categoria das carreiras no grauE cujas funes so de natureza administrativa, requerendooexerccioderesponsabilidadeprticaeticanaimplementao das rotinas de procedimento administrativo;l) Assistente - Categoria das carreiras no graus F e G cujasfunes so de natureza executiva ou manual, requerendoa aplicao de conhecimento prtico e habilidades manuais;m) Instituio Ministrio, Secretaria de Estado ou outrorgo do estado que tem trabalhadores empregados sob oregime do Estatuto da Funo Pblica;n) Comisso A Comisso da Funo Pblica.CAPTULOIIREQUISITOSPARAINGRESSOArtigo 5Ingresso1.Comopartedeumprocessodeselecopormrito,oingresso em carreira precedido de concurso de prestaode provas e de estgio, nos casos em que este for exigido.2.Salvo disposio expressa em contrrio, o ingresso nascarreiras faz-se no 1 escalo do grau correspondente.Artigo 6Habilitaes e conhecimentos necessrios ao recrutamento1. Os requisitos de habilitaes e conhecimentos necessriosaorecrutamentosoestabelecidosnoAnexoIIdesteDecreto-Lei.2. Quando a natureza do trabalho exigir, a Comisso da FunoPblicapodesubstituirhabilitaoacadmicaporexperincia profissional ou outra qualificao equivalente.3. As qualificaes ou habilitaes requeridas pela Comissodevem ser expressas em conformidade com o disposto naLein.14/2008,de29deOutubro(LeideBasesdaEducao) e indicadas no aviso de abertura do concurso ena descrio da vaga.4. As habilitaes acadmicas indicadas pelo Regime Geral deCarreiras e adquiridas em Timor-Leste em instituio nooficialdeensinoestosujeitasaoprocessodereconhe-cimento nos termos legais.5. Atquealegislaosobreamatriasejaaprovada,ashabilitaes acadmicas obtidas no exterior so reconhe-cidas apenas se a instituio de ensino for reconhecida noseu pas de origem.6. Asdivergnciasnasnomenclaturasdosdiversosgrausacadmicos, para efeitos de reconhecimento, so resolvidaspelo Ministrio da Educao em articulao com a Comissoda Funo Pblica.Artigo 7Habilitao profissional(Revogado).Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4806Artigo 8Domnio de lnguasQuando a natureza das funes o imponha, pode ser exigidono aviso de abertura do concurso o conhecimento de uma oumais lnguas, para alm do conhecimento de, no mnimo, umadas lnguas oficiais.Artigo 9Estgio1.O estgio para ingresso nas carreiras tem carcter probatrioe exigido quando:a) Previsto na lei, para as carreiras de regime especial;b) Determinado pela Comisso da Funo Pblica, para ascarreiras de regime geral ou especial.2. O estgio ser regulamentado em legislao especfica.CAPTULOIIICARREIRASDEREGIMEGERALArtigo 10Regime geral1.As carreiras de regime geral classificam-se em categorias egraus de acordo com os Anexos I e II do presente decreto-lei.a) So categorias as de Tcnico Superior, Tcnico Profis-sional, Tcnico Administrativo e Assistente;b) Os graus esto distribudos entre A, B, C, D, E, F e G;2. O desenvolvimento e o detalhe dos contedos funcionaisdos diversos graus so fixados pela Comisso da FunoPblica,aquemcompeteaindaestabeleceroutrosrequisitos funcionais para cada grau.Artigo 11Progresso horizontal de escalo1.A progresso de escalo salarial em cada grau depende dodecursodotempodeservioedeavaliaodedesem-penho.2. O resultado da avaliao de desempenho determina se otempo de permanncia para progresso ao escalo imediato de 2 ou 3 anos.3. Verificados os requisitos referidos nos nmeros anteriores,os servios competentes procedem mudana de escalo,registandoobrigatoriamentenoprocessoindividualdofuncionrio.4. A mudana de escalo reporta-se data em que ocorrer averificao dos requisitos referidos nos n. 2 ou 3.Artigo 12Recrutamento e promoo com base no mritoO recrutamento e a promoo de grau resulta de processo deconcurso baseado no mrito.Artigo 13Reconverso profissional1.Quando,porforadeextinooureestruturaodosservios,ouredimensionamentodassuasnecessidadesem matria de recursos humanos, ou extino de carreiras,existir pessoal sub-ocupado ou cujas funes deixem decorresponder aos objectivos prosseguidos, e no for pos-svelorecursotransferncia,poderecorrer-sereconverso profissional.2. A reconverso consiste na transio do pessoal referido nonmero anterior para outra carreira em grau equivalente.Artigo 14Contedo funcional1. A descrio dos contedos funcionais das carreiras umacaracterizaogenricadastarefascompreendidasnasfunesdascategoriasnelasinseridasdeacordocomoAnexo II do presente decreto-lei.2. A recusa em executar tarefas pelo facto de no constaremda respectiva descrio de contedo funcional s legtimaquando aquelas tarefas forem manifestamente tpicas deoutrasreaseotrabalhadornopossuiranecessriaqualificao.3. Compete Comisso da Funo Pblica aprovar o contedofuncional das carreiras de regime geral e carreiras de re-gime especial.Artigo 15Criao, alterao ou extino de carreirasA criao, reestruturao, reconverso, alterao ou extinodecarreirasdevemserobjectodepropostaconjuntacomaComisso da Funo Pblica.Artigo 16ndices do vencimento1. Os vencimentos atribudos aos diversos graus e escaleseaoscargosdedirecoechefiasoosconstantesdatabela do Anexo I ao presente Decreto-Lei.2. Qualquer proposta de aumento de salrio para detentoresdecargosdedirecoechefiadependedoresultadodeavaliaodedesempenho,disponibilidadeoramentaledeve ser submetida ao Governo pela Comisso da FunoPblica.3. (Revogado).Artigo 17Secretariado1. As funes de secretariado so exercidas por designaododirigentemximodoservio,deentrepessoaldascarreiras de Tcnico Profissional ou Tcnico Administra-tivo, conforme o Anexo I ao presente decreto-lei.2. Pelo exerccio das funes de secretariado o funcionrioJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4807temdireitoaumacompensaopecuniriadequarentadlares americanos.3.Aopessoaldesecretariadonodevidaqualquerre-munerao pelo trabalho prestado fora do horrio normal.CAPTULOIVCARGOSDEDIRECOECHEFIAArtigo 18Definio1. Considera-se cargo de direco ou de chefia o que cor-responde ao exerccio de actividades de gesto em serviose organismos pblicos.2. So cargos de direco:a) Director-Geral;b) Director Nacional; ec) Director Distrital.3. So cargos de chefia:a) Chefe de Departamento; eb) Chefe de Seco4. Sempre que se estabeleam designaes especficas compoderes de direco ou chefia de unidades ou subunidadesorgnicas, deve prever-se a sua equiparao a um dos car-gos listados nos nmeros anteriores.5. O cargo de Director Distrital extingue-se com a aprovaoda legislao referente descentralizao administrativa epoder local.Artigo 19Chefes de departamento e chefes de seco1.Podem ser criados cargos de chefe de departamento, desdeque o conjunto das tarefas de coordenao pelo seu vol-ume ou complexidade o justifique, e quando se verifique asuperviso de, no mnimo, vinte trabalhadores, ou ainda acomplexidadedacoordenaosejadevidamentecomprovada.2. Podem ser criados cargos de chefe de seco, desde que oconjunto das tarefas de coordenao pelo seu volume oucomplexidade o justifique, e quando se verifique a super-viso de, no mnimo, dez trabalhadores.3. A criao dos cargos de chefe de departamento ou chefe deseco d-se por deciso da Comisso da Funo Pblica,de acordo com os limites estabelecidos por cada lei orgnicae depende da disponibilidade oramental.Artigo 20NomeaoA nomeao para os cargos de direco e chefia depende deprocesso prvio de seleco por mrito.Artigo 21Provimento1. O pessoal de direco e chefia nomeado em regime decomisso de servio pela Comisso da Funo Pblica.2. Se outro prazo no for fixado por lei, a comisso de serviotem a durao de at cinco anos e pode ser renovada porperodos iguais ou inferiores.Artigo 22Cessao e suspenso da comisso de servio1. Acomissodeserviodopessoaldedirecoechefiapode ser dada por finda:a) Pela Comisso da Funo Pblica;b) Arequerimentodointeressado,apresentadocomaantecedncia mnima de 30 dias.2.O requerimento referido na alnea b) do nmero anteriorconsidera-se deferido se, sobre o mesmo, no for proferidodespacho de indeferimento no prazo de 15 dias a contar dadatadasuaapresentao.3. A comisso de servio cessa automaticamente:a) Pela extino do respectivo servio pblico ou subu-nidade orgnica;b) Pela tomada de posse, seguida de exerccio, em outrocargo ou funo.4. O funcionrio cuja comisso de servio findou retorna sactividades do seu grau na carreira.Artigo 23Horrio de trabalhoAo pessoal de direco e chefia pode ser determinado o tra-balhoemhorasadicionais,incluindonoite,emdiasdedescanso ou feriados e no determinam o pagamento de horasextraordinrias.Artigo 24Substituio1.Os cargos de direco e chefia podem ser exercidos emregime de substituio:a) Se o lugar se encontrar vago, por cessao de funesdo seu titular;b)Enquanto se verificar a ausncia ou impedimento dorespectivo titular.2. A substituio faz-se pela seguinte ordem:a) Substituto designado na lei;Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4808b) Funcionrio ou agente do respectivo servio com quali-ficaes e experincia para tal.3.A substituio considera-se feita por urgente conveninciade servio e determinada:a) Pela Comisso da Funo Pblica, para os cargos dedirector-geral ou equivalente;b) Por despacho do director-geral do respectivo serviopara os demais cargo em comisso de servio.4. A substituio no pode ter durao superior a 3 meses,podendo ser prorrogada uma nica vez por igual perodo.5. Excepto na situao prevista na alnea a) do n 2, a sub-stituio pode cessar a todo o tempo por deciso de quema determinou, pelo retorno do titular ao cargo ou a pedidodosubstituto.6. O substituto s tem direito ao vencimento e demais regaliasatribudas ao cargo do substitudo, quando o perodo dasubstituio for superior a 30 dias.7. O perodo de substituio conta, para todos os efeitos le-gais, como tempo de servio prestado no cargo ou lugaranteriormenteocupadopelosubstituto,bemcomoexperincia profissional no cargo substitudo.Artigo 25Competncias do pessoal de direco e chefia1. As competncias do pessoal de direco e chefia so asfixadas na lei ou nos respectivos regulamentos, para almdas que lhe sejam delegadas ou subdelegadas.2.Ascompetnciasprpriasdosdirectores-geraisouequiparadospodemserdelegadasnosdirectoresounaschefias do respectivo servio.3. O exerccio de funes em regime de substituio abrangeos poderes delegados e subdelegados no substitudo, salvoseodespachodedelegaoousubdelegaoouoquedeterminaasubstituioexpressamentedispuseremcontrrio.Artigo 26Exerccio de delegao de competncias1. Adelegaodecompetnciasenvolveopoderdesub-delegar, salvo quando a lei ou o delegante disponham emcontrrio.2. As delegaes e subdelegaes de competncias so re-vogveis a todo o tempo.3.Asdelegaesesubdelegaesdecompetnciasnoprejudicam em caso algum o direito de avocao e o poderde emitir directrizes vinculativas para a entidade delegadaousubdelegada.4. A entidade delegada dever mencionar essa qualidade nosactos que pratique por delegao ou subdelegao, salvonoscasosemqueodespachotenhasidopublicadonoJornal da Repblica.5. Salvo revogao expressa, as delegaes e subdelegaescontinuam em vigor mesmo aps cessarem as funes dodelegante ou do delegado.Artigo 27Delegao de assinatura permitida a delegao de assinatura da correspondncia oudo expediente necessrio mera instruo dos processos e execuo de decises.CAPTULOVCARREIRASDEREGIMEESPECIALArtigo 28Criao e anlise1. A criao de carreira de regime especial rege-se por diplomaprprio.2. Uma proposta de criao de carreira especial deve:a) Especificar o regime de recrutamento e desenvolvimentoda carreira;b) Justificar a necessidade de estrutura prpria e diferentedo regime geral;c) Caso proponha tabela remuneratoria diversa:i) Justificar a necessidade de variao, incluindo in-formao sobre as consequncias da no concessodeaumentos;ii) Indicar o impacto financeiro detalhado da proposta;iii) Expressar o aumento de salrio como uma percenta-gem das tabelas previstas no Anexo I;iii) Fundamentar o aumento de produtividade previstoe em que medida compensar o custo dos aumentos;iv) Fundamentar sobre a melhoria prevista nos serviosprestadospopulao.d) Abranger grupos especficos de profissionais, indepen-dentemente da instituio em que trabalham;e)Preservar a competncia da Comisso da Funo Pblica,nos termos da Lei n. 7/2009, de 15 de Julho;3.Antes de ser submetida ao Conselho de Ministros, a pro-posta deve ser encaminhada Comisso da Funo Pblica,queestabeleceumgrupodetrabalhocompostoporrepresentantesdo:a) Ministrio das Finanas;b) Instituio proponente da carreira; eJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4809c) Comisso da Funo Pblica.4.O grupo de trabalho, representado pela Comisso da Fun-oPblica,deveapresentaraoConselhodeMinistrosum relatrio tcnico sobre a proposta de carreira especialincluindo o cumprimento dos requisitos previstos no n. 2e ainda:a) Razes pelas quais inadequado para a categoria dopessoal continuar sob o Regime Geral das Carreiras;b) Anlise detalhada sobre a gesto da carreira especial,incluindo salrios, seleco, recrutamento e promoo,questes disciplinares e outros assuntos da relao deemprego;c) Anlise dos argumentos a favor e contra a proposta;d) Recomendao das medidas adequadas ao ConselhodeMinistros;e) Outras informaes consideradas relevantes pelo grupode trabalho.Artigo 29Submisso1.A proposta de carreira especial submetida ao Conselhode Ministros pela Comisso da Funo Pblica, juntamentecomorelatriodogrupodetrabalhoreferidonoartigoanterior.2. No se admite na proposta de regime especial de carreira acriao de outros suplementos remuneratrios ou subsdiosde qualquer natureza.CAPTULOVIMAPASDEVAGASEPESSOALArtigo 30Princpios gerais1. Os mapas de vagas e pessoal devem listar o pessoal neces-srio ao funcionamento dos servios, as posies preen-chidaseaestratgiaparapreenchimentodasposiesvagas.2. Os mapas de vagas e pessoal so remetidos anualmentepor cada entidade do Estado Comisso da Funo Pblicaque realiza a sua consolidao e submete ao Conselho deMinistros.3. O mapa de pessoal consolidado integra a proposta do Or-amentoGeraldoEstadoelaboradapeloGovernoesubmetida ao Parlamento Nacional.Artigo 31Tramitao, forma e aprovao1.Em cada ano fiscal, as instituies devem elaborar e justificaros mapas de vagas e pessoal para o ano seguinte, enviando-os para a Comisso da Funo Pblica at 31 de Maro.2. A Comisso da Funo Pblica analisa as propostas e pro-peafixaodocontingentedepessoalparaoanoseguinte.3. A proposta da Comisso da Funo Pblica presente aoGoverno at 30 de Abril.4. As alteraes aos mapas de vagas e pessoal so admitidaspela Comisso da Funo Pblica em casos de mudanasnas estruturas administrativas por ocasio de reorganizaooucriaodeservios,havendodisponibilidadeoramental.CAPTULOVIITRANSIOPARAOSACTUAISFUNCIONRIOSArtigo 32Enquadramento dos funcionrios permanentes(Revogado).Artigo 33Regra de transio para as carreiras do regime geral(Revogado).Artigo 34Transio dos tcnicos superiores(Revogado).CAPTULOVIIIDISPOSIESFINAISETRANSITRIASArtigo 35Tempo de servioOtempodeserviodopessoalaqueserefereopresentediploma contado, para todos os efeitos legais, como prestadona carreira, salvo quando exista norma expressa em contrrio.Artigo 36Lugares a extinguir proibida a admisso de pessoal nas carreiras cujos lugaressejam a extinguir quando vagarem.Artigo 37Salvaguarda de direitosEm caso algum poder resultar da aplicao do presente di-ploma, reduo do vencimento que o funcionrio j aufere.Artigo 38Tramitao(Revogado).Artigo 39Revogao1.SorevogadosoDecreto-Lein.19/2006,de15deJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4810Novembro, o Decreto-Lei n. 3/2007, de 21 de Maro e o Decreto do Governo n. 3/2007, de 29 de Agosto.2. revogada a seguinte legislao da UNTAET:a) Directiva n 2000/4, de 30 de Junho;b) Directiva n 2001/9, de 18 de Julho;c) Directiva n 2002/2, de 5 de Maro.3. ainda revogada toda legislao contrria ao presente diploma.Artigo 40Produo de efeitos e entrada em vigorO presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao, com efeitos financeiros a contar de 1 de Janeiro de2009.Aprovado em Conselho de Ministros, em 7 de Novembro de 2007.O Primeiro-Ministro,____________________Kay-Rala Xanana GusmoA Ministra das Finanas,___________Emlia PiresO Ministro da Administrao Estatal e Ordenamento do Territrio,_____________Arcngelo LeitePromulgadoem4-8-08Publique-se.O Presidente da Repblica_______________Jos Ramos-HortaJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4811ANEXO ITabela de vencimentos das carreiras do regime geral CategoriaGrau Escales e ndices de Vencimento 12345678910 Tcnico Superior A510527544561578595612629646663 B374387400412425438451463476489

Tcnico Profissional C 298310323336349361374 D221230238247255264272

Tcnico Administrativo E166174183191200208217

Assistente F136140145149153157162 G115119123128132136140 Tabela de vencimentos dos cargos de direco ou chefia Pessoal de direco e chefia Designao Vencimentos Direco Director-Geral 850 Director Nacional725 Director Distrital600 Chefia Chefe de Departamento510 Chefe de Seco350 ANEXO IICategorias, graus e contedo funcionalCategoriaCaracterizao do contedo funcional Grau da carreira e habilitao acadmica sugerida Tcnico Superior Funes consultivas, de investigao, estudo, concepoe adaptaodemtodoseprocessoscientfico-tcnicos,de mbito geral ou especializado, executadas com autonomia eresponsabilidade,tendoemvistainformaradeciso superior, requerendo uma especializao e formao bsica de nvel de licenciatura. A Estudos de ps-graduao e/ ou extensiva experincia profissionalFunes de estudo e aplicao de mtodos e processos de Jornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4812Funes de estudo e aplicao de mtodos e processos de naturezatcnica,comautonomiaeresponsabilidade, enquadradasemplanificaoestabelecida,requerendo umaespecializaoeconhecimentosprofissionais adquiridos atravs de um curso superior. B Licenciaturae/ ou substancial experincia profissional Tcnico Profissional Funesdenaturezaexecutivadeaplicaotcnicacom basenoconhecimentoouadaptaodemtodose processos,enquadradosemdirectivasbemdefinidas, exigindoconhecimentostcnicos,tericoseprticos obtidos atravs de habilitao acadmica profissional. CBacharelato e/ ou relevante experincia profissionalFunesdenaturezaexecutivadeaplicaotcnicacom basenoestabelecimentoouadaptaodemtodose processos, enquadrados em directivas bem definidas. D Diploma ps-secundrioou experincia profissional compatvel Tcnico Administrativo Funes de natureza executiva, enquadrada em instrues gerais e procedimentos bem definidos, com certo grau de complexidade, relativas a uma ou mais reas da actividade administrativa,designadamentecontabilidade,pessoal, economato e patrimnio, secretaria, arquivo, expediente e digitao. E 12 anos de escolaridade ou experincia profissional compatvel Assistente Funesdenaturezaexecutivadecarctermanualou mecnico,comgrausdecomplexidadevariveis, enquadradas em instrues gerais bem definidas, exigindo formaoespecficanumofcioouprofissoeimplicando normalmente esforo fsico. F 9 anos de escolaridade ou experincia profissional compatvel Funesdenaturezaexecutivadecarctermanualou mecnico,deactividadesprodutivaseoudereparaoe manuteno, implicando predominantemente esforo fsico e exigindo conhecimentos de ordem prtica susceptveis de serem aprendidos no prprio local de trabalho. G 6 anos de escolaridade ou experincia profissional compatvel DECRETO-LEI N.21/2011de8deJunhoPRIMEIRA ALTERAOAODECRETO-Lei N.40/2008, DE 29 DE OUTUBRO (REGIMEDASLICENAS EDASFALTASDOSTRABALHADORESDA ADMINISTRAOPBLICA)ORegimedaslicenasedasfaltasdostrabalhadoresdaAdministrao Pblica, aprovado pelo Decreto-Lei n 40/2008,de 29 de Outubro, precisa adequar-se aos princpios da Lei n.7/2009, de 15 de Julho, que criou a Comisso da Funo Pblica.Para tanto so necessrias pequenas alteraes que harmoni-zem a legislao da Funo Pblica.Assim, o Governo decreta, ao abrigo do disposto no artigo 53da Lei n 8/2004, de 16 de Junho, e da alnea p) do artigo 115 daConstituio da Repblica, para valer como lei, o seguinte:Artigo 1.AlteraoOs artigos 2., 12.o, 20.o, 23.o, 24.o, 26.o, 27.o, 28.o, 31.o, 32.o, 33.o,34.o, 35.o, 36.o, 37.o, 38.o, 39.o, 40.o, 42.o, e 44.o passam a ter aseguinte redaco:Artigo 2.mbito de aplicao e competncia para concesso1. O presente decreto-lei aplica-se aos funcionrios pblicose agentes da Administrao Pblica, bem como a quaisquertrabalhadorescujarelaodeempregosejaregidapeloEstatuto da Funo Pblica, desde que continuamente porum prazo igual ou superior a seis meses.2. A concesso de licenas e a justificao de faltas competem Comisso da Funo Pblica, salvo em caso de delegaodestanoutraentidadeJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 48133. A fiscalizao da assiduidade na Funo Pblica competeaos dirigentes e chefes e especialmente ao director-geralou autoridade equivalente.Artigo 12.Faltas justificadas1. Consideram-se justificadas, e portanto entendidas comolicenas, desde que observados os requisitos, as seguintesfaltas:a) Por casamento;b) Por luto;c) Por maternidade;d) Por paternidade;e) Para consultas mdicas;f) Por doena;g) Por acidentes de trabalho;h) Para cumprimento de obrigaes legais;i) Para prestao de provas de concurso;j) Para prestao de exames obrigatrios no mbito daformao acadmica ou profissional.2.Emtodasassituaesreferidasnonmeroanteriorofuncionrio ou agente deve apresentar os meios de provaadequados ou os respectivos documentos de justificaodas faltas nos termos previstos no presente diploma, paraa devida aprovao e concesso da licena.3. A justificao mencionada no nmero anterior dever serapresentada antes do dia da falta ou em at 5 dias depoisda ocorrncia da falta.4.A concesso das licenas previstas neste artigo no isentao funcionrio das obrigaes, direitos ou regalias, sendoabonadoaofuncionrioouagentearemuneraoaqueteria direito caso estivesse ao servio.Artigo 20.Efeitos da faltas por doena1. As faltas por doena no interrompem nem suspendem operododefrias,salvoemcasodebaixahospitalardevidamente comprovada.2.Osdiasdefaltapordoena,queexcedamquinzediasseguidos ou interpolados, em cada ano civil, descontamna antiguidade para efeitos de progresso na carreira.Artigo 23.Junta MdicaSalvo nos casos de baixa hospitalar, o funcionrio ou agentedeve ser submetido a uma Junta Mdica sempre que:a)Tenhaatingidoquinzediasteisdefaltaspordoena,seguidasouinterpoladas,emumanoenoseencontreapto a regressar ao servio;b) A actuao do funcionrio ou agente indicie um comporta-mentofraudulentoemrelaosuacondiodesade,independentemente do nmero de faltas por doena;c) O comportamento do funcionrio ou agente indicie pertur-baofsicaoupsquicaquecomprometaonormaldesempenhodassuasfunes.Artigo 24.Limites de faltas pela Junta Mdica1. Quando a Junta Mdica considerar que o funcionrio ouagente no se encontra em condies de retomar as suasfunes, pode recomendar a extenso da licena at ummximo de cento e vinte dias teis.2. Aoatingirolimitedecentoevintediasteis,aJuntaMdica deve pronunciar-se em definitivo se o funcionrioou agente:a) Tem condies de retornar ao trabalho;b)portadordedoenaincapacitanteparaaFunoPblica;c) Pode ser readaptado a outra funo ou horrio de tra-balho compatvel com a sua condio fsica.3.O parecer da Junta Mdica deve ser comunicado Comissoda Funo Pblica, ao servio de que dependa o funcio-nrio ou agente e ao prprio.Artigo 26Tabela de incapacidades e funcionamento da Junta MdicaA regulamentao do funcionamento da Junta Mdica, bemcomo a tabela de incapacidades so propostas pelo Ministrioda Sade, ouvida a Comisso da Funo Pblica.Artigo 27Licena por acidente de trabalho1.As faltas e a concesso de licena por acidente de trabalhobemcomosuasconsequnciasserobjectoderegula-mentao prpria.2. A concesso de licena est condicionada apresentaodeatestadomdicoqueestabeleaqueadoenaouferimento resultou directamente do trabalho regularmentedesempenhadoeconformecomosprocedimentosestabelecidos.Artigo 28Licena para cumprimento de obrigaes legaisConsideram-se justificadas as faltas dadas para cumprimentoJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina4814de obrigaes legais ou por imposio de autoridade judicial,policial ou militar, desde que justificadas mediante entrega dedeclarao emitida pela autoridade requisitante, no prazo de 2dias.Artigo 31Licena com vencimento para fins de estudo1.A concesso de licena com vencimento para fins de es-tudo regulada pelo Regime da Formao e Desenvolvi-mento da Funo Pblica ou pelo Regime da Concessode Bolsas de Estudo.2.Sseadmiteaconcessodebolsadeestudoquandoamatria do curso tiverrelao directa com as atribuies doservio.SECOIIIFALTASINJUSTIFICADASArtigo 32Faltas injustificadas1. Consideram-se injustificadas:a) As faltas dadas por motivos no previstos no presentediploma;b) As faltas que no sejam justificadas nos termos do pre-sentediploma,nomeadamentequandonosejamapresentado os meios de prova exigidos ou quando ajustificao apresentada seja comprovadamente falsa.2. As faltas injustificadas, para alm da instaurao do proce-dimento disciplinar, determinam sempre:a) Aperdadovencimentocorrespondenteaosdiasdefaltas;b) O desconto na antiguidade e para efeitos de promooeaposentao.CAPTULOIVLICENASEMVENCIMENTOSECOIDISPOSIESGERAISArtigo 33.Conceito de licena sem vencimentoConsidera-se licena sem vencimento a ausncia prolongadado servio mediante prvia autorizao.Artigo 34.Tipos de licenas sem vencimentoPodem ser concedidas as seguintes licenas:a) Licena sem vencimentob) Licena para fins de estudo;c)Licena especial sem vencimento para desempenho de car-gos polticos.Artigo 35.Requisitos gerais de concessoAslicenasprevistasnoartigoanteriorspodemserconcedidas a funcionrios permanentes de nomeao definitivae desde que:a) O funcionrio se encontre em exerccio de funes e contraele no tenha sido instaurado procedimento disciplinar;b) No haja inconvenincia para o servio.Artigo 36.Interrupo e cessaoA licena sem vencimento pode ser interrompida ou feita cessara todo o tempo:a) Com fundamento em convenincia de servio, excepoda licena especial sem vencimento;b) A requerimento do funcionrio.Artigo 37.Efeitos gerais da licenaAslicenassemvencimentoimplicamsempreaperdadovencimento e o desconto na antiguidade para efeitos de carreirae aposentao e reforma.SECOIILICENASEMVENCIMENTOArtigo 38.RegimeQuando circunstncias de interesse pblico o justifiquem, podeser concedida aos funcionrios com pelo menos trs anos deservios prestados, licena sem vencimento pelo perodo deat dois anos, prorrogvel por at um ano.Artigo 39.Licena sem vencimento para fins de estudoAlicenasemvencimentosparafinsdeestudoreguladapeloRegimedaFormaoeDesenvolvimentodaFunoPblica.Artigo 40.Efeitos da licena sem vencimento para fins de estudo1. A licena sem vencimento para fins de estudo implica aperdatotaldovencimentoeodescontonaantiguidadepara efeitos de carreira, aposentao e reforma.2.Oregressoaoserviofeitoaqualquertempoare-querimento do funcionrio e mediante deciso da Comissoda Funo Pblica.Artigo 42.Requerimento1. O funcionrio que pretenda usufruir da licena especialJornal da RepblicaQuarta-Feira, 8deJunho de 2011 Srie I, N. 21Pgina 4815sem vencimento deve entregar um requerimento dirigidoao Director-Geral que tutela o seu servio.2. No requerimento o funcionrio deve desde logo indicarperodo da licena especial sem vencimento que pretende:a) De curta durao como candidato a eleies;b) Pelo perodo do mandato do cargo poltico, no caso deter sido eleito ou nomeado.3.A licena concedida por deciso da Comisso da FunoPblicanoprazomximode5dias,nopodendoserdenegada em nenhuma circunstncia.CAPTULOVDISPOSIESFINAISArtigo 44.Gesto informatizada da assiduidade1. Cada servio deve elaborar, no fim de cada ms, uma relaoinformatizada, com a discriminao das faltas e licenas decada funcionrio ou agente, para ser